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APOSTILA DE
HISTÓRIA
Sumário
1º – ETAPA ............................................................................................. 7
I- UNIDADE: ...................................................................................... 7
1- A FORMAÇÃO DO ESTADO PORTUGUÊS NA PENÍNSULA IBÉRICA,
SUA PROPOSTA DE COLONIZAÇÃO E CHEGADA DO NOVO MUNDO. .......... 7
1.1- O surgimento do Reino de Portugal ........................................................... 7
1.2- A revolução de avis e a proposta expansionista .................................. 8
1.2.1- Antecedentes .......................................................................... 9
1.2.2- Contexto histórico .................................................................. 9
1.3- A chegada dos portugueses ao Brasil ........................................................ 9
1.3.1- Primeiros contatos com os indígenas ...................................... 9
1.4- A ocupação portuguesa das terras do “Brasil” ................................... 10
II- UNIDADE ..................................................................................... 10
2- O IMAGINÁRIO CRISTÃO DO NOVO MUNDO........................................ 10
III- UNIDADE ................................................................................... 11
3- ESCRAVIDÃO E TRABALHO NO BRASIL ................................................... 11
3.1- O trabalho na lavoura canavieira .................................................................... 12
3.2- O trabalho rural e urbano em Minas gerais, no século XVIII ........... 12
3.3- O trabalho na lavoura cafeeira ......................................................................... 13
3.4- O trabalho nas cidades do Brasil imperial: Rio de Janeiro,
Salvador e Belém .............................................................................................................. 14
IV- UNIDADE ..................................................................................... 15
4- RESISTÊNCIA À ESCRAVIDÃO E O MEDO BRANCO ............................ 15
4.1- FUGAS, IRMANDADE, PRÁTICAS RELIGIOSAS E QUILOMBIOS ........ 16
4.1.1- Fugas ................................................................................... 16
4.1.2- Irmandade............................................................................ 16
4.1.3- Práticas religiosas ................................................................ 17
4.1.4- Quilombolas ......................................................................... 18
5- Revolta dos Males .............................................................................................. 19
6- FIM DO TRÁFICO E O DEBATE SOBRE ESCRAVIDÃO ........................ 19
V- UNIDADE ..................................................................................... 20
7- O IMPÉRIO E OS MOVIMENTOS SOCIAIS NO BRASIL...................... 20
7.1- Confederação do Equador .............................................................................. 20
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HISTÓRIA
1º – ETAPA
I- UNIDADE:
1- A FORMAÇÃO DO ESTADO PORTUGUÊS NA PENÍNSULA IBÉRICA,
SUA PROPOSTA DE COLONIZAÇÃO E CHEGADA DO NOVO MUNDO.
1.1- O surgimento do Reino de Portugal
Em 1139, durante a reconquista cristã,
foi fundado o Reino de Portugal a partir
do condado Portucalense, nascido entre
os rios Minho e Douro. A estabilização
das suas fronteiras em 1297 tornou
Portugal o país europeu com as
fronteiras mais antigas. Como pioneiro
da exploração marítima na Era dos
Descobrimentos, o reino de Portugal
expandiu os seus territórios entre os
séculos XV e XVI, estabelecendo o primeiro império global da história, com
possessões em África, na América do Sul, na Ásia e na Oceania. Em 1580 uma
crise de sucessão resultou na União Ibérica com Espanha. Sem autonomia para
defender as suas posses ultramarinas face à ofensiva holandesa, o reino perdeu
muita da sua riqueza e status. Em 1640 foi restaurada a independência sob a nova
dinastia de Bragança. O terramoto de 1755 em Lisboa, as invasões espanhola e
francesas, resultaram na instabilidade política e económica. Em 1820 uma revolta
fez aprovar a primeira constituição portuguesa, iniciando a monarquia
constitucional que enfrentou a perda da maior colónia, o Brasil. No fim do século,
a perda de estatuto de Portugal na chamada partilha de África.
Uma revolução em 1910 depôs a monarquia, mas a primeira república portuguesa
não conseguiu liquidar os problemas de um país imerso em conflito social,
corrupção e confrontos com a Igreja. Um golpe de estado em 1926 deu lugar a
uma ditadura.
A partir de 1961 esta travou uma guerra colonial que se prolongou até 1974,
quando uma revolta militar derrubou o governo. No ano seguinte, Portugal
declarou a independência de todas as suas posses na África.
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1.2.1- Antecedentes
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Cabral recebeu alguns índios em sua caravela. Logo de cara, os índios apontaram
para objetos de prata e ouro. Este fato, fez com que os portugueses pensassem
que houvesse estes metais preciosos no Brasil. Neste contato, os portugueses
ofereceram água aos índios, que tomaram e cuspiram, pois era água velha com
gosto muito diferente da água pura e fresca que os índios tomavam. Os índios
também não quiseram vinho e comida, oferecidos pelos portugueses.
Neste contato, que foi um verdadeiro “choque de culturas”, houve estranhamento
de ambos os lados. Os portugueses estranharam muito o fato dos índios andarem
nus, enquanto os indígenas também estranharam as vestimentas, barbas e as
caravelas dos portugueses.
No dia 26 de abril, foi celebrada a primeira missa no Brasil, rezada pelo Frei
Henrique de Coimbra. Após a missa, a esquadra rumou em direção às Índias, em
busca das especiarias. Como acreditavam que a terra descoberta se tratava de
uma ilha, a nomearam de Terra de Vera Cruz (primeiro nome do Brasil).
1.4- A ocupação portuguesa das terras do “Brasil”
No primeiro século de colonização as terras exploradas na América portuguesa se
reduziam ao litoral brasileiro, sendo o pau-brasil o produto que mais interessava
aos colonizadores. No entanto, a partir do século XVI ocorreu uma significativa
mudança na configuração do território, já que ocorreu uma maior interiorização da
ocupação tendo em vista a conquista dos chamados sertões, regiões estas
distantes do litoral. As mudanças ocorridas neste perfil de ocupação estiveram
ligadas a fatores como a necessidade de proteger o território, a busca pela mão
de obra indígena, pela expansão da pecuária para o abastecimento interno e
também pela não necessidade do respeito ao Tratado de Tordesilhas no momento
da união entre Portugal e Espanha.
II- UNIDADE
2- O IMAGINÁRIO CRISTÃO DO NOVO MUNDO.
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Tendo forte traço medieval, esses relatos tinham base no pensamento religioso
cristão ao alternarem relatos que faziam lembrar a busca do paraíso perdido ou a
temível descoberta do inferno. Além disso, várias concepções científicas anteriores
a esse período defendiam a compreensão da terra como um grande plano limitado
por um grande abismo, onde se encontravam feras terríveis. Dessa forma, o desejo
pelo novo e o temor do desconhecido traziam uma contradição à aventura pelo
mar.
Essa visão maniqueísta de origem medieval não foi simplesmente abandonada a
partir do momento em que os navegantes europeus criaram técnicas de navegação
seguras e desmentiram vários dos mitos sobre as terras distantes. Ao chegarem à
América, por exemplo, alguns viajantes costumavam falar sobre os costumes
“demoníacos” das populações nativas e da “riqueza infindável” encontrada naquele
novo ambiente que os cercava.
Utilizando dos próprios registros cartográficos do século XVI temos uma série de
imagens e gravuras que demonstravam essa concepção de maneira ainda mais
clara. Em alguns mapas, cada continente era descrito por meio da representação
de quatro diferentes mulheres, sendo a Europa o símbolo de altivez e soberania;
a África, uma negra cercada por animais selvagens e com poucos ornamentos; a
Ásia, uma princesa cercada de especiarias; e a América, uma jovem nua selvagem.
A partir disso, podemos compreender que as grandes navegações de fato
assinalam um novo momento da História onde os homens europeus ampliavam
sua visão de mundo. Contudo, esse momento ainda se mostrava impregnado de
várias permanências em que os valores religiosos cristãos e a mitologia medieval
se mostravam claramente vivos na mente daqueles homens que partiam para o
mar.
III- UNIDADE
3- ESCRAVIDÃO E TRABALHO NO BRASIL
Os portugueses que colonizaram o
Brasil foram buscar na África a mão
de obra necessária para a cultura da
cana-de-açúcar. Os escravos
trabalhavam em todas as etapas da
produção do açúcar, desde o plantio
até a fabricação do açúcar nos
engenhos. Trabalhavam de sol a sol
e eram castigados com violência
quando não cumpriam ordens,
erravam no trabalho ou tentavam
fugir. Tinham que executar todos os trabalhos solicitados por seu “dono”.
As mulheres escravas também trabalhavam muito, porém alguns tinham a “sorte”
de realizarem serviços domésticos, como limpeza, culinária, cuidar das crianças.
Essas tinham uma atividade menos penosa. Os filhos dos escravos trabalhavam
desde muito cedo. Por volta dos oito anos já eram obrigados a executar trabalhos
de adultos e praticamente perdiam sua infância.
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criou um mercado interno para produtos até então apenas exportados. Foi também
instalado um tipo especial de propriedade territorial que combinava o engenho de
açúcar com a mina de ouro, ou esta, com a pecuária. Mesmo assim os colonos não
conseguiam superar os problemas advindos do esgotamento do ouro aluvial.
Nessa época, a população da Capitania das Minas Gerais, excluídos os índios, era
superior a 300 mil habitantes. Ela representava 20% de total de habitantes da
América portuguesa, e constituía a maior concentração populacional da Colônia.
Os escravos eram a maioria, e o restante dividia-se, com equilíbrio, entre brancos
e pardos. A sociedade mineradora, eminentemente urbana, segundo o historiador
Kenneth Maxwell, compunha "um complicado mosaico de grupos e raças, de novos
imigrantes brancos e de segunda e terceira gerações de americanos natos, de
novos escravos e de escravos nascidos em cativeiros"(...). Os grandes
proprietários negociavam e moravam nas cidades, não se isolando no interior de
suas terras. Essa situação provocava uma maior elasticidade social e política.
Minas foi a primeira região do Brasil onde os mulatos puderam ocupar cargos
burocráticos. Entretanto, o preconceito racial existia.
Insatisfeitas com a aparente mobilidade social, as autoridades do Governo
adotaram medidas restritivas, como a de proibir o acesso de negros e mulatos às
igrejas e irmandades e ordens dos brancos, fazendo com que aqueles fundassem
suas próprias irmandades. Estabeleceu-se, então, uma nítida divisão social em
Minas Gerais: mulatos e negros escravos de um lado, brancos e ricos de outro.
A riqueza da região mineradora produziu uma nova classe social. Em nenhum outro
lugar do Brasil havia uma proporção tão grande de negros livres. Muitos escravos
negociavam com seus proprietários uma forma parcelada de pagar a alforria.
"Parcelas ou semestrais ou anuais, muitas vezes pagas em ouro em pó. Outras
vezes pagas com uma porta, uma galinha ou com prestação de serviço. Ao final
do século XVIII, nós temos essa composição da população dessa área de
mineração que, era a maior população de escravos, de libertos e de nascidos livres
não brancos.
Pode-se dizer, então, que em Minas Gerais, os primeiros processos reduzem muito
mais a capacidade do setor agrícola de reter a mão-de-obra rural do que o
processo de modernização agrícola, o que confere especificidades próprias a
transformação capitalista da agricultura mineira.
3.3- O trabalho na lavoura cafeeira
O café foi o principal produto de
exportação da economia brasileira durante
o século XIX e o início do século XX,
garantindo as divisas necessárias à
sustentação do Império do Brasil e
também da República Velha.
A produção do café no Brasil expandiu-se
a partir da Baixada Fluminense e do vale
do rio Paraíba, que atravessava as
províncias do Rio de Janeiro e de São
Paulo. A cafeicultura no Brasil beneficiou-se da estrutura escravista do país, sendo
incorporada ao sistema plantation, caracterizado basicamente pela monocultura
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4.1.1- Fugas
4.1.2- Irmandade
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As que mais se destacaram na época, assim como nos dias de hoje, são
o Candomblé e a Umbanda. Além dessas, outras religiões também possuem
características africanas, como Xangô e a Jurema, também conhecida como
Catimbó.
4.1.4- Quilombolas
O que eram os quilombos: Os quilombos eram espécies de comunidades
compostas por ex-escravos que fugiam das fazendas na época do Brasil Colonial.
O período de maior formação dos quilombos foi entre os séculos XVI e XIX.
Quilombo dos Palmares: O quilombo que ficou mais conhecido foi o de Palmares.
Teve como um dos principais líderes o ex-escravo conhecido como Zumbi dos
Palmares.
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Foi uma revolta auto mista à época do Brasil Império. Ocorreu entre 6 de
novembro de 1837 e 16 de março de 1838 na então província da Bahia. Os
revoltosos queriam mais autonomia política e defendia a instituição do federalismo
republicano, sistema que daria mais autonomia política e administrativa ás
províncias.
10. Balaiada
Movimento insurrecional extenso e profundo, sacudiu o Maranhão e parte do Piauí
e do Ceará (de 1838 a 1841). Rebeldes chegaram a ter 11 mil homens armados.
Movimento começou a partir de uma reivindicação política, o restabelecimento dos
juízes de paz, mas ganhou proporções maiores.
Anistia oferecida pelas tropas do governo esvaziou a insurreição. Apenas um dos
líderes foi condenado à forca.
11. Revolução Praieira
Projeção, no Brasil, das revoluções populares de 1848, na Europa. Nascida da
rivalidade entre os partidos Liberal e Conservador, acabou se transformando em
choque de classes. Praieiros lutaram de 1848 a 1849, exigindo voto livre e
democrático, liberdade de imprensa e trabalho para todos. Mais de 500
revolucionários foram mortos.
7.1- A FORMAÇÃO DO ESTADO IMPERIAL E O PRIMEIRO REINADO
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HISTÓRIA
2º ETAPA
I- UNIDADE: O MUNDO DO TRABALHO
1- NA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E A NOVA SOCIEDADE DO TRABALHO
A Revolução Industrial foi o período de grande desenvolvimento tecnológico que
teve início na Inglaterra a partir da segunda metade do século XVIII e que se
espalhou pelo mundo causando grandes transformações.
1.1- A revolução industrial e a questão social: modernidade e trabalho
A Revolução Industrial aconteceu na Inglaterra a partir da segunda metade do
século XVIII. Porém, a indústria moderna não surgiu de repente e os trabalhadores
experimentaram várias transformações no processo do trabalho, ou seja, das
oficinas às indústrias domésticas, das indústrias domésticas às manufaturas, das
manufaturas às maquino faturas. A cada mudança, o modo de vida dos
trabalhadores modificava-se também e eles viam-se forçados a adaptar-se às
transformações que aconteciam, não apenas em seu trabalho, como também em
sua vida particular.
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Até meados do século XIX, a Alemanha era formada por uma confederação de
principados e Estados com sede em Frankfurt. A Prússia e a Áustria destacavam-
se dentro desta confederação.
A agricultura era a principal atividade econômica, mas mantinham-se relações
feudais de produção. A mão-de-obra concentrava-se nos meios urbanos,
procedentes da exclusão rural. A indústria estava em processo de afirmação e não
ocorria em todas as regiões da Alemanha e para diminuir os impostos
alfandegários, é criada a Zollverein, abolição da cobrança de impostos em
transações de estados alemães com exceção da Áustria.
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fica claro perceber que a Europa foi e ainda continua sendo o palco das grandes
realizações humanas.
Atualmente, com o estágio
avançado que se encontra a
Globalização, o Ocidente tem
promovido grande influência no
Oriente, algo que ocorria
raramente no século XIX.
Apesar da imensa distribuição de
cultura e conhecimento da Europa para o mundo, realmente quem emergiu cultura
para os dois continentes saíram todos do Oriente como, por exemplo, o
cristianismo, o alfabeto entre outros.
O domínio europeu no mundo teve início durante os séculos XV e XVI, por meio
da busca da expansão de seu território, isso foi possível através das grandes
navegações, no qual se fazia necessário extrair riquezas em outros continentes
para suprir as necessidades do mercado em constante expansão, uma vez que
crescia o número da população.
Por terem desenvolvido os aspectos político e cultural em âmbito interno,
conseguiu implantar sobre os outros povos domínio, pois detinham conhecimento
em ciências, estratégia militar e tecnologias.
Justamente nesse momento da história que se criaram as expressões “civilizado”
e “selvagem”, essas denominações tinham como finalidade principal diferenciar a
cultura greco-romana chamadas também de civilizações clássicas e europeizadas.
No entanto, essa distinção entre dois grupos atualmente pode ser identificada,
basta observar o grupo de países mais ricos do mundo, salvo Estados Unidos e
Japão, todos são europeus.
Na concepção europeia, o restante do mundo se limita a um “canteiro” de
exploração econômica, ambiental e social, mão de obra e mercado consumidor. As
grandes metrópoles ocidentais europeias apresentam obras com grande
quantidade de ouro e prata, adquiridas a custa do trabalho de escravos e nativos
provenientes da exploração das colônias, hoje existe uma grande fortuna em
pedras preciosas guardadas em instituições financeiras.
Atualmente a União Europeia representa uma ofensiva contra a hegemonia norte-
americana que dura desde o declínio do socialismo liderado pela União das
Repúblicas Socialistas Soviéticas no qual era a única a fazer frente aos EUA.
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A Segunda Guerra Mundial foi um conflito bélico que ocorreu na primeira metade
do século XX, envolveu mais de setenta nações, opondo os Aliados às Potências
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A Guerra Fria, que teve seu início logo após a Segunda Guerra Mundial (1945) e a
extinção da União Soviética (1991), é a designação atribuída ao período histórico
de disputas estratégicas e conflitos indiretos entre os Estados Unidos e a União
Soviética, disputando a hegemonia política, econômica e militar no mundo.
A União Soviética buscava implantar o
socialismo em outros países para que
pudessem expandir a igualdade social,
baseado na economia planificada, partido
único (Partido Comunista), igualdade social e
falta de democracia. Enquanto os Estados
Unidos, a outra potência mundial, defendia a
expansão do sistema capitalista, baseado na
economia de mercado, sistema democrático e
propriedade privada.
Os Estados Unidos não conflitou a União Soviética (e vice-versa) com armamentos,
pois os dois países tinham em posse grande quantidade de armamento nuclear, e
um conflito armado direto significaria o fim dos dois países e, possivelmente, da
vida em nosso planeta.
É chamada "fria" porque não houve uma guerra direta entre as superpotências,
dada a inviabilidade da vitória em uma batalha nuclear.
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2.7- A Proclamação
Na então capital brasileira, a cidade
do Rio de Janeiro, em 15 de
novembro de 1889, o Marechal
Deodoro da Fonseca liderou um golpe
militar que derrubou a Monarquia e
instaurou a República Federativa e
Presidencialista no Brasil. No mesmo
dia foi instaurado o governo
provisório em que o Marechal
Deodoro da Fonseca assumiu a
presidência da República.
2.8- Oligarquias e Coronelismo
A consolidação do modelo republicano federalista e a ascendência das oligarquias
agrárias ao poder fez surgir um dos mais característicos fenômenos sociais e
políticos do período: o coronelismo, que expressou as particularidades do
desenvolvimento social e político do Brasil. Ele foi resultado da coexistência das
formas modernas de representação política (o sufrágio universal) e de uma
estrutura fundiária arcaica baseada na grande propriedade rural.
O direito de voto estava assegurado pela Constituição, mas o fato da grande
maioria dos eleitores habitarem o interior (a população sertaneja e camponesa) e
serem muito pouco politizados levou os proprietários agrários a controlar o voto e
o processo eleitoral em função de seus interesses.
O "coronel", geralmente um proprietário de terra, foi a figura chave no processo
de controle do voto da população rural. Por meio do emprego da violência e
também da barganha, troca de favores, os coronéis forçavam os eleitores a
votarem nos candidatos que convinha aos seus interesses.
O controle do voto da população rural pelos coronéis ficou conhecido popularmente
como "voto de cabresto". No âmbito municipal os coronéis locais dependiam do
governador para obtenção de auxílio financeiro para obras públicas e benfeitorias
gerais, daí a necessidade de apoiar e obter votos para os candidatos de
determinada facção das oligarquias estaduais. Sob a presidência de Campos Salles
(1898-1902), foi firmado um pacto de poder chamado de Política dos
Governadores que estabelecia que os grupos políticos que governavam os estados
dariam irrestrito apoio ao presidente da República, em contrapartida o governo
federal só reconheceria a vitória nas eleições dos candidatos ao cargo de deputado
federal pertencentes aos grupos que o apoiavam.
O governo federal tinha a prerrogativa de conceder o diploma de deputado federal.
Mesmo que o candidato fosse vitorioso nas eleições, sem este documento ele não
poderia tomar posse e exercer a atividade política. O controle sobre o processo de
escolha dos representantes políticos a partir da fraude eleitoral impedia que os
grupos de oposição chegassem ao poder.
2.9- A burguesia brasileira e suas relações com o Estado e as oligarquias
do café
Diferentemente de seu processo de formação na Europa, o capitalismo, no Brasil,
não partiu do feudalismo, mas do escravismo colonial. Por isso mesmo, uma vez
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2.14.2- Fascismo
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2.14.3- Nazismo
Hitler foi a figura máxima do regime nazista que se instaurou na Alemanha a partir
de 1933. Inspirado no fascismo italiano, o nazismo ainda acrescentou no seu
programa a superioridade da raça ariana sobre às demais.
O governo nazista promoveu ideias antissemitas, perseguindo e exterminando
principalmente judeus. No entanto, também eliminou fisicamente deficientes
físicos e intelectuais, comunistas, religiosos.
Para contar com o apoio do Exército alemão, o nazismo propagou a ideia de
"espaço vital". Inicialmente, este compreendia os povos germânicos como
austríacos e alemães que viviam na Tchecoslováquia. Depois, seria ampliado para
o leste europeu e acabaria por iniciar a Segunda Guerra Mundial. O nazismo
terminou em 1945 com o suicídio de Adolf Hitler e o fim da Segunda Guerra
Mundial.
A fase explicitamente ditatorial de Getúlio Vargas – foi instituído no dia 10 de
novembro de 1937. A Constituição de 1934 foi revogada, e o país viu-se privado
de eleições e de liberdade de expressão, além de submetido ao controle de caráter
fascista fortemente inspirado nos líderes autoritários europeus da mesma época,
Mussolini e Hitler. Contudo, um dos destaques do período do “Estado Novo” foi a
criação das leis trabalhistas através da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho),
aprovada em 1º de maio de 1943.
2.15- O estado getulista nos processos de massificação e racismo
Há de se pensar também que nos anos 30, o Brasil passou pelo período do
Getulismo e que Getúlio Vargas era um ditador, simpatizante inicialmente das
ideias nazistas e, por conseguinte, seu governo tinha como ideologia o racismo,
não somente contra judeus, mas a todas as etnias, no caso brasileiro o principal
alvo eram os negros.
Os terreiros de Candomblé e Umbanda eram fechados, as rodas de capoeira e de
samba eram proibidas e inúmeras manifestações de matriz africana que remetia
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O ano de 1989 foi marcado por mudanças políticas e econômicas nos países do
Leste Europeu. Era o socialismo em crise. Em
março de 1985, Mikhail Gorbachev assumiu
o poder na União Soviética e imediatamente
colocou em prática um amplo plano de
reformas no comando das Forças Armadas,
na legislação eleitoral, na administração
pública e na política externa do país. Em
fevereiro de 1986, propôs a glasnost, uma
política de transparência e abertura, que
significava na prática uma campanha contra
a corrupção e a ineficiência na
administração, com propostas de maior liberdade na política e na cultura. Logo
depois, lançou a perestroika, um ousado plano de reestruturação econômica, que
incluía o abandono do rígido planejamento central, a abolição do controle dos
preços, a autogestão das empresas e liberdade para competirem entre si, a
permissão para pequenos negócios privados e o fim da política de subsídios.
As reformas de Gorbachev em pouco tempo desencadearam transformações em
todo o mundo socialista, que sofreu uma impressionante reviravolta histórica.
Muitos países romperam com a hegemonia soviética e iniciaram um profundo
processo de mudanças em busca de um novo modelo político e econômico.
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A estratégia de privatização encorajada por ideais neoliberais não foi seguida por
todos os países. Ao contrário do Brasil, a China e Índia, países que têm mostrado
um crescimento enorme nas últimas décadas, adotaram tais medidas de forma
restrita e gradativa. Nesses países, o investimento de grupos econômicos foram
feitos em parceria com empresas nacionais.
III- UNIDADE
3- MENTALIDADE E RELIGIOSIDADE
Na região da Mesoamérica (que compreende o México e parte da América Central)
e na região andina (atual Peru) desenvolveram-se três das maiores culturas pré-
colombianas: Os Maias, Incas e Astecas. A cultura maia, a mais antiga delas,
entrou em declínio até desaparecer, enquanto os incas e astecas formaram
grandes impérios.
3.1- Religiosidade e cultura entre pré-colombianos
3.1.1- Maias
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3.1.2- Os Astecas
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3.1.2- Os incas
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b) A organização do Império -
Os incas criaram um império
vastíssimo, devido à eficiência de
seu exército e à sua magnífica
organização imperial, embora
provavelmente não conhecessem a
escrita.
O Império, chamado de
Tahuantinsuyu (“o mundo dos
quatro cantos”), era dividido em
províncias governadas por grandes
senhores, um dos quais residia na
corte do Inca, em Cuzco, para
garantir a lealdade da província.
As cidades dessas províncias comunicavam-se por meio de uma eficiente rede de
estradas com mais de 40 mil quilômetros (dos quais só foram descobertos 25 mil,
até o momento) e de um serviço de correios.
Para registrar a produção agrícola, os incas desenvolveram um complexo sistema
para números, os quipus, uma espécie de registro feito por meio de cordões longos
com nós de cores diferentes.
A unidade do Império era garantida por um sistema de caminhos percorridos por
mensageiros, que circulavam por etapas, levando as mensagens imperiais e as
informações nos quipus. Para defender as cidades, construíram-se grandes
fortalezas de pedra, de onde se vigiavam os arredores.
c) Sociedade - A sociedade organizava-se em clãs formados por centenas de
pessoas unidas por laços de parentesco. Encabeçando a sociedade estava o
Inca, o chefe supremo. Havia diferentes grupos sociais: os nobres
(sacerdotes, militares e políticos), o povo (os não-nobres), os servos e os
escravos.
d) Economia - Os incas, que plantavam
milho e batata, criaram sistemas de
irrigação e construíram terraços para
cultivar as encostas das montanhas
andinas. Além disso, cuidavam de
rebanhos de lhamas e de alpacas, dos
quais obtinham alimento e matéria-prima
para confeccionar tecidos. Também
usavam o gado como meio de transporte.
As roupas do Inca e dos membros da alta nobreza eram feitas com lã de
vicunha, que era mais fina.
A metalurgia do cobre e do ouro teve grande desenvolvimento, assim como a
cerâmica, que era decorada com figuras humanas, animais e motivos florais ou
geométricos.
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3.2.1- Astecas
3.2.2- Incas
3.2.3- Maias
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da tribo. As crenças destes grupos eram bem diferentes, porém a estrutura era
semelhante, tendo o pajé como figura de destaque e prestígio.
O judaísmo chegou ao Brasil no século XVI e XVII, quando alguns burgueses
chegaram à colônia, tanto na ocupação holandesa, no Nordeste, quanto
portugueses. Poucas mesquitas (edifício religioso, semelhante à igreja para os
cristãos) haviam sido instaladas, devido à religião oficial ter sido o cristianismo,
mas as pessoas continuaram rezando e lendo livros de sua religião. Os
protestantes, chegaram à partir do
século XVII, na ocupação francesa e
holandesa, alguns fugindo de suas
nações, que os perseguia por suas
crenças. Mantinham seus laços
religiosos em segredo, para que não
fossem descobertos, por isso, eram
vistas poucas igrejas evangélicas
(nome que ganharam os
protestantes no Brasil). Já o
islamismo e o candomblé, tiveram
suas crenças adaptadas ao
cristianismo, misturando-se, pois os
escravos eram proibidos de cultuarem as religiões africanas. Eles, no entanto, não
se encontravam, mas progrediram sua cultura. Podemos ver até hoje, reflexos da
cultura africana no Brasil.
13.5- Tensões e lutas entre culturas diferentes
Os Conflitos Étnicos são antigos na história da humanidade. Ainda na pré-história,
segundo alguns antropólogos, os Neandertais foram extintos em função de um
conflito causado por diferenças étnicas contra os Homo sapiens. Assim, vários
outros povos também sofreram com aniquilações no decorrer do tempo. Na Idade
Média, foram vários os conflitos ocorridos por interesses de um reino dominar o
outro que possuía origens culturais diferentes. Houve também as Cruzadas, um
dos casos mais emblemáticos do período. Em linhas gerais, tratavam-se do embate
entre cristãos e muçulmanos.
Na Idade Moderna, houve um dos maiores genocídios da história humana. Com o
intuito de colonizar as novas terras e enriquecer os cofres espanhóis com metais
preciosos, cerca de 70 milhões de nativos foram mortos.
O termo Conflito Étnico identifica qualquer conflito que tenha em sua essência o
choque de pessoas com origens religiosas, raciais, culturais ou geográficas. Para
o continente europeu podemos citar: o Conflito nos Bálcãs, que colocou em choque
as várias nacionalidades que compunham a Iugoslávia, levando ao seu
esfacelamento; o processo de independência da Bósnia. No continente Asiático há,
por exemplo, o Conflito Étnico na Caxemira, onde há resquícios do fim do
imperialismo inglês que colocam em confronto as etnias da região.
Atualmente, o caso mais latente na América é o do Quebec, província canadense
com uma cultura francesa.
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E, por fim, o continente africano que é marcado por uma série de Conflitos Étnicos.
A maioria dos problemas africanos estão ligados a fatores desse tipo, o que é uma
consequência da exploração que as potências capitalistas desenvolveram no
continente. No caso africano, podemos citar o Genocídio de Ruanda, no qual
milhares de tutsis foram mortos por hutus; os conflitos no Chifre da África,
ocasionando em devastação da região; e os Conflitos na Nigéria, onde há
confrontos entre grupos religiosos e o governo do país.
13.6- Modernidade e o imaginário da revolução: afirmação e contestação
à ordem
Em conjunto com as grandes transformações econômicas, políticas e sociais do
final do século XVIII e início do século XIX, surgiram doutrinas e teorias que
buscavam, de um lado, justificar e regular a ordem capitalista burguesa que se
estabelecia e, de outro, condená-la ou reforma-la. Estruturaram-se, então,
respectivamente, as doutrinas liberais e as teorias socialistas, todas pertencentes
a um novo ramo da ciência e da economia política.
As ideias liberais: - base do liberalismo, que tinham surgido com o Iluminismo,
contestavam o mercantilismo e defendiam os princípios burgueses (propriedade
privada), individualismo econômico, liberdade de comércio e de produção, respeito
às leis naturais da economia, oferta e procura, liberdade de contrato de trabalho,
salários e jornada sem controle do Estado ou pressão de sindicatos. Seus teóricos
eram os ferrenhos defensores da economia de mercado.
3.11- A modernidade e as ideias em movimento: da revolução cientifico
técnica às bases do iluminismo
O Iluminismo foi um movimento intelectual, filosófico e cultural que surgiu durante
os séculos XVII e XVIII na Europa e defendia o uso da razão contra o antigo regime
e pregava maior liberdade econômica e política. Este movimento promoveu
mudanças políticas, econômicas e sociais, baseadas nos ideais de liberdade,
igualdade e fraternidade.
Chamado de “século das luzes”, o Iluminismo pode ser entendido como uma
ruptura com o passado e o início de uma fase de progresso da humanidade. Essa
fase é marcada por uma revolução na ciência, nas artes, na política e na doutrina
jurídica, por exemplo.
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Uma das influências do Iluminismo foi a ciência, pois foi um período marcado por
novas descobertas e invenções em todo o continente europeu. O avanço científico
dessa época colocou à disposição do homem informações como a descrição da
órbita dos planetas e do relevo da lua, a descoberta da existência da pressão
atmosférica e da circulação sanguínea e o conhecimento do comportamento dos
espermatozoides.
A Astronomia foi um dos campos que deu margem às maiores revelações. Foi
quando Newton elaborou um novo modelo para explicar o universo. Além disso,
anunciou ao mundo a lei da gravitação universal, que explicava desde o
movimento dos planetas até a simples queda de uma fruta. Newton foi ainda
responsável por avanços na área do cálculo e pela decomposição da luz, mostrando
que a luz branca, na verdade, é composta por sete cores, as mesmas do arco-íris.
Na Química, a figura mais destacada foi Antoine Lavoisier, famoso pela precisão
com que realizava suas experiências. Essa característica auxiliou-o a provar que,
“embora a matéria possa mudar de estado numa série de reações químicas, sua
quantidade não se altera, conservando-se a mesma tanto no fim como no começo
de cada operação”. Atribuiu-se a ele igualmente a frase: “Na natureza nada se
perde, nada se cria, tudo se transforma”.
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Proletariado era vista pelo ideal anarquista enquanto uma mera reprodução dos
Estados Liberal-Burguês ou Absolutista. Dessa maneira, conforme salientou Rosa
Luxemburgo a Vladimir Lênin, uma ditadura do proletariado poderia muito bem se
transformar em uma ditadura sobre o proletariado. Em resposta, muitos socialistas
passariam a considerar o anarquismo como uma corrente contra-revolucionária.
No entanto, os anarquistas levantavam a
clara hipótese de que toda revolução em
nome de “algo” ou “alguém” abre portas
para um processo de exclusão. Na ótica
anarquista, não se poderia colocar em
condição suprema um determinado grupo
mais capacitado à direção revolucionária. O
estado de revolução deveria ser
permanente, constante. Ao contrário de uma
constituição oferecendo os direitos e os deveres, a população deveria se lançar à
construção de associações libertárias onde o contrato social fosse
permanentemente rediscutido.
Dessa maneira, o pensamento anarquista possuía uma clara diferença à tônica
socialista. Para os últimos, a revolução se dava com a tomada do Estado. Já os
anarquistas queriam o fim do mesmo e, por isso, alertavam que um Estado
socialista seria o início de um governo que não conseguiria abolir o autoritarismo
de uma ditadura renomeada. A maior constatação empírica dessa crítica viria a
acontecer com a experiência da Revolução Russa.
Muitos anarquistas desconhecidos deram apoio à transformação consolidada ao
longo do ano de 1917. No entanto, a sua fidelidade ideológica aos textos de
Bakunin, Kropotkin e Proudhon os transformou em inimigos da revolução
bolchevique. Por fim, muitos foram mortos, exilados ou condenados aos campos
de concentração. Essa seria uma prova da crítica anarquista ou uma contingência
histórica? A possível resposta dessa pergunta seria um chamamento a novas
discussões.
3.13- Cultura, “civilização” e modernidade
Até meados do século XVIII, entretanto, as palavras civilização e cultura são
inteiramente desconhecidas. Para marcar a oposição frente ao selvagem ou ao
bárbaro, empregava-se, frequentemente, o termo civilidade. Deve-se a Erasmo a
recepção deste termo, no final do Renascimento, por ocasião da publicação do
Tratado de civilidade pueril (Erasme, 2001), em 1530. Ainda que este pequeno
texto fosse dedicado à educação moral das crianças, seu conteúdo ultrapassava
de longe a mera educação infantil e não demorou a alcançar um grande êxito junto
às cortes europeias como um ideal de conduta a ser buscado. A civilidade
representava, antes de tudo, uma ação sobre o corpo e um domínio das
aparências: o comedimento dos gestos, a maneira de falar, o modo de se
apresentar, de se portar à mesa, tudo isso passou a integrar, ao lado das regras
de polidez, um novo modelo de formação que pouco a pouco se impôs entre as
cortes da Europa. A palavra cultura (Cultur) não pode traduzir o que é da ordem
da exterioridade; ela acena para algo pertencente a uma determinação interior do
sujeito.
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3.17.1- Higienização
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A cidade do Rio de Janeiro tinha cerca de 700 mil habitantes em 1904. Desde o
início do século 19, manteve-se como a maior cidade do país. Com exceção de
seus palacetes de Botafogo e Laranjeiras, era cortada por ruas estreitas e vielas,
onde se erguiam prédios e imensos cortiços. Nos morros, amontoados de barracos
formavam as primeiras favelas. Nas áreas pantanosas, ocorriam epidemias de
febre tifóide, varíola e febre amarela. O mau cheiro era insuportável,
principalmente com o calor. Uma reformulação do Rio de Janeiro foi concebida
para tornar a cidade semelhante às metrópoles européias e agradável para sua
elite. Abrir largas avenidas, erradicar as doenças, derrubar os cortiços e sobretudo
empurrar para longe a massa pobre, negra e mestiça eram os desejos da
população elegante do município.
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A Tropicália, Tropicalismo ou
Movimento tropicalista foi um
movimento cultural brasileiro que
surgiu sob a influência das correntes
artísticas de vanguarda e da cultura
pop nacional e estrangeira (como o
pop-rock e o concretismo); misturou
manifestações tradicionais da
cultura brasileira a inovações
estéticas radicais. Tinha objetivos
comportamentais, que encontraram eco em boa parte da sociedade, sob o regime
militar, no final da década de 1960. O movimento manifestou-se principalmente
na música, cujos maiores representantes foram Caetano Veloso, Gilberto Gil,
Torquato Neto, Os Mutantes e Tom Zé; manifestações artísticas diversas, como as
artes plásticas (destaque para a figura de Hélio Oiticica), o cinema (o movimento
sofreu influências e influenciou o Cinema novo de Gláuber Rocha) e o teatro
brasileiro (sobretudo nas peças anárquicas de José Celso Martinez Corrêa). Um
dos maiores exemplos do movimento tropicalista foi uma das canções de Caetano
Veloso, denominada exatamente de Tropicália.
Após protestarem publicamente contra a ditadura, os cantores Caetano Veloso e
Gilberto Gil foram presos no Rio de Janeiro no dia 22 de Dezembro de 1968.
Segundo os censores e os órgãos de informação oficial, o motivo da prisão é a
tentativa da quebra do direito e da ordem institucional; com mensagens objetivas
e subjetivas à população; para subverter o Estado Democrático Brasileiro
estabelecido pela revolução; em função da notoriedade dos artistas, são
aconselhados a se exilarem do país.
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IV- UNIDADE
4- CIDADANIA E MOVIMENTOS SOCIAIS
Os movimentos sociais são ações coletivas mantidas por grupos organizados da
sociedade que visam lutar por alguma causa social. Em geral, o grito levantado
pelos movimentos sociais representa a voz de pessoas excluídas do processo
democrático, que buscam ocupar os espaços de direito na sociedade.
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tais movimentos correspondia, deste modo, tanto aos interesses das oligarquias
latifundiárias, quanto aos de um governo que ainda almejava se consolidar em
âmbito nacional e que, portanto, não poderia admitir tamanhas convulsões sociais.
4.8- Cangaço
O termo cangaço deriva da
palavra canga, objeto usado no
trato com os bois na roça. A
canga era uma madeira que
passava no pescoço do boi e lhe
prende ao arreio. Os
cangaceiros viviam de forma
errante e traziam consigo tudo
que possuíam.
O cangaço manifestou-se na
sociedade brasileira como uma
forma de protesto diante das
injustiças sociais observadas nas regiões mais retiradas do país. O nordeste perdeu
seu prestigio nacional ainda durante a colônia quando a capital deslocou-se para
o sudeste na cidade do Rio de Janeiro. Pouco ou nada mudou durante o Império o
que gestou na população local nordestina uma grande insatisfação, principalmente
diante do poderio dos grandes proprietários de terras que se apropriavam das
melhores terras legando a população serem seus empregados ou manterem terras
improdutivas.
Segundo o historiador Eric Hobsbawm, “o banditismo é uma forma bastante
primitiva de protesto social organizado”. O movimento do cangaço sertanejo deve
ser lido como manifestação de um banditismo nacional diante das injustiças sociais
vividas pela população pobre nordestina.
O primeiro cangaceiro reconhecido como tal foi José Gomes, vulgo Cabeleira, tendo
aterrorizado a região do Recife nos anos finais do século XVIII. O movimento só
toma corpo, porém a partir do fim do século XIX, quando em grande crise na região
do nordeste a população se torna arredia aos líderes, crescem as figuras chamadas
de “cangaceiros”.
O primeiro grupo de cangaceiros aparece com Jesuíno Alves de Melo Calado, vulgo
Jesuíno Brilhante, também do fim do século XVIII. A situação fundiária propiciava
disputas sociais intensas e isso se manifestava através dos cangaceiros que se
dividiam em ao menos três tipos:
O primeiro tipo eram os mercenários que trabalhavam para os latifundiários,
proprietários de terras, mais interessados em combater fortemente os cangaceiros
“bandidos”. Os primeiros formavam uma espécie de milícia e não eram tão
reprimidos quando os cangaceiros tradicionais, por estarem amparados por
homens poderosos.
O segundo tipo também de forma mercenária tinham nos políticos seus patrões, o
que também lhes garantia proteção mediante trabalho realizado. As disputas se
resolviam entre milícias e na ponta da peixeira.
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O terceiro tipo foi aquele que ficou mais conhecido com a literatura, principalmente
na figura de Virgulino Lampião. Eram os bandidos reprimidos e inimigos públicos.
No entanto esses viviam a sua própria sorte, visto que não tinham o apoio de
“padrinhos” poderosos que lhes aparassem nas dificuldades. Tudo que possuíam
carregavam consigo pelas estradas do sertão e retiravam da natureza tudo que
precisavam.
O cangaço dura até a década de 1930, só termina após uma ampla campanha
instituída por Getúlio Vargas. Até aquele momento o cangaço era mantido pelos
próprios latifundiários, pois esses se beneficiavam dos movimentos e grupos que
preferiam associação e proteção e para isso lhes faziam serviços como a cobrança
de impostos, ou ações violentas para garantia de voto. Com Vargas os cangaceiros
passam a ser considerados como desordem à paz nacional e por isso inimigos
públicos declarados.
4.9- Anarcossindicalismo e socialismo no movimento operário da
primeira república
Na República Velha temos a vivência de todo um processo de transformações
econômicas responsáveis pela industrialização do país. Não percebendo de forma
imediata tais mudanças, as autoridades da época pouco se importavam em trazer
definições claras com respeito aos direitos dos trabalhadores brasileiros. Por isso,
a organização dos operários no país esteve primeiramente ligada ao atendimento
de suas demandas mais imediatas.
No início da formação dessa classe de
trabalhadores percebemos a
predominância de imigrantes europeus
fortemente influenciados pelos princípios
anarquistas e comunistas. Contando
com um inflamado discurso,
convocavam os trabalhadores fabris a se
unirem em associações que,
futuramente, seriam determinantes no
surgimento dos primeiros sindicatos.
Passadas todas essas agitações, a ação
grevista serviu para a formação de um movimento mais organizado sob os ditames
de um partido político. No ano de 1922, inspirado pelo Partido Bolchevique Russo,
foi oficializada a fundação do PCB, Partido Comunista Brasileiro. Paralelamente, os
sindicatos passaram a se organizar melhor, mobilizando um grande número de
trabalhadores pertencentes a um mesmo ramo da economia industrial.
4.10- As propostas de ’’Revolução’’ em 1930
Até 1930 a política no Brasil era conduzida pelas oligarquias de Minas Gerais e São
Paulo, por meio de eleições fraudulentas e que mantinham o país sob um regime
econômico agroexportador. As elites paulista e mineira alternavam a presidência
da República elegendo candidatos que defendiam seus interesses. Este sistema
político ficou conhecido como "política do café com leite" ou política dos
governadores.
O modelo funcionou até os demais estados brasileiros crescerem em importância
e reivindicarem mais espaço no cenário político brasileiro. Por outro lado, a Crise
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Pouco tempo depois, em julho de 1930, João Pessoa foi assassinado pelo
advogado João Dantas (1888-1930) em Recife. Acredita-se que o crime tenha
ocorrido por razões pessoais e ligadas à política paraibana, mas a morte do
candidato a vice-presidente transformou-se numa questão nacional.
A indignação toma conta do país.
Mesmo sem apoio, o presidente
Washington Luís não pretendia
renunciar ao poder. Assim, em 3 de
outubro os militares liderados por
Getúlio Vargas, no sul, e Juarez
Távora (1898-1975), no norte,
convergem para o Rio de Janeiro. Ao
chegarem na capital, forma-se a Junta
Governativa, pelos três ministros
militares Tasso Fragoso, Mena Barreto
e Isaías de Noronha.
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Diante dos militares, Washington Luís declara que só sairia do cargo preso ou
morto. Imediatamente, a Junta Governativa o prende e o leva ao Forte
Copacabana, onde permaneceria até novembro e dali partiria para o exílio na
Europa.
Com isso, Getúlio Vargas tornou-se chefe do Governo Provisório com amplos
poderes, revogando a constituição de 1891 e governando por decretos. Da mesma
forma, nomeou seus aliados para interventores (governadores) das províncias
brasileiras.
A Revolução de 1930 foi chamada desta maneira pelos seus membros. No entanto,
trata-se de um golpe de estado e não uma revolução. Uma revolução possui amplo
apoio popular, propõe e causa drásticas mudanças quando instalada no poder.
Já o golpe de Estado, é a retirada do poder por meio da violência de um político
constitucionalmente eleito ou consagrado para aquele cargo. Os acontecimentos
de 30 foram uma luta pelo poder entre as elites, com margem de vitória a qualquer
uma delas e que pouco mudariam a estrutura social brasileira em profundidade.
4.11- Aliancismo e oposição ao projeto de Vargas
Nesse período de legalidade, houve um destaque para a atuação de 2 grupos
políticos com ideologias diferentes: o integralistas, baseados nas políticas nazi-
fascistas, e os aliancistas, comandados pelos comunistas e esse foi o principal
grupo rival do Governo Vargas.
Em 1932, Plínio Salgado lançou, com outros intelectuais, seu Manifesto à Nação,
que defendia o integralismo. Assim, fundava-se o movimento político nacional
inspirado nas ideias fascistas e nazistas, que deu origem à Ação Integralista
Brasileira (AIB), criada em 1934.Entre as ações e princípios que defendiam,
destacavam-se: o combate ao comunismo e ao liberalismo; nacionalismo extremo;
um Estado poderoso regido pelo chefe da nação; disciplina e divisão de categorias
dentro da sociedade. O símbolo do movimento era a letra grega sigma, e tinham
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como lema as palavras “Deus, pátria e família”. Obedeciam a uma rígida disciplina,
vestiam uniformes com camisas verdes ( sendo conhecidos como camisas-verdes
ou galinhas verdes) e desfilavam pelas ruas como uma tropas militares gritando
“Anauê!” ( “você é meu irmão”, em tupi). Mas caracterizavam-se por atitudes
agressivas em relação aos seus adversários. A AIB conquistou empresários,
profissionais da classe média e operários.
Uma das principais frentes políticas que
se opuseram ao integralismo foi a
Aliança Nacional Libertadora, cujos
membros eram chamados de
aliancistas. Foi fundada em março de
1935 e reunia grupos de várias
tendências, como socialistas,
anarquistas e comunistas. Um dos
principais grupos que a integravam era
o Partido Comunista, que funcionava na
clandestinidade. Luís Carlos Prestes foi
eleito o presidente de honra da ANL, da
qual o programa político incluía:
combate ao capitalismo e ao
liberalismo; estatização de empresas estrangeiras; não-pagamento da dívida
externa brasileira; realização de uma reforma agrária, com distribuição de terras
para os trabalhadores do campo e combate ao latifúndio. Um dos lemas da ANL
era “Pão, terra e liberdade”. Mas o governo Vargas declarou a ANL ilegal já em
junho de 1935, ordenando a prisão de seus líderes, alegando que eles tinham a
intenção de promover um golpe de Estado no país.
4.12- A ANL e a intentona
A Aliança Nacional Libertadora (ANL) foi uma organização política fundada pelo
Partido Comunista do Brasil em 1935. O manifesto público da Aliança, lido na
Câmara dos Deputados no dia 17 de janeiro de 1935 pelo deputado Gilberto
Gabeira, representante dos trabalhadores, expressava a indignação do povo com
relação à situação política e econômica do Brasil em decorrência do governo de
Getúlio Vargas.
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Segundo o dicionário, o populismo é uma prática que busca a simpatia das classes
sociais mais baixas, defendendo seus interesses através de políticas paternalistas
e assistencialistas. O populismo é uma ideologia rasa que considera que a
sociedade se divide em dois grupos antagônicos, o ‘povo’ e a ‘elite corrupta’. O
populismo de esquerda dirige seus ataques contra uma elite econômica, que seria
responsável por todos os problemas nacionais, enquanto o de direita vê ameaças
externas como o problema maior.
Na América Latina, o populismo teve um papel bastante marcante na história de
alguns países e sua marca foi a relação direta entre o povo e os líderes populistas,
que falava diretamente com as pessoas de modo carismático e popular
Os principais governos populistas da América Latina aconteceram no Brasil
(Getúlio Vargas, 1930-45/1951-54), no México (Lázaro Cárdenas 1934-40) e na
Argentina (Juan Domingo Perón 1946-55).
De um modo geral, o populismo tem aumentado seu poder de influência devido à
crise econômica internacional e à crise de refugiados, que leva populistas de direita
a defenderem a soberania nacional e a tomarem medidas independentes para lidar
com esses problemas mundiais.
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Grande parte da classe política e dos cidadãos brasileiros tem “uma visão
simplificadora e idealizada democracia”. Essa dá margem a “soluções fáceis”,
quase sempre na direção do paternalismo e do autoritarismo. Basta ver a
quantidade de Constituições e de reformas constitucionais que o Brasil já teve para
perceber que, de fato, o padrão nacional é de instabilidade.
No Brasil alteram-se regras essenciais
ao sabor das conveniências. A atual
“reforma política”, cujo debate sempre
se encaminha para interesses
particulares de parte dos principais
protagonistas, prova essa fragilidade.
Não se busca uma reforma para
consolidar instituições democráticas,
mas para atender a objetivos
passageiros e paroquiais. É uma
reforma que, inevitavelmente,
resultará em algo que deverá ser reformado em futuro próximo, perpetuando o
improviso.
Ademais, aqui não se lida com o contraditório como próprio das democracias,
travado no âmbito das instituições. O debate tem sido pautado nas ruas e vem
sempre carregado de ódio, numa polarização inconciliável. A busca pelo poder
tornou-se o valor central, a despeito de qualquer outra consideração.
4.17- A guerra fria e as lutas pela democracia: China, Coreia e Vietnã
A guerra fria é a designação dada ao conflito político-ideológico entre os Estados
Unidos (EUA), defensores do capitalismo, e a União Soviética (URSS), defensora
de uma forma de socialismo. Não existe um consenso sobre a data exata do início
da Guerra Fria. Para alguns estudiosos, o marco simbólico foi a explosão nuclear
sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, em agosto de 1945. Outros
acreditam que seu início data de fevereiro de 1947, quando o presidente norte-
americano Harry Truman lançou no Congresso dos Estados Unidos a Doutrina
Truman, que previa uma luta sem tréguas contra a expansão comunista no mundo.
E há também estudiosos que indicam a divisão da Alemanha em dois Estados, em
outubro de 1949. O surgimento da Alemanha Oriental, socialista, estimulou a
criação de alianças militares dos dois lados, tornando oficial a divisão da Europa
em dois blocos antagônicos, o que poderia ser o marco inicial da Guerra Fria.
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4.19.2- Nicarágua
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A história da Nicarágua, ao longo do século XIX, foi marcada pela fragilidade das
instituições políticas do país e pela interferência direta dos Estados Unidos nas
questões nicaraguenses.
4.20- Os movimentos de enfrentamento aos governos militares no Brasil
pós 64
Hoje em dia vemos a necessidade de relacionar os estudos geográficos com os
movimentos sociais pois eles acrescentariam nos estudos sociais, ajudando não só
a entender o território, espaço e lugar, mas entendendo também a geopolítica dos
movimentos sociais e do governo militar.
Na madrugada do dia 31 de março de 1964, o golpe militar é instaurado contra o
governo legalmente construído por João Goulart. Nesse período de golpe de
Estado, o Brasil se encontrava em extrema confusão que vinha dos estudantes e
trabalhadores contra o regime vigente. As estratégias geopolíticas da época
fizeram com que os governantes do Brasil focassem na área urbana e na rural
como forma de controlar a população brasileira.
E com essa forma de controle, alguns movimentos sociais organizados travaram a
luta, as manifestações e ocupações chegando até o confronto armado contra os
militares. Movimentos esses como: o Movimento estudantil e a União Nacional dos
Estudantes (UNE). Alguns outros movimentos sociais da época também fizeram
parte da luta como Movimento Nacionalista Revolucionário (MNR), Organização
Revolucionária Marxista Política Operária (POLOP), Vanguarda Popular
Revolucionaria (VPR), Comando de Libertação Nacional (COLINA), Movimento Sem
Terra (MST) e vários outros movimentos como o LGBT, feministas e de negros.
A luta e resistência só cresceu contra
o regime ditatorial da época. Esses
movimentos se materializavam e
criavam um território socioespacial
devido suas forças políticas.
O governo dos militares temia então
essa organização e esses territórios
formados, e foi aí que qualquer tipo
de manifestação poderia ser
fortemente reprimido. Por um lado, o governo demarcava o território como modo
de controlar a população e por outro os movimentos sociais que ocupam esse
território fazendo um movimento de contrarreforma ao governo. Essas disputas
pelo poder e pelo território são elementos chaves para o estudo dos movimentos
sociais. Entender os motivos e as razões de ambos os lados faz com que possamos
analisar o território, espaço e lugar por diversas formas. Uma delas é o controle,
outra é a ocupação que os movimentos sociais faziam como enfrentamento ao
governo militar.
4.21- O movimento estudantil
O Movimento Estudantil no Brasil data ainda do período imperial, quando os
estudantes, recém-chegados da Europa e com conhecimento trazido de lá,
intervinham em assuntos locais. Já no período republicano, em 1901 foi criada a
Federação dos Estudantes Brasileiros, considerada a primeira entidade estudantil
nacional, mas que não durou muito. Em 1910 foi realizado o I Congresso Nacional
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Goulart. A década de 60 foi marcada pelo terror. Enfraquecidos, por volta de 68,
os militantes, influenciados por táticas de guerra rural de Mao Tse-tung e Che
Guevara, concentraram suas últimas forças no campo. Um grupo se alojou nas
margens do Rio Araguaia, que abrange parte dos Estados do Pará, Maranhão e
Goiás.
No início da década de 70,
estourava a guerrilha do
Araguaia um movimento de
luta armada entre os
comunistas e militares. Com
a instauração do Ato
Institucional nº 5 (AI-5), a
situação nos centros urbanos
se agravou. Era necessária
uma nova estratégia. Desde
1960 os militantes já
possuíam homens nas
margens do Araguaia. Estes,
com interesses em comum, se aliaram aos comunistas, dando-lhes, em troca,
comida, moradia e conhecimento sobre a área. Esse fator foi determinante na
guerrilha.
A guerrilha contra os militantes se desenvolveu em três frentes, sendo que nas
duas primeiras os comunistas saíram vencedores. Além de não conhecerem a área,
os militares não tinham o prestígio da população local. Pelo contrário, eram
odiados. Os comunistas se lançavam mata adentro sempre que alguma ameaça
era detectada. E sem o apoio da população, o êxito militar era quase impossível.
Quase, porque na terceira frente, os militares entraram no jogo. Meses antes do
embate, infiltraram tropas entre os ribeirinhos e foram aprendendo sobre a área e
colecionando informações sobre os militantes que ali se encontravam. Com doses
de crueldade, torturavam locais a fim de descobrirem mais sobre os militantes. E
1973, os comunistas foram cercados e derrotados. Os militares se armaram com
fuzis FAL (os comunistas possuíam espingardas), abusaram do uso de helicópteros
e aviões, atearam fogo em todas as cabanas que encontraram pelo caminho,
destruíram depósitos de alimentos que foram construídos nos povoados próximos,
e, baseados em informações de delatores e ribeirinhos ludibriados, enfraqueceram
os comunistas e os derrotaram. Venceram pelo cansaço.
A guerrilha do Araguaia não foi bem-sucedida, mas, no âmbito tático, pode-se
dizer que foi vitoriosa. A imprensa só divulgou a guerrilha após seu fim. Censurada
pela ditadura, não cobria os acontecimentos e muitos nem sabiam o que estava
acontecendo no interior do país. Comunistas capturados eram fuzilados ou
decapitados. Os militares transformaram as margens do Araguaia em um cemitério
aberto.
4.23- Movimentos sociais e a luta sindical
O sindicalismo é uma corrente que defende a importância de fortalecer os
sindicatos para defender a classe trabalhadora. Antes dos sindicatos, já haviam
outras formas de associação entre trabalhadores de um mesmo ramo ou ofício. As
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sociedades de socorro e auxílio mútuo tinham por objetivo prestar assistência aos
trabalhadores e suas famílias em momentos de dificuldades.
As fábricas do século XIX eram um
ambiente terrível para os
trabalhadores, que cumpriam uma
jornada, em média, de 14 a 16 horas
diárias a troco de um salário
miserável. As condições eram
insalubres, havia muitos acidentes
de trabalho e era comum o uso de
mão de obra infantil (a partir do 6
anos de idade) e a aplicação de
punições físicas aos trabalhadores
considerados menos produtivos ou
indisciplinados. Nesse contexto, os
sindicatos surgem pela necessidade
de conquistar melhores condições de trabalho e salários mais justos.
Historicamente, a principal ferramenta de luta do sindicalismo tem sido a greve. A
interrupção momentânea do trabalho mostra a importância dos trabalhadores para
a geração de riqueza – ou para o próprio funcionamento da comunidade – e é um
instrumento efetivo de pressão, responsável por uma série de conquistas no
campo trabalhista, das quais desfrutamos ainda hoje.
A primeira greve registrada no Brasil aconteceu no ano de 1858 e foi organizada
pelos tipógrafos, que reivindicavam um aumento salarial. Durante o governo
Vargas, na década de 30, algumas conquistas trabalhistas foram consolidadas
como a jornada de 8 horas.
Antes do golpe civil-militar de 1964, os sindicatos passavam por intensa atividade
política, mas foram interrompidos e perseguidos pelas forças conservadoras no
poder. Com o processo de redemocratização, na década de 80, surge o chamado
novo sindicalismo, resultado das grandes mobilizações na região do ABC paulista.
4.24- Da “distensão” à abertura política: Anistia, terrorismo da direita, a
campanha pelas “diretas”, o fim do regime militar e o “governo Sarney’’
Por injunções da política dos quartéis, sucederia a Médici um dos mais
incontestáveis sobreviventes do “castelismo”, o grupo que deteve o poder no
governo Castello Branco, derrotado pela linha dura com a ascensão de Costa e
Silva. O general Ernesto Geisel sairia de um posto importante, a presidência da
Petrobras, para o Planalto. No ostracismo do período Costa e Silva, passou pelo
Superior Tribunal Militar e, pelas mãos de Médici, assumiria a estatal. E escolhido
por Médici seria o próximo presidente da República.
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"Diretas Já" foi um movimento político de cunho popular que teve como objetivo
a retomada das eleições diretas ao cargo de presidente da República no Brasil.
O movimento Diretas Já começou em maio de 1983 e foi até 1984, tendo
mobilizado milhões de pessoas em comícios e passeatas. Contou com a
participação de partidos políticos, representantes da sociedade civil, artistas e
intelectuais. Mesmo sendo marcado por significativo apelo popular, o processo de
eleições diretas só ocorreu 29 anos depois em 1989.
Nesse período da história, o Brasil contava com quatro partidos políticos na
oposição. Eram eles o PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro), PT
(Partido dos Trabalhadores), PDT (Partido Democrático Trabalhista) e PTB (Partido
Trabalhista Brasileiro).
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No primeiro instante, os
objetivos desse plano
foram alcançados: a
inflação atingiu valores
negativos, o consumo
aumentou e os fundos
aplicados foram lançados
na economia. Alguns
meses mais tarde, a
euforia de consumo levou
o plano à falência. Muitos
fornecedores passaram a
cobrar um ágio sob a
obtenção de
determinados produtos. A ineficiência do campo econômico, só não ganhou maior
destaque na época devido às movimentações políticas em torno da Constituição
de 1988. Esperada como uma nova lei que acabasse com os últimos entraves do
sistema repressivo militar e garantisse as liberdades civis e políticas, a nova
constituição ofereceu ganhos significativos nas questões das liberdades e dos
direitos individuais.
Mesmo com tais problemas, a nova carta reintroduziu a população ao jogo político
nacional e garantiu o estabelecimento de princípios democráticos. No ano de 1989,
uma nova eleição presidencial inaugurou o período da Nova República com a
eleição de Fernando Collor de Mello.
4.25- As eleições de 1989: Lula x Collor
Após 21 anos (1964-1985) de Ditadura
Militar no Brasil, sem eleições diretas
no país, em 1989, os brasileiros
puderam votar para presidente.
Durante a campanha eleitoral, Collor
propôs o combate à inflação e à
corrupção, especialmente contra os
"marajás", funcionários públicos que
recebiam altos salários. Por isso, ficou
conhecido como o “caçador de
marajás". Foi um grande crítico das
classes baixas e de frases de efeito
“Não fale em crise. Trabalhe”.
Numa disputa acirrada, Fernando
Collor, do PRN (Partido da Reconstrução Nacional) obteve 35 milhões de votos.
Assim, ele derrotava seu adversário, Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos
Trabalhadores (PT), que obteve 31 milhões de votos. Sua posse foi realizada em
15 de março de 1990.
Imediatamente após a posse, Collor pôs em prática o “Plano de Reconstrução
Nacional” (dividido em planos Collor I e II). O plano consistia em confiscar as
poupanças com o objetivo de conter a inflação no país e fortalecer a nova moeda,
o cruzeiro novo.
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