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Quem sou eu?

Meu nome é Julia Carlos Pauna Hilário, no início deste por ólio, eu nha 20 anos e,
no final, terei 21. Moro em Talhado, um sub-distrito de São José do Rio Preto, em uma
chácara com minha família, que é cons tuída por eu, minha mãe (dona de casa), meu pai
(torneiro mecânico) e minha irmã mais nova, de 1 ano. Aqui também moram vários pets que
nós temos, como o Gregory (cachorro) e a Miu (gato). Ingressei na FAMERP em 2019, via
direta e escolhi esta faculdade pois já morava na cidade, porém também passei na UNESP em
Marília, além disso, enfermagem não era minha primeira escolha de profissão - a primeira
escolha era letras.
No meu tempo livre, eu gosto de ler livros de ficção cien fica, romance e true crime,
ver séries e filmes (principalmente sobre super-heróis - sou a maior fã da Marvel), pintar
telas e cozinhar para pessoas que gosto, principalmente doces. Eu me divirto, me estresso e
desestresso jogando jogos online, seja em um dos meus 3 videogames, no computador ou no
celular. Meu modo de ser é mais introver do e eu valorizo muito o silêncio, sendo por isso
que passo a maior parte do meu tempo livre sozinha ou pra cando algum dos hobbies que
descrevi acima, juntamente com meu namorado, o Guilherme.
Na enfermagem, há duas especialidades que tenho interesse em fazer, que são
"Enfermagem em Transplante, Doação e Captação de Órgãos" e "Serviço de Controle de
Infecções Hospitalares". O mo vo da primeira é por já ter estagiado na OPO (organização de
procura de órgãos) e ter gostado muito e me iden ficado com o serviço, pois ele tem um
equilíbrio entre burocracia e contato direto com pessoas. Pela segunda área, surgiu o
interesse em uma visita hospitalar na qual acompanhei um enfermeiro do SCIH e eu percebi
a importância do serviço, o que me levou a pesquisar sobre e despertar meu desejo de
trabalhar na área, pois também há bastante da parte burocrá ca, que me agrada.
Além dessas, há uma outra área pela qual eu sou apaixonada: a da saúde mental - e
sabendo disso, você pode perceber que não é atoa que o tema do meu TCC é Fadiga por
Compaixão em Profissionais de Saúde em um Hospital Materno-Infan l, orientado pelo
professor e doutor da psicologia Randolfo dos Santos Junior.
Minhas maiores metas atuais são concluir e apresentar meu TCC e passar no
aprimoramento de CCIH da FAMERP/HB.
Aulas na
faculdade
Tema da aula: “Complexidade do Setor de Saúde no Brasil e a Aplicabilidade dos Princípios
do SUS na formação do Enfermeiro”.
Ministrada por: José Mar ns.
Data: 04/06/2022

A aula do professor José Mar ns fez uma recapitulação a respeito do SUS, conceitos
importantes, ar gos que são de relevância e trouxe visões a respeito do SUS, que me
chamaram a atenção e foi o disparador que escolhi trazer ao por ólio. De acordo com
material1 do professor José, existem 3 pos de visões:

Tipo de visão Exemplos e/ou conceito da visão

Ingênua Visão da pessoa que não conhece onde o SUS age e o quanto precisa
dele; “O SUS é gratuito", “não preciso do SUS pois tenho plano de saúde
privado”, “o SUS é somente para pobres”,

Técnica Visão da pessoa que conhece e tem entendimento das fortalezas,


debilidades e dilemas do SUS; conhece a legislação do SUS.

Polí ca Visão da pessoa que compreende, luta, dissemina a influência do SUS.

A visão ingênua trazida pelo professor José se mostra associada ao mal entendimento
do SUS; os exemplos colocados na tabela se mostram afirma vas falsas pois:
1. O SUS não é gratuíto.
O SUS é financiado por impostos, taxas e contribuições pagas por todos os cidadãos
brasileiros.
2. Todas as pessoas usam o SUS, direta ou indiretamente.
São exemplos de momentos em que todos os cidadãos brasileiros já usaram o SUS ou
irão usar: ao receber o DNV, declaração de nascido vivo, e ao receber o DO,
declaração de óbito.
3. Pessoas com plano privado e par cular também podem precisar do SUS.
É somente o Sistema Único de Saúde que fornece bolsas de hemocomponente e
transplante de órgãos e tecidos.
Tema da aula: Capacitação do cadastro e-SUS
Ministrada por: Rodrigo José Borges
Data: 06/07/2022

Hoje o gerente Rodrigo José nos deu uma aula baseada na capacitação que ele realiza
para os agentes comunitários de saúde (ACS) e agentes comunitários de endemia (ACE)
sobre o cadastro individual e cadastro domiciliar do e-SUS. Ele apresentou a ficha de
cadastro do cidadão e domiciliar/territorial, e um ponto que me chamou a atenção foi o
campo de dados para cidadão em situação de rua, uma população que sofre condição de
pobreza absoluta, exclusão social e, consequentemente, privação da saúde, um direito
cons tucional.

O SUS ganhou apenas em 2013 uma diretriz para garan r o acesso da PSR às ações e
serviços de saúde pública, que visava contemplar o princípio norteador doutrinário da
equidade, juntas com a PNPSR de 2009, que previa princípios gerais para atendimento dessa
população. A ficha de cadastramento permite o reconhecimento da situação de alguns
destes princípios gerais, como fatores econômicos, sociais, culturais e ambientais.
Tema da aula: “Abordagem da Violência na Atenção Básica”
Ministrada por: Danilo Alves
Data: 08/07/2022

Hoje na aula o enf Danilo trouxe diversas abordagens interessantes sobre a violência
da APS, entre elas, os pos de violência:

● Física: relação de poder sobre outra pessoa, por


meio de força sica, arma e outros, que pode ou
não provocar lesões internas e/ou externas;

● Moral: caluniar, difamar e injuriar;

● Patrimonial: dano, perda, subtração, destruição


ou retenção de objetos e bens;

● Social: salários diferenciados para o mesmo grupo; exigir


boa aparência; exigir teste de gravidez; expor alguém em meios de
comunicação;

● Psicológica: prejuízo a saúde psicológica, autoextermínio;

● Religiosa: considerar algum grupo inferior jus ficando com


religião;

● Negligência: deixar de prestar cuidados à alguém;

● Síndrome de Munchausen por procuração;

● Sexual: estupro, abuso, incesto, assédio sexual, sexo


forçado no casamento, pornografia infan l, pedofilia...
・Sexual aguda: recente, até 72 horas (tempo hábil para
aplicação da PEP)
・Sexual crônica: recorrente, acontece ou aconteceu várias
vezes

A violência é um desafio na APS e o enfermeiro Danilo explicou


bem sobre como devemos lidar com casos de qualquer po de
violência para além de somente a “queixa-conduta”, respeitando a
individualidade de cada ser e promovendo integralidade e
intersetorialidade no cuidado.
Tema da aula: “A CIPE (Classificação Internacional para a Prá ca de Enfermagem) e sua
aplicação no Serviço Público”
Ministrada por: Dalvani Marques
Data: 26/07/2022

Hoje a aula sobre CIPE trouxe-nos uma nova classificação para diagnós cos de
enfermagem e, com isto, a possibilidade de compor diagnós cos e intervenções, sendo este
o ponto que mais chamou a minha atenção. Para compor estes diagnós cos, é necessário
usar 2 eixos do modelo de 7 eixos, sendo eles e suas definições:

Foco (F) Área de atenção relevante para enfermagem

Julgamento (J) Opinião clínica relacionada ao foco da prá ca da


enfermagem

Para compor o diagnós co, deve-se incluir um termo do eixo F e outro do eixo J,
como por exemplo: mobilidade (F) melhorada (J)

Já para compor a intervenção, u liza-se os outros eixos:

Meios (M) Métodos u lizados para concre zar a intervenção

Ação (A) Processo aplicado ao ou realizado pelo cliente

Tempo (T) O momento da ocorrência

Localização (L) Orientação anatômica ou espacial

Cliente ( C) Sujeito a quem o diagnós co se refere ou que é


beneficiado pela intervenção de enfermagem

A intervenção deve conter um eixo A e um termo alvo (qualquer termo de um dos


eixos que é afetado pela ação, exceto do eixo J), como por exemplo: remover (A) cura vo da
ferida.
Tema da aula: “Coleta de Papanicolaou"
Ministrada por: Ana Maria Sabino
Data: 28/07/22

Quando se trata da coleta de material citopatológico para exame de Papanicolaou, o


enfermeiro provido de conhecimento, competência e habilidade pode realizar o
procedimento de acordo com as disposições legais da profissão. Nesta aula, diversos pontos
foram disparadores para mim, como o fato de que o CA cervical é o que oferece mais amplas
condições de prevenção (vacinação e o exame Papanicolau), diagnós co precoce e controle
e que, de acordo com as diretrizes, deve ser oferecido para qualquer pessoa com colo de
útero, envolvendo assim homens trans que não passaram pela redesignação sexual, na faixa
de 25 a 64 anos e que já veram a vidade sexual.
Outro ponto que chamou atenção para mim, foi o passo a passo para realização do
exame, que é o seguinte:

Materiais Pré-coleta Coleta

- Formulário - Orientar ao paciente o - Higienizar as mãos


- Lápis propósito do exame e como é - Auxiliar paciente a ficar em
- Camisola realizado posição ginecológica
- Cadeira ginecológica - Preencher formulário - Posicionar foco de luz
- Foco de luz - Iden ficar lâmina com lápis - Calçar luvas
- Espéculo - Orientar a urinar e ves r a - Introduzir o espéculo
- Lâmina de vidro camisola suavemente sem lubrificante
- Espátula de madeira de (se necessário, soro fisiológico)
Ayre - Visualizar o colo do útero
- Escova endocervical - Encaixar a ponta mais longa
- Luva da espátula de madeira de
- Solução fixadora Ayre no ori cio externo fazer a
raspagem 360°
- Colocar o material da
ectocérvice em esfregaço
único na lâmina
- U lizar a escova endocervical
no canal cervical em
movimento 360°
- Colocar o material da
endocérvice na lâmina
- Fixar o material com solução
fixadora
Imagem: Personal Oncologia
-Remover o espéculo
delicadamente
- Registrar em sistema
Tema da aula: Trabalho em Equipe
Ministrada por: Denise e Ana Maria Sabino
Data: 27/07/2022

Hoje a aula sobre “trabalho em equipe (TE)” me fez refle r sobre como o trabalho em
grupo e cole vamente vai ser essencial nos estágios em Saúde Cole va, o que me levou a
pesquisar algum ar go sobre o assunto e, no caso, encontrei o ar go “Trabalho em equipe: o
significado atribuído por profissionais da estratégia de saúde da família”2, que traz como
resultado quatro categorias sobre o significado do TE: “um trabalho familiar e idealizado,
uma relação de ajuda, um trabalho hierárquico e um trabalho cole vo”, sendo a primeira
(respec vamente), um trabalho ligado a questões afe vas, no segundo, relações de ajuda,
no terceiro, um trabalho ordenado, com “um coordenador e os coordenados”, e no quarto,
uma ação cole va para a ngir os obje vos em comum.
Além disso, o ar go traz nos resultados da pesquisa as dificuldades que os
entrevistados e pude relacionar isso à aula também, pois na dinâmica realizada havia um
grupo que possuía limitações: 2 integrantes não enxergavam e os demais não falavam, tendo
uma única pessoa coordenando o grupo, de acordo com sua visão individual sobre a
situação; o ar go traz entre as dificuldades apresentadas o “déficit na comunicação e
resistência às mudanças, que, somadas ao despreparo do profissional, resultaram em uma
equipe deficiente e impossibilitada de a ngir seus obje vos”, que resume bem o que
aconteceu na dinâmica da sala.

h ps://br.freepik.com/vetores-gra s/pessoas-do-trabalho-em-equipe-com-alvo-e-pecas-de-quebra-cabeca_5686198.htm
Tema da aula: “Conselho Municipal de Saúde e principais legislações”
Ministrada por: Vanessa da Costa Nascimento
Data: 14/07/2022

Hoje na aula vimos que há esferas de conselhos (cons. federal → cons. estadual → cons.
municipal → cons. local) e que o municipal é um órgão colegiado (formado por diversos
grupos de pessoas), delibera vo (par cipa da tomada de decisões) e permanente (por lei,
não deixa de exis r).
Além disso, vimos a respeito da lei 8142/1990, que dispõe sobre a par cipação da
comunidade na gestão do SUS, exis ndo o controle social.
MAS O QUE É CONTROLE SOCIAL?
Controle social é o entendimento, par cipação e fiscalização da sociedade sobre as ações da
esfera Federal, Estadual e/ou Municipal; desta forma, os cidadãos podem interferir no
planejamento, na realização e avaliação das a vidades do governo.
Os conselhos são formados por:

50% 25% 12,5% 12,5%


Outra lei que vimos foi a nº 13.563/2002, que dispõe sobre o Fundo Municipal de Saúde
(FMS), obrigatório para os municípios.
O QUE É FMS?
O FMS faz parte dos requisitos que os municípios devem cumprir, assim como possuir
conselho de saúde, e é uma modalidade de gerir os recursos financeiros repassados pelo
Ministério da Saúde para manter e inves r em ações e serviços do SUS.
Tema da aula: Fique Sabendo
Ministrada por: Stella Mathias
Datas: 18 e 19/07/2022

As duas aulas sobre Fique Sabendo, ministradas pela enfermeira


Stella foram extremamente proveitosas e causaram diversos disparadores
em mim, principalmente sobre as dificuldades no manejo das IST’s na APS; com isso, a Stella
trouxe as principais funções do CTA (Centro de Testagem e Aconselhamento):
- realizar testagem da população chave/prioritária
- realizar PEP/PREP
- realizar trabalho extra muro
- realizar educação con nuada/formação em saúde

MAS O QUE É POPULAÇÃO CHAVE?


São segmentos populacionais mais vulneráveis e que apresentam prevalência
superior de IST’s, sendo eles: homossexuais e homem que fazem sexo com outros homens,
trans e traves s, usuários de alcool e drogas, trabalhadoras do sexo e pessoas privadas de
liberdade3

Além disso, a Stella trouxe outros programas do CTA ,além do “Fique Sabendo” e eu
pesquisei um pouco sobre o úl mo, pois achei muito interessante e não conhecia:
1. Programa jovens e universitários
2. Sidadania
3. Programa de redução de danos
Essa é uma estratégia do SUS que entende que existe o consumo de psicoa vos lícitos
e ilícitos e não prevê interromper o uso, mas sim reduzir as consequências trazidas
pelos mesmos, desta forma, gerando inclusão social dos usuários de álcool e drogas.
Algumas destas estratégias são:
Para o crack: uso de cachimbo individual, hidratar os lábios para evitar sangramento e
transmissão de doenças pelo sangue e compar lhamento de cachimbos;
Para cocaína: uso de equipamento próprio para cheirar ou se injetar, usar seringas
individuais e limpas, com água des lada e mãos limpas antes da injeção
Para o tabaco: tentar alternar para outras formas de nico na, como adesivos e gomas
de mascar;
É importante ressaltar que este programa não incen va o uso de drogas e a
distribuição de insumos preven vos é feita visando proteção da saúde dos indivíduos
usuários de substâncias e, consequentemente, da população.4
Ainda sobre o programa Fique Sabendo, ela trouxe informações importantes sobre o
diagnós co de HIV, sífilis e hepa tes B e C:

→ Diagnós co de Sífilis:
O diagnós co da Sífilis é clínico, epidemiológico e laboratorial
A sífilis possui estágios:
● Primária: lesão única de borda limitada e fundo brilhoso (cancro duro) - pode
acontecer a lesão espelho

Fonte:
h ps://www.drakeillafreitas.com.br/wp-content/uploads/2016/10/Cancro-duro-2.jpg

● Secundária: lesões em outras regiões do corpo


● Terciária: treponema se instala em cérebro, gado, coração, ossos… apenas 30%
evoluem.
- Latente recente: até um ano após a exposição
- Latente tardia: com mais de um ano de evolução

A testagem se baseia em:

E os critérios de cura são:


- para sífilis recente: 2 diluições (ex: 1:128 → 1:32) em 6 meses
- para sífilis tardia: 2 diluições em 1 ano
Tema da aula: “Abordagem em IST"
Ministrada por: Vanessa Negrelli
Data: 20/07/2022

A Vanessa trouxe hoje o conceito de abordagem sindrômica (AS), que consiste em um


método que inclui infecções dentro de síndromes pré-estabelecidas, baseado em sinais e
sintomas, sendo imediata. O disparador desta aula para mim foi a portaria 2488/11, que
aprova a PNAB e estabelece atribuições ao enfermeiro no manejo de IST’s, podendo fazer
solicitação de exames complementares, prescrição de medicamentos e encaminhamento
quando necessário - mas para que o enfermeiro possa fazer este manejo, é preciso haver
alguns critérios:
- cliente ser maior de 18 anos
- não estar gestante
- não ser suspeita de DIP (doença inflamatória pélvica)
- não ser infecção recorrente

Os principais sintomas da abordagem sindrômica que o enfermeiro pode encontrar são:


Feridas Verrugas

Corrimento vaginal Odor fé do

Corrimento uretral Prurido

Bolhas Ardor e dor

Além disso, ela trouxe algumas noções sobre IST’s e candidíase e vaginose (que não
são IST’s):
→ Candidíase: causa secreção branca talhada e ardor após urinar.
→ Vaginose bacteriana: causa secreção amarelada, odor forte e queimação na vulva;
→ Herpes genital: causa lesões que iniciam com pequenas bolhas que ardem e
causam coceira intensa;
→ Cancro mole: causa feridas dolorosas com base mole com pus - pode haver o
bulbão inguinal
→ Trichomonas: causa corrimento amarelo esverdeado e dor abd.
→ Gonorréia: causa corrimento abundante, uretrite, inchaço dos
tes culos.
→ Clamídia: causa corrimento claro e dor ao urinar
→ HPV: causa lesões de pele e mucosa (papilomas)
Fonte:

h ps://www.drakeillafreitas.com.br/wp-content/uploads/
2017/02/Linfogranuloma-Venereo-desenho.jpg
Tema da aula: "Complexo de Doenças Transmissíveis e Gestão de Risco"
Ministrada por: Camila de Carvalho
Datas: 21/07/2022

Hoje a Camila nos trouxe na aula mais informações sobre a Gestão de Risco
(hierarquiza os riscos e dá autonomia ao indivíduo gerir eles) e prevenção combinada, que
foi o que causou um disparador para mim na aula.
A prevenção combinada consiste em usar simultaneamente diferentes pos de
abordagens, sejam elas individuais, entre parceiros ou comunitárias.

Esta é a mandala de prevenção combinada.


Dentre as 9 dimensões da mandala, de acordo
com o site do Ministério da Saúde, temos:
- Testagem regular HIV e outras IST’s:
isto permite diagnos car e tratar estas
pessoas, evitando a contaminação de demais.
- PEP: é a profilaxia pós exposição ao
HIV, hepa te B e outras IST’s e que pode ser
usada após violência sexual, relações sexuais
desprotegidas e acidentes ocupacionais com
contato com material biológico.
- PrEP: é a profilaxia pré-exposição ao
HIV, na qual é tomado um comprimido por dia
que prepara o organismo para ter contato
com o HIV e pode ser tomada quando o indivíduo pretende ter uma relação sexual
com risco para ter contato com o HIV.
- Prevenção da transmissão ver cal: consiste na testagem das gestantes e seus
parceiros sexuais para evitar transmissão de HIV, sífilis e HB durante a gestação e
parto e HIV durante a amamentação.
- Redução de danos: ações de prevenção para pessoas que fazem uso de substâncias a
fim de evitar transmissão de IST 's.
- Diagnos car e tratar: assim como a primeira dimensão, o diagnós co permite o
tratamento e evita a transmissão para demais.
- Preserva vos e gel lubrificantes: preserva vos são os métodos barreiras mais
acessíveis e eficazes para se prevenir contra IST’s e gravidez não planejada; os géis
devem ser usados juntamente ao preserva vo para evitar rompimento durante a
relação sexual e, além disso, evitam sangramentos, diminuindo a chance de
transmissão
- Tratamento para todos: o tratamento do HIV consiste em medicamentos retrovirais e
da sífilis é realizado com penicilina benza na.
- Imunização: há imunização para as hepa tes (indicada para todos os RN) e HPV,
Tema da aula: "Vulnerabilidade, Tuberculose e Hanseníase"
Ministrada por: Renata Gallil
Datas: 25/07/2022

A aula da psicóloga Renata abordou conceitos sobre vulnerabilidade e o que me


causou disparadores foram os 3 componentes da vulnerabilidade:
- vulnerabilidade social
- vulnerabilidade individual
- vulnerabilidade programá ca ou ins tucional

A vulnerabilidade individual
A vulnerabilidade individual está relacionada a conceitos biológicos, emocionais e de
a tudes individuais do próprio indivíduo, então, dentro do contexto do CTA, significa
que o indivíduo tem vulnerabilidades pessoais e comportamentos de riscos
individuais para criar a oportunidade de se infectar.6

A vulnerabilidade social
Por sua vez, a vulnerabilidade social está relacionada aos aspectos culturais, sócio-polí cos,
bem-estar social, acesso à educação e serviços de saúde, sendo assim, o contexto social que
a pessoa está inserida aumenta sua vulnerabilidade para se infectar.

A vulnerabilidade programá ca
Por fim, o úl mo componente da vulnerabilidade, a vulnerabilidade programá ca
está relacionada à existência (ou não) e acesso (ou falta dele) à polí cas de saúde que
auxiliem o indivíduo a se prevenir e não se infectar, sendo necessário ações intersetoriais da
saúde, educação e outros componentes sociais para fortalecer os indivíduos e diminuir a
chance de todos de se infectar, sendo um fator ins tucional.
Tema da aula: "CEREST" e Vigilância em Saúde do Trabalhador
Ministrada por: Ana Beatriz e Denise Bere a
Data: 28/07/2022

Hoje na aula foram abordados tópicos sobre o Centro de Referência de Saúde do


Trabalhador, um serviço especializado do SUS que atende trabalhadores, e da vigilância em
saúde dos trabalhadores, que promove saúde e reduz agravos e mortalidade dos
trabalhadores decorrentes do processo de trabalho. O que me ocasionou um disparador
durante a aula foi a existência de doença ocupacional e doença do trabalho e a diferença
entre elas.
Primeiramente, temos que entender o conceito de doença, que é:

Doença, de acordo com Rouquayrol, é o desajustamento nos mecanismos. É a alteração do


equilíbrio produzido por diversos fatores.

Por sua vez, doença ocupacional é:


Doença que se adquire pelo exercício do trabalho em si e as peculiaridades do serviço
exercido.
Exemplos: LER (lesão por esforço repe vo), DORT (distúrbio osteomuscular relacionado ao
trabalho), bursite, tendinite, silicose, saturnismo, etc.

Já doença do trabalho é:
Doença que se adquire por condições especiais em que o trabalho é realizado, relacionada
ao ambiente em que o serviço é exercido.
Exemplos: disacusia, ansiedade, fadiga por compaixão, burnout, etc.

Para prevenir ambas é importante:


- Permi r pausas para descanso
- Ofertar ginás ca laboral
- Incen var a prá ca de exercícios sicos
- Promover correta acomodação ergonômica
- Reforçar o uso obrigatório de EPI’s
- U lizar EPC’s no ambiente de trabalho
- Promover um ambiente de trabalho saudável, com menos estressores
Entre outras medidas específicas para cada po de trabalho.

Imagem: h ps://br.freepik.com/vetores-gra s/fundo-dos-valores-centrais-do-es lo-


do-papel_17748327.htm#query=trabalho&posi on=30&from_view=search
Tema da aula: Consulta de Enfermagem
Ministrada por: Denise Bere a e Rosemeire Cordova
Data: 12/07/2022

Sabemos que a Consulta de Enfermagem (CE) faz parte dos instrumentos u lizados
pela enfermagem na dimensão assistencial do processo de trabalho da enfermagem e nesta
aula vimos sua aplicação na APS, sendo des nada à uma variedade de públicos, como
gestantes, puérperas, recém-nascidos, adolescentes, idosos, diabé cos, hipertensos e outros
grupos de pessoas. A CE possui etapas, formando um ciclo, que são u lizadas tanto na UBS
quanto na visita domiciliária, sendo elas:

A etapa de levantamento de dados compreende ao momento que a família ou o


cliente relata informações relevantes e o enfermeiro coleta estes dados, o levando a etapa
do diagnós co de enfermagem (D.E), onde ele vê o que é prioridade, e em seguida faz o
planejamento, ambos fornecidos pela CIPE, e faz a prescrição de enfermagem, onde detalha
os cuidados que serão realizados; após a realização destes cuidados, avalia as intervenções
realizadas e usa estes novos dados para reiniciar o ciclo.
Tema da aula: Dimensionamento de profissionais de enfermagem na APS.
Ministrada por: Daiana Bonfim
Data: 15/08/2022

Hoje a enfermeira Daiana Bonfim trouxe conceitos per nentes para realização do DP
na APS, como os atributos de uma unidade básica de APS (longitudinalidade, integralidade,
orientação comunitária e familiar, competência cultural, ser o primeiro contato, coordenar o
cuidado, etc), o que é enfermagem e o que é dimensionamento. Dentro disso, ela causou um
disparador em mim quando abordou sobre PCAtool - Brasil (Primary Care Assessment Tool),
que é Manual do Instrumento de Avaliação da Atenção Primária à Saúde5. O PCAtool permite
uma avaliação da estrutura da APS no Brasil e dos processos de trabalho das equipes de ESF,
buscando qualidade, e faz isso por meio de ques onários em entrevistas domiciliares ou no
serviço de saúde. O PCAtool possui versões para crianças, adultos e profissionais. Eu
pesquisei pela versão adultos e vou trazer algumas coisas sobre ela aqui:

1. Versão adulto:
Essa versão permite verificar fatores como o grau de afiliação do usuário à unidade,
se há acesso de primeiro contato (em relação a u lização e acessibilidade), se a
unidade promove longitudinalidade, integralidade, coordena os demais serviços e se
faz orientação familiar e comunitária, fazendo isso por meio de perguntas simples.
Todos estes conceitos estão ligados aos atributos de UBS e o que os profissionais
daquele local estão oferecendo à população, e isso reflete também sobre o
dimensionamento, visto que o dimensionamento é um equilíbrio entre oferta e
demanda.

Foi pensando nesta relação que fiquei curiosa sobre o PCAtool Brasil e resolvi
pesquisar mais, pois um cálculo de dimensionamento mal feito, não fidedigno ou
inadequado acarreta em longos tempos de espera para atendimento (“faça hoje o trabalho
do mês passado”), diminui a integralidade e coordenação do cuidado, reduz dras camente
as orientações e ensino prestados a população e familias que são atendidas por aquela
unidade básica de saúde.
UBS Lealdade
e Amizade
Características da unidade (de acordo com dados de 2021):
1. Perfil da clientela:
- Faixa Etária: A maior parte do público se encontra na faixa etária de 30 a 39 anos.8
- Gênero: Com uma diferença de pouco mais de 130 pessoas, a população é
majoritariamente feminina.9
-
Condição social: Aproximadamente 45% da população não trabalha, e dos 55% que
trabalham, grande parte vive com apenas 1 salário mínimo. A maioria das casas do
território são financiadas, fazem parte da área urbana da cidade e possuem
eletricidade, água e esgoto tratados, porém existe uma área do território onde o
loteamento é irregular e as pessoas u lizam "gato de energia" (eletricidade irregular,
puxada diretamente de um poste), água de um pequeno córrego que passa próximo e
fazem uso de fossa rudimentar.
- A maioria da população é totalmente dependente do SUS para receber atendimentos
de serviço de saúde. Entre a clientela que frequenta a unidade, se destacam as
gestantes, crianças e idosos.
2. Caracterização da Unidade:
- Estrutura Física: a UBS possui diversos consultórios - sendo 4 médicos, 2
odontológicos, 1 consultório de fonoaudiologia, 2 de enfermagem - 1 sala de
vacinação, 2 salas de procedimento, 1 sala de pronto atendimento, 1 expurgo,,
farmácia (com uma sala de depósito de medicamentos), sala de arquivos, 2
banheiros, recepção, sala de gerência. Além disso, há a parte exclusiva dos
funcionários, que é a sala dos ACS e ACE, sala de conforto, copa, 2 banheiros de
funcionários, almoxarifado, sala com armários e DML.
- Condições da unidade: nova, bonita, limpa, paredes intactas, chão sem pisos
levantados ou soltos, iluminação natural na maior parte dos locais e boa ven lação.
3. Procedimentos administra vos:
- Normas e ro nas: As normas incluem a jornada de trabalho dos profissionais, a forma
como acontece o envio de amostras biológicas ao laboratório, frequência com a qual
é feito o pedido de materiais, lençóis e medicamentos para a farmácia. As ro nas
incluem a realização sistemá ca de tarefas específicas e padronizadas da
enfermagem, como a checagem do carrinho de parada e geladeiras da unidade
diariamente.
- Regulamento: O regimento para os profissionais de enfermagem diz a quais normas
eles estão sujeitos (fazer uso do crachá de iden ficação, fazer uso de EPIs, etc), e o
que estão proibidos de fazer (recusar-se a atender paciente, usar adereços, u lizar
sapato aberto, ausentar-se da unidade sem comunicação prévia, realizar medicações
sem prévia prescrição médica , exceto em emergências, etc).
4. Serviços de apoio e fornecedores:
Os serviços de apoio e fornecedores são a lavanderia, serviço de higiene e limpeza,
serviço de coleta de materiais biológicos e laboratório, etc.
Territorialização:
A territorialização é uma ferramenta para conhecer onde habita a população que a
unidade de saúde atende e adequar o serviço ao perfil social.

Na figura ao lado, podemos ver a disposição


geográfica da microrregional de Talhado, dentro
do município de São José do Rio Preto, onde fica
localizada a UBS Lealdade e Amizade. Nesta região,
os serviços de apoio são divididos entre a
população das UBSs Talhado e Lealdade e
Amizade. Não há cobertura 100% de ESF em toda
a área, pois há bairros descobertos, como o
Auferville. A UBS Lealdade e Amizade possui duas
equipes (Equipe 1 - Lealdade e Equipe 2 -
Amizade).

Na figura ao lado, a área de


abrangência da UBS Lealdade e
Amizade, que inclui: Maisparque -
Rio Preto, Res. Alta Vista, Estância
Santa Rita, Auferville V, Setvalley,
Setvalley II, Setvalley III, Pq. da
Lealdade, Pq. da Amizade e Maria
Serantes - Lot. Pq.
Esse território conta com CRAS,
ponto de apoio, duas escolas
públicas (Alvaro Luiz Angeloni e
Graciliano Ramos), CIE e diversos
pos de comércios e igrejas.
1. Agentes de saúde e endemias
Na minha primeira semana, eu passei 3 dias com os agentes comunitários de saúde e
de endemias. Foram eles quem me recepcionaram na unidade e criamos um vínculo muito
bom, principalmente com o ACE Marcio Antonio, que me
ensinou muitas coisas.

Eu e o ACE após realização do


Índice de Breteau no dia 03/08/2022.

-> Arrastão
O arrastão é uma a vidade que faz parte das ações do plano de con ngência contra a
dengue, leishmaniose e escorpiões no município, onde os ACS e ACE adentram as residências
para realizar as orientações necessárias para o controle dos focos dos mosquitos Aedes
Aegyp e Palha e iden ficar locais propícios de habitat para o escorpião. Eu acompanhei os
agentes no Arrastão à uma área de chácaras, que são locais onde geralmente tem mais
entulhos, de acordo com a experiência dos agentes e foi possível observar diversas
orientações realizadas, como:
- Evitar o uso de pratos nos vasos de plantas;
- Lavar os bebedouros de animais com bucha e trocar a água pelo menos uma vez por
semana, mas se possível, todo dia;
- Não deixar depósitos de água sem estarem bem fechados;
- Tratar água de piscinas, se houver;
- Guardar garrafas vazias de boca para baixo;
- Não jogar lixo em terrenos baldios;
- Como proceder com os primeiros socorros em caso de picada de escorpião e quais
locais procurar, em caso de adulto ou criança (não amarrar/garrotear, não fazer sucção da
picada, não colocar remédio caseiro na ferida da picada, elevar o membro picado, lavar o
local ferido com água e sabão. aplicar gelo sobre o local)
- Sacudir e examinar calçados e roupas antes de usar;
- Usar luvas na hora de manusear lenhas e entulhos;

-> Índice de Breteau


O IB den fica a quan dade de larvas de mosquitos Aedes aegyp por
meio de amostras residenciais, como a da foto ao lado, onde eu estou
segurando uma amostra coletada em um ralo de uma residência do
bairro Amizade, o qual con nha muitas larvas de mosquito. O IB é
calculado a par r de larvas coletadas em 20% dos imóveis existentes
em cada quarteirão, o que corresponde a 5 casas de cada um dos
quarteirões que fomos.
-> Atividade física em conjunto
Há uma proposta para que haja a vidades sicas em conjunto na UBS por 30 dias, tendo que
ser fotografada por uma enfermeira. O nosso grupo decidiu assumir o comando das
a vidades para rar a carga das enfermeiras da unidade e nos dividimos, por semanas, para
comandar duas vezes ao dia algumas a vidades sicas, como alongamento, tendo como
público alvo os ACS e ACE. Além disso, foi contratada uma educadora sica, a Ana Carolina,
que vai comandar as a vidades de terça-feira e também promover exercícios sicos para a
população nesse dia, no centro poliespor vo que fica só lado da unidade. Em anexo, estão
respec vamente: alongamento sendo comandado pelo grupo, exercício com elás co para
fortalecimento muscular com a educadora sica e a fachada do CIE Lealdade e Amizade.
2. Farmácia
No dia que fiquei na farmácia, auxiliei na entrega de medicamentos e na reposição de
medicamentos no estoque. Não haviam muitas a vidades que eu pudesse realizar lá, porém
foi interessante observar o processo de trabalho das técnicas em farmácia, já que acho
importante entender todos os processos de trabalho dentro da unidade.

3. Procedimentos - técnicas
Nos dias que fiquei com a técnica de enfermagem Vanusa, eu realizei os seguintes
procedimentos:

-> Retirada de pontos


Realizei re rada de pontos da cirurgia de apendicectomia. Eu já havia realizado re rada de
pontos no estágio no Ambulatório de Especialidades no 3° ano, então não sen dificuldades.
Materiais u lizados:
- Instrumentos estéreis (pinça e/ou tesoura);
- Bisturi n° 11 ou 12;
- Gaze estéril;
- Luva de procedimento;
- Soro fisiológico (ou clorexidina degermante aquosa);
- Lixo branco;
Técnica:
- Atentar-se a prescrição.
- Avaliar os pontos, observar presença de secreção e deiscência, conversar e orientar o
paciente.
- Realizar a higiene das mãos e ves r as luvas de procedimento.
- Realizar a an ssepsia do local e dos pontos com gaze estéril umedecida com SF 0,9%
(ou clorexidina aquosa), u lizando a técnica no touch.
- Puxar uma das pontas do fio até que seja possível visualizar o ponto.
- Cortar u lizando o bisturi.
- Puxar o fio para re rar por completo o ponto.
OBS: Deve-se realizar o procedimento cortando os pontos de forma alternada, para evitar
que eles se abram (deiscência) caso tenha alguma complicação não vista anteriormente.
- Se necessário, após acabar a re rada dos pontos, realizar novamente uma limpeza
com gaze umedecida com SF.
- Caso haja casquinhas/crostas devem ser removidas com auxílio da pinça, após serem
umedecidas com SF, para que a limpeza e a cicatrização sejam mais eficazes.
- Em caso de secreção, ocluir o ponto drenante com cura vo.
A re rada de pontos após a cicatrização correta da pele, o que ocorre geralmente entre 7 a
10 dias, não sendo recomendada a re rada antes do 7º dia.
-> Aplicação de injeção intramuscular
Realizei diversas injeções intramusculares, principalmente de Benzetacil para tratamento de
sífilis. Algo que achei interessante é que na farmácia da UBS a penicilina já vem diluída,
sendo necessário apenas aspirar e aplicar, enquanto no estágio hospitalar nha visto apenas
o fraco que vem com o diluente para ser preparado.

-> Coleta de sangue/dia da coleta


Tive a oportunidade de estar com a Vanusa no "Dia da Coleta", que é um dia onde a grande
maioria dos pacientes que possuem pedido de coleta de exame laboratorial vão para a coleta
de sangue e entrega de materiais biológicos (urina e fezes). Foi possível pra car punção
venosa diversas vezes e relembrar a ordem dos frascos para coleta.

Além desses, realizei aferição de sinais vitais e coleta de medidas antropométricas.


4. Enfermeiras
Quando fiquei com as enfermeiras Mariane, Francine e Natália, pude acompanhar
algumas consultas de enfermagem, acolhimento, coleta de Papanicolaou e realizar diversas
coletas de material com swab para teste de COVID-19.

-> Consulta para colocação de diu e histerectomia


Pude acompanhar a enfermeira residente Francine realizar duas consultas, uma para
colocação de DIU e outra para a realização de histerectomia. Em ambas, a enfa. Francine
explicou, com imagens e de maneira simples, o sistema reprodutor feminino e como
acontecia a fecundação dos óvulos. Para a primeira paciente, a do DIU, ela explicou sobre
outros métodos contracep vos e como funcionaria a an concepção caso ela colocasse de
fato o disposi vo intrauterino, além disso, esclareceu dúvidas e desfez alguns es gmas que a
paciente possuía e relatou verbalmente na consulta. Já para a segunda, a paciente que
queria fazer histerectomia durante a cesárea, pois estava grávida, a Francine explicou sobre
todas as questões burocrá cas, o termo de consen mento, que deve ser assinado naquela
consulta e após 60 dias, e da necessidade da assinatura do seu marido.

-> Visita compartilhada


No dia em que fomos fazer a territorialização, o ACS Márcio aproveitou a
disponibilidade do automóvel da prefeitura para passar na casa de um conhecido que mora
no Auferville e que ele viu por meio de rede social (Facebook) que estava acamado devido a
um AVC. Retornando a unidade, o ACS comunicou à enfermeira Mariane a situação do
paciente, que de fato está acamado, em uso de SVD e vivenciando diversas vulnerabilidades
sociais; a enfermeira referiu que ali era uma área descoberta e o caso deveria ser passado ao
SAD (Serviço de Atenção Domiciliar).
Após isso, o ACS retornou a residência
do paciente para comunicá-la que
marcou uma consulta com o clínico na
UBS e eu fui junto, levando a maleta de
materiais para fixar a SVD e aferir a
pressão, pois o paciente é hipertenso
mas não faz mapeamento das medidas
diárias, caracterizando uma visita
compar lhada.
-> Reação de Jarisch-Herxheimer
Durante o estudo de caso, para apresentação da SAE, de um paciente com sífilis, eu
me deparei com a reação de Jarisch-Herxheimer (RJH) e, como não conhecia, decidi
pesquisar mais. A RJH é uma reação de febre aguda e outros sintomas que a acompanham,
como cefaléia, sudorese e hipotensão, que ocorre nas primeiras 24 horas após o tratamento
da sífilis, devido a lise da bactéria pela penicilina (e também de outras infecções causadas
por espiroquetas - um filo de bactérias 10). Deve ser diagnos cada diferentemente da reação
alérgica à penicilina, pois a alergia deve ser tratada com an histamínicos, enquanto a RJH
deve ser tratada com cor cóides e ácido ace lsalicílico.11

5. Ações de educação
Durante os meses que estagiamos na unidade, vemos a oportunidade de par cipar
e promover ações de educação para a população. Foram algumas delas:

-> Agosto dourado


Associar meses à cores é uma ó ma ferramenta e estratégia para lembrar a
população e gerar conscien zação a respeito de temas relevantes para a sociedade. Agosto
possui algumas cores como laranja (conscien zação sobre esclerose múl pla), branco
(conscien zação do câncer de pulmão) e dourado, uma referência à Golden Hour
(amamentação na primeira hora de vida do recém-nascido), portanto, o agosto dourado é o
mês da conscien zação e incen vo ao Aleitamento Materno. A UBS ficou enfeitada durante
todo o mês com bexigas douradas e cartazes e foi realizada uma ação nos dias 24/08 (tarde)
e 26/08 (manhã) para puérperas e gestantes, onde o grupo de estágio, juntamente com a
enfermeira residente Francine, fez uma palestra sobre a amamentação, dicas e como
enfrentar dificuldades que podem surgir, como fissuras no mamilo. Juntamente à palestra, foi
oferecido um lanche para as que compareceram.
Falando sobre este tema, vale lembrar que a OMS recomenda o aleitamento materno
exclusivo até os 6 meses e complementar até 2 anos de idade da criança, pois o aleitamento
diminui a mortalidade infan l, evita diarréias, diminui a chance de infecções, evita alergias e
proporciona melhor desenvolvimento da cavidade bucal. Além de todas estas vantagens, é
evidenciado que o vínculo afe vo entre mãe e filho é maior entre os pares em que ocorre o
aleitamento materno, devido o contato visual e liberação de hormônios relacionados à
produção de leite.7
Ademais, quando se fala de aleitamento, é importante explanar a respeito da pega
correta, que evita fissuras mamárias e facilita a re rada do leite pelo RN, e sobre o
ingurgitamento mamário e medidas para evitá-lo e resolvê-lo, sempre ressaltando medidas
que atrapalham, como deixar a água quente do banho cair sobre o seio.
-> Xô piolho!
No dia 06/09 fomos com a enfermeira Francine na EM Álvaro Luiz Angeloni, de ensino
fundamental I (1-5° ano) para falar para as crianças sobre um tema per nente nesta época
de calor: o piolho (Pediculus humanus). A pediculose é a infestação por estes pequenos
parasitas que habitam a cabeça e se alimentam de sangue. As crianças, em geral, conheciam
o inseto e inclusive já veram a infestação.

De maneira lúdica, explicamos o que o piolho é, o que faz e o que causa, além de
formas de evitá-lo por meio da lavagem diária da cabeça, evitar o compar lhamento de
bonés, gorros e toucas, manter distância dos colegas e pedir para os responsáveis olharem
todo os dias com pente fino em casa.
Por fim, levamos um cartaz do ciclo da vida do piolho, para as crianças entenderem a
diferença de lêndea e piolho e terem noção de quanto tempo leva para a infestação
acontecer e apresentar seu principal sintoma: a coceira.
-> Setembro amarelo e vermelho
Assim como agosto, setembro também possui algumas cores para lembrar a
população sobre temas. Além do verde, para relembrar a doação e transplante de órgãos e
tecidos, há o amarelo e o vermelho, que representam respec vamente a prevenção ao
suicidio e a saúde do coração. Foram desenvolvidas ações na unidade a respeito dos dois
temas, no entanto, não par cipamos da ação de setembro vermelho.
Para o setembro amarelo, foram realizadas salas de espera nos dias 20 e 23/09, onde
as enfermeiras falaram sobre a prevenção do suicidio, como procurar ajuda em serviços de
saúde e no CVV, medidas para manutenção da saúde mental. Foram distribuídas para todos
que estavam na recepção frases de apoio emocional e mo vação. A educadora sica realizou
um alongamento com os pacientes que esperavam e foi oferecido biscoito, refrigerante e
rosquinha de côco. Houve musicalidade e um momento de descontração.

-> Outubro Rosa e Noite preventiva


Por sua vez, outubro é celebrado anualmente por sua cor e por ser o mês da
conscien zação sobre a prevenção e o diagnós co precoce do câncer de mama e do colo de
útero. Na unidade, realizamos a decoração e elaboração de cartazes para disseminar o tema
e par cipamos da Noite Preven va, que é um dia em que a UBS abre de noite e a população
alvo da ação vai até ela para receber a vidades de prevenção e promoção da saúde; neste
caso, as açõe realizadas foram coletas de Papanicolau, testagem rápida para HIV e sífilis,
consulta médica e agendamento de mamografias.
-> Avaliação antropométrica (PSE)
O Programa Saúde na Escola (PSE) visa à integração e ar culação permanente da
educação e da saúde com vistas ao enfrentamento das vulnerabilidades que comprometem
o pleno desenvolvimento de crianças e jovens da rede pública de ensino; dentro das ações
visadas no PSE, estão as orientações gerais e avaliação sobre o estado nutricional (avaliação
antropométrica), a qual realizamos na escola juntamente à enfermeira residente Francine,
medindo a altura e o peso de todas as crianças.

-> Teatro sobre a dengue na escola


Ainda dentro do PSE, foi promovido um teatro pelos agentes de saúde e a equipe de
enfermagem para as crianças, explicando o que é dengue, como as larvas viram mosquito,
como evitar que os mosquitos procriem dentro de casa e, além disso, foi realizada uma
orientação para que as crianças peçam para os pais para não recusarem os agentes de saúde
em casa, pois as orientações deles são essenciais.
-> Banco de leite humano
Em um dos úl mos dias que es vemos na UBS, a unidade móvel do Banco de Leite
Humano passou por lá e vemos a oportunidade de receber uma ação de educação em
saúde pela enfermeira do BLH, que nos apresentou a unidade e explicou as atribuições da
unidade e o fluxo que o leite passa, desde a coleta em casa até chegar ao recém-nascido
necessitado que possui prescrição no hospital.
Uma informação interessante é que um pote de leite materno doado pode alimentar
até 10 recém-nascidos, por isso, incen var e explicar sobre a doação é ideal. Alguns pontos
que precisam ser destacados e observados quando se trata da doação de leite materno são:
o preparo do frasco para guardar o leite (frasco este, que é fornecido pelo BLH e entregue
esterilizado para estas mães), a higiene antes da coleta - u lização de touca, máscara e
higiene correta das mãos -, escolha de um local confortável, limpo e tranquilo, a técnica
correta para ordenha da mama para casos em que a doadora não possui a bomba de
extração, armazenamento correto do leite - que pode ser conservado em casa por até 15 dias
e no Banco de Leite, por até 6 meses -.
Além disso, não basta orientar apenas as doadoras mas explanar informações para a
sociedade pois há muito preconceito a respeito do recebimento do leite de outra mãe por
um recém-nascido; por esta causa, nós, profissionais da saúde, devemos divulgar sempre
oportunamente que todo leite recebido pelo BLH é analisado, pasteurizado e subme do a
um rigoroso controle de qualidade, passando por testes de microorganismos e sendo
liberado somente após aprovação do Ins tuto Adolfo Lutz, o laboratório de análises de
referência do ministério da saúde.

6. Gerente da unidade
Passei alguns dias acompanhando a gerente da unidade, que é enfermeira por
formação. Durante estes dias, foi possível observar um pouco da ro na da gerente e algumas
ações administra vas que ela tomou. Além disso, ve a oportunidade de par cipar de uma
reunião de gerência com a enfermagem, para buscar soluções em conjunto (brainstorming) a
respeito de um problema de recursos humanos.

7. Sala de vacina
Tive a oportunidade de ficar alguns dias na sala de vacinação de manhã e também
fiquei dois dias até o horário de fechamento (17h), o que me permi u ver a ro na de um dia
indireto na sala de vacina e entender pequenos aspectos que são únicos dela, como o
registro das vacinas nos diversos sistemas, a contabilização de doses ao final do dia, a
checagem da temperatura das geladeiras, a organização das fichas por idade, ordem
alfabé ca, mês e outras coisas. Um disparador para mim na sala de vacinação foi a vacina
contra pneumonia, que pode necessitar de prescrição médica e irei falar mais sobre ela logo
abaixo. Antes disso, vou registrar aqui o dia que minha irmã veio à unidade tomar as vacinas
de 15 meses e eu ve a oportunidade única de vaciná-la.

-> Vacina contra a pneumonia


Existem dois pos de vacina contra a pneumonia:
- PPSV23, que protege contra 23 soro pos mais frequentes da pneumococo
- PCV13, que protege contra 13 soro pos mais frequentes do pneumococo,
porém, apresenta maior poder de produzir an corpos.
É mais comum encontrar a PPSV23 disponível nos postos de saúde, devido ao seu
valor que é bem inferior ao da PCV13. Para conseguir tomar a vacina PPSV23 em unidades
básicas de saúde, o usuário pode ir até a unidade e solicitar, com apresentação de
laudo/prescrição médica; a UBS entrará em contato com o CRIE (Centro de Referência para
Imunobiológicos Especiais), que enviará a vacina para a unidade. Adultos conseguem,
geralmente, a prescrição para a vacina mediante as seguintes condições: uso de implante
coclear, anemia falciforme, imunodeficiência, infecção por HIV, leucemia, DPOC e outras.12
Referências u lizadas:
1. PINTO NETO, José Mar ns. SUS: a complexidade do setor de saúde no setor e a
aplicabilidade de seus princípios na prá ca profissional. 2018. 28-46 slides.
2. NAVARRO, Adriana; GUIMARÃES, Raphaella; GARANHANI, Mara. Trabalho em
equipe: o significado atribuído por profissionais da estratégia de saúde da família.
Londrina, 2012 Monografia (Pós-Graduação em Saúde Cole va e da Família) - UNIFIL.
Disponível em: h p://www.reme.org.br/ar go/detalhes/579. Acesso em: 10 ago.
2022.
3. MINISTÉRIO DA SAÚDE. O que é população-chave para o HIV?. Disponível em:
h p://www.aids.gov.br/pt-br/faq/o-que-e-populacao-chave-para-o-hiv. Acesso em:
11 ago. 2022.
4. Redução de danos: Saúde e cidadania. BVSMS. 2 p. Disponível em:
h ps://bvsms.saude.gov.br/bvs/folder/10006003202.pdf. Acesso em: 11 ago. 2022.
5. PCATOOL-BRASIL: versão adulto. In: MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manual do Instrumento
de Avaliação da Atenção Primária à Saúde: Primary Care Assessment. Brasília, f. 82,
2010. cap. 3, p. 33-48. Disponível
em:h ps://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_avaliacao_pcatool_brasil.pd
f. Acesso em: 15 ago. 2022.
6. UNITED NATIONS OFFICE ON DRUGS AND CRIME. Vulnerabilidade. UNODC.
Disponível em:
h ps://www.unodc.org/documents/lpo-brazil/Topics_drugs/Publicacoes/05_vulnera
b_imp.pdf. Acesso em: 15 ago. 2022.
7. RECOMENDAÇÕES de amamentação da OMS. Medela. Disponível em:
h ps://www.medela.com.br/empresa/acerca/recomendacoes-da-oms#reference.
Acesso em: 25 ago. 2022.
8. DISTRIBUIÇÃO da população total por áreas de abrangência e regiões de saúde, grupo
etário no município de São José do Rio Preto no ano de 2020, São José do Rio Preto,
2020. 1 p. Painel de Monitoramento. Disponível em:
h ps://saude.riopreto.sp.gov.br/transparencia/arqu/painmoni/2021/2populacaotota
l.pdf. Acesso em: 1 set. 2022.
9. DISTRIBUIÇÃO da População Total por Área de Abrangência, Regiões de Saúde, Sexo e
Grupo Etário no Município de São José do Rio Preto no ano de 2020, São José do Rio
Preto, 2020. 1 p. Painel de Monitoramento. Disponível em:
h ps://saude.riopreto.sp.gov.br/transparencia/arqu/painmoni/2021/1populacaomas
efem.pdf. Acesso em: 1 set. 2022.
10. MURAD, Ramiro. Espiroquetas prejudicam a saúde da boca e dos dentes. Simpa o.
São Paulo. Disponível em:
h ps://simpa o.com.br/espiroquetas/#:~:text=As%20espiroquetas%20s%C3%A3o%2
0um%20filo,que%20lembram%20bastante%20uma%20h%C3%A9lice.. Acesso em: 25
out. 2022.
11. SANTOS, Talita Batalha Pires dos et al. Reação de Jarisch-Herxheimer na sífilis
secundária: apresentação incomum. RBM rev. bras. med, Brasil, 2014. Disponível em:
h ps://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/lil-719960. Acesso em: 25 out. 2022.
12. SIENRA, Ramiro. Vacina para Pneumonia (an pneumocócica). Dr. Ramiro Sienra
Pneumologista. São José dos Campos, 2021. Disponível em:
h ps://drramiro.com.br/vacina-para-pneumonia-an pneumococica/. Acesso em: 26
out. 2022.

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