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Medida CHEQUE- FORMAÇÃO

Projeto n.º 00487/CF/21

CHQF - Ética e deontologia profissional no


trabalho com crianças e jovens
FORMADORA MIRIAM MARQUES
JUNHO 2022

MINISTÉRIO DA SOLIDARIEDADE,
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EMPREGO E SEGURANÇA SOCIAL Fundo Social Europeu
Apresentação Grupal

• Dinâmica quebra-gelo para apresentação de grupos

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SUMÁRIO

 Reconhecer as exigências éticas associadas à sua atividade profissional

 Identificar os fatores deontológicos associados à sua atividade profissional

 Reconhecer as suas a próprias funções e competências

 Reconhecer as exigências éticas e deontológicas em relação aos seus colegas de trabalho, à


própria organização e público externo

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 Regulação comportamental em sociedade

- Atividade de Reflexão/Brainstorming

“Regulação comportamental em sociedade”

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 Regulação comportamental em sociedade

A subsistência e sustentabilidade de qualquer sociedade assenta na existência de normas, que

têm como função assegurar:

- Integração e coesão social

- Estabilidade

- Atribuição de papéis e de identidade socialmente reconhecida

 Estas estabeleçam pontes entre os indivíduos e regulam os seus comportamentos quando

estes se relacionam, nos mais variados papéis e domínios de ação (social, familiar,

profissional, etc.)

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• Regulação comportamental em sociedade

O ser humano necessita de criar regras uma vez que estas lhe permitem previsibilidade à sua
conduta :

• Agir e interagir;

• Discernir o certo do errado;

• Distinguir o permitido do proibido.

Estes padrões culturais, ou de conduta, socialmente criados, são vinculativos para os membros do
grupo. A sociedade pode desenvolver-se, num contexto de ordem e estabilidade, permitindo ao Homem
construir projetos de vida.

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• Regulação comportamental em sociedade
Porque não devemos…

Possíveis respostas:

• Para não sermos punidos

• Para receber louvores e elogios

• Para sermos felizes

• Para sermos dignificados

• Para nos ajustarmos à sociedade

• etc

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 Regulação comportamental em sociedade

- Na nossa sociedade, os principais modos de regulação dos comportamentos, ou seja, formas de


delimitar as ações dos indivíduos, são:

Ética Moral
Direito

Deontologia
Valores
Costumes

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Conceito de Moral
Deriva de “Mos, mores”, o que significa costumes, posteriormente caracter ou modo de ser

Conjunto de: - Sociedade (ex. Código


• regras
civil)
• valores
IMPOSTAS
• proibições - Religião
• crenças - Política
• tabus
• normas
• princípios Regulam a conduta humana

Nasce com a existência do Homem


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Conceito de Moral

A esfera moral lida, sobretudo, com juízos de valor e comporta que se experienciem sentimentos face às
condutas adotadas, que formam o conteúdo da Consciência Moral (sentimento do dever cumprido, pesar e/ou
remorso pelo dever violado).

Responde: “O que devemos fazer?”

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Conceito de Ética
Deriva de “Étimos” – que significa hábitos e costumes
Deriva também de “Eros” – que significa de modo de ser ou caracter

- Recorre à sua individualidade, depende do sujeito

- Os meios para alcançar e o fim a que deve dirigir a conduta humana

- Comprovar porque algo é bom ou mau , justo ou injusto, bem ou mal

- Delimitam as ações dos seres humanos , sob a forma de atitudes e de comportamentos quotidianos

- Normativa, trata da retidão do comportamento humano

- Reflexão crítica sobre a moral

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Conceito de Ética

- O indivíduo vai adquirindo ao longo da vida, uma pessoa ou um determinado grupo;

- Análise e reflexão das regras morais;

- Recorre aos princípios morais.

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Conceito de Ética
RESUMINDO…

- Kant, (1988), define a ética como uma reflexão teórica sobre a moral e uma revisão racional e crítica sobre a
validade da conduta humana. Por isso, a ética é uma justificação racional da moral, e remete-nos a ideias ou
valores que procedem a partir da própria deliberação do homem.

Favorece a reflexão, cultiva a responsabilidade e a autonomia no indivíduo;


— É aplicada através do julgamento individual, sendo a motivação para a ação o compromisso pessoal para com os
outros em respeitar os valores partilhados e a responsabilidade.

Ou seja, responde: “Porque devemos fazer? Que argumentos corrobam ou sustentam o que estamos aceitar como
guia de conduta?”
” MINISTÉRIO DA SOLIDARIEDADE,
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Dilemas éticos
 
 Podem ser definidos como situações em que uma pessoa precisa escolher entre duas ou mais alternativas com um
término indesejável independentemente da escolha

 Confronta os valores, princípios, normas do sujeito

 Podem causar uma perturbação elevada, que é difícil decidir que factos e dados são necessários na tomada de
decisão

 Os resultados do problema precisam afetar mais do que a situação imediata; deve haver efeitos de longo alcance

 Situação em que há um conflito entre os diferentes valores da pessoa e as opções de ação disponíveis. 

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Exemplo de um dilema ético – Dilema de Heynz

Numa cidade da Europa, uma mulher estava a morrer de cancro.


Um medicamento descoberto recentemente por um farmacêutico dessa cidade podia salvar-lhe a vida. A
descoberta desse medicamento tinha-lhe custado muito dinheiro, que agora pedia dez vezes mais por uma pequena
dose desse medicamento.
Heynz, o marido da mulher que estava a morrer, foi ter com as pessoas, suas conhecidas, para que lhe emprestassem
o dinheiro solicitado por este, ao qual elas responderam que não poderiam ajudar.
Heynz sem saber o que fazer, pediu ao farmacêutico para o deixar levar o medicamento, pagando mais tarde ou
pagando em prestações. Suplicou para puder salvar a vida da sua esposa.
O farmacêutico respondeu que não, que tinha descoberto o medicamento e que queria ganhar dinheiro com a
sua descoberta.
Heynz, que tinha feito tudo ao seu alcance para comprar o medicamento, ficou desesperado e assaltou a farmácia e
roubar o medicamento para tratar a sua mulher.
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Exemplo de um dilema ético – Dilema de Heynz – Discussão e reflexão
- Heynz devia roubar o medicamento? Porquê? Ou por que não?

- Se Heynz não amasse a sua mulher, devia roubar o medicamento? Porquê? Ou por que não?

- Suponha que a pessoa doente não é a sua mulher, mas uma estranha. Henrique devia roubar o medicamento?

- No caso de ser a favor do roubo para a pessoa estranha: suponha que se trata de um animal de estimação. Henrique
devia roubar para o salvar? Porquê? Ou por que não?
 
- É importante para as pessoas fazerem tudo o que podem para salvar a vida de outrem? Porquê? Ou por que não

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Exemplo de um dilema ético – Dilema do comboio

Um comboio encontra-se numa linha e está fora de controle. Se continuar no seu curso e não for desviado, ele
passará por cima de cinco pessoas que foram amarradas à linha.
Temos a oportunidade de desviá-lo para outra pista, simplesmente puxando uma alavanca. No entanto, se o
fizermos, o comboio vai matar um homem que por acaso está parado nesta outra pista.

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Exemplo de um dilema ético – Dilema do comboio –
Discussão e reflexão
- O que faria?

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Dilema ético profissional experienciado pelos formandos
Discussão e reflexão

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Refletir sobre dilemas éticos – guia orientador

• O sujeito pode identificar o problema mas precisa fazê-lo com precisão

• O sujeito pode expressar todas as emoções análogas à sua dúvida. Pode escutar todas as suas
emoções, conhecendo a dimensão emocional envolvido ao problema.

• A pessoa pode analisar as opções, verificando quais são as suas alternativas.

•  A primeira coisa a fazer quando se depara com um dilema ético é determinar se a situação realmente
requer uma decisão que contraria os próprios valores.

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Refletir sobre dilemas éticos – guia orientador

O Que devo escolher?

 
Há uma hierarquia de valores?

 
Que espécie de homem devo ser?

O que devo querer?

 
O que devo Fazer?

(Hermano, 1993)

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O sujeito ético – Refletir sobre dilemas éticos
• A consciência moral manifesta-se na capacidade para deliberar diante de alternativas possíveis, decidindo e escolhendo

uma delas antes de alcançar a ação.

• A consciência tem a capacidade de avaliar e pesar as motivações pessoais, as exigências feitas pela situação, as

consequências para si e para os outros, a conformidade entre meios e fins, a obrigação de respeitar o estabelecimento ou

transgredi-lo.

Clotet (2003)

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O sujeito ético – Refletir sobre dilemas éticos
O principal constituinte da exigência ética é o sujeito moral. O sujeito ético só pode existir se preencher as seguintes

condições de acordo com Fortes (1995):

• Ser consciente de si e dos outros: deve ser capaz de reconhecer a existência dos outros como sujeitos iguais a si

• Ser dotado de vontade: isto é, deve ter a capacidade para controlar e orientar desejos, impulsos, tendências, sentimentos

e capacidade para deliberar e decidir entre várias alternativas possíveis;

• Ser responsável: isto é, deve ser capaz de reconhecer-se como autor da ação, avaliar os efeitos e as consequências dela

sobre si e sobre os outros, assumindo-as bem como às suas consequências, respondendo por elas;

• Ser livre: isto é, deve ser capaz de oferecer-se como causa interna de seus sentimentos, atitudes e ações, por não estar

submetido a poderes externos. A liberdade não é tanto o poder para escolher entre vários possíveis, mas o poder para

autodeterminar-se, dando a si mesmo as regras de conduta.


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O sujeito ético – Refletir sobre dilemas éticos

Princípios que servem como regras gerais para orientar a tomada de decisão frente aos problemas éticos e para ordenar os
argumentos nas discussões de caso:

Exige-se a responsabilidade nos deveres do ser humano para com o outro e todos para com a humanidade

Promoção da justiça e da equidade;


Respeito à dignidade humana;
Promoção do bem-estar dos indivíduos e da população em geral
Respeito e estímulo à autonomia dos indivíduo (Silva, 1997).

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• E se for um dilema ético profissional?

- De forma a refletir sobre esta questão iremos seguidamente abordar vários conceitos gerais pertinentes e,
ainda relativamente à vossa profissão.

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Ética profissional

. Profissão é, acima de tudo, um dever social. Portanto, o profissional deve ter


consciência do impacto positivo ou negativo que a sua atuação pode trazer para a
sociedade no geral

• Conjunto de normas morais pelas quais o indivíduo deve orientar o seu comportamento profissional.

• A ética profissional tem como princípios a imparcialidade, a empatia, a compreensão, a benevolência, a seriedade,
o sigilo, o rigor, o zelo, a diplomacia entre outras virtudes éticas, com o fim de benefício do paciente/cliente, da
entidade empregadora, dos colegas de trabalho e a sociedade em geral.

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Deontologia
Deontologia, deriva do grego “deon ou deontos” que significa dever e “logos”, que se traduz por discurso ou tratado.

OBJETIVO

Reger os comportamentos dos membros de uma profissão, através de um conjunto de deveres, princípios e
normas, para alcançar a excelência no trabalho, tendo em vista:

— O reconhecimento pelos pares;


— Garantir a confiança do público;
— Proteger a reputação da profissão.

É uma disciplina da ética especialmente adaptada ao exercício de uma profissão.

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Deontologia

Resumindo…

Conjunto de princípios e regras de conduta ou deveres de uma determinada profissão, ou seja, cada
profissional deve ter a sua deontologia própria para regular o exercício da profissão, e de acordo com o
Código de Ética e Ética Profissional de sua categoria.

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Código de ética e Ética profissional

Instrumento criado para orientar


Facilitam a Conjunto de Normas morais
o desempenho das organizações
DEONTOLO
ação do em suas ações e na interação pelos quais o indivíduo deve
GIA
profissional em com o público-alvo.
orientar o seu comportamento
situações de Estabelece e articula:
dilemas éticos, Valores, profissional.
sob linhas de Responsabilidades,
atuação. obrigações,
desafios éticos, PROFISSÃO
forma como atuar;
e serve de guia à conduta
profissional.

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O QUE É A APEI?

Brainstorming

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O QUE É A APEI?

  É constituída por
É uma Associação profissionais e por
Nacional de pessoas motivadas e
Profissionais de interessadas em
Educação de Infância conhecer a
e foi criada em 1981, Educação de
por iniciativa de um Infância (0 a 6 anos
grupo de educadores. de idade).

APEI (2011).

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O QUE É A APEI?

Objetivos:

 Promover o desenvolvimento da identidade profissional dos seus associados numa vertente ética;
 Promover a informação e formação contínua dos Associados;
 Estimular a inovação e divulgação nas práticas educativas e a investigação;
 Desenvolver ações conjuntas com associações similares que exerçam atividades no campo da educação;
 Defender os interesses dos associados, no âmbito da sua atividade profissional.

APEI (2011).

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“ O objetivo último de uma associação deste tipo é constituir-se como um espaço de identidade
profissional(…). Ora, para se afirmar como uma referência identitária, tem que trabalhar,
simultaneamente na consolidação de um saber próprio (…) e na elaboração de normas de
conduta profissional (…) A APEI tem de se assumir como um espaço de referência e de debate
assegurando as ruturas e as continuidades necessárias à evolução(…).

António Nóvoa (CEI N.º 16)

O QUE É A APEI?

APEI (2011).

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APEI – Associação de Profissionais de Infância

• A APEI, estimulada pela reflexão filosófica no domínio da ética, concretamente da ética responsabilidade, da
comunicação e do encontro com o rosto do outro, elaborou como referência deontológica:

Carta de
Princípios

SUBJACENTE
,

• Declaração dos Direitos Humanos


• Declaração dos Direitos da Criança e
• Declarações que visam o reconhecimento de minorias
APEI (2011).

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APEI - Princípios de referência ética

1. A Competência - enquanto saber integrado, cientificamente suportado e em permanente reconstrução.

2. A Responsabilidade - enquanto atitude dinâmica que permite dar resposta correta, no sentido do bem do outro, e que
exige uma mobilização pessoal atenta e solícita.

3. A Integridade - enquanto conjunto de atributos pessoais que se revelam numa conduta honesta, justa e coerente.

4. O Respeito - enquanto exigência subjetiva de reconhecer, defender e promover a intrínseca e inalienável dignidade da
pessoa.

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APEI

- Qual a sua importância?


- Porque é relevante esta carta de Princípios?

Atividade Brainstorming

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APEI e a sua importância

• Afirmar a profissão, enquanto prática reflexiva, numa perspetiva ética

• Contribuir para uma cultura de responsabilidade a partir do interior do próprio grupo profissional

• Estimula os profissionais a tomar consciência das situações mais ou menos complexas com que se deparam, a
avaliar e ponderar o que está em jogo, para poderem decidir e agir de modo adequado, justo e correto, o que
significa uma procura ativa dos valores que estão na génese dos critérios que sustentam este processo.

• Constituir um instrumento que propicie a interrogação crítica das práticas, tendo em vista o bem do outro e o
bem comum

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APEI e a sua importância

• Consciencializar os profissionais de que o poder que detêm e o seu modo de agir, influencia, transforma e tem
consequências naqueles que os encontram no decurso do exercício da sua prática

• Propiciar a cada profissional, em função do seu próprio contexto, um reequacionamento permanente e pessoal
dos princípios nela enunciados, de modo a ampliá-los e a situar a respetiva exigência.

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APEI – Os profissionais comprometem-se a mobilizar a procura de sentido ético,
no seu agir pessoal e profissional e de modo específico nos seguintes 5 domínios:

No Compromisso com:

1. - Crianças
2. - Famílias
3. e 4. - Comunidade e Sociedade
5. - Entidade empregadora
6. - Equipa de trabalho

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1 - Compromisso com crianças –
Deveres do profissional de infância
 Respeitar toda a criança, independentemente da sua religião, género, etnia, cultura, estrato social ou com NEE,
incluindo-a e promovendo e divulgando os seus direitos consignados na Convenção Internacional.

 Encarar as suas funções educativas de modo amplo e integrado, na atenção à criança na sua globalidade e
inserida no seu contexto.

 Responder com qualidade às necessidades educativas das crianças, promovendo para isso todas as condições que
estiverem ao seu alcance.

 Considerar com o maior cuidado os diagnósticos e prognósticos da situação e futuro de cada criança, sabendo que
fazem parte da interação que se estabelece.

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1 - Compromisso com crianças –
Deveres do profissional de infância

 Cuidar na relação educativa a gestão da “aproximação” e da “distância”, do respeito pela individualidade,


sentimentos e potencialidades de cada criança utilizando o seu poder no sentido da autonomia de cada uma.

 Promover a aprendizagem e a socialização numa vida de grupo cooperada, estimulante, lúdica, aberta à comunidade.

 Respeitar a privacidade de cada criança e garantir o sigilo profissional.

 Conhecer as leis de proteção às crianças e estar atento(a) a casos de abuso físico ou psicológico, alertando os agentes
competentes, quando necessário.

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2 - Compromisso com famílias –
Deveres do profissional de infância

 Respeitar a família das crianças e a sua estrutura, valorizando a competência educativa das mesmas e
colaborando de modo a que as crianças sintam que a família e a instituição estão ligadas no processo educativo

 Promover a participação e acolher os contributos das famílias, aceitando-as como parceiras

 Manter sigilo relativamente às informações sobre a família (salvo exceções que ponham em risco a integridade da
criança)

 Fornecer às famílias informações sobre a instituição, sobre o seu projeto educativo e ainda sobre o
desenvolvimento concreto do mesmo. Informá-las acerca do dia-a-dia da criança e sobre eventuais situações
excecionais

 Disponibilizar-se para dar apoio

 Nunca utilizar as famílias para atingir interesses pessoais

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3 e 4 - Compromisso com a comunidade e sociedade –
Deveres do profissional de infância

 Conhecer e respeitar as tradições e costumes da comunidade onde a instituição está inserida

 Estabelecer relações de cooperação com as diferentes entidades socioeducativas da comunidade

 Assumir a sua condição de cidadã(o), agindo de modo informado, responsável e coerente com o seu estatuto de
profissional

 Situar-se nas políticas públicas educativas, contribuindo para uma educação de qualidade e para a promoção de
práticas de equidade social

 Implicar-se na valorização da função social e cultural dos profissionais de Infância e na construção das condições
estruturais que mais a dignifiquem

 Reequacionar a sua ação de acordo com os desafios emergentes, perspetivando-os na ecologia da infância.

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5 - Compromisso com a entidade empregadora –
Deveres do profissional de infância

 Participar na construção da própria organização social em que está inserido(a)

 Colaborar com a entidade empregadora na prossecução da qualidade do serviço, do bem-estar da criança e do


respeito pelas leis

 Cumprir com responsabilidade as funções que lhe estão atribuídas

 Respeitar as normas e regulamentos

 Contribuir para o bom- nome e credibilidade da instituição

 Tornar claro quando fala em nome do empregador ou no seu próprio nome

 Colaborar com a entidade empregadora, fazendo apelo ao diálogo franco e à razoabilidade, não pactuando com
situações ilegais ou que não se coadunem com a garantia dos interesses das crianças ou com as exigências éticas.

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6 - Compromisso com a equipa –
Deveres do profissional de infância

 Respeitar os colegas de profissão e colaborar com todos os intervenientes na equipa educativa não discriminando
qualquer colega

 Ser solidário com os seus colegas de trabalho nas decisões tomadas em conjunto e nas situações difíceis

 Partilhar informações relevantes no seio da equipa dentro dos limites da confidencialidade

 No caso de desvios graves na prática de colegas, alertar as pessoas implicadas, tendo sempre o cuidado de o fazer
de forma sensível, colocando o interesse das crianças acima dos interesses individuais

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Como proceder para garantir a eficácia destes compromissos?

Como respeitar estes compromissos?

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Como proceder para garantir a eficácia destes
compromissos?
 - Procurar uma atitude interior que tenha em conta valores claramente assumidos e uma conduta que reúna
atenção, respeito e confiança nos outros.

 - Cuidar do seu bem-estar físico e psicológico, bem como no seu modo de comunicar.

 - Assumir a sua profissão procurando uma articulação dialógica entre o eu pessoal e o eu profissional.

 - Cuidar da sua formação contínua e fazer investigação pertinente, mantendo-se atualizado com especial
incidência na área da pedagogia.

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Como proceder para garantir a eficácia destes
compromissos?
 Trabalhar em equipa, promovendo uma relação de confiança, cooperação e uma prática reflexiva.

 Ter consciência de que o profissional de infância é uma referência dentro e fora da instituição em que trabalha,
assumindo essa realidade.

 Aceitar os seus limites e dificuldades, procurando formas de os ultrapassar e decidir afastar-se (temporária ou
definitivamente) quando não possuir as capacidades físicas e psicológicas para responder com qualidade às
exigências da sua profissão.

Dinâmica do balão

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Questões de ética Profissional - Sigilo

A instituição, bem como os profissionais têm de honrar a confiança que a criança/ jovem (cuidadores) nela deposita:

 Nunca se deve falar sobre uma criança ou jovem à frente de outras crianças ou jovens, familiares ou visitantes

 Devem existir espaços próprios para colaboradores e técnicos debaterem os problemas dos residentes;

 Os processos das crianças ou jovens devem estar guardados num local próprio e de acesso restrito;

 A informação em suporte informático deve estar protegida com passwords;

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Questões de ética Profissional - Sigilo

 Os colaboradores e técnicos devem ter acesso apenas à informação estritamente necessária para fazerem o seu

trabalho;

 Quando um colaborador terminar a consulta de qualquer documento, deve repô-lo imediatamente no seu lugar

reservado;

 A informação sobre a vida da criança ou jovem antes de chegar à instituição deve ser reservada, dando-se a

conhecer aos colaboradores apenas os dados que possam exigir uma intervenção a qualquer momento (exemplo:

epilepsia, diabetes)

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Questões de ética Profissional –
Limites da Confidencialidade

 Por vezes é necessário quebrar a confidencialidade/sigilo, ou seja, pode ser preciso transmitir informação sobre

uma criança ou jovem sem ter a sua autorização expressa (ou dos cuidadores). Constitui uma exceção que só pode

acontecer se existirem exigências da salvaguarda da vida, ou da integridade física da criança ou jovem.

 Nestas situações é importante informarmos a criança ou jovem de que a informação que nos foi veiculada será

transmitida a terceiros para sua (ou de outros) proteção.

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Questões de ética Profissional –
Comunicação profissional eficaz

Reuniões de equipa

Sessões de feedback individuais;

Proceder a todas as informações pertinentes

Comunicação sobre a identificação de problemas/sucessos

Colaboração em tarefas interdisciplinares

Comunicação não verbal adequada

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Questões de ética Profissional –
Comunicação profissional eficaz

Clarificar e simplificar, tentar solucionar conflitos, não criar mais. 


Saiba onde e sobre o que se comunicar
Desenvolva as suas habilidades de colaboração
Converse frente a frente, quando possível
Cuidado com a sua linguagem corporal e tom de voz
Atenha-se a fatos, não histórias
Certifique-se de estar conversando com a pessoa certa

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Questões de ética Profissional –
Comunicação

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Questões de ética Profissional –
Comunicação

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Dinâmica – Comunicação – Rumor/Distorção

“Não posso esperar, vou entregar o meu relatório do acidente

á polícia. Tenho de chegar o mais depressa possível ao hospital. O camião de

entregas, que ia para sul, estava a virar para a direita no cruzamento quando um

carro desportivo, que ia para norte, virou para a esquerda. Quando verificaram que

iam um contra o outro, ambos buzinaram, porém continuaram a dar a volta sem

parar. De facto o carro até parecia ter acelerado antes do choque.”

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Perfil do/a Técnico/a de Ação Educativa (segundo
ANQEP)
Descrição geral

 Cuidar, apoiar, vigiar e acompanhar crianças e jovens sob a orientação de outros profissionais, apoiando o planeamento,

 Organização e execução de atividades do quotidiano, de tempos livres e ou pedagógicas, contribuindo para o desenvolvimento
integral e bem-estar das crianças e jovens, no respeito pelos princípios de segurança e deontologia profissional. 

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Perfil do/a Técnico/a de Ação Educativa (segundo
ANQEP)
Funções

 Colaborar na planificação, organização e execução de atividades a desenvolver com as crianças e jovens 
em diferentes contextos de atuação.

 Colaborar com o/a responsável pelas atividades lúdico
pedagógicas no seu planeamento e organização, em função das temáticas e dos conteúdos a desenvolver.

 Vigiar, acompanhar e apoiar crianças e jovens, no desenvolvimento das atividades previstas, 
garantindo e promovendo a sua segurança em todos os momentos.

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Perfil do/a Técnico/a de Ação Educativa (segundo
ANQEP)
 Acompanhar e apoiar crianças e jovens no desenvolvimento das atividades de higiene pessoal.

 Organizar refeições, bem como acompanhar e apoiar as crianças e jovens durante o período de refeições.

 Assegurar as condições de higiene, segurança e organização do local onde as crianças e jovens se encontram, bem
como dos equipamentos e materiais utilizados.

 Detetar e reportar superiormente eventuais problemas de saúde e de desenvolvimento ou outros respeitantes às roti
nas diárias das crianças e jovens.

 Registar e reportar superiormente ocorrências.
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Perfil do/a Técnico/a de Ação Educativa (segundo
ANQEP)
 Acompanhar e apoiar crianças e jovens no desenvolvimento das atividades de higiene pessoal.

 Organizar refeições, bem como acompanhar e apoiar as crianças e jovens durante o período de refeições.

 Assegurar as condições de higiene, segurança e organização do local onde as crianças e jovens se encontram, bem
como dos equipamentos e materiais utilizados.

 Detetar e reportar superiormente eventuais problemas de saúde e de desenvolvimento ou outros respeitantes às roti
nas diárias das crianças e jovens.

 Registar e reportar superiormente ocorrências.
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Perfil do/a Técnico/a de Ação Educativa (segundo
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 “Dinâmica das cadeiras”

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Convenção do Direitos da Criança

 É um dos documentos mais importantes sobre os Direitos das Crianças


 Aprovada em 1989 por a ONU, ratificada por Portugal em 1990

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Convenção do Direitos da Criança

Baseia-se em quatro princípios:

· A não discriminação, que significa que todos os direitos se aplicam a todas as crianças sem exceção e sem qualquer

tipo de discriminação (por exemplo, relativamente ao sexo, género, cor, etnia, religião, língua ou situação

económica).

· O superior interesse da criança, que remete para o facto de todas as decisões que digam respeito à vida da criança

deverem sempre ter em conta aquilo que for o melhor para ela.

· A sobrevivência e desenvolvimento, que sublinha a importância da garantia de acesso aos serviços básicos e à

igualdade de oportunidades para que a criança possa desenvolver-se plenamente.

· A opinião da criança, que defende que a voz da criança deve ser ouvida e tida em consideração, especialmente nos
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Convenção do Direitos da Criança

Os 31 direitos da criança estão organizados em quatro categorias:

 Os direitos de sobrevivência

 Os direitos de desenvolvimento

 Os direitos de proteção

 Os direitos de participação

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Convenção do Direitos da Criança

 Os direitos de sobrevivência estão associados à prestação de cuidados básicos. Considera-se a satisfação de todas

as necessidades biológicas e primárias essenciais ao desenvolvimento, tais como a disponibilidade de comida,

alojamento e cuidados de saúde.

 Os direitos de desenvolvimento referem-se à disponibilidade e acessibilidade a determinados serviços, tal como a

educação. Enquadram-se, aqui, os direitos inerentes à satisfação das necessidades de desenvolvimento pessoal ao

nível cognitivo, emocional, social e cultural – ou seja, incluem-se as necessidades educacionais de mediação

cultural, da valorização da cultura e religião, as necessidades associadas ao brincar e, ainda, ao estabelecimento de

relações sociais.
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Convenção do Direitos da Criança

 Os direitos de proteção dizem respeito à proteção da criança contra qualquer forma de violência física,
psicológica ou sexual, bem como contra todos os tipos de exploração. Também envolve a satisfação de
necessidades associadas a vulnerabilidades específicas como, por exemplo, o direito da criança refugiada ter uma
proteção e ajuda especiais. Atribui-se particular atenção às questões relacionadas com abusos, tratamentos
negligentes, violência, tráfico e exploração sexual e de trabalho.

 Os direitos de participação são relativos ao direito de cada criança a envolver-se ativamente na vida em
sociedade. Envolve a satisfação de necessidades relacionadas com a possibilidade de exceder as competências
pessoais e de determinar as suas condições de vida.

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Convenção do Direitos da Criança
Os direitos de sobrevivência

· Artigo 6.º - Sobrevivência e desenvolvimento


Todas as crianças têm direito inerente à vida, e o estado tem obrigação de assegurar a sobrevivência e
desenvolvimento da criança.

· Artigo 23.º - Crianças com deficiência


A criança com deficiência tem direito a cuidados especiais, educação e formação adequados que lhe permitam ter
uma vida plena e decente, em condições de dignidade, e atingir o maior grau de autonomia e integração social
possível.

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Convenção do Direitos da Criança
Os direitos de sobrevivência
· Artigo 24.º - Saúde e serviços médicos
A criança tem direito a gozar do melhor estado de saúde possível e a beneficiar de serviços médicos. Os estados
devem dar especial atenção aos cuidados de saúde primários e às medidas de prevenção, à educação em termos de
saúde pública e à diminuição da mortalidade infantil. Neste sentido, os estados encorajam a cooperação internacional
e esforçam-se por assegurar que nenhuma criança seja privada do direito de acesso a serviços de saúde eficazes.

· Artigo 25.º - Revisão periódica da colocação


Quando a criança é separada da sua família e é colocada numa instituição para fins de assistência, proteção ou
tratamento, tem o direito de ver revista periodicamente essa colocação a fim de se salvaguardar o seu bem-estar.

· Artigo 26.º - Segurança social


A criança tem o direito de beneficiar da segurança social, incluindo prestações sociais.
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Convenção do Direitos da Criança
Os direitos de Desenvolvimento

· · Artigo 7.º - Nome e nacionalidade


A criança tem direito a um nome desde o nascimento. A criança tem também o direito de adquirir uma nacionalidade
e, na medida do possível, de conhecer os seus pais e de ser criada por eles.

· Artigo 9.º - Separação dos pais


A criança tem o direito de viver com os seus pais a menos que tal não seja considerado incompatível com o seu
interesse superior. A criança tem também o direito de manter contacto com ambos os pais se estiver separado de um
ou de ambos.

· Artigo 10.º - Reunificação da família


As crianças e os seus pais têm direito de deixar qualquer país e entrar no seu para fins de reunificação pu para a
manutenção das relações pais-filhos. MINISTÉRIO DA SOLIDARIEDADE,
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Convenção do Direitos da Criança
Os Direitos de Desenvolvimento
· Artigo 27.º - Nível de vida
A criança tem o direito a um nível de vida adequado ao seu desenvolvimento físico, mental, espiritual, moral e social.
Cabe aos pais a principal responsabilidade primordial de lhe assegurarem um nível de vida adequado. O estado tem o
dever de tomar medidas para que esta responsabilidade possa ser - e seja – assumida. A responsabilidade do estado
pode incluir uma ajuda material aos pais e aos filhos.

· Artigo 28.º - Educação


A criança tem direito á educação e o estado tem a obrigação de tornar o ensino primário obrigatório e gratuito,
encorajar a organização de diferentes sistemas de ensino secundário e tornar o ensino superior acessível a todos, em
função das capacidades de cada um. A disciplina deve respeitar os direitos e a dignidade da criança.
·

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Convenção do Direitos da Criança
Os Direitos de Desenvolvimento

Artigo 30.º - Crianças de minorias ou de populações indígenas


A criança pertence a uma população indígena ou a uma minoria tem o direito de ter a sua própria vida cultural,
praticar a sua religião e utilizar a sua própria língua.

· Artigo 31.º - Lazer, atividades recreativas e culturais


A criança tem direito ao repouso, a tempos livres e a participar em atividades culturais e artísticas.

· Artigo 42.º - Direito a conhecer os direitos


Os estados comprometem-se a tornar amplamente conhecidos, por meios ativos e adequados, os princípios e as
disposições da presente convenção, tanto pelos adultos como pelas crianças.

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Convenção do Direitos da Criança
Os Direitos de Proteção

Artigo 11.º - Deslocações e retenções ilíricas


O estado tem a obrigação de combater as deslocações e retenções ilíricas de crianças no estrangeiro levadas a cabo
por um dos pais ou por terceiros.

· Artigo 19.º - Proteção contra maus-tratos e negligências


O estado deve proteger a criança contra todas as formas de maus-tratos por parte dos dois ou de outros responsáveis
pelas crianças e estabelecer programas sociais para a prevenção dos abusos e para tratar das vítimas.

· Artigo 20.º - Proteção da criança privada de ambiente familiar


O estado tem a obrigação de assegurar proteção especial à criança privada do seu ambiente familiar e de zelar para
que possa beneficiar de cuidados alternativos adequados ou colocação em instituições apropriadas. Todas as medidas
relativas a esta obrigação deverão ter devidamente em conta a origem cultural da criança.
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Convenção do Direitos da Criança
Os Direitos de Proteção

· Artigo 21.º - Adoção


Em países em que a adoção e reconhecida ou permitida só poderá ser levada a cabo no interesse superior da criança e
quando estiverem reunidas todas as autorizações necessárias por parte das autoridades, bem como todas as garantias
necessárias.

· Artigo 22.º - Crianças refugiadas


Deve ser dada proteção especial à criança refugiada ou que procure obter o estatuto de refugiada. O estado tem a
obrigação de colaborar com as organizações competentes que asseguram esta proteção.

· Artigo 32.º - Trabalho das crianças


A criança tem o direito de ser protegida contra qualquer trabalho que ponha em perigo a sua saúde, a sua educação ou
o seu desenvolvimento. O estado deve fixar idades mínimas de admissão no emprego e regulamentar as condições de
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Os Direitos de Proteção

Artigo 33.º - Consumo e tráfico de drogas


A criança tem o direito de ser protegida contra o consumo de estupefacientes e de substâncias psicotrópicas, e contra
a sua utilização na produção e tráfico de tais substâncias.

· Artigo 34.º - Exploração sexual


O estado deve proteger a criança contra a violência e a exploração sexual, nomeadamente contra a prostituição e a
participação em qualquer produção de carácter pornográfico.

· Artigo 35.º - Venda, tráfico e rapto


O estudo tem a obrigação de tudo fazer para impedir o rapto, a venda ou o tráfico de crianças.
·
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Os Direitos de Proteção

Artigo 37.º - Tortura e privação de liberdade


Nenhuma criança deve ser submetida à tortura, a penas ou tratamentos cruéis, à prisão ou detenção ilegais. A pena de
morte e a prisão perpétua sem possibilidade de libertação são interditas para infrações cometidas por pessoas menores
de 18 anos. A criança privada de liberdade deve ser separada dos adultos, a menos que, no superior interesse da
criança, tal não pareça aconselhável. A criança privada de liberdade tem o direito de beneficiar de assistência jurídica
ou qualquer outro tipo de assistência adequada, e o direito de manter contacto com a sua família.

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Os Direitos de Proteção

Artigo 38.º - Conflitos armados


Os estados tomam todas as medidas possíveis na prática para que nenhuma criança com menos de 15 anos participe
diretamente nas hostilidades. Nenhuma criança com menos de 15 anos deve ser incorporada nos exércitos. Os estados
devem assegurar proteção e assistência às crianças afetadas por conflitos armados, nos termos das disposições
previstas pelo direito internacional nesta matéria.

· Artigo 40.º - Administração da justiça a crianças


A criança suspeita, acusada ou reconhecida como culpada de ter cometido um delito tem o direito a um tratamento
que favoreça o seu sentido de dignidade e valor pessoal, que tenha em conta a sua idade que vise a sua reintegração
na sociedade. A criança tem direito a garantias fundamentais, bem como a uma assistência jurídica ou outra adequada
à sua defesa. Os procedimentos judiciais e a colocação em instituições devem ser evitadas sempre que possível.

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Os Direitos de Participação

Artigo 12.º - Opinião da criança


A criança tem o direito de exprimir livremente a sua opinião sobre questões que lhe digam respeito e de ver essa
opinião tomada em consideração.

· Artigo 13.º - Liberdade de expressão


A criança tem o direito de exprimir os seus pontos de vista, obter informações, dar a conhecer ideias e informações,
sem considerações de fronteiras.

· Artigo 14.º - Liberdade de pensamento, consciência e religião


O estado respeita o direito da criança à liberdade de pensamento, consciência e religião, no respeito pelo papel de
orientação dos pais.

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Os Direitos de Participação

Artigo 15.º - Liberdade de associação


As crianças têm o direito de se reunirem e de aderirem ou formarem associações.

· Artigo 16.º - Proteção da vida privada


A criança tem direito de ser protegida contra intromissões na sua vida privada, na sua família, residência e
correspondência, e contra ofensas ilegais à sua honra e reputação.

· Artigo 17.º - Acesso a informação apropriada


O estado deve garantir à criança o acesso a informação e a materiais provenientes de fontes diversas e encorajar os
media a difundir informação que seja de interesse social e cultural para a criança. O estado deve tomar medidas para
proteger a criança contra materiais prejudiciais ao seu bem-estar.

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Convenção do Direitos da Criança

Componente prática:

Kit pedagógico “Direitos em jogo”

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Tal como já referimos,

Um profissional de Saúde Infantil deve…

Conhecer as leis de proteção às crianças e estar atento(a) a casos de abuso físico ou psicológico, alertando os

agentes competentes, quando necessário.

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Além das leis…

Para se intervir no âmbito da proteção das crianças é necessário saber :

• Distinguir os conceitos de “risco” e “perigo”


• As suas necessidades e as consequências das mesmas
• O que são maus tratos/negligência e as diferentes formas de ocorrerem
• Saber identificar identificadores de maus tratos / negligência

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Lei de Proteção de Crianças e Jovens em Perigo (Lei n.º 147/99)

Primeiramente… É pertinente distinguir os conceitos de “Risco” e “Perigo”


RISCO PERIGO

Situação de vulnerabilidade tal que, se não for superada, Probabilidade séria de dano da segurança, saúde,
pode vir a determinar futuro perigo ou dano para a formação, educação e desenvolvimento integral da
segurança, saúde, formação, educação ou criança, ou já a ocorrência desse dano
desenvolvimento integral da criança/jovem

Ex.: “A Maria tem 13 anos e está grávida de 8 meses. Vai periodicamente Ex.: “A Maria tem 13 anos e está grávida de 8 meses. Os seus pais,
às consultas acompanhada pelos seus pais que não dispõem de grandes quando tomaram conhecimento da situação da Maria agrediram-na e
recursos económicos mas apresentam bons recursos afetivos. Frequenta a eXpulsaram-na de casa. A Maria não tem mais familiares a quem
escola até à data com aproveitamento. A partir do momento do recorrer, tendo sido encontrada pela polícia a dormir no banco de uma
nascimento da criança, passará a ser difícil a conciliação dos horários, estação de comboios.”
bem como se observará a um acréscimo de despesas difíceis de suportar
para os pais. A família mora numa casa apenas com duas assoalhadas.”

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Lei de Proteção de Crianças e Jovens em Perigo (147/99)

 Esta lei aplica-se quando o “representante legal, pais ou guarda de facto, ponham em perigo (…) a criança ou o
jovem, (…) resulte da ação ou omissão de terceiros ou da própria criança ou do jovem (…).” Artigo 3º-1

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Lei de Proteção de Crianças e Jovens em Perigo (147/99)

A lei refere uma consciência social a todos os cidadãos que detetem uma situação de maus tratos ou outras situações
de perigo para uma criança, têm o dever de lhe prestar auxílio imediato e/ou a comunicar o facto às entidades
competentes de primeira linha ou às Comissões de Proteção de Crianças e Jovens.
 

Esta obrigação genérica converte−se em específica quando se refere ao dever dos


profissionais das entidades com competência em matéria de infância e juventude.

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Lei de Proteção de Crianças e Jovens em Perigo (147/99)

 Está abandonada ou vive entregue a si própria;

 Sofre maus tratos físicos ou psíquicos ou é vítima de abusos sexuais;

 Não recebe os cuidados ou a afeição adequamos à sua idade e situação pessoal;

 Está ao cuidado de terceiros, durante período de tempo em que se observou o estabelecimento com estes de forte
relação de vinculação e em simultâneo com o não exercício pelos pais das suas funções parentais;

 É obrigada a atividades ou trabalhos excessivos ou inadequados à sua idade, dignidade e


situação pessoal ou prejudiciais à sua formação de desenvolvimento;
 Está sujeita, de forma direta ou indireta, a comportamentos que afetem gravemente a sua
segurança ou o seu equilíbrio emocional;
 Assume comportamentos ou se entrega a atividades ou consumos que afetem gravemente
a sua saúde, segurança, formação, educação ou desenvolvimento sem que os pais, o
representante legal ou quem tenha a guarda de facto se lhes oponham de modo adequado
a remover essa situação. MINISTÉRIO DA SOLIDARIEDADE,
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Fundo Social Europeu
Necessidades da Criança

 
  ALIMENTAÇÃO
  VESTUÁRIO
NECESSIDADES FÍSICO - BIOLÓGICAS
HIGIENE
SONO
ACTIVIDADE FÍSICA
PROTECÇÃO DE RISCOS REAIS
SAÚDE

Garantir a subsistência e um desenvolvimento físico saudável

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Necessidades da Criança

 
  ESTIMULAÇÃO SENSORIAL
 
ESTIMULAÇÃO FÍSICA E SOCIALIZAÇÃO
NECESSIDADES COGNITIVAS
COMPREENSÃO DA REALIDADE FÍSICA
E SOCIAL

Incluem a estimulação sensorial e física e a compreensão da realidade


Ex.: atenção e a concentração, a memória, o raciocínio, as capacidades linguísticas e o
desenvolvimento psicomotor.
Permiti o pleno desenvolvimento cognitivo da criança
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EMPREGO E SEGURANÇA SOCIAL Fundo Social Europeu
Necessidades da Criança

  Segurança emocional
  Expressão emocional
  Rede de relações sociais
NECESSIDADES SÓCIO-EMOCIONAIS Participação e autonomia
Sexualidade
Interação
Segurança emocional

Aquisição de estratégias de expressão de sentimentos e de interação com os outros.


Essenciais para o desenvolvimento do autoconceito, da autoestima e do autocontrolo.

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Definição de Mau Tratos e Negligência
Maus Tratos Negligência
ATOS OMISSÃO

Psicológicos Físicos Abuso Sexual Negligência

Rejeitar Ato físico  Contactos e interações entre a OMISSÃO


Ex.: Nega a reconhecer o valor e as suas necessidades ex.: bater, criança e o adulto:
Isolar esmurrar, com Das necessidades
Ex.: Fazê-la acreditar que está sozinha no mundo algum objeto - para se estimular a si próprio básicas da criança
Ignorar Danos físicos na - para estimular outra pessoa
Ex.: inacessível, não responde às necessidades de interação criança: - Penetração oral, vaginal, anal,
Aterrorizar ferimentos, objetos
Ex.: Intimida, assusta, agride verbalmente fraturas… - Carícias, …
Corrupção
Ex.: Leva a criança a adotar um comp. antissocial e - O AS também pode ser
destrutivo cometida por uma pessoa
menor de 18 anos
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EMPREGO E SEGURANÇA SOCIAL (Calheiros, 2006)
Fundo Social Europeu
Indicadores de Situações de Maus-Tratos ou Perigo dos 0 aos 6 anos

Indicadores Físicos

 Vai frequentemente para a creche/jardim de infância sem tomar o pequeno-almoço


 Vai frequentemente para a creche/jardim de infância sem levar nenhum alimento
 Pede frequentemente comida aos colegas.
 Usa sempre ou frequentemente a mesma rompa.
 Usa sempre ou frequentemente rompa inadequada.
 Apresenta−se sempre ou frequentemente com o cabelo sujo
 Apresenta sempre ou frequentemente odores desagradáveis
 Apresenta feridas com arranhões não explicáveis ou mal explicados pelos pais
 Apresenta sinais de mordeduras humanas

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EMPREGO E SEGURANÇA SOCIAL Fundo Social Europeu
Indicadores de Situações de Maus-Tratos ou Perigo dos 0 aos 6 anos

Indicadores Físicos

 Tem sinais de pancada no corpo.


 Apresenta queimaduras.
 Mostra−se sempre ou frequentemente cansada
 Chega sempre ou frequentemente cansada à escola.
 O sem rosto exprime sempre ou frequentemente tristeza.
 Apresenta um desenvolvimento físico inadequado.
 Adoece com muita frequência.
 Vai sempre ou frequentemente às creche/jardim quando está doente.

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Indicadores de Situações de Maus-Tratos ou Perigo dos 0 aos 6 anos

Indicadores Comportamentais

 Manifesta atitudes defensivas perante qualquer aproximação física.


 Mostra−se cauteloso no contacto físico com adultos ou com os pais.
 Tem sempre ou frequentemente uma atitude hipervigilante.
 Permanece sempre ou frequentemente muito tempo calado.
 É frequentemente pouco expressivo.
 Mostra−se sempre ou frequentemente muito inquieto.
 Chora sempre ou frequentemente nas aulas sem justificação.
 Mostra−se sempre ou frequentemente triste.

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Indicadores de Situações de Maus-Tratos ou Perigo dos 0 aos 6 anos

Indicadores Comportamentais

 Procura sempre ou frequentemente proteção nos profissionais.


 Mostra−se sempre ou frequentemente apreensivo quando vê outras crianças a chorar.
 Manifesta frequentemente pouca empatia com os sentimentos das outras pessoas.
 Não quer ir para casa.
 Tenta continuamente ser o centro das atenções
 Isola−se sempre ou frequentemente no recreio
 Os colegas não simpatizam com ele.

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Indicadores de Situações de Maus-Tratos ou Perigo dos 0 aos 6 anos

Indicadores Comportamentais

 Foge ou tenta frequentemente das jardim/creche/aulas.


 É sempre ou frequentemente agressivo com os colegas.
 Mostra−se sempre ou frequentemente passivo e retraído.
 Destrói frequentemente objetos.
 Tem problemas de enurese no jardim infantil tendo em conta a sua idade.
 Tem problemas de encoprese no jardim infantil tendo em conta a sua idade.

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Indicadores de Situações de Maus-Tratos ou Perigo dos 0 aos 6 anos

Indicadores Familiares

 Subestimam frequentemente os comportamentos perturbadores/problemáticos.


 Recusam-se a comentar os problemas do criança.
 Não dão nenhuma eXplicação aceitável para as situações sinalizadas pelas/os educadores/ajudantes.
 Não impõem limites ao comportamento da criança.
 São extremamente protetores da criança.
 Tratam os irmãos de forma desigual.
 Têm uma imagem negativa da criança.
 Não prestam atenção às umas necessidades.

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Indicadores de Situações de Maus-Tratos ou Perigo dos 0 aos 6 anos

Indicadores Familiares

 DeiXam-se frequentemente do comportamento do criança. São muito eXigentes com a criança


 Utilizam uma disciplina demasiado rígida e autoritária.
 Utilizam o castigo físico como método de disciplina.
 Culpam ou desprezam o criança.
 Não manifestam afeto em relação à criança.
 Não se preocupam com a educação do criança.
 Não se preocupam com a sua estimulação.
 Parecem não se preocupar com a criança.

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Indicadores de Situações de Maus-Tratos ou Perigo dos 0 aos 6 anos

Indicadores Familiares

 DeiXam-se frequentemente do comportamento do criança. São muito eXigentes com a criança


 Utilizam uma disciplina demasiado rígida e autoritária.
 Utilizam o castigo físico como método de disciplina.
 Culpam ou desprezam o criança.
 Não manifestam afeto em relação à criança.
 Não se preocupam com a educação do criança.
 Não se preocupam com a sua estimulação.
 Parecem não se preocupar com a criança.

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Mitos sobre os Maus tratos
Falsas crenças podem distorcer a perceção que se tem dos maus tratos infligidos às crianças e, consequentemente,
dificultar a detenção das situações de perigo ao desviar a atenção apenasÉ VERDADEIRO
É FALSO QUE…
para as situações
QUE …
de eXtrema gravidade.
Os maus tratos às A incidência de maus tratos às crianças situa-se, a
cria nças são p o uco nível m und ial, en tre 1,5 e 2 po r m il. Refere -se a pena s
frequentes. aos casos que são registados. Estima-se que os
números reais sejam ainda mais elevados.
Só a s pessoa s alco ólicas, Todas as pessoas são capazes de maltratar as
to xicodepend ente s ou cria n ça s, depend endo das circunstân cias. N e m to d as
mentalmente perturbadas as pesso as co m prob lem a s d e adições o u p atolog ia s
é que maltratam as mentais maltratam as crianças.
crianças.
Os maus tratos às Os maus tratos ocorrem em todas as classes sociais.
cria nças só a co ntecem As famílias com maiores recursos económicos e
em classes sociais baixas sociais também maltratam as crianças, se bem que a
ou e cono m icam ente detecçã o seja m ais difícil, asso ciad os a o utros factores
desfavorecidas. de pe rturbação .
O s pais po dem fazer O s filh o s nã o são pro priedad e dos p ais. A e stes
o que q uere m co m os são atribuídas responsabilidades parentais para
filhos e ninguém se pode cumprirem esse poder/dever em benefício dos filhos.
intrometer. O Estad o e a S o ciedade deve m in tervir qua ndo o s p ais
colo cam em perigo o s filh os, o u nã o os pro teg em d o
perig o cau sad o p or o utrem e/o u pelos próprio s filhos.
Em b ora seja obrigação da fam ília cu ida r e p ro teg er
as cria n ças, a re spon sabilidade pelo b em -estar da
in fân cia recai sob re to da a co m unid ad e.

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o q ue q uerem com o s são atribuídas responsabilidades parentais para
filhos e ninguém se pode cumprirem esse poder/dever em benefício dos filhos.
intrometer. O E stad o e a So ciedade d evem intervir q uan do os p ais
coloca m em perigo os filh os, o u não o s p ro teg em d o

Mitos sobre os Maus tratos perig o cau sado por outre m e /o u pelos p róprio s filh os.
Em b ora seja ob riga çã o da fam ília cu idar e p roteg er
as cria nça s, a respon sabilidade pelo b em -estar da
infâ ncia re cai sob re toda a co m u nid ad e.
Os filhos necessitam de A utilização do ca stigo físico co m o m é tod o d e
m ão pe sada; de ou tro discip lin a provoca re a cçõ es agressiva s que aum e n ta m
m od o nã o ap rend em . a freq uê ncia e gravidade dos con flito s na fam ília. D e
tal modo que cada vez são necessários mais castigos e
de m aior inte nsidade p ara contro la r o co m p ortam e nto
da crian ça , pro duzind o -se um a escala da da violê ncia
entre pais e filh o s. Pelo contrá rio, u m a disciplina firm e
basea da em p rincípios d em ocráticos e nã o viole ntos
gera a co op era çã o d os m ais peq ue nos.
Maltratar é danificar Quando se fala de maltratar uma criança incluem-
fisicamente uma criança se tanto as acções abusivas como as omissões e
deixan d o-lhe graves negligências. Embora os maus tratos físicos tenham
sequelas físicas. gra nde im pa cto p úblico p ela indign a ção qu e g era m
e m aior visibilida de, são m ais freque n te s o utros
tipo s d e m a us tra tos, q ue se cara cte rizam por não
responderem satisfatoriamente às necessidades
emocionais ou físicas básicas para o desenvolvimento.
A natureza humana Algumas pessoas revelam graves dificuldades em
impulsiona os cuidar devidamente dos filhos em determinadas
progenito re s pa ra o cond içõe s. Ser p ai nã o im plica e m tod os os ca sos
cuid ad o e a te n çã o aos sa be r, q uerer, ou p ode r fa zer o m ais adequa do pa ra os
filhos. filh os. A pa re ntalida de po sitiva é co m posta p or u m a
sé rie de co m portam en to s que se podem ap rende r.

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Mitos sobre os Maus tratos – Abuso sexual
É FALSO Q UE… É VERDADEIRO QUE …
Os abusos sexuais não N a rea lid ade, m uitas crian ça s em tod o o m undo são
existem ou são muito vítimas de abuso sexual. Trata-se de um fenómeno
po u co freq uen tes. exp ressivo e frequ en te, em todos o s p aíses. N o
entanto, os dados estatísticos revelam apenas uma
peq uen a pa rte da realida de .
As crianças inventam as Q uan do u m a cria n ça denu ncia u m a bu so deve m os
histórias sobre abusos prestar-lhe tanto mais atenção quanto menor for a
sexuais. su a id ade .
As vítimas dos abusos O ab uso sexu al p od e o correr em q u alq ue r ida de,
sexuais costumam ser sendo os casos perpetrados sobre as crianças mais
adolescentes. peq uen a s m a is g raves e difíce is de detectar, p ela su a
m aio r in ca pa cid ad e d e se d efen derem e d e denu n ciar
a situ a çã o. Frequ en te m en te, os ab u sado re s fa zem os
po ssíveis (atra vés d e cha n tag ens, p roibições, am e aças,
… ) pa ra silen ciar a s vítim a s.
Em g eral, o a gresso r de A maior parte dos abusadores sexuais são familiares
um abuso sexual é uma dire ctos ou p essoa s próxim a s d a vítim a (p ai, tio, avô,
pessoa sem escrúpulos e irm ão, vizin ho, am ig o d a fa m ília , m o nitor, … ), q ue
alheia à família. apresentam uma imagem normalizada e socialmente
adaptada.
O ab uso sexu al é fá cil de A maior parte dos casos de abuso sexual não são
reconhecer. conhecidos pelas pessoas próximas das vítimas,
já q ue este é u m p ro blem a que te nd e a ser neg ad o
e ocultad o, frequen tem en te p or m ed o d as vítim a s
rela tiva m en te ao agressor.
Só as rapa riga s po de m ser Na realidade tanto as raparigas como os rapazes
vítimas de abuso sexual são vítim as, tu do dependerá d as p referên cia s do s
agre sso re s e da facilidad e qu e e stes têm em ch eg ar a
uns ou a outros.
Algumas crianças são Algumas crianças pelas suas características atraem a
sedutoras e provocantes sim p atia dos adu lto s, co ntud o jam ais pode ju stificar
qu e um adu lto julg u e q ue p ode esta r a ser provo cado
sexu alm en te . Q u an do u m a cria n ça solicita o ca rinh o
de u m ad ulto, o q ue q u er tra n sm itir é qu e confia n ele e
ne cessita d o se u a fecto.

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Responsabilidade dos educadores na Prevenção dos Maus Tratos
Prevenção Primária Prevenção Secundária Prevenção Terciária

• Potenciação dos fatores de proteção • Identificação precoce das crianças • Intervenção nas situações de maus-
que podem beneficiar todas as crianças que se encontram em situação de risco tratos e outras situações de perigo.
e suas famílias e intervindo dentro das suas Depois de esgotada esta intervenção e
competências, evitando assim que permanecendo o perigo, sinalização à
essas situações se agravem e se tornem CPCJ.
de perigo.
• Apoio aos pais em aspetos de cuidado • Acompanhamento das crianças com
e da forma de lidar com as Processos de Promoção e Proteção de
necessidades da criança. acordo com as orientações da CPCJ ou
• Referenciação da criança e da do Tribunal.
família, (com o seu conhecimento Em caso de grave suspeita ou de
informado), a outras Entidades com confirmação de crime de
competência em Matéria de Infância maus-tratos acionar o procedimento de
e Juventude em função das suas atuação e sinalização à
necessidades, nomeadamente de saúde, polícia ou Ministério Público.
ação social e outras.

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Medidas de Promoção e Proteção

 Medidas em Meio Natural de Vida  Medidas de Colocação

o Apoio junto dos pais; o Acolhimento familiar


o Apoio junto de outro familiar; o Acolhimento residencial
o Confiança a pessoa idónea;
o Apoio para a autonomia de vida;

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Medidas de Promoção e Proteção – Acolhimento Familiar
É a colocação de uma Criança/Jovem até aos 18 anos em meio familiar estável de uma criança ou jovem que está em situação
de perigo, visando garantir o afeto, o bem-estar e o seu pleno desenvolvimento.
Quem pode ser família de acolhimento ?

• Uma pessoa singular.


• Ter uma habitação adequada com condições de
• Duas pessoas casadas ou unidas de facto há mais de 2
higiene e segurança. • Ter idoneidade para o exercício
anos.
do acolhimento familiar.
• Duas ou mais pessoas ligadas por laços de parentesco e • À data da apresentação da candidatura, não ser
que vivam em comunhão de mesa e habitação. candidato à adoção.
• Ter idade superior a 25 anos. • Não ter cometido crimes
• Ter condições de saúde física e mental para acolher
crianças ou jovens. Quanto tempo?
Depende da gravidade da situação da criança; - Pode ter a duração de 6
meses, revista até 18 meses. - Toda a vida; - Não pode ser revogada.

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Medidas de Promoção e Proteção – Acolhimento Residencial

Crianças e jovens de ambos os sexos até aos 18 anos (ou com menos de 21 anos solicite a continuação da
intervenção iniciada antes de atingir os 18 anos), em situação de perigo, a quem a Comissão de Proteção de Crianças
e Jovens ou o Tribunal tenha aplicado uma medida de promoção e proteção de colocação em acolhimento residencial
para os afastar da situação de perigo em que estes se encontravam.

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Medidas de Promoção e Proteção – Adoção
É um processo gradual, que permite a uma pessoa ou a um casal criar um vínculo de filiação com uma criança. Para haver uma adoção, o candidato ou
candidatos têm de ser avaliados, preparados e selecionados pela entidade responsável pelos processos de adoção.
Quem pode adotar? Quem pode ser adotado?
• Duas pessoas - se forem casadas (e não separadas • Pais incógnitos ou falecidos
judicialmente de pessoas e bens ou de facto) ou • Se tiver havido consentimento prévio
viverem em união de facto há mais de 4 anos, se • Se estiverem abandonado a criança
ambas tiverem mais de 25 anos. • Se por ação ou emissão, mesmo por doença mental
• Uma pessoa - se tiver mais de 30 anos (ou mais de 25 ponham em perigo
anos se pretender adotar o filho do cônjuge). • 3 meses de desinteresse apos o pedido de confiança
• A partir dos 60 anos a adoção só é permitida se a
criança a adotar for filha do cônjuge ou se tiver sido
confiada ao adotante antes de este ter completado os
60 anos.
• A diferença de idades entre o adotante e o adotado
não deve ser superior a 50 anos (exceto em situações
especiais).

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O que fazer se vir um colega a maltratar ou negligenciar uma criança ou jovem?

• Tente acalmar o ambiente; peça de forma firme e assertiva que o abusador altere o seu comportamento;

não o trate de forma humilhante nem agressiva, pois isso pode dificultar a situação;

• se o comportamento do agressor se tornar violento e constituir uma ameaça, a sua prioridade deve ser proteger-se a

si e aos outros do perigo e pedir ajuda.

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O que se deve fazer em caso de situações de maus tratos?
• Em situações de maus-tratos deve-se comunicar o caso ao superior hierárquico o mais rapidamente possível (se
este não for este o pretenso abusador); o propósito de comunicar um mau-trato e proteger as pessoas de
comportamentos abusivos.

• Escrever toda a informação numa folha ou ficha de ocorrência para não se esquecer de nenhum detalhe e para que
este registo possa ser utilizado por outros técnicos que venham a intervir no caso.

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O que se deve fazer em caso de situações de maus tratos?
Nos termos da Lei (LPCJP), qualquer pessoa que tenha conhecimento duma criança vítima de maus tratos ou em
situação de perigo pode e deve comunicá-la às:

 ECMIJ, entidade com competência em matéria de infância ou juventude, e, por vezes, as que têm,
especificamente, intervenção no âmbito social (AS).
 Entidades policiais (PSP e CNR).
 Comissões de proteção de crianças e jovens (CPCJ).
 Autoridades judiciárias (MP, Tribunais de Família e Menores, Tribunais de
Comarca).

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Linhas telefónicas de emergência:

SOS Criança – Instituto de Apoio à Criança


Telefone: 217 931 617
Horário de funcionamento: 9h30 às 18h30

Recados da Criança – Provedoria da Justiça


Telefone: 800 20 66 56

Linha Nacional de Emergência Social


Telefone: 144

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