Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
MÓDULO X – A ESTRATÉGIA DA
FALHAS
QUALIDADE
ÁREA DE GESTÃO
Do Autor
Seja bem-vindo(a) à Modular Cursos. Muito obrigado por nos
escolher. Esperamos que você tire muito proveito de todo o conteúdo que
fizemos especialmente para você.
Este curso foi desenvolvido para formar profissionais capacitados a
implantar, gerenciar e otimizar a gestão da manutenção por meio do RCM
(Reliability Centered Maintenance), ou Manutenção Centrada da
Confiabilidade (MCC). Seremos guiados por meio da análise da NBR5462
que estabelece os padrões necessários para a correta utilização do RCM,
transformando os conceitos em prática e as definições em uma linguagem
simples e funcional. A metodologia do curso foi pensada no
desenvolvimento e no amadurecimento das competências e da visão do
aluno ao longo de cada módulo.
Desejamos a você um excelente estudo e que este material possa
mudar a sua vida. Estamos sempre disponíveis para ouvir você, então
sinta-se à vontade. Bom estudo!
INFORMAÇÕES
CURSO: RCM BASEADO NA NBR5462
MÓDULO: 3
ÁREA: Gestão da manutenção
Página2
Sumário
RESUMO ................................................................................................. 5
1. DEFEITOS .................................................................................... 9
2. FALHAS ..................................................................................... 10
3. PANE ......................................................................................... 12
4. ERROS ....................................................................................... 12
5. ENSAIOS .................................................................................... 12
6. DADOS ...................................................................................... 14
7. PROJETOS ................................................................................. 14
4. FASE DE CRESCIMENTO............................................................. 18
8. CONSIDERAÇÕES....................................................................... 20
Página3
A CURVA PF .......................................................................................... 22
1. O FMEA ..................................................................................... 30
REVISÃO ............................................................................................... 42
Página4
RESUMO
Neste módulo, vamos começar a entrar no estudo das falhas.
Vamos primeiro estudar as definições e os conceitos das falhas e depois
vamos estudar o comportamento delas. Neste módulo, entraremos a
fundo na curva do ciclo de vida de um ativo, conhecida como a curva
da banheira. Com o estudo das falhas ao longo do tempo, vamos
entender como as falhas se comportam e estudar as técnicas para
mitigar essas falhas.
Com a abordagem da curva PF poderemos entender o
comportamento dos sintomas das falhas potenciais ao longo do tempo
até chegar à falha funcional, o que nos permitirá maior compreensão
de qual tipo de manutenção usar.
O objetivo deste módulo é que o aluno absorva plenamente o
conceito de falha e que pense no ativo como um organismo vivo, sendo
dever da manutenção aumentar o máximo possível essa vida útil.
Além disso vamos ver ferramentas de Análise de Falhas, como o
FMEA, RBD e FTA. Com essas técnicas e ferramentas seremos capazes
de implantar o RCM de forma poderosa.
Boa leitura!
Página5
TPM
Zero: perdas, erros, defeitos, desperdícios, poluição e acidentes
Manutenção planejada
TPM administrativa
Melhoria específica
Controle inicial
5S
PESSOAS
Página6
1. DEFEITOS
2. FALHAS
3. PANE
4. ERROS
5. ENSAIOS
6. DADOS
Por meio dos ensaios e das análises, podemos colher dados que vão nos
ajudar a definir todas as características de um item. Com isso, os principais
dados são:
• observados: dados obtidos por medição ou aferição;
• ensaio: dados obtidos em ensaio geralmente feito em laboratório;
• campo: dados obtidos em campo, ou seja, no ambiente da
operação (in loco);
• referência: dados teóricos obtidos principalmente por pesquisas
ou pelo fabricante.
7. PROJETOS
item tenha falhas ou que sua falha cause uma parada (pane).
8. TEMPO DE DESEMPENHO
1. CICLO DE VIDA
perde suas propriedades básicas passando a não ser mais indicado para uso,
pois pode oferecer risco de acidentes. Assim, nesse momento, o pneu chegou
ao fim de sua vida útil. Tudo o que ocorreu entre a colocação do pneu pela
primeira vez até o descarte configura o ciclo de vida.
Exemplo 2: uma máquina de costura de uma indústria têxtil operou
continuamente por 5 anos. Após esse período, começou a apresentar inúmeros
problemas, por isso a empresa decidiu doar essa máquina para uma
cooperativa de facção, na qual a máquina operou por mais 3 anos e foi
descartada. Assim, o ciclo de vida útil durou 8 anos de uso e passou por duas
organizações distintas.
Como no caso de seres vivos, o ciclo de vida começa no processo
embrionário (gestação), depois vêm o nascimento, o crescimento, a vida
adulta, o envelhecimento e, por fim, a morte (isso vai formar a curva da
banheira, que vamos ver no final deste módulo). Desse modo, também
máquinas e equipamentos têm ciclo de vida, como você pode ver a seguir.
2. FASE EMBRIONÁRIA
3. FASE DE NASCIMENTO
4. FASE DE CRESCIMENTO
6. FASE DE ENVELHECIMENTO
8. CONSIDERAÇÕES
para gerar MTBF (Tempo médio entre falhas) , MTTR (Tempo médio para
reparo), Backlog, disponibilidade, confiabilidade e Lead Time.
item até que a falha ocorra, e assim entender como as curvas de falhas se
comportam.
A CURVA PF
9. O que é a Curva PF
Y
P
100%
Resistência a falhas
(performance)
F
0%
Página22
Tempo
• fissuras (sobrecarga);
• manchas (vazamentos de líquidos);
• eflorescência (alto teor de sais solúveis presentes nos materiais);
12. Intervalo PF
0%
Tempo
F
0%
Tempo
Página27
Até aqui, vimos a fundo o que são falhas, como elas se comportam e
como a ocorrência de uma falha pode afetar todo o ecossistema de uma
empresa, não somente a operação ou a produção. Contudo, não basta
conhecer as falhas, é necessário fazer um estudo para mitigar essas falhas, não
apenas em relação a seu impacto, mas também em relação à sua ocorrência.
Entre os métodos usados para fazer isso, estão as análises de falhas. Existem
algumas análises que são fundamentais no que diz respeito à manutenção
centrada em confiabilidade, como mostra a NBR 5462.
• Previsão: processo de cálculo para obter uma previsão de estado
futuro.
• Modelo de confiabilidade: modelo matemático usado para a
previsão ou a estimativa das medidas de confiabilidade de um
item.
• Análise dos modos de falhas e seus efeitos (FMEA).
• Análise dos modos de falhas, seus efeitos e sua criticidade
(FMECA).
• Análise da árvore de falhas (FTA): ou árvore de falhas.
• Diagrama de blocos da confiabilidade: modelo que mostra os
modos de funcionamento de um item completo e as panes dos
subitens (representados por blocos), em que as combinações delas
resultam em panes do item.
• Diagrama de transição de estados: diagrama mostrando os
Página28
Página29
1. O FMEA
Failure mode and effect analysis ou FMEA é a sigla em inglês para análise
de modo e efeitos de falha. É uma metodologia de estudo e mitigação de falhas
que teve seu destaque durante a corrida aeroespacial na década de 1960, em
que os erros, as falhas e os defeitos nas aeronaves eram mortais e muito caros,
por isso deveriam ser mitigados ou até mesmo extintos.
O FMEA se estabelece como um conjunto de técnicas que tem como
meta principal identificar e evitar a ocorrência de falhas, visando também à
melhoria. Essas técnicas se aplicam a processos, produtos e ativos. Pelo estudo
das falhas, deseja-se aumentar a confiabilidade do sistema, tornando o item
mais resiliente e robusto para com a falha.
O FMEA se baseia em três fundamentos:
1. avaliação de falhas potenciais;
2. identificação de ações que mitigam ou extinguem a possibilidade
da falha potencial;
3. documentação do processo.
Aliado ao FMEA também deve ser feito o estudo de causa e efeito para
chegar à causa raiz das falhas, e assim agir de forma a eliminar futuras
recorrências ou falhas similares.
𝑅𝑃𝑁 = 𝐺 ∗ 𝑂 ∗ 𝐷
✓ Quando maior for o RPN, maior será o risco atribuído a certa
falha de um dado item (componente). O maior RPN possível é
de 1.000.
✓ Quanto menor for o RPN, menor será o risco atribuído a certa
falha de um dado item (componente). O menor RPN possível é
de 1.
Página35
Página37
Confiabilidade do Sistema
R(t)
EQUIPAMENTO A
R(t) = 40% MTTR = 20h
M(t) = 90% MTBF = 500H
D(t) = 96% FMEA
sistemas mistos.
Falha
1 Topo
Indesejado
Combinação “E”
2 3 Falhas
Intermediárias
Combinação “OU”
A Evento Inicial
B C
Básico
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A análise de falhas faz parte das principais estratégias do RCM, uma vez
que o controle absoluto sobre as falhas traz consigo a confiabilidade tão
desejada pelo RCM.
O FMEA é a principal ferramenta para analisar falhas e traçar estratégias
para eliminação da falha e mitigação dos seus impactos no nosso sistema.
Vale aqui o incentivo ao estudante para se qualificar de forma mais
profunda na Análise e Tratamento de Falhas, saiba mais sobre nossos
treinamentos e continue sua jornada de crescimento profissional.
Página41
REVISÃO
Entender o ciclo de vida de um item é fundamental para a
manutenção lançar suas estratégias. Para cada uma das fases, vimos
técnicas que devem ser aplicadas para otimizar a performance do
equipamento, reduzir suas falhas, aumentar a produtividade e, por fim,
ampliar a vida útil do ativo.
A manutenção deve sempre estar analisando e estudando as
falhas como parte de seu processo natural. Entender onde o
equipamento está na sua vida útil é relevante para poder direcionar o
estudo de falhas, adequar os orçamentos de custos e investimentos e
elaborar treinamentos.
A Curva PF nos mostra a relação entre a performance de um item
e o tempo, considerando os eventos de Falha Potencial (seus sintomas
e efeitos) e a Falha Funcional. Para cada estágio temos estratégias
diferentes de manutenção, visando otimizar os custos, nossos recursos
de mão de obra e planejamento, bem como aumentar a confiabilidade
e disponibilidade do sistema.
A Análise de Falha por meio do FMEA, RBD (Reliability Block
Diagram) e da FTA (Fault Tree Analysis) nos dão uma visão profunda,
sistêmica e padronizada de como gerenciar as falhas e seus riscos.
Com base em todas essas ferramentas podemos implantar o
RCM de forma robusta.
Página42
Referências Bibliográficas
Lewis, E. Introduction to Reliability Engineering. New York: John Wiley & Sons,
1996.
LEWIS, E. Introduction to reliability engineering. New York: John Wiley & Sons,
1996.
PALADY, P. FMEA: Análise dos modos de falha e efeitos. São Paulo: IMAM,
1997.
PALADY, P. FMEA: Análise dos Modos de Falha e Efeitos. São Paulo: IMAN,
2002.
WARREN. FMEA: Failure Mode, Effetcs and Analysis. CIDADE, USA: EDITORA,
2002.
Página49