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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO VALE DO ACARAÙ

CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA LICENCIATURA PLENA

MARIA LUIZA SOUTO MACEDO

ATIVIDADE AVALIATIVA

CURRAIS NOVOS, RN
2021
MARIA LUIZA SOUTO MACEDO

ATIVIDADE AVALIATIVA

Atividade avaliativa da disciplina de Pesquisa


e Prática em Educação III, da Universidade
Estadual Vale do Acaraú, para obtenção de
notas.

Orientadora: Prof.ª esp. Iranete de Medeiros


Souza

CURRAIS NOVOS, RN
2021
ATIVIDADE Nº 1

1) A pesquisa da prática pedagógica deve ser vista como um processo de


aprendizagem e envolvimento de docentes e discentes com a construção do
trabalho intelectual, na perspectiva de promover a união entre o ensino e a
pesquisa.
a) Registre a seguir o que você pensa acerca deste questionamento.

Dentro deste novo contexto contemporâneo, a pesquisa está vinculada ao ensino,


isto é, essas duas variáveis são inseparáveis, tendo em vista que somente a
investigação poderá fornecer subsídios para a autonomia intelectual e política de
professores e alunos. Para ser um professor, visto como profissional que
necessariamente precisa desenvolver determinadas competências, não é suficiente
que tenha um grande domínio de seu conteúdo específico, é necessário que esteja
relacionado com o momento em que a sociedade se depara, sempre buscando
conhecimento de mundo. Portanto, o professor pesquisador deve construir a
aprendizagem e, mais importante que isso, socializar sua transmissão entre ele e
aluno, ampliando o conhecimento investigativo do discente e despertando o seu
interesse pela pesquisa.

2) Para você, o papel da educação estará sendo cumprido através de um


professor que seja apenas um “ministrador de aulas”?
a) Justifique sua resposta

Não. Uma vez que, é preciso ser bem mais que um ministrador de aula, ou alguém
que deposita apenas seu próprio conhecimento. No exercício profissional do
docente, ele não pode ser apenas o transmissor de conhecimentos, adquiridos na
época da academia e que até hoje são transmitidos aos alunos como cópia, isto é,
ainda detém a concepção de educação tradicional. Atualmente, muitos professores,
são formados em um determinado curso, mas acabam ministrando aulas em outras
áreas nas quais não foram formados, onde acabam apenas por passar conteúdos e
leituras de texto, sem nenhuma inovação na sua prática, tornando a aula cansativa e
sem interesse nenhum para o aluno. O professor deve ser um socializador de
conhecimentos, no qual necessita possuir conhecimento intelectual adquirida pela
pesquisa em sua atuação, bem como, deve fazer do aluno um novo pesquisador.

3) O docente que exerce sua função de ensinar necessita do trabalho da


pesquisa para ser mestre e não discípulo. E, aquele profissional que pesquisa
também necessita ensinar a fim de que possa formar novos mestres. A
pesquisa, em toda a sua dimensão, oferece meios e condições para se eliminar
a formação de discípulos e de se extrair do campo do “mero ensinar” e do
“mero aprender”.
a) Qual a sua postura, enquanto futuro professor, frente ao citado acima?

A pesquisa tende a contribuir para a formação de um professor competente, ainda


na faculdade, que procure conhecer sua realidade, apreendendo-a e
compreendendo-a, para que possa modificá-la, a fim de auxiliar na formação de
alunos críticos e reflexivos, comprometidos com a sociedade. Por isso, o professor
que vem utilizando dos meios e condições que a pesquisa oferece, desenvolve sua
própria metodologia de ensino e gera não apenas discípulos na sua prática
pedagógica, mas novos mestres na educação. Assim sendo, necessita do trabalho
de pesquisa para deixar de ser um mero ensinador, mas tornar-se um grande mestre
e com isto, formar outros.

4 Abaixo, um trecho do livro de Paulo Freire intitulado “Pedagogia da


autonomia: saberes necessários à prática educativa”.

“Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Fala-se hoje, com insistência,
no professor pesquisador. No meu entender o que há de pesquisador no professor
não é uma qualidade ou uma forma de ser ou de atuar que se acrescente à de
ensinar. Faz parte da natureza da prática docente a indagação, a busca, a pesquisa.
O de que se precisa é que, em sua formação permanente, o professor se perceba e
se assuma, porque professor, como pesquisado”. (FREIRE, 2001, p. 32).
a) Leia, analise e registre a sua opinião sobre o mesmo (mínimo de 10 linhas):

A indagação e busca constante já faz parte da prática docente, ela nasce com o
professor, não há como ensinar se não houver pesquisa. Neste sentido, o docente
que desde a sua formação vem desenvolvendo pesquisas tende a elaborar sua
própria metodologia de ensino, através da qual a pesquisa poderá ter participação,
levando-o a compreender sua realidade educacional, isto é, encontrar respostas da
sua metodologia na sala de aula e não encontrar pesquisas elaboradas. Por tanto,
essa reflexão capaz de produzir conhecimentos e ressignificar a cultura escolar
proporciona mudanças, que beneficiem a todos, fazendo necessário o professor se
assumir permanentemente como pesquisador, oportunizando efetivamente ao
educando o entendimento do que estuda, pois se assim não for permanecerá no
senso comum.

5 No material disponível na página do aluno, Ibrapes, está disponível a


coletânea de textos das disciplinas: Prática e pesquisa em Educação I e II. Nos
textos 6 e 7, você irá ver alguns conceitos fundamentais de pesquisa, pesquisa
qualitativa, questionários e entrevistas.

- Faça a leitura atenta dos mesmos e em seguida produza um texto, com 3


laudas, cujo conteúdo contemple o seguinte título: A importância da pesquisa na
sala de aula como fator primordial na construção do saber.

A pesquisa em sala de aula está associada ao processo de ensino e


aprendizagem, por ser considerada um elemento de construção de conhecimento,
pelo qual o aluno aguça sua curiosidade, elabora um conjunto de conhecimentos e
tem a possibilidade de explorar coisas novas, pois, de acordo com Freire (1996, p.
29): “não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino”. Deste modo, é
impossível tentar desvincula
Introduzido no aperfeiçoamento de sua formação acadêmica, como também
na postura ética profissional do educador, se faz necessário que o professor
mantenha esta particularidade, questionando a sua prática e buscando estimular o
aluno no desenvolvimento do saber pela informação. Por meio desta perspectiva,
Abreu e Almeida (2008, p. 3) afirmam que a capacidade de questionar não espera
resultados definitivos, mas admite a “provisoriedade metódica” como principal
argumento para a renovação da ciência.
Sendo assim, a investigação é um processo indispensável na formação do
entendimento sobre a própria prática, servindo de subsídio tanto para o avanço
cientifico, literário, artístico e profissional dos professores, tal como para as
instituições que eles participam. Gatti (2002) afirma que pesquisar é obter
conhecimento sobre algo, mas um conhecimento que esteja além do entendimento
imediato. Desta forma, evidencia-se a relevância do professor observar sua prática
com um olhar atento. Pádua (1996, p. 29), define a pesquisa, como:
Tomada num sentido amplo, pesquisa é toda atividade voltada para a
solução de problemas; como atividade de busca, indagação, investigação,
inquirição da realidade, é a atividade que vai nos permitir, no âmbito da
ciência, elaborar um conhecimento, ou um conjunto de conhecimentos, que
nos auxilie na compreensão desta realidade e nos oriente em nossas ações.

Percebe-se deste modo, que a pesquisa além de auxiliar na resolução de


problemas, desperta a indagação pela elaboração de novas técnicas e compreensão
de novas realidades, orientando o pesquisador em suas ações do cotidiano. No
entendimento de Demo (2005, p. 16) a pesquisa é processo que deve aparecer em
todo trajeto educativo, como princípio educativo que é, na base de qualquer
proposta emancipatória.
No entanto, ela deve estar presente não apenas no desenvolvimento
educacional, mas nos diversos âmbitos do dia a dia, tendo em vista que concede um
valor a frente do avanço cientifico, por sua vez proporciona o idealizar, a crítica
intelectual, o aprender a aprender. Neste sentido, iniciando pelo conceito da própria
palavra, na visão de BAGNO (1998, p. 17):
Pesquisa é uma palavra que nos veio do espanhol. Este por sua vez
herdou-a do latim. Havia em latim o verbo perquire, que significava
'procurar, buscar com cuidado; procurar por toda parte; informar-se; inquirir;
perguntar; indagar bem, aprofundar na busca'. Nada a ver, portanto, com
trabalhos superficiais, feitos só para 'dar nota'.

Assim sendo, é importante pensar na pesquisa como um processo de


aprendizagem contínuo e um trabalho diário permanente, tanto do sujeito que a
realiza, quanto da sociedade, na qual esta evolui. Cabe ao professor repensar no
seu planejamento, bem como em um ensino através da busca, para além de
trabalhos em sala de aula, envolvendo recursos também metodologias, que tenham
o interesse de estimular o aluno a aprender de forma mais significativa.
Por meio da pesquisa é possível fazer uma revisão da sua prática docente,
Garcia (2007), afirma que professor pesquisador seria aquele docente que parte de
questões relativas à sua prática com o objetivo de aprimorá-la. A busca pela
informação pelo professor, tem como propósito o conhecimento da realidade para
modificá-la, objetivando o aperfeiçoamento de suas práticas pedagógicas.
A partir desta reflexão, os professores poderão desenvolver uma “pesquisa-
ação”, criando condições de se tornar um pesquisador com o objetivo de mudar a
realidade, capacitando-se a produzir conhecimentos novos com base em sua
prática, fazendo uma relação com a teoria.
Ao transformar a sala de aula em um laboratório, concede-se a garantia de
aprendizagem dos alunos, criando autonomia e assim fazendo-os alcançar um nível
intelectual mais elevado. Para Demo (2007, p. 78):
A criança tem paixão inata pela descoberta e por isso convém não lhe dar a
resposta ao que não sabe, nem a solução pronta a seus problemas; é
fundamental alimentar-lhe a curiosidade, motivá-la a descobrir as saídas,
orientá-la na investigação até conseguir o que deseja.

Posto isto, trazer respostas prontas e acabadas, antes de questionar o que a


criança entende sobre determino assunto, é um dos motivos pelo qual a aula não se
torna atrativa para a mesma, causando desinteresse de aprender, levando em
consideração que algumas metodologias acabam matando o desejo do aluno aguçar
a sua curiosidade.
De acordo com os autores e frente aos avanços tecnológicos, o docente pode
tornar a aquisição mais eficaz, é preciso aceitar-se como constante investigador do
saber, das suas práticas de ensino e metodologias, procurando perceber a
importância de um professor-pesquisador, apto a aperfeiçoar sua pratica pedagógica
no que se refere a formar cada vez mais sujeitos críticos reflexivos, não somente
dispostos a recepção de conhecimentos, mas dotados de pensamentos.
Em suma, a pesquisa é uma grande aliada ao saber cientifico no decorrer do
processo de ensino e aprendizagem, que juntamente aos debates coletivos em sala
de aula, como também no meio social em que o aluno está inserido, tornando-se
uma forte ferramenta para desenvolver a reflexão, observação e argumentação.
Logo, sendo bem elaborada, enaltece a indagação, levando o indivíduo a mergulhar
nas profundezas do conhecimento critico, transformando a sua realidade para uma
nova, ainda não conhecida por ele.
REFERÊNCIA

ABREU, Roberta Melo de Andrade e ALMEIDA, Danilo Di Manno de. Refletindo


sobre a Pesquisa e sua Importância na Formação e na Prática do Professor do
Ensino Fundamental. Disponivel em:
https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ri/1393/1/2655.pdf. Acesso em: 23 de janeiro,
2021.

BAGNO, M. Pesquisa na escola: o que é, como se faz. São Paulo: Loyola, 1998.

DEMO, Pedro. Pesquisa princípio científico e educativo. 11ª. ed. São Paulo: Cortez,
2005. Biblioteca da Educação. Série 1. Escola, v. 14.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa.


39. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

GARCIA, Vera C. G. Fundamentação teórica para as perguntas primárias: O que é


Matemática? Por que Ensinar? Como se ensina e como se aprende? Apostila, 2007.

GATTI, Bernadete Angelina. A construção da pesquisa em educação no Brasil.


Brasília: Plano, 2002.

PÁDUA Elisabete Matallo Marchesini de. Metodologia da pesquisa Abordagem


teóricoprática. Campinas: Papirus, 1996.

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