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Os profissionais de saúde, ao longo de sua história têm enfrentado vários desafios. Desde
os primeiros relatos da Síndrome da Imunodeficiência adquirida, expondo a fragilidade e
possibilidade de transmissão de doenças em nível ocupacional, têm sido obrigados a repensar
suas práticas de controle de contaminaçãocruzada.
Diante do exposto, faz-se necessária uma rotina clara e objetiva, seguida por todos os
profissionais envolvidos no atendimento em saúde buscando manter a cadeia asséptica, no
intuito de minimizar a contaminação cruzada e os riscos de acidente.
ABREVIATURAS
NR – Norma Regulamentadora
Sumário
INTRODUÇÃO......................................................................................................................................................2
ABREVIATURAS ...................................................................................................................................................3
1. Segurança no local de trabalho ..................................................................................................................6
1.1 Segurança da instituição.........................................................................................................................6
1.2 Segurança do paciente .................................................................................................................................7
1.2 Segurança do funcionário, profissional de saúde...................................................................................9
1.2.1 EPIs salvam vidas ................................................................................................................................9
1.2.2 Tipos de EPIs .................................................................................................................................... 10
2.0 A importância da segurança do trabalho .................................................................................................. 18
2.1 Tipos de acidentes ..................................................................................................................................... 19
2.1.2 Riscos e seus agentes: ............................................................................................................................ 19
2.2 Tipos de acidentes ..................................................................................................................................... 20
Típico ...................................................................................................................................................... 20
Atípico..................................................................................................................................................... 21
De trajeto ................................................................................................................................................ 21
2.3 Quais os direitos do trabalhador que sofre acidente de trabalho? .......................................................... 21
2.4 Definições .................................................................................................................................................. 23
2.4 Qual a importância da prevenção no ambiente de trabalho? .................................................................. 24
2.5 Transferência segura de pacientes ............................................................................................................ 25
3.0 Regras básicas para o trabalho .................................................................................................................. 28
a) Higiene e hábitos pessoais....................................................................................................................... 28
b) Normas para a área analítica ................................................................................................................... 29
c) Práticas de limpeza e descontaminação .................................................................................................. 29
d) Formação de aerossóis ............................................................................................................................ 29
e) Uso de pipetas e de dispositivos auxiliares de pipetagem (mecânicos ouautomáticos)................... 30
4.0 Higienização das mãos ............................................................................................................................... 30
4.1 Procedimento de lavagem das mãos......................................................................................................... 32
Fonte: Manual Técnico de Higienização das Mãos em Serviços de Saúde: 2007. ...................................... 34
4.2 Descontaminação ...................................................................................................................................... 34
5.0 Imunizações ............................................................................................................................................... 35
6.0 Acidentes com material biológico .............................................................................................................. 36
As exposições ocupacionais podem ser: ...................................................................................................... 36
6.1 Fatores de risco para ocorrência de infecção ............................................................................................ 36
6.1.2 Fluidos biológicos de risco para determinadas patologias: .................................................................... 37
6.1.3 Cuidados ao manusear material perfurocortante e biológico: .............................................................. 37
6.1.4 Procedimentos recomendados pós-exposição a material biológico ...................................................... 38
6.1.5Avaliação do acidente .............................................................................................................................. 38
7.0 Gerenciamento dos resíduos sólidos .................................................................................................. 39
7.1 Classificação dos resíduos gerados na instituição ..................................................................................... 39
7. 2 Acondicionamento e tratamento ....................................................................................................... 41
GRUPO A .................................................................................................................................................... 41
GRUPO B .................................................................................................................................................... 42
GRUPO D.................................................................................................................................................... 44
8.0 Acidentes de trabalho ............................................................................................................................... 47
8.1 Processos de extinção do incêndio............................................................................................................ 47
a) Isolamento ............................................................................................................................................... 47
b) Resfriamento ........................................................................................................................................... 47
c) Abafamento ............................................................................................................................................. 48
d) Extinção Química ..................................................................................................................................... 48
8.2 Agentes extintores ..................................................................................................................................... 48
a) Extintor de Incêndio................................................................................................................................. 48
ORIENTAÇÕES BÁSICAS.................................................................................................................................... 49
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ........................................................................................................................... 50
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Segurança do trabalho pode ser entendida como o conjunto de medidas adotadas visando minimizar
os acidentes de trabalho, as doenças ocupacionais, bem como para proteger a integridade e a
capacidade de trabalho do servidor.
Medicação segura: A medicação administrada incorretamente pode causar graves danos ao paciente.
A falha mais comum envolve a administração equivocada de medicamentos relacionada à dose, via
de administração e tipo de droga.
Cirurgia segura: Eventos adversos podem ocorrer antes, durante e depois de todo procedimento
cirúrgico. O objetivo dessa meta é garantir que o procedimento seja realizado conforme o planejado.
Higienização das mãos: A higienização das mãos é reconhecida mundialmente como uma medida
primária, mas muito importante no controle de infecções relacionadas à assistência à saúde.
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Considerada um dos pilares da prevenção e controle de infecções nos hospitais, a estratégia depende
da eficiência na orientação dos acompanhantes e familiares para a antissepsia das mãos, além do
treinamento da equipe multiprofissional.
Prevenção de quedas e lesão por pressão: Essa estratégia exige que os profissionais de saúde
avaliem os pacientes e estabeleçam ações preventivas. No caso das quedas é fundamental que ocorra
a verificação do ambiente, das condições de acessibilidade e de locomoção de pacientes, em especial
com pacientes sob efeito de medicamentos. Para evitar lesões por pressão é necessária a realização
da mudança de decúbito a cada duas horas para minimizar a pressão em locais específicos e o
acompanhamento diário da integridade da pele.
Diante disso, é fundamental refletir e debater sobre o papel da equipe na prestação do cuidado seguro
ao paciente. Mas, por outro lado, é preciso destacar que todo profissional é passível de erros, ainda
mais quando essa profissão envolve a realização de cuidados complexos, procedimentos invasivos e
a permanência de horas a fio ao lado do paciente.
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Visando melhorar a segurança dos pacientes em todo o mundo, a Organização Mundial de Saúde
(OMS) recomendou que sejam implementados pelos gestores de hospitais e clínicas as seguintes
ações de segurança:
É importante destacar que os eventos adversos são geralmente associados ao erro humano, mas que
devem ser tratados como desencadeadores às condições de trabalho, aspectos estruturais e a
complexidade das atividades desenvolvidas, tais como o avanço tecnológico com deficiente
aperfeiçoamento dos recursos humanos, falhas na aplicação da Sistematização da Assistência de
Enfermagem (SAE), delegação de cuidados sem a supervisão adequada e a sobrecarga de trabalho.
No que se refere ao trabalho de enfermagem, os erros mais comuns a ele relacionados acontecem na
administração de remédios; na transferência de paciente e na troca de informações; no trabalho em
equipe e na comunicação; na incidência de quedas e de úlceras por pressão; nas falhas nos processos
de identificação do paciente, na incidência de infecção relacionada aos cuidados de saúde, entre outros
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A história mostra que, desde o início da trajetória humana na Terra, o ser humano buscou formas de
amenizar os riscos de suas atividades diárias. Quando se pensa em equipamentos de proteção
individuais (EPIs), o mais comum é associar o seu desenvolvimento à revolução industrial. Porém,
os EPIs surgiram muito antes disso. Os ancestrais humanos usavam, por exemplo, peles de animais
para se proteger do frio e da chuva, bem como objetos de proteção contra predadores, como pedras e
lanças.
No Brasil, os acidentes com operários tiveram aumento no governo Vargas, durante o crescimento
industrial do país. Após a criação do Ministério do Trabalho, em novembro de 1930, surgiram, aos
poucos, órgãos regulamentadores voltados ao interesse do trabalhador. Porém, o marco oficial da luta
contra acidentes de trabalho se deu em 1972, depois de regulamentada a formação técnica em
Segurança e Medicina do Trabalho. Em 27 de julho daquele ano, foram publicadas as portarias 3236,
que instituiu o Plano Nacional de Valorização do Trabalhador, e a 3237, que tornou obrigatórios os
serviços de medicina do trabalho e engenharia de segurança do trabalho em empresas com um ou
mais empregados.
Conhecidos os perigos a que algumas atividades econômicas estão sujeitas, como evitar que tragédias
aconteçam? Por meio de medidas de prevenção a acidentes de trabalho, sendo o Equipamento de
Proteção Individual (EPI) um dos meios mais básicos e conhecidos instrumentos para tal.
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O normativo traz ainda a obrigação da empresa de fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI
adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, sempre que as medidas de
ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças
profissionais e do trabalho; enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas;
e para atender a situações de emergência.
Na legislação federal, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) dispõe, no artigo 166, que “a
empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, equipamento de proteção individual
adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, sempre que as medidas de
ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes e danos à saúde dos
empregados”. Assim, o EPI não apenas deve ser fornecido de forma.
Os EPIs são classificados a partir da parte do corpo a ser protegida e da atividade desempenhada,
divididos pela NR 6 em nove categorias:
6. proteção dos membros superiores: luvas, creme protetor, manga, braçadeira, dedeira;
7. proteção dos membros inferiores: calçados para proteção, meia, perneira, calça;
9. proteção contra quedas com diferença de nível: cinturão de segurança com dispositivo trava-queda,
cinturão de segurança com talabarte.
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Luvas de látex
Procedimentos cirúrgicos.
Luvas de vinil
Para serviços gerais, tais como processos de limpeza
de instrumentos e descontaminação;
• Essas luvas podem ser descontaminadas por
imersão em solução de hipoclorito a 0,1% por 12h;
• Após lavar, enxaguar e secar para a
reutilização;
• Devem ser descartadas quando apresentam
qualquer evidência de deterioração.
Luvas de borracha
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Luvas de cloreto de
vinila (PVC)
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LEMBRETES TÉCNICOS:
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LEMBRETES TÉCNICOS:
1. Óculos comuns não oferecem proteção adequada;.
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Jaleco de TNT
LEMBRETES TÉCNICOS:
2. A troca deste EPI deve ser diária e sempre que for contaminado
por fluidos corpóreos;
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−
LE S TÉ
volume;
O primeiro ponto é que ela está intimamente ligada à qualidade de vida dos colaboradores, já que as
medidas eliminam e controlam riscos ligados à atividade desenvolvida. Em um ambiente mais seguro
e saudável, os profissionais tendem a produzir mais, o que é extremamente positivo para as empresas.
Para entender por que investir na segurança do trabalho é essencial para as empresas, saiba que
essas práticas podem economizar dinheiro futuramente. Pense assim: ao tomar medidas para evitar
acidentes, você não terá gastos com essas situações.
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Qualquer fator que coloque o trabalhador em situação vulnerável e possa afetar sua integridade, e seu
bem-estar físico e psíquico. São exemplos de risco de acidente: as máquinas e equipamentos sem
proteção, probabilidade de incêndio e explosão, arranjo físico inadequado, armazenamento
inadequado, etc.
2. Riscos ergonômicos
Qualquer fator que possa interferir nas características psicofisiológicas do trabalhador, causando
desconforto ou afetando sua saúde. São exemplos de risco ergonômico: o levantamento de peso, ritmo
excessivo de trabalho, monotonia, repetitividade, postura inadequada de trabalho, etc.
3. Riscos físicos
Consideram-se agentes de risco físico as diversas formas de energia a que possam estar expostos os
trabalhadores, tais como: ruído, calor, frio, pressão, umidade, radiações ionizantes e não-ionizantes,
vibração, etc.
4. Riscos químicos
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Consideram-se agentes de risco químico as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar
no organismo do trabalhador pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos gases, neblinas,
névoas ou vapores, ou que seja, pela natureza da atividade, de exposição, possam ter contato ou ser
absorvido pelo organismo através da pele ou por ingestão.
5. Riscos biológicos
Consideram-se como agentes de risco biológico as bactérias, vírus, fungos, parasitos, entre outros.
• Típico;
• Atípico;
• De trajeto.
Essas categorias foram criadas como forma de auxiliar a perícia médica no momento da análise, e
servir como garantia de que o acidente de fato ocorreu como consequência da atividade exercida.
Típico
O acidente típico é um dos mais comuns de serem vistos no mundo corporativo. Ele é caracterizado
por ocorrer no local de trabalho, em seus arredores, ou durante o expediente do colaborador.
Normalmente, as causas mais comuns para este acidente estão relacionados a motivos e ações, como:
imprudência, negligência ou causas naturais como deslizamentos e enchentes.
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Atípico
O acidente atípico ocorre em casos muito específicos quando há uma certa repetição das atividades
exercidas no trabalho, ou da doença que esteja, de alguma forma, ligada ao ofício.
Neste caso, podemos citar alguns exemplos de atividades que podem causar acidentes atípicos, como
por exemplo:
Como seu próprio nome diz, ocorre durante o deslocamento do profissional de sua casa até a sede da
empresa ou vice versa, seja em seu próprio veículo ou no transporte público.
Cada um desses acidentes possui características bem distintas, que permitem uma fácil diferenciação
e entendimento para que as organizações consigam lidar com os eventuais problemas decorrentes.
Agora, independente do tipo de acidente, a empresa deve seguir um procedimento padrão previsto
em lei para que o profissional lesionado tenha seus direitos garantidos e consiga se recuperar.
Ao todo, as leis trabalhistas estabelecem que todo profissional lesionado por algum acidente de
trabalho possui cinco direitos. São eles:
• Estabilidade no emprego;
• Afastamento remunerado
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• Recolhimento do FGTS;
• Aposentadoria por invalidez;
• Pensão por morte.
Vamos ver cada um separadamente.
1. Estabilidade no emprego
Essa estabilidade no emprego é garantida até que o funcionário possa retornar ao trabalho. Ou seja,
ao retornar, seu contrato de trabalho estará garantido por, no mínimo, 12 meses.
2. Afastamento remunerado
Normalmente, o período de afastamento para que o colaborador se recupere é de 15 dias. No entanto,
mesmo caso este tempo precise ser estendido, o profissional não será prejudicado em sua
remuneração.
O INSS fornecerá um auxílio financeiro, também conhecimento como auxílio por incapacidade
temporária, durante todo o período necessário para que o profissional se recupere e possa voltar a
desempenhar suas tarefas.
3. Recolhimento FGTS
Independente do tempo de afastamento, todo colaborador acidentado também tem direito ao
recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).
Agora, caso a perícia confirme um diagnóstico de invalidez parcial, o funcionário pode receber a
chamada aposentadoria especial.
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Estes são os principais direitos que sua empresa deve garantir a seus colaboradores que forem
acidentados. Além de seguir uma determinação legal, o seu cumprimento ajudará o funcionário a se
recuperar para que consiga voltar à trabalhar normalmente.
2.4 Definições
Acidente: é todo evento anormal no local de trabalho com danos ao patrimônio da entidade
ou empresa, ferimentos leves ou graves em colaboradores e que deve ser investigado, para
evitar que a repetição acarrete outras vítimas.
Acidente de trabalho: é aquele que ocorre pelo exercício do trabalho, a serviço da empresa,
provocando lesão corporal, perturbação funcional, causando morte e perda ou redução
permanente ou temporária da capacidade para o trabalho.
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Incidente: É uma circunstância acidental passível de ocorrer durante o trabalho, sem danos
imediatos ao trabalhador, porém, com possibilidades de agravos futuros se não houver medidas
urgentes de bloqueio.
Material biológico: É todo material que contenha informação genética e seja capaz de auto-
reprodução ou de ser reproduzido em um sistema biológico. Inclui os organismos cultiváveis
e agentes infecciosos (entre eles vírus, bactérias, fungos filamentosos, leveduras e
protozoários); as células humanas, animais e vegetais, as partes replicáveis destes organismos
e células, príons e os organismos ainda não cultivados.
Níveis de Biossegurança: É o grau de contenção necessário para permitir o trabalhocom
materiais biológicos de forma segura para os seres humanos, os animais e o
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Portanto, tomar as medidas de prevenção e segurança necessárias para evitar acidentes, é benéfico
para todos os envolvidos na rotina. Dessa maneira, é importante atender aos critérios de fiscalização,
garantindo a integridade de toda a equipe.
Vale ressaltar que os procedimentos para a prevenção de acidentes devem ser atualizados
periodicamente, ou seja, é necessária uma melhoria contínua. Isso porque sempre pode haver novos
riscos e, também, alternativas inovadoras para evitá-los. De todo modo, ao investir neste cuidado, sua
empresa tem vários benefícios:
• Colaboradores satisfeitos;
• Clima organizacional agradável;
• Ambiente seguro;
• Preparo adequado para lidar com imprevistos;
• Cumprimento das normas regulamentadoras;
• Gerenciamento de riscos;
• Credibilidade no mercado;
• Redução de custos com acidentes;
Como já dissemos, as vantagens são inúmeras para todos os envolvidos. Aliás, isso pode, inclusive,
impactar no engajamento dos trabalhadores para com a organização.
O paciente pode executar essa transferência de uma forma independente ou com uma pequena ajuda,
utilizando uma tábua de transferência, da seguinte maneira (Figuras 19a e 19b):
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Não existe maneira segura para realizar uma transferência manual do leito para uma maca. Existem
equipamentos que devem ser utilizados, como as pranchas e os plásticos resistentes de transferências
nesse caso, o paciente deve ser virado para que se acomode o material sob ele. . Volta-se o paciente
para a posição supina, puxando-o para a maca com a ajuda do material ou do lençol. Devem participar
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desse procedimento quantas pessoas forem necessárias, dependendo das condições e do peso do
cliente. Nunca esquecer de travar as rodas da cama e do leito e de ajustar sua altura.
As boas práticas são fundamentais e referem-se às normas de conduta que regem os trabalhos
de laboratórios, de modo a garantir a segurança individual e coletiva, bem como a
reprodutibilidade da metodologia e dos resultados obtidos.
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- Não manter plantas e animais na área analítica, que não estejam diretamente relacionados
com o trabalho técnico.
d) Formação de aerossóis
Todos os procedimentos de laboratório devem ser conduzidos com o máximo cuidado para
evitar a formação de aerossóis. Em casos inevitáveis, como nas operações em centrífugas,
aguardar 5 a 10 minutos após cessar a centrifugação, sendo recomendável usar máscara de
proteção respiratória descartável tipo PFF2 (eficiência mínima de filtração de 94%).
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O método adequado para lavagem das mãos depende do tipo de procedimentoa ser
realizado.
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LEMBRETES TÉCNICOS:
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Colocar-se junto a pia exclusiva para lavagem das mãos, obedecendo à sequência:
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4.2 Descontaminação
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laboratório, etc.
c) Descontaminar todo equipamento antes de qualquer serviço de manutenção, de acordo
com o procedimento operacional padrão.
d) Colocar vidraria quebrada e pipetas descartáveis, após descontaminação, em caixacom
paredes rígidas para perfurocortantes, devidamente identificada, e descartada como lixo
comum.
5.0 Imunizações
Para hepatite B é recomendado o esquema vacinal com uma série de três doses da
vacina em intervalos de zero, um e seis meses. Para confirmação desta resposta vacinal deve
ser realizado o teste sorológico anti-HBs, um a dois meses após a última dose, com intervalo
máximo de seis meses. Neste teste deve ser detectada a presença de anticorpos protetores com
títulos acima de 10 UI/mL.
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- A forma de exposição;
HIV: sangue, líquido orgânico contendo sangue visível e líquidos orgânicos potencialmente
infectantes (sêmen, secreção vaginal, líquor e líquidos peritoneal, pleural, sinovial,
pericárdico e amniótico).
HIV: fezes, secreção nasal, saliva, escarro, suor, lágrima, urina e vômitos, exceto se tiver
sangue.
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recipientes rígidos;
- Utilizar os EPIs próprios para o procedimento;
- Após exposição em pele íntegra, lavar o local com água e sabão ou solução
antisséptica com detergente (PVPI, clorexidina) abundantemente. O contato com
pele íntegra minimiza a situação de risco;
- Nas exposições de mucosas, deve-se lavar exaustivamente com água ou solução
salina fisiológica;
- Se o acidente for percutâneo, lavar imediatamente o local com água e sabão ou
solução antisséptica com detergente (PVPI, clorexidina). Não fazer espremedura
do local ferido, pois favorece um aumento da área exposta;
- Não devem ser realizados procedimentos que aumentem a área exposta, tais como
cortes e injeções locais. A utilização de soluções irritantes (éter, hipoclorito de
sódio) também está contraindicada.
6.1.5Avaliação do acidente
Deve ocorrer imediatamente após o fato e, inicialmente, basear-se em uma adequada
anamnese, caracterização do paciente fonte, análise do risco, notificação do acidente e
orientação de manejo e medidas de cuidado com o local exposto.
A exposição ocupacional a material biológico deve ser avaliada quanto ao potencial
de transmissão de HIV, HBV e HCV com base nos seguintes critérios:
✓ Tipo de exposição;
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Grupo A - Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas
características, podem apresentar risco de infecção.
Grupo B - Resíduos contendo substâncias químicas que podem apresentar risco àsaúde
pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de
inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade.
Grupo D - Resíduos que não apresentem risco biológico, químico ou radiológico àsaúde ou ao
meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares. Grupo E - Materiais
perfurocortantes ou escarificantes.
Quadro 01 – Resíduos gerados na instituição conforme o grupo de classificação da
RDC/ANVISA 306 de 2004.
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7. 2 Acondicionamento e tratamento
GRUPO A
Os resíduos do Grupo A, ou de risco biológico são embalados em sacos para
autoclavação ou, se não necessitarem de tratamento prévio, em sacos plásticos, de cor branca,
apresentando o símbolo internacional de risco biológico. Utilizar até 2/3 da capacidade
máxima do saco, para poder oferecer mais espaço para o fechamento adequado e, assim,
maior segurança. Fechar bem os sacos, de forma a não permitir o derramamento de seu
conteúdo. Uma vez fechados, precisam ser mantidos íntegros até o processamento ou
destinação final do resíduo. Não seadmite abertura ou rompimento de saco contendo resíduo
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com risco biológico sem prévio tratamento. Todos os contentores (lixeiras) para resíduos
devem possuir tampas e serem lavados pelo menos uma vez por semana ou sempre que houver
vazamento do saco contendo resíduos.
GRUPO B
Alguns resíduos não precisam ser segregados e acondicionados, pois, podem ser
descartados sem oferecer perigo ao meio ambiente. Os resíduos ácidos oubásicos, após serem
neutralizados para valores de pH entre 6 e 8 devem ser diluídos, podendo ser descartados na
pia, exceto os que contém fluoreto e metais pesados. Papel de filtro contendo resíduos
químicos, borra de metais pesados, papel Indicador, etc., devem ser colocados em recipientes.
Para coleta e armazenamento de resíduos químicos produzidos em laboratórios é
necessário dispor de recipientes de tipos e tamanhos adequados. Os recipientes coletores
devem ser de material estável e com tampas que permitam boavedação. Tais recipientes além
de apresentarem rótulos com caracterização detalhada de seu conteúdo (MERCK, 1996),
devem ser classificados conforme descrito no quadro 02.
Quadro 02 - Classificação dos Recipientes para acondicionamentos dos resíduos gerados.
RECIPIENTES ACONDICIONAMENTO DE
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Antes de serem acondicionados nos recipientes, alguns resíduos têm de ser inativados,
segundo metodologia descrita no Manual de Gerenciamento de Resíduos Químicos da
Instituição.
GRUPO D
Devem ser acondicionados de acordo com as orientações dos serviços locais de limpeza
urbana, utilizando-se sacos impermeáveis, contidos em recipientes identificados.
GRUPO E
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Quando considerado o perfil a partir dos afastamentos concedidos pelo INSS, observa-se que os
tipos de doenças mais frequentes são fraturas (40%), osteomuscular e tecido conjuntivo (23%),
traumatismos (8%), luxações (7%) e ferimentos (5%)
a) Isolamento
A retirada do material ou controle do combustível consiste na retirada ou interrupção do campo
de propagação do fogo, no material que ainda não foi atingido pelo incêndio.
b) Resfriamento
O resfriamento ou controle do calor é o método de extinção mais usado. Consiste em se retirar
o calor do material até abaixo do ponto de combustão. A água é muito utilizada neste caso.
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c) Abafamento
O abafamento ou controle do comburente consiste na eliminação do oxigênio das
proximidades do combustível para modo interromper o triângulo do fogo e, conseqüentemente,
a combustão.
d) Extinção Química
Certos extintores quando lançados sobre o fogo sofrem ação do calor, reagindo sobre a área
das chamas, interrompendo assim a “reação em cadeia” (extinção química). Isso ocorre porque
o oxigênio (comburente) deixa de reagir com gases combustíveis.
A Base de Água: Utiliza o CO2 como propulsor. É usado em papel, tecido e madeira. Não
usar em eletricidade, líquidos inflamáveis, metais em ignição.
De CO2: Utiliza o CO2 como base. A força de seu jato é capaz de disseminar os materiais
incendiados. É usado em líquidos e gases inflamáveis, fogo de origem elétrica. Não usar em
metais alcalinos e papel.
De Pó Químico Seco: Usado em líquidos e gases inflamáveis, metais alcalinos, fogo de origem
elétrica. Só apaga fogo de superfície.
De Espuma: Usado para líquidos inflamáveis. Não usar para fogo causado por eletricidade.
De Pó de Grafite: Único extintor adequado para incêndios da classe D. Qualquer outro tipo
de extintor provoca reações violentas.
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PROFESSOR: ALEX UENDEL ENFERMAGEM
ORIENTAÇÕES BÁSICAS
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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Veja mais em - Portal PEBMED: https://pebmed.com.br/seguranca-do-paciente-e-a-atuacao-do-
enfermeiro-no-hospital/?utm_source=artigoportal&utm_medium=copytext
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