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JUNHO DE 2022
MIRIAM MARQUES
ÍNDICE ............................................................................................................................................................ 3
INTRODUÇÃO................................................................................................................................................. 5
Dilemas éticos.................................................................................................................................................... 9
Ética Profissional.......................................................................................................................................... 12
Sigilo ................................................................................................................................................................ 13
Limites da Confidencialidade........................................................................................................................... 13
Deontologia ................................................................................................................................................. 15
Por conseguinte, o ser humano necessita de criar regras uma vez que estas lhe permitem
previsibilidade à sua conduta, nomeadamente o agir e interagir, o discernir o certo do errado e,
distinguir o permitido do proibido. Estes padrões culturais, ou de conduta, socialmente criados, são
vinculativos para os membros do grupo. A sociedade pode desenvolver-se, num contexto de ordem e
estabilidade, permitindo ao Homem construir projetos de vida.
Conceito de Moral
Termo de origem latina “morales” significa costumes, está associado aos valores e
convenções estabelecidos coletivamente por cada cultura ou por cada sociedade, a partir da
consciência individual. A moral orienta o comportamento humano diante das normas instituídas pela
sociedade ou por um determinado grupo social, consiste na aceitação das regras estabelecidas, ou
seja, consiste num conjunto de regras, valores, proibições, crenças, tabus, normas, princípios, que são
impostos pela Sociedade (ex. Código civil), Religião e Política.
Comumente, a moral tem uma dimensão imperativa, porque obriga a cumprir um dever
fundado num valor moral imposto por uma autoridade. Por isso, aplica-se através da disciplina e a
motivação para a ação é, neste caso, a convicção (interiorização do bem e do mal e da legitimidade
da entidade que os enuncia) e a sanção.
A esfera moral lida, sobretudo, com juízos de valor e comporta que se experienciem
sentimentos face às condutas adotadas, que formam o conteúdo da Consciência Moral (sentimento
do dever cumprido, pesar e/ou remorso pelo dever violado), que se manifesta na capacidade para
deliberar diante de alternativas possíveis, decidindo e escolhendo uma delas antes de alcançar a ação.
Deriva de “Étimos”, que significa hábitos e costumes ou deriva também de “Eros” – que
significa de modo de ser ou caracter
- Delimitam as ações dos seres humanos, sob a forma de atitudes e de comportamentos quotidianos
Kant (1988), define a ética como uma reflexão teórica sobre a moral e uma revisão racional e
crítica sobre a validade da conduta humana. Por isso, a ética é uma justificação racional da moral, e
remete-nos a ideias ou valores que procedem a partir da própria deliberação do homem.
O dilema ético é uma situação em que há um conflito entre os diferentes valores da pessoa e
as opções de ação disponíveis. Podem ser definidos como situações em que uma pessoa precisa
escolher entre duas ou mais alternativas com um término indesejável independentemente da escolha
Heynz, o marido da mulher que estava a morrer, foi ter com as pessoas, suas conhecidas, para que lhe
emprestassem o dinheiro solicitado por este, ao qual elas responderam que não poderiam ajudar.
Heynz sem saber o que fazer, pediu ao farmacêutico para o deixar levar o medicamento, pagando
mais tarde ou pagando em prestações. Suplicou para puder salvar a vida da sua esposa.
O farmacêutico respondeu que não, que tinha descoberto o medicamento e que queria ganhar
dinheiro com a sua descoberta.
Reflexão
- Heynz, que tinha feito tudo ao seu alcance para comprar o medicamento, ficou desesperado e assaltou
a farmácia e roubar o medicamento para tratar a sua mulher”.
- Se Heynz não amasse a sua mulher, devia roubar o medicamento? Porquê? Ou por que não?
- No caso de ser a favor do roubo para a pessoa estranha: suponha que se trata de um animal de
estimação. Henrique devia roubar para o salvar? Porquê? Ou por que não?
- É importante para as pessoas fazerem tudo o que podem para salvar a vida de outrem? Porquê?
Ou por que não
• O sujeito pode expressar todas as emoções análogas à sua dúvida. Pode escutar todas as suas
emoções, conhecendo a dimensão emocional envolvido ao problema.
• A primeira coisa a fazer quando se depara com um dilema ético é determinar se a situação
realmente requer uma decisão que contraria os próprios valores.
Sujeito ético
O principal constituinte da exigência ética é o sujeito moral. O sujeito ético só pode existir se
preencher as seguintes condições, de acordo com Fortes (1995):
Ser consciente de si e dos outros: deve ser capaz de reconhecer a existência dos outros como
sujeitos iguais a si;
Ser dotado de vontade: isto é, deve ter a capacidade para controlar e orientar desejos,
impulsos, tendências, sentimentos e capacidade para deliberar e decidir entre várias
alternativas possíveis;
Ser responsável: isto é, deve ser capaz de reconhecer-se como autor da ação, avaliar os efeitos
e as consequências dela sobre si e sobre os outros, assumindo-as bem como às suas
consequências, respondendo por elas;
Ser livre: isto é, deve ser capaz de oferecer-se como causa interna de seus sentimentos, atitudes
e ações, por não estar submetido a poderes externos. A liberdade não é tanto o poder para
escolher entre vários possíveis, mas o poder para autodeterminar-se, dando a si mesmo as
regras de conduta.
Exige-se a responsabilidade nos deveres do ser humano para com o outro e todos para com a
humanidade, tendo subjacente os princípios de Promoção da justiça e da equidade; Respeito à
dignidade humana; Promoção do bem-estar dos indivíduos e da população em geral e, ainda respeito
e estímulo à autonomia dos indivíduo (Silva, 1997).
Conjunto de normas morais pelas quais o indivíduo deve orientar o seu comportamento
profissional. A ética profissional tem como princípios a imparcialidade, a empatia, a compreensão, a
benevolência, a seriedade, o sigilo, o rigor, o zelo, a diplomacia entre outras virtudes éticas, com o
fim de benefício do paciente/cliente, da entidade empregadora, dos colegas de trabalho e a sociedade
em geral.
Sigilo
A instituição, bem como os profissionais têm de honrar a confiança que a criança/ jovem
(cuidadores) nela deposita:
Nunca se deve falar sobre uma criança ou jovem à frente de outras crianças ou jovens,
familiares ou visitantes;
Devem existir espaços próprios para colaboradores e técnicos debaterem os problemas doas
crianças/jovens;
Os processos das crianças ou jovens devem estar guardados num local próprio e de acesso
restrito;
A informação sobre a vida da criança ou jovem antes de chegar à instituição deve ser
reservada, dando-se a conhecer aos colaboradores apenas os dados que possam exigir uma
intervenção a qualquer momento (exemplo: epilepsia, diabetes).
Limites da Confidencialidade
Por vezes é necessário quebrar a confidencialidade/sigilo, ou seja, pode ser preciso transmitir
informação sobre uma criança ou jovem sem ter a sua autorização expressa (ou dos cuidadores).
Profissão é, acima de tudo, um dever social. Portanto, o profissional deve ter consciência do
impacto positivo ou negativo que a sua atuação pode trazer para a sociedade no geral.
Deontologia, deriva do grego “deon ou deontos” que significa dever e “logos”, que se traduz por
discurso ou tratado.
A Responsabilidade - enquanto atitude dinâmica que permite dar resposta correta, no sentido do bem
do outro, e que exige uma mobilização pessoal atenta e solícita.
A Integridade - enquanto conjunto de atributos pessoais que se revelam numa conduta honesta, justa
e coerente.
Por conseguinte, tem como missão afirmar a profissão, enquanto prática reflexiva, numa
perspetiva ética; contribuir para uma cultura de responsabilidade a partir do interior do próprio grupo
profissional; estimular os profissionais a tomar consciência das situações mais ou menos complexas
Respeitar toda a criança, independentemente da sua religião, género, etnia, cultura, estrato
social ou com NEE, incluindo-a e promovendo e divulgando os seus direitos consignados na
Convenção Internacional.
Encarar as suas funções educativas de modo amplo e integrado, na atenção à criança na sua
globalidade e inserida no seu contexto.
Responder com qualidade às necessidades educativas das crianças, promovendo para isso
todas as condições que estiverem ao seu alcance.
Respeitar a família das crianças e a sua estrutura, valorizando a competência educativa das
mesmas e colaborando de modo a que as crianças sintam que a família e a instituição estão
ligadas no processo educativo
Manter sigilo relativamente às informações sobre a família (salvo exceções que ponham em
risco a integridade da criança)
Fornecer às famílias informações sobre a instituição, sobre o seu projeto educativo e ainda
sobre o desenvolvimento concreto do mesmo. Informá-las acerca do dia-a-dia da criança e
sobre eventuais situações excecionais
- Comunidade e Sociedade
Assumir a sua condição de cidadã(o), agindo de modo informado, responsável e coerente com
o seu estatuto de profissional
Situar-se nas políticas públicas educativas, contribuindo para uma educação de qualidade e
para a promoção de práticas de equidade social
- Entidade empregadora
- Equipa de trabalho
Ser solidário com os seus colegas de trabalho nas decisões tomadas em conjunto e nas
situações difíceis
No caso de desvios graves na prática de colegas, alertar as pessoas implicadas, tendo sempre
o cuidado de o fazer de forma sensível, colocando o interesse das crianças acima dos interesses
individuais
Descrição Geral
Atividades Principais
- Procurar uma atitude interior que tenha em conta valores claramente assumidos e uma
conduta que reúna atenção, respeito e confiança nos outros.
- Cuidar do seu bem-estar físico e psicológico, bem como no seu modo de comunicar.
Ter consciência de que o profissional de infância é uma referência dentro e fora da instituição
em que trabalha, assumindo essa realidade.
Na abordagem dos maus tratos na infância parte-se do ponto de vista da criança e das suas
necessidades, o que torna mais percetível a existência desta problemática., desta forma é pertinente
que o profissional de educação infantil tenha conhecimento das mesmas.
Necessidades Físico-biológicas
Necessidades Cognitivas
As necessidades cognitivas referem-se às condições que devem facultar-se para que as pessoas
possam conhecer e estruturar as experiências do mundo que as rodeia. Constituem-se, também, como
elementos necessários para a aquisição de competências de comunicação que lhes irão permitir viver
em relação com o outro. As necessidades cognitivas incluem a estimulação sensorial e física e a
compreensão da realidade
As necessidades sociais e emocionais prendem-se com as condições que devem cumprir-se para que
os indivíduos tenham um desenvolvimento afetivo adequado e adaptado às circunstâncias do meio
envolvente. Constituem-se, ainda, como elementos necessários à aquisição de estratégias de
expressão de sentimentos e de interação com os outros. Todos estes elementos são essenciais para o
desenvolvimento do autoconceito, da autoestima e do autocontrolo.
Indicadores Físicos
Apresenta feridas com arranhões não explicáveis ou mal explicados pelos pais
Apresenta queimaduras.
Indicadores Comportamentais
Indicadores Familiares
educadores/ajudantes.
criança
criança
Risco Perigo
Situação de vulnerabilidade tal que, se não for Probabilidade séria de dano da segurança,
superada, pode vir a determinar futuro perigo ou saúde, formação, educação e desenvolvimento
dano para a segurança, saúde, formação, integral da criança, ou já a ocorrência desse dano
educação ou desenvolvimento integral da
criança/jovem
Ex.: “A Maria tem 13 anos e está grávida de 8 Ex.: “A Maria tem 13 anos e está grávida de 8
meses. Vai periodicamente às consultas meses. Os seus pais, quando tomaram
acompanhada pelos seus pais que não dispõem conhecimento da situação da Maria agrediram-
de grandes recursos económicos mas na e expulsaram-na de casa. A Maria não tem
apresentam bons recursos afetivos. Frequenta a mais familiares a quem recorrer, tendo sido
escola até à data com aproveitamento. A partir encontrada pela polícia a dormir no banco de
do momento do nascimento da criança, passará uma estação de comboios.”
a ser difícil a conciliação dos horários, bem
como se observará a um acréscimo de despesas
difíceis de suportar para os pais. A família mora
numa casa apenas com duas assoalhadas.”
A lei refere uma consciência social a todos os cidadãos que detetem uma situação de maus
tratos ou outras situações de perigo para uma criança, têm o dever de lhe prestar auxílio imediato e/ou
a comunicar o facto às entidades competentes de primeira linha ou às Comissões de Proteção de
Esta lei aplica-se quando o “representante legal, pais ou guarda de facto, ponham em perigo
(…) a criança ou o jovem, (…) resulte da ação ou omissão de terceiros ou da própria criança
ou do jovem (…).” Artigo 3º-1
Medidas de colocação:
Acolhimento familiar
Acolhimento residencial
Acolhimento familiar
É a colocação de uma Criança/Jovem até aos 18 anos em meio familiar estável de uma
criança ou jovem que está em situação de perigo, visando garantir o afeto, o bem-estar e o seu pleno
desenvolvimento.
• Duas ou mais pessoas ligadas por laços de parentesco e que vivam em comunhão de mesa e
habitação.
Ter uma habitação adequada com condições de higiene e segurança. • Ter idoneidade para o
exercício do acolhimento familiar.
Quanto tempo?
Depende da gravidade da situação da criança; - Pode ter a duração de 6 meses, revista até 18
meses. - Toda a vida; - Não pode ser revogada.
Acolhimento Residencial
Crianças e jovens de ambos os sexos até aos 18 anos (ou com menos de 21 anos solicite a
continuação da intervenção iniciada antes de atingir os 18 anos), em situação de perigo, a quem a
Comissão de Proteção de Crianças e Jovens ou o Tribunal tenha aplicado uma medida de promoção
Adoção
É um processo gradual, que permite a uma pessoa ou a um casal criar um vínculo de filiação
com uma criança. Para haver uma adoção, o candidato ou candidatos têm de ser avaliados, preparados
e selecionados pela entidade responsável pelos processos de adoção.
• Duas pessoas - se forem casadas (e não separadas judicialmente de pessoas e bens ou de facto)
ou viverem em união de facto há mais de 4 anos, se ambas tiverem mais de 25 anos.
• Uma pessoa - se tiver mais de 30 anos (ou mais de 25 anos se pretender adotar o filho do
cônjuge).
• A partir dos 60 anos a adoção só é permitida se a criança a adotar for filha do cônjuge ou se
tiver sido confiada ao adotante antes de este ter completado os 60 anos.
• A diferença de idades entre o adotante e o adotado não deve ser superior a 50 anos (exceto
em situações especiais).
A não discriminação, que significa que todos os direitos se aplicam a todas as crianças sem exceção
e sem qualquer tipo de discriminação (por exemplo, relativamente ao sexo, género, cor, etnia, religião,
língua ou situação económica).
O superior interesse da criança, que remete para o facto de todas as decisões que digam respeito à
vida da criança deverem sempre ter em conta aquilo que for o melhor para ela.
A opinião da criança, que defende que a voz da criança deve ser ouvida e tida em consideração,
especialmente nos assuntos que se relacionem com a sua vida e com os seus direitos.
Os direitos de proteção dizem respeito à proteção da criança contra qualquer forma de violência
física, psicológica ou sexual, bem como contra todos os tipos de exploração. Também envolve a
satisfação de necessidades associadas a vulnerabilidades específicas como, por exemplo, o direito
da criança refugiada ter uma proteção e ajuda especiais. Atribui-se particular atenção às questões
relacionadas com abusos, tratamentos negligentes, violência, tráfico e exploração sexual e de
trabalho.
Os direitos de participação são relativos ao direito de cada criança a envolver-se ativamente na vida
em sociedade. Envolve a satisfação de necessidades relacionadas com a possibilidade de exceder as
competências pessoais e de determinar as suas condições de vida.
Sobrevivência
Todas as crianças têm direito inerente à vida, e o estado tem obrigação de assegurar a sobrevivência
e desenvolvimento da criança.
A criança com deficiência tem direito a cuidados especiais, educação e formação adequados que lhe
permitam ter uma vida plena e decente, em condições de dignidade, e atingir o maior grau de
autonomia e integração social possível.
A criança tem direito a gozar do melhor estado de saúde possível e a beneficiar de serviços médicos.
Os estados devem dar especial atenção aos cuidados de saúde primários e às medidas de prevenção,
à educação em termos de saúde pública e à diminuição da mortalidade infantil. Neste sentido, os
estados encorajam a cooperação internacional e esforçam-se por assegurar que nenhuma criança seja
privada do direito de acesso a serviços de saúde eficazes.
Quando a criança é separada da sua família e é colocada numa instituição para fins de assistência,
proteção ou tratamento, tem o direito de ver revista periodicamente essa colocação a fim de se
salvaguardar o seu bem-estar.
Desenvolvimento
A criança tem direito a um nome desde o nascimento. A criança tem também o direito de adquirir
uma nacionalidade e, na medida do possível, de conhecer os seus pais e de ser criada por eles.
A criança tem o direito de viver com os seus pais a menos que tal não seja considerado incompatível
com o seu interesse superior. A criança tem também o direito de manter contacto com ambos os pais
se estiver separado de um ou de ambos.
As crianças e os seus pais têm direito de deixar qualquer país e entrar no seu para fins de reunificação
pu para a manutenção das relações pais-filhos.
A criança tem o direito a um nível de vida adequado ao seu desenvolvimento físico, mental, espiritual,
moral e social. Cabe aos pais a principal responsabilidade primordial de lhe assegurarem um nível de
A criança tem direito á educação e o estado tem a obrigação de tornar o ensino primário obrigatório
e gratuito, encorajar a organização de diferentes sistemas de ensino secundário e tornar o ensino
superior acessível a todos, em função das capacidades de cada um. A disciplina deve respeitar os
direitos e a dignidade da criança.
A criança pertence a uma população indígena ou a uma minoria tem o direito de ter a sua própria vida
cultural, praticar a sua religião e utilizar a sua própria língua.
A criança tem direito ao repouso, a tempos livres e a participar em atividades culturais e artísticas.
Proteção
O estado deve proteger a criança contra todas as formas de maus-tratos por parte dos dois ou de outros
responsáveis pelas crianças e estabelecer programas sociais para a prevenção dos abusos e para tratar
das vítimas.
Em países em que a adoção e reconhecida ou permitida só poderá ser levada a cabo no interesse
superior da criança e quando estiverem reunidas todas as autorizações necessárias por parte das
autoridades, bem como todas as garantias necessárias.
Deve ser dada proteção especial à criança refugiada ou que procure obter o estatuto de refugiada. O
estado tem a obrigação de colaborar com as organizações competentes que asseguram esta proteção.
A criança tem o direito de ser protegida contra qualquer trabalho que ponha em perigo a sua saúde, a
sua educação ou o seu desenvolvimento. O estado deve fixar idades mínimas de admissão no emprego
e regulamentar as condições de trabalho.
O estado deve proteger a criança contra a violência e a exploração sexual, nomeadamente contra a
prostituição e a participação em qualquer produção de carácter pornográfico.
O estudo tem a obrigação de tudo fazer para impedir o rapto, a venda ou o tráfico de crianças.
Nenhuma criança deve ser submetida à tortura, a penas ou tratamentos cruéis, à prisão ou detenção
ilegais. A pena de morte e a prisão perpétua sem possibilidade de libertação são interditas para
infrações cometidas por pessoas menores de 18 anos. A criança privada de liberdade deve ser separada
Os estados tomam todas as medidas possíveis na prática para que nenhuma criança com menos de 15
anos participe diretamente nas hostilidades. Nenhuma criança com menos de 15 anos deve ser
incorporada nos exércitos. Os estados devem assegurar proteção e assistência às crianças afetadas por
conflitos armados, nos termos das disposições previstas pelo direito internacional nesta matéria.
A criança suspeita, acusada ou reconhecida como culpada de ter cometido um delito tem o direito a
um tratamento que favoreça o seu sentido de dignidade e valor pessoal, que tenha em conta a sua
idade que vise a sua reintegração na sociedade. A criança tem direito a garantias fundamentais, bem
como a uma assistência jurídica ou outra adequada à sua defesa. Os procedimentos judiciais e a
colocação em instituições devem ser evitadas sempre que possível.
Participação
A criança tem o direito de exprimir livremente a sua opinião sobre questões que lhe digam respeito e
de ver essa opinião tomada em consideração.
A criança tem o direito de exprimir os seus pontos de vista, obter informações, dar a conhecer ideias
e informações, sem considerações de fronteiras.
A criança tem direito de ser protegida contra intromissões na sua vida privada, na sua família,
residência e correspondência, e contra ofensas ilegais à sua honra e reputação.
O estado deve garantir à criança o acesso a informação e a materiais provenientes de fontes diversas
e encorajar os media a difundir informação que seja de interesse social e cultural para a criança. O
estado deve tomar medidas para proteger a criança contra materiais prejudiciais ao seu bem-estar.
• Escrever toda a informação numa folha ou ficha de ocorrência para não se esquecer de nenhum
detalhe e para que este registo possa ser utilizado por outros técnicos que venham a intervir
no caso.
• Tente acalmar o ambiente; peça de forma firme e assertiva que o abusador altere o seu
comportamento; não o trate de forma humilhante nem agressiva, pois isso pode dificultar a
situação;
Nos termos da Lei (LPCJP), qualquer pessoa que tenha conhecimento duma criança vítima de maus
tratos ou em situação de perigo pode e deve comunicá-la às:
ECMIJ, entidade com competência em matéria de infância ou juventude, e, por vezes, as que
têm, especificamente, intervenção no âmbito social (AS).
Comarca).
Telefone: 800 20 66 56
Telefone: 144
Banks, S., Ética prática para as profissões do trabalho social, Ed. Porto Editora, 2008
BOFF, Leonardo (2003). "A ética e a formação de valores na sociedade". In: Reflexão. São Paulo:
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