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Segurança
do trabalho
Higiene do Trabalho e Elaboração
de Programas de Prevenção de
Segurança e Saúde.
ESCOLA POLITÉCNICA
ATENEU 3
Higiene no
Trabalho e
Elaboração
de Programas
de Prevenção
de Segurança
e Saúde
Expediente
Reitor: Ficha Técnica
Prof. Cláudio Ferreira Bastos Autoria:
Fhiliphe Rodrigues da Silva
Pró-reitor administrativo financeiro:
Prof. Rafael Rabelo Bastos Supervisão de produção EAD:
Francisco Cleuson do Nascimento Alves
Pró-reitor de relações institucionais:
Design instrucional:
Prof. Cláudio Rabelo Bastos
Ana Lúcia do Nascimento
Pró-reitor acadêmico:
Projeto gráfico e capa:
Prof. Herbert Gomes Martins Francisco Erbínio Alves Rodrigues
Direção EAD: Diagramação e tratamento de imagens:
Prof. Ricardo Zambrano Júnior Diego Porto Nojosa
Coordenação EAD: Revisão textual:
Profa. Luciana Rodrigues Ramos Emanoela de Araújo
Ficha Catalográfica
Catalogação na Publicação
Biblioteca Centro Universitário Ateneu
96 p.
ISBN: 978-85-5468-017-6
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, total ou parcialmente, por
quaisquer métodos ou processos, sejam eles eletrônicos, mecânicos, de cópia fotostática ou outros, sem a autoriza-
ção escrita do possuidor da propriedade literária. Os pedidos para tal autorização, especificando a extensão do que
se deseja reproduzir e o seu objetivo, deverão ser dirigidos à Reitoria.
do!
Seja bem-vin
Bons estudos!
Sumário
AERODISPERSOIDES
TEMPERATURA
VOLUME P
ADICIONAL INSALUBRES CAPACIDADE
ERICULOSIDADE
MICRORGANISMOS
INTEGRIDADE
SUBSTÂNCIAS
DISPERSOIDES
VOLATILIZAÇÃO
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1. Conceito de nocividade
Nocividades ou agentes nocivos podem ser conceituados e classificados como
aqueles que podem trazer ou ocasionar danos à saúde ou à integridade física do
trabalhador em função da natureza da concentração, da intensidade e do fator de
exposição nos ambientes de trabalho. Estes estão regulamentados pela Legislação
Previdenciária.
Os riscos físicos podem ser definidos como sendo aqueles que representam
as várias formas de energia aos quais o trabalhador está exposto em seu ambiente
de trabalho e têm a capacidade de mudar as características do meio ambiente,
podendo, assim, causar alterações nos organismos dos trabalhadores, ocasionando
doenças do trabalho.
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Os ruídos podem ser classificados através das 3 modalidades a seguir:
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Figura 01: Exemplo de vibração localizada.
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Temperaturas extremas: podem ser definidas como sendo o frio e o calor
em excesso ou ainda a variação brusca de um ambiente quente para um ambiente
frio ou vice-versa e que são prejudiciais ao bem-estar do homem.
• Ambientes internos ou externos sem carga solar: IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg;
• Ambientes externos com carga solar: IBUTG = 0,7 tbn + 0,1 tbs + 0,2 tg.
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As lesões mais graves causadas pelo frio decorrem da perda excessiva de
calor do corpo e diminuição da temperatura no centro do corpo, o que chamamos de
hipotermia. Então, o objetivo de avaliar o frio nos ambientes de trabalho é impedir
que a temperatura interna do corpo reduza a valores abaixo dos 36 °C e prevenir
lesões pelo frio nas extremidades. Os trabalhadores devem trabalhar com roupas
adequadas, possuir um regime de trabalho que seja intercalado, ter acesso à educa-
ção e ao treinamento e fazer exames médicos prévios e periódicos.
radiação
ionizante
ultra luz
violeta visível calor micro-ondas radiofrequência
Fonte: Arte FATE
Os efeitos das radiações ionizantes podem ser muito graves, podendo dani-
ficar as células e afetar o material genético (DNA), ocasionando doenças graves
como o câncer, podendo causar a morte do indivíduo; as radiações ainda podem
afetar as células e também causar mutações genéticas em óvulos e espermatozoi-
des e no aparelho reprodutor masculino e feminino, afetando as gestações.
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Na NR 32 encontramos as diretrizes básicas sobre a inspeção no local de
trabalho e o Plano de Proteção Radiológica (PPR), aprovado pela Comissão Nacional
de Energia Nuclear (CNEN), direcionadas para os serviços de radiodiagnóstico, apro-
vado pela Vigilância Sanitária. O plano retrata as condições de trabalho que devem
ser seguidas pelas instituições. Já a NR 15, anexo V, dispõe sobre as atividades ou
operações pelos quais os trabalhadores podem estar expostos a radiações ionizan-
tes, os limites de tolerância, os princípios, as obrigações e os controles básicos
que deverão ser analisados, objetivando a proteção do indivíduo e de seu ambiente,
contra possíveis efeitos indevidos causados por esse tipo de radiação.
De acordo com a NR 15, anexo VII, são considerados os principais tipos de radia-
ção não ionizantes: micro-onda, ultravioleta, infravermelha, laser e radiofrequência.
16 14 12 10 8 6 4
10 10 10 10 10 10 10
raios raios ondas
ultravioleta infravermelhos micro-
-ondas de rádio
frequência (em hertz)
Luz Visível
Fonte: Arte FATE
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Pressões Anormais: são atividades que expõem o homem a condições de
pressão superior a uma atmosfera (1kg/cm²). Existem dois tipos de pressões cau-
sadas pela variação da pressão atmosférica, que são:
Fonte: https://goo.gl/YkDreE
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1.2. Riscos químicos
De acordo com NR 09 (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais), são
considerados agentes químicos, as substâncias compostas ou produtos que pos-
sam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos,
névoas, neblinas, gases ou vapores ou que, pela natureza da atividade de exposição,
possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão.
Os agentes químicos podem ser definidos de acordo com seu estado físico como
os aerodispersóides (particulados na forma sólida ou líquida), gases e vapores, assim:
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Então, para prevenir tais doenças, devem ser executadas medidas que carac-
terizem as partículas, indicando a legislação aplicável e as boas práticas, objetivan-
do minimizar as consequências daí decorrentes.
Fonte: https://goo.gl/hoRYB4
Fonte: https://goo.gl/jFah3x
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De acordo com a Revista Proteção (2013), doenças relacionadas ao zinco,
ou cobre com zinco – não intoxica. O sintoma é a febre dos fundidores de latão e a
fumaça prejudica, sendo que depois de vinte e quatro horas desaparece. “Nesse caso
não adianta remédio e, sim, um ambiente de trabalho com ventilação adequada”,
ressaltou José Tarcísio Penteado Buschinelli, médico toxicologista da Fundacentro.
Fonte: https://goo.gl/cwT7M9
Névoas: são compostas por partículas no estado físico líquido, produzidas por
substâncias líquidas que sofreram ruptura, tornando-se pequenas partículas que
acabam por se dispersar no ar. Você pode encontrar tais partículas em trabalhos com
pinturas que utilizam pistola e spray, em procedimentos de lubrificação, em aplica-
ções de agrotóxicos envolvendo nebulização etc. Para evitar o contato com essas né-
voas, você precisa adotar algumas medidas como a ventilação e exaustão do ponto
de operação, a redução do tempo de exposição, além do uso de EPIs como máscaras
de proteção respiratórias, luvas de borrachas neoprene para trabalhos com produtos
químicos, óculos de proteção, entre outros.
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Figura 09: Imagens de névoas no ambiente de trabalho.
Fonte: https://goo.gl/WGcoe9
Fonte: https://goo.gl/RSUGDj
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Os gases podem ser inodoros e/ou incolores, por isso não são facilmente
notados. Como exemplos de gases, temos o próprio ar que respiramos (que é uma
mistura composta por nitrogênio (N2) e oxigênio (O2)), monóxido de carbono, gás
carbônico ou dióxido de carbono (CO2), cloro, Gás Liquefeito de Petróleo ou gás de
cozinha (GLP) e etc. De acordo com a composição dos gases, estes podem provocar
vários efeitos em nossos organismos, podendo agredir o nosso aparelho respiratório
e nossos olhos. As altas concentrações desses gases em ambientes confinados redu-
zem a disponibilidade do oxigênio, causando asfixia, entre outros problemas.
Fonte: https://goo.gl/xyWmnP
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Figura 12: Demonstrativos de riscos biológicos.
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A NR 32 (de 2002), Anexo I, classifica os agentes biológicos em:
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• Uso do avental, luvas descartáveis (e/ou lavagem das mãos antes e após a
manipulação), máscara e óculos de proteção (para evitar aerossóis ou pro-
jeções nos olhos) e demais Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)
necessários;
• Utilização da capela de fluxo laminar corretamente, mantendo-a limpa
após o uso;
• Autolavagem de material biológico patogênico, antes de eliminá-lo no lixo
comum;
• Utilização de desinfetante apropriado para inativação de um agente espe-
cífico.
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• Anexo IV – (Revogado);
• Anexo V – Radiações Ionizantes;
• Anexo VI – Trabalho sob Condições Hiperbáricas;
• Anexo VII – Radiações Não Ionizantes;
• Anexo VIII – Vibrações;
• Anexo IX – Frio;
• Anexo X – Umidade;
• Anexo XI – Agentes Químicos Cuja Insalubridade é Caracterizada por Limite
de Tolerância Inspeção no Local de Trabalho;
• Anexo XII – Limites de Tolerância para Poeiras Minerais;
• Anexo XIII – Agentes Químicos;
• Anexo XIII – A - Benzeno;
• Anexo XIV – Agentes Biológicos;
O exercício de trabalho em condições de insalubridade, de acordo com os
agentes citados acima, assegura ao trabalhador a percepção de adicional, inciden-
te sobre o salário mínimo da região equivalente a:
• 40% (quarenta por cento), para insalubridade de grau máximo;
• 20% (vinte por cento), para insalubridade de grau médio;
• 10% (dez por cento), para insalubridade de grau mínimo;
• No caso de incidência de mais de um fator de insalubridade, será apenas
considerado o de grau mais elevado, para efeito de acréscimo salarial, sendo
vedada a percepção cumulativa.
A eliminação ou neutralização da insalubridade deverá ocorrer:
• Com a adoção de medidas de ordem geral que conservem o ambiente de
trabalho dos limites de tolerância;
• Com a utilização de equipamento de proteção individual.
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Cabe à autoridade regional competente em matéria de segurança e saúde do
trabalho comprovada a insalubridade por laudo técnico do engenheiro de seguran-
ça do trabalho ou médico do trabalho, devidamente habilitado, fixar adicional devido
aos empregados expostos à insalubridade quando impraticável sua eliminação ou
neutralização.
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As avaliações qualitativas têm a função de avaliar e inspecionar os locais
de trabalho com riscos ambientais, observando as características específicas de
cada ambiente laboral, atentando-se aos agentes ambientes, às atividades exercidas
e às funções existentes em cada local.
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4. Conceitos de limites de tolerância
De acordo com a NR 15 – Atividades e Operações Insalubres, Limite de To-
lerância é conceituado como a concentração ou intensidade máxima ou mínima
relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará
danos à saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral.
Para o Site Saúde Total (2016), Limite de Tolerância (LT, que muitas vezes
aparece como TLV, do inglês: threshold limit values): é um conceito fundamental
para o direito trabalhista. Através de estudos exaustivos, procurou-se estabelecer
o limite compatível com a salubridade do ambiente em que vive o trabalhador, para
as mais diversas substâncias. A nossa legislação usa valores para jornadas de 48
horas semanais. Portanto, se o LT for 39 ppm para um determinado poluente (caso
do CO), isso significa que em nenhum momento aquela substância deve ultrapassar
39 ppm no ambiente em que operários atuam por 48 horas semanais. O LT pode ser
expresso em ppm (uma parte de gás para um milhão de partes de ar) ou mg/ m³ (mg
de gás por metro cúbico de ar).
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Os limites de tolerância podem ser definidos através de dois tipos:
Existe uma fórmula para calcular o valor máximo de exposição que não pode
ultrapassar os limites de tolerância, sendo calculado da seguinte forma:
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posição a determinado agente agressivo. Mesmo estando abaixo do limite
de tolerância, alguns trabalhadores podem ter problemas sérios devido à
exposição a determinado agente agressivo.
Há valores que foram alterados de 700 para 100 com o passar dos anos e
dos novos estudos, pois a equipe que revisa as normas percebeu que os valores não
eram tão precisos assim.
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Figura 13: Limites de Tolerância – atividades e operações insalubres.
Fonte: https://goo.gl/WL9bKn
Com isso podemos perceber que o nível de ação é aquele pelo qual se deve
começar a implantação das medidas de ação e controle, divididas em medidas de
coletivas ou medidas individuais, para que os níveis de exposição não venham ultra-
passar os limites de tolerância permitidos a determinado agente.
• Para o ruído, a dose de 0,5 (dose superior a 50%), conforme critério estabe-
lecido na NR 15, Anexo I, item 6;
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O Quadro 01 abaixo mostra os valores tidos como nível de ação aos agentes,
que são os seguintes:
Nível de Ação = 0,5 (85 dB (A)) Nível de Ação = 0,5 (80 dB (A))
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Figura 14: A diferença entre limite de tolerância e nível de ação.
LT LT
3 3
NA NA
2 2
1 1
Para o Blog Manual do Trabalho Seguro (2016), para tentar explicar a dife-
rença entre Limite de Tolerância e Nível de Ação, foi elaborada a imagem acima,
cujo eixo vertical é representado pela concentração do produto químico e o eixo
horizontal é representado pelo tempo. Interpretando o gráfico, (considere que o
gráfico representa a exposição durante uma jornada de trabalho) podemos chegar as
seguintes observações:
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5. Agentes causadores da periculosidade –
Norma Regulamentadora NR 16
Quando um trabalhador é exposto a constante condição de risco de morte,
por exemplo, o contato com substâncias inflamáveis, explosivos, energia elétrica e
radiação ionizante ou substâncias radioativas, chamamos isso de periculosidade.
Os trabalhos e operações que apresentam periculosidade estão descritos na Norma
Regulamentadora – NR 16, de 1978.
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Porém, há uma semelhança, os adicionais só são devidos ao trabalhador
enquanto ele realizar atividades nas áreas perigosas ou em condições de expo-
sição a agentes insalubres. Quando essas atividades não apresentarem mais
riscos, seja de periculosidade ou de insalubridade, o trabalhador não recebe mais
o respectivo adicional.
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Mais recentemente, em 2014, foi incluída na NR 16, o anexo 5, que relaciona
as atividades perigosas em motocicleta. Tal anexo deixa claro em seu texto que não
estão inclusos como trabalhos perigosos, deslocamentos de motocicleta da residên-
cia para o trabalho, ou o contrário, assim como também não são considerados usos
de motocicleta em locais privados ou de forma fortuita, ou seja, eventualmente, ou
ainda trabalhos que sejam habituais, porém em tempo extremamente reduzido.
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No caso de empregados que exerçam funções sem contato direto ou próximo
ao material perigoso (por exemplo, atividades de escritório), é necessário verificar
se o local onde a atividade é desempenhada está dentro ou fora do perímetro deter-
minado, através do respectivo anexo da NR 16. Em caso positivo, deve-se pagar o
adicional de periculosidade; em caso negativo, não existe essa necessidade.
6. Mapa de riscos
O mapa de riscos é uma maneira eficiente de fazer a proteção dos seus
colaboradores, ilustrando claramente os riscos que o ambiente de trabalho pode
apresentar. Para conseguir essa visualização, é preciso fazer um estudo de forma
efetiva, para, assim, diagnosticar os riscos e perigos de cada setor.
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• Identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia, entre elas: medi-
das de proteção coletiva, de organização do trabalho, de proteção individual
e de higiene e conforto;
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Esforço físico intenso, levantamento e transporte manual de peso, controle
rígido de produtividade, imposição de ritmos excessivos, trabalho em turno noturno,
jornadas de trabalho prolongadas, monotonia e repetitividade e outras situações pro-
vocadoras de estresses psíquico e físico.
Pode até parecer trabalhoso fazer um Mapa de Risco, mas essa medida é feita
para servir como um aliado na luta contra os altos índices de acidente de trabalho.
Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), no Brasil acontecem em
média 700 mil casos de acidentes, fora os que não são registrados oficialmente. E de
acordo com o Ministério da Previdência, o país gasta em média 70 bilhões de reais
anualmente com esse tipo de ocorrência.
Fonte: https://goo.gl/bpKUcw
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1. Diferencie insalubridade de periculosidade.
50
www.UniATENEU.edu.br
https://www.youtube.com/watch?v=G0kzvHK_0-c