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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP


BACHARELADO EM ENFERMAGEM

ALDINA AIRES DOS SANTOS

PROCESSO DE CUIDAR EM SAÚDE E ENFERMAGEM DA


MULHER, CRIANÇA E ADOLESCENTE

PALMAS – TO
2022
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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP


BACHARELADO EM ENFERMAGEM

ALDINA AIRES DOS SANTOS

PROCESSO DE CUIDAR EM SAÚDE E ENFERMAGEM DA


MULHER, CRIANÇA E ADOLESCENTE

Trabalho de Conclusão da disciplina Projeto Técnico-


Científico Interdisciplinar da graduação de Enfermagem
apresentado a Universidade Paulista - UNIP.
Orientador (a): Professora Esp. Mayara da Costa
Azevedo.

PALMAS – TO
2022
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Sumário

1.0

TEMA GERAL.....................................................................................................4

2.0 DELIMITAÇÃO DO TEMA.............................................................................5

3.0 PROBLEMA DE PESQUISA.........................................................................6

4.0 OBJETIVO GERAL........................................................................................7

5.0 PBJETIVOS ESPECIFICOS..........................................................................8

6.0 METODOLOGIA.............................................................................................9

7.0 JUSTIFICATIVA...........................................................................................10

8.0 INTRODUÇÃO.............................................................................................11

8.1 INTRODUÇÃO.............................................................................................12

9.0 REVISÃO DA LITERATURA.......................................................................13

10.0 MATERIAIS DA LEITURA.........................................................................14

11.0 CRONOGRAMA.........................................................................................15
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TEMA GERAL:

No trabalho a seguir iremos nos aprofundar na temática: “Processo de


cuidar em saúde e enfermagem da mulher, criança e adolescente”.
Na área de saúde, todos têm suas funções dentro do âmbito hospitalar,
e a função do enfermeiro é realizada pela proteção de prevenção, reabilitação
e recuperação física do paciente.
O enfermeiro é a pessoa certa para desenvolver métodos voltados para
que seu paciente venha a ter melhora rápida.
Contudo, podemos afirmar que existem diversas áreas dentro de um
hospital, com diferentes tipos de pessoas: gênero, raça, cor e deficiências;
Cabe ao profissional da enfermagem estudar e ficar pronto para ajudar em
todas as áreas especificas.
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DELIMITAÇÃO DO TEMA

“A ASSISTÊNCIA DA ENFERMAGEM NA VIOLÊNCIA CONTRA A


MULHER”

Devido à abrangência do assunto, delimitou-se o escopo desta


investigação. Assim sendo, optou-se pelo estudo da temática: “A assistência da
enfermagem na violência contra a mulher”.
Tendo como objetivo apontar os deveres do profissional da enfermagem
em momentos tão difíceis e frágeis para o paciente que venha a ter esse
trágico momento em sua vida, iremos nos aprofundar nesse assunto
identificando problemas, causas e soluções.
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PROBLEMA DE PESQUISA

- Qual o papel do profissional da Enfermagem na vida de uma mulher que


sofreu agressão sexual?

Uma das manifestações mais cruéis feita contra um ser humano é a


agressão sexual. Um ato que vem desde os primórdios e segue acontecendo
contra homens, crianças, mas principalmente contra pessoas do sexo feminino,
as mulheres.
Tal ato que compromete a integridade da mulher, como sujeito, no físico,
emocionalmente, dentre outras maneiras que prejudica a mulher de se sentir
confortável com seu próprio gênero.
Quando uma paciente da entrada na área hospitalar com queixa ou
sintomas de agressão sexual, o procedimento deve ser mais intenso e ao
mesmo tempo feito com cautela, atenção e empatia.
A vitima de agressão sexual chega nas mãos da enfermagem com
medo, traumatizada, envergonhada e ela precisa de pessoas que a acolham, a
entenda, a respeite e cuide dela para que se sinta confortável e cabe aos
profissionais de enfermagem ter esse zelo e empatia nesse tipo de situação.
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OBJETIVO GERAL

 Inspecionar o tema abordado, identificando quando o fato começou a


acontecer, de que maneira, de que tipo, como esse ato vem
acontecendo até os dias atuais.

 Aprofundar no tema buscando questionamentos, temas abordados,


problemas, soluções, causas e tratamentos.

 Questionar métodos utilizados para solucionar meios que justifiquem tais


atitudes, métodos que a enfermagem possa utilizar para deixar a
paciente confortável, meios que sejam benéficos a todos.

 Buscar soluções de cuidar melhor desse tipo de paciente, melhores


tratamentos desde a entrada na área hospitalar, o tempo em que irá
permanecer no ambiente até o dia que terá alta para casa.

 Solucionar problemas e questões, tendo em consideração que a


paciente está totalmente fragilizada fisicamente e emocionalmente, ter
foco para que seu tempo de estadia hospitalar seja agradável e tenha
conforto para evitar que tenha mais traumas indesejados.

 Atender suas necessidades conforme solicitado e planejado.


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OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Compreender o que os estudiosos desta área compreendem dessa


temática para aperfeiçoamento do profissional da área da Enfermagem.

 Contribuir para que haja um entendimento melhor no assunto a respeito


ao atendimento da enfermagem a mulheres vitimas de violência sexual.

 Concentrar no cuidar acolhedor e humano, uma vez que assistir esse


grupo de mulheres envolve questões éticas e morais, contemplado com
atitudes empáticas, paciência e preocupação.

 Verificar os estudos e informações atualizados sobre a temática, visto


que é de extrema importância estar falando e nos familiarizando sobre o
assunto.
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METODOLOGIA

Esse trabalho se trata de um Projeto Técnico Cientifico, no modo de


pesquisa qualitativa, no qual foram utilizadas as bases de dados online: Google
acadêmico, BDENF (Banco de Dados em Enfermagem) e SciELO (Scientific
Eletronic Library Online).
De inicio, foi realizada uma busca sobre as palavras “Mulheres e
violência sexual”, na qual obtemos mais de 70 resultados.
Tendo como critério, matérias de conteúdo nacional que abordassem o
atendimento e o trabalho da equipe de enfermagem ao cuidar de mulheres que
sofreram agressão sexual, com títulos que obtinham palavras tais como:
enfermagem, cuidados a paciente de agressão sexual e qualidade de
atendimento.
Dentre as temáticas abordadas, destaca-se o papel da enfermagem na
assistência a mulher vitima de agressão.
Encontradas mais de 70 publicações ao todo com datas de dimensões
entre 2005 a 2020.
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JUSTIFICATIVA

O tema escolhido é de extrema importância na vida das mulheres e para


os profissionais da área da saúde, pois os mesmos precisam aprender, estudar
e estar prontos para atender pacientes que sofram desse tipo de problema em
particular, saber identificar, questionar e solucionar sem causar trauma na vida
do paciente é crucial.
De acordo com a Lei Maria da Penha, no Artigo nº7. Inc. 3 da lei 11.340
de 07 de Agosto de 2006: “III - a violência sexual, entendida como qualquer
conduta que a constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação
sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força;
que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua
sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a
force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação,
chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de
seus direitos sexuais e reprodutivos;”.
E de acordo com art. 2º da lei diz que, toda mulher, independentemente
de classe, raça, etnia, orientação sexual, renda, cultura, nível educacional,
idade e religião, goza dos direitos fundamentais inerentes à pessoa humana,
sendo-lhe asseguradas as oportunidades e facilidades para viver sem
violência, preservar sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral,
intelectual e social (BRASIL, 2006).
É possível a compreensão dos direitos da mulher e que apesar dos
esforços legais para a segurança da mulher, o contexto atual ainda não é o
desejado.
O Ministro da Saúde reuniu áreas responsáveis pela saúde e tem
incentivado a criação de oportunidades para capacitar os profissionais a
diagnosticar e solucionar casos de violência sexual.
Deste modo, o trabalho a seguir tem a função de investigar o papel dos
profissionais da enfermagem em relação ao atendimento na vida dessas
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vitimas, tendo como objetivo abordar o acolhimento, cuidado e relação de


valores.
Tornando como objetivo que leve aos profissionais da área a importância
de ter empatia, cuidado e manter a integridade de suas pacientes.
INTRODUÇÃO

Desde os Primórdios a violência sexual acontece, isso devido que a


mulher é criada para ser submissa ao homem, homens e mulheres sempre
estiveram em funções sociais opostas. Enquanto o homem trabalhava e trazia
o sustento, a mulher era responsável por cuidar da casa, filhos e dar prazer ao
marido. Desta forma, levando a grande maioria dos homens a pensar que são
seres superiores do que as mulheres e que de alguma forma tem poder sobre
elas.
Segundo o Código Penal brasileiro na Lei nº 12.015/2009 diz que:

“[...] Art. 213 - Constranger alguém, mediante violência ou grave


ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se
pratique outro ato libidinoso. Art. 215 - Ter conjunção carnal ou praticar outro
ato libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro meio que impeça ou
dificulte a livre manifestação de vontade da vítima [...]”

De acordo com o Ministério da Saúde, a violência sexual é definida


como uma ação realizada por uma pessoa com maior força física, força a ter
relações sexuais contra a vontade de outra pessoa. No Brasil é considerado
um sério caso de saúde publica, com isso, o Ministério da Saúde o atendimento
integral as vitima de agressão sexual para todo o tipo de serviços de saúde,
tendo como finalidade diminuir casos de gravidez indesejada por estupro e
doenças sexualmente transmissíveis.

Blay (2003.p.96) diz em seu estudo que:

“Para enfrentar esta cultura machista e patriarcal são necessárias


políticas públicas transversais que atuem modificando a discriminação e a
incompreensão de que os Direitos das Mulheres são Direitos Humanos [...]”.
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O grande problema em questão é que em tese parece funcionar


corretamente, porém, essa mesma vitima muitas das vezes não tem família
para socorrer e abrigar, não tem trabalho para se sustentar e até mesmo tem
filhos que dependem delas para sobreviver. O que o governo precisa fazer é
encontrar uma solução para ajudar essas mulheres a virar a pagina da vida
delas, ter um abrigo, um vale social por mês para ajudar com compras, um
meio que essas mulheres possam sobreviver com seus filhos longe do
marido/pessoa que realizou tal agressão.

Os danos causados pela violência sexual as mulheres é relatada por


Drezett (2003, p. 36) como sendo uma violação dos direitos humanos com
várias complicações, conforme citação abaixo:

“[...] é considerada grave violação de direitos humanos. As evidências


científicas mostram incidência elevada entre as mulheres, com impactos
severos para a saúde sexual e reprodutiva, as mulheres apresentam riscos de
traumas físicos, doenças sexualmente transmissíveis, infecção pelo HIV, e a
gravidez resultante do estupro, além disso, elas sofrem consequências
psicológicas devastadores, muitas vezes irreparáveis [...]”.

De acordo com a reportagem realizada pelo jornal Folha de São Paulo, o


aborto em caso de estupro é defendido por 87% dos Brasileiros. Tendo em
consideração de que o aborto previne crianças carentes, abandonadas,
passando fome, o abandono e principalmente a saúde mental da mãe/vítima de
estupro.
Tendo em consideração de que a violência sexual é a principal
responsável pelas mortes entre mulheres no mundo todo. É possível
contabilizar pelo menos 70% de relatos de agressões físicas e mais do que a
metade dessa quantidade confirmam que sofreram abuso e sofreram relação
contra sua vontade.
No disque denuncia (Disque 100), recebem mais de 50 casos de
denuncias de violência sexual por dia, um número bem alto a se considerar,
diverso mulheres passando por situações que ninguém deveria passar.
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REVISÃO DA LITERATURA

“A mulher, por ser alvo preferencial desse tipo de violência, tem


merecido a atenção por parte de profissionais, principalmente os de
enfermagem que, na sua trajetória prática e em qualquer ambiente de trabalho,
podem defrontar-se com essa situação, exigindo conhecimento específico e
habilidade para realizar esse cuidar como expressão humanizadora da
enfermagem, com poder transformador, que deve ser sentido e vivido por parte
de quem cuida e de quem é cuidado.” (MORAIS, ET AL .2010.p.156)

De acordo com Bedone ET AL (2007) diz que a saúde pública tem


alguns problemas e um deles é a violência sexual, diz que em organizações de
apoio as mulheres deveriam oferecer capacitação técnica e psicológica aos
funcionários da área da saúde que prezam assistência a mulheres que
precisam de ajuda. Acredita que apenas mulheres profissionais da enfermagem
devam atender pacientes que sofreram agressões sexuais, dessa forma não
terá discriminação e a paciente estará confortável com alguém do mesmo sexo
que possa a entender.

“[...] Cuidar de mulheres que sofreram agressão sexual não é tarefa fácil
e muitas vezes as pessoas que dão assistência também precisam de apoio
psicológico pelo impacto das histórias que têm que escutar. Portanto, as
pessoas responsáveis por estes cuidados devem ser criteriosamente
selecionada e só aquelas que voluntariamente se ofereçam para participar no
treinamento e mostrem aptidão devem fazer parte da equipe”. (FAÚNDES ET
AL, 2006.p.129).

Contudo, Hilga ET AL (2008) diz em seu artigo da utilização de um


protocolo, no qual diz que não difere a sexualidade do profissional da
enfermagem a realizar a assistência, desde que tenha obtido a capacitação
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correta, irá realizar seu trabalho com eficiência, sem discriminação, com
empatia e sem pré-julgamentos que possam prejudicar seu atendimento.

MATERIAIS DE LEITURA

1) BLAY, Eva Alterman. Violência contra a mulher e políticas públicas.


Estud. av., São Paulo, v. 17, n. 49, Dec. 2003 . Available from . access
on 16 Sept. 2011. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-40142003000300006
2) BRASIL. Lei Penal no Tempo. Disponível em: Acesso em: 19 de set.
2011.
3) BEDONE, Aloisio José; FAUNDES, Anibal. Atendimento integral às
mulheres vítimas de violência sexual: Centro de Assistência Integral à
Saúde da Mulher, Universidade Estadual de Campinas. Cad. Saúde
Pública, Rio de Janeiro, v. 23, n. 2, Feb. 2007 . Available from . access
on
4) DREZETT, Jefferson et al . Estudo da Adesão à Quimioprofilaxia
Antiretroviral para a Infecção por HIV em Mulheres Sexualmente
Vitimadas. Rev. Bras. Ginecol. Obstet., Rio de Janeiro, v. 21, n. 9, Oct.
1999 . Available from . access on 1
5) HIGA, Rosângela et al . Atendimento à mulher vítima de violência
sexual: protocolo de assistência de Enfermagem. Rev. esc. enferm.
USP, São Paulo, v. 42, n. 2, June 2008 . Available from . access on
6) COFEN - CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. COREN/GO.
Código de Ética dos profissionais de Enfermagem.Brasília (DF) 2000.
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CRONOGRAMA

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