Você está na página 1de 45

Manuseamento e Armazenagem

de Substâncias Perigosas

Manual
de Boas Práticas
Manual de Boas Práticas de manuseamento e armazenagem de Substâncias Químicas

ÍNDICE

1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................1

2 ACTIVIDADE HOSPITALAR .......................................................................................2

3 PROCEDIMENTOS GERAIS DE MANUSEAMENTO E ARMAZENAGEM DE


SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS...................................................................................................3
3.1 REGRAS GERAIS RELATIVAS AO MANUSEAMENTO DE SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS .................4
3.2 REGRAS GERAIS RELATIVAS À ARMAZENAGEM DE SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS ......................5
4 BOAS PRÁTICAS POR SECTOR DE ACTIVIDADE HOSPITALAR.....................7
4.1 SERVIÇOS CLÍNICOS .....................................................................................................7
4.2 SERVIÇOS DE URGÊNCIA ..............................................................................................9
4.3 UNIDADES DE CUIDADOS INTENSIVOS .......................................................................10
4.4 ENFERMARIAS ............................................................................................................11
4.5 BLOCOS OPERATÓRIOS ..............................................................................................12
4.6 FARMÁCIA .................................................................................................................13
4.7 LABORATÓRIOS..........................................................................................................14
4.8 CENTRAL DE ESTERILIZAÇÃO ....................................................................................15
4.9 SERVIÇOS DE LIMPEZA ...............................................................................................16
5 QUESTIONÁRIOS DE AUTO-AVALIAÇÃO TIPO.................................................17
5.1 NOTAS EXPLICATIVAS DE APLICAÇÃO DA METODOLOGIA ..........................................17
5.2 METODOLOGIA DE AUTO-AVALIAÇÃO........................................................................19
5.2.1 Questionários tipo.............................................................................................19
5.2.2 Avaliação e síntese............................................................................................30
5.2.3 Plano de Acções................................................................................................31
5.2.3.1. Plano de Acções...................................................................................................32
5.2.3.2. Descrição das Acções ..........................................................................................33
5.2.3.3. Plano de Monitorização.......................................................................................34
6 LEGISLAÇÃO: AGENTES QUÍMICOS E AGENTES BIOLÓGICOS..................35
6.1 AGENTES QUÍMICOS ...................................................................................................35
6.2 AGENTES BIOLÓGICOS ...............................................................................................39
7 ENDEREÇOS INTERNET............................................................................................41
7.1 AGENTES QUÍMICOS ...................................................................................................41
7.2 AGENTES BIOLÓGICOS ...............................................................................................41
7.3 ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE .........................................................................42

ITSEMAP Página 1
Manual de Boas Práticas de manuseamento e armazenagem de Substâncias Químicas

1 Introdução
O presente Manual de Boas Práticas foi elaborado com base na informação disponibilizada e
compilada durante o Projecto de desenvolvimento do Método de Auto-Avaliação e Controlo de
Riscos envolvendo Substâncias Químicas, em Unidades Hospitalares. Pretende reflectir as
experiências e resultados do mesmo, traduzindo-se nas boas práticas de utilização das
substancias químicas perigosas, em Unidades Hospitalares.
Os benefícios resultantes da implementação do Projecto serão a melhoria do desempenho no
manuseamento e armazenagem de substâncias perigosas, com efeitos na redução dos riscos
de exposição laboral para os profissionais envolvidos. A longo prazo traduzir-se-à numa
melhoria das condições de segurança e saúde no trabalho (SST). Por outro lado, através da
diminuição da probabilidade de ocorrência de situações acidentais, também os utentes estarão
sujeitos a um menor risco, nomeadamente de contaminações ambientais e químicas.
Adicionalmente e no sentido deste Manual constituir efectivamente uma ferramenta útil e de
apoio à gestão, são ainda incluídos alguns questionários-tipo de auto-avaliação, de aplicação
genérica às substâncias químicas, que se devidamente preenchidos, se irão traduzir num Plano
de Acções Correctivas e de Melhoria das condições de segurança.
Pretende este Manual, constituir uma preciosa ajuda para os Responsáveis de Segurança e
Técnicos que manuseiam substancias químicas em Unidades Hospitalares, no sentido de
constituir um instrumento de avaliação e apoio ao processo de tomada de decisões.
Este trabalho foi elaborado pelo Departamento Técnico do ITSEMAP Portugal, em colaboração
com o Departamento de Tratamento de Ambiente e o Serviço de Segurança de Instalações e
Higiene Hospitalar do SUCH, sendo a Entidade Hospitalar que serviu de base ao
desenvolvimento da metodologia, o Hospital de Santa Marta, nomeadamente os Serviços de
Gestão do Risco e Cirurgia Cardiotorácica.
O IDICT no âmbito da sua missão de promover o desenvolvimento e a implantação de sistemas
e metodologias de inovação, prevenção e controlo, com vista à melhoria das condições de
trabalho, apoiou e coordenou o desenvolvimento desta metodologia que se inseriu na Semana
Europeia 2003 que decorreu sob o slogan “Substancias Perigosas: Cuidado!”.
Por fim, mas não menos importante, uma palavra especial de agradecimento a todos os
colaboradores das Entidades envolvidas, que através do seu empenho, dedicação,
conhecimentos e experiência, tornaram possível este trabalho.

ITSEMAP Página 1
Manual de Boas Práticas de manuseamento e armazenagem de Substâncias Químicas

2 Actividade hospitalar
É impossível estabelecer um conjunto de procedimentos aplicáveis a todos os riscos e
ocorrências possíveis nas áreas hospitalares.
Uma das regras de segurança mais importantes, é que cada pessoa, desde o Director do
Serviço ao Auxiliar, entenda e interiorize a segurança como uma prioridade a garantir.
Os procedimentos de segurança tornar-se-ão parte integrante dos hábitos de cada um, se a
problemática da segurança for um assunto constantemente debatido e se os responsáveis se
manifestarem interessados e activos na sua implementação.
Cada um, individualmente, deverá ser responsável pela prática das suas acções, respeitando as
normas de segurança existentes, minimizando deste modo as consequências de eventuais
incidentes, conhecendo o equipamento de protecção individual que tem ao seu dispor e
garantindo o uso adequado, em situação de necessidade.
O responsável pelo serviço deve garantir que:
◊ todo o pessoal conheça os procedimentos de segurança e os pratique;
◊ exista equipamento de protecção individual adequado e disponível;
◊ se efectue a manutenção regular ao equipamento de protecção existente;
◊ exista informação disponível sobre os riscos associados aos trabalhos não usuais;
◊ existam procedimentos especiais de segurança e sejam cumpridos pelas pessoas
externas que acedam aos espaços hospitalares.

ITSEMAP Página 2
Manual de Boas Práticas de manuseamento e armazenagem de Substâncias Químicas

3 Procedimentos gerais de manuseamento e armazenagem de


Substâncias Químicas
Todo o pessoal afecto à actividade hospitalar deve por princípio, aplicar as boas práticas de
segurança, sendo por isso necessário desenvolver e implementar um conjunto de
procedimentos operacionais que visam assegurar, de forma adequada e eficaz, a segurança, e
saúde no trabalho dos colaboradores e doentes.
Assim todos os colaboradores em geral, devem ler os procedimentos escritos, assumir a
responsabilidade pela execução do seu trabalho de acordo com as boas práticas de segurança,
estar preparado para a ocorrência de eventuais situações acidentais que possam ocorrer,
informando-se sobre os equipamentos de emergência disponíveis e a forma de os utilizar.
Deve dispor-se de um ficheiro de referência (Fichas de Dados de Segurança) em que se
indique, para cada substância, as propriedades potencialmente perigosas, o modo de as
manusear e armazenar, entre outros.
Resta referir, a gestão adequada dos resíduos produzidos, ao nível da triagem, recolha e
circuitos intra-hospitalares para a zona central de armazenagem, a qual deve constituir uma
prioridade de actuação para os responsáveis pela gestão dos serviços.

ITSEMAP Página 3
Manual de Boas Práticas de manuseamento e armazenagem de Substâncias Químicas

3.1 Regras gerais relativas ao manuseamento de Substâncias Químicas


Através de uma correcta manipulação dos produtos potencialmente perigosos, pretende-se
minimizar os riscos associados à exposição a essas substâncias.
O controlo dos riscos, inerentes ao manuseamento de substâncias químicas, passa pela
implementação das boas práticas na perspectiva da segurança, higiene e saúde no trabalho,
como condições essenciais no desenvolvimento das respectivas actividades.
São enunciadas algumas regras gerais relativas ao manuseamento de substâncias químicas,
nomeadamente:
◊ minimizar a exposição a substâncias químicas em geral;
◊ usar o equipamento de protecção individual adequado ao trabalho a desenvolver. Este
deverá incluir sempre, bata, luvas e óculos de protecção;
◊ não usar cabelos compridos soltos, pois podem estar na origem de situações de risco,
retirar pulseiras e anéis dado que as substâncias perigosas e outros materiais podem
alojar-se nestes objectos e causarem lesões na pele;
◊ ler com atenção as instruções antes de iniciar qualquer trabalho;
◊ conferir o rótulo do recipiente ou a FDS antes de utilizar uma substância química, no
sentido de verificar quais são as suas propriedades de risco;
◊ nunca usar produtos de recipientes que não tenham rótulos legíveis. Esta regra também
se aplica a outros tipos de embalagens, que devem estar sempre rotuladas;
◊ quando se verter um líquido de um recipiente para outro, fazê-lo pelo lado oposto ao do
rótulo para evitar a deterioração deste pelo líquido;
◊ não misturar substâncias químicas ao acaso, pois podem ocorrer reacções incompatíveis,
que se poderão traduzir em reacções violentas ou explosivas;
◊ não colocar num recipiente qualquer substância química que dele tenha sido retirado.
Seguindo esta regra, evita-se o risco de trocas e de reacções químicas incompatíveis;
◊ depois de retirar uma substância química de um recipiente, voltar a fechá-lo,
imediatamente;
◊ não tocar, cheirar ou provar qualquer substância química;
◊ não fumar, comer, beber ou guardar alimentos em locais que não sejam próprios para
esse efeito, especialmente em áreas onde se localizem substâncias químicas;
◊ usar sistemas de aviso sempre que possam ocorrer situações de risco graves, como
sejam as exposições a radiações ionizantes, laser, materiais inflamáveis, muito tóxicos ou
outras situações especiais;
◊ a fim de evitar contaminações, não deverá usar o equipamento de protecção fora do local
de trabalho;
◊ lavar-se bem antes de abandonar o local de trabalho. Evitar o uso de solventes para
limpar a pele. Estes desengorduram a pele produzindo inflamações ou irritações. Em
muitas situações a lavagem com solventes facilita a absorção cutânea dos produtos
químicos.

ITSEMAP Página 4
Manual de Boas Práticas de manuseamento e armazenagem de Substâncias Químicas

3.2 Regras gerais relativas à armazenagem de substâncias químicas


A armazenagem deve iniciar-se com a identificação das substâncias a serem armazenadas e
com o conhecimento das classes de perigo associadas.
Assim, o pessoal que trabalha nas áreas de armazenagem deve ser conhecedor das
características das substâncias armazenadas e do modo de realização das suas tarefas, em
segurança.
A separação ou isolamento são recomendados em função do grau de perigo, das quantidades
totais armazenadas e do tamanho e duração de contentores individuais.
O material e tamanho dos contentores de armazenagem afectará a necessidade de práticas
especiais de armazenagem e de procedimentos de segurança.
A ventilação é necessária para químicos e contentores que podem libertar quantidades de
vapores ou gases perigosos ou inflamáveis, corrosivos, irritantes ou tóxicos. A ventilação pode
também ser necessária para contentores e químicos que possam produzir odores prejudiciais.
Podem estar nos serviços e/ou nas áreas de trabalho as substâncias químicas que são usadas
frequentemente, mas em quantidades limitadas ao mínimo necessário; o tamanho dos
contentores não deve ultrapassar de 2,5 a 5 litros.
Deverão ser realizadas inspecções periódicas a todos os locais de armazenagem (mínimo
anual), no respeitante à sua caducidade, deterioração ou integridade do recipiente e do rótulo,
procedendo-se à respectiva eliminação em segurança. Estas devem ser realizadas por
pessoa/Entidade competente.
De igual modo, deverão ser verificadas nos espaços de armazenagem, boas condições de
limpeza e manutenção.
Para cada área de armazenagem deverão existir procedimentos de emergência e de
evacuação, a serem seguidos em caso de situação acidental.
As medidas de segurança genéricas e afectas às áreas de armazenagem devem incluir:
◊ ventilação para proteger a saúde das pessoas e prevenir a corrosão dos equipamentos;
◊ iluminação suficiente para a leitura dos rótulos e identificação das prateleiras;
◊ prateleiras fortes e resistentes à corrosão;
◊ identificação clara e completa dos locais de armazenagem;
◊ acessórios como bancos, carrinhos e cestos que permitam remover e movimentar em
segurança as substâncias;
◊ locais de acesso fácil. Todos os corredores de circulação devem estar desobstruídos;
◊ transporte de recipientes de gás comprimido em carrinhos equipados com
correntes/cintas;
◊ dispositivos de segurança para prevenção de queda/choque de recipientes;
◊ dispositivos de segurança para retenção de eventuais derrames (paletes de contenção,
bacias de retenção, entre outros);
◊ locais distintos para armazenagem temporária de recipientes vazios e cheios;
◊ meios de combate a incêndios, cujas especificações dependem do tipo e quantidades das
substâncias químicas armazenadas;

ITSEMAP Página 5
Manual de Boas Práticas de manuseamento e armazenagem de Substâncias Químicas

◊ Fichas de Dados de Segurança (FDS) para cada substância química. Estas devem estar
compiladas, e disponíveis em locais de fácil acesso e do conhecimento geral;
◊ equipamentos com características especiais para armazenagem das substâncias
químicas:
o as substâncias inflamáveis e tóxicas devem ser armazenadas em cabines com
exaustão própria;
o os líquidos inflamáveis podem ser armazenados em aparelhos frigoríficos, mas com
características anti-deflagrantes;
◊ critérios de armazenagem adequados, respeitando as incompatibilidades e as boas
práticas de segurança:
o as substâncias inflamáveis não devem estar armazenadas em conjunto com
substâncias combustíveis, explosivas, auto-inflamáveis ou próximas de agentes
oxidantes fortes.
o as substâncias oxidantes, como os nitratos e cloretos, devem ser armazenadas em
locais ao abrigo das temperaturas e humidades elevadas e afastadas de materiais
orgânicos;
o os recipientes de maior capacidade e as substâncias/preparações concentradas,
devem ser armazenadas nas prateleiras inferiores, de preferência abaixo do nível
dos olhos;
o quando não estiverem a ser utilizadas, as substâncias químicas devem ser
conservadas em recipientes fechados;
◊ afixação da sinalização de segurança, para alertar para os riscos presentes, proibir
comportamentos, identificar as obrigações e informar sobre as práticas a adoptar.

ITSEMAP Página 6
Manual de Boas Práticas de manuseamento e armazenagem de Substâncias Químicas

4 Boas práticas por sector de actividade hospitalar


Na tentativa de incrementar as condições de SST1, elaborou-se um conjunto de regras que se
traduzem em boas práticas de segurança a aplicar em cada um dos Serviços Hospitalares. Foi
na perspectiva de constituir uma ferramenta útil de trabalho, para estes, que se concebeu o
presente manual de boas práticas, especificando algumas regras elementares devido às suas
características.
Passam a discriminar-se algumas dessas regras, por serviço hospitalar.

4.1 Serviços clínicos


No âmbito dos serviços clínicos estão incluídos os serviços de fisioterapia, radiologia e medicina
nuclear.
Nas unidades de fisioterapia os riscos profissionais são:
◊ os riscos biológicos, devido ao contacto directo com os doentes;
◊ as lesões músculo-esqueléticas, devido às movimentações constantes com os doentes,
◊ as quedas;
◊ os riscos químicos, nomeadamente devido ao desinfectante utilizado que contém
glutaraldeído (desinfectante de tubos e recipientes).
Na radiologia e na medicina nuclear os riscos estão associados à exposição a radiações
ionizantes (RX).
Nos serviços de Fisioterapia a aplicação de algumas medidas de controlo pode eliminar e/ou
reduzir os riscos acima referidos, destacando-se entre elas:
◊ utilização de equipamento de protecção individual (luvas e vestuário de protecção) no
tratamento do doente;
◊ aplicação de boas práticas de trabalho na movimentação do doente e execução dos
exercícios;
◊ utilização de ajudas mecânicas, sempre que possível;
◊ manutenção do piso. Os pavimentos devem manter-se secos;
◊ manutenção das áreas sanitárias (chuveiros), as quais devem ser periodicamente
desinfectadas;
◊ gestão adequada dos resíduos produzidos, ao nível da triagem (separação dos resíduos
por tipo e perigosidade) e recolha (colocação dos resíduos em contentores próprios);
◊ utilização de equipamentos de trabalho adequados: mesas para computador e cadeiras
com características ergonómicas;
◊ garantia da realização do controlo e tratamento adequados da qualidade da água, sempre
que existam equipamentos de hidroterapia.

1
SST – Segurança e Saúde no Trabalho
ITSEMAP Página 7
Manual de Boas Práticas de manuseamento e armazenagem de Substâncias Químicas

Relativamente ao serviço de Radiologia e Medicina Nuclear, destacam-se as seguintes medidas


de controlo:

◊ o equipamento deve encontrar-se em boas condições de funcionamento, respeitando as


instruções do fabricante/instalador;
◊ a instalação, o funcionamento e a manutenção dos equipamentos tem que obedecer a
critérios de segurança radiológica, de acordo com os parâmetros legais em vigor;
◊ as salas onde se manuseiam as substâncias radioactivas, incluindo as salas de
tratamento, devem ser dotadas de monitores de radiação, portas de segurança e sistemas
de alarme;
◊ cumprimento integral dos procedimentos de boas práticas, os quais devem estar escritos
e serem do conhecimento geral;
◊ todo a pessoal afecto a este serviço deve utilizar além do EPI2, dosímetros individuais
para monitorizar a exposição às radiações;
◊ todo o equipamento ou o pessoal (incluindo os doentes) que contactam com fontes
radioactivas devem ser descontaminados, de acordo com as técnicas de
descontaminação;
◊ verificar periodicamente, o estado de conservação dos equipamentos de isolamento e
meios de protecção individual;
◊ identificação de doentes submetidos a radiofármacos. É importante referir que, nos
cuidados de higiene prestados a estes doentes, as águas dos banhos, as fezes e as
urinas estão contaminadas, exigindo que o respectivo manuseamento seja realizado com
cuidados acrescidos;
◊ restringir a permanência nas salas onde se utilizam equipamentos de raio X, portáteis ou
radioisótopos, apenas às pessoas envolvidas no exame ou tratamento (técnico e doente);
◊ restringir o tempo de permanência junto dos doentes tratados com terapêutica radioactiva;
◊ gestão adequada dos resíduos produzidos: os resíduos radioactivos deverão ter
tratamento específico quer ao nível da contentorização, quer da armazenagem e destino
final.

2
EPI – Equipamento de Protecção Individual
ITSEMAP Página 8
Manual de Boas Práticas de manuseamento e armazenagem de Substâncias Químicas

4.2 Serviços de Urgência


Nos serviços de Urgência, os riscos profissionais a considerar são:
◊ riscos biológicos (contacto directo com o doente);
◊ riscos químicos (preparação e administração de terapêutica, desinfectantes e outros);
◊ quedas e traumatismos.
Os riscos referidos podem ser minimizados pela aplicação de medidas de controlo, das quais se
destacam as seguintes:
◊ utilização de equipamento de protecção individual (luvas, máscaras e vestuário de
protecção) nos casos de exposição a agentes patogénicos;
◊ dotar os serviços de contentores próprios, colocados em locais de acesso fácil, para
rejeição de agulhas e material contaminado;
◊ implementação de programas de controlo ambiental, no âmbito da exposição a agentes
biológicos e químicos;
◊ implementação de boas práticas de trabalho:
o procedimentos para tratamento dos doentes com substâncias químicas;
o existência de locais isolados e adequados para a preparação de produtos
(medicação e drogas) e sua administração;
o pisos secos, limpos e desimpedidos;
o manutenção cuidada de equipamentos e acessórios;
o garantir a organização dos espaços, com vias de circulação desimpedidas;
o vigilância dos problemas de alergia ao látex e fornecimento de luvas alternativas;
◊ formação/informação do pessoal sobre:
o a utilização correcta dos equipamentos de trabalho;
o posturas correctas para minimizar a ocorrência de lesões músculo esqueléticas;
o formas de identificar situações potenciais conducentes a atitudes violentas.
◊ dotar os serviços de espaços próprios de espera para doentes, separados dos
acompanhantes.

ITSEMAP Página 9
Manual de Boas Práticas de manuseamento e armazenagem de Substâncias Químicas

4.3 Unidades de Cuidados Intensivos


Dadas as características próprias de funcionamento das Unidades de Cuidados Intensivos os
riscos presentes afectam toda a população residente, desde a exposição a factores químicos e
biológicos, a radiações ionizantes, entre outros.
O pessoal para além de eventuais quedas e traumatismos, encontra-se exposto a riscos de
natureza eléctrica e psicológica.
A prevenção e controlo dos riscos atrás referidos requer a implementação de medidas,
nomeadamente as que garantam:
◊ as condições de assepsia;
◊ a ventilação (insuflação/extracção) adequada das salas para redução dos contaminantes
químicos e biológicos;
◊ a utilização e manutenção de filtros de alta eficiência nas UCI´s ;
◊ a utilização do equipamento de protecção individual adequado;
◊ a existência do material mínimo necessário para a prestação dos cuidados ao doente;
◊ que as Unidades disponham de contentores próprios e rígidos, colocados em locais de
acesso fácil, para rejeição de agulhas e outro material contaminado;
◊ a gestão adequada dos resíduos produzidos, ao nível da triagem (separação dos resíduos
por tipo e perigosidade) e recolha (colocação dos resíduos em contentores próprios);
◊ a vigilância de situações de alergia ao látex e selecção de luvas em material alternativo
para os profissionais afectados;
◊ implementação de boas práticas de trabalho:
o cumprimento dos procedimentos para rejeição de material infectado;
o restringir a presença do pessoal ao estritamente necessário, sempre que se
realizam exames radiológicos;
o organização do espaço disponível e criação de zonas de trabalho junto dos doentes
com áreas adequadas;
◊ manutenção do equipamento de trabalho e a formação sobre o modo correcto de o
utilizar;
◊ implementação de programas de controlo ambiental, no âmbito da exposição a agentes
biológicos e químicos.

ITSEMAP Página 10
Manual de Boas Práticas de manuseamento e armazenagem de Substâncias Químicas

4.4 Enfermarias
A enfermaria é um local de trabalho onde os profissionais de saúde (médicos, enfermeiros e
auxiliares) se encontram em contacto directo com os doentes. Nesta perspectiva, os riscos mais
significativos estão relacionados com os de natureza biológica.
No sentido de minimizar os riscos presentes devem ser observadas as boas práticas que se
passam a descrever:
◊ utilizar o equipamento de protecção individual adequado (luvas, máscaras e vestuário de
protecção),
o em particular, durante a prestação dos cuidados de higiene (banhos, mudança de
fralda, etc.);
o utilizar um par de luvas diferente, por doente;
o na medição de diureses é imprescindível o uso de luvas;
◊ lavar as mãos após cada contacto com doentes;
◊ utilizar correctamente as agulhas e outros instrumentos cortantes, após o seu uso
descartar para recipientes apropriados;
o nesta perspectiva, as enfermarias devem dispor de contentores próprios e rígidos,
para rejeição de agulhas ou outro material contaminado;
◊ quebrar as ampolas com compressas;
◊ manusear medicamentos e substâncias químicas de acordo com os procedimentos de
segurança estabelecidos nas FDS correspondentes;
o os medicamentos e as substâncias químicas devem estar devidamente rotuladas;
◊ movimentar e elevar adequadamente os doentes, de acordo com a formação/informação
recebida;
◊ recorrer a ajudas mecânicas para movimentar doentes, sempre que possível;
◊ organizar o mobiliário de forma a que os corredores fiquem desimpedidos;
◊ participar na gestão dos resíduos produzidos, ao nível da triagem (separação dos
resíduos por tipo e perigosidade) e recolha (colocação dos resíduos em contentores
próprios).

ITSEMAP Página 11
Manual de Boas Práticas de manuseamento e armazenagem de Substâncias Químicas

4.5 Blocos Operatórios


Os principais riscos associados ao trabalho em blocos operatórios são:
◊ exposição a agentes biológicos e químicos, entre eles os gases anestésicos (protóxido de
azoto, dietil-éter, ciclopropano, halotano, enflurano, desflurano, isoflurano e o
sevoflurano);
◊ exposição a radiações não ionizantes (laser) e ionizantes (RX portátil e intensificador de
imagem);
◊ posturas, alergias ao látex e quedas.
No sentido de minimizar os riscos referidos apresenta-se um conjunto de medidas de controlo
que incluem intervenções nos locais, boas práticas de trabalho e programas de vigilância.
As principais medidas de controlo são:
◊ manutenção das condições de assepsia;
◊ ventilação (insuflação/extracção) adequada das salas para redução dos níveis de gases
anestésicos, outras substâncias químicas e biológicas;
o deve manter-se sempre livre e desimpedido o espaço à frente das grelhas de
extracção por forma a não impedir o número de renovações de ar;
◊ utilização e manutenção de filtros de alta eficiência nos blocos operatórios;
◊ implementação de um plano de monitorização dos teores de gases anestésicos;
◊ implementação de um plano de controlo microbiológico;
◊ manutenção periódica de todo o circuito dos sistemas de anestesia por pessoal
qualificado;
◊ utilização do equipamento de protecção individual adequado:
o luvas, no caso de alergia ao látex usar luvas hipoalérgicas;
o máscaras e óculos protectores, de uso generalizado na sala,
o vestuário exclusivo do bloco operatório;
◊ implementação de boas práticas de trabalho:
o aplicar de forma eficaz a anestesia para evitar fugas;
o organizar os espaços de trabalho: os materiais e utensílios devem estar localizados
próximos dos locais onde irão ser utilizados;
o colocar barras para descanso de pés, de forma a permitir às pessoas levantar um
pé em descanso;
o utilizar superfícies de trabalho com altura regulável;
o providenciar bancos, quando tal for possível;
o inventariar os instrumentos utilizados para evitar perdas/danos graves;
o colocar bisturis, lâminas e agulhas em contentores próprios e rígidos;
o conhecer os procedimentos de manuseamento e lavagem do material contaminado;
o o material contaminado deve efectuar apenas, o circuito dos sujos;

ITSEMAP Página 12
Manual de Boas Práticas de manuseamento e armazenagem de Substâncias Químicas

o as portas de acesso às salas do bloco operatório devem permanecer fechadas


durante as intervenções cirúrgicas de forma a manter as condições de pressão,
temperatura e número de renovações de ar, de forma a evitar a sua contaminação;
◊ garantir passagens com largura suficiente e desimpedidas;
◊ cabos eléctricos e tubos de sucção serem pendentes do tecto para ligação do
equipamento portátil.

4.6 Farmácia
Neste serviço os riscos significativos estão associados ao manuseamento de substâncias
químicas, nomeadamente álcoois, aldeídos, cetonas, óxidos e sais metálicos, drogas
antineoplásicas, entre outros.
Para minimizar os riscos torna-se necessário adoptar medidas de prevenção e controlo. Entre
elas destacam-se as seguintes:
◊ disponibilizar as fichas de dados de segurança (FDS) das substancias químicas
presentes;
◊ promover a formação/informação dos técnicos sobre o manuseamento e armazenagem
em segurança, das substâncias químicas;
◊ manusear e armazenar as substâncias químicas de acordo com os procedimentos de
segurança estabelecidos nas FDS correspondentes;
o as substâncias químicas devem estar devidamente rotuladas;
◊ utilizar o equipamento de protecção individual adequado (luvas, óculos, máscaras e
vestuário de protecção);
◊ efectuar a organização dos espaços de trabalho;
◊ participar na gestão dos resíduos produzidos, ao nível da triagem (separação dos
resíduos por tipo e perigosidade) e da recolha (colocação dos resíduos em contentores
próprios);
◊ promover a existência de chuveiros e lava-olhos de emergência;
◊ disponibilizar bancos adequados para efectuar o trabalho em bancada;
◊ disponibilizar escadotes para aceder a locais de armazenagem elevados.

ITSEMAP Página 13
Manual de Boas Práticas de manuseamento e armazenagem de Substâncias Químicas

4.7 Laboratórios
Os riscos profissionais afectos aos técnicos de laboratório estão associados ao manuseamento
de reagentes químicos, de microorganismos e utilização de equipamentos vários.
A existência de equipamento diverso (estufas, centrifugas, autoanalisadores,
espectrofotómetros), e a utilização de fluidos comprimidos (ar, azoto, gás…) estão na origem de
riscos físicos.
Para minimizar os riscos devem ser implementadas medidas de controlo, das quais se
destacam as seguintes:
◊ medidas técnicas:
o existência de hottes com filtração própria e condutas dedicadas, com plano de
manutenção assegurado;
o ventilação adequada da sala;
o isolamento dos equipamentos mais ruidosos;
o existência de chuveiro e lava-olhos de emergência.
◊ medidas organizacionais
o organização dos espaços de trabalho;
o áreas de acesso restrito para as técnicas mais problemáticas;
o rotação de tarefas, para evitar a repetitividade dos gestos;
o sinalização das áreas de trabalho;
o fichas de dados de segurança das substâncias químicas utilizadas;
o formação/informação de todo o pessoal, incluindo os auxiliares;
o afixação das técnicas analíticas mais utilizadas;
o armazenagem em segurança das substâncias químicas;
o utilização de bancos ajustáveis, com descanso de pés;
o utilização de pipetadores automáticos, nunca pipetar com a boca;
o não comer, beber ou fumar dentro dos espaços laboratoriais;
o triagem dos resíduos e acondicionamento de acordo com as regras de higiene e
segurança;
o promover o tratamento das substâncias químicas rejeitadas. Devem ser conhecidas
as técnicas de valorização/eliminação. Os efluentes gerados devem ser
encaminhados para um destino final adequado;
o terminado o trabalho, devem estar designadas pessoas responsáveis para
execução das tarefas;
o utilização do equipamento de protecção individual adequado.

ITSEMAP Página 14
Manual de Boas Práticas de manuseamento e armazenagem de Substâncias Químicas

4.8 Central de Esterilização


Este serviço caracteriza-se por receber, processar (lavar/desinfectar), embalar, esterilizar e
distribuir material diverso.
Face ao descrito e no sentido de prevenir/limitar os riscos inerentes às actividades
desenvolvidas, devem ser implementadas medidas de controlo, com destaque para as
seguintes:
◊ respeitar as circulações face à central que deve estar separada por zonas:
o a zona contaminada (lavagem e descontaminação do material) deverá ser estanque
em relação às áreas adjacentes e por forma a não permitir que o pessoal que
trabalha nestes locais tenha acesso a outras áreas;
◊ utilizar o equipamento de protecção individual adequado (luvas, máscara, óculos de
protecção e vestuário exclusivo para estas áreas);
◊ respeitar as condições ambientais adequadas a este Serviço;
◊ promover, tanto quanto possível, iluminação natural nos locais de trabalho;
◊ adequar as fontes de iluminação às tarefas a executar;
◊ prevenir o ruído, adquirindo máquinas silenciosas;
◊ programar o trabalho, de modo a isolar os postos de trabalho ruidosos dos restantes;
◊ proporcionar bancadas e cadeiras de trabalho adequadas para o desempenho das várias
tarefas;
◊ evitar os processos que utilizem o óxido de etileno, por ser uma substância irritante da
pele e mucosas, mutagénica e carcinogénica;
◊ os autoclaves, os circuitos de óxido de etileno e as câmaras de esterilização devem ser
instalados de acordo com as instruções do fabricante e devem ser mantidos de acordo
com o plano de manutenção estabelecido;
◊ as áreas de esterilização devem possuir sistemas de ventilação mecânica por exaustão
para remover os vapores resultantes das operações de esterilização;
◊ implementar um plano de monitorização dos níveis de óxido de etileno;
◊ implementar um plano de monitorização microbiológico no sentido de minimizar as
contaminações;
◊ o pessoal afecto ao serviço de esterilização deve ser sujeito a exames médicos
periódicos;
◊ as mulheres em idade fértil e grávidas não devem realizar qualquer trabalho com óxido de
etileno;
◊ utilização de luvas e máscara de protecção adequada sempre que se proceda à abertura
da autoclave e manipulação deste material em que o meio utilizado seja o óxido de
etileno;
◊ os procedimentos de trabalho relativos à utilização do equipamento devem estar descritos
e serem do conhecimento do pessoal adstrito ao serviço;
◊ o manuseamento do material deve ser feito com cuidado, prevendo a existência de
material cortante;

ITSEMAP Página 15
Manual de Boas Práticas de manuseamento e armazenagem de Substâncias Químicas

◊ o material fissurado ou partido deve ser removido de imediato e colocado em recipientes


próprios;
◊ recorrer à ajuda mecânica para transporte do material, sempre que possível;
◊ manutenção do piso, este deve ser mantido seco;
◊ pavimento antiderrapante na zona de lavagem de material;
◊ selecção de produtos de lavagem (sabões e detergentes) com pH neutro;
◊ utilização de equipamento de protecção individual (luvas, calçado e vestuário de
protecção).
◊ informação, formação e treino de pessoal.

4.9 Serviços de Limpeza


Os profissionais dos serviços de limpeza, encontram-se expostos ao conjunto dos riscos que
afectam todos os serviços, destacando-se os riscos biológicos, associados às tarefas de
recolha de resíduos, limpeza de locais sujos com sangue e outros materiais biológicos.
Durante a realização das operações de limpeza são utilizadas substâncias químicas com
perigosidades diversas, pelo que o pessoal afecto a este serviço encontra-se igualmente
exposto a agentes químicos.
Nesta perspectiva e no sentido de minimizar os riscos presentes são apontadas medidas de
controlo a seguir:
◊ Formar e informar os trabalhadores sobre:
o o modo de utilização em segurança, das substâncias químicas utilizadas para
limpeza e desinfecção, respeitando as incompatibilidades químicas;
o o modo de utilização, em segurança, dos equipamentos de limpeza;
o todos os equipamentos deverão estar dotados de fichas de ligação à terra;
o os riscos presentes nos locais de trabalho e quais os equipamentos de segurança a
usar, caso a caso;
o os procedimentos para a recolha de material potencialmente infectado;
o a limpeza de zonas sujas com sangue e outros fluidos biológicos;
◊ Utilizar o equipamento de protecção individual adequado (luvas, máscaras e vestuário de
protecção);
◊ Providenciar ajudas mecânicas para a realização de trabalho em altura e transporte de
contentores (escadotes, plataformas e carrinhos);
◊ Manter em bom estado todo o equipamento utilizado (aspirador, encerador, máquinas
para lavar o chão, etc.).

ITSEMAP Página 16
Manual de Boas Práticas de manuseamento e armazenagem de substâncias químicas

5 Questionários de Auto-Avaliação tipo


Com a finalidade de complementar o Manual de boas práticas de trabalho no manuseamento e
armazenagem de substâncias perigosas, apresentam-se de seguida, um conjunto de
questionários-tipo que, se adequadamente aplicados, possibilitam detectar não conformidades
que por sua vez permitem a elaboração de um Plano de Acções Correctivas e de Melhoria,
neste âmbito.
Os questionários-tipo apresentados, estão integrados no Método de Auto-avaliação e Controlo
de Riscos envolvendo Substâncias Químicas, disponível pela Entidade SUCH.
A aplicação dos questionários constitui uma ferramenta de identificação e avaliação de riscos,
no sentido de melhorar as condições de Segurança no respeitante ao manuseamento e
armazenagem de substâncias perigosas.

5.1 Notas explicativas de aplicação da metodologia


A aplicação dos questionários tipo traduz-se na resposta a questões (identificadas
numericamente de 1 a 14) relacionadas com a caracterização, manuseamento e armazenagem
das substâncias químicas.
Cada questão será avaliada numa escala de valores subjectiva, de 1 a 5 e tendo como
referência, a sua aplicabilidade ao Serviço no estabelecimento hospitalar.
Esta escala permitirá, desde a resposta absolutamente negativa e à qual se atribuirá a
classificação 0, até à resposta absolutamente positiva à qual se atribuirá a classificação 5, a
classificação de situações intermédias e a que se atribui, conforme o respectivo peso das
componentes negativas e positivas, os valores 1, 2, 3 ou 4.
Qualquer questão não aplicável não terá resposta e não será valorada.
Em relação às questões que apresentam alíneas, deverá ser calculada a média aritmética e
lançado o resultado no campo correspondente. Este resultado, sempre que decimal, deverá ser
arredondado para o número inteiro inferior (exemplo: 3,9 arredondado para 3).
Na Avaliação, far-se-à uma compilação dos valores obtidos anteriormente, transpondo as
classificações numéricas ou as médias aritméticas atribuídas para as escalas de classificação
consideradas.
De referir que, as questões que contêm alíneas cujas classificações são inferiores ou iguais a 2,
constituem pontos fracos da actividade e devem ser transpostas com a respectiva valoração. Os
pontos fracos necessitam de correcção urgente e prioritária.
As escalas de classificação das várias questões, integram a indicação da classificação mínima
considerada necessária, para se atingirem Níveis de Segurança Aceitáveis nos
estabelecimentos hospitalares, relativamente a esses aspectos.
Assim, todas as classificações que caem:
o nas zonas sombreadas a vermelho, indicam que não se atingiram, para a questão em
análise, os Níveis de Segurança Mínimos Aceitáveis, pelo que deverá ser ponderada a
sua correcção urgente e prioritária;
o nas zonas sombreadas a azul indicam que se atingiram apenas os Níveis de Segurança
Suficientes para a questão em análise, pelo que deverá ser considerada a sua melhoria;
o nas zonas sombreadas a verde indicam que se atingiram os Níveis de Segurança
Satisfatórios.

ITSEMAP Página 17
Manual de Boas Práticas de manuseamento e armazenagem de substâncias químicas

Posteriormente será feita uma síntese, que permitirá ao Responsável pelo inquérito visualizar os
pontos fracos inerentes ao Serviço Hospitalar em auto-avaliação.
Nessa fase será possível distinguir as questões que exigem correcção urgente e as questões
de não aceitabilidade, mas de urgência inferior.
A partir do conhecimento das correcções urgentes e correcções necessárias e estabelecendo
prioridades entre elas, de acordo com critérios definidos pelo Responsável da Segurança do
Hospital, chega-se ao programa de prevenção e/ou acções correctivas que, se devidamente
implementado, irá com certeza incrementar o nível de Segurança e Saúde no Trabalho, no
âmbito das substâncias perigosas no respeitante ao seu manuseamento e armazenagem.
Apresentam-se de seguida, os questionários tipo considerados pertinentes no âmbito do
manuseamento e armazenagem das substâncias perigosas.

ITSEMAP Página 18
Manual de Boas Práticas de manuseamento e armazenagem de Substâncias Químicas

5.2 Metodologia de auto-avaliação

5.2.1 Questionários tipo


ARMAZENAGEM EM GERAL 0 1 2 3 4 5 Observações
1 Metodologia de armazenagem
a) O espaço atribuído à armazenagem é adequado?
b) O material armazenado encontra-se afastado das paredes, no mínimo de 50 cm?
c) As pilhas de material armazenado encontram-se afastadas, pelo menos, 50 cm entre elas?
d) O material armazenado encontra-se, pelo menos, afastado 1 m do tecto e a 50 cm de qualquer
aparelhagem eléctrica?
e) As pilhas de material armazenado são estáveis e não apresentam saliências?
f) São inspeccionadas, periodicamente, as áreas de armazenagem?
g) São retiradas as substâncias fora de prazo e as de embalagens deterioradas?
h) A ventilação das áreas de armazenagem é adequada e suficiente?
Média
2 Medidas de prevenção
a) São definidos entre as áreas de armazenagem, corredores de circulação para pessoas e
veículos de movimentação de cargas?
b) Os acessos aos meios de intervenção e às saídas de emergência são garantidos?
c) É imposta a proibição de fumar e é cumprida?
d) São garantidas, nas áreas de armazenagem, as condições de ordem e limpeza?
Média
3 Existe implementada a sinalização de segurança?
a) pelo recurso às pinturas de segurança identificando no pavimento as áreas de armazenagem?
b) identificando os perigos associados aos tipos de substâncias químicas?
Média
4 Na armazenagem são tidas em atenção as incompatibilidades químicas entre as substâncias químicas
armazenadas? (ver referência 1, abaixo)
5 Chuveiros e lava-olhos de emergência

ITSEMAP Página 19
Manual de Boas Práticas de manuseamento e armazenagem de Substâncias Químicas

ARMAZENAGEM EM GERAL 0 1 2 3 4 5 Observações


a) Existem instalados chuveiros e lava-olhos de emergência nos locais mais adequados?
b) É efectuada a verificação periódica da sua funcionalidade?

Média
Média total
Referências:
1 - Tabela de Incompatibilidades: contém informações de segurança relativas às incompatibilidades químicas a ter em atenção, no âmbito da armazenagem das substâncias.

Xn Xi

+ - - + - o

- + - o - -

- - + + - -

+ o + + - o
Xn

- - - - + +

o - - o + +
Xi

(-) armazenar separadamente; (+) podem ser armazenadas em conjunto; (o) não armazenar em conjunto, excepto se implementadas as medidas de segurança
adequadas;
MANUSEAMENTO EM GERAL 0 1 2 3 4 5 Observações
ITSEMAP Página 20
Manual de Boas Práticas de manuseamento e armazenagem de Substâncias Químicas

6 Medidas de prevenção e protecção


a) Sempre que se inicia um trabalho é elaborado um plano de trabalhos que inclui os aspectos da
segurança?
b) Existem disponíveis os equipamentos de protecção individual adequados?
c) Nas áreas de manuseamento encontram-se apenas, as quantidades de substâncias químicas
necessárias para um dia de trabalho?
d) Nos locais onde se manuseiam devem estar disponíveis as FDS correspondentes e elaborados
de acordo com o DL 154-A/2002, 11/6 e DL 1152/97, 12/11?
e) Existem disponíveis os meios de contenção de derrames (materiais absorvedores), em número
suficiente e nos locais apropriados?
f) Existem disponíveis normas/procedimentos de segurança relativas ao manuseamento de
substâncias químicas e biológicas?
g) Todo o pessoal envolvido no manuseamento de substâncias perigosas3 recebe formação para
actuar nas mais diversas situações acidentais?

Média
7 Chuveiros e lava-olhos de emergência
a) Existem instalados chuveiros e lava-olhos de emergência nos locais mais adequados?
b) É efectuada a verificação periódica da sua funcionalidade?
Média

Média total

3 Químicas e biológicas.
ITSEMAP Página 21
Manual de Boas Práticas de manuseamento e armazenagem de Substâncias Químicas

ROTULAGEM 0 1 2 3 4 5 Observações
8 Rotulagem
As substâncias estão devidamente rotuladas e de acordo com o DL 154-A/2002, 11/6
(ver exemplo abaixo, referência 1), dispõem:
a) informações escritas em português e devem poder ler-se na horizontal
b) composição do produto (designação das substâncias químicas presentes)
c) incluem o nome, morada e telefone do fabricante, distribuidor, comerciante ou importador
d) contêm indicações de perigo e respectivos símbolos? (ver referência 2)
e) incluem as Frases de Riscos (R´s)? (ver referência 3)
f) incluem as Frases de Segurança (S´s)? (ver referência3)

g) no caso de preparações, o rótulo indica a quantidade da substância em solução?


Média total

Referências:
1. Rotulagem, exemplo

[Nome Químico]
F T [Composição]
[Nome, morada e contacto telefónico]
R11-23/25 [Frase R - Descrição de Perigo]: Tóxico por inalação e por ingestão
S7-16-24-25 [Frases S - Medidas Preventivas]: Manter o recipiente fechado;
Manter afastado de chamas ou chispas; Não fumar; Evitar contacto com a pele;
Em caso de acidente ou má disposição, consultar o médico (se possível mostrar a etiqueta)

ITSEMAP Página 22
Manual de Boas Práticas de manuseamento e armazenagem de Substâncias Químicas

2. Símbolos e indicações de perigo a utilizar:

E - Explosivo O - Oxidante F+ T+ Xn N
Extremamente Muito tóxico Nocivo Perigoso
inflamável T Xi para o
ambiente
F: Tóxico Irritante
Facilmente
inflamável
Inflamável: R10
Sensibilizantes por inalação: R42/ Xn
Sensibilizantes por contacto cutâneo: R43/ Xi
Cancerígenas: Tóxico (R45), Categorias 1 e 2 / Nocivo (R40), Categoria 3
Mutagénicas: Tóxico (R46), Categorias 1 e 2 / Nocivo (R40), Categoria 3
Tóxicas para a reprodução: Tóxico (R60, R61) / Nocivo (R62, R63), Categoria 3

ITSEMAP Página 23
Manual de Boas Práticas de manuseamento e armazenagem de Substâncias Químicas

3. Exemplos de Frases de Risco (R: permitem complementar e identificar determinados riscos) e Frases de Segurança (S: através de conselhos de prudência
estabelecem as medidas preventivas para a sua manipulação e utilização).

R Frases de risco S Frases de Segurança


R1 Explosivo no estado seco S1 Guardar fechado à chave
R2 Riscos de explosão por choque, S15 Manter afastado do calor
fricção, fogo, outras fontes de ignição
R31 Em contacto com ácidos liberta gases S60 Este produto e o seu recipiente devem
tóxicos ser eliminados como resíduos
perigosos
R20/21 Nocivo por inalação e em contacto S7/8 Conservar o recipiente bem fechado e
com a pele ao abrigo da humidade.
R36/37/38 Irritante para os olhos, vias S36/37 Usar vestuário de protecção e luvas
respiratórias e pele adequadas

ITSEMAP Página 24
Manual de Boas Práticas de manuseamento e armazenagem de Substâncias Químicas

FICHAS DE DADOS DE SEGURANÇA 0 1 2 3 4 5 Observações

9 As Fichas de Dados de Segurança estão elaboradas de acordo com a legislação em vigor,


(DL 154-A/2002, 11/6 e DL 1152/97, 12/11) (ver referência 1)?
Média
10 Existem disponíveis e facilmente acessíveis, nos locais onde se utilizam substâncias químicas, as
FDS correspondentes?
a) As FDS são actualizadas com alguma periodicidade?
b) Existe outro tipo de informação, mais especifica, que auxilie nas praticas a adoptar no locais
de trabalho onde se utilizam as substâncias químicas?
Média
Média total

Referências:
1. Informações que as FDS devem conter
1. Identificação da substância e da sociedade/empresa 9. Propriedades físico-químicas
2. Composição/Informação sobre os compostos 10. Estabilidade e Reactividade
3. Identificação dos perigos 11. Informação toxicológica
4. Primeiros socorros 12. Informação ecológica
5. Medidas de combate a incêndios 13. Questões relativas à eliminação
6. Medidas a tomar em caso de fugas acidentais 14. Indicações relativas ao transporte
7. Medidas de manuseamento e armazenagem 15. Informações sobre regulamentação
8. Controlo de exposição

16. Outras informações que possam ser importantes para a segurança, saúde e protecção do ambiente

ITSEMAP Página 25
Manual de Boas Práticas de manuseamento e armazenagem de Substâncias Químicas

EXPOSIÇÃO A CONTAMINANTES QUÍMICOS 0 1 2 3 4 5 Observações


11 a) Os recipientes das substâncias perigosas são devidamente fechados após cada utilização?
b) Existem locais específicos com extracção localizada para o manuseamento das substâncias
químicas em segurança (ex. hottes)?
Média
12 Quando se manuseiam substâncias químicas existe a prática de todos os colaboradores utilizarem os
EPI´s adequados?

13 Avaliações de contaminantes químicos (ver procedimento abaixo, referência 1)


a) É efectuada a caracterização qualitativa de todas as substâncias químicas presentes?
b) São conhecidos os Valores Limites de Exposição das substâncias químicas relevantes
presentes, de acordo com a NP17964?
c) São identificadas as substâncias químicas ou famílias de substâncias químicas mais
significativas, em termos da contaminação ambiental?
d) São seleccionados os métodos de amostragem a seguir para a determinação das
concentrações das substâncias químicas pertinentes?
e) É efectuada a determinação das concentrações das substâncias químicas presentes?
f) É realizado, periodicamente, um controlo quantitativo das substâncias químicas, de acordo com
a NP 1796? (ver referência 2)
Média
14 São desenvolvidos programas de prevenção para controlo do risco? (ver referência 3)
Média
Média total

4 NP 1796: Norma Portuguesa que fixa os valores limite de exposição definidos como a concentração de substâncias nocivas que representam condições às quais se julga que a quase
totalidade dos trabalhadores possa estar exposta, dia após dia, sem efeitos prejudiciais para a saúde. Esta Norma segue os conceitos e limites fixados no documento Threshold Limit
Values for Chemical Substances and Physical Agents and Biological Exposure Indices (TLV´s ) publicados pela ACGIH. Esta publicação é editada bianualmente.
ITSEMAP Página 26
Manual de Boas Práticas de manuseamento e armazenagem de Substâncias Químicas

Referências:
1. Procedimento de avaliação de contaminantes químicos:

Fluxograma Observações Responsabilidades


1. Caracterização qualitativa Efectuar inventário das substâncias químicas presentes Chefe do Serviço ou alguém por
ele designado
Elaborar documento: lista de substâncias químicas
utilizadas no local em análise
2. Atribuição dos VLE´s De acordo com a NP1796 deverão ser determinados os Chefe do Serviço ou alguém por
VLE-MP para as substâncias químicas presentes ele designado
3. Identificação das substâncias Considerar mais significativo: Chefe do Serviço ou alguém por
químicas ou famílias de o Quantidade de produto utilizado ele designado
substâncias químicas, mais
o Perigosidade (em termos da respectiva toxicidade)
significativas em termos da
contaminação ambiental o Tempo de exposição (dose)

4. Selecção do método de Existem disponíveis, metodologias de amostragem de Chefe do Serviço ou alguém por
amostragem substâncias químicas, nos locais de trabalho. Algumas ele designado
referências são:
o métodos NIOSH
o métodos OSHA
o outros referidos na legislação
A selecção do método de amostragem permitirá
identificar:
o a metodologia a seguir
o os aparelhos de medição a utilizar
o a estratégia de amostragem
5. Realização da amostragem Em função do método de amostragem seguido assim se Chefe do Serviço ou alguém por
deverá realizar um dos tipos de avaliação: ele designado
o leitura directa: método expedito, com resultados
imediatos. Pressupõe a identificação prévia de
todos os contaminantes
o leitura indirecta: envio das colheita para análise
ITSEMAP Página 27
Manual de Boas Práticas de manuseamento e armazenagem de Substâncias Químicas

Fluxograma Observações Responsabilidades


laboratorial. Método mais preciso, embora mais
moroso e caro. Permite a caracterização
qualitativa e quantitativa dos contaminantes
presentes.
6. Determinação da contaminação o O critério a utilizar é a NP 1796, de acordo com o Chefe do Serviço ou alguém por
ambiental referido no ponto 2 desta secção (controlo ele designado
quantitativo das substâncias químicas)

2. Controlo quantitativo das substâncias químicas


2 a) Efeitos aditivos de substâncias com características toxicológicas semelhantes.
A contaminação é provocada por vários agentes isolados.
São determinadas as concentrações de todos os agentes presentes e diz-se que o valor limite de exposição a essa mistura de agentes não é excedido se:
C1/VLE1 + C2/VLE2+...+Cn/VLEn < 1 SITUAÇÃO ACEITÁVEL
> 1 SITUAÇÃO INACEITÁVEL, é necessário aplicar medidas de controlo
C1, C2, ..., Cn: concentração de cada uma das substâncias químicas presentes no ambiente de trabalho
VLE1, VLE2, ...,VLEn: Valor Limite de Exposição de cada substância química
2 b) Efeitos independentes
Quando os agentes presentes têm efeitos independentes o valor limite de exposição a essa mistura é calculado tendo em conta a quantidade de agente
no ar e o seu respectivo VLE.
O valor limite de exposição para essa mistura não é excedido se as razões C1/VLE1, C2/VLE2, ...,Cn/VLEn forem individualmente menores ou iguais a 1.
Se alguma destas razões for maior do que 1, então o valor limite de exposição para a mistura foi excedido.

2 c) No sentido de garantir a qualidade do ar respirável, apresenta-se um critério a seguir na realização do controlo quantitativo respectivo:

ITSEMAP Página 28
Manual de Boas Práticas de manuseamento e armazenagem de Substâncias Químicas

Gás medicinal (ensaio utilizando um Concentração nominal de O2 % (V/V)


analisador de oxigénio)
Oxigénio 100
Ar 21
Oxigénio/Protóxido de azoto 50
Protóxido de azoto 0
Óleos Concentração ≤ 0,5 mg/m3
Vapor de Água Ponto de condensação de vapor água: ≤ + 5ºC
Monóxido de carbono Caudal volúmico: ≤ 5 ml/m3
Dióxido de carbono Caudal volúmico: ≤ 1000 ml/m3

3. O programa de prevenção para controlo do risco deve ser aplicado, preferencialmente, na sequência proposta:

A. Eliminar/ reduzir o risco Medidas de carácter colectivo: são medidas construtivas ou


de engenharia, que actuam nos processos produtivos, nos
B. Circunscrever o risco
equipamentos e nas instalações. Exemplos: substituição de
substâncias perigosas por outras de menor toxicidade,
instalação de sistemas de controlo, etc.
C. Afastar o colaborador da fonte Medidas de carácter organizacional. Exemplos: redução dos
emissora tempos de exposição dos trabalhadores; rotação de pessoas;
alteração de práticas de trabalho, promover acções de
formação, etc.
D. Proteger o colaborador Disponibilizar o Equipamento de Protecção Individual
adequado aos riscos presentes.
E. Vigilância da saúde Rastreio médico para detecção atempada de situações de
alteração da saúde.

ITSEMAP Página 29
Manual de Boas Práticas de manuseamento e armazenagem de Substâncias Químicas

5.2.2 Avaliação e síntese


Nesta fase ir-se-à fazer uma compilação dos valores obtidos em cada uma das questões de forma a obter-se um valor significativo final e real para cada
situação específica.
Avaliação Correcção
Temas 0 1 2 3 4 5 Urgente Necessária
ARMAZENAGEM GERAL
1
2
3
4
5
Média
MANUSEAMENTO EM GERAL
6
7
Média
ROTULAGEM
8
Média
FDS
9
10
Média
EXPOSIÇÃO A CONTAMINANTES QUÍMICOS
11
12
13
14
Média

ITSEMAP Página 30
Manual de Boas Práticas de manuseamento e armazenagem de Substâncias Químicas

5.2.3 Plano de Acções


A partir da análise anteriormente efectuada são identificadas as situações que requerem
correcção.
De acordo com as informações relevantes sobre os parâmetros a melhorar (pela consulta a
Organismos Oficiais e Entidades Privadas) e face às obrigatoriedades legais em vigor e
especificações técnicas correspondentes, as Pessoas Responsáveis pelos diversos Serviços
dever-se-ão reunir e elaborar o Plano de Acções Correctivas a desenvolver.
Os critérios a ter em atenção na elaboração do Plano de Acções Correctivas, deverão integrar,
entre outros, os seguintes aspectos:
1. Situações mais urgentes de serem melhoradas no estabelecimento/Serviço e que
representam um risco agravado de SHST;
2. Custos inerentes às medidas a implementar, em função dos benefícios introduzidos;
3. Importância para o bom funcionamento e imagem do estabelecimento do tipo hospitalar
na perspectiva do Serviço, equipamentos e segurança no trabalho;
4. Obrigatoriedades legais;
5. Oportunidade estratégica.

Para os riscos de exposição laboral pretende-se, face às substâncias químicas que se utilizam
nos Serviços, elaborar um Plano de monitorização, no mínimo, de periodicidade de aplicação
anual.
Apresenta-se no ponto 5.2.3.2, uma proposta para modelo de um Plano de Monitorização.

Página 31
Manual de Boas Práticas de manuseamento e armazenagem de Substâncias Químicas

5.2.3.1. Plano de Acções

1ª Acção

2ª Acção

3ª Acção

4ª Acção

5ª Acção

6ª Acção

Página 32
Manual de Boas Práticas de manuseamento e armazenagem de Substâncias Químicas

5.2.3.2. Descrição das Acções

Na sequência do estabelecimento hierarquizado das acções correctivas, será para cada uma delas preparada uma Ficha de Acção.

FICHA DE ACÇÃO Nº

TEMA: DESCRIÇÃO :
A – Organização da Segurança 1 – Serviços de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho

DATA DA AVALIAÇÃO: Setembro de 2003 CLASSIFICAÇÃO OBTIDA: 0


CARACTERIZAÇÃO DA ACÇÃO:
Nomear o Responsável pelo Serviço de SHST.

OBSERVAÇÕES:

RESPONSÁVEL PELA ACÇÃO: Ana Catarina Gállego CARGO: Técnico Superior de SHST
PRAZO PARA EXECUÇÃO: 1 mês
DATA DE INÍCIO DA ACÇÃO: ??? DATA DE CONCLUSÃO DA ACÇÃO: ???
O RESPONSÁVEL DE SEGURANÇA: Cristina Rosa Ribeiro DATA: ???

Página 33
Manual de Boas Práticas de manuseamento e armazenagem de Substâncias Químicas

5.2.3.3. Plano de Monitorização

Tipo de
Contaminante Parâmetro Frequência Respons. Proced. Registo Requisitos
Ponto de amostragem VLE (3) Observações
químico a analisar Medição (2) pela Acção Associado Arquivo Aplicáveis
Controlo (1)
Avaliação de DL 290/01 Efeitos críticos:
Protóxido de contaminantes o Sistema
Bloco Anual para NP1796
Gás anestésico azoto Ambiental valores fora 50 ppm reprodutor
operatório
dos VLE OSHA/ o Sangue
Sevoflurano 2 ppm NIOSH
o SNC

UCI’s /B.O. Avaliação de NP EN 737-


Gás medicinal Oxigénio Ambiental M/T/S
contaminantes 3:2000

Notas:
(1) – Ambiental ou Pessoal
(2) - 1 x ano para valores acima dos VLE´s e sempre que sejam introduzidas alterações e a cada 2 anos, nos restantes casos.
(3) – Valores Limite de Exposição (VLE) indicados na NP1796 e NP EN 737-3:2000.

Página 34
Manual de Boas Práticas de manuseamento e armazenagem de Substâncias Químicas

6 Legislação: Agentes químicos e agentes biológicos

6.1 Agentes químicos


Exposição a agentes químicos no local de trabalho
• Decreto-Lei nº 275/91 de 7 de Agosto
Regulamenta as medidas especiais de prevenção e protecção da saúde dos trabalhadores
contra os riscos de exposição a algumas substâncias químicas.
Publicado no Diário da República: I série A;Nº 180.1991-08-07, p. 3925-3926.

• Decreto-Lei nº 290/2001 de 16 de Novembro


Transpõe para o ordenamento jurídico interno a Directiva nº 98/024/CE, do Conselho, de 7
de Abril, relativa à protecção da segurança e saúde dos trabalhadores contra riscos ligados à
exposição a agentes químicos no trabalho, bem como as Directivas nº 91/322/CEE, da
Comissão, de 29 de Maio, e nº 2000/039/CE, da Comissão, de 8 de Junho, sobre os valores
limite de exposição profissional a agentes químicos.
Publicado no Diário da República: I série A; Nº 266, 2001-11-16, p.7330-7336.
Amianto
• Decreto-Lei nº 28/87 de 14 de Janeiro
Limita a comercialização e a utilização do amianto e dos produtos que o contenham.
Publicado no Diário da República: I série; Nº 11, 2001-06-27, p.3846.
• Decreto-Lei nº 138/88 de 22 de Abril
Estabelece a proibição da comercialização e da utilização de produtos contendo fibras de
amianto.
Publicado no Diário da República: I série; Nº 94, 1988-04-22, p. 1560-1560.
• Decreto-Lei nº 284/89 de 24 de Agosto
Define o regime de protecção da saúde dos trabalhadores contra os riscos que possam
decorrer da exposição do amianto nos locais de trabalho.
Publicado no Diário da República: I série; Nº 194, 1989-08-24, p.3540-3548.
• Portaria nº 1057/89 de 7 de Dezembro
Regulamenta o Decreto-Lei nº 284/89 de 24 de Agosto, relativo ao regime de protecção da
saúde dos trabalhadores contra os riscos de exposição ao amianto.
Publicada no Diário da República: I série; Nº 281, 1989-12-07, p.5335-5339.
• Decreto-Lei nº 389/93 de 20 de Novembro
Transpõe para a ordem jurídica interna a Directiva nº 91/382/CEE, do Conselho, de 25 de
Junho, que altera a Directiva nº83/477/CEE, do Conselho, de 19 de Setembro, relativa à
protecção sanitária dos trabalhadores expostos ao amianto durante o trabalho. Altera o
Decreto-Lei nº 284/89 de 24 de Agosto (aprova o regime de protecção da saúde dos
trabalhadores contra os riscos de exposição ao amianto nos locais de trabalho).
Publicado no Diário da República: I série A; Nº 272, 1993-11-20, p.6460-6461.

Página 35
Manual de Boas Práticas de manuseamento e armazenagem de Substâncias Químicas

• Decreto-Lei nº 228/94 de 13 de Setembro


Altera o Decreto-Lei n.º 28/87, de 14 de Janeiro (limita a comercialização e a utilização do
amianto e dos produtos que o contenham).
Publicado no Diário da República: I série A; Nº 212, 1994-09-13, p. 5471 a 5472.
Chumbo
• Decreto-Lei nº 274/89 de 21 de Agosto
Estabelece diversas medidas de protecção da saúde dos trabalhadores contra os riscos de
exposição ao chumbo.
Publicado no Diário da República: I série; Nº 191, 1989-08-21, p. 3433-3439.
Cloreto de vinilo monómero
• Decreto-Lei nº 273/89 de 21 de Agosto
Aprova o regime de protecção da saúde dos trabalhadores contra os riscos da exposição ao
cloreto de vinilo monómero nos locais de trabalho.
Publicado no Diário da República: I série A; Nº 191, 1989-08-21, p. 3428-3433.
• Decreto-Lei nº 301/2000 de 20 de Novembro
Regula a protecção dos trabalhadores contra os riscos ligados à exposição a agentes
cancerígenos ou mutagénicos durante o trabalho.
Obs. Revoga o Decreto-Lei n.º 273/89, de 21 de Agosto, com efeitos a partir de 29 de Abril
de 2003.
Publicado no Diário da República: I série A; Nº 267. 2000-11-20, p. 6588-6593.
Agentes cancerígenos
• Decreto-Lei nº 479/85 de 7 de Agosto
Fixa as substâncias, os agentes e os processos industriais que comportam risco
cancerígeno, efectivo ou potencial, para os trabalhadores profissionalmente expostos.
Publicado no Diário da República: I série; Nº 261, 1985-11-13, p. 3786-3787.
• Decreto-Lei nº 264/98 de 19 de Agosto
Transpõe para a ordem jurídica as Directivas nºs. 94/60/CE, 96/55/CE, 97/10/CE e 97/16/CE,
que estabeleceram limitações à comercialização e utilização de determinadas substâncias
perigosas.
Publicado no Diário da República: I série A; Nº 190, 1998-08-19, p. 4097-4101.
• Decreto-Lei nº 446/99 de 3 de Novembro
Transpõe para a ordem jurídica interna a Directiva nºs. 97/056/CE, do Parlamento Europeu e
do Conselho, de 20 de Outubro, que altera a Directiva nº 76/069/CEE, do Conselho, de 27 de
Julho, relativa à aproximação das disposições legislativas, regulamentares e administrativas
dos Estados membros respeitantes à limitação da colocação no mercado e da utilização de
algumas substâncias e preparações perigosas, e a Directiva nº 97/064/CE, da Comissão, de
10 de Novembro, que adapta ao progresso técnico o Anexo I da Directiva nº 76/769/CEE,
introduzindo os ajustamentos daí decorrentes aos Decretos-Leis nºs. 47/90, de 9 de
Fevereiro, e 264/98, de 19 de Agosto.
Publicado no Diário da República : I série A; Nº 256. 1999-11-03, p.7474-7556.
• Decreto-Lei nº 256/2000 de 17 de Outubro

Página 36
Manual de Boas Práticas de manuseamento e armazenagem de Substâncias Químicas

Transpõe para a ordem jurídica interna as Directivas nºs. 94/027/CE, do Parlamento Europeu
e do Conselho, de 30 de Junho, 1999/043/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 25
de Maio, e 1999/051/CE, da Comissão, de 26 de Maio, relativas à limitação da colocação no
mercado e da utilização de algumas substâncias e preparações perigosas.
Publicado no Diário da República: I série A; Nº 240, 2000-10-17, p.5779-5783.
• Decreto-Lei nº 301/2000 de 20 de Novembro
Regula a protecção dos trabalhadores contra os riscos ligados à exposição a agentes
cancerígenos ou mutagénicos durante o trabalho.
Publicado no Diário da República: I série A; Nº 267, 2000-11-20, p. 6588-6593.
• Decreto-Lei nº 238/2002 de 5 de Novembro
Transpõe para a ordem jurídica interna a Directiva n.º 2001/41/CE, do Parlamento Europeu e
do Conselho, de 19 de Junho, que altera a Directiva n.º 76/769/CEE, do Conselho, de 27 de
Julho, relativa à aproximação das disposições legislativas, regulamentares e administrativas
dos Estados membros respeitantes à limitação da colocação no mercado e da utilização de
algumas substâncias e preparações perigosas, alterando o Decreto-Lei n.º 264/98, de 19 de
Agosto.
Publicado no Diário da República: I série A; Nº 255, 2002-11-05, p. 7072-7074.
Classificação, embalagem e rotulagem de substâncias perigosas:
• Decreto-Lei nº 82/95 de 22 de Abril
Transpõe para a ordem jurídica interna várias directivas que alteram a Directiva n.º
67/548/CEE, do Conselho, de 27 de Julho, relativa à aproximação das disposições
legislativas, regulamentares e administrativas respeitantes à classificação, embalagem e
rotulagem de substâncias perigosas.
Publicado no Diário da República: I série A; Nº 95, 1995-04-22, p. 2318-2320.
• Portaria nº 732-A/96 de 11 de Dezembro
Aprova o Regulamento para a Notificação de Substâncias Químicas e para a Classificação,
Embalagem e Rotulagem de Substâncias Perigosas.
Publicada no Diário da República: I série B; Nº 286, 1º Suplemento, 1996-12-11, p. 4434-(2) -
4434-(693).
• Decreto-Lei nº 330-A/98 de 2 de Novembro
Transpõe para a ordem jurídica interna a Directiva n.º 94/69/CE, da Comissão, de 19 de
Dezembro, a Directiva n.º 96/54/CE, da Comissão, de 30 de Julho, e a Directiva n.º
96/56/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 3 de Setembro, que alteraram e
adaptaram ao progresso técnico a Directiva n.º 67/548/CEE, do Conselho, de 27 de Julho,
relativa à aproximação das disposições legislativas, regulamentares e administrativas
respeitantes à classificação, embalagem e rotulagem das substâncias perigosas.
Publicado no Diário da República: I série A; Nº 253, 1º Suplemento, 1998-11-02, p. 5692-(2) -
5692-(484).
• Declaração de Rectificação nº 3-E/99 de 30 de Janeiro
De ter sido rectificado o Decreto-Lei n.º 330-A/98, do Ministério do Ambiente, que transpõe
para a ordem jurídica interna a Directiva n.º 94/69/CE, da Comissão, de 19 de Dezembro, a
Directiva n.º 96/54/CE, da Comissão, de 30 de Julho, e a Directiva n.º 96/56/CE, do
Parlamento Europeu e do Conselho, de 3 de Setembro, que alteraram e adaptaram ao
progresso técnico a Directiva n.º 67/548/CEE, do Conselho, de 27 de Julho, relativa à

Página 37
Manual de Boas Práticas de manuseamento e armazenagem de Substâncias Químicas

aproximação das disposições legislativas, regulamentares e administrativas respeitantes à


classificação, embalagem e rotulagem das substâncias perigosas, publicado no Diário da
República, 1.ª série, n.º 253 (suplemento), de 2 de Novembro de 1998.
Publicada no Diário da República: I série A; Nº 25, 2º Suplemento, 1999-01-30, p. 596-(6) -
596-(7).
• Decreto-Lei nº 209/99 de 11 de Junho
Transpõe para a ordem jurídica interna a Directiva nº 97/69/CE, da Comissão, de 5 de
Dezembro, e a Directiva nº 67/548/CEE, do Conselho, de 27 de Julho, relativa à
aproximação das disposições legislativas, regulamentares e administrativas respeitantes à
classificação, embalagem e rotulagem das substâncias perigosas.
Publicado no Diário da República: I série A; Nº 134, 1999-06-11, p. 3312-3313.
• Decreto-Lei nº 195-A/2000 de 22 de Agosto
Altera o Regulamento para a Notificação de Substâncias Químicas e para a Classificação,
Embalagem e Rotulagem de Substâncias Perigosas aprovado pela Portaria nº 732-A/96 de
11 de Dezembro.
Publicado no Diário da República: I série A; Suplemento, n2000-08-22, p.4248(2)-4248(273).
• Decreto-Lei nº 222/2001 de 8 de Agosto
Altera o Regulamento para a Notificação de Substâncias Químicas e para a Classificação,
Embalagem e Rotulagem de Substâncias Perigosas.
Publicado no Diário da República: I série A; Nº 183, 2001-08-08, p.4874-4999.
• Decreto-Lei nº 154-A/2002 de 11 de Junho
Altera o Regulamento para a Notificação de Substâncias Químicas e para a Classificação,
Embalagem e Rotulagem de Substâncias Perigosas, transpondo para o ordenamento jurídico
interno a Directiva nº 2001/59/CE, da Comissão, de 6 de Agosto.
Publicado no Diário da República: I série A; Nº 133, Suplemento. 2002-06-11, p.4824(2)-
4824(268).
Acidentes industriais graves e transporte de mercadorias perigosas:
• Decreto-Lei nº 164/2001 de 23 de Maio
Aprova o regime jurídico da prevenção e controlo dos perigos associados a acidentes graves
que envolvem substâncias perigosas, transpondo para a ordem jurídica interna a Directiva nº
96/082/CE, do Conselho, de 9 de Dezembro.
Publicado no Diário da República: I série A; Nº 119, 2001-05-23, p.2991-3007.
• Portaria nº 193/2002 de 4 de Março
Estabelece os códigos e os modelos dos relatórios de informação de acidentes graves.
Publicado no Diário da República: I série B; Nº 53. 2002-03-04, p.1791-1809.
• Decreto-Lei nº 322/2000 de 19 de Dezembro
Institui um novo regime jurídico relativo à designação e à qualificação profissional dos
conselheiros de segurança para o transporte de mercadorias perigosas por estrada, caminho
de ferro ou via navegável.
Publicado no Diário da República: I série A; Nº 291. 2000-12-19, p.7368-7374.
• Decreto-Lei nº 227-C/2000 de 22 de Setembro

Página 38
Manual de Boas Práticas de manuseamento e armazenagem de Substâncias Químicas

Regula o transporte ferroviário de mercadorias perigosas.


Publicado no Diário da República: I série A; Nº 220. Suplemento. 2000-09-22, p.5114(2)-
5114(447).
Pesticidas:
• Decreto-Lei nº 294/88 de 24 de Agosto
Estabelece normas relativas à classificação, rotulagem e embalagem de pesticidas e
adjuvantes.
Publicado no Diário da República : I série ; Nº 195. 1988-08-24, p. 3504-3508.
• Decreto-Lei nº 385/93 de 18 de Novembro
Transpõe para a ordem jurídica interna a Directiva n.º 91/410/CEE, da Comissão, de 22 de
Julho, que altera a Directiva n.º 67/548/CEE, do Conselho, de 27 de Junho, relativa à
classificação, embalagem e rotulagem das substâncias perigosas. Altera o Decreto-Lei n.º
294/88, de 24 de Agosto (estabelece normas relativas à classificação, rotulagem e
embalagem de pesticidas e adjuvantes).
Publicado no Diário da República: I série A; Nº 270. 1993-11-18, p. 6439-6440.

6.2 Agentes biológicos


• Decreto-Lei nº 84/97 de 16 de Abril
Transpõe para a ordem jurídica interna as Directivas do Conselho n.º 90/679/CEE, de 26 de
Novembro, e 93/88/CEE, de 12 de Outubro, e a Directiva n.º 95/30/CE, da Comissão, de 30
de Junho, relativas à protecção da segurança e saúde dos trabalhadores contra os riscos
resultantes da exposição a agentes biológicos durante o trabalho.
Publicado no Diário da República: I série A; Nº 98. 1997-04-16, p. 1702-1709.
• Portaria nº 405/98 de 11 de Julho
Aprova a classificação dos agentes biológicos.
Publicada no Diário da República: I série B; Nº 158. 1998-07-11, p. 3308-3314.
• Portaria nº 1036/98 de 15 de Dezembro
Altera a lista dos agentes biológicos classificados para efeitos da prevenção de riscos
profissionais, aprovada pela Portaria n.º 405/98, de 11 de Julho.
Publicada no Diário da República: I série A; Nº 288. 2002-12-28, p.6835-6843.
• Decreto-Lei nº 126/93 de 20 de Abril
Regula a utilização e comercialização de organismos geneticamente modificados.
Publicado no Diário da República: I série A; Nº 92. 1993-04-20, p. 1922-1926.
• Decreto-Lei nº 63/99 de 2 de Março
Altera o Decreto-Lei nº 126/93, de 20 de Abril, que regula a utilização e comercialização de
organismos geneticamente modificados.
Publicado no Diário da República: I série A; Nº 51. 1999-03-02, p. 1180-1183.

• Decreto-Lei nº 2/2001 de 4 de Janeiro

Página 39
Manual de Boas Práticas de manuseamento e armazenagem de Substâncias Químicas

Regula a utilização confinada de microrganismos geneticamente modificados, transpondo


para a ordem jurídica interna a Directiva n.º 98/81/CE, do Conselho, de 26 de Outubro, que
altera a Directiva n.º 90/219/CEE, do Conselho, de 23 de Abril.
Publicado no Diário da República: I série A; Nº 258. 2001-01-04, p. 39-48.

Página 40
Manual de Boas Práticas de manuseamento e armazenagem de Substâncias Químicas

7 Endereços Internet

7.1 Agentes químicos


• Institut National de Recherche et de Sécurité
www.inrs.fr/dossiers/Siteschim.html
• Fichas de dados de segurança
www.cdc.gov/niosh/ipcs/french.html
• Base de Dados Toxicológica
www.reptox.csst.qc.ca
• Fichas do INERIS
www.ineris.fr/recherches/fiches/fiches.htm
• Fichas do Conselho Europeu da Indústria Química
www.ericards.net
• France Chimie
www.france-chimie.com/fds.htm
• Universidade Católica de Lovaina - Métodos de biomonitoragem
www.md.ucl.ac.be/toxi/mbi.htm
• TOXNET
http://toxnet.nlm.nih.gov
• IPCS INCHEM
www.inchem.org
• ChemExper Chemical Directory
www.chemexper.be
• Réseau Chimie
www.chimie.com/entre.htm
• Chemdex
www.chemdex.org

7.2 Agentes biológicos


• National Institute for Biological Standards and Control

www.nibsc.ac.uk/links.html

European Union Drug Regulatory Authority Network (EUDRANET)


European Medicines Agency (EMEA)
European Department of Quality of Medicines (EDQM)
Medicines Control Agency, UK (MCA)
Food and Drug Administration, USA (FDA)
Therapeutic Goods Administration, Australia (TGA)
Medical Products Agency, Sweden (MPA)

Página 41
Manual de Boas Práticas de manuseamento e armazenagem de Substâncias Químicas

• Endereços Internet Relacionados


6th European Conference on Experimental AIDS research
World Health Organization
Association of the British Pharmaceutical Industry (ABPI)
Medical Research Council, UK (MRC)
National Institute for Medical Research, UK (NIMR)
European Bioinformatics Institute (EBI)
The National Center for Biotechnology Information (NCBI)
European Scientific Working Group on Influenza (ESWI)
UK NEQAS
American Association of Clinical Chemists
Exotic Disease Resources Associates
International Association for Biologicals (IABS)
The Acid Fast Food
Guidelines for the Blood Transfusion Services in the United Kingdom. The
‘Red Book’
Centre for Applied Microbiology & Research – CAMR
Public Health Laboratory Service – PHLS

7.3 Organização Mundial de Saúde


www.who.int/biologicals/Links.htm
• OMS - Web Sites
Health Technology and Pharmaceuticals
Blood Safety and Clinical Technology
Vaccines, Immunization and Biologicals
Quality Assurance and Safety of Medicines
Global Alliance for Vaccines and Immunization
Global Polio Eradication Initiative
Transmissible Spongiform Encephalopathies
• OMS – Laboratórios Internacionais para Normas Biológicas
Sanquin Diagnostic Services
National Institute for Biological Standards and Control
National Institute of Allergy & Infectious Diseases (NIAID) National Institute
of Health (NIH)
• Associações Profissionais
International Associations of Biologicals
The World Federation of Hemophilia (WFH)
Página 42
Manual de Boas Práticas de manuseamento e armazenagem de Substâncias Químicas

The International Society on Thrombosis and Hemostasis (ISTH)


Pharmaceutical Inspection Convention (PIC/S)
• Outros sites
US Food and Drug Administration – Center for Biologics Evaluation and
Research (CBER)
European Pharmacopeia
US Pharmacopeia – USP
• IDICT
www.idict.gov.pt
• Agência Europeia para a Saúde e a Segurança no Trabalho
http://osha.eu.int
• CIS
www.ilo.org/cis

Página 43

Você também pode gostar