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MANUAL UFCD 8853

PRESTAÇÃO DE CUIDADOS
HUMANOS BÁSICOS – HIGIENE E
APRESENTAÇÃO PESSOAL
MANUAL UFCD 8853 PRESTAÇÃO DE CUIDADOS HUMANOS BÁSICOS – HIGIENE E APRESENTAÇÃO
PESSOAL

ÍNDICE

Introdução ............................................................................ 3
Âmbito do manual ........................................................................................................................ 3

Objetivos......................................................................................................................................... 3

Conteúdos programáticos ......................................................................................................... 3

Carga horária ................................................................................................................................. 4

1. Cliente/utilizador - higiene básica ....................................... 5


2. Privacidade e integridade do utente/cliente ......................... 8
2.1. Regras e práticas .................................................................................................................. 9

2.2. Comunicação com o doente ............................................................................................ 11

2.3. Produtos de higiene, hidratação e conforto ................................................................ 13

3. Cuidados de segurança, manutenção e higiene de materiais,


equipamentos e utensílios utilizados ................................... 14
4. Técnicas de banho .......................................................... 18
4.1. Doentes ................................................................................................................................. 19

4.2. Idosos .................................................................................................................................... 24

5. Cuidados de higiene e conforto ........................................ 28


5.1. Higiene oral .......................................................................................................................... 29

5.2. Higiene pés e mãos ............................................................................................................ 31

5.3. Higiene facial ....................................................................................................................... 31

5.4. Higiene capilar..................................................................................................................... 33

5.5. Hidratação corporal ........................................................................................................... 34

6. Técnicas de vestir e despir............................................... 36

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7. Ajudas técnicas de apoio ................................................. 40


8.Higienização dos espaços ................................................ 47
9. Fazer a cama com e sem cliente/utilizador ........................ 51
10. Recolha, separação e transporte de resíduos .................. 60
10.1. Equipamentos de proteção individual ........................................................................ 61

10.2. Técnicas de recolha......................................................................................................... 64

Grupo I- resíduo que não apresentam exigências especiais no seu tratamento .. 64

Grupo II- resíduos não perigosos ...................................................................................... 64

Grupo III- resíduos de risco biológico .............................................................................. 65

Grupo IV- resíduos hospitalares específicos ................................................................. 66

10.3. Técnicas de separação ................................................................................................... 67

10.4. Técnicas de transporte ................................................................................................... 71

11.Ocorrências e anomalias no apoio à prestação de cuidados74


11.1. Procedimentos de registo e reporte............................................................................ 75

Bibliografia ......................................................................... 78
Termos e condições de utilização ........................................ 79

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Introdução

Âmbito do manual

O presente manual foi concebido como instrumento de apoio à unidade de formação de curta
duração nº 8853 – Prestação de cuidados humanos básicos: higiene e apresentação
pessoal, de acordo com o Catálogo Nacional de Qualificações.

Objetivos

• Aplicar técnicas de prestação de cuidados de higiene e conforto.


• Efetuar a separação, recolha e transporte de resíduos decorrentes da prestação de
cuidados de higiene e conforto e da higienização dos espaços.
• Aplicar as técnicas de comunicação, de acordo com o tipo de interlocutor.

Conteúdos programáticos

• Cliente/utilizador - higiene básica


• Privacidade e integridade do utente/cliente
o Regras e práticas
o Comunicação com o doente
• Produtos de higiene, hidratação e conforto
• Cuidados de segurança, manutenção e higiene de materiais, equipamentos e
utensílios utilizados
• Técnicas do banho
o Doentes
o Idosos
• Cuidados de higiene e conforto

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o Higiene oral
o Higiene pés e mãos
o Higiene facial
o Higiene capilar
o Hidratação corporal
• Técnicas de vestir e despir
• Ajudas técnicas de apoio
• Higienização dos espaços
• Técnicas para fazer a cama com e sem utente/cliente
• Recolha, separação e transporte de resíduos
o Equipamentos de proteção individual
o Técnicas de recolha
o Técnicas de separação
o Técnicas de transporte
• Ocorrências e anomalias no apoio à prestação de cuidados
• Procedimentos de registo e reporte

Carga horária

• 50 horas

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1. Cliente/utilizador - higiene básica

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Os profissionais devem assegurar o cumprimento de boas práticas na prestação de


cuidados de higiene e imagem, nomeadamente, no que respeita à disponibilização
de um conjunto de ajudas técnicas institucionais - ajudas técnicas / tecnologias de
apoio para cuidados de higiene e imagem pessoais -, assegurando deste modo a
promoção da sua manutenção e autonomia.

Na prestação dos cuidados de higiene e imagem, cada paciente tem de ser tratado
com respeito pelos seus direitos e deveres, pela sua identidade, hábitos e modos de
vida e ser-lhe assegurada privacidade, autonomia, dignidade e confidencialidade,
sob pena de se estar a violar os direitos dos indivíduos e, consequentemente, não
se garantir a qualidade dos serviços.

No caso de ajudas técnicas/tecnologias de apoio para cuidados de higiene e imagem


individual, como sejam pentes adaptados, entre outros, a responsabilização pela sua
aquisição é do cliente, sendo os mesmos pessoais e intransmissíveis, no sentido de
salvaguardar o respeito pelas regras e condições de higiene e segurança individuais
e coletivas.

Os utentes entendem que os cuidados de higienização necessários, bem como,


todos consideraram a higiene importante para a sua saúde, reconhecendo que esta
interfere na qualidade de vida.

Pode-se observar que o significado e a importância da higiene e do banho para os


utentes está associado com a ideia de saúde e de doença.

Objetivos dos cuidados aos pacientes:


1. Assegurar limpeza do corpo
2. Assegurar o bem-estar e uma boa autoestima da pessoa cuidada
3. Prevenir a irritação da pele
4. Manter as mãos e unhas limpas e com bom comprimento

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5. Favorecer o relaxamento e a comunicação

A manutenção da higiene pessoal dos profissionais é de extrema importância, a qual


inclui nomeadamente:
• Banho após o trabalho;
• Manutenção das unhas (curtas, limpas e sem verniz ou unhas de gel);
• Cabelo curto ou atado;
• Barba e bigode aparado e limpo;
• Proteção das feridas;
• Lavagem frequente das mãos.

É de salientar, que a lavagem das mãos deve ser realizada ao entrar e sair do
trabalho, antes e após qualquer procedimento, após retirar luvas, antes e após
utilizar as instalações sanitárias e assoar o nariz, antes das refeições e ainda em
outras situações que se considere necessário.

Os profissionais devem estar continuamente informados sobre os cuidados de


prevenção, disseminação e contaminação, principalmente relacionados com o uso
de luvas: estas só devem ser usadas durante os procedimentos de limpeza e outras
técnicas e retiradas com técnica correta, a fim de evitar que os profissionais se
contaminem.

Acrescenta-se ainda que, mesmo durante o trabalho, deve evitar tocar-se, com as
luvas contaminadas, em locais de uso comum (ex: maçanetas de portas, botões de
elevadores, entre outros).

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2. Privacidade e integridade do utente/cliente

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2.1. Regras e práticas

As práticas que usualmente têm maior impacto na higiene e no conforto físico dos
pacientes são: higiene do ambiente, banho de aspersão (banho de chuveiro), banho
na cama, higiene do couro cabeludo, oral e íntima, adequação da cama e sua
arrumação, troca de fraldas, massagem de conforto, mobilização no leito e
readequação do vestuário.

Durante a prestação de cuidados de higiene adequados ao Idoso e o seu


consequente conforto físico e mental, deverão ser respeitados alguns aspetos:
• Proporcionar higiene e conforto, promovendo a saúde e prevenindo a doença;
• Avaliar grau de dependência;
• Favorecer independência/autonomia (não substituir quando o Idoso tem
capacidade para realizar determinada tarefa, incentivar ao autocuidado);
• Observar todo o corpo, avaliando a integridade cutânea;
• Promover a integridade cutânea (secar todas as pregas cutâneas e espaços
interdigitais, aplicar creme e massajar todo o corpo, etc.);
• Promover mobilização passiva e ativa;
• Promover uma relação interpessoal com Idoso e Família (por exemplo:
identificar-se, explicar procedimento, incentivar a colaborar);
• Não impor nova rotina, se possível atender à vontade do Idoso e aos seus
hábitos (por exemplo: hora e frequência do banho);
• Verificar condições ambientais (temperatura, iluminação e ventilação);
• Respeitar privacidade, dignidade e valores culturais do Idoso;
• Assegurar as regras de segurança para o Idoso e para o Cuidador (grades e
barras de proteção, tapetes antiderrapantes, não deixar o idoso sozinho, não
deixar que tranque a porta, utilizar luvas, atender à ergonomia, etc.);
• Estimular autoestima e autoimagem do Idoso (utilizar espelho, pentear,
barbear, cuidar das unhas, etc.);

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• Atentar ao material invasivo do Idoso (sonda naso-gástrica, algálias, soros,


catéteres, pensos, drenos, etc.);
• Preparar todo o material anteriormente;
• Iniciar higiene propriamente dita, pela cabeça em direção aos pés, partindo
da parte mais limpa para a mais suja;
• Utilizar material de uso pessoal e se possível descartável;
• Promover trabalho em equipa, integrando o Idoso e Família na mesma;
• Se surgirem dúvidas, problemas ou alterações comunicar à família ou outro
elemento responsável da Equipa;
• Atender a salubridade do meio envolvente do Idoso.

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2.2. Comunicação com o doente

De acordo com a teoria holística, os seres humanos têm respostas globais aos
estímulos complexos.

Com base nessa compreensão, o conforto é um objetivo e um resultado desejável e


pertinente a partir dos cuidados de saúde.

Os seres humanos esforçam-se para satisfazer as suas necessidades básicas de


conforto; os resultados das medidas de conforto são percebidos pelos sentidos do
tato, olfato, paladar, audição, visão.

O conforto é individual, representando mais que ausência de dor.

O conforto pode ter influências com estímulos físicos, psicossociais, ambientais e


psicológicas, além da maneira como ocorre o cuidado prestado pelos profissionais
de saúde.

Cabe ao profissional estabelecer um canal de comunicação com o utente, mantendo


um bom vínculo de confiança, para o estabelecimento de práticas de conforto
(medidas reais e concretas).

Desta forma, o profissional deve atentar-se para os sinais de desconforto e também


conhecer as intervenções que aliviam ou dificultam o aumento da intensidade por
meio de uma abordagem sistemática.

Os cuidados devem ser prestados por meio de multiplicidade de ações, com a


comunicação verbal e não-verbal, cuidado respeito ao paciente e alívio à dor, assim

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como ações para manter a calma, condição que reforça a relevância do


relacionamento entre o cuidador e o ser cuidado.

O mais importante é não conformar-se com o cuidado básico; é necessário a


reavaliação diária e constante para que o conforto impere.

Um paciente nunca é igual ao outro, ainda que a manifestação da doença seja igual
para a maioria.

Observar a singularidade de cada um é o que nos guia para o conforto do paciente.

Paralelamente ao bom contacto humano, é necessária uma boa preparação técnica.


Assim, o auxiliar deve oferecer boa destreza manual, leveza e precisão de
movimentos, limpeza e método de trabalho, associados a uma adequada preparação
teórica.

Relativamente ao utente, tem de ser compreensivo, amável, simpático, alegre, capaz


de lhe incutir coragem e confiança, que são premissas essenciais para a obtenção
de um elevado nível da qualidade de cuidados.

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2.3. Produtos de higiene, hidratação e conforto

Para os cuidados de higiene e conforto podem ser usados, entre outros, os


seguintes produtos:
• Copo com água
• Escova de dentes, espátula ou esponja com cabo
• Pasta dentífrica
• Solução desinfetante da mucosa oral
• Champô ou sabão líquido
• Pente ou escova
• Secador
• Bolas de algodão ou tampões para os ouvidos;
• Sabão líquido com emoliente e dermoprotetor
• Substância hidratante
• Pó de talco.

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3. Cuidados de segurança, manutenção e higiene de


materiais, equipamentos e utensílios utilizados

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Conservação

Os tecidos descartáveis para limpeza devem ser colocados num saco de lixo depois
de usados.

Não se deverá repetir o seu uso, pois não são feitos para este tipo de uso e começam
a desfazer-se.

Os tecidos de limpeza de algodão ou esponja devem ser lavados numa solução de


detergente neutro, enxaguados em água abundante e postos de seguida a secar.

Os tecidos de camurça são vulgarmente enxaguados em água (fria ou levemente


tépida) e postos a secar.

As bases das vassouras que podem ser retiradas para serem lavadas geralmente
são esterilizadas na lavandaria onde se atingem temperaturas suficientes para isso.

Outras podem ser lavadas em água muito quente e numa solução de detergente
neutro, enxaguadas em água abundante e postas a secar em seguida.

As escovas estáticas são lavadas da mesma maneira.

As escovas são lavadas em água tépida e num detergente neutro e depois de


enxaguadas deixam-se secar, tendo sempre o cuidado de não as colocar na sua
base, pois podem ficar sem forma.

Os baldes e as pás devem ser lavados depois de usados, virados para baixo para
que sequem completamente.

Armazenamento

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Os produtos de limpeza e desinfeção são produtos químicos e, consequentemente,


contêm substâncias tóxicas. Por esta razão, o seu armazenamento requer
determinados cuidados:
• Devem estar fisicamente separados dos outros, isto é, em armários fechados
ou de preferência em secções separadas;
• Devem ser conservados nas suas embalagens de origem. É interdita a
utilização de embalagens de outro tipo de produtos para armazenar produtos
de limpeza e vice-versa;
• Devem possuir rótulos bem visíveis, para que se possa perceber de imediato
qual o conteúdo da embalagem;
• Devem ser armazenados de acordo com a indicação da rotulagem, caso
exista essa indicação.

Manipulação

Tal como na armazenagem, também a manipulação de produtos químicos exige


cuidados especiais:
• Deve utilizar-se vestuário adequado e exclusivo para as tarefas da limpeza;
• Devem utilizar-se os produtos apenas para o fim a que se destinam;
• Deve-se cumprir, obrigatoriamente, todas as indicações da rotulagem – é
obrigatório ler cuidadosamente as indicações antes da sua utilização e, em
caso de dúvida, deve-se contactar-se o fornecedor do produto;
• Deve-se verificar qual a dosagem correta pois a mais é desperdício e a menos
não é eficaz;
• Não deve haver mistura de produtos – algumas misturas dão origem à
libertação de gases tóxicos;
• Durante a execução das tarefas de limpeza está interdito o contacto com as
mãos nos olhos e na boca.

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4. Técnicas de banho

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4.1. Doentes

Como preparar o banho:


• Arrumar o material a ser utilizado;
• Ajustar a temperatura da água e a do ambiente;
• A temperatura Ambiente deve ser entre os 20-24ºC
• Possuir o prontuário do paciente, caso seja um profissional
• Após lavar as mãos, colocar as luvas;
• Tirar a roupa do doente, ocultando as áreas do corpo que não estão sendo
higienizadas;
• À medida que for lavando, secar e hidratar as partes do corpo, sobretudo as
regiões de fácil esfoliação;
• Com o doente deitado de barriga para cima, e mantendo a cabeceira da cama
um pouco elevada, lavar o rosto com água, utilizando uma gaze sem sabão
• Usando uma esponja com sabão, lavar braços, pernas, axilas, tórax, região
submamária (por baixo das mamas), abdómen, pernas e pés, não
esquecendo de lavar entre os dedos;
• Retirar o sabão com água limpa;
• Posicionar o paciente na lateral, e com outra esponja ensaboada, lavar o
pescoço, as costas, as nádegas e a parte de trás das pernas
• Colocar o doente novamente de barriga para cima e lavar a região genital,
boca, olhos e cabelo
• Mudar a roupa de cama;
• Colocar roupa limpa no doente;
• Deixar o paciente em uma posição confortável e adequada;
• Recolher a roupa suja;
• Deitar fora o material de uso descartável;
• Fazer a limpeza e desinfeção da bacia, do pente e da comadre (urinol);

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• Arrumar o quarto.

Após o banho, ajude a pessoa a se enxugar. Seque bem as partes íntimas, dobras
de joelho, cotovelos, debaixo das mamas, axilas e entre os dedos.

Higiene na cama

Começar a higiene com o doente deitado com a boca para cima, destapando a
parte superior do corpo para lavar a cara o peito e os braços.

Se o doente não puder sentar-se na cama, deve pôr-se de lado para poder lavar a
parte posterior do corpo.

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Convém começar pela cabeça até baixo, de modo a lavar primeiro a parte superior
do corpo e de seguida os membros inferiores.

Deve lavar-se com especial cuidado as zonas suadas, a região anal e genital.

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Para que o próprio doente possa lavar as mãos, encher uma bacia de água e levar
junto à cama.

Quando o cuidador estiver a fazer a higienização do paciente, deve ter cuidado para
que não aconteçam:
• Desgastes cutâneos por lavagem incorreta;
• Resfriados por corrente de ar ou pela própria temperatura baixa;
• Lesões músculo-esqueléticas, por causa de imobilização inadequada.

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• Não permitir a desconexão de sondas durante a movimentação do paciente;


• Nunca molhar os curativos das feridas ou vias venosas;
• Não usar álcool ou seus derivados, pois secam a pele. Caso seja realmente
necessário, aplicar hidratante logo depois;
• Proteger o paciente das correntes de ar, conservando-o sempre coberto e
mantendo as janelas fechadas;
• Secar direito entre os dedos e as pregas da pele
• Usar sempre toalhas macias, evitando o atrito excessivo;
• Motivar o paciente a colaborar, conforme a sua capacidade e limite;
• Prestar atenção à pele do paciente, para diagnosticar precocemente possíveis
problemas;
• Fazer a higienização uma vez por dia e sempre que for necessário;
• Usar sempre o material descartável;
• Proceder de maneira ágil, mas cuidadosa;
• Atentar para que os materiais de higiene sejam de uso exclusivamente
pessoal;
• Aproveitar o momento do banho para fazer curativos e correções na postura
do idoso;
• Sempre seguir as medidas de limpeza recomendadas pelo médico.

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4.2. Idosos

O idoso deve ser auxiliado nos cuidados de higiene à medida das suas capacidades,
isto é, não é benéfico para ele ser substituído nas funções que conseguir
desempenhar.

Assim, ele é considerado:

Independente

Quando não precisa de ajuda na higiene, necessitando apenas de vigilância e/ou


incentivo.

Semi-dependente

Quando lava a maior parte do corpo, necessitando de alguma ajuda.

Nesta situação, o cuidador deve aconselhar o idoso a lavar ele as partes de que é
capaz, fornecer o material que ele precisar. Ajudá-lo naquilo que ele tiver dificuldade.

Dependente

Quando não é capaz de cuidar de si, necessitando de ajuda total do cuidador.

Procedimentos

1.º – Preparar todo o material necessário:

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• Luvas e aventais descartáveis


• Esponja
• Sabão líquido neutro
• Uma bacia com água tépida (se banho na cama)
• Toalhas limpas
• Creme hidratante e antialérgico
• Escova ou pente para o cabelo
• Escova de dentes e pasta dentífrica ou elixir
• Fraldas descartáveis, se necessário
• Sacos de plástico para o lixo e para a roupa suja
• Roupa limpa para o idoso e/ou para a cama

Se o banho é no chuveiro:
• Temperar a água, tendo o cuidado de não queimar a pessoa ou provocar
desconforto
• Começar sempre pela cabeça, em direção aos pés.
• Lavar a cabeça, cara e orelhas do idoso.
• Seguem-se o pescoço, braços, axilas, costas, pernas e pés, entre os dedos
e, por fim, partes genitais.
• Secar o corpo com toalha macia, sem esfregar.
• Aplicar creme hidratante no corpo.
• Vestir a pessoa e penteá-la.
• Não esquecer a lavagem da boca, usando uma escova de dentes ou
compressas embebidas em elixir ou pedir ao idoso para bochechar.
• Verificar sempre se não existem secreções, feridas, caspa ou parasitas.
• Cortar as unhas, cuidar dos cabelos e toda a aparência do idoso.

Se o banho é na cama:

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• Temperar a água, tendo o cuidado de não queimar a pessoa ou provocar


desconforto.
• O idoso deve ser lavado com uma esponja embebida em água e sabão, ou
com um gel de banho hipoalergénico.
• Iniciar a higiene com a limpeza dos olhos, usando uma compressa com água
ou soro fisiológico para cada olho, limpando sempre de dentro para fora, de
uma só vez.
• De seguida: lavar a cara, as orelhas e a cabeça. A lavagem desta deve ser
feita com regularidade, devendo, contudo, respeitar a vontade do idoso,
sempre que possível.
• Lavar os braços e o tronco e seguir para as pernas e os pés, secando o corpo
à medida que lava e tapando-o.

Aspetos importantes:
• Promover uma relação interpessoal e agradável com o idoso durante o banho.
• Respeitar a sua vontade, privacidade e integridade.
• Retirar todos os objetos das mãos que possam ferir o idoso
• Usar um par de luvas para cada idoso e lavar SEMPRE as mãos antes e
depois de cada higiene, de forma a evitar infeções.
• Começar os cuidados de higiene sempre das partes mais limpas para as
partes mais sujas, (da cabeça para os pés)
• Observar o corpo e detetar todas as feridas que possam ter
• Ter atenção à fragilidade da pele, tanto ao lavar como a secar o corpo.
• Ter especial cuidado nos movimentos com idosos dependentes quer seja da
cama para a cadeira, ou para o local do chuveiro, devendo desviar-se tudo o
que possa magoá-los.
• Retirar sempre as placas dentárias e lavá-las ou incentivar o idoso a limpá-
las. Estas só devem ser colocadas depois da limpeza da boca, que nunca
deve ser deixada para trás, mesmo em pessoas sem dentes, para se evitar
infeções.

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5. Cuidados de higiene e conforto

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5.1. Higiene oral

A higiene oral deverá ser realizada idealmente após cada refeição e sempre que
necessário.

Os objetivos da higiene oral centram-se na necessidade de manter a boca limpa e


húmida, ajudar a conservar os dentes e mucosa oral, remover restos alimentares,
massajar as gengivas, estimular a circulação e prevenir complicações.

Se o paciente for capaz de se auto-cuidar, deverá ser realizada supervisão e, se


necessário ensino.

Caso contrário, deverão ser seguidas as seguintes instruções:


1. Reunir todo o material: luvas, escova de dentes ou espátula com compressa,
pasta dentífrica, antisséptico oral, copo, bacia, toalha, resguardos, palhinha,
vaselina ou pomadas.
2. Posicionar o paciente, de preferência sentado, ou em decúbito lateral (de lado)
se inconsciente;
3. Associar, no copo, o antisséptico e a água em partes iguais;
4. Se possível pedir ao Doente para gargarejar com o líquido previamente
preparado (podendo utilizar a palhinha), relembrando que não pode deglutir.
5. Embeber a espátula envolvida com compressa ou escova de dentes na
mesma solução preparada anteriormente;
6. Realizar a limpeza da língua do paciente, movendo-a de um lado para o outro
para evitar provocar o vómito. Não esquecer de limpar também as partes
laterais, inferior e palato (céu da boca), além das gengivas;
7. No caso do paciente possuir prótese dentária, esta deve ser retirada e lavada
(água morna), escova e pasta de dentes, devendo-se lavar a boca

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normalmente como anteriormente foi referido; colocar prótese dentária em


locais adequados (não embrulhar em lenços ou outro material).
8. Hidratar os lábios do paciente com vaselina ou outro produto semelhante.
9. No caso de pacientes semi-dependentes, promover uma correta higiene oral,
aconselhando escovar os dentes após as refeições, lavando todas as faces
dos dentes, língua, gengivas, palato e parte interna das bochechas, em
movimentos circulares, utilizando uma escova com cerdas suaves. Pode
também ser aconselhada a utilização do fio dentário.

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5.2. Higiene pés e mãos

Os Idosos costumam apresentar sérios problemas nas mãos e pés, devido a


alterações circulatórias, deformidades ósseas, diabetes, etc.

Os objetivos principais da sua higiene são: prevenir a infeção ou inflamação, evitar


traumatismo devido a unhas encravadas, longas ou ásperas, evitar acumulação de
sujidade, etc.

Os cuidados a ter em conta são:


1. Preparar material necessário: luvas, bacia, esponja, toalhas, sabão, tesoura
ou corta-unhas, creme, óleo, vaselina, etc.
2. Durante o banho, lavar com água e sabão, introduzir as mãos e os pés do
Idoso na bacia de água (posteriormente trocar de água), lavando
especialmente as unhas e espaços interdigitais, assim como ter o cuidado de
secar bem os mesmos;
3. Hidratar com creme, óleos ou aplicar vaselina nos locais de maior calosidade
(por exemplo os calcanhares);
4. Cuidar das unhas, corta-las ou lima-las se necessário (cortando de forma reta
e não muito próximo da pele), amolecendo-as previamente em água morna;
5. Observar as alterações dos pés, mãos e unhas, verificando presença de
lesões cutâneas;
6. Não cortar calosidades (pode provocar hemorragia);
7. Considerar micoses (usar instrumentos de uso pessoal ou desinfetá-los).

5.3. Higiene facial

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Orelhas e Ouvidos

A sujidade nos ouvidos e orelhas pode provocar ulceração e infeção, pelo que
também devem ser considerados determinados aspetos importantes na sua higiene:
1. Durante o banho lavar com água e sabão as orelhas, não esquecendo a parte
posterior da mesma;
2. Preparar material necessário: luvas, toalhetes, algodão, cotonetes, etc.;
3. Utilizar toalhete, algodão ou cotonete, mas sem introduzir no ouvido, pois
pode traumatizar o tímpano e o objetivo é retirar a sujidade e não introduzi-la
no ouvido;
4. Observar presença de cerúmen (cera);
5. Observar alterações;
6. Considerar próteses auditivas.

Olhos (lavagem ocular)

Os olhos devem ser lavados durante o banho, com água (alguns produtos podem
provocar irritação), no entanto por vezes é necessário promover uma higiene
particular, em caso de excesso de secreção ocular.

A limpeza dos olhos deve ser realizada com compressas, utilizando o soro fisiológico.
Sendo necessária uma compressa para cada olho.
1. Reunir o material necessário: luvas, compressas e soro fisiológico;
2. Com uma compressa embebida em soro fisiológico, passar suavemente no
olho de dentro para fora, a fim de limpar todas as secreções existentes;
3. Repetir o procedimento no outro olho, utilizando nova compressa;
4. Observar alterações do olho, considerar conjuntivites e irritações, etc.;

Barba

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Sendo feita com lâminas comuns, de segurança ou com um barbeador elétrico, o


barbear integra o cuidado normal diário para o paciente do sexo masculino.

Além de reduzir o crescimento de bactérias sobre a face, o barbear melhora o


conforto do paciente ao remover pêlos que poderiam coçar e irritar a pele, bem como
produzir uma aparência descuidada.

Como cortes e arranhões ocorrem com maior frequência ao serem utilizadas lâminas
de barbear, o uso de um barbeador elétrico será indicado para pacientes com
problemas de coagulação ou que estejam em tratamento com anticoagulantes.

O barbear pode ser contraindicado para pacientes com problemas de pele ou


ferimentos na face.

5.4. Higiene capilar

Os cuidados básicos dos cabelos incluem: observar, lavar, escovar, pentear e cortar.
Atender a alguns aspetos importantes:
1. Reunir o material necessário: luvas, bacia, caneca, toalhas ou resguardo,
produtos de higiene do paciente, pente, escova, tesoura, secador, etc.;
2. Se possível lavar cabelo no chuveiro;

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3. Observar alterações do couro cabeludo (lesões, parasitas, etc.);


4. Aplicar produtos do paciente;
5. Respeitar hábitos do paciente (frequência de lavagem, no caso das
senhoras a ida ao cabeleireiro, etc.);
6. Massajar couro cabeludo com as pontas dos dedos;
7. Se possível manter o cabelo do curto, cortando se necessário e houver
consenso;
8. Lavar o cabelo no leito.

5.5. Hidratação corporal

A pele é o maior órgão do corpo humano, possuindo enumeras funções, entre elas:
• Proteção física e imunitária;
• Proteção da desidratação;
• Regulação da temperatura corporal (por exemplo, sudação);
• Funções metabólicas (por exemplo a luz solar faz com que o organismo
produza Vitamina D);
• Órgão dos sentidos (tato).

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Como tal a higiene de toda a superfície corporal é indispensável, tendo em conta


alguns detalhes.

Em Idosos semi-dependentes, sem alterações da pele pode-se utilizar sabão,


sabonete ou gel de banho convencional, no entanto em idosos dependentes deverá
ser utilizado sabão hipoalergénico, pois tem menor potencial de provocar alergias,
promove higiene e não carece de passar por água limpa.

Poder-se-á aplicar cremes ou óleos, dando preferência ao creme hidratante. Não


utilizar pós (talco), pois impedem os poros da pele de respirar.

Verificar alterações de toda a pele, desde feridas por traumatismos ou pressão,


alergias, desidratação, alterações da pigmentação, da temperatura, sensibilidade,
etc.

Durante o banho dever-se-á reunir condições para promover um momento


agradável, de diálogo com o Idoso (evitar falar apenas com o outro elemento que
presta cuidados, esquecendo o Idoso), conversando sobre situações positivas e do
interesse do Idoso.

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6. Técnicas de vestir e despir

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A roupa do utente

Há princípios gerais a respeitar, no que diz respeito ao vestuário da pessoa idosa,


tais como:
• Ser confecionado com tecidos macios, quentes ou frescos consoante a
estação do ano.
• Ser fácil de vestir e despir.
• Ser confortável e desprovido de tudo o que possa apertar o corpo.
• O modo de fechar (botões, molas, fechos) deve ser ao gosto da pessoa idosa,
utilizando a forma que para ela seja mais fácil, olhando à sua autossuficiência.
• A cor deve ser escolhida pela pessoa idosa merecendo o nosso respeito os
seus preconceitos quanto a esta característica do vestuário.
• O vestuário de lã não deve ser usado diretamente sobre a pele, pois pode
provocar pele seca e prurido (comichão)
• Os sapatos devem ter uma base larga para sustentar bem o corpo e facilitar
a locomoção.
• Os sapatos devem ser bem ajustados aos pés, sem, no entanto, os apertar.
• O vestuário, além de prático e cómodo, deve dar à pessoa idosa uma
aparência agradável e uma sensação de bem-estar.
• Permitir que a pessoa idosa conserve os seus hábitos, sempre que possível.

A pessoa idosa deve escolher a sua roupa e expressar as suas preferências, sem
que, por isso, seja alvo de críticas.

As roupas devem ser confortáveis, simples de se vestir e adequadas ao clima e aos


desejos do paciente; sempre que possível, dê preferência aos tecidos de algodão
por serem macios e permitir uma melhor movimentação.

Resíduos de produtos químicos usados na lavagem das roupas podem ser causa de
irritações na pele.

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O uso de tecidos sintéticos e inflamáveis e de colchetes, correntes e alfinetes deve


ser abolido, evitando, com isso, possíveis acidentes e traumatismos.

É importante que, para o paciente impossibilitado de manifestar a sua sensibilidade


à temperatura externa, o profissional esteja atento para a colocação ou retirada de
agasalhos.

Também é importante que os cuidadores mantenham a calma no auxílio do


vestuário.

Os pacientes cansam-se com facilidade e, por isso mesmo, é correto manter roupa
simples com aberturas laterais ou frontais e uso de fechos de velcro.

Aos pacientes limitados a cadeiras de rodas, é bom optar por roupas confortáveis,
largas, especialmente nos quadris.

Para pacientes com lesões extensas de pele, independentemente da causa, oriente


adaptações de roupas e camisolas: as mangas podem ser desmembradas do corpo
da roupa e adaptadas ao corpo do paciente através dos dispositivos acima citados.

Relativamente a este aspeto, compete ao profissional o seguinte:


• Colaborar no posicionamento dos doentes nos diversos decúbitos (dorsal,
lateral direito, lateral esquerdo, ventral);
• Posicionar os doentes de forma a que a roupa da cama se mantenha sempre
esticada e sem rugas;
• Deixar sempre o doente em posição confortável;
• Colaborar na massagem das principais zonas de pressão (ombros, costas…)
• Manter as regiões mais íntimas do corpo dos doentes sempre cobertas

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• Ajudar na passagem dos doentes da cama para o cadeirão e vice-versa,


aquando do seu levante.

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7. Ajudas técnicas de apoio

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Assentos para duche

Na sua escolha é importante considerar:


• Equilíbrio sentado
• Movimentos involuntários

Fixos à parede Transportáveis: banco sem braços

Banco com braços (reguláveis em altura) Cadeira sem braços

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Cadeira com braços

Cadeiras de rodas de banho

• Facilitam as deslocações
• Diminuem a necessidade de transferências
• Podem ser adaptadas às sanitas
• De fácil limpeza

Sem pedais Com pedais

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Com rodas grandes permitindo a condução pelo próprio

Com suporte de tronco e encosto alto Sem suporte de tronco e encosto alto

Com braços móveis

Assentos e pranchas para banheira

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Podem melhorar consideravelmente a segurança, autonomia e acessibilidade.

Dentro dos tipos de assentos para banheira que a seguir exemplificamos, podem-se
encontrar no mercado em vários materiais e de diversas formas.

Assentos aplicados sobre os bordos da banheira

Sem encosto Com encosto

Assentos aplicados sobre o fundo da banheira

Sem encosto Com encosto

Cadeira rotativa

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Permite uma transferência muito mais fácil. Existe no mercado em diferentes


materiais.

Para indivíduos em que não é possível a posição sentada. A prancha adapta-se à


banheira e permite o escoamento da água.

Banheira suspensa

Existe em várias dimensões, sendo adequada tanto na infância, como na idade


adulta.

Útil para o banho de imersão, elevando a altura da banheira e facilitando a ação do


prestador de cuidados.

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8.Higienização dos espaços

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A higiene e limpeza do domicílio é um serviço que visa promover o bem-estar,


conforto e qualidade da vida do utente.

O Serviço pode assumir a higiene e limpeza no domicílio, sempre que o utente o


solicite, devendo dar especial prioridade nas situações em que este,
independentemente da causa, se veja impossibilitado de assegurar tal atividade.

Para o efeito, deve elaborar um programa de higiene e limpeza do domicílio do


utente, no qual devem constar, pelo menos os seguintes elementos:
• O âmbito, espaços de limpeza e arranjo da casa, e respetivas tarefas e
periodicidade;
• Os responsáveis pela execução e supervisão;
• Os horários diários de prestação do serviço;
• Os recursos necessários, p.e. utensílios/instrumento de apoio à ação e/ou
tarefa produtos de higiene ambiental, entre outros;
• A participação e grau de implicação do utente e/ou pessoa(s) próxima(s)
nalgumas tarefas.

O programa de higiene e limpeza no domicílio do utente deve estar adequado às


necessidades e expectativas dos utentes, respeitar os serviços contratualizados com
o utente e/ou família, assim como a privacidade, hábitos, confidencialidade e
segurança do utente.

Poderão fazer parte da atividade de higiene e limpeza no domicílio, entre outras, as


seguintes ações e/ou tarefas:

Limpar e higienizar

• Varrer;
• Aspirar;

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• Limpar o pó;
• Limpar bancadas, vidros, espelhos;
• Lavar sanitários, paredes, azulejos, eletrodomésticos, janelas
• Polir superfícies e objetos que o exijam;
• Instalações sanitárias e cozinha;
• Remover manchas simples das instalações sanitárias ou demais espaços
habitacionais.

Arrumar

• Arejar a casa;
• Mudar a roupa e fazer a cama;
• Recolher e deitar o lixo fora;
• Mudar e repor peças de roupa, p.e. toalhas na(s) instalação(ões) sanitária(s),
roupa de cama entre outros;
• Arrumar gavetas, armários, etc.
• Retirar e recolocar os pertences do utente nos espaços definidos.

As tarefas de limpeza podem ser feitas de várias maneiras de modo a cumprirem os


seus objetivos com o mínimo de esforço pessoal, bom uso de tempo e sem
desperdícios, tanto de produtos e materiais de limpeza ou energia para operar esse
tipo de equipamento.

Em alguns estabelecimentos, por cada nova tarefa são propostas técnicas


detalhadas:
• Que tipo de material usar;
• Que equipamento usar;
• O padrão pretendido;
• Como estabelecer o trabalho;
• Que sequência seguir;

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• Quanto tempo deverá durar.

Equipamentos de proteção individual - limpeza das instalações

Os profissionais que são responsáveis pela limpeza e desinfeção das instalações,


devem estar protegidos durante a execução das suas atividades pelos equipamentos
de proteção individual que constam no Quadro seguinte:

Luvas de Farda/ Avental Óculos Calçado Máscara


borracha Bata de (próprio)
plástico
Limpeza X X X X
Desinfeção X X X X X X

Salienta-se, que as luvas constituem uma barreira de defesa eficaz no contacto com
os produtos de limpeza, em especial nos contactos prolongados com os
desinfetantes, detergentes com ação corrosiva, decapantes, cera ou outro produto
químico que possa potencialmente causar dano ao seu utilizador, pelo que é
fundamental respeitar a sua utilização.

Assim, é indispensável a utilização de luvas adequadas sempre que se realizem


trabalhos de risco, nomeadamente:
• No manuseamento de produtos contaminados ou suspeitos de contaminação
incluindo materiais/equipamentos de limpeza;
• Na limpeza de áreas sujas e contaminadas;
• Na limpeza de pavimentos, materiais e equipamentos de médio e alto risco;
• No manuseamento de materiais corto-perfurantes;
• Durante a manipulação/aplicação de produtos agressivos para a pele
(detergentes, desinfetantes e outros).

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9. Fazer a cama com e sem cliente/utilizador

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Fazer a cama sem o cliente

As camas deverão ser arejadas diariamente, puxando a roupa até aos pés, para que
a humidade libertada pelo corpo durante o sono se liberte e o colchão e os lençóis,
sequem.

A roupa durará mais tempo e o sono será mais agradável.

As camas deverão ser sempre feitas antes de se limpar o quarto, para que o pó
levantado durante as limpezas, não suje as roupas.

Aspetos importantes na abertura de camas:


• Quando desfizer a cama evite bater na roupa da cama, pois isto pode espalhar
pó e bactérias no quarto. Cada objeto deve ser dobrado para o centro da
cama;
• Nunca coloque cobertores ou roupa limpa no chão. Ponha a roupa suja
diretamente no contentor destinado a ela – saco da roupa;
• Assegure-se que o ocupante da cama dorme entre os lados direitos dos
lençóis;
• A dobra do lençol superior deve ter um tamanho de 20 cm e estar a 10 cm da
cabeceira;
• A abertura lateral da fronha não deve ser visível – para baixo e para o centro
da cama;
• Faça as dobras corretamente;

Como princípios básicos, considera-se que uma cama está bem feita caso os lençóis
fiquem bem esticados, sem pregas, e caso a manta e a colcha não fiquem muito
apertadas.

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Em relação ao jogo de cama, costuma-se colocar um lençol superior e inferior,


igualmente denominado forra, e por vezes é aconselhável colocar-se um outro
adicional, denominado resguardo, que deve ser colocado transversalmente por cima
do inferior.

A Estrutura da cama deve ser aspirada, periodicamente Aproveita-se, quando se vira


o colchão.

Para a cabeceira, se for em tecido, utiliza-se a escova macia do aspirador. Para as


ripas de madeira, o acessório das fendas.

Regularmente, afasta-se da parede e do local onde se encontra para se aspirar o


chão e limpar a parede.

Fazer a cama com o cliente

Procedimento:
• Providenciar os recursos para junto do indivíduo.
• Aprontar uma cadeira aos pés da cama com as costas voltadas para quem
executa
• Lavar as mãos
• Trocar as roupas de cama segundo a técnica abaixo descrita:
• Posicionar-se de um dos lados da cama
• Remover a roupa debaixo do colchão de toda a cama, começando pela
cabeceira até aos pés (à esquerda) e continuar a desentalar dos pés
para a cabeceira (à direita), ou vice-versa;
• Executar três dobras na colcha começando de cima para baixo, depois
dobrar outra vez ao meio, no sentido da largura e colocar nas costas
da cadeira;
• Executar de igual modo para o cobertor;

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• Manter a dobra em cima do lençol que cobre o indivíduo, fazer outra


em baixo, seguida de duas dobras laterais, começando pelo lado
oposto;
• Assistir o indivíduo a voltar-se para o lado oposto da cama, ajustando
a almofada;
• Remover o resguardo, enrolando-o ou dobrando-o em leque até ao
meio da cama, encostando-o bem ao indivíduo. Executar do mesmo
modo ao lençol de baixo.
• Posicionar o lençol de baixo limpo a meio da cama, da cabeceira para
os pés, abri-lo e enrolar ou dobrar em leque a metade oposta para
dentro até meio da cama. Entalar a metade da cabeceira e fazer o
canto, depois a metade dos pés e respetivo canto e por fim a parte
lateral.

Cantos dos lençóis

• Posicionar o resguardo a meio da cama e enrolar a metade oposta para


dentro até junto do indivíduo, enrolando-o desse lado.

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Aplicação do resguardo

• Virar o indivíduo, ajustando a almofada


• Posicionar-se do lado oposto
• Remover o resguardo e o lençol de baixo descartando-os no saco da
roupa suja
• Tapar o colchão desenrolando e entalando o lençol de baixo, fazendo
os cantos na extremidade superior e inferior. Entalar o resguardo desse
lado.
• Posicionar ou assistir o indivíduo a posicionar-se no meio da cama
• Aprontar o lençol que cobre o indivíduo, desfazendo as dobras laterais
• Posicionar-se de novo no lado oposto onde iniciou a cama
• Cobrir o peito do indivíduo com o lençol de cima limpo e dobrado,
pedindo-lhe para o segurar. Se não for possível, entalar sob os ombros.

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Colocação do lençol de cima

• Reunir a extremidade inferior do lençol limpo e a extremidade superior


do que se vai retirar. Remover o lençol sujo, cobrindo simultaneamente
o indivíduo com o limpo. Executar o canto desse lado.
• Aplicar um cobertor ou edredão sobre o lençol de cima
• Executar o canto do cobertor ou edredão e do lençol em simultâneo,
fazendo uma dobra junto aos pés, depois de entalar a roupa na
extremidade inferior da cama

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Prega de protecção aos pés

• Aplicar a colcha sobre o cobertor ou edredão e fazer o respetivo canto


• Executar uma dobra para dentro na extremidade superior da colcha, de
forma a envolver o cobertor ou edredão e executar a dobra do lençol
sobre ambos

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Acabamento da cama

• Posicionar ou assistir o indivíduo a posicionar-se


• Assegurar a recolha do material
• Lavar as mãos.

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10. Recolha, separação e transporte de resíduos

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10.1. Equipamentos de proteção individual

Os profissionais de saúde envolvidos na gestão de resíduos hospitalares (RH) e que


os manipulam estão potencialmente em risco de contrair infeção por cortes
acidentais ou por contacto com os RH após rutura/derrame dos recipientes (sacos
ou contentores).

De forma a salvaguardar a saúde e segurança de todos os envolvidos na gestão dos


RH deverão ser implementadas as seguintes medidas:

• Informação/formação e sensibilização de todos os profissionais envolvidos


nas diferentes etapas;
• Fornecimento dos equipamentos adequados para todas as etapas de gestão
dos RH;
• Estabelecimento de um programa de saúde ocupacional que inclua a
imunização e tratamentos profiláticos após exposição e vigilância médica;
• Fornecimento de EPI;
• Armários individuais duplos, sempre que possível, para colocação separada
da roupa de trabalho e da roupa pessoal;
• Instalações sanitárias e vestiário destinadas aos trabalhadores.

Entende-se por equipamento de proteção individual (EPI) todo o equipamento, bem


como qualquer complemento ou acessório, destinado a ser utilizado pelo trabalhador
para se proteger dos riscos, para a sua segurança e para a sua saúde.

O uso de EPI constitui-se uma das precauções padrão indicada para reduzir o risco
de transmissão de microrganismos de fontes de infeção, conhecidas ou não,
devendo ser adotado na assistência a todo e qualquer doente e/ou na manipulação
de objetos contaminados ou sob suspeita de contaminação.

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No manuseamento dos resíduos é obrigatório o uso dos seguintes equipamentos


descritos na tabela seguinte:

EPI Função
Máscara • Utilizadas para proteger o indivíduo contra inalação de
aerossóis
Avental • Utilizado durante os procedimentos onde houver probabilidade
de contacto com material biológico e com superfícies
contaminadas.
• Deve ser de PVC, impermeável e de comprimento médio
Botas • Utilizadas para proteção dos pés um locais húmidos ou com
quantidade significativa de material infetante.
• Deve ser de PVC, impermeáveis, resistentes, de cor clara e
sola antiderrapante
Óculos • Utilizados para proteger a mucosa ocular contra possíveis
respingos de sangue e secreções.
Luvas • Usadas para proteger o profissional de limpeza nas suas
atividades e de qualquer contacto direto ou indireto com
material orgânico.
• Devem ser de PVC, impermeáveis, resistentes, de cor clara,
antiderrapantes e de cano longo
Uniforme • Utilizado para proteção do corpo e identificação do profissional

Para guardar este EPI devem existir dois locais distintos, sendo um para o
equipamento que nunca foi utilizado e outro para equipamento já utilizado.

Devem também existir instalações sanitárias e de vestiário destinadas a estes


trabalhadores.

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Neste sentido:
• O trabalhador deve iniciar o trabalho devidamente protegido pelo EPI. A
manutenção diária dos EPI deve ser efetuada pelo utilizador devidamente
informado e a sua armazenagem deve ser efetuada de forma adequada;
• O EPI deve ser sempre adequado à função a desempenhar. Devem estar à
disposição batas, luvas e máscaras, as quais devem ser inspecionadas
regularmente. A inspeção inclui os seguintes itens:
o Partes danificadas;
o Verificação de funcionamento;
o Verificação do estado de higienização dos EPI;
• Impedir que o trabalhador fume, coma ou beba nas zonas de trabalho;
• Assegurar que todos os EPI são guardados em local apropriado, verificados
e limpos, se possível antes e, obrigatoriamente, após cada utilização, bem
como reparados ou substituídos se tiverem defeitos ou estiverem danificados;
• Colocar à disposição dos trabalhadores instalações sanitárias e de vestiário
adequadas para a sua higiene pessoal;
• Antes de abandonar o local de trabalho, o trabalhador deve retirar o vestuário
de trabalho e os EPI que possam estar contaminados por agentes biológicos
e guardá-los em locais separados, previstos para o efeito;
• Deve ser assegurada a descontaminação ou eliminação do vestuário e dos
EPI.

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10.2. Técnicas de recolha

Os resíduos são atualmente considerados em quatro grupos, em conformidade com


o quadro legal em vigor:
• Grupo I - resíduos equiparados a urbanos;
• Grupo II - resíduos não perigosos;
• Grupo III – resíduos de risco biológico;
• Grupo IV – resíduos específicos.

Grupo I- resíduo que não apresentam exigências especiais no seu tratamento

• Resíduos de gabinetes, salas de reuniões e de convívio, instalações


sanitárias, vestiários, resíduos de serviços de apoio (bares,
cozinhas/refeitórios, oficinas e armazéns);
• Papéis de todos os tipos, incluindo toalhetes de limpeza de mãos;
• Embalagens vazias e invólucros comuns;
• Restos de alimentos, embalagens de aerossóis/sprays;
• Garrafas de água, flores, jornais, revistas, latas e embalagens de
sumos/refrigerantes.

Grupo II- resíduos não perigosos

• Fraldas e resguardos de uso único, não contaminados (não contenham


sangue);
• Material de proteção individual (batas, luvas, máscaras) que não contenha
sangue;

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• Embalagens vazias de medicamentos ou de outros produtos de uso clínico


comum, ampolas e frascos de injetáveis vazios, frascos de vacinas vazios.
Para evitar acidentes com risco físico (corte), estes materiais podem ser
colocados em saco de plástico preto resistente, previamente introduzido em
recipiente rígido de uso múltiplo;
• Frascos de soro não contaminados com sangue ou com produtos do Grupo
IV;
• Material ortopédico (talas, gessos, etc.), não contaminado com sangue.

Grupo III- resíduos de risco biológico

• Material de pensos (pensos, ligaduras, compressas, algodão, pus) e material


ortopédico (talas, gessos, etc.) que contenham sangue ou outra matéria
orgânica;
• Material de proteção individual (luvas, batas, aventais e máscaras) que
contenha sangue ou outra matéria orgânica;
• Sacos de plástico de transporte das roupas contaminadas;
• Espátulas após utilização, DIU, luvas (utilizadas no planeamento familiar, nas
salas de tratamento ou vacinação), material contaminado (contenha sangue);
• Seringas;
• Restos de alimentos de doentes infetados ou suspeitos;
• Material exteriorizado aos doentes: algálias, sondas, catéteres, drenos;
• Exsudados, vómitos, tecido humano, fluidos;
• Sistemas de administração de soro e/ou outros medicamentos, com exceção
dos do Grupo IV;
• Peças anatómicas de pequenas dimensões (não identificáveis), material de
biópsia;
• Amálgamas (não contendo mercúrio) e extrações dentárias;
• Todos os resíduos que contenham sangue;

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• Sacos/sistemas coletores de fluidos orgânicos.

Grupo IV- resíduos hospitalares específicos

• Seringas quando acopladas a agulhas;


• Objetos corto-perfurantes (agulhas e lâminas de bisturi);
• Frascos e/ou ampolas contendo pelo menos uma dose;
• Limas de endodontia;
• Brocas.

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10.3. Técnicas de separação

No que respeita aos resíduos dos Grupos I e II, equiparados a urbanos, ou que, não
estando sujeitos a tratamentos específicos, podem ser equiparados a urbanos, estão
abrangidos, desde que a produção não exceda os 1100 litros diários, nas recolhas
das entidades responsáveis pelos sistemas dos resíduos sólidos urbanos da região
onde estão localizados os CS/ES.

Sempre que houver resíduos passíveis de serem reciclados a sua deposição deverá
ser seletiva na origem.

No caso da produção exceder os 1100 litros diários podem ser efetuados contratos
específicos com estas entidades, tendo em vista a prestação do serviço de recolha,
transporte, tratamento e destino final.

Nesse sentido, deve ser feita a separação para reciclagem ou reutilização de todos
os materiais relativamente aos quais a autarquia faça a recolha seletiva, como por
exemplo, cartão, papel, vidro, metais ferrosos e não ferrosos, os plásticos, pilhas e
baterias.

Relativamente a este tipo de resíduos, há que ter o cuidado de não permitir


contaminações cruzadas com os outros RH.

Os resíduos dos Grupos I e lI devem ser colocados em sacos de plástico de cor


preta.

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No que respeita aos resíduos valorizáveis (grupos I+II), o aspeto mais importante a
salientar é a necessidade de se providenciar a existência de ecopontos com as cores
utilizadas pela Sociedade Ponto Verde.

Devem ter uma capacidade adequada à produção local deste tipo de resíduos,
criando as condições para a existência de recolhas frequentes para o exterior.

Devem estar identificados com o tipo de RH a que se destinam, de modo a evitar a


mistura com outros RH diferentes, o que poderá inviabilizar os respetivos processos
de valorização.

Os resíduos com risco biológico (grupo III) devem ser separados dos outros tipos de
resíduos e guardados em sacos não reutilizáveis, resistentes à humidade e ao
choque.

Estes sacos devem estar colocados em suportes próprios, ser cheios até 2/3 da sua
capacidade para permitir o seu fecho eficaz (selagem a quente, com atilhos ou com
braçadeiras) antes do transporte.

Por outro lado, o seu material deve estar adaptado ao sistema de tratamento a
utilizar, ou seja, se os RH contaminados forem tratados por um sistema de
desinfeção e se o método de desinfeção for a autoclavagem, então os sacos devem
permitir a entrada do vapor de água. Os sacos de plástico a utilizar devem ser de cor
branca.

Os resíduos cortantes e perfurantes (grupo IV) devem ser embalados em recipientes


imperfuráveis. A lei não prevê cor para este tipo de recipiente.

Em caso algum, estes recipientes podem ser reutilizados. Relativamente a estes


resíduos tem de existir uma correta triagem entre os que pertencem ao Grupo III –

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algodões e seringas – e os que devem ser integrados no Grupo IV – bisturis e


agulhas.

Deste modo, recomenda-se o uso de contentores de menores dimensões – de 1 a 3


litros – que apenas possibilitem a colocação de cortantes e perfurantes no seu
interior. Sendo de menores dimensões, estes contentores são mais fáceis de
transportar e também mais económicos.

Não pode ser esquecida outra fonte de produção deste tipo de resíduos que são as
habitações, devido a visitação domiciliária de enfermeiros ou devido a uso pessoal,
por exemplo, pelos diabéticos, pelo que devem ser utilizados contentores de bolso,
existindo no mercado este tipo de contentores, para uso pessoal, o que pode
constituir uma solução ótima para os cuidados domiciliários/continuados.

Os resíduos farmacêuticos, incluindo vacinas, (grupo IV) devem ser depositados em


saco plástico de cor vermelha.

Equipamentos que contenham mercúrio e tenham sido colocados fora de serviço,


como por exemplo os termómetros, certas pilhas e acumuladores e lâmpadas,
devem ser acondicionados em recipientes fornecidos pela empresa que efetuar a
sua recolha.

Os resíduos líquidos químicos perigosos de diferentes composições devem ser


contentorizados separadamente, de forma a evitar reações químicas e ser
encaminhados para tratamento por empresas devidamente licenciadas.

Os recipientes de deposição devem ter uma capacidade limitada, para que possam
ser manipulados em segurança, devendo ser resistentes e herméticos.

A identificação dos recipientes com resíduos líquidos perigosos é fundamental para


que todas as operações consequentes sejam as mais adequadas e as normas de

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segurança respetivas sejam cumpridas. Estes resíduos químicos não devem ser
descarregados no sistema de drenagem de águas residuais.

Sempre que possível, estes resíduos devem ser reciclados ou substituídos por outros
menos tóxicos e, finalmente os que ficam, devem ser separados em tóxicos e não
tóxicos.

Os perigosos ou tóxicos, que não são recicláveis, devem ser depositados de acordo
com o tipo de risco e o tipo de tratamento a que vão ser sujeitos.

Os químicos potencialmente explosivos ou inflamáveis devem ser armazenados em


local próprio e adequado, separado dos restantes.

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10.4. Técnicas de transporte

O transporte interno dos RH é efetuado desde os serviços produtores até ao local de


armazenagem (armazém de RH) no interior do CS/ES, devendo este ser adequado
aos serviços produtores, à quantidade produzida e à natureza dos RH recolhidos.

No caso dos contentores reutilizáveis, deve ser prevista a sua lavagem, desinfecção
e secagem, antes da sua colocação no serviço.

No que se refere aos sacos, aquando da recolha, devem ser devidamente fechados,
com recurso a atilhos plásticos, selagem a quente ou outro, de modo a impedir a
proliferação de cheiros desagradáveis. Não se deve recorrer ao nó efetuado com o
próprio saco.

A frequência das recolhas deve ser programada tendo em atenção a disponibilidade


de espaço físico de armazenagem temporário dos RH nos serviços onde são
produzidos e a disponibilidade

Assim deve-se estabelecer um programa de rotina de recolha que deve ter em


consideração as seguintes recomendações:
• Os enfermeiros e outros profissionais de saúde devem assegurar que os
sacos dos RH estão devidamente fechados quando estão cheios a 2/3;
• Os RH devem ser recolhidos pelo menos uma vez por dia, no final de cada
turno ou sempre que se verificar necessário e ser armazenados num local
apropriado – armazém de RH;
• Os sacos e/ou contentores novos do mesmo tipo devem ser imediatamente
colocados nos locais, a substituir os que foram retirados;

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• Os responsáveis pela remoção dos recipientes nunca devem corrigir os erros


de uma má separação, através da remoção dos RH dos sacos ou contentores,
ou por despejo de um saco para outro. Se os RH equiparados aos urbanos e
os contaminados tiverem sido misturados, a mistura deve ser manuseada e
tratada como RH perigosos;
• Apesar de estarem contentorizados, devem ser respeitadas as normas de
controlo de infeção, através da existência, sempre que possível, de circuitos
próprios para os RH, designados por “circuito de sujos”, e de circuitos,
completamente distintos, para os outros materiais, o “circuito de limpos”, como
é o caso, por exemplo, de materiais clínicos, produtos esterilizados, roupa
lavada e comida. Deve portanto existir um plano de circulação, cujo circuito
deve ser definido segundo critérios de operacionalidade e de menor risco para
os doentes, utentes, profissionais, visitantes e público em geral, garantindo as
condições de higiene do CS/ES e os aspetos de natureza ética e estética.
Quando não houver um circuito independente para sujos, quer ao nível de
corredores quer ao nível de elevadores, devem ter-se em atenção os horários
de recolha dos RH, para que não coincidam com outras atividades do CS/ES,
nomeadamente com a circulação de doentes, a distribuição da alimentação,
o horário de visitas, os períodos de visita ou de maior fluxo de pessoas, etc;
• O transporte interno nunca deve ser feito por um método que recorra à ação
da gravidade, pela possibilidade do rebentamento dos recipientes e posterior
derramamento dos resíduos, com todos os inconvenientes e riscos que daí
podem advir;
• Para minimizar o risco de transporte das ampolas ou frascos dentro e fora do
CS/ES, no caso de se partirem e se tornarem cortantes, deve ser reutilizada
uma embalagem intermédia, por exemplo, de cartão ou de plástico, para
acondicionar os frascos e as ampolas, antes de serem colocadas dentro do
saco preto;
• Os carros de pensos e de tratamentos, nos CS/ES com internamento, devem
possuir um saco preto – de maiores dimensões – e um saco branco – mais
pequeno – ou, pelo menos, dois do mesmo tamanho. No caso de se proceder

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à administração de injetáveis com o auxílio destes carros, deve também existir


um contentor para materiais cortantes e perfurantes de pequena capacidade,
isto é, de 1 litro, para a colocação de resíduos do Grupo IV.

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11.Ocorrências e anomalias no apoio à prestação de


cuidados

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11.1. Procedimentos de registo e reporte

A instrução de trabalho IT01.PC05 – Cuidados de Higiene e Imagem define as regras


gerais relativas aos cuidados de higiene e imagem a prestar aos clientes (de acordo
com a avaliação das suas necessidades e expectativas), aos colaboradores, ao
espaço, equipamentos e utensílios.

A instrução de trabalho IT01.PC08 – Higiene Habitacional, define as regras gerais


relativas: a) aos cuidados de higiene no domicílio (limpeza e arrumações); b) aos
colaboradores.

A monitorização do processo será realizada através do controlo dos indicadores que


devem ser definidos pela Direção do estabelecimento, em função do modelo
organizacional e dos objetivos estratégicos da instituição.

Entrada

• Entrevista de avaliação diagnóstica das necessidades e expectativas dos


cuidados pessoais e de saúde
• Resultados do Programa de Acolhimento Inicial
• Plano de Desenvolvimento Individual
• Informações diárias do cliente e/ou Responsável pelo cliente
• Resultados da monitorização e avaliação dos PDI
• Ocorrências

Saída

• Plano de Cuidados Pessoais


• Programa/Plano de Atividades de Apoio Doméstico

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• PDI revisto (adequação da equipa técnica, redefinição de objetivos, metas


ações)

Indicadores

• % de cuidados prestados de acordo com as metas e objetivos definidos nos


PDI’s do cliente, por cada tipo de serviço
• % de serviços prestados de acordo com as necessidades e expectativas dos
clientes, por cada tipo de serviço
• % de serviços prestados de acordo com o planeado
• % de reclamações
• % de clientes com escaras
• % de clientes indiciando maus tratos
• % de clientes indiciando má higiene
• % de clientes que adquiriram ajudas técnicas, após orientação do SAD
• Grau de satisfação dos clientes face aos serviços prestados quanto à higiene
no domicílio.

Sempre que sejam detetadas situações de negligência, abusos de direitos e maus


tratos ao cliente por parte dos colaboradores, os responsáveis pela Resposta Social
devem auscultar todas as partes envolvidas, garantir que os direitos do cliente não
são postos em causa neste processo e acionar junto dos colaboradores os
mecanismos de sanção previstos, de acordo com cada situação.

Sempre que sejam detetadas situações de negligência, abusos de direitos e maus


tratos ao cliente por parte das pessoas que lhe são próximas, os colaboradores
devem informar os responsáveis pelo estabelecimento.

Estes últimos, devem avaliar a situação em causa, auscultando o cliente e pessoa(s)


próxima(s).

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De acordo com a situação, os responsáveis devem informar, formar e apoiar o cliente


e a(s) pessoa(s) próxima(s) a superar a situação ou, em casos extremos, acionar os
meios legais ao dispor, com vista a salvaguardar a integridade e segurança do
cliente.

Todos os acontecimentos relevantes devem ser registados num livro de ocorrências,


nomeadamente os que possam exigir uma atuação/intervenção atempada.

Os registos devem descrever a ocorrência de forma clara, sucinta e objetiva, com


menção do dia e da hora em que teve lugar.

A direção técnica deve consultar diariamente o livro de ocorrências, para conhecer,


estudar e analisar os factos registados.

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Bibliografia

AA VV., Manual de boas práticas – um guia para o acolhimento residencial de pessoas mais
velhas, Instituto da Segurança Social, 2005

AA VV: Manual de normas de enfermagem: procedimentos técnicos, Ministério da saúde,


2008

AA VV: Manual de processos-chave: Serviço de Apoio Domiciliário, Programa de


cooperação para o desenvolvimento da qualidade e segurança das respostas sociais,
Instituto da Segurança Social, 2005

AA VV., Orientação de Boa Prática para a Higiene das Mãos nas Unidades de Saúde:
Circular Normativa, Ed. Direcção-Geral de Saúde

AA VV: Manual de procedimentos de higienização e limpeza em controlo de infeção, Ed.


ACSPIN I, Ministério da Saúde, 2010

Rochinha, Maria Helena, Manual do formando: Conservação de espaços interiores, Projeto


Delfim, GICEA - Gabinete de Gestão de Iniciativas Comunitárias do Emprego, 2000

Sanches, Maria do Carmo; Pereira, Fátima, Manual do formando: Apoio a idosos em meio
familiar, Projeto Delfim, GICEA - Gabinete de Gestão de Iniciativas Comunitárias do
Emprego, 2000

Tavares, A. et al., – Produção de resíduos hospitalares na prestação de cuidados


domiciliários. Revista Portuguesa de Saúde Pública. Vol. 23, Julho/Dezembro, 2005; 2:49-
62

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Termos e condições de utilização

AVISO LEGAL

O presente manual de formação destina-se a utilização em contexto educativo.


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É proibida a divulgação, promoção e revenda total ou parcial dos respetivos
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