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A IMPORTÂNCIA DA METODOLOGIA CIENTÍFICA

PARA ESTUDANTES NO CONTEXTO


UNIVERSITÁRIO

O presente artigo científico tem como objetivo verificar o nível de conhecimento dos estudantes
universitários acerca dos objetivos, métodos, regras e ferramentas inerentes à Metodologia Científica,
antes e após seu ingresso à universidade. O trabalho está dividido em cinco seções com o intuito de
facilitar o seu entendimento, nelas busca-se, de forma concisa, mostrar a importância da Metodologia
para discentes e docentes do ensino superior no processo de construção mútua do conhecimento
científico, frente às novas realidades e possibilidades vivenciadas por esses agentes do ensino
superior contemporâneo. Visto todo o exposto, serão consideradas as concepções de autores
renomadíssimos na área de Metodologia Científica para concatenar com o cotidiano universitário os
conhecimentos expostos neste artigo, além de embasar a pesquisa na análise de seus resultados.

Palavras-Chave: Conhecimento. Metodologia Científica. Discentes. Docentes. Ensino Superior.

1 INTRODUÇÃO

A educação universitária, cada vez mais, vem sendo discutida em congressos, palestras e demais
eventos com o intuito de sinalizar quanto às competências necessárias para o sucesso de estudantes e
professores. Visto isso, o presente estudo científico tem como objetivo principal verificar o nível de
conhecimento dos estudantes universitários quanto os objetivos, métodos, regras e ferramentas
atreladas à Metodologia Científica, antes e após o seu ingresso à universidade.

Diante o exposto acima é fundamental indagar: a disciplina Metodologia Científica ajuda estudantes
para a melhora de suas produções acadêmicas?

O artigo está sistematizado, em cinco seções, com o intuito de facilitar a compreensão de seu
conteúdo. Sendo assim, no primeiro momento tratar-se-á sobre A Importância da Metodologia para a
Construção do Conhecimento Científico, pois a metodologia propõe métodos e técnicas que
subsidiam educandos e educadores a constituírem o conhecimento, genuinamente, científico. Na
seção seguinte será tratado quanto A Missão do Estudante num Contexto Universitário, visto que é
necessário que saiba seu papel diante as ações inerentes e que o cerca a partir de seu ingresso na
universidade.

Além disso, são notórias as novas realidades e possibilidades no ensino superior contemporâneo, bem
como nas demais modalidades de ensino. O avanço das tecnologias educacionais com o advento dos
computadores em sala de aula é exemplo dessa inovação, o professor precisa ser sensível às
ferramentas que contribuem com suas práticas de ensino e aprendizagem. Dessa maneira, a seção A
Competência do Professor Universitário em Novos Tempos discorrerá sobre conceitos inerentes às
praxes docentes.

A seção Metodologia trata do método utilizado, da abordagem, dos atores participantes, do local e
instrumentos com vistas a sustentar o objetivo e responder ao questionamento da pesquisa.
Na Análise dos Dados da Pesquisa serão apresentadas informações coletadas através de
questionários distribuídos a 11 (onze) discentes de uma Instituição de Ensino Superior do Estado do
Amapá e correlacionadas com as concepções de teóricos renomados na Metodologia Científica.
Dessa maneira, definindo o perfil do nível de conhecimento antes e depois do ingresso do acadêmico
à universidade considerando, assim, suas dificuldades.

Para tanto, utilizar-se-á dos seguintes autores como referências: Teixeira (2010); Severino (2007);
Demo(1995); Imbernón (2012); além de outros para suprir a contento as expectativas lançadas neste
trabalho.

2 A IMPORTÂNCIA DA METODOLOGIA PARA A CONSTRUÇÃO DO


CONHECIMENTO CIENTÍFICO.

Antes de tudo, vale destacar que o termo Metodologia significa “[...] estudo dos caminhos, dos
instrumentos usados para se fazer ciência” (DEMO, 1995, p. 11). Ainda, segundo Demo (1995), a
metodologia é uma disciplina que instrumentaliza quanto aos procedimentos a serem tomados na
pesquisa, possibilitando acesso aos “caminhos do processo científico”, além disso, ela visa, também,
promover questionamentos acerca dos limites da ciência sob os aspectos da capacidade de conhecer e
de interferir na realidade.

Para Severino (2007, p. 17-18) o trabalho científico:

[...] refere-se ao processo de produção do próprio conhecimento científico, atividade


epistemológica de apreensão do real; ao mesmo tempo, refere-se igualmente ao
conjunto de processos de estudo, de pesquisa e de reflexão que caracterizam a vida
intelectual do estudante [...].

O conhecimento é importantíssimo para todos os segmentos da humanidade, tornou-se valioso, pois


quem o domina pode ter acesso a inúmeras oportunidades. (TEIXEIRA, 2010).

Vieira et al. (2003), aponta que o conhecimento tomou proporções que vão além dos limites das
instituições de ensino ou do que o professor pode dispor, podendo ser construído em várias formas e
lugares.

Frente a essa afirmativa há a necessidade de sistematizar o conhecimento científico, pois a partir


disso a metodologia começa a ser instituída e atrela a pesquisa o seu pleno desenvolvimento.

Nesse sentido, Severino diz que a pesquisa assume três dimensões na Universidade:

De um lado, tem uma dimensão epistemológica: a perspectiva do conhecimento. Só se


conhece construindo o saber, ou seja, praticando a significação dos objetos [...] assume
ainda uma dimensão pedagógica: a perspectiva decorrente de sua relação com a
aprendizagem. Ela é mediação necessária e eficaz para o processo de
ensino/aprendizagem. Só se aprende e só se ensina pela efetiva prática da pesquisa. Mas
ela tem ainda uma dimensão social: a perspectiva da extensão [...]. (SEVERINO, 2007,
p. 26).

Nesse contexto, a pesquisa assume papel importante, pois tanto docente, quanto o estudante fará uso
da pesquisa para aprimorar, pôr em prática e construir conhecimento de maneira significativa.
Severino (2007, p. 25-26) diz que o “professor precisa da prática da pesquisa para ensinar
eficazmente; o aluno precisa dela para aprender eficaz e significativamente [...]”.

Segundo Teixeira (2010), para que se alcance uma educação de qualidade esta deve estar atrelada ao
conhecimento. Dessa maneira, será possível a construção do conhecimento voltado para uma
educação comprometida e, realmente, construtiva.

Portanto, compete aos professores e estudantes, através da prática de pesquisa, proporcionar a


sociedade novos conhecimentos com a finalidade de torná-la padrão na praxe do ensino superior e
nas demais modalidades de ensino (principalmente no ensino médio), o que certamente facilitaria,
significativamente, a vida do ingressante de ensino superior.

3 A MISSÃO DO ESTUDANTE NUM CONTEXTO UNIVERSITÁRIO

Ao ingressar na universidade o estudante depara-se com situações pouco comuns a sua realidade, até
então. A partir disso, é necessária uma adequação, por parte do estudante, ao novo ambiente. Para
Severino (2007, p. 37):

No ensino superior, os bons resultados do ensino e da aprendizagem vão depender em


muito do empenho pessoal do aluno no cumprimento das atividades acadêmicas,
aproveitando bem os subsídios trazidos seja pela intervenção dos professores, seja pela
disponibilidade de recursos pedagógicos fornecidos pela instituição de ensino.

Teixeira (2010), ao mencionar sobre as competências transversais do ofício do aluno, diz que o
estudante precisa desenvolver três atos acadêmicos: os hábitos de estudar, ler e escrever textos para
torna-se atuante na sociedade. Isso servirá como requisito para que o estudante torne-se um
pesquisador.

O ato ou hábito de estudar está diretamente ligado ao de aprender através de boas práticas de leitura e
atenção às aulas, dando ao aluno a possibilidade de participar, interpretar e envolver-se no
desenvolvimento de tais práticas. Sendo assim, deve-se aproveitar ao máximo as aulas em sala, pois
“esse material didático científico deve ser considerado e tratado pelo estudante como base para seu
estudo pessoal, que complementará os dados adquiridos através das atividades de classe”
(SEVERINO, 2007, p. 43), além das leituras de bons livros que possibilitem atuação e/ou reflexão do
estudante.

A leitura faz-se necessário à vida do estudante, visto a necessidade que este tem em produzir
trabalhos acadêmicos. Para Teixeira (2010, p. 27) “a leitura envolve a prática de dar significado ao
mundo que nos cerca”. Dessa forma, a autora divide a leitura dirigida em duas etapas:

· MOMENTO 1 NO ATO DE LER: Ler para identificar a fonte do texto, o autor. Fazer
uma leitura geral para aprender a ideia/mensagem central. Não sublinhe nada, não anote
nada ainda, só leia o texto inteiro.

· MOMENTO 2 NO ATO DE LER: Ler para procurar os significados, ideias correlatas,


conceitos, para destacar os trechos significativos e informações complementares à ideia
central. Sublinhe / destaque tais trechos no texto. Não anote nada ainda. Só na terceira
leitura é que você de iniciar o seu trabalho de escrita. (grifo da autora)
Para escrever textos o estudante deve possuir alguns conhecimentos prévios, tais como:
“conhecimento linguístico; conhecimento dos tipos de texto e suas características; conhecimento de
mundo”. (TEIXEIRA, 2010, p. 33).

Diante todo o exposto, quanto as suas atribuições, será necessário, para que obtenha sucesso na
universidade, que o estudante se empenhe, pois dele serão exigidas responsabilidades condizentes do
ensino superior e que superam as de suas experiências anteriores.

4 AS COMPETÊNCIAS DO PROFESSOR UNIVERSITÁRIO EM NOVOS TEMPOS

Avanços tecnológicos e a inserção de computadores influenciam na qualidade do ensino,


principalmente, o superior. Atentar para como o computador é utilizado, através da Internet (Redes
Sociais) e outras mídias, é fundamental, pois, nem todo conteúdo disponibilizado é significativo. É
necessária uma reflexão quanto a essas informações para que, então, o estudante consiga
desempenhar suas competências a contento. Dessa forma, ninguém melhor que o professor para
refletir e propor conteúdos significativos. Sendo assim, o professor deve utilizar todos os recursos a
sua disposição em sua didática para que a qualidade do ensino e aprendizagem seja otimizada.

Nesse sentido, Antunes (2009, p. 97-98) diz que:

Essa posição ressalta o valor da perspectiva construtivista da aprendizagem e redefine o


papel do professor [...] Em síntese, o papel do novo professor é o de usar a perspectiva
de como se dá a aprendizagem, para que, usando a ferramenta dos conteúdos postos
pelo ambiente e pelo meio social, estimule as diferentes inteligências de seus alunos e
os leve a se tornarem aptos a resolver problemas ou, quem sabe, criar ‘produtos‘ válidos
para seu tempo e sua cultura.

O professor ao utilizar o computador poderá ministrar uma aula diferenciada, mais criativa, que
estimule o aluno que deseja aprofundar-se, buscar e investigar, transformando o conhecimento
abstrato (a teoria) em concreto (a prática). Contribuindo de maneira eficaz no processo de ensino e
aprendizagem, estimulando o interesse à pesquisa e desenvolvendo o raciocínio. Sendo assim, “o
conhecimento deve ser construído pela experiência ativa do estudante e não mais ser assimilado
passivamente [...]”. (SEVERINO, 2007, p. 25).

Podemos ensinar e aprender sem eles, porém sua apropriação é importante tanto ao
estudante como aos professores, mais a este, pois os computadores com seus aplicativos
podem ser ‘próteses‘ maravilhosas para o cérebro humano em suas funções tanto de
aprendizagem como de produção. (BETTEGA, 2010, p.17).

Sendo assim, “o computador deve permitir criar ambientes de aprendizagem que façam surgir novas
formas de pensar e de aprender”. (BETTEGA, 2010, p. 13).

Não se deve deixar que essa ferramenta perca o seu caráter pedagógico e funcione, somente, como
um instrumento de mera reprodução, em que o conhecimento venha pronto, não oportunizando sua
construção. O computador utilizado sem objetivo, certamente, trará sérias consequências ao
estudante, tornando-o um mero repetidor de informações sem consciência crítica e opinião própria.

Para Bettega (2010, p. 10):


Não se trata apenas do uso do computador como uma simples ferramenta, como a antiga
máquina de escrever, mas sim do conhecimento de um sistema simbólico, de mais
linguagem, que se lhe é apresentada, também, como um meio de organização cognitiva
da realidade pela constituição de novos significados, expressão, comunicação e
informação.

Com tudo isso, a informática na educação tem papel importantíssimo na aplicação acerca dos
conteúdos que constam nas ementas das matrizes curriculares de cada disciplina e na interação dos
estudantes. A informática na educação “tem o objetivo de atender diferentes interesses educacionais
e econômicos” (VALENTE, 2011, p. 27).

Quanto à didática, ou seja, a forma de ensinar, o professor deve atuar de forma a contextualizar os
conhecimentos científicos para que seus alunos superem possíveis dificuldades que são pertinentes à
vida universitária e, consequentemente, para que possam, também, alcançar o sucesso profissional.
Teixeira (2010, p. 17) diz que a sociedade “passou a exigir indivíduos que pensem globalmente e
atuem localmente”.

Sendo assim, o professor deve ter formação adequada para fazer conexão entre os conhecimentos
científicos e os do discente, “descobrir novos métodos e meios de ensino [...] a fim de motivar e
encantá-lo para a aprendizagem” (ÁBILA 2010, p.35), de maneira coesa, que prime pela excelência e
formação da criticidade através do processo de construção do conhecimento. Freire (1996) diz que
para que isto ocorra o professor deve refletir criticamente sob sua prática, analisando o que já fora
aplicado e o que será posto em prática.

Para Imbernón (2012, p. 50-51) “aprender na universidade já não pode ser tão somente a repetição
mecânica de conhecimento, mas precisa incluir habilidades como flexibilidade de pensamento, a
comunicação, o trabalho em grupo e a tomada de decisões nos processos”.

Portanto, é através do conhecimento que países como o Brasil podem alcançar posições elevadas no
quesito qualidade de vida. Sendo assim, a educação superior tornou-se estratégia para o
desenvolvimento humano, sendo necessária à busca de uma nova reflexão sobre o processo. Cabe aos
docentes transformar suas ações, contemplando novas formas didáticas e metodológicas de promoção
do ensino e da aprendizagem, para que não seja um mero expectador dos avanços estruturais de nossa
sociedade, mas um instrumento de enfoque motivador desse processo.

5 METODOLOGIA

Visando a sistematização do raciocínio utilizou-se neste trabalho o método indutivo. Foram


utilizados onze questionários estruturados, com perguntas fechadas, numa abordagem quantitativa,
distribuídos aos acadêmicos do segundo ao último semestre de licenciaturas e bacharelados em
Instituição de Ensino Superior (IES) do Estado do Amapá, entre eles: seis acadêmicos estavam no
último semestre, quatro cursavam licenciaturas e dois bacharelados; quatro no antepenúltimo
semestre, todos em licenciaturas; e, um acadêmico cursava o segundo semestre em bacharelado. Vale
informar que 4 (37%) dos entrevistados já possuem outra graduação. Além disso, houve a
preocupação em pesquisar às diversas fontes teóricas como livros, revistas e artigos científicos,
perfazendo assim um levantamento bibliográfico com o intuito de fundamentar os objetivos da
pesquisa com autores que são referências no contexto da disciplina Metodologia Científica.

6 ANÁLISE DOS DADOS DA PESQUISA


Foram distribuídos e respondidos onze instrumentos de pesquisa com o intuito subsidiar a análise a
seguir:

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Perguntados acerca do nível de conhecimento em relação aos objetivos atrelados a disciplina
Metodologia Científica (M.C.), ao ingressar na graduação, obteve-se as seguintes respostas: 4 (37%)
disseram que não tinham conhecimentos, 3 (27%) informaram que tinham conhecimento regular, 3
(27%) conhecimento bom e 1 (9%) acadêmico tinha um conhecimento excelente ao ingressar na
universidade. Isso reforça a falta de comprometimento das modalidades de ensino que antecedem o
superior em preocuparem-se com ascensão de seu alunado à universidade. Visto que as posturas de
estudo do estudante “devem mudar radicalmente, embora explorando tudo o que de correto aprendeu
em seus estudos anteriores” (SEVERINO, 2007, p. 38).

Já acerca de seus conhecimentos atuais sobre os objetivos da M.C., os acadêmicos responderam o


seguinte: nenhum dos acadêmicos respondeu não têm conhecimento, 1 (9%) tem o conhecimento
regular, 8 (73%) têm bom conhecimento e 2 (18%) têm excelente conhecimento. Dessa forma, é
possível afirmar que a disciplina proporciona tal esclarecimento frente a seus objetivos. Pois para
Teixeira (2010, p. 17) “irá tratar da discussão sobre a construção do conhecimento e dos trabalhos
acadêmicos que passamos a elaborar e apresentar quando enveredamos no meio
acadêmico/universitário”.

Frente às regras, ferramentas e métodos usados na produção de trabalhos científicos os acadêmicos: 4


(37%) não tinham conhecimentos, 3 (27%) informaram que tinham conhecimento regular, 3 (27%)
conhecimento bom e 1 (9%) acadêmico tinha um conhecimento excelente ao ingressar na
universidade.

Quando indagados sobre o nível de conhecimento atual das regras, ferramentas e métodos usados na
produção de trabalhos científicos: nenhum dos acadêmicos respondeu não ter conhecimento, 2 (18%)
têm o conhecimento regular, 7 (64%) têm bom conhecimento e 2 (18%) têm excelente conhecimento.
Reforçando a importância da disciplina na produção desses trabalhos. Para Severino (2007, p. 39) “é
com o auxílio desses instrumentos que o estudante se organiza na sua vida de estudo e disciplina sua
vida acadêmica”.

Quanto ao conhecimento sobre as principais produções científicas ao ingressar na


universidade: Fichamento – 3 (27%) responderam que não tinham conhecimento, 5 (46%) tinham um
conhecimento regular, 2 (18%) consideram que tinham um bom conhecimento e 1 (9%) acadêmico
informou já tinha excelente conhecimento; Resumo – nenhum acadêmico respondeu que não tinha
conhecimento antes de cursar o ensino superior, 2 (18%) responderam que seu conhecimento era
regular, 7 (64%) disseram que tinham um bom conhecimento, e, 2 (18%) tinham um conhecimento
excelente; Resenha – 4 (37%) responderam que não tinham conhecimento, 4 (37%) tinham um
conhecimento regular, 2 (17%) consideram que tinham bom conhecimento e 1 (9%) acadêmico
informou já tinha excelente conhecimento; Projeto de Pesquisa – 5 (46%) responderam que não
tinham conhecimento, 3 (27%) tinham um conhecimento regular, 3 (27%) consideram que tinham
bom conhecimento e nenhum acadêmico respondeu que tinha conhecimento excelente antes de
cursar o ensino superior; Artigo – 4 (36%) responderam que não tinham conhecimento, 5 (46%)
tinham conhecimento regular, 2 (18%) consideram que tinham bom conhecimento e nenhum
acadêmico respondeu que tinha conhecimento excelente. Nesse aspecto, é preciso notar que 37% dos
entrevistados já possuem outra graduação. A partir do seu ingresso na universidade “o estudante dar-
se-á conta de que se encontra diante de exigências específicas para a continuidade de sua vida de
estudos”. (SEVERINO, 2007, p. 38).

Com relação ao nível de conhecimento sobre as principais produções científicas


atualmente: Fichamento – nenhum acadêmico respondeu não ter conhecimento, 2 (18%)
responderam ter o conhecimento regular, 6 (55%) disseram ter bom conhecimento e 3 (18%) têm
conhecimento excelente; Resumo – nenhum acadêmico respondeu que não ter conhecimento, 1 (9%)
respondeu que seu conhecimento é regular, 6 (55%) disseram que têm bom conhecimento e 4 (36%)
têm conhecimento excelente; Resenha – nenhum acadêmico respondeu não ter conhecimento, 1
(9%) respondeu que seu conhecimento é regular, 7 (64%) disseram que têm bom conhecimento e 3
(27%) têm conhecimento excelente; Projeto de Pesquisa – nenhum acadêmico respondeu não ter
conhecimento, 4 (36,5%) responderam que têm conhecimento regular, 4 (36,5%) disseram que têm
bom conhecimento e 3 (27%) têm conhecimento excelente; Artigo – nenhum acadêmico respondeu
não ter conhecimento, 2 (18%) responderam que têm conhecimento regular, 7 (64%) disseram que
têm bom conhecimento e 2 (18%) têm conhecimento excelente.

Ao questionar os acadêmicos se a disciplina Metodologia Científica ajudou a melhorar o nível de


suas produções acadêmicas, as respostas foram: 1 (9%) respondeu que não, 8 (73%) informaram que
sim, 2 (18%) acadêmicos disseram que em alguns momentos a disciplina possibilitou essa melhoria.
O resultado dessa proposição responde ao questionamento inicial sobre a Metodologia Científica que
este trabalho propôs, pois a produção acadêmica e o “conhecimento científico exige a utilização de
métodos, processos e técnicas especiais para análise, compreensão e intervenção na realidade”.
(TEIXEIRA, 2010, p. 85).

Quando indagados quanto às dificuldades enfrentadas na construção de trabalhos acadêmicos, dentro


das proposições, obteve-se dos acadêmicos as seguintes respostas: 2 (18%) responderam que essas
dificuldades se dão devido à carga horária da disciplina Metodologia Científica, 6 (55%)
responderam que o problema está no professor, nenhum acadêmico atribuiu à disciplina sem
desinteressante, 1 (9%) afirmou que todas as alternativas acima eram válidas e, 2 (18%) estudantes
afirmaram que nenhuma das alternativas anteriores eram as causas da problemática. Dessa forma,
faz-se necessária uma reflexão do papel do professor no ensino superior, conforme o tratado na
seção AS COMPETÊNCIAS DO PROFESSOR UNIVERSITÁRIO EM NOVOS TEMPOS.

Levando em consideração as dificuldades vivenciadas pelos que ingressam no nível superior, a


Metodologia Científica dá suporte técnico, teórico e metodológico para as produções acadêmicas que
forem desenvolvidas durante o curso, pois apontará caminhos seguros e mais simples ao acadêmico
na construção de conhecimento.
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Frente aos aspectos que visam além do processo de aprendizagem dos educandos, as exigências do
mercado que devido à globalização dos conhecimentos, exigem cada vez mais empenho do professor
para agregar em suas práticas pedagógicas os diversos recursos didáticos a fim de melhorar a
qualidade do ensino e da aprendizagem. Dessa forma, buscou-se abordar as competências que
professores e alunos necessitam para o sucesso no meio universitário, na tentativa de estimular,
significativamente, para ambos, o processo de ensino e aprendizagem no ensino superior.

Portanto, os dados pertinentes à pesquisa realizada neste trabalho com relação à disciplina
Metodologia Científica, vistas as dificuldades que surgem no momento em que o estudante ingressa à
universidade, puderam confirmar sua importância para o desenvolvimento estudantil num contexto
universitário.
REFERÊNCIAS

ÁBILA. Fernanda. Inovação na Educação. Revista Aprendizagem, Paraná: v.2 n.17, p.34-39,
março/abril 2010.

ANTUNES, Celso. As inteligências múltiplas inteligências e seus estímulos. 15. ed. Campinas, SP:
Papirus, 2009.

BETTEGA, Maria Helena Silva. A educação continuada na era digital. 2. ed. São Paulo, SP:
Cortez, 2010.

DEMO, Pedro. Metodologia científica em ciências sociais. 3. ed. rev. e atual. São Paulo, SP: Atlas,
1995.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 28. ed. São
Paulo, SP: Paz e Terra, 1996.

IMBERNÓN, Francisco. Inovar o ensino e a aprendizagem na Universidade. Tradução Silvana


Cobucci Leite. São Paulo, SP: Cortez, 2012. (Questões da nossa época, v. 40).

SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 23. ed. rev. e atual. São Paulo,
SP: Cortez, 2007.

TEIXEIRA, Elizabeth. As três metodologias: acadêmica, da ciência e da pesquisa. 7. ed. Petrópolis,


RJ: Vozes, 2010.

VALENTE, José Armando. Diferentes usos do Computador na Educação. Disponível em: Acesso
em: 20 mar. 2011.

VIEIRA, Alexandre Thomaz et al. Gestão educacional e tecnologia. 1. ed. São Paulo, SP:
Avercamp, 2003.

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