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CONTEXTO UNIVERSITÁRIO
RESUMO
O presente artigo científico tem como objetivo verificar o nível de conhecimento dos
estudantes universitários acerca dos objetivos, métodos, regras e ferramentas inerentes à
Metodologia Científica, antes e após seu ingresso à universidade. O trabalho está dividido em
cinco seções com o intuito de facilitar o seu entendimento, nelas busca-se, de forma concisa,
mostrar a importância da Metodologia para discentes e docentes do ensino superior no
processo de construção mútua do conhecimento científico, frente às novas realidades e
possibilidades vivenciadas por esses agentes do ensino superior contemporâneo. Visto todo o
exposto, serão consideradas as concepções de autores renomadíssimos na área de
Metodologia Científica para concatenar com o cotidiano universitário os conhecimentos
expostos neste artigo, além de embasar a pesquisa na análise de seus resultados.
1 INTRODUÇÃO
A educação universitária, cada vez mais, vem sendo discutida em congressos, palestras e
demais eventos com o intuito de sinalizar quanto às competências necessárias para o sucesso
de estudantes e professores. Visto isso, o presente estudo científico tem como objetivo
principal verificar o nível de conhecimento dos estudantes universitários quanto os objetivos,
métodos, regras e ferramentas atreladas à Metodologia Científica, antes e após o seu ingresso
à universidade.
O artigo está sistematizado, em cinco seções, com o intuito de facilitar a compreensão de seu
conteúdo. Sendo assim, no primeiro momento tratar-se-á sobre A Importância da
Metodologia para a Construção do Conhecimento Científico, pois a metodologia propõe
métodos e técnicas que subsidiam educandos e educadores a constituírem o conhecimento,
genuinamente, científico. Na seção seguinte será tratado quanto A Missão do Estudante num
Contexto Universitário, visto que é necessário que saiba seu papel diante as ações inerentes e
que o cerca a partir de seu ingresso na universidade.
Além disso, são notórias as novas realidades e possibilidades no ensino superior
contemporâneo, bem como nas demais modalidades de ensino. O avanço das tecnologias
educacionais com o advento dos computadores em sala de aula é exemplo dessa inovação, o
professor precisa ser sensível às ferramentas que contribuem com suas práticas de ensino e
aprendizagem. Dessa maneira, a seção A Competência do Professor Universitário em Novos
Tempos discorrerá sobre conceitos inerentes às praxes docentes.
Para tanto, utilizar-se-á dos seguintes autores como referências: Teixeira (2010); Severino
(2007); Demo(1995); Imbernón (2012); além de outros para suprir a contento as expectativas
lançadas neste trabalho.
Antes de tudo, vale destacar que o termo Metodologia significa “[...] estudo dos caminhos,
dos instrumentos usados para se fazer ciência” (DEMO, 1995, p. 11). Ainda, segundo Demo
(1995), a metodologia é uma disciplina que instrumentaliza quanto aos procedimentos a
serem tomados na pesquisa, possibilitando acesso aos “caminhos do processo científico”,
além disso, ela visa, também, promover questionamentos acerca dos limites da ciência sob os
aspectos da capacidade de conhecer e de interferir na realidade.
Vieira et al. (2003), aponta que o conhecimento tomou proporções que vão além dos limites
das instituições de ensino ou do que o professor pode dispor, podendo ser construído em
várias formas e lugares.
Nesse sentido, Severino diz que a pesquisa assume três dimensões na Universidade:
Nesse contexto, a pesquisa assume papel importante, pois tanto docente, quanto o estudante
fará uso da pesquisa para aprimorar, pôr em prática e construir conhecimento de maneira
significativa. Severino (2007, p. 25-26) diz que o “professor precisa da prática da pesquisa
para ensinar eficazmente; o aluno precisa dela para aprender eficaz e significativamente [...]”.
Segundo Teixeira (2010), para que se alcance uma educação de qualidade esta deve estar
atrelada ao conhecimento. Dessa maneira, será possível a construção do conhecimento
voltado para uma educação comprometida e, realmente, construtiva.
Teixeira (2010), ao mencionar sobre as competências transversais do ofício do aluno, diz que
o estudante precisa desenvolver três atos acadêmicos: os hábitos de estudar, ler e escrever
textos para torna-se atuante na sociedade. Isso servirá como requisito para que o estudante
torne-se um pesquisador.
O ato ou hábito de estudar está diretamente ligado ao de aprender através de boas práticas de
leitura e atenção às aulas, dando ao aluno a possibilidade de participar, interpretar e envolver-
se no desenvolvimento de tais práticas. Sendo assim, deve-se aproveitar ao máximo as aulas
em sala, pois “esse material didático científico deve ser considerado e tratado pelo estudante
como base para seu estudo pessoal, que complementará os dados adquiridos através das
atividades de classe” (SEVERINO, 2007, p. 43), além das leituras de bons livros que
possibilitem atuação e/ou reflexão do estudante.
A leitura faz-se necessário à vida do estudante, visto a necessidade que este tem em produzir
trabalhos acadêmicos. Para Teixeira (2010, p. 27) “a leitura envolve a prática de dar
significado ao mundo que nos cerca”. Dessa forma, a autora divide a leitura dirigida em duas
etapas:
Diante todo o exposto, quanto as suas atribuições, será necessário, para que obtenha sucesso
na universidade, que o estudante se empenhe, pois dele serão exigidas responsabilidades
condizentes do ensino superior e que superam as de suas experiências anteriores.
O professor ao utilizar o computador poderá ministrar uma aula diferenciada, mais criativa,
que estimule o aluno que deseja aprofundar-se, buscar e investigar, transformando o
conhecimento abstrato (a teoria) em concreto (a prática). Contribuindo de maneira eficaz no
processo de ensino e aprendizagem, estimulando o interesse à pesquisa e desenvolvendo o
raciocínio. Sendo assim, “o conhecimento deve ser construído pela experiência ativa do
estudante e não mais ser assimilado passivamente [...]”. (SEVERINO, 2007, p. 25).
“Podemos ensinar e aprender sem eles, porém sua apropriação é
importante tanto ao estudante como aos professores, mais a este, pois
os computadores com seus aplicativos podem ser ‘próteses‘
maravilhosas para o cérebro humano em suas funções tanto de
aprendizagem como de produção. (BETTEGA, 2010, p.17)”.
Sendo assim, “o computador deve permitir criar ambientes de aprendizagem que façam
surgir novas formas de pensar e de aprender”. (BETTEGA, 2010, p. 13).
Não se deve deixar que essa ferramenta perca o seu caráter pedagógico e funcione, somente,
como um instrumento de mera reprodução, em que o conhecimento venha pronto, não
oportunizando sua construção. O computador utilizado sem objetivo, certamente, trará sérias
consequências ao estudante, tornando-o um mero repetidor de informações sem consciência
crítica e opinião própria.
Com tudo isso, a informática na educação tem papel importantíssimo na aplicação acerca dos
conteúdos que constam nas ementas das matrizes curriculares de cada disciplina e na
interação dos estudantes. A informática na educação “tem o objetivo de atender diferentes
interesses educacionais e econômicos” (VALENTE, 2011, p. 27).
Sendo assim, o professor deve ter formação adequada para fazer conexão entre os
conhecimentos científicos e os do discente, “descobrir novos métodos e meios de ensino [...]
a fim de motivar e encantá-lo para a aprendizagem” (ÁBILA 2010, p.35), de maneira coesa,
que prime pela excelência e formação da criticidade através do processo de construção do
conhecimento. Freire (1996) diz que para que isto ocorra o professor deve refletir
criticamente sob sua prática, analisando o que já fora aplicado e o que será posto em prática.
Para Imbernón (2012, p. 50-51) “aprender na universidade já não pode ser tão somente a
repetição mecânica de conhecimento, mas precisa incluir habilidades como flexibilidade de
pensamento, a comunicação, o trabalho em grupo e a tomada de decisões nos processos”.
Portanto, é através do conhecimento que países como o Brasil podem alcançar posições
elevadas no quesito qualidade de vida. Sendo assim, a educação superior tornou-se estratégia
para o desenvolvimento humano, sendo necessária à busca de uma nova reflexão sobre o
processo. Cabe aos docentes transformar suas ações, contemplando novas formas didáticas e
metodológicas de promoção do ensino e da aprendizagem, para que não seja um mero
expectador dos avanços estruturais de nossa sociedade, mas um instrumento de enfoque
motivador desse processo.
5 METODOLOGIA
Quando indagados sobre o nível de conhecimento atual das regras, ferramentas e métodos
usados na produção de trabalhos científicos: nenhum dos acadêmicos respondeu não ter
conhecimento, 2 (18%) têm o conhecimento regular, 7 (64%) têm bom conhecimento e 2
(18%) têm excelente conhecimento. Reforçando a importância da disciplina na produção
desses trabalhos. Para Severino (2007, p. 39) “é com o auxílio desses instrumentos que o
estudante se organiza na sua vida de estudo e disciplina sua vida acadêmica”.
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Frente aos aspectos que visam além do processo de aprendizagem dos educandos, as
exigências do mercado que devido à globalização dos conhecimentos, exigem cada vez mais
empenho do professor para agregar em suas práticas pedagógicas os diversos recursos
didáticos a fim de melhorar a qualidade do ensino e da aprendizagem. Dessa forma, buscou-
se abordar as competências que professores e alunos necessitam para o sucesso no meio
universitário, na tentativa de estimular, significativamente, para ambos, o processo de ensino
e aprendizagem no ensino superior.
Portanto, os dados pertinentes à pesquisa realizada neste trabalho com relação à disciplina
Metodologia Científica, vistas as dificuldades que surgem no momento em que o estudante
ingressa à universidade, puderam confirmar sua importância para o desenvolvimento
estudantil num contexto universitário.
REFERÊNCIAS
BETTEGA, Maria Helena Silva. A educação continuada na era digital. 2. ed. São Paulo,
SP: Cortez, 2010.
DEMO, Pedro. Metodologia científica em ciências sociais. 3. ed. rev. e atual. São Paulo,
SP: Atlas, 1995.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 23. ed. rev. e atual. São
Paulo, SP: Cortez, 2007.
VIEIRA, Alexandre Thomaz et al. Gestão educacional e tecnologia. 1. ed. São Paulo, SP:
Avercamp, 2003.