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Apoio na prestação de cuidados

de higiene, conforto e eliminação


a pessoas com restrição na
autonomia
Técnico/a de Apoio Familiar e de Apoio Comunidade
UFCD 7217

Sandra Carvalho
APRESENTAÇÃO

Sandra Carvalho

Email : sandraprcarvalho@gmail.com
Metodologia e Avaliação
Metodologia:
 Aulas teóricas, práticas simuladas.

Avaliação:
A combinar…..
Programa
 Âmbito de atuação do Técnico Familiar e de Apoio à Comunidade
(o que pode e não pode fazer sozinho)
 Equipamentos de proteção individual
 Preparação da prestação de cuidados higiene, conforto e
eliminação a pessoas com autonomia

 Instruções da equipa técnica


 Questões relativas à privacidade, intimidade e sexualidade da pessoa
 Fatores ambientais na criação de condições de conforto e segurança
 Adequação às necessidades individuais
Programa
 Preparação dos materiais, equipamentos e instrumentos
utilizados nos cuidados de higiene, conforto e eliminação:

 Produtos de higiene, hidratação e conforto


 Equipamentos e utensílios utilizados nos cuidados de higiene
 Cuidados de segurança, manutenção e higiene dos
materiais, equipamentos e utensílios utilizados
 Técnicas e procedimentos para a realização dos cuidados
de higiene, conforto e eliminação
 Procedimentos para apoiar no vestir e despir
 Banho na casa de banho
 Higiene oral
Programa
 Outros cuidados de higiene e conforto: Barba, cabelo, unhas,
olhos e pele
 Higiene íntima nos homens e mulheres
 Cuidados a ter na eliminação
 Cuidados para a manutenção da integridade cutânea
 Deteção precoce de alterações da integridade cutânea
 Hidratação adequada
 Mobilidade e alternância de posicionamentos
 Vestuário adequado
 Cuidados com higiene em situações especiais
 Úlceras
 Ostomas
 Póscirurgias
 Outras
Programa
 Estratégias de promoção da autonomia das pessoas
 Estratégias para garantir a privacidade e a intimidade das
pessoas
 Ocorrências e anomalias no apoio à prestação de
cuidados:
 Aspetos fundamentais a transmitir
 Procedimentos de registo
NOÇÕES GERAIS SOBRE NECESSIDADES
HUMANAS BÁSICAS
Necessidades humanas básicas

Necessidades humanas básicas ao


longo do ciclo de vida do
Indivíduo no contínuo
saúde/doença
Necessidades humanas básicas
 Durante a sua hospitalização, o utente deverá receber
conforto e segurança.
 Os utentes entendem que os cuidados de higienização
interferem na qualidade de vida.
 Afirmam que o banho e uma boa higiene corporal
auxiliam no alívio de dores e da própria doença ajudando
a recuperar ou manter a saúde.
 Manter a limpeza do ambiente e da cama. Trocar
diariamente e sempre que se justifique a roupa da cama,
de forma a evitar infecções e complicações.
Objetivos dos cuidados ao utente

1) Assegurar limpeza do corpo,


2) Assegurar o bem-estar e uma boa
autoestima da pessoa cuidada,
3) Prevenir a irritação e complicações da
pele,
4) Manter as mãos e unhas limpas e com
bom comprimento,
5) Favorecer o relaxamento e a
comunicação.
O contributo do/a Técnico/a,
na equipa multidisciplinar, para a
satisfação das necessidades humanas
básicas do utente: higiene e conforto;
alimentação; hidratação; eliminação.
Satisfação das necessidades básicas

 Colaborar sob supervisão, na prestação de cuidados de higiene e


conforto aos doentes.
 Auxiliar nas tarefas de alimentação.
 Preparar o material para a esterilização.
 Ajudar nas tarefas de recolha de material para análise.
 Velar pela manutenção do material utilizado nos cuidados
prestados aos doentes.
 Assegurar o serviço de mensageiro e proceder à limpeza
específica dos respetivos sectores, assim como dos seus acessos.
 Assegurar a manutenção das condições de higiene nos respetivos
locais de trabalho.
Satisfação das necessidades básicas
 Práticas com maior impacto na higiene e no conforto
físico:
 higiene do ambiente,
 banho de aspersão (banho de chuveiro),
 banho na cama,
 higiene do couro cabeludo, oral e íntima,
 adequação da cama e sua arrumação,
 troca de fraldas,
 massagem de conforto,
 mobilização no leito
 readequação do vestuário.
Satisfação das necessidades básicas

O mais importante é não conformar-se com o


cuidado básico; é necessário a reavaliação diária e
constante para que o conforto impere.

 Um utente nunca é igual ao outro, ainda que


manifestação da doença seja igual para a maioria.

 Observar a singularidade de cada um é o que nos guia


para o conforto do utente.
Satisfação das necessidades básicas
 Paralelamente
ao bom contacto humano, é necessária uma boa
preparação técnica:

 Inserido numa equipa, necessita de ter capacidade de relacionamento,


à custa do respeito mútuo, da consideração, da boa educação e do
espírito de colaboração.
 Relativamente ao utente, tem de ser compreensivo, amável, simpático,
alegre, capaz de lhe incutir coragem e confiança.
Equipamentos de proteção
individual
EPI
 Luvas, máscaras, protector respiratório, avental, gorro,
calçado e óculos de protecção. Sao EPI´s que são
utilizados para proteger determinada parte do corpo
contra microorganisms.
 Luvas – protecção das mãos,
 Máscara e protecção Respiratória – Vias respiratórias,
 Avental- Tronco, braços e pernas,
 Gorro – cabelos,
 Calçado – Pés,
 Óculos de protecção – Olhos,
EPI - Luvas
 Protege as mãos do material biológico,
 Deve ser utilizada em procedimentos que envolvam
excreções,
 Deve ser removido antes de tocar em superfícies sem
material biológicos e entre procedimentos no mesmo
utente.
EPI - Máscara

 Deve ser utilizada em procedimentos que envolvam


gotículas (gerados pela fala, espirros ou tosse).
 Além de ser importante quando houver manipulação de
produtos químicos tóxicos,
 Deve ser trocado quando húmidas ou submetidas a
gotículas visíveis.
EPI – Protetor Respiratório

 Possui as mesma funções da Máscara,


 É reutilizável, individual e intransferível,
 Deve ser trocado quando entupido, perfurado, rasgado,
etc.,
EPI – Avental e Gorro

O Avental serve para proteger a pele do material


Biológico em procedimentos que possa haver gotículas
(sangue, espirros, etc.),
 O Avental sujo deve ser removido após retirar as luvas,
 O Gorro é mais indicado em procedimentos cirúrgicos
ou para profissionais de odontalgia e cirurgia,
EPI - Calçados

 Indicados para ambientes com resíduos orgânicos,


 Devem ser fechados e impermeáveis,
 Em locais húmidos é preferível botas de borracha.
EPI - Microbiologia da Pele

 FloraResidente: é formada por microorganismos que


vivem na pele,
 Esses microorganismos não são facilmente removíveis, mas são
inactivados por anti-sépticos,
 Possuem baixa patogenicidade e raramente causam infecção,
com excepção dos utentes imunodeprimidos.
EPI - Microbiologia da Pele

 Flora Transitória: formada


por microrganismos que
adquirimos no contacto com utentes e superfícies
contaminadas,
 São removidos coma lavagem das mãos,
 Possuem alta patogenicidade e são os responsáveis pelas
infecções hospitalares.
EPI – Indicação da lavagem da mãos

 Após trocar fluidos, secreções e itens contaminados,


 Após a retirada das luvas,
 Antes de procedimentos no utente,
 Entre contacto com utentes,
 Entre procedimentos num mesmo utente.
EPI – Indicação da lavagem da mãos
EPI - Limpeza
 Consiste na remoção do Material Biológico,
 No material biológico encontra-se a maior parte da carga
microbiana,
 A limpeza é o primeiro passo para a desinfecção e
Esterilização,
 É realizada com detergente e água,
 A desinfecção e a esterilização só age em superfícies, ou
seja, caso o Material Biológico estivesse aderido, a
eficiência não seria tão grande.
EPI – Desinfecção

É o processo de destruição dos microorganismos como


bactérias na forma vegetativa, fungos, vírus e bactérias:

 Desinfecção de alto nível: destrói todas as formas


vegetativas de microrganismos.
 Desinfecção de médio nível: inactiva o bacilo da
tuberculose, bactérias na forma vegetativa, a maioria do vírus e
fungos.
 Desinfecção de baixo nível: elimina a maioria das bactérias,
alguns vírus com HIV, os da hepatite B e C e fungos.
EPI - Esterilização

É o processo para completa destruição de


microorganismos,
 A esterilização pode ser de dois tipos:
 Esterilização por processos físicos:
 Autoclave: esterilização por calor húmido,
 Estufa: esterilização por calor seco.

 Esterilização por processos químicos:


 Glutaraldeído,
 Formaldeído,
 Ácido Peracético.
CUIDADOS DE HIGIENE E CONFORTO
A UTENTES QUE NECESSITAM DE
AJUDA PARCIAL OU TOTAL
A importância da higiene e do conforto
para a saúde
Conceito: A higiene é um conjunto de meios e regras
que procuram garantir o bem-estar físico e mental,
promovendo a saúde e prevenindo a doença.

 Navida quotidiana, satisfazemos as nossas próprias


necessidades, no entanto durante o envelhecimento e
durante a doença, a capacidade de nos auto-cuidarmos
diminui e a carência de cuidados de higiene aumenta.
A importância da higiene e do
conforto para a saúde

 Os cuidados de higiene exigem uma atitude integral e


globalizante que valorize as condições físicas,
psicológicas, sociais e funcionais de cada utente.

A falta de higiene não é apenas um problema que


pode interferir com a saúde. Contribui também, e de
forma decisiva, para uma diminuição da autoestima e
dificulta a integração social.
A importância da higiene e do
conforto para a saúde

 Os utentes, particularmente os mais dependentes, têm


uma grande necessidade de ajuda, seja parcial ou integral,
para a manutenção da sua higiene corporal, integridade da
pele, asseio pessoal e estética.
QUESTÕES RELATIVAS À
PRIVACIDADE, INTIMIDADE E
SEXUALIDADE DO UTENTE
Aspectos a ter em conta na interação
QUESTÕES RELATIVAS À PRIVACIDADE,
INTIMIDADE E SEXUALIDADE DO UTENTE
Privacidade, intimidate e sexualidade nos cuidados de
eliminação
 Respeito pela intimidade do doente deve ser preservado
durante os cuidados de higiene, as consultas e as visitas
médicas…
 Nos cuidados de higiene deve ser feito tendo em conta o
pudor do doente,
 Utilizar para o efeito cortinas ou biombos.
QUESTÕES RELATIVAS À PRIVACIDADE,
INTIMIDADE E SEXUALIDADE DO UTENTE
Aspectos a ter em conta na interação:

 Os profissionais devem assegurar e disponibilizar um


conjunto de ajudas técnicas institucionais:
 ajudas técnicas /tecnologias de apoio para cuidados de higiene
e imagem pessoais -, assegurando deste modo a promoção da
sua manutenção e autonomia.
 Respeito pelos seus direitos e deveres,
 Respeito pela identidade, hábitos e modos de vida,
 Assegurar a privacidade, autonomia, dignidade e
confidencialidade.
QUESTÕES RELATIVAS À PRIVACIDADE,
INTIMIDADE E SEXUALIDADE DO UTENTE

 No caso das ajudas técnicas: a responsabilização pela sua


aquisição é do utente, sendo os mesmos pessoais e
intransmissíveis, no sentido de salvaguardar o respeito
pelas regras e condições de higiene e segurança
individuais e coletivas.
 A sexualidade integra os aspetos biológicos, físicos,
psicossociais e comportamentais, expressos em
necessidades e impulsos de masculinidade ou feminilidade
em interação com outros.
Os principais fatores ambientais propiciadores de
conforto/desconforto para o utente

 Por higiene do ambiente entende-se a manutenção do


espaço físico por onde o utente circula ou se encontra
instalado.
 O conjunto de práticas objetivando a redução do número
de infeções hospitalares ou comunitárias não é um fator
secundário na execução da assistência ao utente.

 De facto, as precauções-padrão devem ser reforçadas pela equipe


multiprofissional junto às equipas de saúde em atenção básica,
ambulatórios e aos cuidadores familiares que realizam os cuidados
diariamente.
Os principais fatores ambientais propiciadores de
conforto/desconforto para o utente

 Numa instituição hospitalar é necessário que haja:


– flexibilidade nos horários de visitas,
– permanência no quarto,
– entrada de crianças;
ter um espaço onde as famílias possam relacionar-se umas
com as outras, também faz parte de uma unidade
preparada para o conforto e acolhimento.
Os principais fatores pessoais do utente
propiciadores de conforto/ desconforto

O conceito de conforto pode ser


expresso de várias formas devido à
complexidade da palavra.

 De acordo com a teoria holística, os


seres humanos têm respostas globais
aos estímulos complexos.
A Principais fatores pessoais
 Os seres humanos esforçam-se para satisfazer as suas
necessidades básicas de conforto; os resultados das medidas de
conforto são percebidos pelos sentidos do tato, olfato, paladar,
audição, visão.
 O conforto é individual, representando mais que ausência de dor.
 O conforto pode ter influências:
 Estímulos físicos,
 Psicossociais,
 Ambientais,
 Psicológicas,
 Cuidado prestado pelos profissionais de saúde.
 Os cuidados devem ser prestados por meio de multiplicidade de
ações,
 com a comunicação verbal e não-verbal,
 cuidado respeito ao utente e alívio à dor,
 ações para manter a calma.
A técnica do banho –
Banho na cama
A técnica do banho –
Banho na cama

O banho na cama providencia-se quando o utente é


totalmente dependente ou quando há uma restrição do
mobilidade.
A técnica do banho -Banho na
cama
Banho na cama
Preparação do material:

1- Reunir todo o material: luvas, bacia, esponjas, toalhas,


lençóis, pijama, camisa, calças, produtos de higiene (sabão,
cremes, perfumes, etc.), fralda, cadeirão, material de higiene
parcial, tesoura, compressas, saco para lixos e roupa suja,
etc.;
2- Dobrar a roupa limpa adequadamente e coloca-la numa
cadeira na ordem pela qual vai ser utilizada;
3- Respeitar todos os aspetos anteriormente referidos;
Banho na cama
(cont.)
4- Identificar-se e explicar o procedimento;
5- Desimpedir a área de trabalho e adapta-la ao procedimento;
6- Lavar as mãos, calçar luvas e avental (mudar de luvas e lavar
as mãos sempre que necessário);
7- Oferecer urinol ou aparadeira;
8- Posicionar o utente em decúbito dorsal;
9- Preparar a bacia com água morna;
10- Despir o utente, ocultando as áreas do corpo que não
estão a ser higienizadas (se decidir lavar o cabelo, não deve
despir logo o paciente); cobrir as partes do corpo limpas com
roupa limpa;
Banho na cama
(cont.)
11- Utilizando uma esponja com sabão, lavar a cara, as orelhas,
o pescoço, o tórax, os braços (começar pelo membro mais
afastado), as mãos, as axilas, a região infra-mamária, o abdómen
(especial atenção ao umbigo), as pernas, os pés; paciente em
decúbito dorsal;
12- Trocar a água da bacia;
13- Lavar a região perineal (região de eliminação
urinária);
14- Posicionar o utente em decúbito lateral direito ou
esquerdo (de acordo com a sua preferência);
15- Lavar a região posterior do corpo: a nuca, as costas, as
nádegas, a região perineal (região de eliminação intestinal);
Banho na cama
(cont.)
16- Aplicar pomadas na região perineal, se necessário;
17- Desentalar o lençol de baixo sujo, do seu lado e dobra-lo em
direção ao paciente;
18- Colocar o lençol de baixo limpo, realizando metade da cama,
efetuando já os cantos do seu lado;
19- Colocar resguardos e fralda limpos (se necessário);
20- Posicionar o utente em decúbito lateral oposto, rolando para o
lado em que já tem roupa limpa;
21- Retirar a roupa suja do lado contrário e fazer a cama desse
mesmo lado;
22- Esticar o lençol e resguardo, certificando que não ficam dobras
por baixo do utente;
23- Fechar a fralda;
Banho na cama
(cont.)
24- Aplicar cremes;
25- Vestir o utente;
26- Posicionar o utente;
27- Colocar lençol de cima, cobertor e coberta, fazendo os
cantos da parte inferior da cama;
28- Preparar o cadeirão (se realizar levante não necessita de
proceder ao ponto 26 e 27, antes do mesmo);
29- Realizar levante (transferir paciente para cadeira/cadeirão);
30- Realizar os cuidados de higiene parciais necessários;
31- Arrumar e limpar o meio envolvente;
32- Lavar as mãos.
Ajudas técnicas

 Dispositivospara banho no leito para o indivíduo


acamado. Pode ser dado banho e esvaziar a água, através
da mangueira- colchão para banho.
Ajudas técnicas
 Dispositivo lava cabeça insuflável.
A técnica do banho –
Banho no chuveiro
Cadeira de banho
A técnica do banho –
Banho no chuveiro
O banho no chuveiro pode ser realizado ao Idoso semi-
dependente ou independente. O Idoso pode deambular
até ao WC ou em cadeira de rodas.
A técnica do banho –
Banho no chuveiro

 Durante o banho pode permanecer sentado em cadeira


(ou outro apoio semelhante) ou apoiado em barras
laterais de segurança (na posição vertical).

O princípio básico consiste em respeitar os aspetos já


descritos anteriormente, somando alguns:
 não deixar o utente sozinho no WC, nem deixar que ele
tranque a porta, levar todo o material necessário para o WC,
auxiliar o utente a lavar-se e secar-se, auxiliá-lo a vestir-se no
WC ou colocar um roupão e vestir posteriormente no quarto.
Ajudas técnicas

 Assentos para duche


 Fixos à parede

 Transportáveis: banco sem braços

 Na sua escolha é importante considerar:


 Equilíbrio sentado
 Movimentos involuntários
Ajudas técnicas
 Barras de apoio na casa de banho:
Ajudas técnicas
Cadeira de banho

 Banco com braços  Cadeira/banco sem braços


(reguláveis em altura)
Ajudas técnicas
Cadeira de rodas

 Cadeiras de rodas de banho


 Facilitam as deslocações
 Diminuem a necessidade de transferências
 Podem ser adaptadas às sanitas
 De fácil limpeza

Sem pedais Com pedais


Ajudas técnicas
Cadeira de rodas

Com rodas grandes permitindo a condução pelo próprio


Ajudas técnicas
Cadeira de rodas

Com suporte de tronco Sem suporte de tronco


encosto alto encosto alto
Ajudas técnicas
Cadeira de rodas

Com braços móveis


Dúvidas
TÉCNICAS DE SUBSTITUIÇÃO DE
ROUPAS DE CAMA E MACAS OCUPADAS
TÉCNICAS DE SUBSTITUIÇÃO DE
ROUPAS DE CAMA E MACAS OCUPADAS
Procedimento:
 Preparar os recursos para junto do indivíduo.
 Preparar uma cadeira aos pés da cama com as costas voltadas
para quem executa,
 Trocar as roupas de cama segundo a técnica descrita:
• Posicionar-se de um dos lados da cama
• Remover a roupa debaixo do colchão de toda a
cama, começando pela cabeceira até aos pés (à
esquerda) e continuar a desentalar dos pés para a
cabeceira (à direita), ou vice-versa;
• Executar três dobras na colcha começando de cima
para baixo, depois dobrar outra vez ao meio, no
sentido da largura e colocar nas costas da cadeira;
TÉCNICAS DE SUBSTITUIÇÃO DE
ROUPAS DE CAMA E MACAS OCUPADAS
(cont.)
• Executar de igual modo para o cobertor;
• Manter a dobra em cima do lençol que cobre o indivíduo,
fazer outra em baixo, seguida de duas dobras laterais,
começando pelo lado oposto;
• Assistir o indivíduo a voltar-se para o lado oposto da cama,
ajustando a almofada;
• Remover o resguardo, enrolando-o ou dobrando-o em leque
até ao meio da cama, encostando-o bem ao indivíduo.
Executar do mesmo modo ao lençol de baixo.
TÉCNICAS DE SUBSTITUIÇÃO DE
ROUPAS DE CAMA E MACAS OCUPADAS
(cont.)
• Posicionar o lençol de baixo limpo a meio da cama, da
cabeceira para os pés, abri-lo e enrolar ou dobrar em leque a
metade oposta para dentro até meio da cama. Entalar a metade
da cabeceira e fazer o canto, depois a metade dos pés e
respetivo canto e por fim a parte lateral
TÉCNICAS DE SUBSTITUIÇÃO DE
ROUPAS DE CAMA E MACAS OCUPADAS
(cont.)
• Posicionar o resguardo a meio da cama e enrolar a metade
oposta para dentro até junto do indivíduo, enrolando-o desse
lado.
TÉCNICAS DE SUBSTITUIÇÃO DE
ROUPAS DE CAMA E MACAS OCUPADAS

(cont.)
• Virar o indivíduo, ajustando a almofada,
• Posicionar-se do lado oposto,
• Remover o resguardo e o lençol de baixo descartando-os, no
saco da roupa suja,
• Tapar o colchão desenrolando e entalando o lençol de baixo,
fazendo os cantos na extremidade superior e inferior. Entalar o
resguardo desse lado,
• Posicionar ou assistir o indivíduo a posicionar-se no meio da
cama,
TÉCNICAS DE SUBSTITUIÇÃO DE
ROUPAS DE CAMA E MACAS OCUPADAS
(cont.)
• Arranjar o lençol que cobre o indivíduo, desfazendo as dobras
laterais,
• Posicionar-se de novo no lado oposto onde iniciou a cama
• Cobrir o peito do indivíduo com o lençol de cima limpo e
dobrado, pedindo-lhe para o segurar. Se não for possível,
entalar sob os ombros.
TÉCNICAS DE SUBSTITUIÇÃO DE
ROUPAS DE CAMA E MACAS OCUPADAS
• (cont.)
• Reunir a extremidade inferior do lençol limpo e a extremidade
superior do que se vai retirar.
• Remover o lençol sujo, cobrindo simultaneamente o indivíduo
com o limpo. Executar o canto desse lado.
• Aplicar um cobertor ou edredão sobre o lençol de cima,
• Executar o canto do cobertor ou edredão e do lençol em
simultâneo, fazendo uma dobra junto aos pés, depois de entalar
a roupa na extremidade inferior da cama.
TÉCNICAS DE SUBSTITUIÇÃO DE
ROUPAS DE CAMA E MACAS OCUPADAS
(cont.)
• Aplicar a colcha sobre o cobertor ou edredão e fazer o
respetivo canto,
• Executar uma dobra para dentro na extremidade superior da
colcha, de forma a envolver o cobertor ou edredão e executar
a dobra do lençol sobre ambos,
TÉCNICAS DE SUBSTITUIÇÃO DE
ROUPAS DE CAMA E MACAS OCUPADAS
(cont.)

• Posicionar ou assistir o indivíduo a posicionar-se,


• Assegurar a recolha do material,
• Lavar as mãos.
TÉCNICAS DE VESTIR E DESPIR O
UTENTE
Técnicas de vestir e despir o
utente
 As roupas devem ser confortáveis, simples de se vestir e
adequadas ao clima e aos desejos do utente;
 Sempre que possível, dê preferência aos tecidos de algodão
por serem macios e permitir uma melhor mobilidade.
 Cuidados nos produtos químicos usados na lavagem das
roupas, pois podem ser causa de irritações na pele
Técnicas de vestir e despir o
utente

O uso de tecidos sintéticos e inflamáveis e de colchetes,


correntes e alfinetes deve ser abolido, evitando, com isso,
possíveis acidentes e traumatismos
 No utente impossibilitado de manifestar a sua
sensibilidade à temperatura externa, o profissional esteja
atento para a colocação ou retirada de agasalhos.
 Também é importante que os cuidadores mantenham a
calma no auxílio do vestuário.
 Os utentes cansam-se com facilidade e, por isso mesmo, é
correto manter roupa simples com aberturas laterais ou
frontais e uso de fechos de velcro.
 Nos utentes em cadeiras de rodas, devemos optar por
roupas confortáveis, largas, especialmente na anca.
 Parautentes com lesões extensas de pele,
independentemente da causa, oriente adaptações de
roupas e camisolas:
 as mangas podem ser desmembradas do corpo e adaptadas ao
corpo do utente.
No utente acamado, compete ao
profissional o seguinte:

 Colaborar no posicionamento nos diversos decúbitos (dorsal,


lateral direito, lateral esquerdo, ventral);
 Posicionar de forma a que a roupa da cama se mantenha sempre
esticada e sem rugas;
 Deixar em posição confortável;
 Colaborar na massagem das principais zonas de pressão (ombros,
costas…);
 Manter as regiões mais íntimas do corpo dos doentes sempre
cobertas;
 Ajudar na passagem dos doentes da cama para o cadeirão e vice-
versa, aquando do seu levante.
MATERIAIS E EQUIPAMENTOS DE
HIGIENE E CONFORTO
MATERIAIS E EQUIPAMENTOS DE
HIGIENE E CONFORTO

Descrevem-se algumas atividades:


 Colaborar na preparação do material que se mostre
necessário à execução de tratamentos,
 Colaborar durante o tratamento, mantendo o doente em
posição adequada à execução do mesmo,
 Cedência de urinóis e arrastadeiras aos doentes – ter
atenção à temperatura da arrastadeira e se está seca,
 Só proceder à eliminação da urina ou fezes após
confirmação do enfermeiro,
 Efetuar a lavagem e desinfeção dos urinóis e arrastadeiras,
em máquina existente para o efeito, na sala de sujos;
MATERIAIS E EQUIPAMENTOS DE
HIGIENE E CONFORTO
A mudança de sacos coletores de todas as drenagens
existentes, é da única e exclusiva responsabilidade do
enfermeiro
 O despejo dos sacos coletores de urina, deverá ser
efetuado no final de cada turno ou sempre que se mostre
necessário.
 O despejo da urina será efetuada posteriormente para o
esgoto ou colocado diretamente no saco branca, caso dos
doentes em isolamento de contacto/respiratório.
 Se for necessário a contabilização de diurese, deverá fazer
a medição num copo graduado.
PRODUTOS DE HIGIENE E
CONFORTO: CARACTERÍSTICAS E
SUA APLICAÇÃO
Para os cuidados de higiene e conforto podem ser
usados, entre outros, os seguintes produtos:

 Copo com água,  Pente ou escova,


 Escova de dentes,  Secador,
espátula ou esponja com  Bolas de algodão ou tampões
Cabo, para os ouvidos,
 Pasta dentífrica,  Sabão líquido com
 Solução desinfetante da emoliente e dermoprotetor,
mucosa oral,  Substância hidratante.
 Champô ou sabão líquido,
Produtos de higiene e conforto:
características e sua aplicação

 Nos utentes semi-dependentes, sem alterações da pele


podemos utilizar sabão, sabonete ou gel de banho
convencional,
 Nos utentes dependentes deverá ser utilizado sabão
hipoalergénico, pois tem menor potencial de provocar
alergias, promove higiene e não carece de passar por água
limpa.
Produtos de higiene e conforto:
características e sua aplicação

 Poder-se-á aplicar cremes ou óleos, dando preferência ao


creme hidratante.
 Não utilizar pós (talco), pois impedem os poros da pele
de respirar.
 Verificar alterações de toda a pele, desde feridas por
traumatismos ou pressão, alergias, desidratação,
alterações da pigmentação, da temperatura, sensibilidade,
etc.
OUTROS CUIDADOS BÁSICOS DE
HIGIENE E APRESENTAÇÃO
O Cabelo
OUTROS CUIDADOS BÁSICOS DE
HIGIENE E APRESENTAÇÃO- cabelo
Os cuidados básicos dos cabelos incluem: observar, lavar,
escovar, pentear e cortar.
Atender a alguns aspetos importantes:
 Reunir o material necessário: luvas, bacia, caneca, toalhas
ou resguardo, produtos de higiene, pente, escova, tesoura,
secador, etc.;
 Se possível lavar cabelo no chuveiro;
 Observar alterações do couro cabeludo (lesões, parasitas,
etc.);
 Aplicar produtos do utente;
OUTROS CUIDADOS BÁSICOS DE
HIGIENE E APRESENTAÇÃO - cabelo

 Respeitar hábitos do utente (frequência de lavagem, no


caso das senhoras a ida ao cabeleireiro, etc.);
 Massajar couro cabeludo com as pontas dos dedos;
 Se possível manter o cabelo do curto, cortando se
necessário e houver consenso;
 Lavar o cabelo no leito
OUTROS CUIDADOS BÁSICOS DE
HIGIENE E APRESENTAÇÃO - unhas

Os objetivos principais da higiene das unhas são:


 prevenir a infeção ou inflamação,
 evitar traumatismo devido a unhas encravadas, longas ou
ásperas,
 evitar acumulação de sujidade, etc.
OUTROS CUIDADOS BÁSICOS DE
HIGIENE E APRESENTAÇÃO - unhas

Os cuidados a ter em conta são:


 Preparar material necessário: luvas, bacia, esponja, toalhas,
sabão, tesoura ou corta-unhas, creme, óleo, vaselina, etc.
 Durante o banho, lavar com água e sabão, introduzir as
mãos e os pés na bacia de água (posteriormente trocar
de água), lavando especialmente as unhas e espaços
interdigitais, assim como ter o cuidado de secar bem os
mesmos.
OUTROS CUIDADOS BÁSICOS DE
HIGIENE E APRESENTAÇÃO - unhas

 Hidratar com creme, óleos ou aplicar vaselina nos locais


de maior calosidade (por exemplo os calcanhares);
 Cuidar das unhas, corta-las ou lima-las se necessário
(cortando de forma reta e não muito próximo da pele),
amolecendo-as previamente em água morna;
 Observar as alterações dos pés, mãos e unhas, verificando
presença de lesões cutâneas;
 Não cortar calosidades (pode provocar hemorragia);
 Considerar micoses (usar instrumentos de uso pessoal
ou desinfetá-los).
OUTROS CUIDADOS BÁSICOS DE
HIGIENE E APRESENTAÇÃO - barba

 Pode ser feita com lâminas comuns, de segurança ou com um


barbeador elétrico. Mas com laminas ode ocorrer cortes,
assim está mais indicado o barbeador eléctrico.
 Além de reduzir o crescimento de bactérias sobre a face, o
barbear melhora o conforto ao remover pêlos que poderiam
coçar e irritar a pele, bem como produzir uma aparência
descuidada.
 O barbear pode ser contra indicado para utentes com
problemas de pele ou ferimentos na face.
OUTROS CUIDADOS BÁSICOS DE
HIGIENE E APRESENTAÇÃO – higiene oral

 A higiene oral deverá ser realizada idealmente após cada


refeição e sempre que necessário.
 Os objetivos da higiene oral centram-se na necessidade
de manter a boca limpa e húmida, ajudar a conservar os
dentes e mucosa oral, remover restos alimentares,
massajar as gengivas, estimular a circulação e prevenir
complicações.
OUTROS CUIDADOS BÁSICOS DE
HIGIENE E APRESENTAÇÃO – higiene oral
 Se o utente for capaz de se autocuidar, deverá ser
realizada supervisão e, se necessário ensino.
 Caso contrário, deverão ser seguidas as seguintes
instruções:
 Reunir todo o material: luvas, escova de dentes ou espátula
com compressa, pasta dentífrica, antisséptico oral, copo, bacia,
toalha, resguardos, palhinha, vaselina ou pomadas;
 Posicionar o utente de preferência sentado, ou em decúbito
lateral;
 Associar, no copo, o antisséptico e a água em partes iguais;
OUTROS CUIDADOS BÁSICOS DE
HIGIENE E APRESENTAÇÃO – higiene oral

 Se possível pedir ao utente para gargarejar com o líquido,


relembrando que não pode deglutir;
 Embeber a espátula envolvida com compressa ou escova de
dentes na mesma solução;
 Realizar a limpeza da língua do utente, movendo-a de um lado
para o outro para evitar provocar o vómito.
 Não esquecer de limpar também as partes laterais, inferior e
palato (céu da boca), além das gengivas;
 Se tiver prótese dentária, deve ser retirada e lavada (água morna),
com escova e pasta, devendo-se lavar a boca normalmente.
Colocar prótese dentária em recipiente próprio;
 Hidratar os lábios do utente com vaselina ou outro produto
semelhante.
A COLABORAÇÃO EM CUIDADOS DE HIGIENE
A UTENTES COM SISTEMAS DE SOROS,
DRENAGENS,TUBAGENS E/OU OUTROS
DISPOSITIVOS
A COLABORAÇÃO EM CUIDADOS DE HIGIENE A
UTENTES COM cuidados especiais
As principais tarefas a desenvolver e cuidados a ter
relativamente a este aspeto, são:
 Preparação do carro de higiene, se necessário preparar material
para lavagem da cabeça,
 Manter a privacidade do utente, manter os cortinados fechados,
 Ter em atenção a correta secagem de zonas como os olhos,
orelhas, axilas, umbigo, região infra-mamária e pregas cutâneas,
A COLABORAÇÃO EM CUIDADOS DE HIGIENE A
UTENTES COM cuidados especiais
 Todos os sistemas de soros, prolongadores, traqueias do
ventilador e sacos coletores devem estar livres e permitem
acompanhar os movimentos dos utentes,
 Nunca colocar roupa suja no chão, mas sim no saco de
roupa suja,
 Arrumar todo o material, no final dos cuidados de higiene,
 Proceder à desinfeção do carro de higiene e preparação de
novo carro para outro utente,
A COLABORAÇÃO EM CUIDADOS DE HIGIENE A
UTENTES COM cuidados especiais

 Cuidados a utentes com presença de sonda nasogástrica


ou necessidade de aspiração de secreções, tendem a
apresentar maior acumulação de sujidade na boca e maior
desidratação da mucosa oral. Pelo que é fundamental a
higiene cuidada da mesma,
 Dever-se-á trocar o adesivo de fixação da sonda
nasogástrica diariamente, após os cuidados de higiene.
Dúvidas?

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