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Instituto Medio de Planeamento Físico e Ambiente

PROCESSOS PARA A
ELABORAÇÃO DO PLANO DE
PORMENOR
Aula 4
Michafutene, Setembro de 2017

8/14/2017
Projecto Urbano e Rural 1
Introdução
A elaboração de um PP exequivel só é possivel
uma vez considerando normas e instrumentos
legais ora vigente no território nacional, e na
ausência destas podemos recorrer a
diferentes critérios que se adequem ao
território a intervir.
No presente capitulo vamos conhecer as normas
e critérios basicos a considerar na elaboração
de um PP.
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PLANOS DE PORMENOR
PP- São Planos de carácter técnico - executivo
destinados a promover a pormenorização de um
Plano de Estrutura ou a realização de projectos
de intervenção urbanística localizada e parcial,
pública ou privada, em um centro urbano.

Objectivos do PP- Ver o artigo 46 do RLOT


(Regulamento da lei de Ordenamento Territorial)

Conteúdo do PP- Ver o artigo 47 do RLOT

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Normas e Critérios
Norma – define-se como regra, preceito, lei ou
modelo a respeitar num projecto ou na
produção de um determinado objecto ou
realização de uma determinada actividade.
Nos casos de não existência de normas baseamo-
nos em critérios, e são definidos com:
considerações, juízos que são tomados em conta
para o projecto ou produção, para a realização de
uma determinada actividade, para adopção de
uma determinada atitude, posição ou proposta.
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Normas e Critérios
Exemplo de uma norma em produção
industrial
• A produção de lençóis tem como medidas as
medições da cama e colchões para qual
servira, e por sua vez tem como base as
medidas de um ser Humano.
• Podem ser para Crianças, Singular, e para um
casal, essas normas são standartizadas
internacionalmente.

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Normas sobre o talhão
Um objectivo fundamental da ocupação de
espaços, é o de assegurar a todos habitantes,
uma área mínima garantida para habitação e
também acesso ao terreno ocupado,
abastecimento de água, saneamento e outros
tipos de infra-estruturas.

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Critérios para definição de um talhão
Para o uso de talhão constituí uma base da sua
definição os seguintes critérios:
1. Aptidão para construir (inclinação adequada);
2. Acesso a rede viária;
3. Acesso a água e outras infra-estruturas;
4. Ventilação;
5. Saída das águas Pluviais;
6. Uma forma regular que permita a construção de
uma casa com forme os hábitos locais;
7. Solo apto para urbanização.
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Talhão-É a parcela do terreno definida no plano
para um fim económico ou social colectivo ou
familiar (parques, hospitais, mercados,
escolas, apartamentos ou casas).

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Bloco

Bloco-É um conjunto
de talhões contidos,
limitados por vias para
um pequeno numero de
famílias cerca de 12 á
16 famílias.

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Quarteirão
Quarteirão- Conjunto de
blocos e talhões com vias
que se interligam e os
espaços colectivos
internos. No quarteirão
vive em média 50 famílias,
o que corresponde mais
ou menos 250 pessoas
segundo o censo
populacional.

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Unidade-É um conjunto 6 ou 8 quarteirões com vias
que os interligam nos espaços internos em média,
nela habitam 450 famílias ou seja 2 mil pessoas.

Bairro-É um conjunto de unidades onde habitam em


média 12 mil pessoas, tem em média 6 unidades.

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Classificação das vias de acesso
Rua primária-É aquela que da acesso ao bairro.
A mesma tem como largura 19 a 20 m.

Rua secundária-Dá acesso a áreas de


equipamentos sociais e serviços, distribui o
tráfego para as ruas terciárias, a mesma tem
largura 15- 16 m.

Rua terciária-Dá acesso a área residencial e tem


como largura 12 m.
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Normas sobre equipamentos
urbanos
• As cidades moçambicanas são de origem
colonial. Desenvolveram-se seguindo uma
estrutura marcadamente centralizada, isto é,
com um centro onde se localiza todo
equipamento e serviços, deixando a maior
parte das zonas habitacionais sem
equipamentos desses serviços.
• Actualmente a política do desenvolvimento
urbano tende a romper essa pratica urbana e
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Normas sobre equipamentos
urbanos
• vai modificando a situação por forma a obter
um maior equilíbrio na cobertura de diversas
zonas (descentralização).

• A descentralização é hierarquizada,
conservando o actual centro para actividades
de uma determinada hierarquia, criando
subcentros que são alternativas escolhidas
para o desenvolvimento do país
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Normas sobre equipamentos
urbanos
Para alocação de equipamentos sociais numa
determinada area urbana devemos observar
os seguintes niveis:

1°Nível-Centro da cidade ou distrito urbano


Geralmente a distancia é grande, é preciso
percorre-la de carro, o contacto é eventual ou
periódico.

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Normas sobre equipamentos
urbanos
2° Nível-Centro do bairro
A distância é um limite, o que é possível ou
desejável para chegar a pé, o contacto é
periódico.

3° Nível-Centro da cidade
O acesso é a pé e contacto pode ser diário.

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Normas sobre equipamentos
urbanos
Critérios usados para propor equipamentos
sociais em determinados níveis de centros
urbanos são:

Campo de acção-É o território servido por uma


instalação ou actividade.
Ex: o campo de acção do curso Médio de
Planeamento Físico e Ambiente é o país.

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Normas sobre equipamentos
urbanos
Raio de acção-É a distância óptima entre a
moradia e a instalação em questão, para
definir essa instalação óptima deve-se analisar
o grau de periosidade, isto é, se é de uso
diário (Creche), periódico (correio, banco, etc).
ou eventual (serviços de migração).

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Normas sobre equipamentos
urbanos
Equipamento de uso diário: Será localizado, no
centro da unidade e o seu raio de acção são
500m (creche, EPC, etc.).
Ainda no que tange aos equipamentos de uso
diário, importar referenciar o a Praça que é um
equipamento a localizar no centro do quarteirão
e deve estar longe da rua principal, esta pode ser
usada como local de encontros, recreio,
localização de fontários e outros usos. O tamanho
deste deve ser 4 vezes o tamanho do talhão,
podendo também o seu tamanho
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Normas sobre equipamentos
urbanos
variar segundo o uso previsto do arranjo urbano entre
as medidas do talhão.

Equipamento de uso periódico:Será localizado no


centro do bairro, e o seu raio de acção são 800 á
1000 m (esquadra, igreja, centro de saúde, etc.)

Equipamento de uso eventual:Será localizado no


centro da cidade ou do distrito e o seu raio de acção
é variável (corpo de bombeiros, hospital central, etc.)
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Normas sobre equipamentos
urbanos
Os equipamentos classificam-se em:

1 – Equipamento administrativo;
2 – Equipamento social (educação, saúde e
recreio);
3 – Equipamento comercial;
4 – Equipamento especial (cemitérios, lixeiras,
terminal de transporte);
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Critérios técnicos para infra-
estruturas
a) Fontes de água
A procura de agua depende do tipo de fonte:
• Agua carregada (poço, fontenário: 30
litros/pessoa/dia).
• Torneira na porta de Quintal: (70
litros/pessoa/dia).
• Abastecimento domiciliário: (150
litros/pessoa/dia)
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Critérios técnicos para infra-
estruturas
Fontes colectivas (fontenários e poços) não
podem servir mais de 300 casas sem provocar
bichas enormes. As normas de nível de serviço
devem ser interpretadas conforme as
condições de realização do abastecimento de
agua.
• Nível máximo: uma fonte para 50 casas;
• Nível médio: uma fonte por 100 casas;
• Nível mínimo: uma fonte por 250 casas.
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Critérios técnicos para infra-
estruturas
b) Arruamento e drenagem
Estes assuntos devem ser tratados juntos por
que as valas de drenagem têm que
acompanhar as ruas para facilitar a
construções manutenção delas. Também
vários aspectos técnicos, comuns, como
pendentes máximos e o sistema hierarquia

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Critérios técnicos para
infraestruturas
b.1) Comprimento
As ruas terciárias e as ruas em saco devem ter
comprimento máximo de 150 metros.
b.2) Hierarquização das valas de drenagem
1) Valas primarias- são as que acompanham a via
principal escoando o maior volume de agua e
encontram-se a jusante de pendentes. Sendo
assim possível contar com 1 vala primaria ao
longo de uma via de circulação secundaria e vice-
versa. Esta poder ter uma largura de 4metros.
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Critérios técnicos para
infraestruturas
2)Valas Secundarias - tem uma largura que varia
de 2 a 2.5 metros de largura e estas seguem as
vias secundarias.
3)Valas Terciárias- São as que acompanham as
vias terciárias e apresentam uma largura de 1
metros

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Critérios técnicos para
infraestruturas
b.3) Pendentes: As pendentes abaixo indicadas são
as consideradas necessárias afim de minimizar os
efeitos da erosão e assegurar um bom
escoamento das aguas, Devendo-se no entanto
analisar em cada caso o tipo do solo.
Niveis Pendentes (%)
Desejavel 0.5 a 5
Possivel mas com alto custo 5a8
de infraestruturas

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Critérios técnicos para
infraestruturas
b.5) Controle da erosão
Quando existem condições favoráveis a erosão,
nomeadamente, solo fraco e pendentes
íngremes, devem seguir-se cuidadosamente
os critérios de tratação indicadas a seguir.
• As áreas mais incluídas dentro do bairro
devem ficar com sua vegetação natural, e ser
protegida do escoamento da área urbanizada
acima do valor de drenagem.
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Critérios técnicos para
infraestruturas
Actividades agrícolas actuais e previstas tem que
ser parcelados e controlados, permitindo só
colheita que mantém uma cobertura do solo
durante pelo menos toda a estacão chuvosa.
• A implementação das ruas principais e
secundarias não devem ser paralelas as
pendentes, especialmente quando a
inclinação é superior a 5%.

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Obrigado Pela Atenção

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