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Introdução:

Apesar de todos esses conhecimentos apresentados até agora, de cada profissão ter
seu papel estruturado no cuidado paliativo, especialmente a enfermagem como citada,
ainda existem muitos desafios para implantação concreta e coerente dos cuidados
paliativos dentro dos serviços de saúde no Brasil e é justamente disso que vamos falar
agora.
Mas primeiro eu vou ler uma das frases que foi entregue a vocês que na verdade é um
dos enigmas mais famoso do mundo e ele diz assim:

"Decifra-me ou devoro-te: que animal caminha com quatro pés pela manhã, dois ao
meio-dia e três à tarde e é mais fraco quando tem mais pernas?"

Explicação:
Esse é um trecho de uma mitologia grega que conta a história de Édipo (rei Tebas, e
Tebas era uma cidade-estado do Egito antigo). Aí Édipo enfrentou a esfinge por que ela
assolava Tebas devorando seus moradores. Ele fez isso decifrando esse enigma. Nisso
ele ficou famoso por resolver enigmas com sua sabedoria e a e nas interpretações pelo
mundo ele se tornou um importante mediador entre o entendimento, o conhecimento e o
reconhecimento da condição humana por entender o ciclo de vida do homem: infância,
adolescência, idade adulta, velhice e a morte.

A resposta para esse enigma é o Homem porque "só o Homem engatinha na infância,
caminha com os dois pés na vida adulta e usa uma bengala para se apoiar na velhice".
Essa pequena parte dessa mitologia tem livre interpretação, nisso, ela também é
interpreta com a figura do Édipo sendo um homem que tem conhecimento do mundo e
reconhecimento da sua própria condição humano, por entender seu ciclo de vida. Logo,
trazendo esse lúdico para vida real, contemporânea e para o tema, um dos desafios dos
cuidados paliativos é:
Desafios para o cuidado paliativo:

1. Aumento do tempo de vida da população que não vem acompanhada da


qualidade de vida.

 Longevidade – seta pra cima


 Qualidade de Vida/Qualidade de Vida Relacionada a Saúde – seta pra
cima, mas fraca

Isso significada dizer que a população mundial tem aumentado sua expectativa de vida,
mas não necessariamente ocorre melhoria da qualidade de vida na velhice ou após
processos de adoecimento. Acontece uma intensidade da luta pela busca de cura das
doenças e a sofisticação dos instrumentos da área da saúde levam a uma cultura de
negação da morte, postergando para um segundo plano as intervenções de saúde que
promovam um final de vida digno. Nisso, sem a garantia da cura; a morte passou a ser
negada e encarada como derrota ou fracasso pelos profissionais de saúde e os próprios
pacientes.

O que é qualidade de vida?


Segundo a OMS a qualidade de vida se define como a percepção do indivíduo sobre a
sua posição na vida, num contexto cultural e num sistema de valores no qual está
inserido, de acordo com os seus objetivos, expectativas e padrões (OMS, 1994).
Qualidade vida é algo subjetivo.

O que é qualidade de vida relacionada a saúde?


Tangendo-se a relação qualidade de vida e manejo do adoecimento tem-se que essa é
definida como a compreensão dos impactos da doença e do tratamento mediante as
modificações funcionais, físicas, psicológicas e sociais pelo paciente.
Artrite reumatoide.
A carência de uma política pública em cuidados paliativos na saúde brasileira, resulta
justamente na incapacidade de cristalização dos princípios do SUS.
Princípios: integralidade, Universalidade e equidade.

2. A maioria das unidades hospitalares brasileiras não possui uma diretriz sobre
como cuidar de seus pacientes que estejam com um quadro terminal.

A literatura também diz que sobre esse desafio não há um modelo único e ideal para a
prestação dos cuidados paliativos, devendo esse ser determinado com base nas
necessidades e recursos locais. Entretanto, a existência de equipes de referência e de
equipes de apoio ou suporte é fundamental, bem como a necessidade de formação de
todos os profissionais de saúde para prestar medidas paliativas básicas, denominadas
ações paliativas.

Dado importante:
No Brasil, em cada dez habitantes, nove enfrentam uma doença grave antes de morrer.
E isso pode significar um longo e cruel percurso de sofrimento. Nesse cenário, ainda é
escasso o acesso a serviços de cuidados paliativos no país, com apenas 191 unidades.
Estima-se que somente 5% dos 2,5 mil hospitais com mais de 50 leitos oferecem
cuidados paliativos. 50% deles são públicos. Os dados são do Atlas dos Cuidados
Paliativos no Brasil, publicado em 2019.

3. A formação em cuidados paliativos é raramente incluída no currículo educacional


dos profissionais de saúde

Infelizmente, a formação em cuidados paliativos é raramente incluída no currículo


educacional dos profissionais de saúde.
4. Ausência de Políticas com particularidades quem contemplem a filosofia dos
cuidados paliativos.

Esperança:
O Projeto de Lei 2460/22 cria o Programa Nacional de Cuidados Paliativos, tendo como
foco aliviar o sofrimento, melhorar a qualidade de vida e apoiar pacientes com doença
em estágio avançado. O suporte físico, psicológico, social e espiritual previsto no
programa também se aplica aos familiares. O texto tramita na Câmara dos Deputados.
Autora do Projeto: Luisa Canziani
Fonte: Agência Câmara de Notícias

5. Comunicação de Más notícias

Protocolo SPIKES

S – Setting up: Preparando-se para o encontro. É fundamental manter a calma, pois as


informações dadas podem ajudar o paciente a planejar seu futuro. Procure um lugar
calmo e privado. O paciente deve estar acompanhado. Escute com atenção o que o
cliente diz e demonstre carinho.

Manter a calma, procurar um lugar calmo e privado. O paciente deve estar


acompanhado. Escutar com atenção o paciente e demonstrar carinho.

P – Perception: Percepção. Antes de transmitir a má notícia, o profissional deve verificar


o quanto o enfermo sabe acerca da sua situação de saúde. Para essa prática, torna-se
ideal o uso de perguntas abertas, por exemplo: “quais informações você já recebeu
sobre seu quadro clínico?”

Antes de transmitir a má notícia, verificar o quanto o enfermo sabe acerca da sua


situação de saúde.
I – Invitation: Convidando para o diálogo. Observe se o paciente quer saber o que está
acontecendo ou se prefere que um familiar tome as decisões por ele. Caso não queira
saber, esteja à disposição no momento que ele mudar de ideia.

Observar se o paciente quer saber o que está acontecendo ou se prefere que um


familiar tome as decisões por ele.

K – Knowledge: Transmitindo as informações. Introduza o assunto aos poucos


verificando o entendimento do receptor periodicamente. Começar com “infelizmente não
trago boas notícias” e usar sempre palavras adequadas ao vocabulário do paciente.
Pergunte como o paciente está e o que está entendendo. Se o prognóstico for ruim,
evitar termos como “não há mais nada que possamos fazer”.

Introduzir o assunto aos poucos verificando o entendimento do receptor periodicamente.

E – Emotions: Expressando emoções. Espere a reação que pode vir, respeitando o


tempo do paciente. O ideal é que os sentimentos apresentados sejam respondidos de
forma empática e que as respostas demonstrem o lado humanizado do profissional de
saúde.

Esperar a reação que pode vir, respeitando o tempo do paciente.

S – Strategy and Summary: Resumindo e organizando estratégias. Nesta etapa, é


importante deixar claro para o paciente que existe uma alternativa ou tratamento,
curativo ou não. O profissional aborda um plano de tratamento após realizar um resumo
de tudo que foi comunicado ao paciente, permitindo que o mesmo exponha suas
dúvidas e garantindo esclarecimentos a respeito da notícia transmitida.
Abordar um plano de tratamento após realizar um resumo de tudo que foi comunicado
ao paciente.

Referências:

DUARTE, Mayra Suanne Costa; ALMEIDA, Bruna. Uso do protocolo Spikes na comunicação de más
notícias pela enfermagem no serviço de urgência. 2022.

COUTINHO, Mariana Rabelo. Necessidade de uma política pública para cuidados paliativos no Brasil: a
interface entre Brasil e França e os desafios para a humanização do cuidado junto aos sujeitos com
doenças raras. 2019.

COUTINHO, Mariana Rabelo. Necessidade de uma política pública para cuidados paliativos no Brasil: a
interface entre Brasil e França e os desafios para a humanização do cuidado junto aos sujeitos com
doenças raras. 2019.

DOS SANTOS, A. F.; FERREIRA, E. A.; GUIRRO, Ú. D. Atlas dos cuidados paliativos no Brasil 2019.
São Paulo: Academia Nacional de Cuidados Paliativos, 2020.
Não podemos acrescentar dias a nossa vida, mas podemos
acrescentar vida aos nossos dias. (CORA CORALINE)
Decifra-me ou devoro-te: que animal caminha com quatro pés pela
manhã, dois ao meio-dia e três à tarde e é mais fraco quando tem
mais pernas?"
Manter a calma, procurar um lugar calmo e privado. O paciente
deve estar acompanhado. Escutar com atenção o paciente e
demonstrar carinho.
Antes de transmitir a má notícia, verificar o quanto o enfermo sabe
acerca da sua situação de saúde.
Observar se o paciente quer saber o que está acontecendo ou se
prefere que um familiar tome as decisões por ele.
Introduzir o assunto aos poucos verificando o entendimento do
receptor periodicamente.
Esperar a reação que pode vir, respeitando o tempo do paciente.
Abordar um plano de tratamento após realizar um resumo de tudo
que foi comunicado ao paciente.

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