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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO
URBANISMO I

Diretrizes e ações em
projetos de urbanismo
Profa. Dra. Marcele Trigueiro
Diagnóstico urbano (realizado na Unidade I)

• Área de estudo
Com base nas pesquisas e aproximações espaciais virtuais, foi identificado setor de estudo com
mapa(s) e/ou imagens, justificando as principais razões desta escolha.

• Breve histórico da evolução urbana


Informações sobre a evolução urbana da área de estudo.

• Agentes sociais
Principais agentes sociais que atuam na área de estudo e formas de atuação.

• Principais problemas e/ou potencialidades observados


(para a Unidade III, apenas se for necessário, esse ponto pode ser reescrito)
Principais problemas e/ou potencialidades observados na área de estudo, com ilustrações.
Planos de ação (retoma Unidade II e se desenvolve pela Unidade III)

• Principais métodos adotados no Protocolo


Expor, de forma resumida, o protocolo trabalhado na unidade 2, identificando o perímetro de
observação.

• Principais resultados do perímetro estudado


Elencar os principais resultados obtidos na aplicação do protocolo, dentro do perímetro estudado
(para reforçar, cf. leitura B01), DESTACANDO OS ELEMENTOS URBANOS QUE SERÃO TRABALHADOS
EM PRIORIDADE.

• Diretrizes centrais
• Estratégias de ação
Destacar aspectos positivos e negativos da área, revelados com maior propriedade a
partir dos métodos de apreensão do espaço urbano, de maneira a definir possíveis

diretrizes e ações de projeto.

Desta forma, o diagnóstico fica encerrado e faz-se uma associação direta entre o estudo
da área e as intervenções a serem propostas a posteriori.
Diretrizes e ações

Com base no conhecimento da área de estudo, no diagnóstico efetuado,


as equipes estão no limiar da definição de propostas de planejamento e
de desenho urbano.

Para tanto, diretrizes de projeto, com suas respectivas ações,


devem ser definidas.
Diretrizes e ações

Popularizadas a partir de experiências bem-sucedidas, em que compõem os


chamados “guias de desenho urbano”, elas especificam (...) os conceitos do
projeto, o vocabulário físico-arquitetônico e outros fatores básicos para o
desenvolvimento de uma determinada área.

As diretrizes buscam encorajar o melhor e evitar o pior.”


(DEL RIO, e2003, p.109).

Parece haver um consenso sobre o que as diretrizes devem comportar


especificamente: objetivos, procedimentos, elementos do desenho,
significados, relações entre si e com o contexto, etc. (DEL RIO, e2003, p.110).
Diretrizes e ações
Diretrizes de projeto se escrevem a partir de substantivos
ex.: requalificação, reestruturação, renovação, melhoria, etc.

Podem ser pensadas até duas diretrizes, cada uma sendo subdividida em
ações de projeto.
Para cada diretriz apresentada, duas ou três ações principais devem ser
indicadas, a partir das quais os objetivos enunciados naquela diretriz são
atingidos.

Ações de projeto são descritas a partir de verbos


ex.: redimensionar, redistribuir, aplicar, setorizar, padronizar,
melhorar, etc.
Diretrizes e ações

Exemplo:
Incremento da segurança pública é a
diretriz.
Diretrizes e ações

Exemplo:
Incremento da segurança pública é a
diretriz.

1.Renovar os dispositivos de
iluminação pública;
2.Favorecer a permanência nos
espaços públicos.
3.Facilitar o movimento de
pedestres no bairro…

...são exemplos de ações que


contribuem para a diretriz.
Ação (nível global)
As ações podem
repercutir em dois
níveis de atuação:

um mais global
(envolvendo toda a
área de estudo):
ex.: ampliar rede de
transporte público,
instalando trilhos
para tramway de
superfície.
Ação (nível global)
As ações podem
repercutir em dois
níveis de atuação:

um mais global
(envolvendo toda a
área de estudo):
ex.: ampliar rede de
transporte público,
instalando trilhos
para tramway de
superfície.
ex.: arborizar as ruas
do bairro e dotar
cada quadra de
paradas de ônibus.
Ação (nível global)
As ações podem
repercutir em dois
níveis de atuação:

um mais global
(envolvendo toda a
área de estudo):
ex.: ampliar rede de
transporte público,
instalando trilhos
para tramway de
superfície.
ex.: arborizar as ruas
do bairro e dotar
cada quadra de
paradas de ônibus.
Ação (nível global)
As ações podem
repercutir em dois
níveis de atuação:

um mais global
(envolvendo toda a
área de estudo):
ex.: ampliar rede de
transporte público,
instalando trilhos
para tramway de
superfície.
ex.: arborizar as ruas
do bairro e dotar
cada quadra de
paradas de ônibus;
ex.: tornar as
calçadas acessíveis.
Ação (nível local)
As ações podem
repercutir em dois
níveis de atuação:

um mais global
(envolvendo toda
a área de estudo);
e outro mais local
(especificamente
dedicado ao
perímetro
estudado e com
forte dimensão
humana e social):
ex.: requalificar os
acessos às
habitações de
interesse social.
Ação (nível local)
(especificamente dedicado ao perímetro estudado e com
forte dimensão humana e social):
ex.: pedestrianizar rua local e inserir mobiliário urbano
projetado em parceria com a população
Ação (nível local)
(especificamente dedicado ao perímetro estudado e com forte
dimensão humana e social):
ex.: interditar rua local aos sábados e domingos, dotando-a de
mobiliário urbano reciclado pela associação de catadores do
bairro.
Ação (nível local)

✓ Ações “bottom-up”:
Possuem dimensão mais social, mais
humana, com repercussão na
microescala urbana:
trata-se de iniciativas de engajamento
social, embora com foco no urbano,
que possam enfrentar problemas
identificados no perímetro de estudo.

Podem ser compreendidas como


iniciativas mais pontuais, efêmeras
até, tipicamente hoje caracterizadas
pelo engajamento da população e dos
coletivos, notadamente pelo termo
de urbanismo tático.
Ação (nível local)

✓ urbanismo tático:
• Ações pontuais, ou em “micro-escala”;
• Interações sociais simples e “horizontais” em
contraponto ao modelo “vertical” herdado do
urbanismo moderno;
• Participação dos moradores e autogestão do
espaço, com envolvimento ou não de entidades
governamentais e/ou empresas privadas nas
intervenções;
• Não-substituição de ações na macro-escala e
planejamento urbano;
• Dinamismo de propostas, no sentido de
apresentar alternativas que possam ser
apropriadas e alteradas pela população
(Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/929743/o-
que-e-urbanismo-tático)
Exemplos de
ações
Ação em nível global . Berges du Rhône (Lyon, FR)
Berges du Rhône

Fonte: GRAND LYON, 2009


projeto trecho 02 trecho 01
trecho 03

ripiselva “bretillod”

jardins
projeto

trecho 07 trecho 04
trecho 06 trecho 05

porto pradaria

pista belvedere

Fonte: GRAND LYON,


Berges du Rhône
Berges du Rhône
canteiro
canteiro
Suporte para
iluminação urbana,
fiação/canalização
embutidas (água,
eletricidade e
telefone)
destinado ao
abastecimento das
“peniches”
canteiro
Pistas
deslizantes,
blocos
tradicionais
/seixos
rolados
canteiro

Blocos
tradicionais,
seixos
rolados, e
concreto
canteiro

Retorno das
“peniches”

Preenchimento
canteiros de
vegetação e
marcações
de seixos
depois
hoje
fonte: acervo pessoal (marcele trigueiro)
Exemplos de
ações
Ação em nível local . Station Mue (Lyon, FR)
https://www.lyon-
confluence.fr/fr/bie
nvenue-la-station-
mue

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