UNIVERSIDADE FEEVALE

INSTITUTO DE CIÊNCIAS CRIATIVAS E TECNOLÓGICAS

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

Projeto III Objeto Arquitetônico e a Cidade

Professores: Dr. Tiago Balem e Drª Suzana Vielitz de Oliveira

ANÁLISE URBANA NA ESCALA DO ENTORNO AO LOTE

O objetivo do trabalho é utilizar a metodologia de análise da estrutura urbana e aplicar para uma escala de
quarteirão (área anexa) na cidade de Novo Hamburgo.
Busca-se especialmente analisar a morfologia da área e sua representação - em esquemas, mapas e textos
com apresentação em meio digital.

A entrega, na data especificada no cronograma, será em arquivo digital, formato de apresentação (PDF),
contendo mapas, diagramas, fotografias, imagens, textos e informações necessárias para o entendimento
do trabalho.

Utilizar bases cartográficas de qualidade técnica. Atentar para a expressão gráfica dos mapas e esquemas
(cores, espessuras, tamanho de texto) e dar os créditos (nome do autor, livro ou site de onde foi copiado)
para todo e qualquer material utilizado como referência.

O exercício depende também da visita “in loco” que está prevista em cronograma. Os alunos também
podem percorrer a gleba posteriormente através de meio digital (google/street view) para fazerem suas
revisões, conferências, anotações e captura de imagens.

O trabalho aborda duas escalas: a escala local aproximando o lote de seu entorno e a escala do bairro que
corresponde aos quarteirões próximos entre a rua General Daltro Filho, Frederico Mentz, Victor Hugo Kunz
e Marques de Souza em Hamburgo Velho/ Novo Hamburgo. (ver anexos 1 e 2)
Escala local: corresponde a um polígono disponibilizado no mapa do anexo 2.
Escala do bairro: corresponde ao polígono da escala local capturado nos mapas (anexo 1) e não está
relacionado a um bairro em especial, na verdade se considera neste recorte uma mistura da escala da
cidade, que não é homogênea.

Para a execução do exercício, além do material das aulas e do conjunto de informações disponibilizadas em
formato Google Earth, os alunos deverão pesquisar outras bases de dados e executar levantamento de
campo (disponível em link).

1. DADOS GERAIS e EVOLUÇÃO URBANA

● Apresentar o local geográfico: Brasil, RS, Novo Hamburgo e o bairro – acrescentar dados do censo
como população, densidade, área em Km².
● Apresentar o recorte da escala local dentro do bairro, novamente com dados populacionais,
densidade e área em Km² ou em hectares.
● Breve síntese histórica da formação urbana de Novo Hamburgo, com desenhos e/ou esquemas
gráficos do surgimento e crescimento da cidade. Se for possível obter mapas antigos desta porção
da cidade, que corresponde a ligação de Hamburgo Velho ao centro atual da cidade, seria bem
significativo. Lembrar de destacar aqui os diferentes aspectos do “quarteirão” objeto do estudo.

2. Na escala quarteirão ou bairro: Análise tipo-morfológica

detalhada
Avaliar, se, nesta escala, se é possível fazer a separação em duas camadas (estrutural e recorrente)
quando aproximamos o zoom. É possível mapear uma ESTRUTURA PRIMÁRIA e TECIDOS

1
 UNIVERSIDADE FEEVALE
INSTITUTO DE CIÊNCIAS CRIATIVAS E TECNOLÓGICAS
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

Projeto III Objeto Arquitetônico e a Cidade

Professores: Dr. Tiago Balem e Drª Suzana Vielitz de Oliveira

RECORRENTES quando o universo de estudo tem a escala de um BAIRRO?

● Produzir mapa-mental dos elementos principais da morfologia urbana – estrutura primária: nós
urbanos, vias principais e secundárias, arquitetura de destaque (marcos) e limites (usar para tal
análise os conceitos de Kevin Lynch – em a Imagem da Cidade).
● Produzir mapas de fundo figura de diferentes elementos: lotes, quarteirões e ruas, vazios.

● Analisar a área, enquanto tecido urbano tendo em vista a dialética:

a) Excepcionalidade x Recorrência
b) Volumes área aproximada construída;
c) Atividades comerciais/industriais/de serviços e os tecidos residenciais, analisando sua
localização e área aproximada (proporção em relação ao todo).

De posse dos dados levantados, avaliar:

● Variam as características do tecido em função de quarteirões, vias e edificações dentro da área de
estudo? Há áreas com algum grau de homogeneidade (tecidos)? Por quê?
● Abordar para cada um dos tecidos recorrentes (quarteirão, vias, lotes, edifícios) quantidade, forma
(geometria, regularidade) e tamanho (grão: pequeno, médio, grande) posição do edifício no lote,
alturas, relações com a rua e o tamanho das edificações.
o Responder: existe um quarteirão-tipo ou quarteirões-tipo?
o Existe um lote-tipo? E lotes tipos?
o Existe uma Edificação-tipo?
o Existe uma tipologia funcional tipo?
Abordar para cada um dos quarteirões tipo e sempre buscando escolher o que melhor
representa o tecido.

3. Escala do lugar: NORMATIVAS DE PLANEJAMENTO

● Verificação das diferentes zonas/setores/corredores do zoneamento do Plano Diretor que incidem
sobre a área e suas respectivas normas de uso, ocupação e parcelamento do solo (regimes
urbanísticos).
● Verificar se há edificações listadas em inventário ou tombadas no recorte.

● Apresentar resumidamente, os condicionantes legais incidentes sobre a área definida para análise
detalhada.

4. Escala do lugar: ANÁLISE QUALITATIVA DO LUGAR (ANEXO 3)

Esta análise se dá através de um resumo da visita in loco:
● Utilizar o material disponível e elaborar um diagnóstico qualitativo do lugar (usar para isso o modelo
em anexo 3 da análise qualitativa de lugar - utilizar na visita ao lote do dia 1/03/2024).
● Produzir mapas elucidativos sobre pontos avaliados na visita realizada.

● Também pode ser acrescentado para esta análise qualitativa os conceitos de Paisagem Urbana
como as visões seriais de Gordon Cullen ou a cidade para pessoas de Jan Gehl.

5. Levantamento do Lote
A partir da área selecionada pela disciplina (Anexo 4):

2
 UNIVERSIDADE FEEVALE
INSTITUTO DE CIÊNCIAS CRIATIVAS E TECNOLÓGICAS
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

Projeto III Objeto Arquitetônico e a Cidade

Professores: Dr. Tiago Balem e Drª Suzana Vielitz de Oliveira

● Fazer o levantamento dos dados do lote no Plano Diretor/SIG-NH;

● Fazer os desenhos do lote em implantação, corte e fachadas do entorno imediato, com medidas,
curvas e cotas de nível.

6. CONCLUSÕES
Qual o caráter da área de estudo detalhado?
Qual sua importância e seu papel na cidade?
Quais as tendências de desenvolvimento da forma e da dinâmica (fluxos, atividades)?
Ela cresce e se desenvolve? Para onde? De que forma?
O que está consolidado, o que está em transformação e o que está degradado?
Como está a relação entre os diferentes níveis hierárquicos (regional, urbano, local e cotidiano).
Quais são os principais problemas e conflitos de ordem espacial?
E as qualidades, potencialidades e oportunidades…

Anexo 1– mapa recorte territorial – escala do bairro/quarteirão

Acesso em: <https://earth.google.com/web/@-29.67266429,-
51.1113883,59.95025604a,699.2790198d,35y,-0h,0t,0r/data=OgMKATA>

Anexo 2 – mapa do lugar + lote

Acesso em:<https://earth.google.com/earth/d/1LC3W4_ocBvpBLze92vE97ArsyUxM1EWa?usp=sharing>

3
UNIVERSIDADE FEEVALE
INSTITUTO DE CIÊNCIAS CRIATIVAS E TECNOLÓGICAS
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

Projeto III Objeto Arquitetônico e a Cidade

Professores: Dr. Tiago Balem e Drª Suzana Vielitz de Oliveira

4
 INSTITUTO DE CIÊNCIAS CRIATIVAS E
TECNOLÓGICAS
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

ANEXO 3 – AVALIAÇÃO DE LUGAR 1

Esse conteúdo faz parte de um estudo para avaliação qualitativa de lugares, uma vez que os
espaços urbanos só são viáveis com a presença das pessoas. Assim, durante nossa visita,
programada em cronograma, solicitamos que imprimam a matriz que segue e pontue o espaço
visitado conforme sugerido. O diagrama abaixo, apresenta os três eixos para análise do lugar:

Afinal, o que torna um local público aprazível?

Usos e atividades: negócios locais, incentivo à vocação do espaço, valor da terra, comércio, útil e
acessível a todos, sustentável;

Vida social, conforto e imagem: seguro, limpo, verde, atraente, adequado, presença de mulheres,
crianças e idosos, uso noturno, vida no espaço da rua!

Acesso e conexões: transporte variado, incentivo ao pedestre e ciclista, padrão de

estacionamentos, malha viária com fluidez, hierarquia de vias.

Usos e
atividad
es

LUGAR

Vida Acessos
social e
confort conexõe
oe s
imagem

1 FONTE: PPS, Project for Public Space. www.pps.org

5
 INSTITUTO DE CIÊNCIAS CRIATIVAS E
TECNOLÓGICAS
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

Pontue a Área de Estudo

CONFORTO E IMAGEM fraco bom

Atratividade geral 1 2 3 4
Sensação de segurança 1 2 3 4
Limpeza/ qualidade de manutenção 1 2 3 4
Conforto dos lugares para sentar-se 1 2 3 4
Comentários/ notas

ACESSO E CONEXÕES fraco bom

Visível à distância 1 2 3 4
Facilidade de deslocamento à pé 1 2 3 4
Acesso ao local (ônibus, carro, trem, etc.) 1 2 3 4
Clareza de informações/ sinalização 1 2 3 4
Comentários/ notas

USOS E ATIVIDADES fraco bom

Mix de lojas e serviços 1 2 3 4

Freqüência de eventos da comunidade 1 2 3 4
Oportunidade geral de negócios na área 1 2 3 4
Vitalidade econômica 1 2 3 4
Comentários/ notas

SOCIABILIDADE fraco bom

Numero de pessoas formando grupos 1 2 3 4

Evidencia de trabalho voluntário 1 2 3 4
Sentimento de orgulho e apropriação 1 2 3 4
Presença de crianças e idosos 1 2 3 4
Comentários/ notas

6
 INSTITUTO DE CIÊNCIAS CRIATIVAS E
TECNOLÓGICAS
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

Identifique Oportunidades

O que você mais gostou neste espaço?

Liste ações que você faria para qualificar este espaço, as quais possam ser aplicadas em
curto prazo e que não demandam grandes investimentos:

Que mudanças você faria no longo prazo que teriam um grande impacto?

Pergunte a alguma pessoa que esteja no local o que lhe agrada neste local e o que sugerem
para melhorar:

Que parcerias ou talentos locais, você identifica como possíveis apoiadores das melhorias
que você sugere?

Anexo 4 – dados do SIG NH

PORÇÃO DA ESQUINA

7
 INSTITUTO DE CIÊNCIAS CRIATIVAS E
TECNOLÓGICAS
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

LOTE DA FARMÁCIA