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1.

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Campus: 300 - CAMPUS DE XANXERÊ
Curso/Matriz/Fase: 39 - Psicologia/17/9
Componente curricular: 24176 - Tanatologia e Cuidados Paliativos
Professor: 222951 - Fábio Augusto Lise
Nr. créditos/Carga Horária: 4/60h Período letivo: 2022/1

TANATOLOGIA E CUIDADOS PALEATIVOS:


Textos Base:
ÁVILA, Célia M. de. Gestão de projetos sociais. São Paulo: AAPCS - Associação de Apoio ao
Programa Comunidade Solidária, 1999.

BRIGAGÃO, Jaqueline; NASCIMENTO, Vanda Lúcia Vitoriano do; SPINK, Peter Kevin. As interfaces
entre psicologia e políticas públicas e a configuração de novos espaços de atuação. Revista de
Estudos Universitários, v. 37, n. 1, p. 199-215, 2011
CONSELHO REGIONAL DE Psicologia do Rio Grande do Sul. Enfrentamento de Crises em
Situações de Emergência e Desastres. Entre linhas, Ano XIII, Número 62, Abr, Maio 2013.
CAMPOS, Gastão Wagner de Sousa [et al.]. Tratado de Saúde Coletiva. São Paulo: Hucitec; Rio
de Janeiro: Ed. Fiocruz, 2009, 871p.
CARVALHO, Sergio Resende. Saúde Coletiva e promoção da saúde: sujeito e mudança. 2ª ed.
São Paulo: Hucitec, 2007.
KLINGLER, G. P., (2003) Debriefing Modelos y Aplicaciones – De la Historia Traumática al Relato
Integrado. Espanha: Instituto Psychotrauma.
KÜBLER-ROSS, E. (1998). Sobre a morte e o morrer: o que os doentes terminais têm para ensinar
a médicos, enfermeiras, religiosos e aos seus próprios parentes. São Paulo: Martins Fontes.
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OTROS. (2004). El realismo de la esperanza – Testimonios de experiencias profesionales en
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Traumatogênicos – PGICDT – no Prelo. Luto: visões plurais. São Paulo.
HISTÓRIA DA MORTE:
PRÉ-HISTÓRIA: na pré-história os mortos eram cobertos por pedras, principalmente a cabeça,
ou para protege-los dos animais ou para que não retornassem ao mundo dos vivos – também eram
depositados alimentos ou armas do falecido sobre a sepultura;

EGÍPCIOS ANTIGOS: tinham um sistema que visava ensinar cada indivíduo a pensar, sentir
e agir em relação à morte.

BUDISMO: busca afirmar a inevitabilidade da morte.


HINDUS: a morte é encarada como uma válvula de escape para o controle demográfico.
XAMANISMO: mortos destes povos eram enterrados em covas familiares, assim as famílias eram
constituídas tanto pelos vivos quanto pelos mortos.

IDADE MÉDIA: os cemitérios cristãos se localizavam no interior e ao redor das igrejas, e a


palavra cemitério significava também “lugar onde se deixa enterrar”.
O descontrole desta época (pestes, inquisição, guerrras) traz, à consciência do homem desta época o
temor da morte e a partir daí, uma série de conteúdos negativos começam a ser associados à morte.

CONTEMPORANIEDADE: diante de tanto descontrole sobre a vida, os humanos tendem


se defender psiquicamente, de forma cada vez mais intensa contra a morte
- A morte natural deu lugar à morte monitorada e às tentativas de reanimação.
- A medicalização da morte e os cuidados paliativos, não raro, servem apenas para prolongar o
sofrimento do paciente e de sua família.

SÉCULO XX: negação da finitude. O morrer em casa junto a família a ajuda a entender a morte
como um fenômeno natural, no hospital a família se retira da responsabilidade de decisão e a delega
ao médico (INSTITUCIONALIZAÇÃO DA MORTE).

CONCEITOS BÁSICOS DE SAÚDE


COLETIVA:
CLASSE SOCIAL: É um conceito capaz de, no plano empírico concreto fornecer elementos para a
compreensão das relações entre organização social e o perfil patológico no âmbito populacional.
- O conceito de classes sociais representa uma alternativa ás variáveis de estratificação social para a
descrição das desigualdades no tocante a relações sociais e relações de produção conferindo
historicidade a elas ou seja, entendendo o processo produtivo das desigualdades como parte do
processo de reprodução da própria estrutura social.
- Para efeito das investigações epidemiológicas, o que se pede ao conceito de classes social é que,
por meio dele, possam ser identificados grupos definidos com base em seus vínculos e, portanto, as
situações de saúde desses mesmos indivíduos;
- O conceito de classe social tem maior capacidade explicativa uma vez que não corresponde apenas
a mais um indicador composto, mas significa a totalização, a síntese, de uma série de condições que
compreendem os valores e os contravalores do processo saúde-doença.

CONDIÇÕES DE VIDA: referem-se ás condições materiais necessárias a sobrevivência;


ESTILO DE VIDA: correspondente às formas culturais e sociais que caracterizam a vida cotidiana
dos grupos sociais e dos indivíduos;

INIQUIDADES OU DESIGUALDADES SOCIAIS: É definida como uma repartição desigual


produzida pelo processo social, isto é, a percepção de que o acesso a bens e serviços e a um dado
nível de saúde está fortemente determinado pela posição que os indivíduos ocupam na organização
social.

EQUIDADE: Inclui a ideia de necessidade, ou seja, parte-se do princípio de que os indivíduos


possuem diferentes necessidades e que, portanto, a simples partilha igualitária dos recursos não
atenderia, obrigatoriamente, a essas necessidades.

TRAJETÓRIA DE VIDA: Os efeitos decorrentes da trajetória de vida referem-se a como o estado


de saúde em qualquer momento da vida reflete não apenas as condições de vida presentes, mas a
incorporação das condições de vida anteriores.

ESTADO DE SAÚDE ATUAL: (KRIEGER): O estado de saúde atual dos indivíduos resulta das
trajetórias de desenvolvimento pessoal ao longo do tempo, conformadas pela história de cada um
referida ao contexto social, econômico, político e tecnológico das sociedades nas quais tais trajetórias
se desenvolveram.

QUALIDADE DE VIDA: Tem efeito de abordar os diversos determinantes que influenciam a saúde
da população, no sentido da sua coletividade, e serve para orientação dos sistemas de saúde e
monitoramento das políticas de saúde;

A DETERMINAÇÃO SOCIAL DO PROCESSO SAÚDE-


DOENÇA - MODELOS:
MÓDELO TEÓRICO DA CAUSALIDADE (CRISTINA POSSAS - 1989):
Parte da inserção socioeconômica dos indivíduos e grupos sociais, definidoras de suas posições de
classes para destacar duas dimensões relevantes para a determinação do perfil epidemiológico
populacional:
- Inserção na Estrutura Produtiva;
- Modo de Vida.
- Mercado de trabalho;
- Condições de trabalho;
- Processo de trabalho.
Tem repercussões diretas e indiretas sobre a saúde.
- Articulado com o trabalho;
- O Modo de Vida depende da renda gerada pelo trabalho;
- Este entendimento gera duas categorias:
Condições de Vida;
Estilo de Vida.

O perfil epidemiológico populacional será resultante da ação de todos estes mediadores a estrutura
das classes sociais e o processo saúde doença.

RISCOS DE ADOECER E MORRER: são determinados pela relação dos diferentes


agentes sociais no espaço social;
PROCESSO SAÚDE x DOENÇA: pode ser compreendido como resultante das
possibilidades normativas dos indivíduos em relação ao mercado de trabalho ao mundo social e
biológico.
HÁBITOS DE VIDA: Os indivíduos não são independentes de seus grupos sociais na escolha
destes hábitos;
COMPORTAMENTOS SOCIAL DESEJÁVEIS: influenciam as escolhas individuais.
ENFOQUE ECOSSISTÊMICO DA SAÚDE:
Está fundamentado na construção de nexos que vinculam as estratégias de gestão integral do meio
ambiente (ecossistemas saudáveis) com uma abordagem complexa da ecologia da promoção da saúde
humana;
- O objetivo desse ambiente, em realidades concretas, de forma que permita ações adequadas,
apropriadas e saudáveis das pessoas que aí vivem.
- As primeiras elaborações do pensamento sistêmico se devem ao biólogo Ludwig von Bertalanffy,
quem em 1968, publicou o livro “Teoria Geral dos Sistemas”;
- Nele o autor esclarece que a compreensão dos sistemas vivos, complexos e unificados precisa ser
alcançada sem a redução dos fenômenos, sem a transferência ingênua de conceitos.
- É um todo integrado cujas propriedades não podem ser reduzidas às propriedades das partes. A
concepção de interdependência entre os elementos é complementada pelas noções de:
- Causalidade Circular;
- Causalidade Recursiva;
- Retroação.

Princípios da Teoria ECOSSISTÊMICA EM SAÚDE:


- É necessário intervir para transformar;
- É possível escolher um rumo que leve à vida saudável e com qualidade, de forma solidária;
- A mudança é gerada pela Crise: com a crise o sistema deixa seu curso natural e escolhe outras
alternativas disponíveis;
- Existem várias possibilidades de escolhas disponíveis nos sistemas complexos.

Profissionais que Trabalham com a Abordagem Sistêmica:


1) Ampliação do Foco;
2) Aposta nos Processos de Auto-Organização;
3) O estudioso se reconhece parte do sistema e entende que só há sentido na construção das soluções.

CONCEITOS DA TANATOLOGIA E FINITUDE


MORTE DO OUTRO: temos consciência, embora esteja relacionada ao medo do abandono;
PRÓPRIA MORTE: consciência da finitude, na qual evitamos pensar, pois para isto temos que
encarar o desconhecido

MEDO DA MORTE: é o medo básico e ao mesmo tempo fonte de todas as nossas realizações:
tudo aquilo que fazemos é para transcender a morte. As pessoas que dizem que não pensam na morte,
normalmente têm uma relação mais sofrível ainda com esse assunto, tão sofrível que nem se permitem
pensar a respeito.

MELANCOLIA – um luto mais duradouro ou não resolvido.


INSTITUCIONALIZAÇÃO DA MORTE:
ESTADO MORBIDO: doença terminal.
- Doença em fase avançada, progressiva e incurável;
- Falta de resposta ao tratamento;
- Sintomas intensos, múltiplos, multifatoriais e alternantes;
- Grande impacto emocional (no paciente e familiares);
- Prognóstico de vida inferior a seis meses.
PACIENTE TERMINAL: deve ser analisado um contexto particular de possibilidades reais e
de posições pessoais. Esta colocação implica em reconhecer esta definição além da Biologia, inserida
em um processo cultural e subjetivo, ou seja, humano.

CULPALIDADE FRENTE A MORTE ou CULPA DE SOBREVIVENTE: os


que ficam vivos tendem a se culpar ou se sentir solitários devido a uma incômoda sensação de não ter
feito tudo o que poderia.

CUIDADOS PALIATIVOS: (aliviar) Condutas no plano concreto, visando agora ao alívio da


dor, à diminuição do desconforto, mas sobretudo a possibilidade de se situar frente ao momento do fim
da vida acompanhados por alguém que possa ouvi-los e sustente seus desejos. Permitir ao paciente
compreender que sua autonomia e suas escolhas foram respeitadas. Permitir-lhe chegar ao momento
de morrer, vivo, não antecipando o momento desta morte a partir do abandono e isolamento.

BIOÉTICA: área da ética criada para a discussões das questões que envolvem a vida e morte
dos seres vivos.

COMPORTAMENTOS DIANTE DA IMINÊNCIA DA MORTE:


LUTO REAL: angustia gerada pela perda (mais ou menos definitiva) de alguém ou a representação
de algo de muito importante para nós.

LUTO ANTECIPATÓRIO;

CHOQUE – a pessoa fica sabendo da doença - desespero, atordoamento, entorpecimento, confusão;

NEGAÇÃO – a pessoa continua vivendo como nada tivesse acontecido – isolamento, silenciosa e
apática;

AMBIVALÊNCIA – a pessoa está indecisa sobre aceitar o sentimento de perda e negar a doença –
reflete sobre seu estudo, mas faz plano a longo prazo

REVOLTA – a pessoa se sente castigada – raiva, ressentimento, protestando contra si e seu destino;

NEGOCIAÇÃO – aparece o sentimento religioso – esperança de prolongamento da vida;

DEPRESSÃO – a pessoa apresenta uma tristeza profunda – não manifesta mais vontade de
melhorar, o que diminui sua sobre vida.

SUICÍDIO
CONCEITO DE SUICÍDIO: uma forma de morrer onde a pessoa retira a própria vida
voluntariamente e deliberadamente. Ainda pode ser caracterizado com um fenômeno complexo e
multifatorial no qual a interação de fatores individuais, sociais e culturais serão determinantes na
decisão de tirar a própria vida, na maioria das vezes pessoa não quer se matar, mas eliminar a dor e
diminuir o sofrimento.

O suicídio está entre as dez principais causas de morte e entre as duas ou três causas mais frequentes
de morte para o grupo de adolescentes e adultos jovens.
COMPORTAMENTO SUICÍDA: pessoas que ameaçam tirar sua vida através de estratégia
pessoal e familiar, mas não conseguem efetivação. A prevenção do comportamento suicida deve
começar na família.

IDEAÇÃO SUICIDA: pensar ou planejar o suicídio - estes pensamentos podem variar desde a
criação de um plano detalhado até uma consideração passageira - não inclui o ato final de suicídio.

TENTATIVA DE SUICÍDO ACTING OUT: inconscientemente não há intenção de morrer, mas


um apelo ao Outro, o que não significa que não haja sofrimento.
Mais do que um ato para chamar atenção, trata-se de um ato para clamar atenção.

SUICÍDIO POR PASSAGEM AO ATO: o paciente que não deseja ser salvo.

NEXO-CAUSAL OU NEXOS:
- FATORES PRECIPITANTES: normalmente atuais e externos ao sujeito;
Geralmente situações de muito sofrimento vividas anteriormente pelo sujeito que dispara a ocorrência
de um sentimento devastador que reedita estas situações potencializando-as e as tornando intolerável
o momento atual.
- FATORES INTERNOS: relacionados a sua história de vida e aos transtornos mentais
preexistentes e o contexto sociocultural do ato.
- TRANSTORNOS PSIQUIATRICOS: compreendidos como fenômenos de causas complexas
e de múltiplas determinações (medicalização);
- Fatores emocionais;
- Fatores religiosos;
- Fatores e socioculturais.

PSICOLOGIA CLÍNICA:
- A partir da análise das causas precipitantes do suicídio buscando estabelecer sua relação com as
motivações internas causadoras do ato;
- Elemento atual que dispara a ocorrência de um sentimento devastador capaz de provocar um suicídio,
e geralmente porque ele reedita uma situação anterior de sofrimento, potencializando-a e tornando
intolerável o momento atual;
- Estabelecer uma diferença entre o ato suicida cuja intenção de morte e incontestável daquele em que
o sujeito inconscientemente deseja que fracasse (acting out – ato direcionado ao outro);

TRABALHO DO PSICÓLOGO:
1. PACIENTE:
- Estabelecer um contato pessoal com o indivíduo em crise e também com seus familiares;
- Verificar a possível necessidade de avaliação do quadro por um psiquiatra;
- Realizar a escuta do seu sofrimento;
- Coordenar ações multiprofissionais;
- Acolher a dor, o sofrimento, a queixa do paciente, por meio de uma escuta atenta e interessada.
sem julgamentos ou expectativas. Para enfrentar os desafios na clínica com esses pacientes.
é preciso ter Â-N-I-M-O
(A) de atenção: porque é fundamental estar atento ao percurso desse sujeito, tanto na vida quanto no
tratamento. Por exemplo, se ele falta à sessão, devemos contatá-lo para saber o motivo de sua falta,
remarcar a sessão; quando algo importante em sua vida está por acontecer ou diante de uma
decisão importante que tenha de tomar, telefonamos para saber os desdobramentos. O psicólogo
deve estar atento, ser ativo, atuante.
(N) de neutralidade: diante do que se escuta, e isto quer dizer ouvi-lo sem críticas ou julgamentos, não
significa passividade.
(I) de interesse: que é uma das principais características do nosso trabalho;
(MO) de motivação, aquela dose de entusiasmo necessária para sustentar o trabalho com essa clínica
sem pressa ou expectativas no tempo do paciente.
NA CLÍNICA COM PACIENTES SUICIDAS é importe que o terapeuta disponibilize o número
do seu telefone celular para que o paciente possa contatá-lo em momentos de desespero e urgência
psíquica, mesmo que isso ocorra fora do horário comercial.
DESAFIOS: são sujeitos sem demanda, sem sintoma, sem desejo, que se orientam por uma ética
de puro gozo, gozo de morte, gozo da morte. Por esta razão, o sujeito que decide pela morte, na maioria
das vezes, não procura tratamento, ele é conduzido, levado a buscar ajuda de um profissional.

2. FAMILIA:
- Reuniões informativas sobre depressão e suicídio, colhendo queixas, informando e construindo
alternativas para lidar com a depressão e a tentativa de suicídio do familiar; visando minimizar os mal-
entendidos provenientes dos equívocos causados pela falta de informação;
SOBREVIVENTES:
O impacto de uma tentativa de suicídio ou de um suicídio não se limita à pessoa em processo de
sofrimento - estende às pessoas na família e nas relações sociais e de trabalho.
Desse impacto está associado ao entendimento da experiência de conviver com o risco ou de perder
alguém por meio de um suicídio. Conviver com o risco significa saber ou intuir que alguém que amamos
ou com quem convivemos pode se matar.
O impacto de ser sobrevivente é tão significativo que ter se relacionado com alguém que se matou é
um dos principais indicadores de risco futuro de suicídio (maior risco do que a maioria das pessoas).
As REAÇÕES QUE SE TÊM AO RISCO DE SUICÍDIO ou ao suicídio provocam emoções
muito poderosas:
- Medo;
- Culpa;
- Raiva;
- Tristeza;
- Ansiedade;
- Vergonha;
- Saudade;
- Negação;
- Depressão;
- Isolamento;
- Não aceitação da ausência;
- Problemas de ajustamento;
- Dificuldades de estabelecer novas relações;
- Sensação de desamparo;
- Queda de produtividade;
- Desenvolvimento de transtornos mentais;
- Aumento do uso de drogas ou álcool;
- Desinvestimento em sua própria vida.
Pode existir um PROCESSO DE SOFRIMENTO ANTECIPATÓRIO de uma família que acompanha
uma pessoa em sofrimento grave com ameaça de suicídio.
As FAMÍLIAS QUE SÃO SURPREENDIDAS por não terem percebido, compreendido ou valorizado
em tempo a natureza do risco. Sentir que não compreendido ou valorizado o risco em tempo pode ser
um processo doloroso, mas extremamente necessário, de se identificar e elaborar sentimentos de raiva
e culpa.
Quando a FAMÍLIA TINHA O CONHECIMENTO DO RISCO pode surgir sentimento de impotência e
fracasso nos cuidados com o ente querido que se agregam ao processo. Culpabilização (projeção da
culpa) e autoflagelo.

3. PROFISSIONAIS DE SAÚDE
- Realizar cursos de capacitação, com o objetivo de instrumentalizá-los para o reconhecimento de sinais
e sintomas que indiquem risco de suicídio, possibilitando o encaminhamento precoce desses pacientes
para tratamento. A capacitação deve inclui profissionais da saúde de nível superior e de nível médio,
além de agentes comunitários.
- Grupos de discussão nos quais possam expor casos difíceis e tirar dúvidas, visando uma definição
de estratégia terapêutica mais segura.
é preciso ter PIC:
(P) de parceria;
(I) de informação;
(C) de coragem.
DESAFIOS: despreparo emocional tanto da família quanto da equipe, responsável por permitir
interpretações simplistas do fenômeno e por provocar reações de indignação, de punição, ou mesmo
de compaixão quanto ao paciente.

PSICOEDUACAÇÃO:
- A prevenção deve começar na família (geralmente as famílias escondem o suicídio principalmente
das crianças);
- O trabalho de valorização (programas psicoeducativos) da vida deve começar na pré-escola;
- Capacitar as equipes de saúde, equipes de educação, engenheiros, arquitetos, pessoas da área do
Direito, com bombeiros e policiais, dentre outros profissionais;

SUICÍDIO E O CAPS:
Centros de Atenção Psicossocial são serviços de média complexidade do Sistema Único de Saúde que
devem garantir que todas as pessoas após uma tentativa de autoextermínio devem ser
atendidas nas primeiras setenta e duas horas posteriormente ao ocorrido por, no mínimo, um
médico psiquiatra, devendo ser preenchida a ficha de notificação compulsória.
NA AUSÊNCIA DO MÉDICO, O PSICÓLOGO É O PROFISSIONAL com formação em
saúde mental que deverá acolher o paciente com tentativa de suicídio direcionando seu projeto
terapêutico individual para atendimentos supervisionados junto aos familiares destes pacientes.
A intervenção em crise suicida precisa de um conjunto de ações imediatas capazes de conter
esse indivíduo, evitando que concretize suas pretensões, considerando a complexidade das
motivações que podem desencadeá-las, através de intervenções médicas, sociais e ou
psicológicas. Deve-se atuar como suporte na relação direta com a pessoa em crise suicida
preconizando uma intervenção dirigida tanto para os sintomas como para o sofrimento
singular do indivíduo ou de seus sobreviventes.

NOSSA REGIÃO:
Rio Grande do Sul é o estado que apresenta os maiores índices de suicídio no país.
Toda a região Sul (Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul) apresentam o maior número de
suicídio.
Segundo o Ano IV do Informativo Epidemiológico de Santa Catarina (Março de 2019) a taxa de
mortalidade por suicídio, anos de 2012 a 2017, a região oeste de Santa Catarina está em quarto lugar
na quantidade de mortes resultantes de comportamento suicida, sendo que a cidade de Xanxerê está
em segundo lugar do estado neste mesmo ranking apresentando taxa de mortalidade por suicídio de
13,5 para cada 100.000 habitantes, superando a Grande Florianópolis.

PERFIL PSICOSSOCIAL DE MAIOR ATENÇÃO:


- Adolescentes e jovens adultos;
- Pessoas brancas;
- Escolaridade entre 5 a 8 séries incompleta;
- Faixa etária de 35 a 49 anos;
- Residente na zona rural;
- Mulheres apresentam o maior índice de tentativa de suicídio;
- Os homens lideram a consumação do ato.

CLASSIFICAÇÕES NOSOLÓGICAS
- capitulo XX da CID- 10 (Código Internacional das Doenças) morte violenta por causas externas, isto
e, morte não decorrente de doença.
- OMS, 10a Revisão, CID-10, 1995 - o suicídio e um fenômeno complexo e multifatorial no qual a
interação de fatores individuais, sociais e culturais será determinante na decisão de tirar a própria vida.
DSM V - Transtorno de comportamento suicida:
- Ter tentado suicídio nos últimos 06 meses;
- O ato não atende aos critérios de autolesão não suicida;
- O diagnóstico não se aplica a ideação suicida ou atos preparatórios;
- O ato não foi iniciado durante um delírio ou estado de confusão;
- O ato não foi realizado apenas para fins políticos ou religiosos;
- Não passaram mais de 12 meses desde a última tentativa.
EM REMISSÃO INICIAL: 12-24 meses se passaram desde a última tentativa.

SINTOMAS DA IDEAÇÃO SUICIDA


- Falar sobre suicídio – fazer declarações sobre querer morrer;
- Conseguir meios de tirar sua própria vida;
- Retirar-se do contato social e preferir ficar sozinho;
- Ter mudanças de humor, como estar emocionalmente alto em um dia e profundamente desanimado
no outro;
- Estar preocupado com a morte, morrer ou violência;
- Sentir-se preso ou sem esperança em relação a uma situação;
- Aumento do uso de álcool ou drogas;
- Alterar a rotina normal, incluindo padrões de alimentação ou sono;
- Fazer coisas arriscadas ou autodestrutivas;
- Distribuir pertences ou colocar os negócios em ordem quando não há outra explicação lógica para
fazer isso;
- Dizendo adeus às pessoas como se elas não fossem mais vistas;
- Desenvolver mudanças de personalidade ou ficar gravemente ansioso ou agitado, especialmente
quando experimenta alguns dos sinais de alerta listados acima.

AUTOMUTILAÇÃO NÃO SUICIDA


- O indivíduo se envolve em comportamentos autolesivos com um ou mais dos seguintes expectativas:
1 - Para aliviar um sentimento negativo ou estado cognitivo.
2 - Para resolver uma dificuldade interpessoal.
3 - Para induzir um estado de sentimentos positivos.
- A lesão autoprovocada intencional está associada a pelo menos:
1 - Dificuldades interpessoais ou sentimentos ou pensamentos negativos, como como depressão,
ansiedade, tensão, raiva, sofrimento generalizado ou autocrítica, que ocorrem no período
imediatamente anterior ao ato autolesivo;
2 - Um período de preocupação com o comportamento que se pretende realizar que é difícil de controlar
e que aparece antes de realizar o ato.
3 - Pensamentos sobre automutilação que aparecem com frequência, mesmo quando não está agindo.
- O comportamento não é socialmente aceito (por exemplo, piercings, tatuagens, de um ritual religioso
ou cultural), e não se limita a pegar uma crosta ou morder as unhas.
O comportamento ou suas consequências causam desconforto clínico significativo ou interferir com
as áreas interpessoais, acadêmicas ou outras importante para a operação.
- O comportamento não aparece exclusivamente durante episódios psicóticos, delírio, intoxicação por
substância ou abstinência de substância;

Caso: Em pelo menos 5 dias no ano passado, o indivíduo se auto-infligiu intencionalmente lesões na
superfície do corpo do tipo que geralmente causam sangramento, hematoma ou dor (por exemplo,
corte, queimação, picada, pancada, fricção excessiva), com a expectativa que a lesão resultará apenas
em danos físicos leves ou moderados (ou seja, não há intenção suicida).

EUTANÁSIA
EUTANÁSIA: também pode ser chamada de BOA MORTE ou MORTE FELIZ – caracteriza-se pela
livre escolha do indivíduo morrer – a expectativa que é o sofrimento da morte seja menor que o
sofrimento do tratamento.

TIPOS DE EUTANÁSIA:
EUTANÁISA ATIVA: é caracterizada pela tomada de medidas ativas para auxiliar na morte do
paciente (indução de um coma profundo ou aplicação de analgésicos).
A) EUTANÁSIA VOLUNTÁRIA: na qual o paciente consegue exprimir o desejo de morrer;
B) EUTANÁSIA NÃO VOLUNTÁRIA: que ocorre quando o paciente não teve como exprimir o
desejo ou não tem capacidade de decidir;
C) EUTANÁSIA INVOLUNTÁRIA: o paciente não concorda com o procedimento de eutanásia,
mas ainda há benefícios vistos por ele para adotar o processo (considerada crime).

EUTANÁSIA PASSIVA: deixar o paciente seguir o curso natural de sua doença sem qualquer
tipo de intervenção.
A) EUTANÁSIA PASSIVA VOLUNTÁRIA:
B) EUTANÁSIA PASSIVA NÃO VOLUNTÁRIA:
C) EUTANÁSIA PASSIVA INVOLUNTÁRIA.

ARGUMENTO A FAVOR DA EUTANÁSIA: a defesa da autonomia individual de cada


ser e com isso o direito à autodeterminação;

ARGUMENTO CONTRA EUTANÁSIA:


- Princípio da sacralidade da vida;
- Códigos de Éticas que postulam a defesa ou preservação da vida;
- Legislação de países que consideram a criminosa, e não possuir regulação ou protocolos para a ação.

BIOÉTICA
- Os novos conhecimentos da biociência podem ser usados para cura de doenças que, hoje ainda
incuráveis, incomodam os seres humanos.
- Mas não é todo o conhecimento científico e tecnologicamente possível que pode ser considerado
admissível eticamente;
- Nesse contexto, surge a necessidade de restabelecer a ponte entre a filosofia e a
ciência, o que representa o cerne da bioética.
A BIOÉTICA:
- ALERTA: Descontrole de práticas pode por em perigo valores honrados ou recentemente
adquiridos;
- TAREFA: estar permanentemente reavaliando as ações dentro de uma determinada cultura,
envolvendo questões sanitárias, biológicas, médicas etc., sobretudo no que diz respeito à escala de
valores;
- IMPACTO: diferenciação de época a época, de região a região, mas ela mesma se propõe também
a moderar o eventual excesso de divergência, atuando com certo grau de alteridade;
- REVOLUÇÃO PARA O PENSAMENTO: científico e para o comportamento humano,
restabelecendo o diálogo entre a ética e a ciência, refletindo sobre a conduta humana em relação à
vida;
- ENVOLVE: um saber interdisciplinar e acontece então em forma de um movimento mundial. -
BUSCA: a garantia da integridade e da autonomia dos seres humanos e a ela cabe a discussão de
temas onde coexistem a reflexão e a ação.
- OBJETIVO GERAL DA BIOÉTICA: é a busca de benefícios e da garantia da integridade do
ser humano, tendo como fio condutor o princípio básico da defesa da dignidade humana;
- CONSIDERA-SE ÉTICO: o que, além de bom, é o melhor para o ser humano e à humanidade
em dado momento.
- MOTIVAÇÃO BÁSICA: é atingir certo controle sobre os processos que afetam a vida humana e
seu desenvolvimento;

ENVOLVE QUESTÕES:
- do direito reprodutivo;
- da genética;
- da reprodução assistida;
- aborto;
- direito de morrer com dignidade;
- direitos do paciente;
- suicídio assistido;
- em prolongamento da vida....

RESPONSABILIDADE SURGE QUANDO NOS DAMOS CONTA DAS


CONSEQUÊNCIAS DE NOSSOS ATOS SOBRE OS OUTROS E
SOBRE A NATUREZA.
Pode-se considerar eticamente legítimo o fato do homem tentar controlar e direcionar os processos e
as funções de sua biologia, inclusive, tentando reformar o próprio processo de evolução humana, em
prol de uma melhor qualidade de vida para os de sua espécie sem, no entanto, prejudicar outros seres
vivos e a qualidade dos ambientes naturais?

SENTIMENTO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL: todo ser humano tem sua dignidade e


sua autonomia, as quais precisam e merecem ser preservadas.

O ATO DE GOVERNAR: a si próprio carrega consigo a influência do social, que se interpõe a


cada momento; autonomia (e saúde mental, por conseguinte) é saber conduzir-se no torvelinho do
social cotidiano.

ALGUÉM COM AUTONOMIA: boa capacidade de discernir o que é bom para si sem prejudicar
o outro. Assim, a autonomia é parte fundamental ao se falar em bioética.

MORTE: com o surgimento da bioética, a morte passa a ser estudada a partir de impactos que novas
técnicas e tecnologias têm sobre o processo de morte e de morrer.

TANATOLOGIA E A BIOÉTICA: podem ser parte indissociável no caminhar humano. Ambas


interagem no sentido de oferecer aos indivíduos dignidade e autonomia, mesmo quando o
desenvolvimento científico ainda for capaz de ir mais além.

SENTIDO DA VIDA HUMANA: deve valorizar a diversidade cultural, buscar elementos universais
sem ferir a individualidade, adequar-se à racionalidade sem deixar de lado a subjetividade.

CARACTERÍSTICAS HUMANAS: a serem preservadas e as prejudiciais a serem eliminadas


exige uma discussão ética na qual não sejam menosprezados os valores culturais, sociais e religiosos,
dentre outros.

OBJETIVO É CONTINUAR A MELHORAR A QUALIDADE DE VIDA, DIMINUIR O


SOFRIMENTO E ERRADICAR AS DOENÇAS QUE ATORMENTAM A
HUMANIDADE.

BIODIVERSIDADE: deve ser respeitada e defendida em sua dignidade são condições sem as
quais não podemos falar em ética e muito menos em bioética.
PSICÓLOGO FRENTE À MORTE: INTERVENÇÕES NAS
VÁRIAS SITUAÇÕES DA MORTE
Ambiente Escolar:
- Estabelecimentos de ensino não estão acostumados a concentrar atenção na Tanatologia.
- A escola pode ou não funcionar como um local de acolhimento às vivências de luto dos alunos,
dependendo da disponibilidade e capacitação dos professores e funcionários.
- É preciso um preparo por parte da escola para acolher pelo menos as situações mais evidenciadas
de perdas, nas quais o indivíduo com ela envolvido acaba por comprometer, também, seu desempenho
escolar.

Ambiente Empresarial:
- IMPLANTADO PROGRAMAS VOLTADOS À ÁREA DE TANATOLOGIA: o psicólogo é acionado
quando se percebe que há algum comportamento tido como “fora do padrão empresarial”. Aí se
encaixam as ausências freqüentes, a improdutividade, o desajuste na função por problemas de saúde
(seja por acidente de trabalho ou não), a desmotivação e a depressão.
- REORIENTAÇÃO DE CARREIRA: o objetivo principal do psicólogo é amenizar o sofrimento
provocado pela ruptura entre o funcionário e o que ele faz no cargo atual, ajudando a identificar novas
frentes de trabalho, no qual o seu potencial possa também ser aproveitado.
- PROGRAMAS VOLTADOS PARA A REABILITAÇÃO FUNCIONAL: no sentido de resgatar o respeito
e dignidade daqueles que tiveram uma interrupção na vida profissional
- PROGRAMA DE PREPARAÇÃO PARA A APOSENTADORIA: preocupa-se com a futura qualidade
de vida, daqueles que estão prestes a se aposentar, não deixando que o sinônimo de aposentadoria
seja “crise de identidade” e que o aposentado não seja visto como um inútil.
O OBJETIVO é discutir alternativas para a nova vida que está para se iniciar;

Clínica:
ACENO À MORTE: - Entende-se por morte, não apenas a morte física, mas diferentes formas de
interrupções da vida. A incidência de fenômenos, como transtornos alimentares, tentativas de suicídio,
depressão, solidão e violência, apontam para esta problemática.
SINTOMAS QUE REQUEREM ATENÇÃO:
- Perturbação do sono;
- Falta de apetite;
- Queixas frequentes de solidão;
- Comportamentos autodestrutivos (Deve-se diferenciar o desejo de morrer, o de matar e o de ser
morto);
“Processos autodestrutivos crônicos são processos lentos, provocados por tendências inconscientes
como é o caso de certas doenças psicossomáticas e toxicomanias. Nestes casos, não se observa um
risco tanatogênico imediato”. (KÓVACS,1992)
- Dependência química;
-Perda de auto-estima;
- Perda de autonomia;

Ambiente Hospitalar:
O PSICÓLOGO tratará das representações que o indivíduo tem da sua doença, ocupando-se de toda
a simbologia ligada ao que cada pessoa vivencia no seu processo como um todo.
A IMAGEM DO NOSSO CORPO não se estabelece a priori, mas a custa de nossa percepção, que vai
registrando modelos de postura que se modificam constantemente a partir de manifestações
emocionais.

ASSISTÊNCIA PSICOLÓGICA
- Mobilização do paciente para o autocuidado e a adesão aos esquemas terapêuticos;
- Compreensão de aspectos subjacentes a seu comportamento e motivação;
- Abordagem de sintomas psicossomáticos;
- Orientação do paciente e sua família
- Orientação da equipe de trabalho;
- Psicoterapia, adaptada às circunstâncias e ao contexto institucional;
- Acompanhar o processo do paciente e dos familiares com o objetivo de possibilitar e facilitar a
expressão de sentimentos, identificando a fase em que transitam.

Psicologia do Esporte
Na vertente da Tanatologia, a Psicologia do Esporte lida com os lutos e as perdas dos atletas e das
equipes, quer pessoais (que acabam por influir no desempenho), quer dentro do próprio grupo. A
derrota de um time num jogo importante não pode ser o motivo para desestruturar a equipe, mesmo
porque não haverá um culpado único ou nem sequer um culpado. Da mesma forma, conquistar uma
vitória é algo digno de ser comemorado, mas lembrando sempre que no esporte, como em qualquer
outro lugar, não há onipotência e que esforços terão que continuar existindo para que a equipe
possa novamente vencer.

Psicologia Jurídica
No que concerne à interface com a Tanatologia, a Psicologia Forense irá atuar através de seus
pareceres nas questões que envolvem perdas, sejam elas materiais, de pessoas ou mesmo de direitos,
nas questões de doação de órgãos, de propriedade e de custódia como as já mencionadas, dentre
outras.

Psicologia do Trânsito
Torna-se assim bastante oportuno recorrer à Psicologia, em sua vertente que lida com o trânsito, para
conhecer o que há e o que pode vir a ser feito preventivamente para diminuir os índices alarmantes
que ora são divulgados; e recorrer à Tanatologia, como ciência envolvida com perdas e lutos, para
saber o que e como deve ser tratado o indivíduo envolvido em acidentes.
No caso de lesões graves e de morte no trânsito, há que de ser efetuado todo um trabalho na área de
Tanatologia referente à imagem corporal perdida; às modificações na rotina diária (temporárias ou
permanentes); a perdas e lutos a elaborar, levando sempre em conta, além do próprio fato, as idades
e contextos de cada um dos envolvidos.

A ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO EM
SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA
Não deixar para se qualificar depois dos desastres.
Psicologia da Gestão de Risco.
Psicologia da Urgência.
Psicologia das Crises.

QUEM É VOCÊ NO CONTEXTO DOS DESASTRES?


Primeira resposta
Segunda resposta.
Terceira resposta.

Falta da cultura de prevenção – superstição.


DESASTRES: interrupções graves do funcionamento cotidiano de uma comunidade que acarretam
perdas humanas/materiais/econômicas/ambientais que excedem a capacidade da sociedade afetada
fazer frente à situação, por meio de seus próprios recursos;

CATÁSTROFES: são acontecimentos de maior magnitude, em geral afetando áreas maiores, maior
número de pessoas. Causam um grande número de vítimas, provocam destruição material significativa
e desorganização social pela destruição ou alteração das redes funcionais.

Os desastres explicitam uma problemática multifacetada, fazendo-nos supor que os desastres naturais apenas
potencializam desastres humanos de proporções pouco dimensionadas em um contexto de rotina e são, assim,
potencialmente muito mais danosos nas regiões que já tem dificuldades de verem suas demandas atendidas.

INTERVENÇÕES:
INTERVENÇÃO DA PSICOLOGIA: deve ter como um de seus pilares fundamentais as
propostas de elaboração dos sofrimentos (coletivos e individuais) gerados pela situação (não
necessariamente realizada só pelo psicólogo) e também a construção da autonomia (das comunidades,
grupos de pessoas e autoridades envolvidos) frente ao que aconteceu bem como à possibilidade de
novas crises.
O psicólogo pode e deve COLABORAR com as ações de prevenção e avaliação da atuação das
entidades (governos, ONGs, grupos) em situações de emergência.
A EMERGÊNCIA exige rapidez de atuação e de resposta, portanto não é o melhor momento para
ser desencadeado um princípio de aprendizado: é importante que este tenha ocorrido em momento
anterior ao desastre, como forma de preparação, e deve incluir a reflexão sobre a saúde mental e seus
mecanismos de intervenção.

Em SITUAÇÃO DE DESASTRES, grande parte da população atingida padecerá de sofrimento


intenso, mas encontrará conforto e apoio em suas estratégias comunitárias e cotidianas.
Em seguida, haverá os casos que poderão ser beneficiados com projetos terapêuticos singulares,
articulados pelo psicólogo e, em muito menor volume, aparecerão os casos que necessitarão de uma
escuta especializada e, até mesmo, de uma intervenção farmacológica.
Vale ressaltar que, em geral, são aqueles já mais vulneráveis – como os pacientes psiquiátricos, os
moradores de rua, os desassistidos crônicos – que mais sofrem e que são menos percebidos pelas
ações humanitárias de contenção.
PRIMEIROS AUXÍLIOS PSICOLÓGICOS:
Diretrizes da Organização Pan-Americana de Saúde e a Organização Mundial da Saúde baseiam- se
nos chamados Primeiros Auxílios Psicológicos (Psychology First Aid) - apesar do nome, trata-se de um
protocolo que abarca a esfera social também, não sendo assim uma atuação exclusiva de profissionais
de saúde mental (OPAS, 2010; WHO, 2011). A partir disso, acrescentam-se justamente os
fundamentos teóricos que norteiam esse tipo de protocolo, como o conceito de crise, principais
consequências e necessidades em termos de saúde mental individual e comunitária nestes contextos
e a adequação em termos de desenvolvimento humano e de cultura a que se aplica.

GRUPO DE TRABALHO (GT) DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL: acolher a qualquer hora, pessoas e situações afetadas
pelo evento;

COMPOSIÇÃO DO GRUPO DE RITUAIS E SEPULTAMENTO: acompanhar e organizar os rituais e sepultamentos;


cuidar de períodos críticos tais como os novos óbitos, cerimônias de uma semana; cultos; homenagens;

SUPERVISÃO TÉCNICA JUNTO À DEFENSORIA PÚBLICA: orientação sobre passos, prioridades e fatores para a
criação da Associação dos afetados, buscando apoiar o fortalecimento de uma comunidade resiliente;

DIAGNÓSTICO DE RISCOS E RECOMENDAÇÃO DE AÇÕES: levantamento de sinais físicos e psicológicos de


ordem variada, desequilíbrio nos contatos sociais e sentimentos de impropriedade e vazio espiritual;

MAPEAMENTO DE NOVOS RISCOS: orientar a equipe de assistentes sociais quanto ao mapeamento de


possíveis grupos com o processo de luto não-reconhecido;

CUIDADOS COM A IMPRENSA: orientação às equipes sobre preocupações com a mídia, já que a tecnologia
e a conectividade trouxeram consigo uma maior facilidade da difusão de todo o tipo de notícias e a
transmissão de imagens dramáticas, tais quais aquelas que expõem os danos às propriedades e as
injúrias físicas nas vítimas, com repercussões negativas a toda uma população que, mesmo sem
escolha, fica invadida pela morte escancarada, apresentada repetida vezes;

COORDENAÇÃO DA EQUIPE DE CUIDADORES: criação do espaço reservado para os atendimentos,


elaboração de cartazes com informações; integração de profissionais recém-chegados e cuidado com
os cuidadores (enfermeiras, bombeiros, médicos, psicólogas, policiais, atendimento escriturárias que
fizeram registro de corpos e voluntários em geral).
INTERVENÇÃO GRUPAL EM LUTO EM DESASTRES
NATURAIS
... vamos lutar por Nova Friburgo, em homenagem aos que foram, em
homenagem a nós, que sobrevivemos para reergue esta cidade... pelos que
viveram e pelos que morreram...
Bombeiro, 40 anos, Nova Friburgo, Rio de Janeiro, 2011

Este protocolo foi elaborado a partir de estudos sobre emoções da Psicologia energética de
Freud Gallo (2000) e Jonh Hartung (2008); suas ferramentas terapêuticas baseadas em conceitos de
energia e seus tratamentos de respiração terapêutica intencional. Outra fonte inspiradora é o trabalho
de desenvolvimento da inteligência emocional de criação e a busca da criatividade de Laura Bosio;
Celeste Colanruoro, Guilhermina Mazziotti e Carina Paturlanne; da Argentina, de 2011; e suas
propostas para ajudar crianças em seus auto conhecimentos emocionais e valorização positiva de si
mesmas, para a construção de autoestima positiva.
O protocolo de EMDR (Eye Movement Dessensitization and Reprocessing) foi criado por
Francine Shapiro (2000), nos Estados Unidos é um método complexo e muito pesquisado em mais de
80 países; que integra várias abordagens terapêuticas, incluindo estimulações bilaterais, oculares,
táteis e auditivas; que acentuam o sistema de processamento cerebral da informação. O EMDR articula
sentimentos perturbadores a pensamentos, sensações físicas e condutas relacionadas aos mesmos.
A sua prática se atém ao modelo de processamento adaptativo da informação e é reconhecido pela
International Society for Traumatic Studies, desde 2000.
PROTOCOLO DE INTERVENÇÃO GRUPAL EM DESASTRES NATURAIS-PIGDN-
PROGRAMAS DE AJUDA HUMANITÁRIA PSICOLÓGICA
Este protocolo foi criado especialmente para pessoas acima de seis anos com o objetivo de
ajudá-las a identificar emoções e sensações ligadas a experiências traumatogênicas vividas nas
situações de catástrofes e desastres naturais no Brasil.
Há pessoas com dificuldades de reconhecer e diferenciar sensações e emoções, para que
possam comunicá-las nos trabalhos de atendimento psicológico, que visam aumentar suas resiliências
e prevenir e/ou minimizar potenciais traumas psicológicos. Buscamos, portanto, o desenvolvimento de
consciência emocional no sentido de capacitar as pessoas danificadas por desastres a identificar:
susto/choque, medo, angústia, ansiedade, tristeza, raiva, vergonha, alívio, forte/capaz e feliz.
Além disto, buscamos a identificação dessas emoções em suas expressões corporais; baseados
na concepção de que todos somos únicos, singulares e que a subjetividade é fator relevante a ser
considerado em trabalhos psicológicos. Usamos dessensibilização por estímulos bilaterais através do
chamado Abraço de Borboleta, de Artigas (2010), de acordo com a abordagem terapêutica de EMDR.
Podemos nos valorizar em nossas diferenças e na co-construção de uma auto-estima positiva,
que nos ajude a enfrentar as adversidades da vida e, neste caso específico, as decorrentes de
catástrofes e desastres naturais.

ATUAÇÃO DOS PSICOTERAPEUTAS:


- Façam escuta ativa, sem interrogar as pessoas e nem buscar detalhes que não queiram fornecer;
- Promovam enquadres e settings de respeito e aceitação de todas as emoções que surjam, sem julgá-
las ou avaliá-las;
- Respeitem os tempos de cada pessoa e não as forcem a participar.
- Promovam, no grupo, um clima lúdico de otimismo e esperança.

FASE 1 - HISTÓRIA
Fazer rapport / exercícios de integração.
Falar do ocorrido.
Mostrar as diferentes formas de expressões de emoções com as carinhas:

SUSTO/
MEDO ANGÚSTIA ANSIOSO TRISTE Explosivo RAIVA VERGONHA ALÍVIO FORTE/ CAPAZ FELIZ
CHOQUE

Perguntar em quais momentos do desastre natural vivido sentiram essas emoções.


Anotar.

FASE 2 - ENSINAMENTOS DE ESTRATÉGIAS PARA LIDAR COM O ESTRESSE

2.1 RESPIRAÇÃO ABDOMINAL:


Exemplos de relaxamento: “Fechem seus olhos, ponham uma mão sobre seu estômago e imaginem
que vocês têm uma bexiga dentro dele. Agora, inspirem e vejam como a bexiga cresce e mexe sua
mão para cima. Agora vocês podem expirar e ver como a bexiga esvazia e sua mão vai para baixo.”

2.2 CHEIRAR FLORZINHA E SOPRAR AS VELINHAS” (PARA CRIANÇAS):


“Quando cheirar a florzinha, puxar bem o ar pelo nariz e segurar o perfume da florzinha na sua
imaginação. Soltar o que for ruim de dentro de você junto com o perfume da florzinha, pela boca e
apaguem as velinhas acesas de um bolo, em sua imaginação.”
Florzinha Velinhas

2.3 Abraço de Borboleta (ARTIGAS, JARERO, 2010):


“Prestem atenção e façam o que eu estou fazendo. Cruzem seus braços sobre o seu peito, de modo
que, com a ponta dos dedos de cada mão, vocês possam tocar a área situada sob a conexão entre a
clavícula e o ombro. Seus olhos podem ficar fechados, ou parcialmente fechados. Em seguida, alternem
o movimento de suas mãos, como as asas agitadas de uma borboleta. Respirem lenta e profundamente
(respiração abdominal), enquanto observam o que está se passando na sua mente e corpo, como
pensamentos, imagens, sons, odores, sentimentos e sensações físicas, sem tentar mudar, afastar ou
julgar seus pensamentos.”

2.4 LUGAR SEGURO:


“Fechem seus olhos e usem a sua imaginação para ir a um lugar onde vocês se sintam seguros ou
calmos. Que imagens, cores, sons e temperatura vocês veem em seus lugares seguros? Tentem uma
única palavra que dê nome para esse lugar seguro. Fechem os olhos e façam o abraço da borboleta,
pensando nesse lugar seguro.”

FASE 3 – AQUECIMENTO PARA IDENTIFICAR EMOÇÕES LIGADAS A DESASTRES NATURAIS

3.1 Quando se lembram do desastre natural, o que identificam?


Perguntar rapidamente sobre os sintomas abaixo e de acordo com as idades:

PARA CRIANÇAS DE 1 A 7 ANOS (investigar junto aos adultos responsáveis)


MEDOS GERAIS.
PESADELOS.
APATIA.
FALTA DE ENERGIA.
NÃO QUERER FALAR SOBRE O QUE OCORREU.
EVITAR ASSUNTOS LIGADOS AO FATO.
MEDO DA MORTE.
BAIXA CONCENTRAÇÃO.

COMPORTAMENTOS DE MENOR IDADE (ATÉ 6 SEMANAS):


- CHUPAR CHUPETA
- CHUPAR DEDO
- FAZER XIXI NA CAMA
- FAZER COCÔ NA ROUPA
- DIFICULDADES DE FICAR LONGE DOS PAIS.
- FALAR E/OU BRINCAR MUITO SOBRE O DESASTRE.

PARA CRIANÇAS DE 8 A 11 ANOS


CULPA
MEDO DE FICAR SÓ
FALAR MUITAS VEZES E COM MUITOS DETALHES SOBRE O DESASTRE
DIFICULDADES PARA APRENDER E SE CONCENTRAR
CHORO
RAIVA
INSEGURANÇA CONSIGO MESMO E FAMILIARES
DIFICULDADE PARA DORMIR
PESADELOS
DORES NO CORPO
MUDANÇAS BRUSCAS DE TEMPERAMENTO
FICAREM ASSUSTADOS E INSEGUROS
CONFUSOS
MEDO DE FANTASMAS E DO DESCONHECIDO

PARA ADOLESCENTES
CULPA POR TER SOBREVIVIDO
DESINTERESSE PELA ESCOLA, TRABALHO, FAMÍLIA E PELA VIDA.
USO ABUSIVO DE ÁLCOOL E DE DROGAS
MEDOS, ISOLAMENTO, PENA DE SI MESMO.
INSEGURANÇA
ATOS DELINQUENTES E DE RISCO
MUDANÇAS BRUSCAS DE ATITUDES
DESEJOS DE VINGANÇA
PERDA DE FÉ E ESPERANÇA
TENTAR SER ADULTO ANTES DA HORA
IDÉIAS DE SUICÍDIO

PARA ADULTOS E IDOSOS


CONFUSÃO DE PENSAMENTOS
IRRITABILIDADES
SENTIMENTOS DE ANGÚSTIA
DIFICULDADES PARA DORMIR E DESCANSAR
TRISTEZA
IMPOTÊNCIA
AUMENTO DE PRESSÃO SANGUÍNEA
ISOLAMENTO
TAQUICARDIA
ALIMENTAÇÃO DIMINUIDA OU AUMENTADA
TREMORES NO CORPO E NAS MÃOS
CULPA POR TER SOBREVIVIDO
DIFICULDADES DE CONCENTRAÇÃO
PERDA DE MEMÓRIA: PARCIAL OU TOTAL
PROBLEMAS COM HIGIENE PESSOAL
ABUSO DE ÁLCOOL E DE DROGAS
PROBLEMAS DE RELACIONAMENTO NO TRABALHO E NA FAMÍLIA
IDÉIAS DE SUICÍDIO
DOR DE CABEÇA, ENJOOS,
DOR NO PEITO
DIFICULDADE PARA RESPIRAR

FASE 4 – AVALIAÇÃO
Quando lembram/pensam no desastre ocorrido, o que sentem?
Façam X nas carinhas.

SUSTO/ ANGÚSTI FORTE/


MEDO ANSIOSO TRISTE Explosivo RAIVA VERGONHA ALÍVIO FELIZ
CHOQUE A CAPAZ

Em que parte do corpo sentem isso? Preencham com lápis.


FASE 5 – DESSENSIBILIZAÇÃO
5.1 Pensem no que aconteceu no desastre e façam o desenho da pior parte.

Quais emoções dessas carinhas vocês sentem com esse desenho? Façam X nela(s).

SUSTO/ FORTE/
MEDO ANGÚSTIA ANSIOSO TRISTE Explosivo RAIVA VERGONHA ALÍVIO FELIZ
CHOQUE CAPAZ

Olhem para esse desenho e façam o Abraço de Borboleta .


Quais emoções dessas carinhas são parecidas com o que sentem agora olhando para esse desenho?
Façam X nela(s).

SUSTO/ ANGÚSTI FORTE/


MEDO ANSIOSO TRISTE Explosivo RAIVA VERGONHA ALÍVIO FELIZ
CHOQUE A CAPAZ

5.2. Agora desenhem o que pensarem primeiro neste momento:

Quais emoções dessas carinhas vocês sentem com esse desenho? Façam X nela(s).

SUSTO/ ANGÚSTI FORTE/


MEDO ANSIOSO TRISTE Explosivo RAIVA VERGONHA ALÍVIO FELIZ
CHOQUE A CAPAZ

Olhem para esse desenho e façam o Abraço de Borboleta .


Quais emoções dessas carinhas são parecidas com o que sentem agora olhando para esse desenho?
Façam X nela(s).

SUSTO/ ANGÚSTI FORTE/


MEDO ANSIOSO TRISTE Explosivo RAIVA VERGONHA ALÍVIO FELIZ
CHOQUE A CAPAZ

5.3. Façam outro desenho que vier, livremente a suas mentes:


Quais emoções dessas carinhas vocês sentem com esse desenho? Façam X nela(s).

SUSTO/ ANGÚSTI FORTE/


MEDO ANSIOSO TRISTE Explosivo RAIVA VERGONHA ALÍVIO FELIZ
CHOQUE A CAPAZ

Olhem para esse desenho e façam o Abraço de Borboleta .


Quais emoções dessas carinhas são parecidas com o que sentem agora olhando para esse desenho?
Façam X nela(s).

SUSTO/ ANGÚSTI FORTE/


MEDO ANSIOSO TRISTE Explosivo RAIVA VERGONHA ALÍVIO FELIZ
CHOQUE A CAPAZ

5.4 Lembrem novamente da pior parte vivida no desastre e façam outro desenho.
Quais emoções dessas carinhas vocês sentem com esse desenho? Façam X nela(s).

SUSTO/ ANGÚSTI FORTE/


MEDO ANSIOSO TRISTE Explosivo RAIVA VERGONHA ALÍVIO FELIZ
CHOQUE A CAPAZ

Olhem para esse desenho e façam o Abraço de Borboleta .


Quais emoções dessas carinhas são parecidas com o que sentem agora olhando para esse desenho?
Façam X nela(s).

SUSTO/ ANGÚSTI FORTE/


MEDO ANSIOSO TRISTE Explosivo RAIVA VERGONHA ALÍVIO FELIZ
CHOQUE A CAPAZ

5.5. Desenhem o que vier primeiro às suas mentes:


Quais emoções dessas carinhas vocês sentem com esse desenho? Façam X nela(s).

SUSTO/ ANGÚSTI FORTE/


MEDO ANSIOSO TRISTE Explosivo RAIVA VERGONHA ALÍVIO FELIZ
CHOQUE A CAPAZ

Olhem para esse desenho e façam o Abraço de Borboleta .


Quais emoções dessas carinhas são parecidas com o que sentem agora olhando para esse desenho?
Façam X nela(s).

SUSTO/ ANGÚSTI FORTE/


MEDO ANSIOSO TRISTE Explosivo RAIVA VERGONHA ALÍVIO FELIZ
CHOQUE A CAPAZ

5.6. Novamente, desenhem o que vier primeiro às suas mentes:


Quais emoções dessas carinhas vocês sentem com esse desenho? Façam X nela(s).

SUSTO/ ANGÚSTI FORTE/


MEDO ANSIOSO TRISTE Explosivo RAIVA VERGONHA ALÍVIO FELIZ
CHOQUE A CAPAZ

Olhem para esse desenho e façam o Abraço de Borboleta .


Quais emoções dessas carinhas são parecidas com o que sentem agora olhando para esse desenho?
Façam X nela(s).

SUSTO/ ANGÚSTI FORTE/


MEDO ANSIOSO TRISTE Explosivo RAIVA VERGONHA ALÍVIO FELIZ
CHOQUE A CAPAZ

5.7. Agora olhem para todos os desenhos feitos e escolham o que lhes trouxer alguma emoção ruim,
perturbadora ou triste.

Quais emoções dessas carinhas vocês sentem com esse desenho? Façam X nela(s).

SUSTO/ ANGÚSTI FORTE/


MEDO ANSIOSO TRISTE Explosivo RAIVA VERGONHA ALÍVIO FELIZ
CHOQUE A CAPAZ

Olhem para esse desenho e façam o Abraço de Borboleta .


Quais emoções dessas carinhas são parecidas com o que sentem agora olhando para esse desenho?
Façam X nela(s).

SUSTO/ ANGÚSTI FORTE/


MEDO ANSIOSO TRISTE Explosivo RAIVA VERGONHA ALÍVIO FELIZ
CHOQUE A CAPAZ

5.8 Agora escolham a carinha de como se sentem agora e façam X nela(s):

SUSTO/ ANGÚSTI FORTE/


MEDO ANSIOSO TRISTE Explosivo RAIVA VERGONHA ALÍVIO FELIZ
CHOQUE A CAPAZ
Façam o Abraço de Borboleta olhando para a carinha escolhida.

Qual dessas carinhas mostra como se sentem agora? Façam X nela(s).

SUSTO/ ANGÚSTI FORTE/


MEDO ANSIOSO TRISTE Explosivo RAIVA VERGONHA ALÍVIO FELIZ
CHOQUE A CAPAZ

FASE 6 - VISÃO DO FUTURO


6.1 Pensem no futuro e com que carinhas vocês querem viver? Façam X nela(s).

SUSTO/ ANGÚSTI FORTE/


MEDO ANSIOSO TRISTE Explosivo RAIVA VERGONHA ALÍVIO FELIZ
CHOQUE A CAPAZ

Façam o Abraço de Borboleta olhando para o desenho da carinha escolhida.

6.2 Pensem numa FRASE POSITIVA que faça vocês se sentirem bem e com esperanças no futuro.

a) Escrevam essa frase abaixo (ou o psicólogo ou auxiliar escreve):

Façam um desenho que represente essa frase:


Olhem para este desenho e façam o Abraço de Borboleta .

FASE 7 – AVALIAÇÃO CORPORAL


7.1 Observem todo o seu corpo e pesquisem se sentem alguma emoção ruim, perturbadora ou triste
em alguma parte dele.

7.2 Se houver essa emoção, desenhem nas partes de seus corpos onde sentem isso:

Quais emoções dessas carinhas vocês sentem com esse desenho? Façam X nela(s).

SUSTO/ ANGÚSTI FORTE/


MEDO ANSIOSO TRISTE Explosivo RAIVA VERGONHA ALÍVIO FELIZ
CHOQUE A CAPAZ

Olhem para esse desenho e façam o Abraço de Borboleta .


Quais emoções dessas carinhas são parecidas com o que sentem agora olhando para esse desenho?
Façam X nela(s).
SUSTO/ ANGÚSTI FORTE/
MEDO ANSIOSO TRISTE Explosivo RAIVA VERGONHA ALÍVIO FELIZ
CHOQUE A CAPAZ

FASE 8 – FECHAMENTO
Agora escolham uma carinha/emoção positiva para ficar com ela em suas imaginações.
Pensem em ficar bem, calmos e tranquilos com essa carinha/emoção.
Fechem os olhos, pensem na carinha/emoção que acalma vocês e façam Abraço de Borboleta
(fazer 3 repetições).

Abram os olhos.

Querem falar uma palavra que saia de seus corações?

OBSERVAÇÕES
Observar as pessoas que precisarem de atendimento individual e encaminhá-las.
PROTOCOLO DEBRIEFING PARA INCIDENTES
CRÍTICOS CISD-AGEC MITCHELL (1983)
Atendimento Familiar ou Grupal (ADAPTAÇÃO: Prof. Dra. Ana Maria Fonseca Zampieri)

I - Fase de Introdução (domínio cognitivo)

APRESENTAÇÃO E REGRAS BÁSICAS:


Participação voluntária.
Confiabilidade e sigilo.
Descanso ao término do processo grupal.
Não é crítica nem investigação.
Não é uma sessão de reprovação nem de culpas.
Não é psicoterapia e nem treinamento.

II – Fase de ensinamentos (responsabilidade da equipe) – (domínio


cognitivo).
- Informar que esses sintomas são perfeitamente normais e que podem surgir outros.
- Ensinar regras básicas de manejo de estresse:
- Respiração 4x4x8x4.
- Respiração abdominal.
- Abraço de borboleta com estímulos bilaterias;
- Técnica do Container.

III- Fase de sintomas (domínio emocional)


a) Que mudanças físicas ou de comportamento têm observado em vocês desde a
catástrofe/desastre vivido?
b) Como tem sido sua vida desde a catástrofe/desastre?
c) Que sinais de sofrimento você tem tido desde a catástrofe/desastre vivido?
d) Pediremos que levantem a mão, as pessoas que tenham tido imediatamente após a
catástrofe/desastre os seguintes sintomas:
e) Tremores no corpo e nas mãos.
f) Dores de cabeça, devaneios, enjoo, aturdimento.
g) Desorientação, medo, incredulidade, como se tudo que houvesse ocorrido estivesse fora da
realidade.
h) Desapego, dificuldade para tomar decisões, dificuldades de concentração, dificuldade para
dormir, pesadelos ou insônia.
i) Outros sintomas podem aparecer, desaparecer ou piorar e, neste caso, entrem em contato
com profissionais de saúde mental desta região.
- Esquecimento de certas partes da catástrofe/desastre ou de atividades posteriores;
- Lembranças contínuas da catástrofe/desastre.
- Pensamentos recorrentes sobre a catástrofe/desastre.
- Flashback: um reviver constante.
- Irritabilidade, mau humor, inquietude, sobressalto.
- Frustração e sentimentos de impotência.
- Dificuldade para dormir, sonhos constantes sobre a catástrofe/desastre.
- Mal estar ao se expor a lugares, ou situações que lembrem a catástrofe/desastre.
- Mudanças de apetite e problemas digestivos.
- Apatia, depressão, abatimentos.
- Chorar sem razão aparente.
- Ansiedade sobre o futuro.
- Recusar ajuda externa: isolamento da família, amigos e atividades sociais.
- Culpabilidade por não ter impedido, ou feito algo mais, ou por estar vivo.

IV - Fase dos fatos (domínio cognitivo)


”Vamos falar dos fatos que aconteceram e o que vocês viram. Nossa equipe não esteve aqui
durante a catástrofe/desastre, apenas conhecemos o processo dela, então nos ajudaria muito
entender o que aconteceu. Gostaríamos de conhecer os nomes de vocês, o que estavam
fazendo durante a catástrofe/desastre e o que foi que aconteceu a vocês.
Iniciaremos com a pessoa sentada a minha esquerda”.

Se houver demonstrações de emoções fortes, não fazer mais perguntas, nem rodear sobre o
assunto. A equipe deve: confirmar a recepção do que foi dito; validar que a emoção é apropriada;
reafirmar à pessoa, e ao grupo que essa emoção é esperada. Acalmar os demais. Introduzir a
fase dos pensamentos.

V- Fase de Pensamentos (domínio emocional)


O que você pensou primeiro?
Qual foi o primeiro ou o mais importante pensamento que chegou a sua mente sobre
catástrofe/desastre?

VI- Fase de reações (domínio emocional)


Esta fase tem maior participação do grupo do que a equipe.
A equipe não fala e não interfere nas narrativas dos membros.
Descrever os recursos externos disponíveis para uma atenção mais focada ou individualizada.
Perguntar ao grupo que técnicas de manejo de estresse têm sido usadas e com êxito.
Ministério de presença: a equipe caminha por trás do grupo e faz o acolhimento caso ocorram
ab-reações.
Perguntas-chave:
Qual foi a pior parte da catástrofe/desastre?
Que aspectos da catástrofe/desastre lhe causaram maior sofrimento e dor?
Se pudesse apagar de sua memória uma parte da catástrofe/desastre, qual você eliminaria.

VII – Fase de Reavaliação (domínio cognitivo)


Reafirmar que é normal que se sintam desta forma.
Ficar disponível para perguntas e respostas.
Fazer o resumo de pontos chave dentro do que se aprendeu desta experiência.
Apoio da coesão do grupo, se indicado.
Cada membro deve dizer uma palavra de encerramento.
Dar tempo para o grupo fazer a elaboração.
Observar se há pessoas com sinais de deterioração/dissociação.
Avaliação e seguimento após o Debriefing.
Observar se todos estão dentro do domínio cognitivo.
Fazer uma síntese com palavras que saem do coração: Solilóquios.

FONTE: ASSOCIAÇÃO MEXICANA PARA AJUDA MENTAL EM


CRISE, ICISF, EMDR INTERNATIONAL ASSOCIATION, EMDR
INSTITUTE, EMDR MEXICO, GREEN CROSS ACADEMY OF
TRAUMATOLOGY, 2008
PRIMEIROS SOCORROS PSICOLÓGICOS
SINTOMAS - CRIANÇAS DE COMO AJUDÁ-LAS?
1 A 7 ANOS
deixar que falem, desenhem e brinquem
medos gerais. livremente sobre a catástrofe vivida.
pesadelos. apoiar, ser paciente, afetivo, alimentá-las,
apatia. oferecer descanso.
falta de energia. cuidadores falem a elas: “estão salvas e
não querer falar sobre o que ocorreu. protegidas”.
evitar assuntos ligados ao fato. sempre dizer onde estão os adultos.
medo da morte. ajudá-las a dar nome aos sentimentos e
baixa concentração. localizá-los em seus corpos.
comportamentos de menor idade (até 6 levá-las ao profissional de saúde mental.
semanas):
- chupar chupeta
- chupar dedo
- fazer xixi na cama
- fazer cocô na roupa
dificuldades de ficar longe dos pais.
falar e/ou brincar muito sobre a catástrofe.

SINTOMAS - CRIANÇAS DE COMO AJUDÁ-LAS?


8 A 11 ANOS
culpa falar do que sentem, pensam e fantasiam
medo de ficar só afirmar que é esperado sentir tudo isso (por 6
falar muitas vezes e com muitos detalhes semanas)
sobre a catástrofe dar apoio
dificuldades para aprender e se concentrar estar presente
choro acompanhá-los ao
raiva profissional de saúde mental
insegurança consigo mesmo e familiares
dificuldade para dormir
pesadelos
dores no corpo
mudanças bruscas de temperamento
ficarem assustados e inseguros
confusos
medo de fantasmas e do desconhecido

SINTOMAS - ADOLESCENTES COMO AJUDÁ-LOS?


culpa por ter sobrevivido estimular a falar da catástrofe e expressar
desinteresse pela escola, trabalho, família e sentimentos
pela vida. ponderar o que pode ou não ser feito pelas
uso abusivo de álcool e de drogas vítimas e mortos
medos, isolamento, pena de si mesmo. falar sobre consequências de vinganças e
insegurança delinquências
atos delinquentes e de risco lembrar que os sintomas são decorrentes do
mudanças bruscas de atitudes impacto emocional
desejos de vingança dar estímulos e esperança para novos
perda de fé e esperança tempos
tentar ser adulto antes da hora acompanhá-los ao profissional de saúde
idéias de suicídio mental
SINTOMAS - ADULTOS COMO AJUDÁ-LOS?
confusão de pensamentos estimule-os a compartilhar sentimentos
irritabilidades evitar fugas com álcool, drogas e auto-
sentimentos de angústia medicação
dificuldades para dormir e descansar buscar uma nova rotina diária
tristeza enfrentar um dia de cada vez
impotência comer adequadamente, mesmo sem fome
aumento de pressão sanguínea exercícios físicos
isolamento estimular que busquem ocupações
taquicardia deixá-los chorar e manifestar
alimentação diminuida ou aumentada dor e tristeza
tremores acompanhá-los ao
culpa por ter sobrevivido profissional de saúde mental
dificuldades de concentração
perda de memória
problemas com higiene pessoal
abuso de álcool e de drogas
problemas de relacionamento no trabalho e
na família
idéias de suicídio
dor de cabeça, enjoos,
dor no peito
dificuldade para respirar

ELABORAÇÃO DE PROJETOS SOCIAIS


DINÂMICA DE ELABORAÇÃO DE PROJETOS SOCIAIS:
Várias são as maneiras de abordar as questões ligadas à elaboração de um projeto social:
Um processo de cooperação e articulação: já que não é mais possível trabalharmos
isolados; é preciso compartilharmos nossos sonhos com o “outro”, nosso parceiro e
colaborador, é preciso desenvolvermos a capacidade do diálogo convencimento e da
negociação, a capacidade de trabalharmos juntos, com nossas identidades e nossas
diferenças.

Um processo Comunicativo: já que o “documento” do projeto deve ser o resultado de uma


construção coletiva que cria, internamente, um consenso quanto a seus objetivos,
estratégias e resultados e, externamente, convence e informa sobre a importância e a
necessidade de sua proposta e a competência de sua organização para implementá-la;
Um processo lógico: é preciso que os seus conteúdos e passos sejam precisos, num
encadeamento lógico de seus elementos de suas ações.

PLANEJAMENTO:
POLÍTICA: é um processo de tomada de decisões que começa com a adoção de postulados
gerais que depois são desagregados e especificados;
PROGRAMA: é um conjunto de projetos que buscam os mesmos objetivos;
PROJETO: é um empreendimento planejado que consiste num conjunto de atividades inter-
relacionadas e coordenadas para alcançar objetivos específicos.

PLANEJAR, IMPLEMENTAR, AVALIAR:


PLANEJAMENTO: é preciso refletir sobre nossos passos, cuidadosamente, para que nossas
ações tenham bons resultados;
AVALIAÇÃO: começa logo que uma proposta de projeto é esboçada – é a chamada
avaliação ex-ante, que tem por objetivo analisar o ambiente onde o projeto pretende se
inserir, examinar o contexto social, econômico e político local;

IMPLEMENTAÇÃO: o monitoramento sistemático das atividades e dos custos do projeto


fornece as informações necessárias não só para o momento da avaliação final, mas também
para o acompanhamento de todos os níveis gerenciais.
Ele possibilita o controle efetivo das ações em sua relação com os objetivos, os prazos e os
resultados, numa comparação direta com o anteriormente planejado, o que possibilita a
correção dos rumos adotados, exigindo de nós um replanejamento que por sua vez, afetará
os custos, os prazos e o desenvolvimento do projeto.

OS OBJETIVOS:
São os objetivos que, todo o tempo, irão orientar o projeto, não só no momento do
planejamento, mas também em sua execução e avaliação, constituindo-se no fundamento
de toda a ação parceira.
Assim é preciso que eles sejam bem elaborados e compreendidos por todos.

Pré-Requisitos que são essenciais na definição de objetivos do projeto:


Aceitabilidade: deve ser aceitável por todos;
Exequibilidade: sua execução dever ser possível;
Motivação: qualidades que motivem os envolvidos a participar do projeto;
Simplicidade: clareza e objetividade;
Comunicação: todos devem conhecer-lo.

ATIVIDADES:
Planejar as atividades de um projeto é não só definir quais as ações e os procedimentos
necessários para alcançar os resultados desejados como os recursos disponíveis , mas
também programar o tempo em que se desenvolverá cada uma dessas atividades;
Um bom instrumento para isto é o cronograma que possibilitará visualizar a se algumas
atividades acontecerão em paralelo e verificar a interdependencia entre as ações.

O CRONOGRAMA DEVE SER:


Completo;
Preciso;
Lógico;
Flexível;
Baseado em Estimativa.

PRINCÍPIOS DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO:


Se nossas ações são intervenções que têm por objetivo transformar a realidade existente,
as transformações que trouxerem serão a combinação de todos as nossas ações com as
forças atuantes em uma dada realidade;
Analisar a realidade significará, então, identificar essa forças, as relações entre elas e seus
efeitos – ou potenciais efeitos – sobre nossa organização, nossos objetivos e nossas ações.

ASPECTOS A SEREM ANALISADOS:


OPORTUNIDADE: forças externas que nossa organização controla;
AMEAÇAS: forças externas que nossa organização não controla;
PONTOS FORTES: aspectos internos de nossa organização e que proporcionam a ela uma
vantagem operacional;
PONTOS FRACOS: aspectos internos que trazem desvantagens a nossa organização e a
nossa organização.

PLANEJAMENTO E OS ATORES SOCIAIS:


É preciso garantir que, independentemente do método utilizado, todos os atores envolvidos
no projeto participem do processo, com seus conhecimentos específicos, com suas
experiências práticas diferenciadas e suas diferentes leituras da realidade;
Se queremos conhecer a realidade precisamos entender que conhecê-la é compreender o
outro e seu ponto de vista, é descobrir a chave com a qual ele lê sua realidade e a nossa
(Carlos Matus)
Para identificar, explicar e decidir quais os problemas a serem enfrentados, suas causas e
efeitos e as melhores estratégias para a sua solução, é preciso inicialmente conhecer quem
são os atores em nosso projeto, suas diferentes visões e explicações sobre o real, seus
diferentes interesses;
O processo de planejamento deve levar em conta não só os aspectos técnicos, como muitas
vezes acontece, mas também os aspectos políticos, sociais e valorativos contidos em todo
o projeto.

O planejamento deve ser minuciosamente pensado, integrado aos demais a fim de diminuir
as surpresas na implantação do projeto;
Fazer o levantamento de todos os recursos necessários a um projeto é dar contornos e
limites à nossa ação;
O documento escrito do projeto não de ser visto apenas como um instrumento de obtenção
de recurso, mas também de sistematização do processo de planejamento, da organização
de um proposta de trabalho.

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