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NR32

Cecília Pimentel, Danielli Souza, Eduarda de


Franceschi, Eduarda Kozoroski e Giordana de Gregori
32.9 DA MANUTENÇÃO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

Aborda as diretrizes para a manutenção de máquinas e equipamentos nos serviços de


saúde, com o propósito de garantir a proteção dos trabalhadores, a conservação dos equipamentos
e ferramentas utilizadas e o bom funcionamento durante as atividades de saúde.

Os funcionários devem passar por uma capacitação inicial para realizar os


procedimentos de manutenção, a fim de mantê-los familiarizados com princípios de higiene pessoal,
riscos biológicos, químicos e físicos, sinalização, rotulagem preventiva e acessibilidade. Além disso,
em caso de risco a saúde, devem ser adotadas medidas de proteção a esses indivíduos.

Os equipamentos e meios mecânicos utilizados para transporte, os dispositivos de


ajustes dos leitos, os sistemas de climatização, as máquinas e todas as ferramentas utilizadas
devem passar por uma previa descontaminação e inspeção para a realização da manutenção, tendo
em vista as instruções dos fabricantes, a norma técnica oficial e a legislação vigente.
32.10 DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Os ambientes de trabalho devem ser dotados de sistemas que minimizem o


deslocamento e esforços adicionais, assim como ambientes com odores fortes como cozinhas e
lugares em que são realizados procedimentos, devem possuir equipamentos para controle de
ventilação e renovação do ar.

Além disso, os ambientes com lavatórios e pias precisam ser providos de sabão líquido,
toalhas descartáveis e torneiras que dispensem contato com as mãos para fechamento. Deve
atender as condições relativas a níveis de ruído, temperatura, iluminação, limpeza e conservação.
Também deve haver um programa de controle de animais sinantrópicos (silvestres).

Ademais, os trabalhadores devem ser capacitados e estarem aptos para o uso dos
equipamentos. Cada equipamento precisa ter um manual em língua portuguesa impresso para os
trabalhadores e os materiais médico-hospitalares demandam um regulamento.

Os trabalhadores da área de saúde também devem adotar postura correta para


preservar a integridade física do paciente e ter orientação para lidar com pacientes que possuem
distúrbios de comportamento.
32.11 DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Das cinco disposições finais, três foram revogadas pela Portaria SEPRT no. 915, de 30
de julho de 2019. As duas que não foram revogadas divulgam a criação da Comissão Tripartite
Permanente Nacional da Norma Regulamentadora No. 32 (CTPN da NR-32) e as Comissões
Tripartites Permanentes Regionais da NR-32, no âmbito das Unidades da Federação (CTPR da NR-
32).
À CTPN compete:
o Acompanhar a implementação da NR-32 e especialmente o Plano de Prevenção de Riscos de Acidentes com
Materiais Perfurocortantes;
o Responder às dúvidas e dificuldades encontradas durante a implantação e o desenvolvimento continuado dessa
NR;
o Realizar reuniões entre os membros da CTPN, para comentar sobre pautas e discussões pertinentes;
Exemplo de pautas de discussão planejadas pela CTPN para o ano de 2013:
o Elaboração do Guia Técnico de Riscos Químicos;
o Revisão do Guia Técnico de Recursos Biológicos;
o Elaboração do Guia Técnico de Quimioterápicos Antineoplásicos.
ANEXO III PLANO DE PREVENÇÃO DE RISCOS DE ACIDENTES COM MATERIAIS PERFUROCORTANTES

• 1. Objetiva estabelecer a elaboração de plano de prevenção contra acidentes contra materiais


perfurocortantes visando a proteção, segurança e saúde dos servidores da saúde e aqueles que
atuam na sua assistência e promoção;

• 2. A Comissão Gestora Multidisciplinar é obrigatória a todo empregador e tem a finalidade de


diminuir riscos de acidentes e contaminação biológica. Seus componentes são:
o Empregador, seu representante legal ou da direção do serviço de saúde;
o Representante do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho;
o Vice presidente da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) ou responsável equivalente quando a
CIPA não é obrigatória;
o Direção da Enfermagem;
o Direção Clínica;
o Responsável por elaborar e implementar Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviço a Saúde;
o Representante da Central de Material e Esterilização;
o Representante do setor de compras;
o Representante do setor de padronização de material.
ANEXO III PLANO DE PREVENÇÃO DE RISCOS DE ACIDENTES COM MATERIAIS PERFUROCORTANTES

• 3. Análise dos acidentes de trabalho ocorridos e das situações de risco com materiais
perfurocortantes pela Comissão gestora com as informações do Programa de Gerenciamento de
Riscos e do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional implementando procedimentos
de registro e investigação de acidentes e situações de risco;

• 4. Estabelecimento de prioridades pela Comissão gestora a partir dessa análise sendo


considerados os seguintes aspectos:
o Situações que possuam maior probabilidade de transmissão de agentes biológicos pelo sangue;
o Frequência de acidentes com a utilização de um material específico;
o Procedimentos de descarte e limpeza que se relacionam com maior número de acidentes;
o Número de trabalhadores expostos a risco.

• 5. Medidas de controle para prevenção de acidentes devem seguir essa ordem:


o Substituir o uso de perfurocortantes (principalmente agulhas), quando possível;
o Usar controles de engenharia no ambiente (ex.: coletores de descarte);
o Usar material perfurocortante com dispositivo de segurança, se possível;
o Mudança na organização e práticas de trabalho.
ANEXO III PLANO DE PREVENÇÃO DE RISCOS DE ACIDENTES COM MATERIAIS PERFUROCORTANTES

• 6. Selecionar os materiais perfurocortantes com dispositivos de segurança pela Comissão


Gestora Multidisciplinar, analisando quais possuem prioridade conforme critérios estabelecidos
para serem substituídos de acordo com o risco e ocorrência de acidentes, além de adquirir
produtos para serem avaliados em testes com intuito de analisar o desempenho dele;

• 7. Os trabalhadores devem ser capacitados para utilizarem os materiais perfurocortantes, por


meio de comprovação de documentos que possuam a data, a carga horária, o conteúdo ministrado,
dados do instrutor e dos trabalhadores envolvidos na capacitação com o objetivo de prevenir
acidentes com esses materiais;

• 8. Deve ter um plano contendo cronograma de implementação com as etapas dos itens 3 a 7
citados anteriormente e respeitando seus respectivos prazos com a disponibilidade para a
fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego, para os trabalhadores e/ou seus representantes;
ANEXO III PLANO DE PREVENÇÃO DE RISCOS DE ACIDENTES COM MATERIAIS PERFUROCORTANTES

• 9. O plano de implementação deve ser monitorado, inspecionando como os trabalhadores estão


sendo expostos a agentes biológicos no uso dos materiais perfurocortantes por meio da análise das
situações de risco e acidentes de trabalho ocorridos antes e após a implementação;

• 10. O plano deve ser avaliado de acordo com a sua eficácia a cada ano, no mínimo, ou sempre
que mude alguma condição de trabalho ou que a análise das situações de risco determinou.
REFERÊNCIAS
Norma Regulamentadora No. 32 (NR-32).
Ministério do Trabalho e Emprego. Disponível em:
<https://www.gov.br/trabalho-e-emprego/pt-
br/acesso-a-informacao/participacao-
social/conselhos-e-orgaos-colegiados/comissao-
tripartite-partitaria-permanente/normas-
regulamentadora/normas-regulamentadoras-
vigentes/norma-regulamentadora-no-32-nr-32>.

Ata da 24ª Reunião – 27 A 29/11/12 CTPN ‐


comissão tripartite permanente nacional da
NR‐32. Informativo TPSV Trabalhador Saudável
Paciente Vivo. Disponível em
<http://www.nosbusiness.com.br/download/2012/at
a-24-reuniao-ctpn-nr32-271112-informativo-
tspv.pdf>

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