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UNIVERSIDADE JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS

Instituto Superior Politécnico

DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM

CURSO DE LICENCIATURA EM ENFERMAGEM

FASCÍCULO
ENFERMAGEM
FUNDAMENTAL I

Docente:
Esp. Tania Felipe Reyes
Lic. Rosa Maria Potrille Moore

Huambo 2020
1º ANO
I SEMESTRE
Fundamentação da Disciplina

Enfermagem é uma profissão, que se distingue na educação do ensino superior pela atuação dos
recursos humanos em saúde, que essencialmente se definem em quatro dimensões principais: os
cuidados de enfermagem, a pessoa, a saúde e meio ambiente.
Ela atende às necessidades e mudanças na saúde, aplicando a lógica do processo de enfermagem
como um método científico da profissão, tendo em conta a promoção, valorização, tratamento,
prevenção da saúde para garantir o bem-estar físico, mental e social das pessoas. Ele também
utiliza processos de gestão educacional e de pesquisa para garantir a qualidade e optimização
dos serviços de enfermagem.
O Cuidados de Enfermagem ao indivíduo, à família e à comunidade saudável ou doente numa
relação de reciprocidade com o meio social, desenvolve-se tomando como base as necessidades
e sua satisfação através do processo de enfermagem.
Esta disciplina está centrada no objecto da profissão e atende aos requisitos actuais de ensino
para que os estudantes adquiram os conceitos básicos de cuidados de enfermagem que lhes
permitam realizar cuidados de enfermagem aos pacientes de forma holística.
Enfermagem Fundamental II, terá lugar no II Semestre, onde o aluno irá adquirir conhecimentos
e habilidades necessários para completar como um técnico de enfermagem no curso diurno. O
programa vai estudar elementos da medicina natural e tradicional e se atribuí um grande peso
para a comunidade de enfermagem.

OBJECTIVOS DA DISCIPLINA

1. Cuidar da saúde do indivíduo, família e comunidade através da aplicação do processo de


enfermagem com uma abordagem humanística da ciência e tecnologia de suas acções para a
realização da missão social da profissão em benefício da população.

2. Ajudar a elevar a qualidade dos serviços de saúde através da atuação profissional honesta,
responsável, criativa, compassiva, solidária, sensível, com elevado sentido de ética e com
independência no âmbito das suas competências, como expoente do humanismo.

3. Aplicar conhecimentos e habilidades na realização de seu trabalho e autocuidado no


desempenho das suas funções como membro da equipa de saúde, em tempo de desastres e
catástrofes.

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Objectivos instrutivos

1. Aplicar ao nível de estratégias de produção, métodos, técnicas e procedimentos de trabalho da


profissão em diferentes níveis de cuidados de saúde para satisfazer as necessidades básicas do
indivíduo, família e comunidade que se aplicam no âmbito das suas competências, com enfase
no sistema de saúde-doença e sua relação com o meio ambiente.

2. Identificar e relatar de forma adequada aos factores de risco associados a problemas de saúde,
através de um bom relacionamento profissional com indivíduos, famílias e comunidade e
membros da equipa de saúde, com base na comunicação adequada.

3. Proporcionar atenção integral aos indivíduos e grupos especiais (crianças, adolescentes,


adultos, idosos) saudáveis ou doentes, e à família, à comunidade e suas instituições por meio do
processo de enfermagem nas áreas que correspondem ao seu nível desenvolvimento profissional
com uma abordagem social epidemiológica e clínica em suas diferentes esferas de a cção,
juntamente com o resto da equipa de saúde e com participação activa da comunidade, também
em tempos de desastre e catástrofe.

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UNIDADE I
TEMA 1.1 PROFISSÃO DE ENFERMAGEM

DEFINIÇÃO DE ENFERMAGEM

A Enfermagem é uma profissão que, na área da saúde, tem como objectivo prestar cuidados ao
ser humano, são ou doente, ao longo do seu ciclo vital, e aos grupos sociais em que ele está
integrado, de forma que mantenham, melhorem e recuperem a saúde, ajudando-os a atingir a sua
máxima capacidade funcional tão rapidamente quanto possível.
É a profissão que ao tomar como base nas necessidades humanas e a importância de sua
satisfação, aplica nas suas ações os princípios da ciência biológica, química, física, social,
psicológica, médica e por sua vez fornece assistência integral para o homem saudável ou doente.
É uma profissão que se distingue do ensino superior de medicina para o desempenho de um
recurso em saúde, em particular: cuidados de enfermagem, a pessoa (família, comunidade), a
saúde e o ambiente.

 Atende às necessidades de saúde da família, indivíduo e comunidade, aplicando a lógica


do processo de cuidado de enfermagem como um método científico da profissão.

 Realiza ações de promoção, prevenção, tratamento e reabilitação para assegurar


processos físicos, mental e social utilizando os processos; docente, administrativo e de
pesquisa para garantir a qualidade e optimização dos serviços de enfermagem na busca
da excelência.

TIPOS DE ENFERMEIROS

Enfermeiros básicos: adquire até este momento, os elementos essenciais da profissão, bem
como as habilidades práticas para o cuidado da comunidade, garantindo a continuidade do
conhecimento dentro da profissão.

Técnico de enfermagem: adquiriu competência científica e técnica para cuidar e ajudar as


pessoas saudáveis ou doentes (crianças, adolescentes, grávidas, adultos e idosos). Também pode
intervir aos três níveis de atenção, realizando funções de assistência, docentes, administrativas e
de investigação, com uma forte atitude humanista, ética, de responsabilidade legal e com
conhecimento na área de biologias, psicologia e meio ambiente.

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Enfermeira licenciado: Um profissional que adquiriu competência científica e técnica para
cuidar e ajudar as pessoas saudáveis ou doentes (crianças, adolescentes grávidas, adultos e
idosos), família e comunidade, que desempenhem funções de prestação de cuidados diretos aos
pacientes, administrativas, de docência e investigação aos três níveis de cuidados de saúde e
habilidades teóricas e práticas com técnicas específicas e de alta complexidade no exercício da
profissão, com base no método científico de enfermagem no âmbito do desenvolvimento
científico e tecnológico da ciência.

FUNÇÕES:
Funções: assistencial, administrativa, docente e de investigação

ACTIVIDADES E TAREFAS DO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM


Técnico de enfermagem:
- Assistencial
- Administrativa
- Professor
- Investigador

Enfermeiro licenciado:
- Assistencial.
- Administrativa
- Professor
- Investigador

QUALIDADES PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM:


 Autodisciplina
 Benevolência
 Confiabilidade
 Disponibilidade
 Fidelidade
 Honestidade
 Honestidade
 Humanismo
 Internacionalismo
 Respeito
 Simpatia

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DIREITOS E DEVERES DO PESSOAL DE ENFERMAGEM:

Deveres:
 Conhecer os princípios do Sistema Nacional de Saúde e cumpri-los fielmente, assim
como as normas, métodos e procedimentos que regulam o exercício da sua actividade.
 Cumprir as regras disciplinares e princípios éticos.
 Conhecer, acatar e cumprir os deveres inerentes ao seu trabalho.
 Ser simpático, cortês, paciente e respeitoso com as pessoas que direta e indirectamente
se relacionam com a sua actividade.
 Usar o uniforme no local de seu trabalho.
 Orientar o indivíduo, família e membros da comunidade sobre a prestação de serviços
de saúde.
 No exercício das suas funções deve manter a discrição com os pacientes e famílias no
diagnóstico e prognóstico da doença dentro e fora da unidade e promover ou manter
boas relações humanas com os colegas e a população em geral.
 Manter-se em perfeito estado de saúde, pelo que deve fazer exames médicos periódicos.
 Chegar pontualmente ao trabalho.
 Substituir um colega de trabalho na sua ausência.
 Comunicar com antecedência, a quem de direito, a ausência ao trabalho e a respectiva
razão.
 Solicitar o nível superior, autorização para mudar de turno quando exista uma
necessidade.
 Observar as regras de conduta dentro do grupo dos trabalhadores na sua unidade, de
acordo com os princípios éticos e da moral.
 Evite conversar de assuntos, que não têm a ver com o exercício da função, dentro do
horário de trabalho.
 Contribuir para a manutenção e preservação do património social.
 Cuidar de instrumentos, equipamentos e materiais que são confiadas para a realizar o
seu trabalho, não os utilizados para outros fins.
 Cuidar a limpeza no local de trabalho.
 Cumprir as normas vigentes de biossegurança.
 Desenvolver atividades com fins educativos direcionadas para pacientes, familiares e
membros da comunidade.
 Cumprir com a educação formal.
 Auxiliar na formação dos alunos.
 Participar do processo docente educativo.
 Participar de reuniões e assembleias que se convoquem na unidade.

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 Cumprir os deveres correspondentes dentro do plano estabelecido no seu local de
trabalho para com a pátria.
 Cumprir e fazer cumprir as tarefas atribuídas pela chefia

Direitos:
 Ser tratado e respeitado como um trabalhador que cumpre e observa os princípios da
sociedade.
 Receber informações e orientações necessárias dos distintos níveis e do pessoal médico
a respeito do processo evolutivo dos pacientes e população que atende, e o trabalho a
desenvolver no seio da instituição ou centro de saúde onde trabalha.
 Receber benefícios das leis existentes.
 Receber o vestuário e calçado, conforme estabelecido pela instituição onde trabalha
 Conhecer o aviso prévio, vindo da chefia, a nível das mudanças relacionadas com
trabalho.
 Expor problemas ou fazer sugestões relacionadas com o trabalho, a nível superior.
 Ser informado pela equipe médica sobre o processo evolutivo dos pacientes sob seus
cuidados.
 Ser promovido para outros cargos de acordo com os requisitos e a metodologias
estabelecidas.
 Ter de um dia de descanso por semana e 15 dias de férias duas vezes por ano,
conhecendo esses períodos com antecedência.
 Obter as aptidões que ajudem a desenvolver as habilidades e motivação para trabalhar.
 Receber assessoria e avaliação periódica pela hierarquia respectiva.
 Prosseguir nos estudos segundo o nível atingido, habilidades demonstradas, atitude
perante o trabalho e as competências gerais.
 Exigir as condições requeridas de protecção e saúde no trabalho.
 Realizar ou participar como um membro da equipa de saúde em atividades de
investigação.
 Desenvolver e participar em projectos de investigação, ou inovações que contribuem
para o desenvolvimento das actividades em saúde.
 Ser membro da Ordem dos Enfermeiros do país e cumprir aos requisitos estabelecidos.
 Ser um membro do Sindicato dos Trabalhadores na Saúde.
 Seja fiel e verdadeira, não fazer mal e fazer o bem.
 Praticar o humanismo, a abnegação, a solidariedade e o internacionalismo.

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PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ENFERMAGEM

Os princípios básicos de Enfermagem fundamentam-se principalmente, no próprio


conhecimento científico e de outras ciências (anatomia, fisiologia, microbiologia, bioquímica,
física, etc.)

Princípios científicos que estão presentes em todas as acções de enfermagem

1 - Ajudar o paciente a manter a sua personalidade. Os enfermeiros devem tratar o paciente com
respeito, chamando-o pelo nome, podem ajudar os pacientes a manter os seus hábitos de higiene
orais, o seu porte e aspecto pessoal, ouvir as suas opiniões, manter a sua privacidade, a sua
cultura, a sua crença, etc.

2 - Ajudar o paciente a manter a sua saúde. Este princípio fundamenta a administração de


medicação para o paciente certo, na hora certa, a via e a dose (quantidade) certa, assim como o
cumprimento de qualquer indicação médica, tendo em conta os princípios de assépsia e
antissépsia.

3 - Proteger o paciente de uma lesão, dos agentes externos ou doenças: aplicando em todos os
procedimentos de enfermagem os princípios de assépsia e antissépsia, o enfermeiro deve manter
as unhas cortadas, o cabelo curto e / ou apanhado, cuidar a higiene pessoal, cumprir as normas
higiene e epidemiologia de acordo com o lugar onde estamos.

4 - Ajudar o paciente a se incorporar na sociedade: é da responsabilidade do enfermeiro fazer


educação para a saúde ao paciente a partir do ponto de vista da sua saúde, ensinar a viver com
sua doença se esta for crónica, prepará-lo psicologicamente para o seu retorno à família.

PRINCÍPIOS ÉTICOS
A ética é um código moral de conduta, inclui qualidades morais do enfermeiro e regras de
conduta, especialmente relacionados com o cuidado dos pacientes e seus familiares, com os
trabalhadores do sector da saúde e sociedade, que será baseada nos seguintes princípios éticos:
1 - Em relação ao paciente e seus familiares
2 - Manter o segredo profissional.
3 - Relações com outros profissionais de saúde.
4 - Nas relações entre professores e estudantes.

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O Conselho Internacional de Enfermagem estabeleceu o código de ética, que aponta a
responsabilidade do enfermeiro em relação à prática da profissão, às pessoas, à sociedade, aos
funcionários e à equipa de saúde. O código não estabelece discriminação baseada na
nacionalidade, raça, credo, cor, idade, sexo, classes políticas ou sociais.

Enfermagem e população: O enfermeiro é responsável pelas populações que necessitam de


cuidados de enfermagem, deve criar um ambiente que respeite os valores, costumes e crenças
religiosas de cada um. Considera confidencial a informação pessoal e dá-a a conhecer à equipa
de forma judiciosa.

Enfermagem e Sociedade : o enfermeiro partilha com os outros cidadãos a responsabilidade de


iniciar e apoiar actividades voltadas para atender às necessidades sociais e de saúde da
população.

Enfermagem e Prática Profissional. O enfermeiro é pessoalmente responsável da prática de


enfermagem e de manter a sua capacidade para o estudo continuado. Está em conformidade com
os mais elevados padrões de cuidados de enfermagem, tendo em conta a capacidade do
indivíduo de aceitar e delegar responsabilidades. Exercer as suas funções em conformidade com
as normas de conduta pessoal que conferem a boa reputação da profissão.

Enfermagem e colaboradores . O enfermeiro trabalha com os outros elementos da equipa de


saúde, tomando decisões correctas para proteger o sujeito quando um colaborador ou outra
pessoa põe em risco o atendimento prestado.

Enfermagem e profissão. O enfermeiro é responsável principalmente por definir e executar


padrões desejáveis da prática de enfermagem e educação, participa activamente na criação de
um núcleo de conhecimentos profissionais com base na investigação.

ASPETOS LEGAIS
Nos serviços de saúde desenvolve-se muitas actividades que são controlados por leis existentes
e na prática de enfermagem surgem problemas de índole jurídica, às vezes e para diferentes
situações, os princípios não são cumpridos, nem se respeitam as pessoa, não se prevêem os
riscos, más práticas e negligência, e, portanto, os enfermeiros devem ser responsáveis pelas
consequências legais e éticas das suas acções.

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Qualquer situação ou actividade realizada pela equipa de enfermagem e causar uma queixa, dará
lugar a uma actuação legal, entre as quais podemos citar:
 Incidentes cirúrgicos (contagem incorreta do materiais descartáveis ou instrumentos na
sala de operação)
 Administração de medicamentos por via oral ou parentérica (erro no nome do
medicamento, dose, ou não administração do mesmo).
 Risco de confusão no uso de técnicas assépticas.
 Abuso de palavras.
 Violação das regras

O direito e dever fundamental de toda a profissão é ser responsável perante o serviço


pretende oferecer. A responsabilidade é um conceito presente em enfermagem desde a sua
criação. Perante o paciente que lhe está atribuído, a obrigação do enfermeiro é: ser responsável,
ter a capacidade para explicar o seu comportamento e os resultados na sua actividade
profissional e agir com diligência na vida social.

Não existe responsabilidade sem culpabilidade ; toda a conduta humana que contradiz uma
ordem jurídica, ou seja, que viola um mandato ou uma proibição do Direito é ilícita e as pessoas
declaradas culpadas são responsáveis e por isso sancionadas; o ordenamento jurídico protege e
regula as relações entre o profissional e o paciente, relação jurídica que pressupõe direitos e
obrigações.

Existem várias proibições, entre as quais citamos:

 O uso da farda para áreas restritas, noutras áreas


 Fumar em áreas proibidas
 Permitir que na área de trabalho se converse em tom alto, incomodando os pacientes
 Danificar os bens do local de trabalho
 Utilizar inadequadamente os equipamentos, os instrumentos e materiais postos a nossa
disposição.

VISÃO DE ENFERMAGEM NO MUNDO
A visão actual da Enfermagem é fazer com que:
 Os enfermeiros busquem uma constante mudança e cresçam nas diversas etapas do
desenvolvimento profissional através de experiências educativas e educacionais, das
crenças, dos conhecimentos e habilidades, que integrem as normas legais e morais, de
modo que o trabalho profissional se caracterize pela competência e compromisso e fomente

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o desenvolvimento de uma personalidade profissional enquadrada no desenvolvimento
científico e técnico do actual momento histórico-cultural.

 Que tenha uma domínio da concepção científica no exercício do seu trabalho, mediante
uma base filosófica, científica e metodológico para uma prática social transformadora,
voltada para a melhoria da qualidade de vida das pessoas com um sistema de habilidades
intelectuais e valores de personalidade como cidadão e profissional

MISSÃO DA ENFERMAGEM NO MUNDO


 Contribuir para um estado óptimo de saúde do indivíduo, família, comunidade e, assegurar
cuidados oportunos, abrangentes e personalizados, humanizados, contínuos e eficientes,
através do uso racional dos recursos humanos e tecnológicos num clima organizacional
propício de acordo com os padrões definidos para uma prática profissional competente e
responsável.

FILOSOFIA DA ENFERMAGEM

Filosofia é ciência constituída pela lógica, estética, ética, ontologia e epistemologia que
investiga as causas e leis que sondam a natureza das coisas, com base em raciocínio lógico, é
também uma ciência que aborda questões como o conhecimento, o sistema de valores e
consciência de que as pessoas têm. E guia-nos a desenvolver os nossos conhecimentos.

A Filosofia da Enfermagem engloba o sistema de crenças e valores da profissão, determinando


a forma como pensamos sobre os fenómenos e em grande parte como eles agem, constituindo
um aspecto importante da prática profissional, os grupos de crenças que regem a conduta de
cada pessoa: "Para alcançar um estado óptimo de saúde do indivíduo, família e comunidade",
dando atendimento integral e personalizado livre de risco.

O PROCESSO DE ENFERMAGEM é baseado no raciocínio lógico e no método científico,


regido por um código de ética, que trata da saúde dos seres humanos, da evolução e a prática da
teoria.

É o método científico de desempenho com um plano de trabalho diário no decorrer da prática


clínica baseada em capacidades cognitivas e habilidades interpessoais, a fim de atender às
necessidades dos indivíduos, das famílias e do ambiente.

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As 3 áreas da filosofia que se relacionam com o Processo de Enfermagem são:

O Conhecimento: Com base em raciocínio lógico e do método científico.

Os Valores: estão regidos por um código de ética, próprio.

A Existência: ocupa-se do enfermeiro e da pessoa como seres humanos e a avaliação da teoria


baseada em prática.

VIAS DE SUPERAÇÃO PROFISSIONAL

Cursos Pós – Básicos


Licenciatura em Enfermagem
Mestrados
Especialidade
Doutoramento

INVESTIGAÇÃO EM ENFERMAGEM

A Investigação é um método sistematizado para obter conhecimentos válidos e confiáveis sobre


uma realidade empírica.

A Investigação determina o progresso da ciência mais confiável e serve como um apoio à


investigação concebido com o objectivo de promover as relações familiares, controlar os
factores responsáveis pela deficiência e promover as práticas de cuidados de saúde.

A Investigação é o tipo de análise mais confiável, nenhuma profissão pode melhorar a sua
prática sem Investigação. Na Enfermagem surgem constantemente problemas que necessitam de
ser investigados e de melhorar os métodos utilizados para garantir a eficácia nos Cuidados de
Enfermagem.

Podemos resumir que a Investigação em Enfermagem tem permitido o desenvolvimento desta


ciência, aumentado o conhecimento científico dos enfermeiros, a sua aplicação em diversas
áreas: desde da origem, na definição de enfermagem como profissão e ciência, em criação de
teorias e modelos, na aplicação ao ensino e clínica, na solução de problemas em diferentes
especialidades.

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LINHAS DE INVESTIGAÇÃO EM SAÚDE

As linhas de pesquisa são dadas pelos problemas que podem ocorrer nas instituições de saúde e
precisam ser investigados para sua melhoria e solução.
1. Enfermagem em Cuidados de Saúde Primários.
2. Principais doenças do sistema respiratório.
3. Doenças do sistema digestivo principal.
4. Principais doenças do sistema urinário.
5. Principais doenças do sistema cardiovascular.
6. Afecções de oncologia.
7. Principais Doenças do sistema hematopoiético.
8. Principais doenças infecciosas (AIDS, sífilis, gonorreia, condiloma acuminado).
9. Principais problemas dermatológicos.
10. Assistência de Enfermagem em pacientes cirúrgicos.
11. Assistência de Enfermagem em pacientes queimados.

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Consiste na leitura e análise de um tema científica previamente estudado, a fim de actualizá-lo.

Partes que a compõe:


 Capa
 Sumário
 Introdução
 Desenvolvimento
 Conclusões
 Bibliografia
Estilos:
Tema livre
Mesa Redonda
Poster
Requisitos:
Deve ser pelo menos 12 páginas, incluindo gráficos.
O número de bibliografias não deve ser inferior a 25 nem superior a 50, actualizada e acotada
pelas normas em vigor na instituição de ensino.
O número de autores não deve exceder 4 pessoas.

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PROBLEMAS PROFISSIONAIS

Os problemas profissionais em enfermagem devem resolvidos pelos pós-graduados e por isso


se distinguem dos outros profissionais de enfermagem. São aquelas situações que s urgem na
prática profissional, no seu ambiente de trabalho e que licenciado em Enfermagem pode
resolver porque é capaz (a) e legalmente autorizado (a) para fazê-lo, correspondem inteiramente
à sua área de competência e reafirmar sua autonomia profissional.

Os problemas profissionais de enfermagem proporcionaram uma estrutura própria e o


crescimento potencial de conhecimentos desta ciência, que podem estar associado ao
desenvolvimento tecnológico actual e identificação de problemas na prestação de cuidado e de
soluções criativas que tenham um sucesso imediato em termos qualidade e permitirá a utilização
do método de investigação científica.

PROBLEMAS DE ENFERMAGEM MAIS COMUNS:

1. Alteração na satisfação das necessidades da pessoa saudável ou doente.


2. Alteração no atendimento das necessidades das famílias, dos grupos e / ou comunidades.
3. Respostas clínicas frente a ações de diagnóstico e terapêutica de natureza diferente.
4. Dificuldade para estabelecer a comunicação.
5. Riscos e alterações higiénicas - epidemiológicas e outras no ambiente.
6. Insatisfação das necessidades educativas individuais e colectivas.
7. Situações problemáticas no objecto de trabalho que se ligam aos problemas científicos da
profissão e áreas afins.
8. Requerimentos administrativos de enfermagem nos serviços de saúde.

ESTUDO INDEPENDENTE

Regulamentos da carreira de enfermagem e pacientes em Angola


A enfermagem no sistema nacional de saúde em Angola

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TEMA 1.2 - ENFERMAGEM COMO CIÊNCIA

Enfermagem como uma ciência - “O enfermeiro deve possuir uma visão científica da sua
profissão e sua formação humanista de respeito e amor às pessoas, que deve caracterizar o seu
agir com ética”

A Enfermagem, como qualquer disciplina é composta pelos seus próprios conceitos


científicos, estes são desenvolvidos a partir da investigação científica, mas muitos dos seus
fundamentos teóricos são extraídos de outras ciências.

Todas as disciplinas científicas têm um marco teórico que é aquele que fornece o status de
disciplina científica independente.

Macro teórico ou conceptual: é o conjunto de conceitos básicos e teorias da disciplina que são
relevantes para a sua compreensão.

Enfermagem como uma ciência prática humana é um conjunto organizado de conhecimentos


abstratos, apoiada pela investigação científica e análise lógica.
Tem teorias e modelos que fornecem o arcabouço teórico, para aperfeiçoar a sua prática diária.

MODELOS: é a representação simbólica ou conceptual da realidade. A ciência usa-os para a


partir deles desenvolver explicações daquilo que não é facilmente observável.

Um modelo de qualquer profissão é uma forma clara e explícita de conceber o serviço que
oferece à sociedade.

Um modelo de enfermagem deve atender a três condições essenciais para ser considerado e
adoptado por um grupo profissional:

1.- Deve ser escrito de uma forma sistemática


2.- Deve ser fundamentado, isto é baseado em teorias científicas
3.- Deve ser adaptável à prática da profissão em qualquer situação e campo de atuação.

O modelo serve como um guia para a formação dos futuros profissionais. A prática, a
investigação em enfermagem e os modelos atuam como hipóteses proposta para ser levada ao
campo da investigação para ser aprovadas até atingir a condição de Teoria de Enfermagem.

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TEORIAS: representa para a ciência um nível mais profundo do que o modelo. O conjunto de
propostas construídas sistematicamente, utilizadas para descrever, predizer, explicar, entender,
controlar parte empírica do mundo. Para um conjunto de propostas hipotético terem o estatuto
de teoria, têm de ser testadas no campo da investigação e terem sido comprovadas um número
suficiente de vezes.

O que é científico procura uma teoria: definições, explicações e previsões, estas três
categorias são os objetivos da teoria. Os elementos ou componentes da teoria são os conceitos,
enunciados teóricos, definições, ligações, ordenações de conceitos e definições de termos
primitivos e derivados, ordenação de enunciados e ligações com premissas e equações.

ESCOLAS

Há muitos enfermeiros que a partir de bases filosóficas e científicas de quatro conceitos para a
enfermagem: o cuidar, as pessoas, a saúde e o meio ambiente, enunciaram teorias de
enfermagem, que foram classificados em seis escolas.

1 - Escola das necessidades.


2 - Escola da interacção.
3 - Escola de efeitos desejáveis.
4 - Promoção da saúde escolar.
5 - Escola do ser unitário.
6 - Escola do cuidar.

Cada uma dessas escolas tem a sua representação simbólica ou conceptual (modelo), enfatiza os
diferentes elementos segundo a época e as condições sociopolíticas em que surgem, a qual se
explicou na definição dada anteriormente, tenta explicar como funciona a enfermagem numa
abordagem científica e utilizando os conceitos essenciais para esta profissão: cuidado, pessoa,
saúde e ambiente.

ESCOLA DAS NECESSIDADES


Que fazem as enfermeiras?

O Cuidar está centrado na independência do indivíduo para satisfazer suas necessidades


básicas, ou na sua capacidade para realizar autocuidado.
Os Cuidados de Enfermagem visam ajudar as pessoas a superar as próprias limitações.

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ESCOLA DA INTERACÇÃO
Como fazem os enfermeiros, o que eles estão a fazer?

O Cuidar é um processo interactivo entre a pessoa que precisa de ajuda e outra que lhe pode
oferecer ajuda. Com o fim de ajudar a enfermeira deve considerar seus próprios valores e
empenhar-se na assistência e acção humanitária e não mecânica.

ESCOLA DOS EFEITOS DESEJADOS


Porque é que os enfermeiros fazem o que fazem?

Os adeptos desta escola inspiram-se nas teorias de adaptação e de sistemas, considerando que os
cuidados consistem em restabelecer o equilíbrio, a homeostasia, ou em preservar a energia.

ESCOLA DA PROMOÇÃO DA SAÚDE


Que fazem os enfermeiros? A quem são dirigidos os cuidados?

O foco de atendimento é estendido para a família que aprende com suas próprias experiências
de saúde. A sua Base é na filosofia de saúde primária e teoria da aprendizagem social.

ESCOLA DO SER HUMANO UNITÁRIO.


A quem são dirigidos os cuidados?

Tem a visão da pessoa e dos cuidados que procedem de obras filosóficas, de teorias da física e
da teoria geral dos sistemas. (Holismo).

ESCOLA DO CUIDAR
Como os enfermeiros fazem o que fazem?

Os enfermeiros podem melhorar a qualidade dos cuidados às pessoas se se abrirem para


dimensões tais como a espiritualidade e a cultura e integrar os conhecimentos relacionado com
estas dimensões.

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ALGUNS MODELOS E TEORIAS

Teoria Moderna

Florence Nightingale - nasceu a 12 de Maio de 1820 na Itália; seus pais eram ingleses. Viajou
por hospitais da Inglaterra, da França, Alemanha e Egipto, que lhe permitiu estudar e adquirir
experiências práticas. Em 1853 regressou ao seu país, fundou a instituição de Senhoras para o
Cuidado de Enfermagem.
A sua teoria centrou-se no meio ambiente

Virgínia Henderson – esta teórica indica 14 necessidades básicas do paciente, que integram os
componentes dos cuidados de Enfermagem. Encara a saúde como independente, do ponto de
vista de habilidade do paciente, quando este não precisa de nenhum dos 14 componentes dos
cuidados de Enfermagem.

Teoria do défice de autocuidado

Dorothea E. Orem
Prevê que pessoas estão sujeitas às limitações de saúde, que os incapacita para o autocuidado
contínuo ou fazer que o autocuidado seja ineficaz ou incompleto e ao existir este o enfermeiro
se torna em agente de autocuidado.

Teoria da resposta profissional disciplinada

Ida Jean Orlando


A sua teoria centra-se na interacção entre paciente e o enfermeiro, diz que ambos são afectados
pelo que o outro diz e faz.

PROCESSO DE ENFERMAGEM

Processo de enfermagem é o método pelo qual se aplica a base teórica do exercício da


especialidade, serve de guia para o trabalho prático, permite organizar pensamentos,
observações e interpretações, proporciona as bases para a Investigação: contribui para a
promoção, para a prevenção e manutenção e recuperação da saúde do indivíduo, da família e da
comunidade. Exige do enfermeiro capacidades técnicas, cognitivas e pessoais para cobrir as
necessidades afectadas e permite sintetizar conhecimento

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Avaliação

Intervenção

Valoração
Diagnóstico de
Enfermagem

Plano de Cuidados

Resposta Humana

ESQUEMA GERAL DO PROCESSO DE ENFERMAGEM

ESTUDO INDEPENDENTE
Teorias de Enfermagem
Bibliografia
Fundamentos de Enfermaria Parte I, Nilda L. Bello, págs: 56 a 82

TEMA 1.3 FAMÍLIA E COMUNIDADE

ECOLOGIA

A Ecologia é a ciência que estuda as interacções entre os organismos e seu ambiente, ou seja, é
o estudo científico da distribuição e abundância dos seres vivos e das interacções que
determinam a sua distribuição. As interacções podem ser entre seres vivos e/ou com o meio
ambiente

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MEIO AMBIENTE

Ambiente é o conjunto de elementos abióticos (energia solar, água, solo e ar) e bióticos
(organismos vivos) que compõem a fina camada da Terra chamada subsistência da Biosfera e o
lar dos seres vivos.
O ambiente físico inclui radiação de luz e calor ou solar, humidade, vento, oxigénio, dióxido de
carbono e nutrientes do solo, água e atmosfera.
O ambiente biológico é formado por organismos vivos, principalmente plantas e animais

Ecologia humana é o estudo da relação entre seres humanos e seu meio ambiente. Os
ecologistas humanos investigando como as pessoas adaptam suas características genéticas,
fisiológicas, culturais e comportamentais ao ambiente físico e social.

O homem como um ser biossocial, como um organismo vivo cresceu e se desenvolveu sob a
influência e as leis sociais da época e da sociedade em que vivem, todos os factores que o
rodeiam e o influenciam de uma forma positiva ou negativa podem determinar o seu estado de
saúde

O meio mais próximo ao homem e o que mais directamente o influencia é a família, seguida
da comunidade e da sociedade

CONCEITO DE FAMÍLIA

A Família é definida como a célula da sociedade, uma forma importante de organização da


vida diária pessoal, fundada na união matrimonial e nos laços de parentesco e nas relações
multilaterais entre marido e mulher, entre pais e filhos e famílias em geral.

Grupo constituído por pais e filhos, vivendo juntos ou não, e num sentido mais amplo estende-
se a todos aqueles que estão relacionados por consanguinidade ou afinidade.

Grupo de pessoas que partilham laços de convivência, consanguinidade, parentesco e afecto,


e que está condicionado por valores culturais onde se desenvolve.

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CLASSIFICAÇÃO

A família é classificada de acordo com os seguintes critérios:


 Dependendo do seu tamanho.
 Dependendo do número de gerações.
 De acordo com a ontogénese da família.

1.Segundo o seu tamanho:


 Pequenas (2 a 3 membros)
 Médio (4 a 6 membros)
 Grandes (7 e mais membros)

2. Dependendo do número de gerações:

 Unigeracional (1 única geração)


 Bigeracional (2 gerações)
 Trigeracional (3 gerações)
 Multigeracional (mais de 3 gerações)

3. De acordo com a ontogénese da família:

 Família nuclear.
 Família extensa.
 Família alargada.

Família nuclear é composta de um casal com ou sem filhos, ou um dos membros do casal e sua
prole. Inclui crianças sem pais em casa, os filhos de casamentos anteriores e ou de adopção

Família extensa: descendente do mesmo tronco familiar, independentemente do número de


gerações e é composta por um casal com filhos, onde pelo menos um deles, vive debaixo do
mesmo tecto, com o seu parceiro, com ou sem filhos.

Família alargada: Quando à família nuclear se integram outros parentes não descendentes do
mesmo tronco geracional. Podemos considerar outros casos que, mesmo sem laços de sangue e
de parentesco entre eles, existem laços de convivência e afinidade

21
COMUNIDADE

Deriva do latim communis, que significa comum ou público.


O seu conceito pode referir-se a um sistema de relações psicossociais, um grupo humano ou
área geográfica, mas sentido geral diferem no ênfase que se coloca no elemento estrutural, nos
elementos funcionais e aqueles que reflectem os dois tipos de elementos.

Tipos de Comunidade

 Comunidades emocionais.

 Comunidades estruturais.

 Comunidades funcionais.

 Outros tipos de comunidades.

Comunidades emocionais
Comunidade raiz, considera o lugar do qual se é natural, onde têm raízes.
Comunidades de interesses comuns, é baseada num conjunto de interesses ou necessidades
comuns a várias pessoas que se assemelham entre si, pelo menos na área de interesse especial.
Exemplo: Trabalhadores da construção civil.

Comunidades estruturais:
Grupos de risco ou agregados: grupos de pessoas que partilham uma ou mais características
pessoais ou ambientais, por exemplo, asmáticos, pessoas que vivem perto de uma fábrica
expostos a contaminação.
Comunidades face a face: a comunidade primária consiste em grupos como a família, vizinhos,
a paróquia e outros grupos coesos, relativamente pequenos.
Problemas ambientais da Comunidade: os limites desta comunidade incluem as áreas
geográficas afectadas por problemas ambientais.
Comunidade geopolítica: são as unidades de jurisdição política que possuem as fronteiras
geográficas e legais, bem definidas. Por exemplo, cidades, aldeias, províncias.
Organizações: incluindo os departamentos de saúde, hospitais, igrejas e outras organizações
têm uma estrutura que une os seus membros entre si e certo grau de poder para regular as
atividades realizadas pelos seus membros.

22
Comunidade soluções: comunidade com limites dentro dos quais se pode definir um problema,
tratá-lo e resolvê-lo.

Comunidades funcionais
Comunidades funcionais partem da crença dos seus membros que comunidade é qualquer
sentido de bem comum local que se pode ajudar a chegar os cidadãos.

Comunidade de necessidades identificáveis - é baseada num problema comum. Por exemplo,


as mulheres que desejam ficar grávidas
Comunidade de massa crítica: há suficientes recursos e material, ou o que se necessita para
fazer algo sobre um problema, necessidade, ou situação.

FAMÍLIA COMO SISTEMA

Um sistema é um conjunto de elementos em interacção dinâmica, onde cada um tem uma


função em relação ao todo, mas esta não é redutível às suas partes pois a sua função é mais do
que uma simples soma deles.

A família com seus princípios e regulamentos pelos quais se regem na sociedade é analisada
como um conjunto de indivíduos que interagem, com um propósito, num ambiente determinado.

Os membros, da família, encontram-se numa dinâmica de interacção particular, constituem


sistemas individualizados com objectivos e motivações próprias que divergem dos objectivos do
grupo.

A família é um subsistema do sistema social, pois contribui para a formação e


desenvolvimento da sociedade, assim como a sociedade é uma fonte de desenvolvimento para a
família e seus membros.

FAMILIOGRAMA - TRAÇADO DA ESTRUTURA FAMILIAR.


- As linhas contínuas representam as relações legalmente estabelecidas por lei.
-As linhas descontinuas representam o relacionamento que não está legalmente formalizado.,
Incluindo o equivalente de um casal.
- Acima da barra pode-se colocar a data de casamento ou divórcio, conforme o caso.

23
-Em caso de novo casamento, a relação actual deve ficar à direita ou esquerda segundo seja
masculino ou feminino.
-O membro ausente é colocado com linhas tracejadas e dentro de uma cruz

Registo das informações da família


 O gráfico é colocado dentro de informações demográficas, data de nascimento, de
morte.
 Coloca-se, fora do gráfico, as informações de saúde dos membros da família.
X
Nasceu = 1944
Faleceu = 2001
Sinalização das relações familiares.

24
- Representa-se o tipo de relacionamento entre os membros da família sempre que não seja
normal.

CICLO DE VIDA FAMILIAR OU CICLO VITAL FAMILIAR

É o processo que cada família atravessa a partir da união do casal para uma vida em comum até
à sua morte.
Este é um processo de desenvolvimento no qual a família amadurece e cresce entre as
constantes exigências a que obrigam os acontecimentos da vida, a organização e estrutura
familiar.

FUNÇÕES NA FAMÍLIA
 Função biossocial ou reprodutiva
 Função económica
 Função educativo cultural
 Função afectiva

 Satisfazer as necessidades emocionais de seus membros.


 Partilhar colectivamente os deveres e direitos inerentes a ela.
 Atender às necessidades económicas dos seus membros
 Reproduzir os seus membros para a conservação da espécie.

25
Educar os seus filhos nos valores: o amor à sua própria família, ao estudo, à nação e aos seus
símbolos e ao trabalho; nas normas de convivência, administração e cuidado dos bens, na moral
e no respeito.

ESTUDO INDEPENDENTE
 Impacto da doença na família em Angola
 Promoção da saúde da família em Angola

BIBLIOGRAFIA UTILIZADA
 Fundamentos de Enfermaria. p. 109-125
 Página Enfermagem Sociais e da Família. 56-57
 Introdução à Saúde Pública. Página 15

-------------------------------

IMUNIZAÇÃO
É a estimulação dos mecanismos de defesa do organismo susceptível, através da introdução de
um microrganismo vivo atenuado, microrganismos morto ou os seus produtos.

VACINAÇÃO
Administração de microrganismos, ou uma parte deles, ou um derivativo (antigene imunizante),
com o objectivo de produzir uma resposta imune semelhante à infecção natural, mas sem perigo
para o vacinado. É com base na resposta do sistema imunológico e memória imunológica.

ESTUDO INDEPENDENTE
 Grupos de risco em Angola
 Esquema de vacina em Angola

26
As vacinas são o meio mais eficaz e seguro de protecção contra certas doenças. Mesmo quando
a imunidade não é total, quem está vacinado tem maior capacidade de resistência na
eventualidade da doença surgir.
Não basta vacinar-se uma vez para ficar devidamente protegido. Em geral, é preciso receber
várias doses da mesma vacina para que esta seja eficaz. Outras vezes é também necessário fazer
doses de reforço, nalguns casos ao longo de toda a vida.
A vacinação, além da protecção pessoal, traz também benefícios para toda a comunidade,
pois quando a maior parte da população está vacinada interrompe-se a transmissão da doença.

O que é o Programa Nacional de Vacinação (PNV)?


O PNV é da responsabilidade do Ministério da Saúde e integra as vacinas consideradas mais
importantes para defender a saúde da população de Angola
As vacinas que fazem parte do PNV podem ser alteradas de um ano para o outro, em
função da adaptação do programa às necessidades da população, nomeadamente pela integração
de novas vacinas.

PROGRAMA NACIONAL DE VACINAÇÃO EM ANGOLA


 AO NASCER
Pólio Zero; BCG – dose única; Hepatite B – dose à nascença

 AOS 2 MESES
Pólio – 1ª dose; Pentavalente -1ª dose; Pneumo - 1ª dose; Rotavirus - 1ª Dose

 AOS 4 MESES
Pólio – 2ª dose; Pentavalente -2ª dose; Pneumo - 2ª dose; Rotavirus - 2ª Dose

 AOS 6 MESES
Pólio – 3ª dose; Pentavalente -3ª dose; Pneumo - 3ª dose. Vitamina A 1ª dose

 AOS 9 MESES
Sarampo – 1ª dose; Febre Amarela – dose única: Vitamina A 2ª dose

 AOS 15 MESES
Sarampo – 2ª dose.

NOTA:
Não administrar a 1ª dose de Potavírus após os 4 meses de idade, nem a 2ª após o 7º mês.

27
COMUNIDADE E SAÚDE
Modo de vida:
é a forma que adquire a actividade, o tipo de vida do indivíduo, do grupo social e das pessoas
em geral, que actua de uma forma económica e social própria e de maneira aceitável e
interactiva entre a actividade vital do homem e dos grupos humanos; a forma específica de
assimilação e de visão de mundo determinada pelas condições imediatas da vida.

Manifestações do Modo de vida


 Os costumes.
 Os ritos.
 Os padrões de vida.
 Os meios de satisfação das necessidades.
 O modo de raciocinar.
 O carácter.

Nível de vida
É o nível de bem-estar cultural da população em geral expresso em ter:
 A garantia de habitação
 A alimentação e vestuário
 O desenvolvimento da educação
 Horário de trabalho,
 Segurança social,
 O desenvolvimento dos transportes
 O Desenvolvimento do comércio
 Os indicadores de morbilidade,
 Os processos demográficos,

Todos estes itens, são aspectos que nos fornecem o padrão de vida das relações de
produção com a sua utilização social.
Qualidade de vida
É o nível ou a relação de dois aspectos da existência humana:
A possibilidade de desenvolvimento pleno da personalidade humana que é dada
pelas possibilidades de manifestação do desenvolvimento e utilização do potencial
intelectual, emocional e criador do homem,
A possibilidade de estar satisfação com a vida determina que a qualidade de vida
será maior quanto maior for a satisfação dos indivíduos com a vida dependendo do grau
de realização das suas aspirações.

28
FARMACODEPENDÊNCIA

Farmacodependência (fármaco = medicamento + dependência) é modalidade de se drogar (esta


compreendida em sentido mais amplo), caracterizada por peculiar estado psíquico e,
eventualmente, físico, decorrente da absorção, periódica ou contínua, de um ou mais fármacos
(analgésico, hipnótico, tranquilizante etc.), estado este acompanhado, ou não, de tolerância
característica. Com efeito, nesse estado (o de Farmacodependência), o organismo, para manter
um novo estado de equilíbrio (uma nova hemóstase), passa a requerer, pois, a administração
regular — e em muitos casos crescente — desse(s) fármaco(s), e sua falta pode causar
perturbação psíquica e/ou física, quadro definido como síndrome de abstinência. Algumas
vezes, por simplicidade e quando não há possibilidade de confusão, se diz apenas "dependência
química" ou, ainda, apenas dependência, o que, em cenários específicos deve ser evitado.

Drogas ou tóxicos
Substâncias naturais ou sintéticas, médicas ou não médicas, legais ou ilegais que quando
consumidas produzem algum efeito sobre as funções psíquicas e determinam tolerância e
dependência, assim como várias ações prejudiciais que podem prejudicar a saúde em seus
aspecto físico, mental, social e espiritual

CLASSIFICAÇÃO DAS DROGRAS

1-Legais: Café, tabaco, álcool, chá, coca-cola.


2-Prescrição médica. Narcóticos, sedativos, hipnóticos, antiparkinson, simpaticotónicos,
vagolíticos e anti anoréxicos.
3-Ilegais. Maconha, heroína, LSD, cocaína, ecstasy, e muitos mais.
4 Inalantes. Derivados de tolueno, colas, plásticos, solventes, etc.

Adição. É o desejo imperioso, mecanismo fisiológico, a procura do reforço produzido pela


droga

Dependência. Relaciona-se com a carência, a necessidade metabólica, transformação


fisiológica

Segunda a composição ou substância

1- Estimulantes ou excitatórios - Cola, chá, cacau, café, mate, codeína, anftaminas e


outros.

29
2- Depressivos ou sedativos - Álcool, tranquilizantes, hipnóticos, morfina, heroína,
meperidina, inalantes, fentanil ect.
3- Psicóticas - Fenciclidina, ecstasy, a metaftamina, SLD, mescalina, antiparkinsónicos,
vagolíticos e outros

NICOTINA (Trabalho independente)

A nicotina é um dos mais de 4.000 compostos químicos encontrados no fumo de produtos


como cigarros, charutos e rapé. É o principal componente do tabaco que afecta o cérebro. Os
produtos do tabaco sem fumo, como o tabaco em pó ou rapé, também contêm muitas toxinas,
bem como altos níveis de nicotina.

Como se produza nicotina e seus efeitos

A nicotina age como um estimulante e um sedativo. Imediatamente após a exposição à nicotina,


há um estímulo imediato causado em parte pela droga ao estimular as glândulas supra-renais e a
descarga de epinefrina (adrenalina) que resulta O "rush" ou sensação inicial intensa de
adrenalina que estimula o corpo e provoca uma súbita libertação de glicose, bem como um
aumento da pressão arterial, da respiração e frequência cardíaca. Em contraste, a nicotina
também pode exercer um efeito sedativo, dependendo do nível de excitação do sistema nervoso
do fumante e da dose de nicotina ingeridas.

É aditiva a nicotina?
A maioria dos fumantes usa tabaco regularmente porque são viciados em nicotina. O vício é
caracterizado pela busca e uso compulsivo de drogas, apesar das consequências negativas para a
saúde, e o tabaco encaixa-se nessa descrição.

Consequências do uso da nicotina

As consequências médicas da exposição à nicotina resultam dos efeitos directos da nicotina,


bem como da forma de tomar. Os efeitos mais nocivos do vício em nicotina resultam do uso do
tabaco, causando um terço de todos os cancros, principalmente o cancro do pulmão
Fumar também causa doenças pulmonares, tais como bronquite crónica e enfisema, agudiza os
sintomas de asma em adultos e crianças. O Tabagismo também está associado ao cancro da
boca, faringe, laringe, esófago, estômago, pâncreas, colo do útero, rim, ureteres e bexiga.

30
Nicotina e dependência
A nicotina produz dependência farmacológica e psicológica.
Desenvolvendo uma série de efeitos negativos sobre o corpo e a psique do indivíduo.

Tratamento da dependência

 Requer a interrupção abrupta do hábito de fumar, a maioria daqueles que deixaram de


fumar fizeram-no sem ajuda especial.

 Outros, porém, necessitam de assistência especial, especialmente durante os primeiros


8-12 semanas de abstinência, que são mais críticos para prevenir recaídas.

 Ainda que este campo está em constante evolução, hoje, é recomendado que as
primeiras tentativas de abandono se façam sem terapia de substituição e se houver
recaída usá-lo. Em pessoas que falhou as gomas e adesivos podem ser usados sprays
nasais de nicotina

 Os programas mais eficazes são aqueles que usam uma técnica comportamental em
conjunto com a terapia de reposição de nicotina (adesivos ou goma). Mesmo assim, os
que usam este programa têm uma recaída de 70%.

 Adesivos de nicotina usados por pessoas que querem parar de fumar, são uma forma de
reduzir gradualmente a quantidade de nicotina que precisa um fumante compulsivo.

Medidas de protecção, de promoção e de prevenção

 Programas de informação sobre os efeitos do tabagismo na saúde em adultos e jovens.


 Publicidade dos malefícios nos maços de cigarros e aumentou do seu preço de venda
 Proibição do uso do tabaco em locais públicos e nos locais de trabalho
 Proibição da venda a menores de idade ou escolas e unidades de saúde.
 Diferentes formas de auto-ajuda livros e panfletos, e os tratamentos de terapia de
substituição de nicotina, ansiolíticos.

Tabagismo no mundo

- O tabagismo é considerado a principal causa de morte evitável em todo o mundo.


- A OMS estima que 1 bilhão e 200 milhões de pessoas sejam fumantes.
31
- No mundo, os homens também apresentaram prevalências mais elevadas de fumantes do que
as mulheres.
- O total de mortes devido ao uso do tabaco atingiu 4,9 milhões de mortes anuais.
- Esse número aumentará para 10 milhões de mortes anuais por volta do ano 2030.

Doenças associadas ao uso dos derivados do tabaco

São mais de 50 doenças relacionadas ao consumo do tabaco. O tabagismo está relacionado a:


- 25% das mortes causadas por doença coronária - angina e enfarto do miocárdio;
- 45% das mortes causadas por doença coronária na faixa etária abaixo dos 60 anos;
- 45% das mortes por enfarto agudo do miocárdio na faixa etária abaixo de 65 anos;
- 85% das mortes causadas por bronquite e enfisema;
- 90% dos casos de câncer no pulmão (entre os 10% restantes, 1/3 é de fumantes passivos);
- 30% das mortes decorrentes de outros tipos de câncer (de boca, laringe, faringe, esófago,
pâncreas, rim, bexiga e colo de útero);
- 25% das doenças vasculares (entre elas, derrame cerebral).

Fumadores passivos

Os danos incluem não só os fumantes activos, mas os não fumantes que desenvolvem suas
atividades diárias junto daqueles que fumam, resultando em um dos mais nocivos o uso do
tabaco passivo em crianças, pelo compromisso envolvidos no desenvolvimento morfo funcional
do seu sistema respiratório.

PREVENÇÃO DO USO IRRESPONSÁVEL DE DROGAS ILEGAIS

A presença de um lar estável, em harmonia com as figuras centrais capazes de oferecer


amor e servirem como um modelo.
Estabelecer um estilo de vida saudável e livre das drogas.
Desenvolvimento de valores morais
Praticar desporto e ocupação de tempo livre.
Desenvolvimento de atitudes sociais de intolerância condicionada ao consumo de drogas
legais.
Divulgação dos efeitos nocivos do consumo.
Impedir a venda de substâncias a menores
Garantir às crianças um lar estável de amor e harmonia exemplar.
Evitar que as crianças manipulem muito dinheiro até sejam é responsável por fazê-lo.

32
Ser um amigo e confidente dos filhos.
Mostrar reforço positivo sempre que os filhos fazem coisas boas.
Inculcar nos filhos o amor ao casal, ao trabalho, ao desporto saudável, orientá-los para
se afastarem do perigo das drogas mas evitar excesso de informação, pois isso pode
despertar a curiosidade.
Os pais são modelos importantes para as crianças. Devem evitar que os imitem o
consumo de tóxicos e especialmente os vejam em estado de embriaguez
Nunca usar um veneno como um apoio para resolver um problema

STOP
Provar um tóxico por curiosidade é muito perigoso, lembre-se
que este é sempre o primeiro passo falso e ninguém pode prever
o que vai acontecer depois…

INDICADORES BÁSICOS EM ANGOLA – 2009/2013 - OMS

Indicadores sócio demográficos

População total em 2009 (milhões)………………………………………………………… 16,1


Taxa de crescimento da população………………………………………………………… 2,9%
Taxa de fecundidade ……………………………………………………………………….. 6,4%
População menor que 15 anos ……………….……………………………………………… 48%
Taxa de alfabetização (> 15 anos) …………………………………..…………………….. 65,6%
Rendimento per capita (dólares) ……………………….……………………………………. 4,94
População vivendo abaixo do limiar da pobreza …………………………………………..... 37%

Indicadores do estado de Saúde

Esperança de vida ao nascer …………………………………………...……………………. 48,1


Taxa de mortalidade < 5anos (1000 nados vivos)……………………………………………. 194
Taxa de mortalidade materna (100.000 nados vivos) …………….………………………….. 610
Prevalência do HIV adultos (15-49 anos) …………..……………………..……………… 1,98%

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Indicadores de cobertura de Serviços

Cobertura da Penta 3ª dose …………………….……………………………………………. 76%


Cobertura do tratamento com ARV ………………………………………………………. 24,5%
Cobertura de partos assistidos por pessoa qualificada ……………………………………….49%

Indicadores sobre Sistema de Saúde

Total das despesas em Saúde do Produto Interno Bruto …………………………………. 2,45%.


Despesa do sector privado de saúde como % total dos gastos em saúde…………..……… 22,5%
Gastos totais do Governo em saúde ………………….…………………………………… 6,68%
Médicos por 10.0000 habitantes ………………….……………………………………………. 1
Enfermeiros por 10.000 habitantes ……………………………………………………………. 13

UNIDADE II - PROCESSO DE SAÚDE DOENÇA

2.1 SAÚDE/DOENÇA

Saúde e doença são termos que têm significados diferentes, mas estão intimamente
relacionadas e interagem de modo que podemos dizer que eles constituem um par dialéctico,
eles não são constantes nem absolutos, são estados de bem-estar que estão em constante
mudança.
Exemplo: Uma pessoa pode se levantar de manhã com cefaleias que o impede de ir para o
trabalho, mas, em seguida, lembrar-se que tem algo importante para fazer e acha que pode
sentir-se melhor no trabalho. Da mesma forma que, uma pessoa que normalmente exerce as suas
atividades diárias pode ter uma doença grave segundo os médicos e parecer saudável a outras
pessoas.

SAÚDE

De acordo com a Organização Mundial da Saúde : "Saúde é um estado de mental, física e


bem-estar social e não meramente a ausência de doença ou enfermidade".

Alguns conceitos básicos que destacam a base dos cuidados de saúde hoje:

34
1. Óptima saúde e função óptima: ´baseia-se em que toda a pessoa tem um nível óptimo
de funcionamento, o que representa o seu melhor bem-estar possível.

2. Holismo: significa que a saúde do indivíduo deve ser considerada em termos de seu
desempenho global. Isto é, o homem deve ser reconhecido como um todo e não
separado por partes: física, social e emocional, os cuidados de saúde devem ser feitos de
forma holística.

3. Hemóstase: refere-se à tendência para a uniformidade ou a estabilidade nos estados do


corpo em equilíbrio dinâmico. Durante a vida produzem-se mudanças no organismo,
conforme se ajusta às exigências que lhe são impostas. Por exemplo - as variações de
temperatura, a frequência cardíaca, a respiração, etc. Mas é extremamente necessário
que se mantenha dentro dos limites normais para que o homem possa sobreviver.
Também precisamos manter um equilíbrio com o ambiente (físico, psíquico e social).

FACTORES QUE AFETAM A SAÚDE

Biologia humana: a herança genética individual, os processos de maturação e envelhecimento

Meio Ambiente: o mundo físico ao nosso redor pode afectar nossa saúde, falta de água potável,
habitação inadequada, insegura, poluindo a água a industrialização aumentou e ar, o clima.

Estilo de vida: o nível de instrução, o poder económico, …

Organização dos cuidados de saúde: a distribuição de serviços para os cuidados de saúde,


acessibilidade ás unidades de saúde, as acções de prevenção, promoção e cura.

Para prevenir a doença é necessário obedecer a determinadas regras e princípios, bem como
resulta imprescindível o conhecimento de alguma terminologia para a implementação eficiente
de prevenção e controle de doenças e, assim, manter a saúde do Home m, da família e da
comunidade.

2.2 TÉCNICAS PARA CONTROLAR A DISSEMINAÇÃO DE MICROORGANISMOS.

35
Sepsis: é a existência de agentes patogénicos ou prejudiciais à saúde; por exemplo uma infecção
geral grave do organismo por microrganismos patogénicos.

Assépsia. É um procedimento que pretende a ausência de agentes biológicos vivos,


convencionalmente considerados patogénicos. Para o seu estudo divide-se em médica e
cirúrgica.

Assépsia médica. Reduz a transmissão de microrganismos produtores da doença de uma


pessoa para outra, direta ou indirectamente. Inclui práticas para excluir microrganismos numa
área limitada.

Assépsia cirúrgica. Mantido livre de microrganismos (estéril) áreas e objectos tanto os que são
usados como aqueles que são guardados. Assépsia cirúrgica estrita apenas se aplica aos
materiais e equipamentos, mas não ao corpo ou aos tecidos vitais.

Antissépsia. Procedimento que suporta a presença de alguns agentes biológicos, principalmente


da flora residente normal. Agentes anti-sépticos são substâncias químicas, muitas vezes coincide
com o desinfectante activo idêntico, mas têm diferença no índice terapêutico. Há pouca
variedade de anti-sépticos recomendados na prevenção de infecções nosocomiais. Não se inclui
os de uso médico no tratamento específico da pele ou outras condições.

Desinfecção: é a remoção, de um determinado objecto ou superfície, da totalidade ou parte dos


microrganismos patogénicos, de modo a não constituírem uma ameaça de doença.

Desinfecção corrente. É a aplicação imediata dos procedimentos de desinfecção de objectos


contaminados, que estão em contacto com o paciente infectado.

Desinfecção terminal. É a aplicação do desinfectante após o paciente deixar a área, seja por
alta, por morte ou transferência da unidade.

Limpeza. É a remoção de material estranho (poeira, sujeira e outros detritos orgânicos) da


superfície inerte ou viva e em seu efeito varrendo também elimina agentes de superfície
biológica. A água, sabão ou detergente e posterior secagem são os elementos básicos do
processo.

Bacteriostáticos: agente que inibe o crescimento de bactérias, que será retomado na ausência
do agente.

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Bactericida: agente que mata as bactérias. A maioria não mata esporos bacterianos. Esta ação é
irreversível.

Germicida: agente capaz de matar microrganismos rapidamente, alguns desses agentes, atua
matando alguns microrganismos, mas pode só inibir o crescimento de outros.

Morte bacteriana: perda irreversível da capacidade de se reproduzir (crescer e multiplicar).

Manobras críticas. São aquelas que se introduzem em lugares estéreis, incluindo o sistema
vascular.

Manobras semicríticas. São aquelas que contactam a mucosas ou penetrar nos orifícios
naturais.
Esta manobra, em alguns casos, aproxima-se ao limite da manobra crítica, como no caso dos
ventiladores cuja nebulização atinge o epitélio ciliado dos alvéolos pulmonares. Dado o número
crescente de manobras semicríticas por endoscopia, cirurgia de acesso mínimo, ventilação
assistida e outro, o aumento da taxa de infecções hospitalares, suspeitas relacionadas com esta
manobra, obriga-nos a dar mais importância a atenção a estes procedimentos.

Manobras não-críticas: contacto com a pele intacta.

Manobras Gerais. São aquelas nas quais o hospedeiro (paciente susceptível) não intervém;
refere-se ao ambiente inanimado em geral.

2.3 PRINCÍPIOS SOBRE A PREVENÇÃO E CONTROLE DE DOENÇAS:

 Da grande variedade de microrganismos que existe, apenas alguns são verdadeiramente


agentes patogénicos.

 Muitos microrganismos que normalmente existem no ambiente e no organismo são


oportunistas e tornar-se agentes infecciosos, se ocorrerem as circunstâncias adequadas.

37
 A integridade da pele e membranas mucosas é a primeira linha de defesa do organismo
contra a invasão de agentes infecciosos. Diminui a resistência à infecção, quando o
sujeito é muito jovem ou muito idoso, sofre de deficiência nutricional, falta de higiene e
quando não foi imunizado adequada e oportunamente contra as doença infecto
contagiosas.

 Os agentes infecciosos podem ser transmitidos por diferentes vias aos seres humanos
susceptíveis.

 Os modos de transmissão de agentes infecciosos variam segundo a porta de entrada, via


de saída e a sua capacidade de viver fora do reservatório.

 Alguns indivíduos são portadores de agentes infecciosos que podem ser destruídos pelo
calor adequado, produtos químicos e outros meios conhecidos.

 Os microrganismos podem passar directamente da fonte de origem para um novo


hospedeiro, pelo ar, tosse, leite, alimentos, água, vectores, mãos, materiais
contaminados, excreções corporais, esgoto e outras.

PREVENÇÃO E CONTROLO DAS DOENÇAS

@ A prevenção e o controlo de doenças é uma grande preocupação de todos os


profissionais de saúde, seja no cuidado em ambiente hospitalar ou comunidade.

@ Quando as pessoas estão doentes os gérmenes são capazes de se reproduzir, e envolvem


uma séria ameaça contínua para outros pacientes, devido à sua proximidade com eles.

@ Os germes causadores de doenças estão no ar, pisos, equipamentos, móveis, itens que
estão em contacto com pessoas doentes.

@ Estes podem ser espalhados por várias vias: ar, cama, e até mesmo pelas mãos de
enfermeiros.

38
LAVAGEM DAS MÃOS

A lavagem das mãos é, sem dúvida, a rotina mais simples, mais eficaz, e de maior importância
na prevenção e controle da disseminação de infecções, devendo ser praticada por toda equipa,
sempre ao iniciar e ao término de uma tarefa.

Conceito: são as medidas que se tomam para eliminar a maior quantidade possível de sujidade
das mãos.

QUANDO LAVAR AS MÃOS?

- No início e no fim do turno de trabalho.


- Antes de preparar medicação.
- Antes e após o uso de luvas.
- De utilizar a casa de banho.
- Antes e depois de contacto com pacientes.
- Depois de manusear material contaminado, mesmo quando as luvas tenham sido usadas.
- Antes e depois de manusear cateteres vasculares, sonda vesical, tubo orotraqueal e outros
dispositivos
- Após o contacto directo com secreções e matéria orgânica.
- Após o contacto com superfícies e artigos contaminados.
- Entre os diversos procedimentos realizados no mesmo paciente.
- Quando as mãos forem contaminadas, em caso de acidente.
- Após coçar ou assoar nariz, pentear os cabelos, cobrir a boca para espirrar, manusear dinheiro
- Antes de comer, beber, manusear alimentos e fumar.
- Após manusear quaisquer resíduos.
- No fim de cada tarefa.
- No final do dia de trabalho.

TÉCNICA DE LAVAGEM DAS MÃOS:

1. Retirar anéis, pulseiras e relógio.


2. Abrir a torneira e molhar as mãos sem encostar na bancada.
3. Colocar nas mãos aproximadamente 3 a 5 ml de sabão. O sabão deve ser, de preferência,
líquido e hipoalergénico.

39
4. Ensaboar as mãos friccionando-as por aproximadamente 15 segundos.
5. Friccionar a palma, o dorso das mãos com movimentos circulares, espaços interdigitais,
articulações, polegar e extremidades dos dedos (o uso de escovas deverá ser feito com atenção).
6. Os antebraços devem ser lavados cuidadosamente, também por 15 segundos.
7. Enxaguar as mãos e antebraços em água corrente abundante, retirando totalmente o resíduo
do sabão.
8. Enxugar as mãos com papel toalha.
9. Fechar a torneira accionando o pedal, com o cotovelo ou utilizar o papel toalha. Nunca use as
mãos.

PRECAUÇÕES:

- Retirar anéis, relógios e pulseiras Tem-se comprovado que a contagem de microrganismos


quando se está usando anéis é mais alta.
- Mantenha as unhas tão curtas quanto possível, e remova todas as jóias antes da lavagem das
mãos.
- Realize o mesmo procedimento a cada paciente ou ensaio.
- A lavagem das mãos deve ser feita numa bancada distinta daquela usada para a lavagem do
instrumental, vidrarias ou materiais de laboratório.
- Deve-se evitar lesionar as mãos.
- Caso as luvas sejam rasgadas ou puncionadas durante a realização de algum procedimento,
elas devem ser removidas imediatamente, e as mãos devem ser lavadas cuidadosamente.
- Profissionais com lesões nas mãos ou dermatites devem abster-se, até o desaparecimento
dessas lesões, de cuidar de pacientes e de manipular instrumentos, aparelhos ou quaisquer
materiais potencialmente contaminados.
- O uso de luvas não exclui a lavagem das mãos.

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- Manter líquidos anti-sépticos para uso, caso não exista lavatório no local.

CLASSIFICAÇÃO:
 Lavagem simples das mãos.
 Lavagem de mãos higiénico-médica
 Lavagem de mãos cirúrgica

Lavagem simples das mãos

Objectivo - remover os microrganismos que colonizam as camadas superficiais da pele, assim


como o suor, a oleosidade e as células mortas, retirando a sujidade propícia à permanência e à
proliferação de microrganismos.
Duração do procedimento: 40 a 60 segundos.

Material ou equipamento
 -Água corrente.
 -Sabão convencional.
 -toalhas, pano ou papel.
 Recipiente para o lixo.

Lavagem das mãos higiénico médica

Objetivo - promover a remoção de sujidades e de microrganismos, reduzindo a carga


microbiana das mãos, com auxílio de um anti-séptico.
Duração do procedimento: 40 a 60 segundos.
Técnica - a técnica de higienização anti-séptica é igual àquela utilizada para higienização
simples das mãos, substituindo-se o sabão por um anti-séptico. Exemplo: anti-séptico
degermizante.
Este tipo de lavagem faz-se antes de realizar-se qualquer manobra semicrítica

Lavagem cirúrgica das mãos (antissépsia cirúrgica)

Objectivos - Eliminar os microrganismos transitórios da pele e reduzir os microrganismos


residentes; Evitar infecções cruzadas; Proteger o pessoal de saúde.

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As escovas utilizadas na preparação cirúrgica das mãos devem ser de cerdas (sedas) macias e
descartáveis, impregnadas ou não com anti-séptico e de uso exclusivo em leito ungueal e
subungueal.
Para este procedimento, recomenda-se: Anti-sepsia cirúrgica das mãos e antebraços com anti-
séptico degermizante.
Duração do Procedimento: de 3 a 5 minutos para a primeira cirurgia e de 2 a 3 minutos para as
cirurgias subsequentes (sempre seguir o tempo de duração recomendado pelo fabricante).

TÉCNICA DE CALÇAR AS LUVAS

Luvas:
Dispositivo de borracha ou plástico, adaptada à forma da mão.

Calçar Luvas: colocar a luvas para protecção das mãos

OBJECTIVOS
Proteger o paciente de microrganismos patogénicos.
Utilizar um meio de protecção do pessoal de saúde quando presta cuidados ao paciente.
Manter um meio estéril na manipulação de materiais e equipamentos estéreis.

CALÇAR LUVAS

PRECAUÇÕES
Realizar a técnica de lavagem de mãos médico ou cirúrgica segundo o procedimento
que deve realizar, antes de colocar as luvas para evitar a contaminação das mesmas
O tamanho das luvas deve corresponder ao tamanho das mãos
Se se romper as luvas retirar-se ou calça-se luvas a dobrar

MATERIAL
Embalagem de luvas
Envelope com talco
Material para lavar as mãos

42
43
RECOMENDAÇÃO GERAL
Lave sempre as mãos antes e depois de cada procedimento
CUIDE DA SUA SAÚDE E DA DOS DEMAIS

EUTUDO INDEPENDENTE

PROCEDOMENTO DE LAVAGEM DAS MÃOS e CALÇAR LUVAS

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MEDIDAS GERAIS E PESSOAIS PARA A PREVENÇÃO DAS DOENÇAS:

1- Manter uma higiene pessoal e ambiental adequada.


2- Desinfecção corrente e terminal.
3- Esterilização de material e instrumentos.
4- Cumprimento das normas de Biossegurança.
5- Lavagem das mãos.
7- Uso de Métodos de Barreira.
8- Imunização activa e passiva.
9- Eliminação de vectores.

PREVENÇÃO E CONTROLO DE DOENÇAS (PRINCIPIOS RELATIVOS):


1 - Das múltiplas variedades de microrganismos só uns poucos são verdadeiramente
patogénicos
2 - Muitos germes normalmente encontrados no ambiente ou no corpo são oportunistas e se as
condições lhe forem propícias podem tornar-se infecciosos
3 - A integridade da pele e das membranas mucosas é a primeira linha de defesa do corpo à
infecção.
4- A resistência à infecção é menor nas idades extremas – criança ou idoso, quando o estado de
saúde é debilitado, quando a higiene é negligenciada ou não tenha tido a imunização adequada.
5- Os agentes infecciosos podem ser transportadas por vários meios para uma pessoa sensível.
6- Os modos de transmissão de agentes infecciosos variam de acordo com a sua porta de entrada
e saída e a sua capacidade de viver fora do reservatório.
7- Alguns indivíduos são portadores de agentes infecciosos, mesmo que não apresentem sinais e
sintomas de infecção.
8- Agentes infecciosos podem ser destruídos com calor suficiente, produtos químicos e outros
meios conhecidos.

OBJECTIVOS BÁSICOS DAS AÇÕES DE ENFERMAGEM RELATIVOS À INFEÇÃO


1 - Preveni-las.
2 – Controlá-las.
3 - Garantir o conforto, segurança e bem-estar psicológico do paciente quando precisa de estar
isolado como medida de precaução.

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MANIPULAÇÃO DE MATERIAL EQUIPAMENTO PARA CONTROLO DA DOENÇA

1 - Deve ser mantido equipamentos esterilizados dentro das áreas definidas.


2 - Deve conhecer-se as normas para armazenamento do material esterilizado.
3 – Deve-se embalar o material estéril em embalagem dupla.
4 – Deve-se transportar em conformidade com as normas.
5 – Para ser manipulado deve-se ter em conta as normas estabelecidas pelo serviço e do
material.
6 - Os funcionários que manuseiam o material estéril na unidade de esterilização devem cumprir
com os requisitos estabelecidos.
7 - Verifique o funcionamento do equipamento de esterilização por meio de mecanismos
estabelecidos.
8 -. Garantir o cumprimento de todas as normas estabelecidas de esterilização (tempo,
diferenciação do material, a prioridade de esterilização).
9 - É de responsabilidade da unidade de esterilização, a limpeza, desinfecção, esterilização e
manutenção de equipamentos que não podem ser esterilizados em autoclaves (ventiladores
mecânicos, Reanimador, cânulas, máscaras de oxigénio, bigode nasal para oxigenoterapia)...

DESINFECÇÃO MECÁNICA E QUÍMICA

DESCONTAMINAÇÃO - É a eliminação ou inibição por agentes físicos ou químicos de


agentes biológicos infectantes que estão presentes no material, isto irá ser feito em todos os
materiais contaminados com estes agentes, por meio da limpeza; tem como objectivo final é
impedir que se espalhe a contaminação.

DESINFECTANTES

Desinfectante físico de alto nível (manobra semicríticas): Vapor a baixa temperatura.

Pasteurização: 75 a 80 graus.

Desinfectante física de nível intermédio: água fervente, filtros sem membrana e radiação
ultravioleta.

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Desinfectante químico de alto nível:

* Glutaraldeído a 2%
* Formaldeído a 4%
* Solução de formaldeído a 8% de álcool
* Peróxido de hidrogénio 6 a 7,5%
* O hipoclorito de sódio
* Formaldeído gasoso

Desinfectante químico de nível intermédio:

* Álcool etílico a 76%.


* O hipoclorito de sódio ou derivados de cloro.
*Os compostos fenólicos ou crisol 50%.

Desinfectantes químicos de baixo nível:

*Álcool etílico a 76%.


*Derivados de cloro.
*Derivados fenólicos até 2%.
*Solução aquosa o hidroalcoólica de 0,1 a 10%.

DESINFECÇÃO DO AR:

Utilizadas unicamente em zonas climatizadas, mas não são aconselháveis, se necessário, aplicar
pela seguinte prioridade:
 Propilenglicol : pode-se utilizar no local imediatamente após a utilização.
 Ácido Láctico (para fungos) : produto tóxico e se deve esperar 1 hora para utilizar o
local.
 Gases de formol aldeído.

ANTISÉPTICOS: Mãos do pessoal de saúde

Manobras críticas e semicríticas:


*Clorexidina a 4%.
*Iodo povidona 7,5-10% com 0,75 a 1% de Iodo livre.
*Clorexidina a 0,5% em alcool etílico a 76%.

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*Iodo povidona 7,5-10% com 0,75-1% de iodo livre en solução hidroalcoólica.

Manobras não críticas e gerais : é suficiente a limpeza, se houver risco pode-se utilizar o
álcool etílico.

Pele
Para manobras críticas: Igual à das mãos do pessoal.

Para punções intramusculares ou pele:


*Álcool etílico de 76-97%.

Mucosas e cavidades:
*Clorexidina, Iodo povidona,

PRINCÍPIOS DO USO DE AGENTES ESTERILIZANTES

 Resistência aos agentes biológicos.


 Inespecificidade de acção dos agentes esterilizantes e a especificidade dos antissépticos
desinfectantes.
 Interferência da acção desejada.
 Tempo de acção requerido.
 Tipo, forma, tamanho e qualidade do material que se deve tratar.
 Lugar e tempo de contacto com o paciente do material tratado.

ESTERILIZAÇÃO
É o procedimento que não admite a presencia de agentes biológicos vivos, capazes de
reproduzir-se. Depende do controlo estrito do agente esterilizante, do tempo de acção e da
biocarga presente, e outras substâncias ou eventos que possam interferir com a acção.
Os agentes esterilizantes podem ser físicos ou químicos e sempre que seja possível utilizaram-se
altas temperaturas húmidas como agentes de ELEIÇÃO.

Central de esterilização: é o departamento onde se aplica a limpeza, a preparação, confeção e


esterilização dos instrumentos, materiais, roupas e outros materiais afins a todo o hospital.

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Estrutura da central de esterilização:
1- Este departamento estará localizado o mais próximo possível do centro de atividades técnicas
do hospital e dos elevadores de serviço.
2- O tamanho da central de esterilização deve estar de acordo com o tamanho da instituição,
quantidade de camas, especialidades e consultas externas.
3- As suas paredes devem ser de azulejos, as esquinas circulares.
4- A iluminação deve ser o mais perfeita possível, quer seja natural ou artificial.
5- A ventilação é de grande importância, pois este departamento tem áreas que devem estar
completamente fechadas, com ventiladores ou ar condicionado.
6- O departamento deve possuir grandes armários e vitrinas, construídas de forma que permitam
a limpeza e desinfecção dos mesmos.
7- Deve dispor de amplas e numerosas gavetas para colocar material de uso geral.
8- É necessário um local estéril para guardar o material que já está esterilizado.
9- Uma área para a entrada do material sujo e outro para a saída do material estéril.

Organização da central de esterilização:


Está organizado em área estéril e não estéril.
Área estéril:
1- Estará fechada com vidros e ar condicionados
2- Estará em contacto com o exterior por 2 janelas para a entrega do material estéril.
3- O pessoal que trabalha nesta área usará gorro, máscara, botas e bata estéril, deve conhecer
perfeitamente todo o material, instrumentos e equipamento com que se tem para entregá-lo
imediatamente logo que solicitado, e conhecer por quais podem ser substituídos no caso de não
os ter disponíveis no momento
4- Esta área deve ser de azulejos até ao teto, este deve ser liso, não deve ser de material de
origem vegetal, para evitar contaminação de material.

Área não estéril:


Compreende o resto do departamento. Onde se recebem, limpam, preparam e esterilizam todos
os materiais cirúrgicos e clínicos que ali se processam, deve existir um local para guardar
equipamentos eléctricos e de outros tipos que não se esterilizam, mas se guardam depois da
limpeza mecânica.
Nesta área estão colocados as autoclaves, o local destinado à preparação, confeção e
empacotamento do material, assim como pias, mesas e equipamentos necessário para esses fins.
Devem existir armários para o material usado, deve confrontar-se com o vale que está na área
estéril para comprovar que tudo o que foi solicitado foi devolvido em perfeitas condições.

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Área não estéril: Compreende o resto do departamento. Onde se recebem, limpam, preparam e
esterilizam todos os materiais cirúrgicos e clínicos que ali se processam, deve existir um local
para guardar equipamentos eléctricos e de outros tipos que não se esterilizam, mas se guardam
depois da limpeza mecânica.

Funções da central de esterilização:


É a encarregada de supervisar de acordo com a hierarquia e a especialidade da unidade os
equipamentos, materiais seguintes:
a) Todos os materiais, para pensos.
b) O equipamento e ferros para pensos, seringas, agulhas, sondas, irrigadores,
nebulizadores, esfigmomanómetros, estetoscópios, termómetros, câmaras de Oxigénio,
aspiradoras, bolsas para gelo, máquinas e lâminas de barbear.
c) Entrega de materiais a áreas específicas tais como: sala de operações, sala de partos,
serviços de neonatologia e de cuidados intensivos.
d) Deve supervisar todo o material de tecido que se usa nas áreas de internamento como
são: a roupa para procedimento estéril, compressas estéreis para secar as mãos, campos
operatórios.

Relação com outros departamentos:


1- Departamento administrativo: Deve estar bem informado dos gastos, poupanças, roturas e
perdas, exercendo a sua função administrativa, e no seu plano de trabalho se incluem visitas à
central de esterilização.
2- Departamento de Enfermagem: A chefia de enfermagem tem grande responsabilidade sobre a
central de esterilização, já que está hierarquizada directamente à central de esterilização.
3- Com o armazém: é onde se abastece o departamento.
4- Departamento de manutenção: Revisões semanais dos autoclave, câmaras de oxigénio,
esfigmomanómetros, aspiradoras, que se controlam por cartão.
5- Laboratório bacteriológico: inspecciona frequentemente (cada 3 meses) o material
esterilizado e o pessoal que trabalha no departamento (com exsudado faríngeo) e uma ou duas
vezes ao mês se controla o ambiente.
6- Com a lavandaria, rouparia, costura e com o funcionamento do horário das caldeiras.
7- Com outros centros hospitalares: coordena-se se existir algum imprevisto para que outro
centro colabore de maneira rápida e sem prejuízos no funcionamento.
8- Relação com salas ou departamentos: Haverá horário para entrega do material, os pedidos
fazem-se em cada turno em modelos oficiais.
Todos os gastos desnecessários, avaria de equipamentos informar-se-á ao pessoal de
enfermagem durante as reuniões técnico-administrativas.
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PRECAUÇÕES GERAIS:
1- Deve-se insistir na correta limpeza do material antes de ser empacotados para posterior
esterilização. De acordo com o material, assim será a técnica de limpeza e preparação.

2- Deve-se empacotar com dupla cobertura, rotular e especificar o número quando se trata de
materiais de diferentes tamanhos. Se se esteriliza alguns em soluções, estas devem trocar-se a
cada 24 horas
2- As coberturas devem ser de tecido resistente e tupido, permeável ao calor. Se são de papel,
este deve ser resistente, de modo que não se rasgue quando exposto ao vapor e à pressão.

4- O conteúdo dos pacotes deve ser colocado de forma tal, que o calor penetre uniformemente
em todas as superfícies e o tamanho destes se recomenda que como máximo sejam de 55 cm de
largura e 22 cm de alto.

FUNÇÕES DO PESSOAL DE ENFERMAGEM NA CENTRAL DE ESTERILIZAÇÃO:

a) Funções assistencial:
1- Executar e supervisar o processo de desinfecção e esterilização do material.
2- Cumprir e fazer cumprir as normas de higiene pessoal e do ambiente.
3- Executar e supervisar a elaboração e preparação do material e instrumentos da autoclave.
4- Encarregar-se do controlo da esterilização com fitas testemunho.
5- Delimitar as áreas estéreis e as não estéreis.
6- Estabelecer a rotação do material e equipamento, fazendo a esterilização de acordo com as
normas.

b) Funções administrativas:
1- Realizar o plano de trabalho de acordo com o estabelecido.
2- Garantir o material para todos os serviços, salas e departamentos.
3- Fazer os pedidos do armazém, controlos médios e fundos fixos e estabelecer horário de
entrega e recibo de material.
4- Realizar uma revisão de materiais e efectuar reposições de material defeituoso e estragado.
5- Coordenar com a secção de manutenção a revisão periódica de equipamentos e autoclave.
6- Coordenar a realização do controlo bacteriológico do material, meio ambiente e pessoal que
trabalha na secção.
7- Informar o pessoal de enfermagem sobre os gastos, poupanças e ruturas de materiais.
8- Registar diariamente as atividades.

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c) Funções de docência:
1- Participar em cursos de educação continuada e docência a estudantes dos diferentes cursos
que rodam por departamentos.
2- Participar nas investigações que se realizem.

MÉTODOS DE ESTERILIZAÇÃO:
Podem ser por meios químicos, físicos ou biológicos.

Físicos:
1- Incluem as radiações (raios solares, ultravioletas)
2- Força de arrastar das soluções.
3-Calor: pode ser seco (chama, estufa ou forno). Húmidos (ebulição e vapor de água à pressão)
e por filtração.

Químicos:
São constituídos por soluções químicas (glutaraldeído, formaldeído, hipoclorito de sódio e
outros) e gás de Óxido de Etileno.

1º Esterilização por medios físicos:


 Calor seco: compreende a chama, a estufa e o forno com ventilador.
 Calor húmido: Inclui a ebulição e o vapor de água à pressão ( autoclave).
 Autoclave de vapor: utiliza-se segundo o material a esterilizar, por exemplo: material
poroso, têxtil, vidro, borracha, metais e todo o material termorresistente. (se recomenda
entre 114 e 116 graus celsos)
 Filtração: Através de filtros de membrana. É um procedimento muito efectivo nos
hospitais para os casos de soluções termossensíveis em departamentos de Farmácia e
outros.

2. Esterilização por meios químicos:


 Gasosos: Este método encontra-se distribuído por muitos hospitais do país (Cuba).
Câmara de gás de Óxido de Etileno.
- Vantagens do método: Eficaz para esterilizar artigos, que não toleram o calor. Penetra o
material poroso. É anticorrosivo.
- Desvantagens: O processo é lento e dispendioso. É altamente explosivo. Requer tempo
de eliminação de resíduos tóxicos. O tempo de arejamento depende do material
esterilizado.
 Câmara ou autoclave de formolaldeído: faz-se desintoxicação com amoníaco.

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• Glutaraldeído: solução aquosa a 2% em 8 horas. Exemplo: endoscópios, fibras ópticas,
lentes, luvas, plásticos, etc.

Precaução principal: Enxaguar cuidadosamente com água potável ou destilada estéril.


• Formolaldeído: solução aquosa a 4% em 24 horas.
• Formolaldeído: solução alcoólica a 6% - 8% em 12 horas.

ORGANIZAÇÃO EM ESTERILIZAÇÃO (FLUXOGRAMA):


 Pre -esterilização.
 Esterilização.
 Pos-esterilização.

Pré-esterilização
- Descontaminação.
- Esfregar.
- Secar.
- Classificação.
- Manipulação.
- Empacotamento: data de esterilização, iniciais do processador e data.

Esterilização: em Autoclave.
- Colocar a carga de acordo com as normas estabelecidas.
- Colocação do pacote de prova segundo indicadores para o controlo de qualidade.
- Tempo de esterilização segundo o material a esterilizar.
- Uso de bioindicadores para o controlo do equipamento
- Mantimento periódico do autoclave.
- Limpeza periódica do autoclave pelo operador.

Pos-Esterilização:
- Armazenamento e conservação do material estéril.
- Vitrinas de vidro e aço inoxidáveis herméticos. conservará o material até 7 dias sempre
que não tenha sido manipulado.
- Vitrina de outro material que não permita a lavagem diário, até 72 horas.
- Si não existe nem a primeira, nem a segunda condição, a esterilização será diária.
- Realiza-se a entrega do material estéril na área reservada para esse efeito.
- Fazer a lavagem das mãos, antes da entrega.

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NORMAS E CONTROLOS DO PROCESSO DE ESTERILIZAÇÃO:

Métodos de controlo:

1- Controlos químicos:
São dispositivos destinados e calibrados para detectar falhas nos parâmetros de esterilização.
Colocam-se no interior do pacote em lugares de difícil penetração do agente esterilizante. Por si
só, não constituem prova de esterilidade e são complementos necessários dos controlos
biológicos e outros métodos de controlo.

2- Controlos biológicos:
São dispositivos inoculados com esporas agentes de esterilização.

BIOSSEGURANÇA

O surgimento da biossegurança como uma nova disciplina biológica e sua grande versatilidade
fazem com que não haja uma única maneira de conceituar a sua essência e conteúdo.
Actualmente, a nível internacional, existem milhares de definições que coexistem sem entrar em
conflito entre si, reflectem a interdisciplinaridade rica que nutre, expressão da necessária
integração de vários ramos do conhecimento.
São muito importantes medidas de segurança que deve existir em todos os serviços de saúde
para evitar a transmissão de enfermidades entre o pessoal, os pacientes e o meio ambiente.

BIOSEGURANÇA:

Conjunto de medidas científicas organizativas e tecnológicas - que incluem as físicas,


destinadas a proteger o trabalhador da instituição, a comunidade e o meio ambiente, os
riscos que têm em si o trabalho com agentes biológicos ou a libertação de organismos
no meio ambiente, modificados geneticamente ou provenientes de outro lugar; diminuir
ao mínimo os efeitos que se podem apresentar e eliminar rapidamente as suas possíveis
consequências em caso de contaminação, efeitos adversos, fuga ou perda.

Microrganismos são transmitidos no hospital por várias vias e do mesmo organismo pode ser
transmitido por mais do que um percurso. As principais vias de transmissão são 5:
Contacto,
Gotículas,

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Ar,
Veículo comum
Vector

Riscos biológicos. Este pode resultar em que a pessoa sofra uma doença infecciosa por contacto
com um agente patogénico (bactérias, fungos, vírus, rickettsia) que está presente no material
analisado.

AS CAUSAS DE RISCO BIOLÓGICO SÃO:

1. Acidentes por punção.


2. Derramamento de materiais contaminados.
3. Produção de aerossóis.
4. Vidro quebrado Contaminado
5. Sucção oral com pipeta.
6. Trabalhar com centrifugadora incorrectamente.
7. Falta de higiene pessoal.
8. Violações das normas de segurança em geral.
9. Disposição inadequada de resíduos potencialmente poluidores.

AS VIAS DE TRANSMISSÃO DE DOENÇAS INFECCIOSAS

TRANSMISSÃO POR CONTACTO: É a via mais comum em meio hospitalar

1. O contacto direto:
Ocorre pelo contacto direto com as superfícies corporais, como quando apertar as mãos, tomar
banho no paciente.

2. O contacto indire cto:


Ocorre através de objectos inanimados, por exemplo, quando usamos a luva em um paciente e
sem as mudar usamo-las noutros pacientes.

3. Gotículas de transmissão:
Ocorre quando o paciente fala, espirra, tosse ou durante certos procedimentos (sucção,
endoscopia). As gotículas geradas aí são maiores do que 5 microns e não se movem mais do que
um metro, estes são depositados na conjuntiva, na mucosa bocal ou na mucosa nasal.

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TRANSMISSÃO POR VIA AÉREA.
Esta é produzida por propagação de gotículas possuindo um tamanho inferior a 5 microns, que
contêm microrganismos e permanecem em suspensão por longos períodos no ar, pó ou
partículas com as mesmas dimensões com agentes infecciosos incluídos. Assim,
microrganismos podem ser amplamente difundidos por correntes de ar e a pessoa susceptível
pode inalar estas gotículas que são de fácil de entrada na árvore respiratória e pode até mesmo
viajar longas distâncias.

MEDIDAS DE SEGURANÇA

 Lavagem das mãos. Mão deve ser lavada com sabão regular após o tratamento de cada
paciente, a menos que seja indicado o uso de um desinfectante em particular.

 O uso de luvas. O uso de luvas é muito importante na prevenção e transmissão de


infecções, mas devemos lembrar que não um substituto para a lavagem das mãos.

Tome atenção
Mude de luvas de um paciente para outro.

Depois de tirar as luvas, lavamos as mãos, porque pode ter defeitos ou rasgar durante o uso.

 Batas e roupas prote ctoras. São utilizados para prevenir a contaminação da roupa e para
proteger a pele contra salpicos de sangue e outras secreções do paciente. Deve ser comprida
suficientemente para cobrir o uniforme. Não se pode utilizar fora da unidade do paciente ou
do local destinado para seu uso. Uma bata para cada paciente

 Botas
Devem ser colocadas por cima dos sapatos e deve cobrir todo o calçado

Dispositivos cortantes.
 Agulhas e lâminas de bisturi devem ser descartados em recipientes de plástico, não
perfurada rígida e nunca exceder a sua capacidade.

 Máscara bocal
Nos casos em que podem surgir salpicos no rosto.

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Deve cobrir as narinas e a boca. Não pendurar no pescoço quando não é necessário usar.
Não falar, tossir ou espirrar e se molhar deve ser substituído imediatamente. Deve-se trocar
com frequência

 Touca
Deve cobrir todo o cabelo.

Com a roupa suja deve-se tomar todas as precauções para evitar a contaminação, tanto dos
funcionários que a manipulam, como dos pacientes e meio ambiente.
Nas áreas de trabalho não deve comer, fumar ou aplicar cosméticos.
Ao manusear sangue, deve usar todas as precauções, porque hoje em dia se tornaram muito
importantes pela frequência de exposição e factores perigosos, os agentes patogénicos podem
ser transmitidos pelo sangue.

MANUSEIO DE PRODUTOS ORGÂNICOS

Destaque-se o cuidado a ter com o manuseio de fezes, secreções e outros fluidos e pô r e m


prática as medidas adequadas na colheita de amostras onde se encontram os agentes
infecciosos capazes de infectar-nos e se não se tomar as medidas necessárias pode trazer resultar
e provocar um surto na instituição de saúde ou em nossas casas.

COLHEITA DE AMOSTRAS
A colheita das amostras é a recolha de pequenas quantidades de material de secreções e
excreções, biópsias e punções de órgãos ou sistemas do corpo humano para futuras pesquisas
clínicas

CONSIDERAÇÕES GERAIS.
Muitas vezes o paciente pode colaborar na recolha de amostras de sangue, urina, fezes, saliva ou
secreções exsudados de feridas. Para ser capaz de executar esses procedimentos, deve explicar
ao paciente o que tem de fazer para colaborar na obtenção de material.
Muitos pacientes estarão dispostos a ajudar e muitas vezes o sucesso depende da vontade do
paciente para fornecer a amostra.
É importante destacar, o cuidado que deve ser tomado em consideração para evitar
esquecimentos e erros que trazem consequências adversas para o paciente. Através da
investigação das amostras contribui-se para o diagnóstico médico e tratamento.
Várias amostras são enviadas ao laboratório para exames microbiológicos para analisar
secreções (produto de uma glândula, por exemplo, biliares) e excreções (substâncias que são

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removidos do corpo, por exemplo, fezes), frequentemente estudadas para isolar e identificar os
micróbios infeccioso.
Os enfermeiros devem preocupa-se com o resultado dos testes realizados e anexá-lo ao processo
do paciente.

Objectivo:
_ Utilizar os resultados da investigação clínica para diagnosticar e acompanhar o progresso do
paciente durante o tratamento.

COLHEITA DE AMOSTRAS
PRECAUÇÕES
 Explicar ao paciente o procedimento para que colabore
 Recipiente adequado à amostra que se vai recolher
 Recipiente limpo e seco por dentro e por fora para evitar contaminação e em algumas
amostras, é necessário recipiente estéril.
 A amostra deve ser suficiente de acordo com as normas do laboratório
 Rotular o recipiente em forma clara com os seguintes dados:
 Nome e apelido
 Número do processo clínico
 Serviço onde está internado
 Número de cama
 Data e hora da colheita
 Se a amostra vai para outro hospital ou instituição deve constar o nome do hospital
de onde procede o paciente.
 Antes de colher a amostra certifique-se que tem prescrição médica.
 Em caso do paciente estar a fazer antibiótico deve assinalar-se na requisição.
 A amostra deve seguir de imediato para que se não decomponha e dê resultados falsos
 Algumas vezes o laboratório indica quando se deve colher a amostra.
 Deve-se anotar no modelo qualquer dado anormal relativo ao aspecto da amostra

Antes do procedimento:
_ Prepare o paciente.
_ Explique ao paciente o que vai fazer.
_ Explique como o paciente pode ajudar no teste.
_ Receber a orientação médica sobre o significado do teste.
_ Proporcionar a privacidade necessária do procedimento.
_ Cubra o paciente para o conforto e para facilitar a prova (se necessário).

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_ Ajuda o paciente a tomar a melhor posição para fazer o teste.

Preparação com o Material


_ Reúna todo o material necessário (dependendo da colheita, por exemplo, punção lombar)
_ Mantenha o material estéril antes e durante colheita ou teste.
_ Preparar os recipientes necessários para depositar as amostras e rotulá-las

Preparação do ambiente:
_ Feche as janelas e evitando as correntes de ar.
_ Dar privacidade para o ambiente. Coloque o parado (se necessário).
_ Coloque o equipamento da forma mais conveniente para o uso por pessoas que irão realizar o
procedimento assim.
_ Fornecer uma cadeira para o médico ou técnico, se necessário.
Durante o procedimento:
_ Tranquilize o paciente e ajudá-lo a trabalhar com o teste.
_ Dê assistência física para estar na posição indicada.
_ Ajuda no manuseio do equipamento, caso seja necessário.
_ Observar as reacções do paciente para o procedimento.
Após o procedimento:
_ Aplicar medidas de enfermagem para o paciente ter o máximo de conforto e para evitar
complicações.
_ Observe com cuidado para as reacções adversas no paciente.
_ Insira as informações necessárias no registro ou processo clínico do paciente.
_ Enviar as amostras ao laboratório em recipientes rotulados, como deve ser.
_ Limpe e ordem do equipamento utilizado.

As amostras de sangue
Recolha de amostras de sangue. Ele consiste em tirar sangue para determinar os valores normais
de seus componentes e à presença de componentes anormais, tais como microorganismos.

Considerações gerais.
A colheita de amostras de sangue tem um significado prático no cuidado do paciente, a sua
relação com o estado clínico como um todo. Com a análise de sangue pode fazer determinações
de valores normais dos seus componentes.
Punção venosa, a qual envolve o picar uma veia com uma agulha para obter uma amostra de
sangue, é geralmente praticado no sangradouro (dobra do cotovelo), é menos comum no pulso,

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no dorso da mão ou do pé, ou em qualquer outra veia. A punção de veias das pernas aumenta o
risco de tromboflebite e embolia, por isso deve ser evitado sempre que possível.
Punção venosa deve ser realizada com cautela em pessoas com distúrbios hemorrágicos ou
recebendo terapia anticoagulante. Nunca retire uma amostra de sangue venoso de um indivíduo
a ser utilizado para administração terapêutica ou intravenosa de sangue, conforme pode alterar
os resultados do teste, nem para a amostra a partir de um local infectado, como este corre o risco
de introdução de agentes patogénicos no sistema vascular.
Se a pessoa tem distúrbios hemorrágicos ou recebendo terapia anticoagulante , retire a agulha e
mantenha o local da punção por 5 min , pelo menos , para evitar a formação de um hematoma.
A complicação mais comum da punção venosa é a formação de um hematoma e má técnica
pode resultar numa infecção.

Precauções:
_ Preparar psicologicamente o paciente e explicar o propósito da análise para que se sinta
confiante, seguro e cooperar na extracção da amostra.
_ O paciente deve estar em jejum desde a ingestão de alimentos podem alterar as concentrações
de componentes sanguíneos.
_ Executar a limpeza mecânica dos braços do paciente (dependendo de sua saúde) antes da
extracção
_ Para realizar a extracção, o paciente deve ser deitado ou sentado, porque observando o sangue
muitas pessoas se impressionam desagradavelmente, ou sofrer desmaios e pode cair ou bater.
_ As amostras laboratoriais devem ser frescas e entregues atempadamente, de modo que o
resultado seja real
_ O equipamento a ser utilizado deve ser esterilizado, agulhas e seringas devem estar secos para
evitar a hemólise.
_ Quem faz a colheita deve estar ciente do tratamento adequado - manipulação de material
esterilizado e desinfecção da região; cada vez que vai palpar a veia a ser pusionada, isto é, se
quando se faz a primeira punção não se obtém sucesso, é necessário desinfectar novamente a
região sondada, tantas vezes quantas as necessárias.
_ O tubo de onde a amostra é depositado deve conter anticoagulantes.
_ registe no processo clínico: data, hora, local da punção venosa, ao enviar a amostra para o
laboratório e os efeitos colaterais que surgem, como hematoma ou ansiedade.
_ Fornecer alimentos para o paciente após a colheita de sangue.
_ Preocupe-se com o resultado da amostra de sangue e anexá-lo ao processo.
_ Recordar ao médico que os exames pedidos já têm os resultados no processo do paciente.

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Amostras de urina
Recolha de amostras de urina.
Consiste na colheita de urina, que é uma solução aquosa composta por substâncias orgânicas e
inorgânicas, dos quais a maioria é o produto de resíduos do metabolismo celular.

Amostra simples de urina


Objectivo:
Ajudar a determinar a função renal.
Precauções:
_ Recolha da primeira urina da manhã, porque tem mais a uniformidade da concentração de
volume e o pH é inferior, o que assegura uma melhor conservação dos elementos figurativos.
_ A urina deve ser colhida directamente para o frasco, se não for possível, use um recipiente
limpo para evitar a contaminação, desperdiçar o primeiro jacto de urina e recolher o jacto
intermédio.

Material
_ Frasco com tampa ( 60 a 100 ml ) , rotulado .
_recipiente graduado (se necessário)
_ Urinol, arrastadeira ou recipiente limpo.
_ Colector de urina pediátrica.
_ Biombo ( se necessário ) .
_ bacia ( se necessário ) .
_ Sabão, água e toalha ( se necessário ) .

Procedimentos:
Inváveis funcionais Gerais.
_ Manter privacidade do paciente (biombo, se necessário) .
Variáveis funcionais:
_ Dê o frasco para o paciente, se ele pode colher a amostra, caso contrário , coloque a
arrastadeira , em seguida, coloque o frasco onde vai recolher para enviar ao laboratório . Se
precisa para medir e registrar débito urinário, esvaziar a urina restante no recipiente graduado.
Caso contrário, descarte. Se, acidentalmente, derrame de urina na parte externa do recipiente,
limpa e seca para evitar possível contaminação cruzada.
_ Dê a água paciente, sabonete e toalha para limpar as mãos.

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_ Se o paciente tem sonda vesical permanente, 1º feche a sonda durante 15m, depois recolha a
amostra colocando directamente o frasco na ponta da sonda
_ Observe características da urina ( cor, se límpida ou turva e cheiro).
_ Rotular o recipiente com o nome do paciente, número da cama, serviço, data, hora da colheita
e enviá-lo imediatamente para o laboratório.
Invariantes funcionais Gerais.

Colheita de urina por um determinado período.


É a colheita de urina num período de tempo (por exemplo 24h), para fins de diagnóstico.

Considerações gerais.
Dado que as hormonas, proteínas e electrólitos são excretados pela urina em pequenas
quantidades e variáveis , muitas vezes, as amostras de urina para medir essas substâncias devem
ser colhidas durante um período prolongado, a fim de reunir quantidades com valor de
diagnóstico. O mais comum é recolher a urina de 24 horas, porque desta maneira se pode avaliar
a média de eliminação das substâncias removidas durante este tempo. Este tipo de amostra
também pode ser recolhido em intervalos mais curtos, como por exemplo 2 a 12 horas,
dependendo da informação específica desejada. Além disso, uma amostra de urina recolhida ao
longo de um período específico pode ser prescrita após a administração de uma dose de uma
substância estimulante, para identificação de diversos distúrbios renais.

Objectivo:
_ Obter amostra de urina num determinado período para avaliar a função renal.

Precauções:
_ Quando começar a colheita de urina para um determinado período de tempo, certifique-se que,
no final, o laboratório está aberto para receber a amostra, o que ajudará o teste seja rápido e
preciso. Se por acaso uma amostra no tempo de colheita se desperdiçou, iniciar de novo.
_ Nunca guarde uma amostra de urina num frigorífico contendo alimentos ou drogas, para evitar
a contaminação.
_ Se o paciente tiver colocado um cateter urinário permanente (sonda vesical), coloque ao lado
da cama e um recipiente com gelo sobre o saco de recolha.
_ A perda acidental de urina durante o teste pode resultar em hospitalização prolongada por
mais de um dia, o que pode provocar ao paciente transtornos pessoais e económicas. Portanto, é
importante comunicar a necessidade de toda a urina ao pessoal assistente, aos familiares e
visitantes.

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_ Explicar ao paciente ou acompanhante deve começar a recolher a urina às 6:00 horas da
manhã, pelo que deve esvaziar a bexiga para a amostra de 24 h.
_ A amostra deve ser guardada no frigorífico.
_ Evitar a contaminação com fezes e papel higiénico (contém bismuto e alterar os resultados do
teste).
_ Explicar restrição dietética ou medicamentosa.

Urocultura
Requer amostras de urina asséptica para determinar a presença de microorganismos patogénicos

Objectivo:
_ Para determinar a presença de germes patogénicos em amostras de urina , de forma asséptica .

Material:
_ Frasco de 60 a 100 ml estéreis, rotulados.
_ Soluções desinfectantes.

Procedimento:
Invariantes funcionais Gerais.
Variantes funcionais:
_ Orientar o paciente para fazer a higiene dos genitais com água e sabão, e depois a com um
desinfectante, 2º indicação médica.
_ Peça ao paciente para eliminar a primeira urina e que recolha directamente para o frasco a
urina do jacto médio para evitar a contaminação da amostra. O resto da urina deve ser
descartado.
_ Enviar a amostra para o laboratório, acompanhado por prescrição médica.
Invariantes funcionais Gerais.

Amostras de fezes
As fezes são resíduos do corpo, contida no cólon, que é evacuada por defecação.

Considerações gerais.
As fezes são o produto de resíduos de digestão, por isso, é necessário removê-los.
A quantidade de fezes varia muito com dieta e outros factores. A média é de 200 g em 24 h.
Uma ou duas dejecções por dia pode ser considerado normal, até uma evacuação a cada 2 ou 3
dias é comum entre as pessoas saudáveis. Em cada caso deve ter-se em conta o hábito
intestinal. Tipicamente, a deposição deve ser sólido e " moldada ", ou seja, cilíndrica,

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consistente, e manter esta forma após ser excretado. Quando obstipado, elimina-se pouco,
pequeno, duro, e muitas vezes, tipo bolinhas. Na diarreia, as fezes são fluidas, pastosas ou
líquidas. As fezes moldadas com pequeno diâmetro aparecem na estenose de cólon distal ou do
recto.
Normalmente, com uma dieta mista, as fezes são castanhas, mais ou menos escura, em adultos,
e escurece com o passar do tempo e exposto ao ar. Podem variar de cor de acordo com a dieta e
ingestão de certos medicamentos. Assim, nota-se que uma dieta de leite, fezes torna-se um
amarelo canário, e devido à ingestão excessiva de café podem escurecer. As fezes diarreicas são
geralmente claras, embora haja excepções.
Os produtos de decomposição são responsáveis pelo odor desagradável normal das fezes.
Tornam-se fezes inodoras durante o tratamento com antibióticos. O aparecimento de muco nas
fezes é reconhecível macroscopicamente. Pode ser separado ou misturado, dando às fezes uma
aparência brilhante, geralmente vem de intestino delgado, ao contrário se aparece listrado
origina-se no cólon distal.
De acordo com a prática comum, uma amostra de fezes é limitado à busca de parasitas
intestinais, ovos , por exemplo, você pode encontrar Trichuris trichiura , Ascaris lumbricóides e
outros. Testes bacteriológicos também são feitos para detectar bactérias intestinais patogénicas,
como Salmonella tiphy , Escherichia colli e outros.

Objectivo:
_ Determinar a presença de sangue, parasitas e seus ovos, bílis, substâncias ingeridas como
drogas com fins de diagnóstico.

Precauções:
Colheita de amostras de preferência pela manhã.
_ Não misturar as fezes com urina ou água, porque os tropozoítos são destruídos, ou com papel
higiénico, pois contém bismuto e alterar os resultados do teste.
_ Utilize um frasco limpo.
_ Não deve ser após o banho de assento, depois de toma de antibióticos, corantes para estudos
radiográficos da vesícula biliar, antiácidos não absorvíveis, enemas evacuantes, alimentos
gordurosos ou drogas em pacientes aos quais se vão colher amostras para análise bacteriológica.
_ Lembre aos pacientes e ou família as medidas de higiene, se eles próprios é que vão fazer a
colheita.
_ Nunca guarde uma amostra de fezes num frigorífico que contenha alimentos ou drogas.
_ Se as fezes têm aspecto estranho, informe o médico.

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Material:
_ Frasco de boca larga, rotulado.
_ Espátula ou dispositivo para colher as fezes.
_Arrastadeira limpa.
_ Papel higiénico ou similar.
_ Biombo
_ Papel (para envolver depressivo utilizado).

Procedimento:
Invariáveis funcionais Gerais.
Variáveis funcionais:
_ Orientar o paciente para lembrar quando tiver desejo irresistível para defecar.
_ Coloque o biombo.
_ Fornecer arrastadeira.
_ Dê o frasco e dizer ao paciente para recolher com a espátula, uma pitada (1 ou 2 g) de fezes;
passar isso para o frasco e tampar. Se o paciente não é capaz de colher a amostra, os enfermeiros
executam. Se as fezes têm sangue, muco ou pus, não se esqueça de incluí-los na amostra.
_ Envolver em papel a espátula para ser descartada.
_ Enviar a amostra para o laboratório imediatamente, acompanhada da prescrição médica, pois
uma amostra fresca permite resultados mais precisos. Se você não pode enviá-lo em breve,
manter refrigerada, não mantenha aa amostra fecal refrigerada, se for pesquisa de ovos e
parasitas, este é estudado logo que é obtida.
_ Se o paciente for incapaz de ir à casa de banho, adicionado outra arrastadeira, no caso das
mulheres, e um urinol no caso os homens, para que o paciente urine.
Invariáveis funcionais Gerais.

Anote no processo clínico a hora da colheita e transporte para o laboratório. Descreva cor, odor,
consistência e qualquer característica incomum das fezes, também explica se o paciente teve
dificuldade em defecar.

Amostra de expectoração
Expectoração - Secreção de muco produzido pela mucosa que existe nos bronquíolos,
brônquios e traqueia; ajuda a proteger contra a infecção nas vias respiratórias.

Considerações gerais.
A expectoração é geralmente um exsudado purulento, mais ou menos a partir de produtos
expelidos pelos brônquios ou pulmões . Quando estas secreções são expelidos a partir do

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sistema respiratório, geralmente contendo leucócitos, células epiteliais, as bactérias e poeiras,
tudo isto é misturada com saliva, secreções nasais, células mortas e as bactérias da flora oral. O
aparecimento destes fluidos são variáveis e pode ser aquoso (um líquido incolor), com espuma
ou viscoso (um muco espesso e exsudado pegajoso).
A expectoração também pode ser descrita por cores: verde, amarelo, com sangue ou cinzenta.
Por vezes, a expectoração tem um odor característico que pode ser, por exemplo, irritante (mau
cheiro) ou doce. Pacientes com distúrbios respiratórios frequentemente têm expectoração. Deve
observar a expectoração em relação à quantidade, à cor, à consistência, ao odor e a presença de
material estranho, tal como o sangue ou pus. A característica da expectoração depende do tipo
de doença do paciente, por exemplo, a expectoração de pacientes com enfisema ou bronquite
crónica é geralmente espessa e viscosa, enquanto que em doentes com edema pulmonar é
geralmente de uma cor -de-rosa e espumoso. A hemoptise é a expectoração que tem estrias de
sangue.

Recolha de expectoração bacteriológica e citológica


Consiste em colher uma amostra de expectoração para cultura a fim de identificar
microorganismos patogénicos na árvore respiratória

Expectorar: consiste em expulsar o muco dos pulmões.


O método comum para a colheita de amostras é expectorar, o que pode requerer a nebulização.
Hidratação com percussão torácica e drenagem postural.

Exame bacteriológico consiste na pesquiza de presença de bactérias patogénicas, como a


Klebsiella pneumoniae, Haemophilus influenzae e outros

Técnica de colheita de expectoração bacteriológica e expectoração para Bacilo Ácido


Alcoólico Resistente (BAAR)

Objectivos:
_ Pesquisar gérmenes patológicos a nível da árvore respiratória
_ Detectar a existência do bacilo da tuberculose (TB) no BAAR.

Precauções:
_ O paciente deve enxaguar a boca para ficar livre de alimentos e pasta de dentes ou de resíduos
ou medicamentos via oral, pode lavar os dentes.

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_ A descarga de saliva de nasofaringe não deve ser misturado com escarro, a amostra deve ser
colhida antes de iniciar o tratamento.
_ Os recipientes para a colheita deve estar limpos e se possível, estéreis.
_ A colheita deve ser feita de manhã, depois de uma tosse produtiva e profunda (prévia remoção
da saliva). Colher pelo menos 15 ml de escarro. Este procedimento (tosse) deve ser feito em
lugar isolado e ventilado, para proteger os funcionários dos núcleos de gotículas, que o paciente
descarregada ao ar livre.
_ A amostra a ser transportada deve ser bem rotulada com os nomes do paciente, o nome da
instituição a que pertence; acompanhada da indicação médica e indicar se o paciente está a fazer
tratamento com antibióticos.
_ Antes de enviá-la para o laboratório, examine-o para se certificar de que é, de facto, escarro,
não saliva, pois isso levará a resultados imprecisos.
_ O enfermeiro deve estar atento ao resultado para a tomada medidas posteriormente.

Material
_ Recipiente, de preferência de cor âmbar, estéril, com tampa.
_ Copo com anti-séptico bucal (se necessário).
_ Recipiente para lixo.
_ Lenços ou panos descartáveis.
_ Frascos com solução fixadora.

Procedimentos:
Invariáveis funcionais Gerais.
Variantes funcionais:
_ Posicionar o paciente na cama, em um ângulo de 90 °, ou sentado numa cadeira.
_ Orientá-lo para expectorar no frasco para obter a quantidade de amostra necessária.
_ Feche o frasco rapidamente.
_ Recolha o frasco.
_ Rotular o frasco e enviá-lo ao lugar onde ele é processado, evitar a ruptura ou derrame.
Invariáveis funcionais Gerais.

A enfermeira regista no processo clínico a quantidade de expectoração, da seguinte forma:


escassa, abundante e suas características.

Colheita de expectoração em crianças. É realizado pelo pediatra ou por pessoal treinado.

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Citologia da expectoração. Citologia de escarro consiste em verificar ou não a presença
anormal de células, por exemplo, células malignas atípicas no câncer de pulmão, leucócitos,
eosinófilos que se encontram em grande número na expectoração da asma brônquica paroxística
e outros.
Objectivo:
_ Determinar a existência anormal de células malignas, leucócitos, eosinófilos e outros.

Precauções:
_ O frasco para a colheita, a amostra deve ser estéril.
_ Colheita feita nas primeiras horas da manhã.
_ Seguir rigorosamente as medidas de assepsia e anti-sépticas, pois pode infectar e contaminar a
amostra.
_ A ordem médica deve especificar caso o paciente está recebendo antibióticos, pois estes
podem alterar os resultados.
_ Realizar a lavagem da boca antes de colher a amostra para evitar a expectoração contendo
restos de comida em outras substâncias.
_ Confirme se recolhei expectoração e e mantenha o recipiente fechado.
_ A amostra pode ser feita em 3 dias consecutivos, até que se obtenha uma amostra adequada, o
frasco deve permanecer fechado.
_ Preocupe-se com o resultado da amostra obtida.

Material:
_ Frasco de cor âmbar com boca larga, com tampa estéril, com solução fixadora e rotulado.

Procedimentos:
Invariáveis funcionais Gerais.
Variáveis funcionais:
_ Leve o frasco para o lado do paciente
_ Diga ao paciente que tussa energicamente, nesse momento, destape a tampa do frasco, recolha
a amostra e observe as características da expectoração, tais como: cor (amarelo, esverdeado,
branco, com sangue) e consistência (purulenta ou serosa) .
_ Tampe o frasco novamente.
_ Enviar a amostra para o laboratório juntamente com a ordem médica.

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Invariáveis funcionais Gerais.
O enfermeiro regista no processo clínico a quantidade da amostra da seguinte forma: amostra
escassa ou abundante, conforme o caso e características da expectoração.

PARASITAS

A parasitologia é a parte da biologia que estuda os fenómenos de dependência entre os seres


vivos, é a ciência que se ocupa do estudo dos protozoários, platelmintes e artrópodes que
afectam o homem

Parasita: é um organismo que vive a totalidade ou parte da sua existência no interior ou


exterior de outro organismo vivo, que se considera seu hospedeiro, onde consegue obter o meio
e os nutrimentos necessários para o seu crescimento e reprodução. Isto não implica que o
parasita tenha que causar mal ao seu hospedeiro. Pelo contrário, os parasitas melhor sucedidos
são aqueles que conseguem a sobrevivência, o crescimento e a propagação tanto do parasita
como do hospedeiro

Hospedeiro: são aqueles organismos vivos (vertebrados ou invertebrados) implicados no ciclo


evolutivo dos parasitas aos quais recebem ou alojam. No seu conceito mais amplo, é o animal
que recebe o parasita.

Hospedeiro definitivo: é o organismo vivo que aloja a forma adulta do parasita ou no qual o
parasita se reproduz sexualmente.

Hospedeiro intermédio: é o organismo vivo que aloja as formas larvares no desenvolvimento


do parasita no qual este se reproduz de maneira assexual.

Associações biológicas: há vários tipos de interacções nas quais 2 organismos se associam para
viver: parasitismo, comensalismo, mutualismo e simbiose.

Parasitismo: um ser vivo (parasita) se aloja em outro de diferente espécie (hospedeiro) do qual
se alimenta. Desde o ponto de vista biológico os mais adaptados ao hospedeiro são os que
menor dano lhe provocam. O parasitismo não é uma condição anormal nem necessariamente
patogénica

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Comensalismo: associação de duas espécies diferentes, onde só um dos dois obtém benefício,
mas nenhum é prejudicial, isto é, o parasita tira todo o benefício para si sem nada em troca, mas
não prejudica em nada o hospedeiro

Mutualismo: associação de duas espécies diferentes para benefício mútuo.

Simbiose: associação íntima entre dois organismos de distintas espécies para benefício mútuo e
sem o qual não pode subsistir. Estão unidos tão intimamente que não podem viver separados.

Entre os parasitas mais frequentes encontram-se:


1. Protozoários.
2. Fungos.
3. Vírus.
4. Bactérias.
5. Platelmintes.

1- Protozoários: são organismos eucarióticos, protistas unicelulares, que se distinguem em 2


formas: o trofozoóide ou forma vegetativa e o quisto que é um elemento de resistência e
multiplicação. Realizam a sua mobilidade à custa de flagelos, cílios, pseudópodes ou por
movimentos ondulantes e deslizantes do corpo celular.

Dentro dos protozoários encontramos:

Giardia lamblia: este parasita constitui uma das principais infecções intestinais do homem, e
está presente em forma endémica nos países subdesenvolvidos. Pode chegar a produzir surtos de
infecção através da ingestão de águas ou alimentos contaminados e por transmissão de pessoa a
pessoa.
Manifestações clínicas: diarreia, dores abdominais, cólicas, provocam rápida perda de peso e
má absorção de gorduras, náuseas e diminuição do apetite. Pode observar-se manifestações
extra intestinais como urticária e em alguns casos bronquite.

Entamoeba histolitica: constitui uma espécie patogénica. Pode habitar no lúmen intestinal,
invadir a parede do intestino e incluso, realizar migrações para tecidos e órgãos afastados.
Manifestações clínicas: diarreias sanguinolentas, cólicas intestinais, entre outros.
.
Trichomonas vaginalis: é um parasita cosmopolita e se localiza no trato geniturinário da
mulher e do homem.

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Manifestações clínicas: são mais frequentes e importantes os sintomas no sexo feminino. No
homem provoca sintomas escassos ou nulos.
Na mulher, parece vulvovaginite de evolução aguda ou crónica e o sintoma ou sinal mais
comum é a leucorreia, que se apresenta como uma secreção de tipo purulenta e espumosa. A
leucorreia pode ser variável em quantidade, de color que pode ser amarelado, esverdeado ou
cinzento, inodora ou de um odor forte. Outros sintomas são o prurido vulvar, o ardor e a
irritação genital dolorosa. Em algumas ocasiões disúria.
No homem: é muitas vezes assintomático, ou pode provocar uretrite, prostatite, cistite,
epididimite esterilidade.

3- Fungos: são microrganismos eucarióticos, não fotossintéticos, imóveis, alguns possuem


cápsulas, são aeróbios, podem ser uni ou pluricelulares e reproduzem-se sexual o
assexualmente por esporas.

Exemplo de enfermedades producidas por fungos :


1. Pitiríase versicolor.
2. Tinha negra.
3. Dermatofitose.
4. Candidíase (genital, oral), balanite, esofagite, onicomicose, endocardite.
5. Histoplasmose.

4- Bactérias: são organismos procariotas que, por seu pequeno tamanho, é necessário observá-
las ao microscópio. Segundo a sua forma podem ser: cocos, bacilos e esporos, agrupam-se
em cadeias, cachos, pares. Pintam-se para facilitar a sua observação ao microscópio.

Dentro das bactérias incluem-se.


1. Clamídias e Riquétsias.
2. Micoplasma.
Se as células ficam unidas depois da divisão celular formam agrupamentos característicos.
1. Estreptococos (agrupam-se em cadeia). Ex. Estreptococo
2. Estafilococos (agrupam-se em cacho). Ex. Estafilococo.
3. Diplococos (agrupam-se aos pares). Ex. pneumococo.
Microorganismos de grande interesse na práctica diária.
1. Streptococcus pneumoniae ou pneumococo. São parte da flora normal do homem e
podem causar pneumonia, meningite, otite, e outros processos infecciosos.
2. Mycobacterium tuberculosis: produzem doenças granulomatosas crónicas como a
tuberculose pulmonar.

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3. Mycobacterium leprae: bacilo da lepra. (HANSEN).
4. Escheria coli: é a bactéria entérica mais abundante no intestino do homem, e portanto,
forma parte da flora normal do tracto gastrointestinal, pode provocar doenças diarreicas
agudas e fora de sua localização habitual pode produzir infecção urinária.
5. Proteus: encontra-se na flora normal intestinal, são resistentes aos antibióticos, nas
infecções urinárias, septicémias e lesões purulentas em diferentes zonas.
4- Vírus: são os agentes infecciosos mais pequenos que carecem de estrutura celular (não
têm núcleo, membrana o parede celular). Contem um só tipo de ácido nucleico (ARN
ou ADN) como genoma. São partículas que adquirem vitalidade e se reproduzem
quando entram numa célula de um hospedeiro susceptível, pois se multiplicam
unicamente dentro das células vivas.
Os vírus que contêm ADN são: adenovírus, herpes vírus, entre outros, e os que contêm
ARN são: retrovírus rabdovírus, etc.
Exemplos de vírus:
1. Vírus da hepatite A. (VHA), provoca a hepatite A. (Hepatovírus)
2. Vírus da hepatite B. (VHB), provoca a hepatite B.
3. Vírus da Imunodeficiência Humana. (VIH), provoca o SIDA. ( Retrovírus)
4. Vírus de Dengue, serotipos 1,2,3,4. (Flavivírus)

5- Platelmintas: são seres multicelulares, amplamente difundidos na natureza.


1. Áscaris lumbricoides: compara-se desde da antiguidade com a lombriga da terra. A
fêmea mede de 20 a 30 cm. de comprimento e de 3 a 6 mm de diâmetro; o macho de 15
a 20 cm De comprimento e de 2 a 4 mm de diâmetro. As larvas adultos vivem no lúmen
do intestino delgado, são de cor rósea quando estão vivos e branco – amarelados.
2. Taenia Saginata: (lombriga solitária) a adulta mede de 4 a 10 m de comprimento, é
plana de cor branco sujo.
3. Fascíola hepática: afecta tanto o homem como a ovinos, caprinos e bovinos. Mede de 2
a 3 cm de comprimento por 1 a 1.5 cm. Na sua porção mais larga. Se localiza nos canais
biliares.

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UNIDADE 3: ADMISSÃO HOSPITALAR E ATENÇÃO NO DOMICÍLIO

Tema 3.1 O CORPO HUMANO

ORGANISMO é o conjunto de partes organizadas ou órgãos que constituem o corpo humano.


Considera-se como uma forma superior de evolução da matéria, composto principalmente por
macromoléculas biológicas. Relacionado com o ambiente e apresenta uma estrutura e
desenvolvimento em particular

NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO DO CORPO HUMANO

O corpo humano é composto de diferentes estruturas interligadas que formam um todo:


 Células: unidade estrutural e funcional do corpo
 Tecidos: grupos de células com origem estrutural e funcional similar.
 Quatro tecidos básicos são conhecidos:
O tecido epitelial.
Tecido conjuntivo ou conectivo.
O tecido muscular.
Tecido Nervoso.
 Órgãos: Composto de tecidos que têm funções específicas e têm uma certa forma e
posição no corpo.
 Sistemas e aparelhos: Criada por um grupo de órgãos que executam uma função
comum.

SISTEMAS E APARELHOS DO CORPO HUMANO

De acordo com as suas funções podem ser classificados em quatro grupos:


 Somática ou vida animal (tegumentar e músculo-esquelética)
 Sistemas visceral e fisiológico (digestivo, respiratório, endócrino, urogenital)
 Sistema circulatório (vascular, sanguíneo e linfático)
 Sistema nervoso (central e periférico), relacionado com os órgãos dos sentidos.

INTEGRIDADE DO ORGANISMO HUMANO:


Constituído por um todo único, cuja integridade está assegurada pela associação das diferentes
estruturas, unidas por meio do tecido conectivo, os líquidos circulantes e o sistema nervoso. Que
no seu conjunto formam a unidade do PSIQUICO E DO SOMATICO.

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REGIÕES DO CORPO HUMANO:
Existem grandes regiões do corpo humano e subdividem-se em outras cada vez mas pequenas:
 Cabeça: crânio e face.
 Pescoço: região anterior, esternocleidomastóideo lateral e posterior.
 Tronco: dorsal, peitoral, abdominal e peritoneal.
 Membros superiores: deltóide, braço, cotovelo, antebraço e mão (seus componentes).
 Membros inferiores: glútea ou nádega, coxa, joelho, perna e pé (seus componentes)

REGIÕES DO CORPO HUMANO

TERMINOLOGIA
MORFOLÓGICA:
Conjunto de termos
técnicos empregues para
designar estrutura que
compõe o organismo.

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POSIÇÃO ANATÓMICA:
Considera-se o corpo em posição vertical ou de pé, de frente (às pessoas) com o olhar fixo no
horizonte; os membros inferiores juntos com os pés paralelos, membros superiores alinhados
com o corpo de ambos os lados com as palmas das mãos orientadas para a frente.

TIPOS CONSTITUCIONAIS:

Morfológicamente clasificam-se em três formas:


1. Longilíneo: De crescimento preponderante en longitude, delgado e alto.
2. Brevilíneo: Preponderante em altura, forte e baixo.
3. Mesolíneo o Normolíneo: Posição intermédia entre os dois anteriores.

EIXOS E PLANOS DO CORPO HUMANO:

1. EIXOS: São linhas imaginárias que atravessam o corpo humano, se empregam para
estudar a mecânica articular ao supor que todo corpo gira ao redor de um eixo.
 Eixo Sagital: paralelo ao solo e à sutura sagital do crânio entre os ossos parietais.
 Eixo Coronal ou frontal: paralelo ao solo e à sutura coronal do crânio entre os ossos
parietais e frontal.
 Eixo Vertical: perpendicular ao solo e paralelo à longitude do corpo.

2. Planos: Superfícies imaginárias que cortam o corpo e se


utilizam para estudar estruturas situadas ao mesmo nível.
 Plano Sagital: perpendicular ao solo e paralelo à sutura
sagital do crânio. Divide o corpo em duas partes: direita e
esquerda. É denominado também como Plano médio.
 Plano Coronal ou frontal: perpendicular ao solo e paralelo à
sutura coronal do crânio, divide o corpo humano em duas
partes, anterior posterior.
 Plano Horizontal: Paralelo ao solo e ao horizonte, dividindo
o corpo em superior e inferior.

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TERMINOLOGIA GERAL MAIS UTILIZADA: CORPO HUMANO
 Anterior: pela frente.
 Posterior: por trás.
 Superior.
 Inferior.
 Direito ou esquerdo.
 Médio ou mediano (plano médio).
 Lateral. (afastado do plano médio).
 Intermédio. (entre dois pontos).
 Externo e interno.
 Superficial e Profundo.

TERMOS RELATIVOS AOS MEMBROS:

 Proximal, mediana e distal: Relativos ao ponto de fixação dos membros com tronco.
 Radial e cubital. (antebraço)
 Perónio e Tíbia ( ossos da perna)
 Palmar e Dorsal. (mão)
 Palmar e Dorsal. (pé)

SISTEMA OSTEOMIOARTICULAR (SOMA)


É também conhecido como aparelho músculo/esquelético.
Os órgãos que desempenham a função de locomoção - mecânica animal.

Órgãos que compõem o SOMA:


 Ossos
 Músculos
 Articulações.

FUNÇÕES SOMA
1- Protecção
2- Segurança
3- Movimento e equilíbrio
4- Forma.

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CARACTERÍSTICAS REGIONAIS DE OSSO:

1 - Localização e direcção do esqueleto da região em causa.


2 - Funções gerais ou esqueleto mecânica fundamental da região.
3 - Tipo de ossos que predominam pela sua forma.
4 - Origem dos ossos (Locação mesodérmica) e ossificação (membranoso e cartilaginoso) que
predomina na região.
5 - Nome e localização dos ossos.

MECÁNICA CORPORAL:
É a inter-relação dos vários sistemas mecânicos do corpo, principalmente os sistemas
esquelético, muscular e visceral e a sua associação com o sistema nervoso
CONSIDERAÇÕES GERAIS
1. Manter o corpo sob o centro de gravidade, dobrando as ancas e joelhos, em vez de
dobrar ao nível da cintura, que distribui uniformemente o peso entre a metade inferior e
superior do corpo e ajuda a manter o equilíbrio.
2. Apoiando-se sobre uma ampla base de suporte, o que é conseguido através da separação
dos pés, o que vai proporcionar a estabilidade lateral e diminui o centro de gravidade.
3. 3. Manter as relações correctas (ou alinhamento) das partes do corpo diferentes uns dos
outros, movendo-se os seus pés, para evitar a torção e flexão da cintura, mantém o
centro de gravidade directamente por cima da base de apoio.

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PRINCÍPIOS QUE REGEM O MOVIMENTO DO CORPO:

Mecânica corporal é baseada em princípios científicos que não só se reduzem à prática da


enfermagem, mas favorece a vida saudável de todas as pessoas:
Os músculos tendem a trabalhar em grupos e não individualmente.
A fadiga dos grandes músculos é menor que a dos de pequenos músculos.
O movimento activo produz contracção dos músculos, geralmente é prescrito
movimentos activos e passivos aos pacientes.
Os músculos são encontram-se em ligeira contracção, estado designado como o tonos
muscular.
A estabilidade é maior quando um objecto tem uma base de apoio larga e um baixo
centro de gravidade, e quando a partir do centro de gravidade cai uma linha
perpendicular dentro da base de apoio.
O esforço necessário para mover um corpo depende da resistência e da sua gravidade
A força necessária para manter o equilíbrio de um corpo aumenta à medida que a linha
de gravidade se afasta do fulcro.
As mudanças de actividade e posição, ajudam a preservar o tónus muscular e prevenir
a fadiga.
A fricção entre um objecto e a superfície sobre a qual se move afecta o trabalho
necessário para movê-lo. Quanto mais lisa a superfície que produz menos atrito.
Empurrar ou deslizar um objecto exige menos esforço para levantar, porque implica
um movimento contra a gravidade.
Alguns dispositivos mecânicos reduzir o trabalho necessário no movimento.
Próprio preço serviu para contrabalançar o peso do paciente requer menos energia em
movimento.

ACTIVIDADE PRÁTICA:
6 grupos de 5 ou 6 estudantes cada um e estudam os seguintes métodos de atuação em
Enfermagem
1- Ajudar o paciente a mover-se para o bordo da cama.
2- Ajudar o paciente a levantar os ombros.
3- Ajudar o paciente a mover-se para a cabeceira da cama.
4- Ajudar o paciente a pôr-se de lado.
5- Ajudar o paciente a sentar-se na beira da cama.
6- Ajudar o paciente inválido a levantar as nádegas.

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Estudo Independente

Mobilização do paciente acamado.

3.2 O EXAME FÍSICO NA PRÁTICA DE ENFERMAGEM

O EXAME FÍSICO é a exploração corporal que pratica o médio ou enfermeiro a cada pessoa
saudável ou doente, para reconhecer suas características físicas ou sinais produzidos em caso de
doença, este teste é realizado através dos cinco sentidos e instrumentos.

DIFERENTES POSIÇÕES DURANTE A REALIZAÇÃO DE EXAME FÍSICO:


- Se o paciente pode andar, uma inspecção geral é feito geralmente em pé, ou seja, valoriza-se a
sua postura, a sua aparência geral, e procurar-se sinais e sintomas da doença.
- Sentado: explorar a face, cabeça, pescoço, sistema respiratório, sistema cardiovascular e
membros superiores.
- Decúbito dorsal: sistema cardiovascular, abdómen, membros inferiores e manas.
- Posição geno-peitoral ou Sim: para examinar o recto.
- Posição de litotomia: usado para testes e operações no trato urinário e reprodutivo de ambos
os sexos.

Exame físico geral.


1. Fácies.
2. Marcha.
3. Biótipo.
4. Atitude.
5. Pele.
6. Mucosa.
7. Anexos: cabelos e unhas.
8. Tecido Celular Secular.
9. Altura
10. Peso.
11. Temperatura.

1- Fácies: a expressão facial da pessoa. Neste caso, avaliar a simetria da face, cantos dos lábios,
rugas. Observa-se também se o paciente sente-se alegre, com ansiedade, tristeza, se há paralisia

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facial, entre outros.

2- Marcha: a marcha de um sujeito e consiste em 2 fases: a de apoio e de balanço (mãos). Neste


caso, recomenda-se que o paciente descalce os sapatos, se possível e com a menor quantidade
possível de roupa. Deve haver sincronia de movimentos.

3- Biótipo:
- Longilíneo. (Alto, magro, pernas longas, pescoço comprido)
- Brevilíneo. (Baixo, gordo, membros curtos, pescoço curto)
- Normolíneo. (Proporções normais)

4- Atitude: Posição assumida pelo indivíduo em pé, deitado, sentado


1. Atitude de pé: observa-se a partir da frente e de perfil. Neste caso, é o alinhamento dos
ombros e as cristas ilíacas, entre outros.

Excelente. Paciente com a cabeça levantada, peito alto e bombado, abdómen para dentro e
plana. As curvas das costas dentro dos limites normais.
2. Atitude deitado:
• Decúbito dorsal.
• Decúbito ventral
• Os decúbitos, lateral direito e esquerdo.
Neste caso, valorizou a atitude activa (quando o paciente assume a posição de sua própria
vontade) e passiva (inconscientemente ou colocá-lo nessa forma).
3. Sentado. Avalia-se o paciente sentado, na posição que toma.

5- Pele. É examinado e avaliado de acordo com a idade do paciente. A palpação deve ser leve e
macia.
• Humidade. (Transpiração, pele está mais seca na parte exposta ao ar)
• Higiene e presença de lesões.
• Temperatura: normotérmica, quente ou fria.
• Coloração e pigmentação: de acordo com idade, sexo e raça.
. Palidez: pele branca, ou com um ligeiro tom amarelado. (Anemia)
. Vermelhão: cor da pele avermelhada. (Emocional - essencialmente nervoso no rosto, causada
por drogas como a atropina, a exposição ao sol, febre e alcoólatras)
. Cianose é a coloração azul ou púrpura da pele. (Mostrado na insuficiência cardíaca em
pacientes que ingerem compostos tóxicos quando há má circulação dos membros superiores e
inferiores)

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. Icterícia: coloração amarela da pele, dado pelo aumento de bilirrubina no plasma sanguíneo.
(observa-se em pacientes com hepatite, icterícia com obstrução, cirrose hepática, etc)

6- Mucosas: pele que está dentro da boca, da conjuntiva, lábios, entre outros.
Estes são geralmente normocoradas (característica da cor da pele) e molhadas (normohídrica)
com uma boa higiene e livre de lesões
7- Anexos: são os cabelos e unhas.
. Cabelo: á inspecção valoriza-se a cor, quantidade, higiene e espessura e de implantação do
cabelo.
. Pode haver algumas alterações fisiológicas de acordo com as condições biológicas: herança,
entre outros
. Na infância, o cabelo é escasso, na medida em que cresce aumenta a quantidade e torna -se
mais espesso.
. Na adolescência, o cabelo começa a emergir em regiões onde havia, principalmente na virilha
e axilas, também nos rostos dos homens.
. Nos adultos, os cabelos são mais abundantes: no homem aparecem pelos no peito, as
sobrancelhas são pesadas e grossas, barba e bigodes, pelos pubianos no formato de diamante na
região infra umbilical (Monte Apollo). Na mulher os pelos são mais finas, mais, nas
sobrancelhas e cílios são menos abundantes, aparecem nas pernas e antebraços, e púbis em
forma de triângulo (Monte de Vênus).
. Na idade crítica (nos homens) gradualmente o cabelo torna-se branco, também na barba e
pelos do corpo e surge calvície.
Nas mulheres, para além do cabelo branco, aparecem no lábio superior e no queixo cabelo
queixo pelo rijo com características da barba do sexo masculino.
Na velhice, como o passar dos anos acentuar as características que acabamos de descrever, cada
vez mais o cabelo perdido vitalidade, a queda se generaliza e a careca torna-se mais extensa.

A unha normal cresce cerca de 0,5 m por semana, rosa, consistência macia e elástica. O la nugo
esbranquiçado ocupa a 5 ª parte da sua superfície.
Na unha vê-se o enchimento capilar

7- Tecido subcutâneo: geralmente é o tecido adiposo, temos que ver se o paciente mantém um
peso normal, ou se é magro, se tem diminuído ou desaparecido o panículo, ou, pelo contrário, se
é obeso apresenta-se aumentado. O tecido subcutâneo pode ser aumentado por conter
substâncias que não são normalmente encontrados no mesmo, ou, como no edema subcutânea,
porque contém substâncias que são normalmente encontrados nele, mas em maior quantidade do

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que o normal. Normalmente este não está infiltrado, quando há infiltração é porque existe
edema.

Edema: também conhecido como tumor ou inchaço ocorre quando o fluido intersticial ou
plasma que ocupa os espaços intercelulares ou intersticial, é patologicamente aumentada. Ele
pode ser causado por síndrome nefrótico, edema nas pernas, em mulheres grávidas, problema
alérgica, entre outros. Pela palpação manifesta godé ou região sacra, região maleolar, na zona
interna da tíbia.
O tecido adiposo: retido, aumentado ou diminuído
. Em seguida, continuar com a altura, peso e temperatura.

REGIÕES DO CORPO:
 Cabeça
 Pescoço
 Tórax.
 Abdómen.
 Coluna vertebral.
 Membros superiores e inferiores.

Sistemas ou aparelhos:
Sistema cardiovascular.
Sistema respiratório.
Sistema renal.
Sistema genital (masculino e feminino).
Sistema nervoso.

1- EXAME FÍSICO DA CABEÇA: CRÂNIO E FACE.


 Crânio:
Inspecção: busca-se a posição, forma e proporção da cabeça no seu conjunto. (macrocefalia,
microcefalia, acrocefalia e outras)
Palpação: - Implantação dos cabelos.
- Artérias temporais

Exame do cabelo e do couro cabeludo: Observar o couro cabeludo, a anomalia mais frequente é
a seborreia. A calvície e a alopecia são comuns nos homens de idade e é raro nas mulheres, mas
às vezes aparece nos jovens. Deve ter-se em conta la higiene do cabelo e a aparência pessoal.

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1- Face. Examina-se a cara propiamente dita, os olhos, lo nariz, a cavidade bocal e os ouvidos.
Exame da face: observar coloração da pele, tipo de fácies, linhas e rugas, textura, simetria,
lesões, cicatrizes, estado emocional, presença ou não de manchas, expressão geral, tiques ou
espasmos musculares. Estes podem denotar um sem número de afecções, por exemplo, a doença
de Cushing, acromegalia, mongolismo e outros.

Exame dos olhos: observe a expressão dos olhos (apagados, vivos, inexpressivos), coloração
(normocorados, hipocorados, hipercorados, ictéricos), simetria, característica da pupila,
presença de lentes e prótese ocular, movimentos involuntários (tiques, espasmos musculares),
secreções oculares e acuidade visual.
Exame do nariz: observar se há dificuldade respiratória, lesões, inflamação, secreções e a
percepção dos odores.
Exame da cavidade bocal: observe a língua (tamanho, posição, textura, movimento, lesões),
gengivas, dentes (naturais o artificiais), amígdalas, faringe, orofaringe, laringe, mucosa oral,
aspecto de las comissuras labiais, coloração dos lábios (palidez, cianose, hidratação), secreções,
tom de voz, dicção, hálito (fétido, cetónico, alcoólico, higiene e gosto)
Exame físico dos ouvidos: observe a posição da cabeça para escutar, uso de prótese auditivo,
deformidades, implantação, lesões (quistos, nódulos e outros), inflamações, secreções, tamanho
e forma do ouvido externo, dor.

2- EXAME FÍSICO DO PESCOÇO:


Observe a cor, simetria (bócio, gânglios linfáticos), pulso, musculatura, veias do pescoço
(visibilidade e distensão), tique ou espasmos musculares, movimentos (os mais frequentes são a
inclinação da cabeça)
Os gânglios linfáticos normais não são visíveis nem palpáveis.
Glândula da tiróide e cadeias ganglionares.

3- EXAME FÍSICO DO TÓRAX :


Consideram-se 3 partes. Anterior, posterior e lateral
Observa-se a forma do tórax, a postura, a simetria, las deformidades ou cicatrizes, a cor, a
consistência e as características da respiração. Deve-se examinar las condiciones higiénicas. Em
relação à respiração deve-se ter em conta se há dispneia, taquipneia. Bradipneia, apneia, e a
presença de cianose, tiragem, entre outros. Examinar-se-ão os órgãos que se encontram na
cavidade torácica. (mamas, coração e pulmões).

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Exploração das mamas: observe a simetria, posição, altura, mamilos (exsudados, retração,
sangramento, ulceração e inversão), eritema, edema, firmeza ou elasticidade dos tecidos, dor,
edema, presença de manchas e nódulos visíveis ginecomastia (volume excessivo das mamas no
homem). Na mulher se explora mediante 2 métodos de mapear: el método horário ou do relógio
e dos quadrantes.

Exame físico do Sistema Respiratório: paciente sentado, tronco nu, sempre respeitando o
pudor e la privacidade do paciente.
Na ordem de execução, com respeito às regiões por explorar, podemos seguir os passos
seguintes: primeiro se explora o plano posterior, de cima para baixo, desde as regiões dos
vértices até às bases, a seguir o plano anterior e finalmente o plano lateral.
Em cada plano deve examinar-se primeiro um lado, depois o outro e posteriormente, efectuar
uma exploração comparando as áreas simétricas.
Existem diferenças fisiológicas entre um lado e o outro pelo que faz com que em determinadas
áreas os achados normais sejam diferentes entre e o lado direito e o esquerdo.
Inspecção: Estado de la pele do tórax, do tecido celular subcutâneo (TCS) e das estruturas
músculo esqueléticas, configuração e simetria. Devemos inspeccionar a traqueia e os
movimentos respiratórios. Geralmente as mulheres respiram com movimentos torácicos,
enquanto os homens e as crianças respiram com o diafragma. Avalia-se a frequência
respiratória.
Palpação: se palpa a sensibilidade (dor), expansibilidade torácica e intensidade das vibrações
vocais.
Expansibilidade: coloca-se as mãos na região posterolateral do tórax, com os polegares a nível
da décima costela, apontando para a coluna. Peça á persona que respire profundamente e
observe o movimento das suas mãos, a apertura do ângulo e a separação dos seus polegares, que
se produz pela expansibilidade torácica a nível das bases.
Normalmente, quando a pessoa realiza uma respiração profunda, os polegares devem separar-se
da coluna uma distância igual de cada lado.
Uma diminuição da expansibilidade torácica num hemi tórax, pode indicar doença pulmonar ou
pleural.
As vibrações vocais têm origem nas cordas vocais durante a fonação e se transmitem pela
coluna de ar traquebronquial ao pulmão, modificam-se pela idade, o sexo e a voz.
Se diz com razão, que as vibrações vocais “correm bem”, “voam mal” e “nadam pior”. Se
aplicarmos isto à galinha, veremos que este animal pode correr relativamente rápido, contudo,
seu voo é baixo e por suposto, morre se submergir na água.

Idade:

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 Criança pequena: menos intensa, por ser a voz aguda y menos forte.
 Adultos: mais intensas, por ser a voz mais grave e mais forte.
 Idosos: menos intensas, por ser a voz débil.
Sexo: na mulher são menos intensas, por ser a voz mais aguda e menos forte.

Percussão: a percussão digital do tórax produz 2 tipos de sensações:


1. A auditiva: que se deve à sonorização do pulmão.
2. A táctil: que se deve à elasticidade do pulmão. A sensação táctil é uma resistência ao
dedo.

Auscultação.
O lugar onde se vai auscultar deve reunir una série de atributos: privacidade, ambiente tranquilo,
silencioso, com temperatura agradável e que no hajam ruídos exteriores. Se pode realizar em
qualquer posição: pode fazer-se com o paciente de pé, sentado ou encostado quando o paciente
se encontra acamado, mas os objetivos atingem-se de forma mais eficaz com a pessoa sentada.
No se pode fazer com roupa vestida, é um erro auscultar por cima da roupa pois impede a
auscultação e se podem originar ruídos paralelos que se podem confundir com ruídos
respiratórios anormais.
Pedimos ao paciente que respire tranquilo e regularmente sem esforço, mas mais profundamente
que o habitual. Que respire pelo nariz com a boca aberta ou só pela boca, segundo o hábito do
paciente, tendo o cuidado de não fazer ruídos nasais ou bocais.
Ao colocar o estetoscópio sobre o pelo fino do tórax pode originar sons similares a estertores
(crepitantes). Isto pode evitar-se humedecendo-o.

Murmúrio vesicular. Está presente de forma contínua, e se está diminuído ou aumentado deve-
se a um processo patológico. Este ruido assemelha-se ao ruido provocado pela brisa entre a
folhagem de um bosque, ou ao provocado por um homem que num sono tranquilo faz uma
inspiração profunda. Se imita aspirando ar pela boca, com os lábios em posição para pronunciar
o V ou o F.

É audível nas regiões infra-axilar, infra-escapular e infra clavicular.

A respiração nas mulheres é menos intensa, os murmúrios vesiculares são ouvidos mais intensos
e acentuados na parte superior do tórax devido ao tipo de respiração costal superior e do género.

Ruídos patológicos: eles são chamados estertores, que pode ser secos ou húmidos.
Entre eles está a roncos, sibilos, crepitações.

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Roncos: som semelhante à respiração profunda de um homem.

Sibilante: soa como uma pessoa assobiando, ou a entrada de ar através de uma porta
entreaberta.
Crepitações: semelhante ao estalar do cabelo, ou o som estridente de uma sacola de compras.

SISTEMA CARDIOVASCULAR:

Inspecção. Neste caso continua-se a inspeccionar o tórax. Deve-se colocar no lado direito do
paciente e observar a cor da pele e o bater do coração, não apenas a área precordial, mas
também da região epigástrica e do pescoço. Neste pode ver o batimento cardíaco em choque de
ponta. É chamado o choque ponta experimentado pela região de elevação apical, pelo impulso
do ventrículo esquerdo ponta para a frente durante o início da sístole cardíaca.

Palpação: com o paciente deitado palpa-se toda a área no peito, a mão deve ter uma
temperatura moderada. A palma é mais sensível à palpação e dedos são mais sensíveis ao toque,
como o choque da ponta.
O choque ou batimento do ápice coincide com o foco mitral.

Percussão: a percussão é feita com um golpe fraco dentro dos espaços intercostais, faz-se onde
o som é claro.

Auscultação: feito com o paciente em decúbito dorsal, lateral esquerda e sentado para a frente.
A auscultação deve ser realizada em todo a zona precordial, tanto nos seus 4 focos principais de
auscultação, como os adicionais, também escuta a região epigástrica e pescoço.

TIPOS DE FOCOS CARDÍACOS:

1. Foco Aórtico: 2º espaço intercostal à direita do esterno.


2. Pulmonar: 2º espaço intercostal à esquerda do esterno.
3. Tricúspide : 5º espaço intercostal a 1cm à esquerda do esterno.
4. Mitral: 5º espaço intercostal (coincidindo com a batida do ápice), acima do mamilo.

Palpar também, os pulsos periféricos, pulsações do pulso, frequência cardíaca e pressão arterial.

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O EXAME DO ABDÓMEN:

A posição do paciente deve ser em decúbito dorsal, a cabeça pode estar sem ou com uma
pequena almofada, os braços ao lado do corpo, para evitar a tensão dos músculos abdominais,
pernas semi flectidas com um travesseiro sob joelhos, pois isso ajuda a relaxar os músculos
abdominais.

ZONAS DO ABDÓMEN: DIVIDEM-SE EM 9 QUADRANTES.

Quadrantes e principais órgãos que aparecem em cada um deles:


1- Epigastro: estômago, duodeno, pâncreas e vasos sanguíneos.
2- Mesogastro: colon transverso, vasos sanguíneos.
3- Hipogastro: bexiga e útero.
4- Hipocôndrio direito: fígado, vesícula, ângulo hepático do colon.
5- Hipocôndrio esquerdo: baço, ângulo esplénico do colon e pâncreas.
6- Flanco direito: colon ascendente e rim direito
7- Flanco esquerdo: colon descendente e rim esquerdo.
8- Fossa ilíaca direita: cego, apêndice, genitais internos na mulher.
9- Fossa ilíaca esquerda: sigmóideo e genitais internos na mulher.

Inspecção: com o paciente deitado nu. Usando esta técnica observa-se: o volume, a forma, a
topografia, a simetria, a frequência cardíaca, a integridade da pele e do padrão respiratório, a
presença ou ausência de protrusões, o estado da mobilidade do umbigo e abdominal, entre
outros.
- Uma hemorragia intra-abdominal pode resultar na perda de cor da zona umbilical, pelos
pigmentos de sangue que chegam aí através dos vasos linfáticos no ligamento umbilical médio.

- Na pancreatite são pigmentos peri-umbilical azulados.


- O derrame de pigmento biliar aparece com umbigo amarelo.
- Umbigo saliente na hérnia umbilical.
-A massa do abdómen superior pode deslocar para baixo umbigo como nas ascites.
-Também se deve observar a distribuição dos pelos abdominais e púbico, de acordo com as
características do sexo e da natureza da doença hormonal.
-Observe as pulsações abdominais que podem tornar-se evidentes na aorta abdominal na linha
média do umbigo.

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Auscultação: mediante esta técnica se identifica os ruídos normais e patológicos. Podem
escutar-se ruídos hidroaéreos que são mais audíveis na fossa ilíaca esquerda

Percussão: identificam-se os diferentes sons do estômago, que são mais ou menos semi-sólidos
e das vísceras intra-abdominais. Do mesmo modo se avalia:
- O som das vísceras ocas: timpanismo.
- Sonoridade das vísceras maciças: solidez ou semi solidez.

Palpação. É muito importante o exame do abdómen, por isso "há que palpar pensando e pensar
palpando”.
Começa-se a partir do ponto mais distante da dor, primeiro ma palpação superficial e depois
palpação profunda. Não se deve ser brusco ou violento, na palpação para não causar dano pois
pode provocar uma contracção para além do medo, que vai impedir de fazer um bom exame.
Se o paciente sente cócegas começa palpando com a mão do próprio paciente.
Ao palpar encontra-se: a parede abdominal em si, com os seus elementos constitutivos, bem
como órgãos superficiais (face anterior superior do fígado, intestino delgado, cólon, piloro) e
órgãos profundos (pâncreas, aorta, renais ovário, e os ângulos do cólon). A vesícula biliar pode
ser superficial ou profunda.
Realiza-se a palpação do baço, do fígado e dos rins.
Palpação do fígado: é feito de forma simples ou com uma só mão. Coloca-se a mão direita
paralela à margem costal no quadrante superior direito e pede-se ao paciente que respire
profundamente. Esta manobra irá obter uma impressão da borda inferior do fígado.

O EXAME FÍSICO DA COLUNA VERTEBRAL.

Inspecção da coluna cervical: com o paciente sentado, para determinar deformações. Pode ver-
se há torcicolo, que pode ser congénita ou adquirida. Ao realizar a palpação pode observar-se a
sensação de dor, de ruídos e crepitação.
Inspecção da coluna torácica: esclarecimento da possível presença de desvios: lordose, cifose,
escoliose.
A inspecção da coluna lombo-sacral: neste caso examinados para a presença de escoliose e
lordose lombar e por palpação pode-se destetar contractura muscular.

O exame físico das extremidades músculo esqueléticas.


Nas extremidades superiores foram estudados: a simetria, atrofia localizada e generalizada, os
vasos sanguíneos, a exploração dos dedos, características das unhas, o seu crescimento,

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descoloração da pele e unhas, presença de edema, sudorese, características da pele (cicatrizes) e
distúrbios circulatórios.

Nas extremidades inferiores estuda-se: a cor da pele e unhas, a presença de edema,


características da pele (cicatrizes, nódulos), distúrbios circulatórios.
Estudou dor nas articulações, dor, derrame de fluido, aumento da temperatura, crepitação,
nódulos, atrofia ou hipertrofia da musculatura e edema.

OUTRO SISTEMAS:

Sistema geniturinário (feminino): a posição mais frequente de Sim, vamos examinar a


genitália externa incluindo o tacto vaginal. O tamanho do útero, a simetria da vulva, os lábios, a
presença de cistocelo e prolapso uterino.

Sistema geniturinário masculino: na região inguinal deve papar-se pulsos femorais, nódulos
linfáticos e da presença de hérnia inguinal. O pénis deve rever o prepúcio, a glande e a abertura
da uretra, observar a presença ou ausência de fimose, o pénis circuncidado, se há corrimento
espesso ou purulento (gonorreia), e corrimento da mucosa ureteral (uretrite).
No escroto examinará o escroto e os testículos. Os últimos são palpados para determinar
(varicocelo). Realiza-se o toque rectal para destetar anormalidades na próstata.

Exame do recto. Deve-se fazer em algumas posições: em pé (com o tronco fletido sobre a mesa
de exame), decúbito lateral esquerdo (joelho direito dobrado em posição de litotomia dorsal).

O exame neurológico: examinar os nervos cranianos, entre outros.


Incluir cheiro de certas substâncias e sabor forte, como hortelã, café e perfumes, para testar o
sentido do paladar e do olfacto, recipientes com água quente e fria para testar as sensações,
algodão e alfinetes para determinar a sensibilidade da pele.

Examina-se o sistema locomotor através da posição adoptada, marcha, o desenvolvimento


muscular, a simetria e a coordenação.

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APARELHO RESPIRATÓRIO

O aparelho respiratório está constituído por:


-Fossas nasais
-Faringe
-Laringe
-Traqueia
-Brônquios
-Pulmões (dentro deles encontram-se os alvéolos que são a unidade estrutural e funcional do
pulmão)

Respiração: é a função pela qual o homem inspira oxigénio do ar e expira dióxido de carbono.
É a associação regular da inspiração à expiração numa unidade de tempo.
Por meio da ventilação o ar entra e sai através das vias aéreas, as que estão permeáveis. O ar
deve ter suficiente volume e oxigénio em concentrações adequadas para que assim aconteça
A frequência respiratória normal no adulto é de 12 a 16 respirações por minutos. Estão descritos
dois tipos de respiração: costal e abdominal.
Na costal há elevação nítida das costelas. Distingue-se 2 subtipos, de respiração costal
Costal superior e costal inferior: de acordo com as costelas que mais participam no
movimento.
No tipo abdominal ou diafragmático, o abdómen move-se primeiro e as costelas depois.
- No homem predomina a amplitude da respiração na base do tórax.
- Na mulher na parte superior do tórax
- Nas crianças predomina a respiração abdominal
A função respiratória está regulada pelo centro respiratório, situado na parte externa do bolbo
raquidiano; consiste na troca gasosa de oxigénio e dióxido de carbono entre a atmosfera e as
células do organismo.
A respiração e a ventilação, levadas a cabo pelos músculos diafragmáticos e torácicos,
conduzem o oxigénio às vias respiratórias baixas e aos alvéolos
Os factores que na respiração são designados por fenómenos mecânicos e químicos.
Os fenómenos mecânicos asseguram a entrada e saída do ar nos pulmões (inspiração e
expiração).
A inspiração é um fenómeno activo no qual intervêm um certo número de músculos que ao
contrair-se aumentam a cavidade torácica, os pulmões dilatam-se apesar da pressão negativa que
se faz na cavidade pleural.

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A expiração, um fenómeno passivo e que acontece no final da inspiração, o pulmão encolhe por
sua elasticidade própria, que é reforçada pelas cartilagens costais e articulações que fazem voltar
o tórax à sua posição original.
Fenómenos químicos originam a hematose (que é a entrada de oxigénio no sangue e a
libertação simultânea de dióxido de carbono)

Mecanismos da respiração: para que aconteça o processo respiratório é necessário o


funcionamento de uma série de mecanismos, estes são:
1. Difusão.

2. Transporte.

3. Regulação.

4. Utilização.

2. A alteração de qualquer um deles faria com que as células não tenham um suplemento
adequado de oxigénio, a que chamamos de hipoxia, que pode causar a morte do
indivíduo que não é atendido correctamente.

3. A difusão é o movimento de gases a partir de um local para outro, através da membrana


pulmonar, e dióxido de carbono a partir da passagem de sangue para dentro dos
alvéolos

4. Transporte: quando o oxigénio e o dióxido de carbono são transportados no sangue de


diferentes maneiras, para o seu destino final: o oxigénio atingir os tecidos e de dióxido
de carbono a partir de tecidos para os alvéolos.

5. Regulação: a regulação nervosa adequada garante que o ar entra e sai nos pulmões
automaticamente.

6. Utilização: a utilização do oxigénio pelos tecidos para desenvolver-se normalmente o


metabolismo celular e produção de energia necessária para a manutenção da função
respiratória e outras funções importantes da nossa economia.

Características da respiração:
Reflectem o estado metabólico do corpo, o estado do diafragma e músculos do peito, e da
permeabilidade das vias aéreas. São elas: frequência, ritmo, profundidade, e os sons adventícios.
- Frequência: número de ciclos por minutos. (inspiração e expiração).

- Ritmo: é a regularidade dos ciclos.

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- Profundidade: é o ar inalado e exalado em cada respiração.

- - Ruídos adventícios: são todos aqueles desvios sonoros relacionados com a respiração
normal sem esforço.

Ruídos respiratórios:
1. Estertor: um ruído, tipo ronco devido à presença de secreções na traqueia e grandes
brônquios. Ele é frequentemente observado em pacientes com distúrbios neurais e
coma.

2. Estridor: é a inspiração com um som cacarejante, devido ao bloqueio das vias aéreas
superiores. Observa-se em Laringite ou alojamento de um corpo estranho.

3. Sibilos: eles são um som agudo musical, devido à obstrução parcial dos brônquios e
bronquíolos menores. Visto em pacientes com enfisema ou asma.

4. Ronco Expiratório é o ruído produzido pela vibração do palato mole, na saída de ar.
Observa-se em lactentes e nas pessoas com enfisema ou asma.

Tipos de respiração:
Hipoxia: Falta de oxigénio. Usado para indicar a redução de oxigénio no sangue.
Apneia: A suspensão temporária do acto respiratório e segue com muita dificuldade para
respirar.
Hipoxemia é a ausência de oxigénio nos fluidos corporais. Muitas vezes usado para indicar a
diminuição da concentração de oxigénio.
Bradipneia: é a respiração lenta.
Dispneia: é a dificuldade de respiração. Retarda os movimentos da respiração e há pouca
expansão torácica.
Eupneica: é a respiração fácil ou normal.
Hiperpneia: o aumento da profundidade da respiração.
Hipercapnia: é o excesso de CO2 nos fluidos corporais.
Hipocapnia: a redução do CO2 nos fluidos corporais.

Modificação dos movimentos respiratórios:


Os movimentos respiratórios podem ser modificados dentro dos limites fisiológicos ou por
alterações patológicas.
As alterações fisiológicas são produzidas pela tosse, choro, bocejo, soluços, tosse, esforço, e
outros.
As alterações patológicas relacionadas com distúrbios na intensidade, frequência, ou o ritmo dos
movimentos respiratórios e apresentam-se durante o decurso de várias doenças.

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Modificações mais importantes da respiração:
1. Respiração de Cheyne – Stokes.

2. Respiração de Kussmaul.

3. Respiração de Biot.

Respiração de Cheyne – Stokes: são respirações rápidas e profundas caracterizadas por pausas
bruscas. Cada respiração tem igual profundidade.
As causas possíveis são: Insuficiência cardíaca congestiva grave, Insuficiência renal, meningite.
Sobredosagem de medicamentos, entre outros.
Respiração de Kussmaul: consiste numa respiração rápida (mais de 20 ciclos/minuto), profunda
(parece suspiro e com dificuldade, sem pausa). Causa metabólica, em particular cetoacidose
diabética.
Respiração de Biot: caracteriza-se por uma respiração rápida e profunda caracterizada por
pausas bruscas. Cada respiração tem igual profundidade. As causas possíveis são. Meningite da
espinal medula ou outras patologias do sistema nervoso central.

As patologias dos pulmões, do sistema circulatório e aquelas em que há um aumento de


temperatura, tendem a aumentar o ritmo respiratório, enquanto que em certas doenças renais
que se apresentam com estupor (coma) e nas doenças de transtornos cerebrais como a apoplexia
ou fractura de crânio, o ritmo respiratório diminui.
A dor, o shock, as intoxicações por gaz, a febre e a obstrução das vias respiratórias, produzem
um aumento na frequência da respiração.

Precauções:
• Não informar o paciente que se vai monitorizar a respiração.

• Não permita que fale durante a avaliação.

Material:
– Relógio com segundos.
– Esferográfica.
– Folha de registo de sinais vitais.

Procedimentos:
Invariáveis funcionais gerais.
Variáveis funcionais:

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– Coloque o paciente em decúbito dorsal com a cabeça ligeiramente levantada (se não está
contra indicado).
– Acomode o braço do paciente ao longo do corpo ou flectido sobre o tórax.
– Situe os dedos: indicador, o médio e anelar, na artéria radial; apoie o polegar no dorso do
pulso do paciente (simulando avaliar o pulso).
– Prossiga, com o relógio na outra mão, a contar los movimentos respiratórios (inspiração e
expiração) durante um minuto.
– Repita de novo a contagem dos movimentos respiratórios para determinar com precisão o
número de respirações por minuto.
Invariáveis funcionais gerais.

TEMPERATURA:
É o grau de calor de um corpo, resultante do metabolismo basal.
A temperatura não é sempre igual numa mesma pessoa, ao longo do dia. Podem verificar-se
variações em forma de curva com dois picos máximos entre la 1.00 h e as 6.00h da tarde e dois
picos mínimos entre as 0h e as 5.00 h da manhã
A temperatura varia segundo a idade do indivíduo.
As crianças possuem uma capacidade mais diminuída para regular a temperatura, o que explica
a irregularidade e as exageradas respostas da mesma perante as mínimas causas; o idoso pelo
contrário, reage de forma lenta e deficiente, razão pela qual um discreto aumento da temperatura
pode ser mais significativa e de pior prognóstico, que um aumento muito acentuado na criança.
Fundamentação científica: a temperatura corporal é um dos sinais vitais que representa o
equilíbrio entre o calor produzido pelo metabolismo e o calor que se perde através da pele, dos
pulmões dos dejectos corporais. Uma temperatura estável fomenta o correto funcionamento das
células, dos tecidos e dos órgãos; uma mudança do padrão normal da mesma pode indicar o
surgimento de uma patologia
A regulação da temperatura no homem, assim como nos animais homeotérmicos, efectua-se
pelo centro termorregulador situado no hipotálamo. Esta termorregulação não atua só como
resposta a variações externas, mas também como defesa a desvios provocados pelo próprio
metabolismo
A perda de calor através da pele produz-se por 4 mecanismos fundamentais:
1. Condução.

2. Convecção.

3. Radiação.

4. Evaporação.

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Condução: é a transferência de calor de um objecto de maior calor a um de menor calor por
contacto direto, por exemplo, quando uma pessoa nua se senta pela primeira vez numa cadeira,
produz-se imediatamente uma rápida condução a partir da cadeira, até quase igualar a
temperatura do corpo.
Convecção: é a transferência de calor pela circulação de moléculas aquecidas num líquido ou
gaz, por exemplo, as correntes de ar à volta do corpo arrastando o calor que foi conduzido da
superfície do corpo ao ar.
Radiação: é a transferência de calor desde objectos de maior calor aos de menor calor, em
forma de onda electromagnética, por exemplo, aplicação de calor por raios infravermelhos.
Evaporação: quando a água se evapora da superfície corporal perde-se calorias, por exemplo, a
evaporação do suor a respiração insensível

Fatores que produzem modificações normais na variação do calor:


Factores que aumentam a produção de calor:
• O exercício, pois aumenta a actividade muscular. El exercício excessivo pode elevar a
temperatura de 0.5 a 2 °C ou mais.

• A ingestão de alimentos de alto valor calórico (as proteínas e as gorduras aumentam a


temperatura).

• As emoções fortes, como resposta do sistema nervoso central, estimulam a actividade


glandular e ocasionam um aumento da temperatura do corpo, sobretudo nos estados de
euforia ou luto.

• A actividade endócrina durante o ciclo menstrual provoca uma descida brusco da


temperatura que sobe lentamente depois da ovulação, até alcançar o seu nível máximo
antes do seguinte período menstrual.

• A exposição a altas temperaturas pode elevar o calor do corpo mediante a radiação,


convecção e condução, por exemplo, os trabalhadores da fundição, torneadores, e
outros.

• Uma breve exposição ao frio estimula o corpo para produzir mais calor a fim de o
proteger.

• Uma temperatura exterior muito alta perturba o equilíbrio da regulação do calor e atua
directamente sobre o hipotálamo, portanto, pode ocasionar temperaturas altas, por
exemplo, a insolação pode aumentar a temperatura corporal desde 41.7 até 43 °C

Factores que podem diminuir a produção de calor:

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• A pouca actividade física, diminui o metabolismo celular e a actividade muscular, do
mesmo modo ocorre durante o sono, quando o corpo se mantem em repouso.

• Quando o ar ambiente é mais quente, os vasos sanguíneos da pele dilatam-se, flui mais
sangue através deles e perde-se mais calor, pelo que se faz profusa a transpiração.

• Os estados emotivos também podem ocasionar perdas de produção de calor, como


resposta do sistema nervoso central

• A ingestão de bebidas alcoólicas provoca vasodilatação, facto que implica um maior


volume de sangue na pele e motiva à perda de calor.

Geralmente, a temperatura oral no adulto flutua entre 36,1 e 37 º C. a rectal é mais exacta, pode
ser entre 0,5 a 1,0 º C mais alta. Em condições normais, a temperatura oscila com o repouso e a
actividade.
Existem termómetros clínicos para medir a temperatura oral, rectal e superficial (axila, dobra do
cotovelo, região poplítea, região inguinal).
Um bom termómetro deve ter três qualidades: ser sensível (o mercúrio deve começar a subir à
medida que está contacto com calor), exacto e inalterável (que a pesar de elevar-se a coluna de
mercúrio, não sofra nenhuma acção negativa por influência do vidro que o encerra)
Os termómetros orais estão munidos de bolbos delgados e largos, os quais facilitam que se
registre mais rapidamente a temperatura. Os rectais têm o bolbo mais curto e grosso, e não se
devem utilizar com bolbos delgados porque podem lesar a mucosa rectal. Os que se utilizam
para medir a temperatura superficial possuem os mesmos princípios de construção que para os
orais e rectais, excepto que o bolbo é plano para facilitar o contacto com a pele.

TIPOS DE TEMPERATURA:
Termia: relativo a calor produzido.
Atermia: falta de calor.
Apirexia: falta de febre ou intervalos sem febre numa doença febril.
Febrícula:febre ligeira, especialmente de larga duração e origem não esclarecida.
Hiperpirexia: se a temperatura é elevada e não varia mais de 1 º C em 24 horas, acima 39 º C
Hipertermia: elevação constante da temperatura, ligeiramente acima do normal.
Hipotermia: é a diminuição ou descida da temperatura do corpo, abaixo do normal.
FEBRE: é um estado anormal, que se caracteriza pelo aumento da temperatura acima dos
valores normais, e aumenta a frequência cardíaca e a respiração. Também aparecem outros
sintomas como: sede, astenia, anorexia, pele seca, urina concentrada, cefaleias, e em algumas
ocasiões vómitos.

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A FEBRE PODE MANIFESTAR-SE DE DIFERENTES FORMAS:
1.Febre contínua: é aquela que não varia mais de 2 º C. o grau de febre contínua é quase
sempre alta.

2.Febre remitente: é a que não varia mais de 3 º C sem chegar ao normal. Esta observa-se
nos diversos processos infecciosos, por exemplo, broncopneumonia, sarampo, e outras.

3. Febre intermitente: eleva-se repentinamente e desce da mesma forma até ao normal


mais baixo, por exemplo, paludismo e septicémia.

4. Febre recorrente: origina-se quando alterna períodos de febre contínua vários dias com
fases apiréticas de igual duração ou maior.

5. Febre ondulante : caracteriza-se por ondas febris, separadas por intervalos de apirexia .a
febrícula, esta é típica da brucelose.

REGIÕES PARA MEDIR A TEMPERATURA CORPORAL:


 Oral.

 Axilar.

 Dobra do cotovelo.

 Poplítea.

 Inguinal.

 Rectal

Precauções:
• Não expor o paciente a temperaturas extremas antes de medir a mesma.

• Secar a região sem friccionar, pois esta acção gera calor.

• Verificar que o termómetro marque menos de 36 º C.

• Situar el termómetro na região seleccionada, de modo que o bolbo fique coberto de


tecido corporal.

• Não colocar o termómetro em regiões lesionadas.

• Ao retirar o termómetro, realizar a limpeza mecânica, sempre que o paciente não tenha
lesão cutânea, de contrário, se procederá à desinfecção química.

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• Limpar o termómetro com movimentos de rotação, desde a ponta até à zona de
mercúrio, isto é, da parte mais limpa para a suja.

APARELHO CIRCULATÓRIO OU CARDIOVASCULAR

É composto por:
- O Coração.
- As artérias
- As veias
-Rede de vasos capilares.
Este sistema tem a função de permitir a passagem do sangue por toda a rede de vasos
sanguíneos que constituem um circuito fechado que leva todo o sangue bombeado pelo coração
aos pulmões para que seja oxigenada e daí a todas as células do corpo
O coração está dividido em 4 cavidades duas aurículas e dois ventrículos, na parte esquerda do
coração circula o sangue oxigenada que vem dos pulmões e que é enviado pelo ventrículo
esquerdo a todo o organismo através da artéria aorta. O sangre retorna à aurícula direita do
coração através das veias cava inferior e superior.
A todo este processo chama-se ciclo cardíaco, que não é mais que o tempo que demora do início
de uma contracção até ao início da outra.
A cada contracção cardíaca chama-se sístole e a cada distensão diástole
Ao número de vezes que o coração se contrai num minuto chama-se frequência cardíaca ou
pulso.
O ritmo do pulso considera-se normal quando são constantes e concordantes em regularidade. O
mecanismo que os governa é tão ajustado que responde muito rapidamente frente a qualquer
situação anormal, de modo que uma variação ou diferença considerável deve considerar-se
como um sintoma de doença.
Pulso. É uma vibração das paredes das artérias que se produz ao passar por estas, uma onda
recorrente de sangue bombeado pela contracção ventricular.
Palpa-se com maior facilidade nos pontos onde estão situadas encima de um osso ou tecido
firme. Nos adultos e crianças maiores de 3 anos mede-se na artéria radial, pode ser mais
acessível. Em menores de 3 anos é melhor medir o som precordial
Cada expansão arterial é o resultado de uma onda produzida na raiz da aorta, como
consequência da sístole do ventrículo esquerdo. Os factores que intervêm neste mecanismo são
o volume sistólico e a distensão das artérias por sua elasticidade.
O pulso é uma guia para medir a actividade cardíaca
Modificações do pulso

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-Entre as variações patológicas do pulso encontram-se o caso da febre, já que o pulso aumenta 8
pulsações por grau centígrado de temperatura acima de 37ºC, os estados de caquexia, as
anemias, as doenças do aparelho cardiovascular (como insuficiência cardíaca, que aumenta o
pulso, o IMA que pode aumentá-lo ou diminui-lo) e o hipertiroidismo que aumenta a
frequência do pulso entre outros. Também alguns medicamentos podem produzir alterações do
pulso

Características do pulso:
Frequência: é o número de batimentos por minuto. Varia segundo a idade, o sexo, a altura a
actividade física ou emocional e as doenças.
Diminui com a idade reduzindo-se até à velhice extrema, é mais lento nos homens que as
mulheres.
Nos adultos considera-se normal de 60 a 80 batimentos por minuto. Mais de 100 se considera
acelerado (taquicardia) e, menos de 60 se considera lento (bradicardia)
Ritmo: refere-se ao padrão de batimentos nas pessoas saudáveis.
É regular quando o tempo que transcorre entre cada batimento é igual. Quando o intervalo entre
cada batimento é diferente, diz-se que o pulso é irregular.
Amplitude: (volume) a amplitude de uma onda de pulso reflecte o volume de sangue que se
impulsiona contra a parede de uma artéria durante a contracção ventricular.
Tensão: (elasticidade) é o grau de resistência que oferece a parede arterial ao ser comprimida.

ALTERAÇÕES DO PULSO

-De frequência:
Bradicardia (pulsações abaixo 60 por minuto).
Taquicardia (pulsações acima de 80 por minuto)
-De ritmo:
Rítmico ou regular (o tempo entre cada batimento é o mesmo
Arrítmico ou irregular (o intervalo entre cada batimento não se mantem constante

Tensão: forte ou fraco consiste na maior ou menor resistência que opõe os dedos ao passar as
ondas sanguíneas). Se indica que é forte quando é tenso e fraco, quando a pressão necessária
para comprimir a artéria é mínima.

Pulso: Filiforme (está dependente da amplitude). Quando o pulso é pequeno e com pouca
tensão, apenas perceptível chama-se filiforme, e quando é muito amplo e perceptível chama-se
cheio

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REGIÕES MAIS COMUNS PARA MEDIR O PULSO:
- Temporal

- Carotídea

- Umeral

- Radial

- Femoral

- Pediosa
Nas crianças menores de 3 anos avalia-se o pulso apical, que se localiza na linha média da
clavícula, no quarto ou quinto espaço intercostal, debaixo da mama nos rapazes e do mamilo nas
meninas.
Frequência cardíaca, pulso precordial ou batimento apical: é a auscultação das pulsações do
coração sobre a região precordial.
O pulso precordial radial encontra-se contando simultaneamente os batimentos respetivos: os
primeiros, auscultando o coração sobre a região precordial; os segundos, palpando, a artéria
radial. O pulso precordial radial deve ser avaliado por dois enfermeiros: um deles conta os
batimentos percebidos na artéria radial, ao mesmo tempo que o colega conta as pulsações
apicais do coração, durante 1 minuto
Em estado de saúde normal, a contagem dos dois coincide, mas em situações patológicas podem
divergir, pois algumas pulsações do coração não chegam à artéria radial. A diferença entre o
pulso apical e o pulso radial chama-se défice do pulso.

ESTUDO INDEPENDENTE
Material e procedimento para avaliar o pulso
Bibliografia
Manual de Procedimiento y Diagnósticos de Enfermería Pág. 258-262

TENSÃO ARTERIAL

Tensão arterial: é a força criada pelo coração, mantida pela elasticidade arterial e regulada
pela resistência periférica.

100
A pressão arterial depende da energia contráctil dos ventrículos, da elasticidade das artérias e do
tónus do tecido muscular das suas paredes, assim como da resistência oferecida a passagem do
sangue através dos vasos.
A pressão arterial varia consideravelmente de pessoa para pessoa. Deve-se ter em conta dois
factores de influências constantes: a idade e o sexo.

FUNDAMENTAÇÃO CIENTÍFICA:

A pressão arterial é a força que exerce o sangue contra as artérias do corpo. Quando se contrai o
ventrículo esquerdo do coração, o sangue é expulso para aorta e vai pelas grandes artérias até às
mais pequenas, as arteríolas e os capilares. As pulsações estendem-se desde o coração até
arteríolas, pelas artérias.
Como o coração é uma bomba pulsátil, o sangue penetra nas artérias intermitentemente,
causando os pulsos de pressão no sistema arterial. A pressão, quando o pulso é máximo, chama -
se sistólica ou máxima. No seu ponto mínimo, diastólica ou mínima. A diferença entre ambas
recebe o nome de pulso ou pressão diferencial (amplitude).

FACTORES QUE MODIFICAM A PRESSÃO ARTERIAL:

Diversas variáveis afectam a pressão arterial. Depende das forças das contrações ventriculares e
o volume de sangue que expulsa o coração com cada contracção ventricular (gasto cardíaco).
A primeira está determinada pela acção de bombear do coração. Quanto maior for a sua
intensidade, mais sangue se expulsará com cada contracção. Quando diminui, como numa
hemorragia, a pressão arterial é mais baixa.
As alterações na elasticidade das paredes musculares dos vasos sanguíneos também afectam a
pressão arterial, por exemplo: em pessoas de idade avançada a pressão arterial pode ser mais
alta que nos jovens.
Outro factor que afecta a pressão arterial é a resistência dos vasos periféricos (resistência
periférica). Normalmente, é alta nos grandes vasos sanguíneos e baixa nos mais pequenos
(arteríolas e capilares). O sangue flui das áreas de maior pressão às de menor pressão.
A pressão arterial individual varia de uma hora para a outra e de um dia para o outro. Diminui
durante o sono e pode elevar-se notavelmente com emoções fortes como o temor e o luto, ou
com o exercício. Quando uma pessoa está deitada, a pressão arterial é mais baixa que sentada ou
de pé. Do mesmo modo, pode variar nos 2 braços do mesmo paciente. Como consequência,
antes de medir a pressão arterial para um valor comparativo, o enfermeiro deve observar: a hora
do dia, o braço utilizado e a posição do paciente nas leituras anteriores.

101
A pressão arterial pode-se avaliar sobre a artéria umeral, no braço direito ou no esquerdo, pode
acontecer encontrar-se uma diferença de 5 a 10 mm. Hg. Entre as pressões do braço direito e
esquerdo. Também se pode medir nos membros inferiores. Quando se comprova a pressão das
extremidades superiores com as inferiores, é frequente encontrar uma diferença de 10 mm. Hg.
Na pressão sistólica, com a pressão mais alta dos membros inferiores.

RESUMO:

Com um bom estado de saúde a pressão arterial modifica-se com factores como: idade, sexo,
actividade muscular, emoções, posição e sono.
A pressão sanguínea aumenta com a actividade muscular. A pressão sistólica eleva-se
ligeiramente depois das refeições. Os factores emocionais também influem (o medo, a
ansiedade, as preocupações, e outros)
Durante o sono tranquilo, a pressão sistólica desce. O ponto mais baixo alcança nas primeiras
horas do sono e eleva-se lentamente depois, até ao momento de despertar.

TIPOS DE TENSÃO ARTERIAL:

Hipertensão arterial: consiste na elevação anormal da pressão arterial. É uma elevação


persistente da pressão sanguínea arterial. Considera assim quando a pressão está acima dos
valores normais, ou seja, que em três avaliações ocasionais, na posição sentada apresenta
valores acima de dos critérios que se estabelecem nas diferentes faixas etárias.

Hipotensão arterial: é a pressão anormalmente baixa


VALORES DA TENSÃO ARTERIAL

 Valor óptimo. 120/80 mm Hg


 Normal: até 139/89 mm Hg
 Alta: acima ou igual a 140/90 mm Hg

ESTUDO INDEPENDENTE

TENSÃO ARTERIAL
Material, objetivos, precauções, regiões e procedimento.
BIBLIOGRAFIA
Manual de Procedimientos de Enfermería. Página 272…

102
3.3 UNIDADE DO PACIENTE

Unidade do paciente : é o lugar onde se encontra o paciente, conjuntamente com tudo o que
pertence para uso pessoal.
Elementos da unidade do paciente :
1- Cama com colchão.
2- Almofada e resguardo.
3- Cadeira, escabelo ou banquinho.
4- Mesinha de cabeceira e mesa de refeições
5- Recipiente para a eliminação vesical e intestinal
6- Roupa de cama lençóis, fronhas, pijama e toalha.
7- Artigos higiénicos: escova de dentes, pasta dental, pente, copo e talheres.

LIMPEZA DA UNIDADE DO PACIENTE:


1- As paredes e o chão são lavados com água abundante e sabão. Limpam-se todos os móveis e
portas adequadamente, e no final passa-se uma solução anti-séptica.

2- Esta limpeza é feita mensalmente e é independente da limpeza diária, a qual se realiza


retirando o pó com um pano húmido, de todas as superfícies em contacto com o paciente. Sobre
a mesinha de cabeceira, só se coloca o copo e os talheres devidamente tapados e só o
indispensável para uso; não se deve ter objectos de valor para evitar que se extraviem.

Desinfecção concorrente. É a aplicação imediata dos procedimentos de desinfecção de objectos


contaminados, após a expulsão dos resíduos em contacto com o paciente infectado.

Desinfecção terminal. É a aplicação do desinfectante após o paciente deixar a área, seja por
alta, por morte ou transferência da unidade.

- A história clínica não se deve colocar em cima da mesinha de cabeceira nem na cama, pois
passa por muitas mãos e pode contaminar os alimentos e por conseguinte infectar o paciente.
Deve colocar-se em cima da cadeira.

AMBIENTE:
São aqueles factores do universo externo que rodeiam os organismos vivos, junto a
circunstâncias externas frente às quais o organismo pode ou não reagir.

103
REQUISITOS PARA GARANTIR UM AMBIENTE CONFORTÁVEL NO HOSPITAL
E NO LAR :

1- Higiene ambiental adequada, sem maus cheiros, nem pó.


2- Quarto do paciente ou sala arrumada, com ordem e estética.
3- Cama limpa e ordenada, com mudança de roupa as vezes que sejam necessárias.
4- Mesa limpa e organizada, tanto dentro como no exterior, assim como utensílios limpos e
ordenados.
5- O colchão deve estar forrado ou protegido e bem ajustado.
6- A cadeira ou cadeirão deve permanecer ao lado da cama.
7- As camas devem estar bem alinhadas.
8- A limpeza deve ser regular em todas as superfícies e móveis que estejam em contacto com o
indivíduo.
9- A luz, tanto natural como artificial, deve ser adequada.
10- A unidade deve encontrar-se organizada para garantir um efeito harmonioso da mesma.
11- Devem eliminar-se os maus cheiros como as feridas fétidas e inodoras sem desinfectar.
12- Não deve existir ruídos desnecessários como são:
Falar em voz alta.
Rádios com volumes muito altos, entre outros.
13- Deve existir uma suficiente circulação de ar, que favoreça a boa oxigenação dos tecidos.
14- Deve existir harmonia da cor e o desenho do ambiente, assim como facilidade de isolamento
15- Não deve fazer-se comentários imprudentes que despertam sensação de ansiedade e medo.
16- Deve existir uma boa relação entre os membros da equipa de saúde e uma adequada
informação ao paciente.
17- A temperatura deve ser adequada de acordo com a estação e o nível de humidade da sala de
internamento.

3.4 ADMISSÃO DO PACIENTE


Admissão do paciente e de recepção: O procedimento é realizado para dar a admissão do
paciente no hospital.
O motivo da entrada pode ser:
1. Indicação do médico assistente
2. Proveniente da urgência, por acidente ou uma doença grave.

Cada instituição tem seu próprio processo de admissão, embora haja sempre coisas em comum.
No local da admissão, o paciente ou familiar deve responder a perguntas tais como:

104
Sexo, idade, endereço, parente mais próximo, a quem avisar, em caso de urgência, ocupação,
nível económico, etc, para preparar os registros médicos e atribuir o quarto e cama para ser
ocupado.
É da responsabilidade do pessoal de enfermagem recebe o paciente na sala apresentá-lo ao
pessoalmente que o vai atender e explicar brevemente as suas funções. Além disso, apresenta -o
aos pacientes mais próximos e explica-lhes as regras e práticas da instituição, que ajuda os
pacientes a familiarizarem-se com o que se espera dele e o que ele pode esperar.

Princípios básicos para atender o paciente:

1. Situações estranhas podem causar medo.


2. A doença pode ser uma experiência nova.
3. Os tipos de respostas são aprendidos.
4. Importância da preservação da identidade.
5. Subgrupos de uma cultura tendem a desenvolver seus próprios padrões de conduta.

Deveres do paciente internado:


1. Cumprir as normas regulamentadas pelo hospital.
2. Respeitar a ordem e disciplina na sala, não fazer ruídos desnecessários.
3. Cuidar da sua higiene e contribuir a manter limpa a instituição.
4. Deixar de fumar, já que o fumo faz mal à saúde.
5. Cumprir as indicações médicas.
6. Informar verbalmente ou por escrito às autoridades da unidade de irregularidades que
observe, para com isso contribuir para o melhoramento da instituição
7. Cumprir os horários estabelecidos em cada de cada instituição (horário de visitas, de
comer, de sono, e outros).

Direitos do paciente: o paciente internado terá os seguintes direitos:


1. A receber tratamento digno e adequado.
2. Que as indicações médicas sejam cumpridas à hora e da forma assinalada.
3. De lhe ser servido a dieta indicada, quente, à sua hora e com boa apresentação.
4. Que a sua unidade se mantenha limpa e ordenada.
5. Que receba o necessário para uso pessoal.

Aspectos biológicos, psicológicos e sociais relacionados com a hospitalização:


A maioria das pessoas experimentam ansiedade ao visitar um hospital, para tratamento de
problemas de saúde.

105
Os pequenos problemas irritantes, e de forma repentina mas de pouca importância de repente,
tornar-se exagerado e a pessoa pode imaginar que sofre de todos os tipos de doença.
O hospital é uma experiência especialmente traumática, geralmente os pacientes manifestam-se
apreensivos apresentam riscos da própria doença se agravar e também do ponto de vista
económico afecta negativamente a família e a sociedade.

HISTÓRIA CLÍNICA
É um documento oficial com carácter legal, que se utiliza para manter um estrito controlo de
todos los elementos que estão relacionados com la atenção ao paciente saudável ou doente na
sociedade ou na instituição de saúde.

COMPONENTES DA HISTÓRIA CLÍNICA


A história clínica está composta por:
- Capa processo com os dados gerais do paciente.
- Folha de internamento.
- História clínica e diagnóstico.
- Folha de sinais vitais.
- Folha de exames auxiliares de diagnóstico.
- Folha de evolução de enfermagem.
- Folha de indicações médicas.
- Folha da alta.

HISTÓRIA CLÍNICA HOSPITALAR


A história clínica hospitalar: É um documento que se utiliza para fazer todas as anotações
necessárias sobre um paciente que se encontra hospitalizado
O registro clínico no ambulatório: É esse documento que é usado para fazer todas as entradas
necessárias relacionadas com o paciente que está fora do ambiente hospitalar, tanto em sua
formação no local de trabalho, na comunidade e outros

REGISTOS E ANOTAÇÕES NA HISTÓRIA CLÍNICA


Para registros na história clínica deve levar em consideração alguns elementos-chave.
1-executá-las de forma clara e legível
2-escrever com esferográfica de preferência com tinta preta ou azul.
3-Não ser ambivalente sobre os problemas que são relatados através dos diferentes modelos a
preencher.
4- Deve sempre fazer as entradas, depois de ter a segurança da fiabilidade dos dados.
5-Não admite rasuras ou supressões.

106
6-Apenas o pessoal médica, de enfermagem ou outro profissional de saúde fornecer o
tratamento está habilitado a fazer anotações na história clínica.

O PLANO DE CUIDADOS, COMO PARTE DA HISTÓRIA CLÍNICA


O plano de cuidados é um elemento que está incluído na história clínica, tendo em mente que o
modo de operação do pessoal de enfermagem é orientado pelo processo de cuidados de
enfermagem, que tem como um dos seus elementos, o modo de acção independente dos
enfermeiros, dado o nível de desenvolvimento científico alcançado pela nossa técnica
profissional

HISTÓRIA CLÍNICA NO AMBULATÓRIO E O REGRESSO AO SEIO FAMILIAR


Todos os dias, por exemplo, as políticas do sistema de saúde cubano, que visam reduzirem os
internamentos hospitalares, uma vez que isso pouparia recursos no país e não separa o doente de
seu ambiente social. Para acompanhar esses pacientes doentes na comunidade e incorporá-los
no plano do médico e do enfermeiro da família, era necessário criar um instrumento para
registrar todos os dados necessários que para esses fins se deve criar a história médica no
ambulatório.

ASPECTOS ÉTICOS E LEGAIS RELACIONADOS COM A HISTÓRIA CLÍNICA


A formação da história clínica é regida por elementos éticos que não podem ser esquecidos é a
responsabilidade de todos os profissionais de saúde que trabalham com a história clínica do
paciente, manter a confidencialidade de todos os dados nela gravados há também uma
implicação legal quando se deixar de cumprir qualquer das disposições.

MOVIMENTO HOSPITALAR
É a mudança que ocorre na localização do paciente no interior do hospital ,tendo em conta que
eles podem ser produzidos por:

 - Alta Paciente.
 - Transferência para outro serviço dentro do hospital.
 - Encaminhamento para outra unidade de saúde.
 - Morte de paciente.
 -A pedido do paciente ou representante legal.
 - Por abandono.

107
TIPOS DE CAMA
Cama. É um móvel que serve para o indivíduo se deita para dormir, descansar ou quando está
doente.

Considerações gerais.
O descanso, o conforto e o sono são factores de grande importância quer para a manutenção da
saúde quer para a convalescença de uma doença, deve-se prestar atenção especial
ao arranjo adequado da cama para servir da melhor forma possível estes
factores essenciais.
O leito é de particular importância para cada paciente, quando internado, identifica-o como algo
próprio. Sem dúvida, boa parte do bem-estar do paciente está na cama, especialmente se tem
que permanecer nela durante muito tempo. Se o paciente se queixa de alguns defeito da cama,
ainda que pequeno, a enfermeira deve levar em conta que muitos pacientes permanecem nela,
24 horas por dia, e por esta razão é necessário estar limpa e proceder-se à mudança frequente da
roupa e verificar que não tenha dobras.
Apesar de ser considerado um procedimento comum, a mudança da roupa da cama diária e
periódica promove o conforto do paciente e evita danos na pele.
Além disso, se esta tarefa é precedida pela lavagem das mãos, a limpeza é feita adequadamente
e substituída a roupa suja, ajuda no controlo da infecção nosocomial.
Habitualmente a cama do paciente é feita de manhã após banho. Quando se muda a roupa de
cama suja, se as condições do paciente o permitir, deve-se arejar o colchão e travesseiro. A
roupa da cama deve ser mudada sempre que necessário.
A roupa da cama húmida e contaminada com fezes facilitam a aparição de soluções de
continuidade da pele e o surgimento de infecções.
Uma boa técnica na execução de fazer a cama proporciona ao indivíduo hospitalizado maior
comodidade e torna a unidade com aspecto mais agradável.

Objectivos:
– Realizar una técnica adequada ao fazer a cama para contribuir na estética e organização da
unidade do paciente
– Facilitar um ambiente agradável ao paciente, familiares e equipa de saúde com a realização da
técnica de fazer a cama
´
Classificação
AS camas classificam-se segundo a sua utilização:
– Cama fechada (sem paciente).
– Cama aberta (com paciente).

108
– Cama ocupada (com paciente acamado).
– Cama cirúrgica (paciente pós-operado

Precauções gerais ao fazer as camas:


– Desinfecção corrente ou terminal da cama, para evitar a contaminação das roupas de cama.
– Evite a disseminação de microrganismos quando está a fazer a cama, não sacudir os lençóis.
– Evite causar mau estar ao paciente, eliminando as dobras do lençol.
– Proteja-se da contaminação, evitando o contacto com a roupa suja.
– Evite alterações músculo esqueléticas do seu organismo, mantendo a mecânica corporal.

PROCEDIMENTO DA CAMA FECHADA


Cama fechada. É uma cama que se encontra à espera de um novo internamento a qual se
prepara depois de ter sido feita a desinfecção terminal após um paciente ter alta

Objectivo:
– Economizar tempo e viabilizar a recepção do paciente.

Precauções:
– Ter-se-á presente as precauções gerais.

Material:
– Um tabuleiro.
– Dois lençóis.
– Fronha.
– Um carrinho de roupa suja.
– Uma colcha.

Procedimentos:
Invariáveis funcionais dos tipos de camas:
– Coloque ao fundo da cama um carrinho de roupas sujas.
– Lave as mãos.
– Dobre os lençóis ao comprido, tendo o cuidado que eles fiquem, um com a dobra do lado
direito e o outro com dobra do lado do avesso.
– Vire do avesso a capa de colchão até metade da sua extensão e dobre-a.
– Coloque num tabuleiro as roupas de cama na ordem inversa a que vai ser usada
– Leve o material para junto da cama.

109
Variáveis funcionais:
– Retire a almofada e coloque-a na cadeira.
– Retire a roupa suja e deite-a ordenadamente no cesto.
– Coloque o lençol que protege o colchão (lençol de baixo) ao longo da linha média do mesmo.
– Desdobre-a de modo que a lado do avesso da costura fique de face ao colchão e comece dos
pés para a cabeceira da cama.
– Introduza debaixo da cabeceira do colchão o extremo que sobra do lençol.
– Dobre a esquina em forma de envelope, sustentando o lençol contra o colchão com uma mão
levantando com a outra mão a ponta, de modo que forme um triângulo.
– Introduza debaixo do colchão o resto do lençol que pende dos lados desde a cabeceira até aos
pés.
– Passe ao outro lado e proceda de igual modo.
- Verifique que todo o lençol fique entalado entre o colchão e o estrado da cama e bem alinhado.
- Coloque o lençol de cima (que cobre o paciente) ao longo da linha média do colchão. A bainha
virada do para a face do colchão para o lado da cabeceira da cama, pendendo de ambos os lados
simetricamente.
- Insira o travesseiro na fronha que está dobrada ao meio.
- Estique a fronha sobre o travesseiro, segurando-a pela barra, para evitar ela toca seu corpo.
– Coloque la almofada de modo que a abertura da fronha fique do lado oposto à porta, o qual
favorece a estética.
Invariáveis funcionais dos tipos de camas:
- Remova o carrinho das roupas sujas.
- Pegue no tabuleiro e coloque no armário
- Lave suas mãos.

PROCEDIMENTO DA CAMA ABERTA

Cama aberta. É a cama que se prepara um paciente, ou quando está internado mas deambula.

Objectivo:
– Proporcionar comodidade ao paciente.

Precauções:
– Ter presente as precauções gerais.
– Virar o colchão para mudar as áreas pressionadas pelo corpo
Material:

110
– Um tabuleiro.
– Dois lençóis.
– Uma fronha.
– Carrinho da roupa suja.
– Um resguardo.
– Lençol tirante (ambos dobrados ao meio).
– Um cobertor se necessário (se for necessário).

Procedimentos
Invariáveis funcionais dos tipos de cama:
– Coloque ao fundo da cama o carrinho da roupa suja.
– Lave as mãos
– Dobre os lençóis ao comprido, tendo o cuidado que um deles tenha a bainha do lado direito
e o outro com a bainha do avesso.
– Vire do avesso a fronha até metade da sua extensão e dobre-a.
– Coloque no tabuleiro a roupa da cama pela ordem inversa a que vai ser usada
– Leve o material para junto da cama.

Variáveis funcionais:
– Retire a almofada e coloque-a na cadeira. Retire as roupas sujas e deite-as ordenadamente no
cesto.
– Coloque o lençol que protege o colchão (lençol clínico) ao longo da linha média do mesmo
– Desdobre-a de modo que a bainha fique do lado direito, aos pés da cama e deixe o que sobra
para a cabeceira
– Introduza na cabeceira o que sobra do lençol.
– Dobre a esquina em forma de envelope, metendo o lençol contra o colchão com uma mão e
levantando com a outra mão a beira do lençol, de modo que forme um triângulo.
– Introduza debaixo do colchão o resto, o lençol de baixo que se entala desde a cabeceira até aos
pés da cama.
– Passe ao outro lado e proceda com o lençol de baixo como anteriormente descrito
– Estique bem ao lençol para que ao fixá-lo fique bem alinhado.
– Coloque o resguardo e o lençol de cima de acordo com a região corporal afetada; introduza
ambos extremos debaixo do colchão, tendo o cuidado de colocar 1º o resguardo e depois o
lençol de cima.
– Passe ao lado oposto da cama, realize a mesma operação, tendo atenção aos lençóis para que
fiquemos bem esticados.

111
– Coloque a colcha ao largo da linha média do colchão; a bainha fica do lado do avesso e fica na
beira do colchão até à cabeceira; deve entalar de igual forma em ambos lados e o que resta nos
pés da cama.
– Introduza o lençol no lado dos pés da cama debaixo do colchão.
- Realize a forma de envelope de ambos os lados, fazendo uma dobra para comodidade dos pés.
– Coloque a colcha até à altura dos ombros do paciente, fazendo uma dobra sobre si mesma.
– Introduza a almofada na fronha que está dobrada ao meio.
– Estire a funda sobre la almofada pegando-lhe pela dobra para evitar que toque o seu corpo.
– Coloque a almofada de modo que a abertura da fronha fique do lado oposto à porta, o qual
favorece a estética.
– Coloque a almofada segundo a comodidade do paciente.
– Coloque o cobertor de igual forma que a colcha, se for necessário.

Invariáveis funcionais dos tipos de cama:


– Retire o carrinho da roupa suja.
– Recolha o tabuleiro e colóquio no armário.
– Lave as mãos.

PROCEDIMENTO DA CAMA OCUPADA

Cama ocupada. É a cama que se faz com o paciente na cama, o qual permanece está acamado.

Objectivo:
– Evitar incómodo ao paciente durante o arranjo da cama.

Precauções:
– Ter presente as precauções gerais.
– Procurar ajuda se considera necessário.
– Proteger al paciente de traumatismos.
– Evitar danos que provoquem úlceras de pressão.

Material:
– Um tabuleiro.
– Dois lençóis.
– Uma fronha.
– Carrinho da roupa suja.
– Um resguardo.

112
– Resguardo de pano (ambos dobrados ao meio).
– Um cobertor (se for necessário).
– Biombo
– Uma cadeira com apoio lateral, se necessário, para evitar traumatismos ao paciente.

Variáveis funcionais:
– Identifique o paciente, estabeleça a comunicação enfermeiro-paciente e obtenha a sua
aprovação para a mudança da roupa da cama.
– Coloque o biombo.
– Retire la almofada levantando com delicadeza a cabeça do paciente.
– Tire a roupa da base do colchão
– Coloque al paciente em decúbito lateral e proteja-o com o lençol que o cobre.
– Dobre o lençol de baixo usado pelo paciente.
– Tome o lençol dobrado ao comprido e coloque-o do lado livre da cama.
– Introduza o que resta da cabeceira debaixo do colchão.
– Realize a forma do envelope e introduza o lençol sobrante que pende para os lados debaixo do
colchão, desde la cabeceira até aos pés da cama.
– Coloque o resguardo dobrado ao meio e enrole a parte superior para o paciente.
– Coloque o lençol de cima dobrado ao meio, tendo o cuidado que fique em cima do resguardo e
enrole a parte superior para o paciente.
– Introduza debaixo do colchão o lençol e o resguardo.
– Volte o paciente, acomode-o e proteja-lo colocando una cadeira com apoio protetor se for
necessário; passe para o outro lado da cama, retire a roupa suja da cama (dois lençóis e
resguardo).
– Esticar o lençol de baixo, o resguardo
– Realize em forma de envelope o lençol de baixo e introduza-a debaixo do colchão
- Estique o resguardo de borracha e o resguardo de pano e introduza-os debaixo do colchão
- Acomode o paciente em posição adequada.
- Coloque o lençol de cima limpo em cima do lençol sujo e retire o sujo pelo lado dos pés. Peça
ajuda para segurar o lençol limpo se o paciente está nu. Se o paciente está vestido retira -se o
lençol sujo e coloca-se o lençol limpo.
- Realize a prega para comodidade para os pés do paciente (se precisar de cobertor «faz de igual
modo.
- Realize o envelope em ambos os lados dos pés da cama
- Dobre o extremo superior do lençol e baixe-o até à altura desejada pelo paciente.

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Coloque a fronha na almofada e coloque-a do jeito que o paciente desejar, de modo que a
abertura da fronha fique do lado oposto à porta, ao qual vai favorecer a estética.

Invariáveis funcionais dos tipos de cama:


– Retire o carrinho da roupa suja.
– Recolha o tabuleiro e colóquio no armário.
– Lave as mãos.

PROCEDIMENTO CAMA POSOPERATÓRIA

Cama pós-operatória. É a cama destinada a receber o paciente depois de uma intervenção


cirúrgica ou após ter sido anestesiado.

Objectivo:
– Evitar demora na transferência da maca para cama.

Precauções:
– Ter presente as precauções gerais.
– Para evitar traumatismos nos pacientes, manter a almofada fixa na cabeceira e colocar a grade
ou cadeira para protege-los

Material:
– Um tabuleiro.
– Dois lençóis.
– Uma fronha.
– Carrinho da roupa suja.
– Um resguardo.
– Lençol de cima (ambos dobrados ao meio).
– Biombo
– Uma cadeira com apoio lateral, se necessário, para evitar traumatismos ao paciente.
– Uma toalha.

ESTUDO INDEPENDENTE
Procedimento da cama pós-operatório
Descrição, objetivo, material e procedimento a ter com o berço
Bibliografia
Manual de procedimientos de enfermaria Amparo Magaly Págs 26 a 29

114
SOMATOMETRIA

Medidas antropométricas: são aquelas que se utilizam para determinar o peso e a altura do
corpo humano.
As mais utilizadas no exame físico são o peso e altura.
A estatura e o peso podem comparar-se como a idade, o sexo e a altura corporal. Os
indicadores altura, peso e idade estão descritos em curvas (percentis) definidas por sexo, as
quais se elaboraram com base em investigações realizadas.
O peso é uma medida de grande importância em neonatos, lactantes e pré escolares, como
indicador importante do estado nutricional da criança. É fundamental no controlo pré natal para
avaliar o estado nutricional da mãe e o crescimento fetal, este último se avalia através da altura
uterina e o conjunto mãe - feto, e do ganho de peso durante a gravidez.
O conhecimento exacto de ambos parâmetros (peso-altura) é essencial para calcular: as doses
de medicamentos, anestesia e meios de contraste para radiografias, avaliar o estado nutricional e
determinar a relação peso-altura.
O peso corporal constitui o melhor índice global do estado líquido e a sua vigilância diária é
importante para os pacientes que retêm sódio e são tratados com diuréticos
Neste caso, o rápido aumento de peso indica retenção de líquido e a perda rápida é sinal de
diurese alta. Deve-se conhecer os hábitos dietéticos, se o paciente fez dietas especiais e qualquer
restrição deste tipo, por razões culturais, religiosas ou alérgicas.
Devemos observar nos pacientes ao comer se apresentam náuseas, anorexia, recusa em comer,
dificuldade em engolir, edema abdómen timpanizado (aumenta de volume por causa de ar ou
líquido) ou alteração do paladar, quantidade de alimento ou líquido que ingere ou bebe e se
forem pequenas quantidades, o enfermeiro deve levar em conta essas observações e registrar no
processo clínico.

PESO
Medição de peso: o peso é o registro do resultado da acção da gravidade sobre o corpo,
tornando-se a medida mais amplamente utilizada antropométrica.
Objeticvos:
1. Avalie o crescimento e o desenvolvimento tendo em conta os desvios de no peso.

2. Valorizar o estado nutricional.

3. Registrar em la historia clínica el peso do paciente para determinar a conduta a seguir.

4. Administrar adequadamente as doses de fármacos, em proporção com o peso do


paciente.

115
Precauções:
 A sala deve ter boa iluminação, ventilação, tamanho adequado e privacidade.

 Evite correntes de ar (em crianças).

 A escala de pesagem deve estar definida de acordo com a idade do paciente.

 A Balança deve ser sempre a mesma, porque mesmo que seja a mesma marca, ela
fornece resultados diferentes.

 A Balança deve permanecer no mesmo lugar numa superfície plana.

 Cada vez que se pesa deve-se verificar se o fiel da balança está equilibrado

 A Balança deve ser calibrada e lubrificada.

 Faça a limpeza mecânica e desinfecção química (esta última, se o considerar necessário)


em cada pesagem.

 Ter em conta a diferença de peso de papel, guardanapo ou pano que é colocada sobre a
balança.

 Registar o peso, à mesma hora do dia, de preferência em jejum, ou, caso contrário, pelo
menos 3h após ter ingerido alimentos.

 Se possível, a medição do peso deve ser feita sempre a mesma pessoa.

 O paciente deve esvaziar a bexiga e intestinos (dentro de suas possibilidades).

 O paciente deve ser despido ou com roupas leves, descalço e não ter objectos nos
bolsos.

 Se usar uma balança de cama, cubra a maca pesadora com um lençol intermediário para
evitar que se mancha por suor, exsudados ou excreções.

Mensuração: consiste em medir o corpo humano para isso, deve ter em conta os seguintes
aspetos:
 Altura

 Perímetro cefálico.

 Perímetro torácico.

 Perímetro abdominal

116
 Perímetro de membros: braços, coxas e pernas.

Tamanho: é a medida antropométrica da longitude do corpo humano, isto é, da cabeça para os


pés.

Objectivos.
Avaliar o crescimento e o desenvolvimento do indivíduo.
Determine a conduta a seguir em correspondência com o resultado da medição.

Precauções:
 Verificar que no altímetro os números estejam perceptíveis, e se é tecido, que não esteja
demasiado esticado porque pode variar a sua dimensão.
 A fita métrica deve ser colocada num um lugar plano horizontal ou vertical, dependendo
do paciente, se é criança ou adulto. A criança é colocada em posição horizontal, deve
cobrir o lugar para protegê-lo de agentes externos.

No Recém-nascido e lactente a altura deve medir-se em decúbito dorsal, sobre um plano firme,
com fita métrica ou altímetro. Os joelhos devem estar bem estendidos e medir-se-á desde a zona
occipital até o calcanhar, com suporte resistente, uma parede com os pés formando um ângulo
recto
Em posição vertical a fita métrica deve estar localizada em local plano, de forma tal que o
princípio da fita está nivelado com o solo.
No adulto, isso será de pé, de costas para o Altímetro.
O paciente deve sentir-se confortável e com os pés descalços; no cabelo não pode ter rolos,
penteado altos ou outros.
Corrigir os resultados da medição.

PERÍMETRO: Contorno de uma figura geométrica, de qualquer espaço (em volta).


O perímetro no corpo humano é avaliado com uma fita métrica.

OS PERÍMETROS AVALIADOS SÃO:


 Cefálico: a fita métrica deve ser colocada firmemente à frente, na fronteira supra
orbitária e na região occipital.
 Torácico: a fita métrica deve rodear o tórax pela frente, acima dos mamilos, e por
detrás, pela linha infra escapular.
 Abdominal: é medida em torno do abdómen, tomada a região umbilical. No recém-
nascido terá lugar ao longo do membro residual ou cicatriz umbilical.

117
 Membros superiores e inferiores: (braços, coxas e pernas): medem as dimensões da
periferia de diferentes segmentos cilíndricos e das extremidades.

3.5 PACIENTE ACAMADO


O sistema tegumentário está formado pela pele e anexos (unhas, pelos, glândulas sebáceas e
sudoríparas). A pele é o órgão de maior extensão do corpo e consiste num revestimento
resistente e flexível.
A pele, pela superfície que tem, de 1.5 a 2 metros quadrados, assim como pelo seu peso, é o
primeiro órgão de economia. De fora para dentro apresenta 3 zonas distintas.
1-Epiderme.
2-Derme.
3-Hipoderme.

Vascularização da pele:
Na epiderme existem vasos sanguíneos. Na derme e no Tecido Celular Subcutâneo são uma
rede vascular, formada por veias, artérias e capilares

PRINCIPAIS FUNÇÕES DA PELE:


1 - Protecção: A pele impede a entrada de agentes patogénicos, sendo semipermeável à água e
medicamentos de uso externo.
Protege contra os estímulos mecânicos, térmicos e químicos e radiação sen geral.
2 - Termorregulação: Permite a transferência de calor para a conservação e regulação da
temperatura corporal
3 - Metabólica: sintetiza a vitamina D, sob a influência de luz solar e da sua absorção
subsequente.
4 - Imunológica: capacidade de reação da pele, em presença de certos antigenes e a resposta
imunológica.
5 - Sensorial: a pele é rica inervação como um receptor de estímulos externos, entre elas estão:
dor, tato, pressão, temperatura, formigamento, coceira.
6 - Detergente ou de autolimpeza: ocorre por dimensionamento do pH fisiológico e
ligeiramente ácido e pela acção de secreções sudoríparas e sebáceas.
7- Emulsão: Regula as constantes bioquímicas no meio interno.

Objectivo da mobilização:
Mobilização do paciente acamado é feito para prevenir a ocorrência de úlceras de pressão, por
fricção diária ou a força de pressão sobre proeminências ósseas

118
Decúbito: Atitude do corpo em repouso sobre um plano horizontal
Tipos de decúbitos:
1- Decúbito dorsal (posição supina).
2- Decúbito ventral.
2- Decúbito lateral esquerdo ou direito

DECÚBITO DORSAL OU POSIÇÃO SUPINA: O paciente está deitado de costas com a


cabeça e os ombros ligeiramente elevados, o que é suficiente para um pequeno travesseiro. A
curva lombar vai segurar melhor com um travesseiro ou uma toalha enrolada.

Princípios fundamentais do alinhamento do corpo, para manter esta posição:


 A cabeça está alinhada com a coluna, na face lateral e anterior-posterior.
 O tronco é posicionado de modo que a flexão das ancas diminua.
 Os braços são flexionados no cotovelo, mãos apoiadas contra a parede lateral do
abdómen.
 Os calcanhares são estendidos, com o apoio firme e pequeno debaixo da região poplítea.
 Os calcanhares são suspensos num espaço entre o colchão e os pés da cama
 Os dedos dos pés apontam para cima.
 Coloque toalhas pequenas debaixo do trocânter maior na área da articulação da anca.

POSIÇÃO DECÚBITO VENTRAL: É uma em que o paciente repousa sobre o abdómen, a


face inclinada para um lado
Princípios fundamentais do alinhamento do corpo, para manter esta posição:
• A cabeça está voltada para um lado e em alinhamento com o resto do corpo.
• Os braços estão em abdução e voltados externamente na articulação do ombro,
cotovelos estão em flexão
• Coloca-se um suporte, pequena plana sob a pélvis, estendendo-se a partir do umbigo até
o terço superior da coxa. As extremidades inferiores ficam em posição neutra.
Os dedos tocam a borda do lençol de baixo.

POSIÇÃO LATERAL: Atitude ou postura que assume o paciente ao descansar sobre um dos
seus lados.
Princípios fundamentais do alinhamento do corpo, para manter esta posição.
 A cabeça está alinhada com a coluna.
 O corpo está no alinhamento e não torcido.

119
 A articulação da anca do lado de acima fica um pouco para frente e mantida numa
posição de ligeira abdução com uma almofada.
 Uma toalha ou substituto sustem o braço, que é fletido na articulação do cotovelo e do
ombro.
REPOUSO NA CAMA: quando o paciente se encontra na cama a maior parte do tempo
possível, segundo as indicações médicas. Isto implica uma série de efeitos adversos quando o
repouso é prolongado
.Redução do metabolismo basal.
.Diminuição da força, do tónus e massa muscular.
. Posição corporal viciada.
.Aumento da susceptibilidade a infecções pulmonares e do trato urinário.
.Trombose vascular (formação de um coágulo na corrente sanguínea).
.Embolia (é quando o coágulo é clara e flui através da corrente sanguínea até atingir um vaso
demasiado pequena para que não pode ir e parar.

EXERCÍCIOS TERAPÊUTICOS: Estes incluem uma série de manobras que estimulam o


funcionamento dos músculos, nervos, ossos, articulações e cardiovascular e respiratória

TIPOS DE EXERCÍCIOS
Exercício passivo.
Exercício activo com ajuda.
Exercício activo.
Exercício activo com resistência.
Exercícios isométricos ou de músculo fixo.

EXERCÍCIO PASSIVO:
É feita pelo terapeuta ou enfermeiro, sem a ajuda do paciente, foi realizada a fim de preservar,
tanto quanto possível, a gama de movimentos das articulações e manter a circulação e a a cção
de que é para estabilizar a articulação proximal e suster a parte distal. Também mover a
articulação com cuidado e lentamente, até o limite tolerável, para evitar a dor.

EXERCÍCIO ACTIVO COM AJUDA:


É o exercício realizada pelo paciente, com a ajuda do fisioterapeuta ou enfermeiro, a fim de
promover a função normal do músculo. A acção do mesmo é manter a parte distal e encorajar o
paciente a movimentar a articulação activamente na medida, do possível e fornecer mais ajuda
do que o necessário para alcançar a acção. A períodos breves de actividade, devem seguir-se
períodos adequados de descanso

120
EXERCÍCIO ACTIVO:
É o exercício realizado pelo paciente sem assistência. As atividades incluem voltar-se de um
lado para mudança de volta lado para o outro. Realiza-se a fim de aumentar a potência
muscular. Sempre que possível, o exercício activo deve ser executado contra a gravidade. Os
movimentos comuns devem atingir a máxima amplitude sem assistência (verifique se o paciente
não mude o movimento ordenado do outro).

EXERCÍCIO PASSIVO COM RESISTÊNCIA: O movimento activo realizado pelo paciente


contra a resistência por manuais ou meios mecânicos, é realizado com a finalidade de
proporcionar resistência, com o objetivo de aumentar a potência muscular. Neste caso, o
paciente move a articulação através da sua gama de movimento permitido, ao mesmo tempo
que, o fisioterapeuta ou enfermeiro resiste, primeiro levemente e, em seguida, com o aumento
gradual da resistência. Pode ser usado sacos de areia e pesos, que são aplicados ao ponto distal
da articulação afectada. Os movimentos devem ser suaves.

FIXO OU ISOMÉTRICO MUSCULAR: não é mais do que a contracção e relaxamento


alternativo de um músculo, numa posição fixa. Este exercício é realizado pelo paciente, e é
realizada a fim de preservar a força e a energia quando uma articulação é imobilizada. A a cção
do mesmo é contrair ou apertar o músculo, tanto quanto possível, sem movimentar a articulação,
segurá-lo por alguns segundos e depois solte e relaxe, o paciente deve respirar profundamente

QUANDO O EXERCÍCIO É FEITO CORRECTAMENTE, ajuda a:


 Manter a força muscular.
 Preservar a função articular.
 Evitar deformidades.
 Estimular a circulação.
 Criar tolerância e resistência

BENEFÍCIO DOS EXERCÍCIOS:


Aumenta o tamanho dos músculos, a força e o tónus.
Aumenta a eficiência da função cardíaca.
Aumenta a tolerância para trabalhar.
Aumenta a eficiência do pulmão.
Há melhor digestão.
Aumenta a acuidade mental.

121
Verifica-se a melhoria da qualidade de sono e descanso.
Aumenta os níveis de hemoglobina no sangue.
Diminuição da pressão arterial.
Diminuição dos níveis de colesterol no sangue.

PRINCÍPIOS RELACIONADOS COM O EXERCÍCIO:


O processo de degeneração começa quase imediatamente a seguir aos músculos deixarem de ser
utilizados.
O processo de degeneração afecta tecidos ossos, apele e os músculos.
Em todas as articulações existe um arco específico de movimento.
O exercício das partes do corpo móveis até ao limite da sua capacidade, previne o aparecimento
de contracturas que pode reduzir a mobilidade das articulações.
É precisa a contracção activa dos músculos para conservar e melhorar a força e o tónus
muscular.
A contracção activa dos músculos de um lado do corpo, faz com que os músculos
correspondentes se contraem do outro lado também.
O exercício tem efeitos benéficos em todos os sistemas do corpo

As úlceras de pressão: são áreas onde a pele foi ferido como resultado da pressão prolongada
sobre uma parte do corpo, com consequente perda de movimento e destruição dos tecidos

Chama-se escara com necrose à crosta arroxeada sobre a pele que resulta de tecido isquémico e
gangrenado

CONSIDERAÇÕES GERAIS:
As úlceras de pressão são áreas localizadas do tecido mole sem circulação sanguínea. A pressão
é exercida pelo objecto em que assenta sobre a pele e tecido subcutâneo; por exemplo, colchões,
cadeiras, ligaduras, gesso, e outros.
A úlcera é frequentemente dolorosa, e a cura é caracterizada pela sua lentidão, de modo que se
torna muito difícil evitar a invasão de muitos microrganismos (estreptococos, estafilococos,
Pseudomonas aeruginosa, Escherichia coli), ou infecções secundárias.
As lesões geralmente emanam um exsudado fétido, resultante da invasão bacteriana e
degradação dos tecidos. Se a lesão é extensa, causando a perda contínua de soro e pode induzir a
depleção no sangue circulante. Além disso, quando a úlcera estiver infectada, pode transmitir o
processo para a profundidade e chegar à fáscia, músculos e ossos. Desta forma pode ser
facilmente produzido uma infecção generalizada, especialmente quando o sangue é invadido por
bacilos gram-negativos

122
FATORES DE RISCO PARA O DESENVOLVIMENTO DE ÚLCERAS DE PRESSÃO:
- A pressão prolongada.
- Imobilidade ou mobilidade escassa.
- Perda dos reflexos protectores, sensoriais ou motores.
- Força por deslizamento, fricção ou traumatismo.
- Excesso de humidade ou secura e maceração da pele.
- Edema, má circulação periférica
- Infecção.
Idade mais avançada.
Equipamentos: tração, gesso, restrição, roupa de cama inadequada e cadeira

SINAIS E SINTOMAS
Aparecimento de eritema (vermelhidão) da pele, que desaparece por pressão digital.
Área azul cinza, azul ou negro, o resultado da oclusão dos capilares e o
enfraquecimento do tecido subcutâneo.
Bolhas e laceração da pele, seguida por as fases iniciais de necrose. Este processo
pode afectar os tecidos mais profundos moles, músculos, tendões e até mesmo ossos e
articulações.
Se a úlcera é crónica e tem aberto e fechado de novo e, novamente, ocorre geralmente
endurecimento secundário (endurecimento de tecido), o qual dificulta o aporte
sanguíneo à região para formar tecido cicatricial subjacente.
Muitas vezes, observa-se focos de infe cção, por vezes, coberta por uma crosta preta o
que também impede a cura.

MEDIDAS PREVENTIVAS:
Mudança de posição frequente para reduzir as áreas de pressão entre as proeminências
ósseas.
Massagem e exercício para estimular a circulação e aumentar a alimentação da célula e
da pele.
Manter a pele limpa e seca para evitar o desenvolvimento de bactérias patogênicas.
A roupa de cama deve estar limpa, esticada, seca assim como as ligaduras
Empregar meios para evitar danos em áreas específicas (colchão de ar, almofadas de ar,
gaze).
Manter o estado nutricional de pacientes com uma dieta contendo grupos alimentares
básicos.
Pele cuidada com cremes, o suor, o colchão ressecam a pele. O álcool resseca e agride a
pele.

123
Cuidados com o cateter urinário se algaliado.

CUIDADOS COM AS ÚLCERAS DE PRESSÃO:


Mudanças frequentes de posição.
Evite mudanças de posição que provocam pressão excessiva
O uso de dispositivos mecânicos. (travesseiros ou almofadas que podem ser colocados
sobre o colchão).
Proteger proeminências ósseas com a inserção de almofadas (de borracha macia,
silicone ou outros materiais), abaixo do sacro, calcanhares, cotovelos, ombros e pescoço
quando há pressão sobre essas regiões.
Não deitar o paciente sobre um colchão mal arejado, coberto com plástico ou outro
material impermeável, recomenda-se o uso de camas de água, para tratá-las.
Pacientes sentados em cadeiras de rodas para períodos prolongados devem ser
protegidos com almofadas ao nível de tuberosidade isquiática, que é útil, uma vez que a
carga é normalmente numa pequena área da pele.
Implementação de exercícios activos e passivos para melhorar o tónus muscular dos
vasos da pele e do sangue, orientar o paciente a andar, já que o grau de mobilidade é um
critério importante para o prognóstico e tratamento.
Execute pele massagens frequentes, como estas estimulam o fluxo sanguíneo para a
pele. Aplicar movimentos circulares ao redor de proeminências ósseas e outras áreas
vulneráveis.
A pele deve ser lavada com sabão neutro, água e seque com uma toalha. A seguir,
aplicar uma loção emoliente para mantê-la macia e flexível.
Ensina-se ao paciente a examinar sua pele muitas vezes em busca de sinais de pressão.
Mantenha a cama livre de matérias estranhas que podem irritar a pele.
Esticar firmemente o lençol que cobre o colchão para evitar rugas.
Manter um estado nutricional adequado já que as úlceras de pressão aparecem mais
rápidos e são mais resistentes ao tratamento em pacientes que sofrem de distúrbios
nutricionais.

TRANSFERÊNCIA DO PACIENTE DA CAMA PARA A CADEIRA

Passar ou transferir. É quando se realiza a passagem do paciente de um lugar a outro.

Transferir o paciente da cama para a cadeira: É a acção de passar o paciente para a cadeira
ou sofá para proporcionar mudança de posição.

124
Objectivos. Proporcionar actividade física ao paciente, para estimular a circulação.

Precauções
 Fixar a cadeira ou sofá
 Ajudar o paciente na passagem para evitar traumatismos.
 Aplicar a mecânica corporal.

MATERIAL
Lençol ou cobertor
Escabelo dos pés (banquinho)
Cadeira ou sofá

PROCEDIMENTO
Invariáveis funcionais gerais.
Variáveis funcionais:
 - Estender sobre a cadeira um lençol ou cobertor.
 - Puxar a coberta da cama do paciente até aos pés da cama.
 - Colocar a cadeira ou sofá aos pés da cama em angulo recto com a cama.
 - Fixar a cadeira para impedir que rode.
 - Mover o paciente para a borda da cama e sentá-lo, ajudando-o a permanecer a colocar
os pés sobre o banquinho
 - Rodar o corpo do paciente com ambos os colocá-lo e fazer para se sentar na cadeira ou
sofá.
 - Envolva o paciente com um lençol ou cobertor se necessário.
 - Proporcionar conforto ao paciente.
 - Proporcionar meios de recreação.
 - Organizar a cama.

TRANSFERÊNCIA DO PACIENTE DA CADEIRA PARA A CAMA

Transferir o paciente da cadeira para a cama é a acção de mudar o paciente de posição - da


cadeira para a cama.

Objectivo: Proporcionar comodidade ao paciente, facilitando a mudança de posição.

125
Precauções
 Fixar a cadeira ou sofá
 Ajudar o paciente na passagem para evitar traumatismos.
 Aplicar a mecânica corporal.

ESTUDO INDEPENDENTE
Material e procedimento: paciente da cadeira para a cama
Manual de enfermaría Amparo Magaly Castro Torres Pág. 97

TRANSFERÊNCIA DO PACIENTE DA CAMA PARA A MACA

Transferência do paciente da cama para a maca. é a acção de passar o paciente da cama para
a maca.

Objectivo: Passar o paciente dum lugar a outro com diferentes fins.

Precauções.
 Não realizar movimentos bruscos para evitar traumatismos.
 Aplicar a mecânica corporal.
 -Observar se a maca está bem: manter as rodas viradas para os pés da cama e fixá-las.

ESTUDO INDEPENDENTE
Procedimento das diferentes formas que se utilizam para transferir o paciente.
Manual de enfermaría Amparo Magaly Castro Torres Pág. 98…

TRANSFERÊNCIA DO PACIENTE DA MACA PARA A CAMA

Transferir o paciente da maca para a cama - é a ação de passar o paciente da maca para a
cama
Objectivos:

126
- Proporcionar paciente comodidade.
- Mudar de posição para estimular a circulação

Precauções:
- Não realizar movimentos bruscos para evitar traumatismos.
- Aplicar a mecânica corporal.
- Observar se a maca está bem; manter as rodas viradas para os pés da cama e fixá-las.

ESTUDO INDEPENDENTE
Material e procedimento: Paciente da maca pra a cama
Manual de enfermaría Amparo Magaly Castro Torres Pág. 101

PROTECÇÃO E RESTRIÇÃO DE MOVIMENTOS DO PACIENTE:


É a eliminação dos movimentos do paciente para imobilizar um ou mais partes do corpo, a fim
de proporcionar segurança.

MÉTODOS DIFERENTES.
Protecção dos pacientes por meio de grades.
Ligaduras ou manguitos para imobilizar os membros superiores e inferiores.
Restrição com dois lençóis.

Objectivos:
Imobilizar um ou mais partes do corpo do paciente para fins diferentes.
Proteger fisicamente o paciente.

Precauções:
Proteja a pele da região a ser imobilizada.
Use a restrição o menor tempo possível.
Reposicionar o paciente com frequência.
Monitorar sempre o paciente através da observação da região imobilizada.
Cuidar da pele do paciente na parte imobilizada.
Sempre imobilizar os tornozelos com uma distância segura entre eles e nos pulsos também.
Não prolongue por muito tempo a imobilização dos membros.
Não interromper a circulação com as ligaduras apertados (observar cianose, palidez,
arrefecimento das extremidades ou sensação de formigueiro).
Oferecer uma arrastadeira ou levar o paciente à casa de banho antes de imobilizá-lo.

127
Até meio da imobilização, use os nós que possam soltar-se, fácil e rapidamente.
Lembre-se, nunca amarrar às grades, pois ao baixá-las pode causar desconforto para o
paciente.
Não aplicar dois pontos de fixação para um lado, porque a pessoa pode cair da cama.

PROTEÇÃO POR GRADES:


É a protecção do paciente sobre a cama, por meio de grades, para evitar que caia por um dos
lados lado.

ESTUDO INDEPENDENTE
Material e procedimento: protecção com grades
Manual de enfermaría Amparo Magaly Castro Torres Pág. 103

BANDAS DE RESTRIÇÃO OU MANGUITOS:


Consiste em prender com ligadura os braços e pernas dos pacientes acamados.
É uma medida desagradável para o paciente, pois limita os movimentos do paciente, o que
provoca a ansiedade

ESTUDO INDEPENDENTE
Material e procedimento - bandas de restrição ou manguitos
Manual de enfermaría Amparo Magaly Castro Torres Pág. 104

Restrição com dois lençóis - permite movimento limitado do paciente para imobilizar um ou
mais partes do corpo.

ESTUDO INDEPENDENTE
Material e procedimento - Restrição com dois lençóis
Manual de enfermaría Amparo Magaly Castro Torres Pág. 104 e 105

RESTRIÇÕES À CRIANÇA
Embalagem. É como imobilizar o recém-nascido ou do lactente. É também o sistema de
imobilização que é usado na maioria das vezes, é envolver a criança com um lençol que sujeita

128
os braços e pernas, semelhante à forma como múmias egípcias estão envolvidos.

Objectivos:
Evitar a perda de energia.
Manter a temperatura corporal.
Aplicação do tratamento.
Administrar a alimentação por sonda

Posições:
Sentado ou semissentado (Fowler).
Posição de Sims.
Posição de Trendelemburg.
Posição de litotomia.
Posição ginecológica.
Posição Genitopeitoral.
Posição faca Sevilha.
Ou de pé.
Posição para punção lombar.

LIGADURAS
São ligaduras adaptadas à forma de uma parte do corpo a onde aplicar. É um pedaço de material
que se usa para envolver uma região do corpo.

CONSIDERAÇÕES GERAIS.
Os curativos são um meio de protecção e imobilização de uma região lesada ou doente. Quando
aplicado sobre uma lesão e tem como função apoiar e cobrir o curativo.
A venda deve ser posicionada de modo que ajuste uniformemente na região afectada, que exerça
pressão moderada, sem prejudicar o movimento ou causar compressão prejudicial às saliências
ósseas, que se mantenha firme, sem flacidez, e que, juntos, e que no seu conjunto deixe a
impressão de uma obra bem-feita e acabada.
Um curativo mal feito (frouxo, inestético) indica a falta adestramento de quem a executa. Os
pensos mais comumente usados são feitos com tecidos malha gaze, cortado em tiras 5, 7, 5 e 10
cm, dispostos em forma de rolo, também feito de material elástico, o qual
tem a vantagem de que adapta bem a todas as regiões e para manter uma discreta
pressão uniforme. Elas são muito utilizadas em varizes de extremidades dos membros
inferiores.

129
APLICAÇÃO DE LIGADURAS
Objectivos:
– Limitar os movimentos.
– Sujeitar apósitos.
– Fixar talas de imobilização.
– Aplicar pressão para controlar una hemorragia.
– Aplicar calor.
– Corrigir deformidades

Precauções:
- Seleccione a ligadura adequada para cada caso e região.
- Separe a superfície cutânea, protegendo as proeminências ósseas para evitar
atrito e demasiada pressão.
- Começar com a ligadura da parte distal para proximal e de dentro para fora.
- Não iniciar ou terminar a ligadura directamente sobre a ferida ou numa área sobre a qual se
exerce pressão.
- Colocar a ligadura com suavidade e firmeza.
- Cobrir o penso da ferida com uma ligadura com uma margem de 5 cm de cada lado.
- Observar bem a ligadura para detectar sinais de compromisso circulatório
- Deixar exposta a área distal para detectar compromisso circulatório quando se está de colocar
ligaduras nos membros.
- Ter limpa e seca a região que vamos fazer ligadura.

PRINCÍPIOS BÁSICOS PARA COLOCAR LIGADURAS


 Os gérmenes crescem em áreas quentes, molhadas e sujas

 O atrito pode causar trauma mecânico para o epitélio

 O corpo é mantido em posição anatómica natural, com ligeira flexão de articulações


para prevenir distensão dos músculos

 A pressão excessiva e indevida sobre as superfícies do corpo pode alterar circulação


e, consequentemente, a nutrição das células nesse local.

GUIA PARA EXECUTAR A VENDA COM LIGADURA


- Ponha-se de frente à pessoa a quem vai colocar a ligadura.
- Comece o rolo virado para cima numa mão, e o extremo da ligadura na outra.
- Ligar da parte distal para a proximal e de dentro para fora.

130
- Não iniciar ou terminar a ligadura directamente sobre a ferida ou uma área em que a pressão é
exercida, por exemplo, o lado posterior (de trás) da coxa.
- Colocar a ligadura suavemente mas com firmeza sobrepondo cada volta de cerca de dois terços
da largura da ligadura.
- Use a largura da ligadura que melhor se ajusta para a situação em causa.
- Na execução de uma ligadura com penso deve deixar-se uma margem de 5cm de ligadura de
cada lado.
- Separe a superfície da pele e protege as proeminências almofadando-as com gaze ou algodão
antes de fazer a ligadura para evitar a aplicação de demasiada pressão e atrito.
- Depois de feita a ligadura verificar se há sinais de compromisso circulatório.
- A ligadura deve ser seguro, durável, limpo, eficiente e terapeuticamente eficaz, além disso,
económica.
LIGADURA CIRCULAR

Ligadura circular é adequada para cobrir regiões de forma cilíndrica, como o antebraço, braço,
perna e coxa.

PROCEDIMENTO
Usar uma banda de 5 a 7cm. Depois de colocar duas ou três voltas rodada na extremidade distal
do membro para fixar a ligadura esta continua até ao extremo oposto da região a fixar,
sobrepõe-se cada volta sobre a anterior um a dois terços.
Quando as voltas de ligadura chegam a ponta do penso, se necessário continua-se em sentido
contrário, para o ponto inicial, a partir de cima para baixo e vice-versa, para cobrir
completamente e dar solidez à ligadura, terminando para parte proximal.

LIGADURA EM OITO (8)


Ligadura em oito (8) utiliza-se com frequência ligadura de 5 a 7cm, emprega-se para ligar
superfícies de flexão, tais como as articulações.

PROCEDIMENTO.
Ligaduras em oito, começa-se por efectuar duas
voltas circulares no centro da articulação e,
depois, aplicar a ligadura alternadamente para
cima e para baixo, descrevendo uma forma
semelhante a um 8, de modo a que cada volta
cubra parcialmente a anterior, cruzando-se na parte posterior sempre pelo centro da articulação.
Este penso é muito conveniente para o nível do carpo, do cotovelo e maléolo.

131
LIGADURA EM ASPIRAL
Ligadura em espiral usa-se para envolver uma parte do corpo que seja de
circunferência uniforme.

PROCEDIMENTO

 Inicia-se com duas voltas circulares, que vão segurar a ponta da


ligadura. São as voltas mais importantes;
 Cada uma das seguintes voltas cobre a terceira parte ou metade da
volta anterior;
 No final a ligadura pode fixar-se com adesivo, ou com um grampo.

LIGADURA ASPIRAL DUPLA


A ligadura em espiral dupla usa-se para ligar as partes cilíndricas do corpo que têm
circunferência variável, como a perna a perna.

PROCEDIMENTO
Para fazer ligadura deste tipo, o polegar da mão livre é
colocado no topo da primeira volta e segura firmemente a
ligadura, este é desenrolada cerca de 15 cm e depois vire a
mão para dentro de modo que a ligadura se dobra de frente
para baixo cruzando com a volta que se fez em sentido
contrário. Sobrepondo-se um terço.
Então a ligadura é executado através do membro se executa outra operação
igual e à mesma altura, de modo que as pregas estão alinhadas e fiquem uniformes

LIGADURA RECORRENTE

Ligadura recorrente é utilizada


para cobrir porções dista do corpo,
tais como as pontas dos dedos.

PROCEDIMENTO

132
Depois de definir o início da ligadura com uma volta circular, volta-se directamente o rolo sobre
o centro do dedo que se vai cobrir. Fixa-se por baixo e fazem-se voltas alternadas para a direita
e depois para a esquerda sobre a volta inicial, de modo que cada volta cruze em cima e em
baixo. Cada volta cobre a uma anterior. A ligadura forma espirais circulares que se unem nos
extremos.

LIGADURA EM CAPACETE
Ligadura em capacete é utilizada para cobrir o couro cabeludo. É um tipo de atadura de
repetição, semelhante à que se usa para cobrir os cotos.

PROCEDIMENTO.

Ela começa com dois ou três circular à volta da cabeça, o nível da testa e occipital, com ligadura
de 5cm. Então, na linha média, sobre a inserção do nariz se inverte a ligadura é vai em sentido
contrário até chegar às previamente colocados que excede ligeiramente, a esse nível se dobra de
novo sobre si mesma e se repete a manobra à frente e atrás onde sem ajudante segura as laçadas
recorrentes, e assim sucessivamente até estar coberta toda a superfície, gire a ligadura
novamente para abraçá-la e terminar com várias circulares. Para dar consistência à ligadura.
Para dar solidez no seu conjunto à ligadura reforça-se o capacete com três tiras de fita
adesiva de 2 centímetro, como se segue: um da testa até o occipital e outro que atravessa
perpendicularmente desde a região temporal até à oposta e uma terceira circundante, na sua base
para o chapéu.

3.6 ALTA DO PACIENTE


Definição
É a finalização de cuidados/tratamento nas unidades de internamento ou de urgência.

Tipos de alta
 Alta por melhoria
 Alta por transferência intra-hospitalar
 Alta por transferência extra hospitalar
 Alta por abandono
 Alta por decisão do paciente/familiar
 Alta por óbito

133
Objectivos
 Proporcionar documentação necessária sobre o seu processo
 Facilitar os meios necessários para continuar o seu tratamento
 Comprovar que o paciente e a família conhecem as técnicas necessárias para o seu auto
cuidado
Quem executa: o enfermeiro, conforme prescrição médica ou protocolo de serviço

Material
 Documentação da alta (folha de alta médica, de continuidade de cuidados, etc)
 Material necessário se precisar.
 Medicação para o dia se necessário
Procedimento
 Informar o paciente/família que vai ter alta
 Comprovar que o paciente/família sabe realizar correctamente os cuidados e / ou
autocuidados para cobrir as necessidades básicas detectadas na alta.
 Entregar o relatório da alta e explicar o tratamento a continuar se for o caso, data da
consulta de revisão, análises clínicas, etc
 Recolher o material utilizado pelo paciente, limpá-lo e esterilizá-lo (caso necessário)
 Proceder à limpeza terminal da unidade
 Registar o procedimento na folha de enfermagem, anotando data, a hora da alta, ocorrências

Observações:
 Em caso de necessidade, solicitar o serviço de transporte (ambulância).
 Comunicar a Alta ao Serviço de Admissão de Pacientes.

UNIDADE IV - NECESSIDADES BÁSICAS DURANTE O CICLO DE VIDA

TEMA 4.1 – Natureza das Necessidades

ELEMENTOS BÁSICOS DA ONTOGENIA


Ontogenia descreve a origem e o desenvolvimento de um organismo, desde o ovo fertilizado,
até à sua forma adulta.

Desde a antiguidade, a origem do homem tem sido uma fonte de debate e luta entre o idealismo
e o materialismo. O idealismo defende a criação do homem por um poder sobrenatural. O
materialismo, baseada na ciência, explica a origem do homem como resultado de uma longa
evolução de um grupo ancestral dos hominídeos.

134
Na escala zoológica, a espécie humana (Homo sapiens) é classificado no reino animal como
pertencente ao tipo cordado e é considerado um vertebrado, mamífero, da ordem dos primatas

Cordado - no estágio embrionário forma o notocórdio, uma estrutura de apoio que podem
persistir, mudar ou desaparecer no adulto.

Vertebrado - tem um esqueleto axial (coluna vertebral e crânio).


Há duas classes: os vertebrados inferiores (peixes e anfíbios) e superior (répteis, aves e
mamíferos), que se desenvolvem em um saco cheio de fluido extra-embrionário, denominada
cavidade amniótica.

Mamífero - caracteriza-se pelo corpo ser geralmente coberta de pelos e as fêmeas têm glândulas
mamárias com as quais alimentam os seus filhotes.

Primata - inclui várias famílias de macacos, assim como nossos ancestrais hominídeos dos
seres humanos.

A espécie humana tem características específicas que a diferenciam de todos os animais, as


mais importantes são:
 Marcha erecta e vertical
 Mão como órgão de trabalho
 Encéfalo desenvolvido com o qual elabora conceitos intelectuais abstractos
 Linguagem articulada

TEORIAS SOBRE O DESENVOLVIMENTO E CRESCIMENTO

No curso da história têm procurado explicar o desenvolvimento individual ou ontogenia do


organismo, usando duas abordagens diferentes, representado pelas teorias de pré-formação e
epigénese

A Teoria da pré -formação parte de posições criacionista, coloca de uma forma simplista de
que o futuro organismo já estava preformado, em miniatura, nas células sexuais.

A Teoria da Epigénese tem um conceito evolutivo, explica que o organismo se desenvolve em


um processo contínuo no qual novas estruturas são formadas de forma gradual. Esta teoria se

135
complementa por considerar os componentes genéticos (herança) e troca com o meio ambiente
como factores que influenciam este processo, que pode causar alterações significativas no novo
ser.

Outra teoria interessante é a chamada Lei Biogenética, também conhecida como


Recapitulação, considerando-se que no desenvolvimento individual do corpo, principalmente
na fase embrionária, se repetem as etapas fundamentais do desenvolvimento de espécies
inferiores, ou seja, que a ontogenia repete a filogenia.

Também se questiona que a Teoria da filo embriogéneses que as mudanças que aparecem na
fase embrionária e se incorporam no desenvolvimento do adulto podem ser incluídos na
Filogenia devido à hereditariedade.

Filogéneses ou Filogenia: história do desenvolvimento de um tipo orgânico ou espécie, desde a


forma mais simples, em distinção de Ontogenia ou evolução do indivíduo.
Estas últimas teorias reafirmar o princípio fundamental da teoria da evolução (Darwin) da
unidade de origem dos organismos.

O materialismo dialéctico explica que tudo na natureza muda e evolui de acordo com certas
leis. Isto é confirmado no organismo em desenvolvimento que está sujeito a constantes
mudanças em seu mecanismo de adaptação ao ambiente.

CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO PSICOSSOMÁTICO

Crescimento
É o processo que indica um aumento no tamanho e peso do corpo humano e, portanto, pode ser
avaliada numericamente. Neste processo, produzem-se mudanças estruturais quantitativas, de
forma contínua, embora a sua velocidade não é uniforme porque em determinados momentos
mais rápido do que em outros.

O crescimento dá-se principalmente por causa do aumento do número de células, multiplicação


ou proliferação destas (hiperplasia), do aumento, do tamanho das células (hipertrofia) e ao
aumento da substância intercelular.

Desenvolvimento
Compreende uma série de processos, entre os quais se destaca a diferenciação, que proporciona
à estrutura novas funções durante a sua maturação. Nestes processos produzem-se mudanças

136
estruturais e funcionais qualitativas em forma de saltos, o que aumenta a complexidade do
organismo, que adquire novas propriedades morfofuncionais, diferentes da função original.

PERÍODOS DO DESENVOLVIMENTO HUMANO

PERÍODOS ESTÁGIOS ETAPAS IDADES

Prediferenciação 2 primeiras semanas


Pré-natal Embrionário
Diferenciação 4 a 8 semanas

Fetal Crescimento 7 meses posteriores


Neonatal 1º mês
Infância Lactação 2 - 12 meses
(meninice) Preescolar (transição) 1 - 2 anos
Preescolar 2 - 4 anos
Escolar 5 - 9 anos

Adolescência Puberdade 10 – 19 anos


Pós-natal Jovem 19 – 35 anos
Adulto
Maduro 35 -65 anos
Velhice 65 – 74 anos
Envelhecimento
Senescência + 75 anos

PERÍODO PRÉ NATAL


O período de pré-natal caracteriza-se por ter uma duração de aproximadamente 40 semanas
(nove meses) e o organismo tem uma taxa de crescimento mais rápido do que o período pós-
natal. Apresenta estágios morfológicos semelhantes aos que ocorrem em diferentes espécies.
O período de pré-natal pode ser dividido em dois estágios: o embrião, incluindo os 2 primeiros
meses da concepção e fetal - os 7 meses seguintes, até o momento do nascimento.

137
PERÍODO PÓS NATAL
O período pós-natal: este período é subdividido em várias etapas, desde o momento do
nascimento até a morte do indivíduo.

ETAPA DO RECÉM-NASCIDO OU NEONATAL (1º MÊS):

Características somáticas

Com o nascimento ocorrem importantes mudanças funcionais como o início da respiração, a


circulação pulmonar e alimentação por via oral. O corpo de um recém nascido diferencia-se
extraordinariamente dos adultos, pela sua forma e dimensões. O tamanho médio é de 50 cm. O
peso varia entre 2500 e 4000g. O perímetro cefálico (circunferência da cabeça) ao nascer é de
cerca de 34 cm.

Características psicológicas

O recém-nascido dorme em média, 20 horas por dia.


Há um conjunto de reflexos característicos nesta fase, alguns dos quais são essenciais para a
manutenção da vida. Esses reflexos podem ser agrupados em três subdivisões:

1. Os que desaparecem dentro dos 2 meses:


Curvatura do tronco
Reflexos de extensão cruzada
Posição intra uterina

2. Aqueles que desaparecem antes de 4 ou 5 meses:


Reflexo de Moro ou abraço
Magnus ou tónus do pescoço
Marcha.

3. Desaparecem mais tardiamente:


Preensão palmo-plantar - Até 6 meses.
Resposta tipo Babinski - Até 2 anos.

ETAPA DA LACTAÇÃO (1-12 MESES)

138
O crescimento é rápido. Pesa três vezes por ano.
Peso: Aumento:
1º Trimestre________30g por dia.
2º Trimestre________20g por dia.
3º Trimestre________15g por dia.
4º Trimestre________12g por dia.

Tamanho: Cresce:
1ºTrimestre________9cm
2ºTrimestre________7cm
3ºTrimestre________5cm
4ºTrimestre________3cm. Até chegar a cerca de 74 cm no 1º ano.

Desenvolvimento psicológico

1
--- Segue a luz
1
1-2 -- Sorri e balbucia sons
---
3 Sustenta a cabeça

4Agarra objectos 7 e 8 preensão palmar polegar pinça digital


5 gira o abdómen
sustem sentado 6 9 senta-se só
10 engatinha
11 dá passos
12 caminha

Linguagem aos 3 meses: ta ta da ,da, agu agu.


aos 6 meses: papá, mamá,

Dentes ao ano 4/4


aos 2 anos 8/8

Actividade afectiva dominante nesta fase:


- Relacionamento emocional com o de adultos

139
Características psicológicas do lactente:
Adquiridos reflexos condicionados.
O adulto atende todas as necessidades
O adulto é o intermediário entre a criança e o ambiente objetivo.
Aparecem as premissas iniciais da linguagem.
Ações repetidas de adultos.

Fase de transição (1 - 2 anos):


A fase de transição caracteriza-se pelo crescimento do corpo lento, começa a andar
cambaleante, então a marcha começa a ganhar maior controle.

Características psicológicas:
Andar a pé permite-lhe tirar objectos e manipulá-los por si só, assumir o comando do pé e isso
se desenvolve na capacidade da criança para orientar no espaço.
Manipulação dos obje ctos: é a actividade principal. A criança descobre a função do objecto e
começa a desenvolver o pensamento visual e comunicação com os adultos.
O desenvolvimento da linguagem: é lento, aprender a dizer palavras que atendam suas
necessidades.

PRÉ-ESCOLAR (2 - 4 ANOS)
Pré-escolar (2 - 4 anos): o crescimento do corpo é também lento e aos 3 anos de idade termina
a dentição do leite.
Características psicológicas:
O jogo de papéis é a actividade principal, pois eles imitam as acções dos adultos. Com a
actividade dos jogos aprende as obrigações que devem desempenhar e os seus direitos, ao
mesmo tempo que se verifica grande desenvolvimento da linguagem.
O jogo ajuda a desenvolver o pensamento visual, e a formar a imagem nessa idade do que é
certo e o que é errado. Pelo jogo se desenvolve a imaginação das crianças; mediante o jogo
simbólico substitui uns objectos por outros.

ETAPA ESCOLAR (5 - 9ANOS)


Etapa escolar (5 - 9anos): nesta etapa o crescimento do corpo continua lento. Começa a
desenvolve a dentição permanente.
Nesta fase é muito importante para a criança o estudo, o jogo passa a ser secundário.

140
ESTÁGIO DA ADOLESCÊNCIA (10 - 19 anos)
A adolescência é uma fase entre a infância e a idade adulta, que começa cronologicamente com
as mudanças da puberdade e caracteriza-se por profundas transformações biológico, psicológico
e social.
Segundo a Organização Mundial de Saúde. A adolescência é o período que decorre entre 10 e
19, considerando-se duas fases: o início da adolescência (10 - 14 anos) e adolescência tardia (15
- 19 anos).

A puberdade é um termo usado para identificar as alterações somáticas dadas pela aceleração
do crescimento e desenvolvimento, início da maturidade sexual e características sexuais
secundárias, não é um processo exclusivamente biológico, mas confunde-se com factores
psicológicos e sociais. Nas meninas começa às 8 anos e nos rapazes aos 9 anos de idade.

Características gerais da adolescência


 Verifica-se o crescimento do corpo pelo aumento de peso, a estatura e mudanças de
forma e dimensões corporais.
 Há um aumento da massa muscular e força muscular, mais acentuada nos homens.
Também há um aumento e maturação dos pulmões e coração, tendo assim um maior
desempenho e uma recuperação mais rápida em comparação com o exercício.
 O aumento na velocidade de crescimento, as alterações na forma do corpo e do
tamanho, os processos endócrinos – e a maturação metabólica correspondente, não
ocorre sempre harmoniosamente, de modo que é comum a apresentar marcha
desajeitada, descoordenação dos movimentos, distúrbios de sono e fadiga.
 O desenvolvimento sexual é caracterizado pelo amadurecimento dos órgãos sexuais, o
aparecimento de características sexuais secundárias e o início da capacidade
reprodutiva.

Aspetos psicossociais integram um certo número de características e comportamentos que


em maior ou menor grau estão presentes durante esta fase são:
1. Procura de si mesmo e da sua identidade e a necessidade de independência.
2. Tendência a viver em grupo
3. Demonstrações e conduta sexual com o desenvolvimento da identidade sexual.
4. Contradições nas manifestações de sua conduta e mudanças de humor constantes.
5. Relações conflituosas com os pais que oscilam entre a dependência e a necessidade de
separação dos mesmos.
6. Atitude social reivindicativa: neste período, os jovens tornam-se mais analíticos,
começam a pensar em termos simbólicos, a formular hipóteses, corrigir falsos

141
preconceitos, considerar alternativas e chegar a conclusões próprias. Elabora uma escala
de valores de acordo com a imagem que faz do mundo
7. A escolha de uma profissão e a necessidade de treinar para a desempenhar bem.
8. Necessidade de formular e desenvolver as respostas para um projecto de vida.

FASE ADULTA (19 - 65anos)

Na fase adulta (19 - 65anos): o corpo atinge sua altura final (antes dos 30 anos) e, em seguida,
continua a se desenvolver lentamente. O peso médio é de aproximadamente 60 kg. E o tamanho
médio de 160 cm. (165 em homens e 155 mulheres), os limites de altura normal do corpo
humano são entre 120 e 200 cm. Abaixo a altura mínima é falado de nanismo e gigantismo
acima do máximo.
Esta etapa é dividida em duas eras: adulto jovem 20 – 35 anos e adulto maduro 36 – 65 anos.

ETAPA DE ENVELHECIMENTO (mais de 65)

A etapa do envelhecimento mostra o desaparecimento das suturas cranianas, a perda de dentes


e involução dos órgãos. É subdividido em duas faixas etárias:
 Velhice 65 – 74 anos e
 Senilidade mais 75 ano

.
PRINCÍPIOS DE CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO.
1 - Durante a adolescência reduz o crescimento psíquico e desenvolvimento intelectual do
sistema, excepto o sexo.
2 - O crescimento e desenvolvimento têm um percurso desigual, nem todos os aspectos
amadurecem, à mesma velocidade e, ao mesmo tempo.
3 – O crescimento físico e o mental desenvolvem-se paralelamente, mostrando uma diminuição
da velocidade de crescimento durante a puberdade.
4 - O crescimento diferencial é precedido por padrões de comportamento gerais e da sua
estrutura e função vão-se diferenciando pouco a pouco.

142
FACTORES QUE AFETAM O CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO.

Factores endógenos:
 Factores genéticos.
 Hereditariedade.
 Sexo.
 Raça.
 Factores neuro-hormonal.
 Factores metabólicos.

Factores exógenos:
 Nutrição. (factor mais importante).
 O estado de saúde.
 Clima e estação do ano.
 Factores psicológicos. (crescimento deficiente em crianças submetidas a stress)
 Factores socioeconómicos.

NECESSIDADES HUMANAS:
As necessidades humanas constituem tudo aquilo que é necessário desenvolver e prolongar a
vida.
Todos os seres humanos têm necessidades comuns, deve-se ter em conta que estas se
satisfazem mediante sistemas de vida muito diversos que se pode afirmar que não há dois
iguais.
Se o organismo não dispõe de certos elementos necessários para a vida, isso se manifesta na
exigência desses elementos, ou seja, o organismo reclama a satisfação das suas necessidades.

NECESSIDADES HUMANA BÁSICAS

Necessidades de sobrevivência:
Alimentos, ar, água, temperatura, eliminação, descanso, fuga da dor.

Necessidades decorrentes de estímulos:


Sexualidade, actividade, exploração, manipulação, novidade.

Necessidades de segurança:
Segurança e protecção.

143
Necessidade de amor e sentido pertença:
Amor, pertença, e proximidade.

Necessidade de Estima:
Estima e auto estima.

Necessidade de Auto realização:


Auto realização.

NECESSIDADES A ESTUDAR NA DISCIPLINA:


 Necessidade de higiene.
 Necessidade nutricional.
 Necessidade de eliminação vesical
 Necessidades Eliminação intestinal.
 Necessidade de oxigénio.

4.2 NECESSIDADES DE HIGIENE, COMODIDADE, REPOUSO E SONO


Higiene: É o ramo da ciência médica que visa criar e / ou manter as condições ideais para a vida
humana.

A Higiene divide-se em vários ramos, dentro dos quais é a higiene pessoal, que normalmente se
refere às medidas tomadas pelo sujeito para manter limpo e em bom estado a pele e seus anexos
(cabelo e unhas), os dentes e boca.

O banho e o manter-se asseado são ensinados desde a mais tenra idade.

Quando um indivíduo está doente, muitas vezes dependem de outros para fazer a sua a
higiene pessoal, por ele próprio não ser capaz de a realizar, coloca em risco a sua auto estima.

HIGIENE PESSOAL.
Objetivos
1-Manter a pele limpa.
2-Aumentar a resistência à infecções
3-Proporcionar comodidade e descanso.
4-Eliminar substâncias residuais.
5-Eliminar o hálito.

144
6-Favorecer uma boa higiene mental.

MÉTODOS PARA OBTER HIGIENE PESSOAL


1-Lavagem das mãos.
2-Higiene da pele e das unhas.
3-Diferentes tipos de banhos.
4-Cuidados da manhã e vespertinos.
5-Higiene oral e da prótese dentária.
6-Cuidado das fossas nasais.
7-Cuidado dos olhos.
8-Cuidado dos cabelos,
9-desinfeção da pediculose.

CUIDADOS DA MANHÃ: são os cuidados que se fazem aos pacientes incapacitados, parcial
ou totalmente às primeiras horas da manhã.

Objectivos:
-Limpar, refrescar e relaxar o paciente.
-Preparar o paciente para o pequeno-almoço.
-Proporcionar estética.
-Educar o paciente sobra aspectos higiénicos,
-Eliminar a acumulação de gordura na pele do rosto, as secreções oculares e nasais.

Precauções:
-Manter a privacidade do paciente.
-Utilizar a agua a uma temperatura adequada, de acordo com os hábitos do paciente.

ESTUDO INDEPENDENTE
Material e Procedimento: Cuidados da manhã
Manual de Procedimentos de Enfermería, Amparo Magaly págs 163 a 167.

CUIDADOS DA TARDE: São os cuidados que se fazem ao paciente incapacitado parcial ou


totalmente no final da tarde.

145
Objectivo:
-Satisfazer as necessidades físicas e psíquicas do paciente para fomentar um sono reparador.

Precauções:
-Manter a privacidade do paciente.
-Não aplicar massagem nas pernas para evitar embolias.
-Observar o estado da pele e a região sacra, antes de dar a massagem (enrijecimento, gretas,
outros sinais ou danos).
-Verifique curativos, ligaduras e meias anti embolia, alterar ou ajustar. Se necessário.

ESTUDO INDEPENDENTE
Material e Procedimento:
-Manual de procedimientos de enfermería, Amparo Magaly Páginas 163 a 167.

HIGIENE DAS CAVIDADES:


Higiene Oral
É a limpeza da boca; é realizada por meios mecânicos (escova e pasta de dentes) e químicos
(soluções anti sépticas).

Objectivos:
-Remova as partículas de alimento, para prevenir a cárie e focos sépticos que dão origem a
infecções locais e distúrbios em outras partes do corpo.
-Fornecer a devida atenção para a boca para a conservação de todos os dentes envolvidos na
mastigação.
- Refrescar a boca para melhorar o gosto
- Massajar as gengivas.
- Proporcionar higiene e conforto ao paciente.

Precauções:
-Coloque os objectos convenientemente ao alcance do paciente e / ou enfermeiro, certifique-se
se o paciente tem condições de escovar os dentes sem ajuda, ou se precisa de ser ajudado pela
enfermeira,
Nos casos de pacientes em estado crítico, lubrificar os lábios e da cavidade oral para evitar
fissuras nestas áreas secas.

146
-Fornecer educação em saúde durante o procedimento

ESTUDO INDEPENDENTE
Material e procedimentos: higiene oral
- Manual de procedimientos de enfermería, Amparo Magaly pág - 108

Cuidados a ter com as fossas nasais:


A higiene das fossas nasais, consiste na limpeza mecânica que se realiza nestas cavidades.

Objectivos:
- Eliminar secreções das fossas nasais.

Precauções:
-Amolecer as crostas, antes de prosseguir a higiene as narinas.
-Em crianças, não use o aplicador montado para limpar a fossa nasal.
-Tome cuidado extra para evitar a aspiração.
-Proteger a boca para impedir a entrada de secreções.

ESTUDO INDEPENDENTE:
Material e procedimentos: fossas nasais
-Manual de procedimientos de enfermería, Amparo Magaly pág – 130-131.

Cuidados com os olhos:


é a limpeza das secreções dos olhos de pacientes com paralisia ou coma que perturba ou
impede o reflexo da córnea.
Os olhos são um dos órgãos mais sensíveis do corpo precisam ser limpos para ficarem livres de
infecções.

Objectivos:
 Manter os olhos livres de secreções oculares.

147
 Cuidar muitas vezes os olhos do paciente com paralisia palpebral ou inconsciente, para
evitar úlceras ou inflamação da córnea exposta.
 Lavar os olhos antes de fazer o tratamento

Precauções:
 Tome cuidado para que as pálpebras estejam fechadas para evitar o desconforto e as
complicações ao fazer a higiene dos olhos.
 Verifique se há excesso de líquido nos cotonetes molhados para evitar cair no ducto
naso lacrimal.
 Utilize um cotonete cada vez que tocar no olho até que esteja limpo, faça o mesmo ao
outro olho
 Observe as regras de assepsia e antissépsia para evitar a infecção cruzada.
 Limpe o olho com movimentos suaves (para evitar a lesão) a partir do canto interior
para o exterior do olho para evitar a obstrução da lágrima.
 Tome cuidado para que os olhos sejam cobertos com gaze húmida em pacientes com
paralisia da pálpebra ou coma, para manter a humidade da córnea exposta e prevenção
de úlceras e inflamações.
 Se o paciente estiver inconsciente, verifique se há lentes de contacto e, se assim
removê-los para prevenir acidentes (lesões e úlceras na córnea).
 Em caso de Prótese ocular pacientes inconscientes, o procedimento para limpá-lo.

ESTUDO INDEPENDENTE
Material e procedimento: cuidados aos olhos
Manual de procedimientos de enfermería, Amparo Magaly págs 117 a 130

CABELO
Cuidados com os cabelos: Consiste em estimular a circulação do couro cabeludo e distribuição
de óleos naturais e de higiene, escovando o cabelo.

A frequência de lavagem de cabelo:


Se o cabelo é seca lavagem 1 vez por semana e se é gorduroso pode lavar mais de uma vez por
semana.
A lavagem do cabelo promove a estimulação do couro cabeludo e funcionamento normal das
glândulas sebáceas.
O cabelo seco pode se tratar com a aplicação de óleos e couro cabeludo também.Deve ser
tomado cuidado com a aplicação de tintas para o cabelo, porque quando a base do corante é

148
penetrante pode causar irritação da pele, é recomendada fazer teste com o corante por trás das
orelhas durante 24 a 48 horas antes de pintar, para detectar alergias ou sensibilidade a essa
substância.
Cuidar dos cabelos crespos: Os princípios para o cuidado do cabelo são as mesmas para todos,
mas as técnicas variam dependendo do tipo de cabelo. Muitas pessoas têm cabelos grossos,
cacheados. A torção é devido ao ângulo do cabelo para a superfície do couro cabeludo. O muito
crespo ou espiral forma um ângulo grande.
Embora o cabelo enrolado parece ser muito forte na verdade, quebra facilmente, emaranha-se,
mesmo amarrado.
Em pacientes acamados, o emaranhamento normalmente afeta a parte de trás ou lado do
cabelo.
Para remover o emaranhamento é geralmente necessário aplicar um lubrificante ou
condicionador para evitar que fique seco: coloque os dedos separados do cabelo para levantar e
liberar bloqueios, você pode mover os dedos pentear movimentos semirrotativos, enquanto
suavemente levanta o cabelo até desaparece emaranhamento pode usar-se um pente longo dente
ou um pente.
Se usar um pente regular, separe o cabelo por mechas e penteie cada uma isoladamente
Se o emaranhamento é nas extremidades, segure o cabelo apertado na parte inferior e penteie
delicadamente por partes até concluir a mecha.
Cuidados com o Cabelo: pentear e arranjar o cabelo é feito sistematicamente.

Objectivos:
 Mantenha os cabelos limpos e penteados.
 Para estimular a circulação do couro cabeludo e distribuição de óleos naturais para
remover as células mortas e detritos por escovagem.
 Detectar alterações no couro cabeludo.
 Descubra a existência de parasitas na cabeça.
 Contribuir para o conforto e boa aparência do mesmo.

Precauções:
 Executar e proceder com cuidado para evitar o desconforto do paciente
 Penteie o cabelo da ponta da raiz para remover os nós e depois raiz às pontas.
 Ter em conta as características de cabelo, o penteado far-se-á ao gosto do paciente.

ESTUDO INDEPENDENTE
Procedimento: cuidados aos cabelos
Manual de procedimientos de Enfermería, Amparo Magaly págs – 141 e142

149
Higiene do cabelo: é a limpeza mecânica que se realiza ao cabelo do paciente.
Objectivos:
 Proporcionar conforto e higiene.
 Evitar a contaminação de germes.
 Melhorar a aparência pessoal.

Precauções:
Lavar o cabelo é contra-indicado em pacientes com lesão na cabeça, como craniotomia
recente, fractura do crânio com o colapso ou condições que necessitam de monitorização da
pressão intracraniana.
 Se problemas respiratórios será semissentado.
 Em um paciente com um raio fundido, cobre completamente a parte superior da tala
para impedi-los de cair na mesma água e do cabelo.
 Antes de lavar o cabelo, ajustar a temperatura ambiente da sala e certifique-se sem fluxo
de ar para evitar que o paciente se sente frio.
 Se o cabelo é muito enrolado, deve ser cortado prévia autorização do paciente ou da
família.

ESTUDO INDEPENDENTE
Material e procedimentos: lavagem dos cabelos
Manual de procedimientos de Enfermería. Págs 141 e 142

CUIDADOS AOS PACIENTES COM PIOLHOS: é aplicar o tratamento prescrito pelo seu
médico para erradicar os piolhos e lêndeas.
Os piolhos são parasitas que vivem nos seres humanos, animais e plantas.
Pode-se encontrar em alguns pacientes com pediculose, isto é, uma infestação de piolhos. O
cuidado a prestar é matar os parasitas, os ovos e larvas (lêndeas) e eliminá-los da pele, do cabelo
e das roupas.

Existem três espécies que pertencem a dois géneros diferentes que infectam o homem
 Pedículos humanus: variedade capitus.
variedade corporis .
 Pedículos púbis.
Variedade capitus são os piolhos encontrados na cabeça.
Variedade corporis é o piolho encontradas no corpo.

150
 Pedículos púbis encontra-se nas partes do corpo cobertas por pelos, área pubiana,
axilas, sobrancelhas e cílios.

Objectivo.
Destruir parasitas e eliminar os seus ovos e larvas (lêndeas) da pele, cabelos e roupas.

Precauções.
Prevenir a infestação pelo enfermeiro, antes de ir para o quarto do paciente deve cobrir o cabelo
e colocar avental e luvas antes de aplicar o tratamento.
Isolar o paciente, enquanto o tratamento é indicado pelo médico.
Conhecendo a concentração da solução para evitar a irritação dos olhos de membranas mucosas,
nasal, oral, e outros danos para a pele e couro cabeludo.
Que a aplicação é eficaz.
A observação de reação do paciente após a aplicação da solução.
Perguntar ao paciente sobre alergia.
Proteger os olhos do paciente.

ESTUDO INDEPENDENTE
Material e procedimento: tratamento à pediculose
Manual de procedimientos de Enfermería.Amparo Magaly, págs 143 a 147

DROGAS RECOMENDADA:
 1% Lindane
 Benzoato de benzil

Como usar:
Aplicar uma vez durante 8/12 horas, em seguida lavar a cabeça e mecanicamente remover as
lêndeas.

TIPOS DE BANHO

BANHO DO LACTANTE. É o que se realiza à criança maior que 29 dias e menor de 1 ano de
idade. De acordo com o desenvolvimento psicomotor e a idade da criança, se dará banho de
bruxos, sentado, de pé ou deitado.

151
Objectivos:
– Proporcionar a higiene ao lactante.
– Estabelecer relações afectivas mãe/filho.
– Avaliar o desenvolvimento psicomotor do bebé.

Precauções:
– Evitar o banho de imersão.

MATERIAL:
– Toalha ou pano limpo.
– Recipiente com água tépida.
- Banheira ou bacia.
- Algodão ou uma toalha.
- Sabão.
- Roupa da criança.
- Pente.
- Escova de pelos macios.
PROCEDIMENTO:
Invariáveis gerais funcionais.
Variáveis funcionais:
- Verifique a temperatura da água.
- Dispa o bebé e cubra-o com uma toalha ou pano (se necessário).
- Limpe os olhos a partir do canto interno para o canto externo com dois cotonetes, uma para
cada olho. Em caso de secreções utilizar as compressas que sejam necessárias
- Lave o rosto, use sabonete (se necessário), evite o contacto com os olhos.
- Seque com uma toalha ou um pano em forma de suave, por região que vai ser lavado.
- Lavar a cabeça, orelhas e pescoço.
- Lavar as mãos superiores extremidades de partida, insistem
entre os dedos e palmas das mãos. Continue com os braços e peito
anterior e posterior.
- Lave as extremidades inferiores: começar com os pés, insistir nos espaços interdigitais e
instalações, continue com as pernas e coxas e enfatizar nas dobras das regiões poplíteos e
inguinais.
Lave os genitais externos, se for do sexo feminino, de frente para trás, se do sexo masculino,
lavar o pénis sem retrair o prepúcio e continuar a região perianal.
- Lave as nádegas.

152
- Vesti-o e pintei-o, coloque-o no berço.

BANHO DE CHOVEIRO (duche). É o banho que se faz sob água corrente, com a ajuda do
pessoal de enfermagem, a menos que seja contra indicado pelo médico.

Objectivos:
- Manter a higiene pessoal.
- Remova a sujeira e facilitar a transferência.
- Activar a circulação periférica e exercitar os músculos e membros o paciente.
- Estabelecer um bom relacionamento com o paciente.
- Observar o estado geral do paciente ou sinais patológicos de pele.
- Proporcionar bem-estar e conforto.

Precauções:
- Medir sinais vitais antes do banho
- Proteger o paciente de acidente e resfriado.
- Certifique-se que a temperatura da água é adequada.
- Evite o banho prolongado
- Fornecer todo o material necessário
- Ajuda o paciente a regressar à sua unidade

MATERIAL
- Banco ou cadeira.
- Vestuário do paciente.
- Toalha grande e pequena.
- Artigos de higiene pessoal, loção, desodorante, shampoo.

PROCEDIMENTO:
Invariáveis gerais funcionais.
Variáveis funcionais:
- Avaliar sinais vitais.
- Preparar as condições para realizar o banho.
- Orientar o paciente a urinar.
- Levar o paciente para a casa de banho e ajustar a ventilação.
- Ajudar o paciente a despir-se e mantenha a sua privacidade.
- Facilite tudo para que o paciente tome banho por si mesmo, se está em condições de o fazer,
caso contrário, deve ser feito pelo enfermeiro de forma rápida para evitar o arrefecimento

153
corporal.
- Comece o banho pelo rosto a seguir a cabeça, tórax, extremidades superiores, costas,
abdómen, extremidades inferiores, genitais e nádegas.
- Dê a toalha para se secar ou ajude-o, se necessário.
- Ajuda o paciente a se vestir e ir de novo para a unidade.
Invariáveis gerais funcionais.

BANHO NO LEITO. Consiste em limpar a pele com sabão e água, na paciente que está parcial
ou totalmente dependente.

Objectivos:
- Remover secreções e sujidade da pele.
- Estimular a circulação periférica.
- Proporcionar bem-estar físico e mental.

Precauções:
- Evite correntes de ar, mas não fechar completamente a sala.
- Mudar a água, sempre que necessário.
- Faça o banho rapidamente para evitar o arrefecimento.
- Avaliar os sinais vitais antes do banho para detetar qualquer alteração dos mesmos.
- Manter a temperatura da água adequada.
- Observe a pele do paciente (erupção cutânea, inchaço, as áreas de maior impacto pressão e o
movimento das articulações).
- Manipular adequadamente o paciente com cateteres e drenos.
- Cortar as unhas, no final do banho (se necessário).

MATERIAL
- Biombo
- Artigos de higiene pessoal (pente, escova de dentes, sabonete, pijama ou roupão).
- Toalha pequena ou toalhetes (dois ou mais, se necessário).
- Toalha (para secar).
- Recipiente de água para ensaboar o pano.
- Recipiente de água para enxaguar o pano.
- Recipiente para derramar água sobre os órgãos genitais.
- Arrastadeira ou urinol

154
- Resguardo de borracha ou nylon (se necessário).
- Roupa de cama.

PROCEDIMENTO:
Invariáveis gerais funcionais.
Variáveis funcionais:

- Coloque o biombo.
- Ofereça Arrastadeira ou urinol, se o paciente o desejar.
- Lave as mãos e abaixar o Fowler (se não for contra-indicada).
- Retire a almofada para a cadeira, coloque a fronha no cesto da roupa suja
e desentale os lados do lençol de baixo, o resguardo de pano e o de borracha.
- Retire a roupa do paciente mantendo a sua privacidade.
- Mantenha o paciente coberto com o lençol de cima até aos ombros.
- Coloque a roupa no local no carrinho da roupa suja que deve estar aos pés da cama
- Prepare e verifique a temperatura da água.
-Coloque um pano no recipiente a ser usado para lavar o paciente e outro pano no recipiente a
ser usado para enxaguar.
- Coloque o pano de enxaguar em forma de luva de modo que as extremidades dos dedos são
protegidos, a fim de evitar ferir a pele com as unhas.
- Ensaboe o rosto, orelhas e pescoço, evite o sabão penetrar no olhos se existe afecção do olho,
deve fazer-se antes a lavagem ocular
- Enxagúe e seque da mesma forma que ensaboou.
- Baixe o lençol até à região púbica.
- Enxagúe o tórax insistindo dobras infra mamária, o abdómen e ambos os membros superiores
(enfatizar nas axilas, dobras do cotovelo e espaços interdigitais), enxaguar e secar na mesma
ordem.
- Cubra o peito do paciente.
- Coloque o paciente em decúbito lateral para ensaboar, enxaguar e secar a região cervical até as
nádegas.
- Vire o paciente (decúbito dorsal) e mantenha o peito coberto.
- Descubra os membros inferiores e enxagúe ambas as coxas e pernas até aos tornozelos. Lavar
e secar.
- Ensaboe os dois pés, insistir nos espaços interdigitais, enxaguar e secar.
- Coloque a arrastadeira e fazer a higiene dos órgãos genitais, utilize o recipiente preparado para
esse efeito. Se o paciente pode fazer, fornecer água limpa e sabão.
Insistir na região perianal, descarte o pano.

155
- Oferecer a água limpa e sabão ao paciente para lavar as mãos, se ele não pode fazer por si
mesmo, proteger a mão com um pano ou toalha para proteger as unhas a fim de não lesionar a
pele (se necessário usar outro pano).Em seguida proceder r com a técnica da higiene dos órgãos
genitais.
- Retirar a arrastadeira.
- Seque o genital e cobra o paciente.
- Lave suas mãos.
- Faça a cama com a técnica da cama ocupada.
- Tendo em conta a situação do paciente, reposiciona-o.
- Regule a ventilação.
- Invariáveis gerais funcionais.

TÉCNICA PARA VESTIR E DESPIR O DOENTE

Vestir – Cobrir o corpo com a roupa.


Vestuário. Definir as peças que servem para cobrir o corpo do ponto de vista higiénico.
O vestuário deve ser mau condutor do calor de modo que as mudanças térmicas com o
ambiente exterior sejam graduais para conservar e manter o calor do corpo no inverno e a
estação mais quente evitar a temperatura exterior.
Objectivo:
- Manter a higiene pessoal, cobrir o corpo e promover o conforto do paciente.

Precauções:
- Evite correntes de ar.
- Evite movimentos bruscos para mudar o paciente.
- Use o tamanho que melhor combina com a constituição física do paciente.
- Quando se trata de vestir o paciente, fazê-lo em primeiro lugar pelo ferimento ou área limitada.
- As roupas devem estar sem rugas.
- Aplicar a mecânica do corpo.

MATERIAL
- Pijama ou camisa da noite.
- Cesto da roupa suja ou carrinho.
- Biombo (se necessário).

PROCEDIMENTO:
- Coloque o biombo (se necessário).

156
- Colocar o paciente sentado ou em semi-sentado, se o seu estado o permitir.
- Desaperte a manga do pijama ou camisa, primeiro remover um braço de cada vez.
- Visto o mesmo braço com pijama ou camisa.
- Proceder da mesma maneira para o outro membro superior.
- Abetuar a camisa ou robe.
- Afaste o lençol de cima e abrir a calça do pijama.
- Orientar o paciente a dobrar as pernas e elevar as nádegas, se a sua situação o permite.
- Baixe as calças e retire-as.
- Coloque as calças limpas da mesma forma (primeiro membro inferior e depois o outro
- Cobrir o paciente com o lençol.
- Deite as roupas sujas no cesto ou carrinho da roupa.
- Retire o biombo

FAZER A BARBA
Barbear. Cortas os pelos do rosto - queixo e busto.
Objectivos:
- Reduza o crescimento de bactérias ao redor do cabelo.
- Promover o conforto e a saúde do indivíduo
- Remover pelos de algumas áreas do corpo que podem causar coceira e irritação da pele.

Precauções:
- Se usar a navalha ou faca, certifique-se que a lâmina é encontrar afiado, limpo, uniforme e
livre de ferrugem.
- Substituir a lâmina sobre a máquina, se necessário, e verificar se é seguro.
- Utensílios de barbear deve ser de uso pessoal e podem ser usados mais de uma vez, se não
estiver romba
- Na máquina de barbear eléctrica verificar se não há desgaste ou outras falhas que possam
representar riscos eléctricos.
- Se o paciente tiver perturbações hemorrágicas ou é submetido a tratamento lesões
anticoagulantes, doenças de pele ou facial, deve usado o barbeador elétrico, para evitar cortes ou
cortes.

MATERIAL
Lâmpada (se necessário).
- Pano ou toalha.
- Recipiente com água quente.
-espelho

157
- Loção refrescante ou semelhantes.
- Pó de talco
- Máquina de barbear eléctrica.
- Se com navalha ou faca, deve acrescentar: escova, creme de barbear ou sabão e recipiente de
águas residuais.

PROCEDIMENTO:
Invariáveis gerais funcionais.
Variáveis funcionais:
- Se o paciente estiver consciente, peça a ajuda dele, promovendo assim o sentido de
independência.
- Coloque o paciente sentado ou semissentado (se não for contra-indicado).
- Se inconsciente, elevar a cabeça para evitar que escorra o sabão ou água, e molhar a cama.
- Direccionar uma luz forte para o rosto da pessoa, mas não sobre os olhos (se necessário)

Invariáveis gerais funcionais.

UNHAS
Cuidados De saúde com as unhas. A una é semelhante a uma lâmina dura e convexa na parte
anterior da última falange dos dedos das mãos e pés.
O cuidado e a higiene das unhas é a atenção que deve ser dada ao corte e limpeza sistemática e
adequada das mesmas)

Objectivos:
- Fazer o corte unhas para evitar causar danos e transtornos.
- Evitar o acúmulo de sujidade nas bordas livres das unhas.

Precauções:
- Não utilize instrumentos de metal para limpar as unhas.
- Não recomendado pintar as unhas nos casos proibidos pelo médico.

MATERIAL
- Tesoura pequena e fina (para crianças).
- Alicate ou cortador de unhas (para adultos).
- Lima.

158
- Escova de pelos macios (para crianças).
- Bacia com água morna e sabão.
- Toalha.
- Óleo (se necessário).
- Palito de madeira para limpeza dos leitos inguinais

ESTUDO INDEPENDENTE
Procedimento: Cuidado às unhas
Manual de Procedimentos de Amparo Magaly, págs 149 e 150

CUIDADOS E HIGIENE DOS PÉS.


É a lavagem completa e secagem dos pés, espaços interdigitais e limpeza, corte das unhas e
manutenção da integridade da pele.

Objectivos:
-Fazer o corte certo de unhas saudáveis.
- Manter a saúde da pele e espaços interdigitais para evitar problemas da pele.

Precauções:
- Não fazer tratamento empiricamente.
- Não fazer auto tratamento.
- Ir do pedólogo regularmente.
- Aplicar hidratante e massagem nos pés, principalmente antes de deitar.
- Não tomar banho com os pés descalços.
- Desinfectar o calçado e expô-lo à luz solar direta.
- Não permitir a exclusão de Hipe queratose com instrumentos não esterilizados, para evitar a
instalação de microrganismos patogénicos.
- Não manter as unhas pintadas na maioria das vezes, limita à transpiração e desenvolvimento e
processo fisiológico normal, além de fomentar o ambiente propício para o surgimento de
doenças.
- Evite a remoção da cutícula, porque isso protege a unha de lesões
- Evitar as inflamações das bordas das unhas, produzidas por fissuras da pele junto às unhas.
- Realize exercícios para fortalecer os músculos dos pés e conseguir um bom funcionalmente,
evitando malformações ósseas.

159
ESTUDO INDEPENDENTE
Material e procedimento: cuidados aos pés
Manual de procedimentos de Amparo Magaly, págs 151 e 152

CONFORTO, REPOUSO E SONO

O conforto define-se como um “estado de tranquilidade ou bem estar”. Quando uma pessoa
está confortável, está tranquila, consigo mesma e com o seu ambiente.

Repouso é sinónimo de descanso ou relaxamento e implica a libertação de tensão emocional e


mau estar físico, o sono é um período de diminuição da actividade mental e física que forma
parte do padrão diário rítmico de todos os seres vivos.

Repouso não significa necessariamente inactividade. com frequência, uma mudança de


actividade proporciona ao paciente tanta relaxamento como sentar-se ou deitar-se para
descansar.
O sono é uma parte essencial da vida do homem e toma aproximadamente um terço do seu
tempo. Todas as células do corpo necessitam de um período de inactividade para recuperar-se e
renovar-se.

Funcionamento normal do repouso e do sono.


As funções corporais do homem seguem, durante as 24 horas, um padrão que se denomina
“ritmo circadiano”. É como se o homem dentro do seu organismo tivesse um relojo biológico
que regula as suas actividades.
No decorrer do dia a temperatura, a frequência cardíaca e a tensão arterial, normalmente são
mais baixas nas primeiras horas da manhã.
O ritmo circadiano varia de indivíduo para indivíduo. Algumas pessoas estão brilhantes e alertas
pela manhã, outras não começam a funcionar na sua maior capacidade até às 9 ou 10 da manhã.
Pensa-se que se deve às diferenças temporais no ponto baixo da temperatura de um indivíduo.
As pessoas, cuja temperatura corporal mais baixa, ocorre na fase tardia do seu sono encontram
mais dificuldade e, levantar-se pela manhã e demoram mais a “começar a funcionar”. São os
que permanecem irritados, mal-humorados e não comunicativos.

Normalmente, o tempo de reacção da maioria das pessoas é mais lento nas primeiras horas da
manhã que no avançar do dia. A eficácia máxima verifica-se por volta das 11h da manhã

160
quando a temperatura do corpo pode aproximar-se ao ponto mais alto. Neste momento, o
metabolismo da pessoa é mais alto e só assim alcança seu maior nível.

FACTORES QUE AFETAM O CONFORTO, O REPOUSO E O SONO:


 Alteração dos costumes. (estar num ambiente estranho)
 Estimulação excessiva.
 Falta de exercício.
 Falta de alimentação.
 Excesso de alimentos. (muito condimentados).
 Ingestão excessiva de líquidos à hora de dormir.
 Ruído.
 Temperaturas altas ou baixas.
 Luzes acesas.
 Medicamentos dados de madrugada.
 Desconforto: a dor, a ansiedade, as preocupações.
 Doenças.
 Fármacos.

ETAPAS DO SONO.
No homem adulto o sono ocorre em ciclos de 90 minutos. Durante o tempo que dorme uma
pessoa normal, pode fazer de 4 a 6 ciclos com esta duração. Pensa-se que em cada ciclo de sono
de 90 minutos há 5 etapas que se identificaram por leituras num electroencefalograma (EEG),
que proporciona uma representação gráfica das ondas eléctricas que emanam do cérebro.
À medida que o indivíduo começa a dormir, sente-se relaxado e sonolentos, os sinais vitais
(Frequência cardíaca, pulso), tornam-se mais lentos e a temperatura corporal começa a diminuir
 Etapa 1. Nesta etapa os sinais vitais tornam-se mais lentos e os músculos se relaxam
mais. As ondas do EEG tornam-se muito planas. Neste ponto o indivíduo desperta com
facilidade
 Etapa 2. Nesta etapa aparece certa actividade no EEG, o indivíduo ainda que possa
despertar-se com facilidade, ainda que se encontre relaxado é mais difícil despertá-lo
que na etapa 1.
 Etapa 3. É difícil despertar as pessoas. A pressão arterial e a temperatura diminuíram e
as ondas do EEG parecem ser maiores e lentas
 Etapa 4. Começam a aparecer ondas delta no EEG. Está completamente relaxado e
talvez mesmo não se mova. Nesta etapa é difícil despertar a pessoa do sono. Pensa -se
que é durante esta fase que aumenta a secreção da hormona reguladora do crescimento e

161
promove a cicatrização tecidular. A micção nocturna e o sonambulismo tendem a
ocorrer nesta etapa.
Depois que o indivíduo completou a etapa 4, pensa-se que regresse à 2, para depois
passar ao sono REM, isto é à etapa 5.
 Etapa 5. O sono REM é ligeiro, é a etapa em que ocorrem os sonhos. Os sinos vitais
variam e os olhos movem rapidamente para a frente e para trás que é a razão do nome
desta etapa (movimentos oculares rápidos ou REM em inglês) aumenta o relaxamento
muscular, em particular no rosto e no pescoço.

Uma vez que se completa a etapa REM, uns 90 minutos depois de começar a dormir, o
indivíduo inicia novamente o ciclo na etapa 2, segue a sequência até à 4, regressa à 2, e
experimenta a etapa REM. No ciclo final continua mais além do REM até a etapa 1 e desperta.
Durante as primeiras horas de sono, os indivíduos passam mais tempo na etapa 4 que nos ciclos
posteriores, e a REM prolonga-se à medida que se aproxima a manhã. A actividade hormonal
também aumenta ao aproximar-se a manhã.

PROBLEMAS COMUNS DO SONO:


 Insónia.
 Hipersónia.
 Narcolepsia.
 Sonambulismo.
 Enurese.
 Terrores nocturnos.

 INSÓNIA: impossibilidade de dormir, ou despertar muitas vezes.


A insónia pode ser sintoma duma doença ou ser causada por ansiedade, tensão nervosa,
padrões usuais de estilo de vida ou de diversas outras causas. Nos que recordam que à hora
de deitar-se na infância não foi uma experiência agradável (talvez se utilizou ir para a cama
como castigo), podem ter insónia em alguma época da sua vida. Este transtorno é
frequentemente a alteração mais comum do sono.

 HIPERSÓNIA: sono excessivo.


Pensa-se que as pessoas que tendem a dormir em excesso podem utilizá-lo como
mecanismo de defesa para fugir à ansiedade ou frustração na satisfação de suas
necessidades básicas. Por suposto que sempre não sucede assim; um indivíduo que requere
mais do que as horas em média de sono deve sempre um médico para um exame completo e
procurar outras possíveis causas do excesso do sono.

162
 NARCOLEPSIA: ataques repentinos de sono irresistíveis.
Este é um problema que afeta a um número pequeno mas importante de pessoas. O ataque
irresistível de sono pode durar de 10 a 20 minutos. Com frequência, os pacientes têm sonos
vividos e no podem mover-se ao despertar. Como é lógico, nestes pacientes os acidentes são
mais comuns que na população em geral. Pode proibir-se que trabalhem com máquinas ou
em trabalhos que possam por em risco a sua segurança. Também devem estar sob
supervisão médica.

 SONAMBULISMO: Caminhar dormindo.


Este transtorno é mais comum nos homens que nas mulheres. Também é muito frequente
em crianças. Pode haver uma tendência familiar para este transtorno. Tende a ocorrer
durante as etapas 3 e 4 do ciclo do sono; em consequência, os sonâmbulos podem estar
confundidos e desorientados. Não é bom despertá-los, mas deve-se protegê-los para evitar
que se lesionem.

 EUNERESE: micção nocturna.


Este é um problema comum nas crianças e pode ocorrer em alguns adultos. É mais
frequente nos homens e crianças com transtornos emocionais. Alguns pesquisas indicam
que é mais comum nos grupos socioeconomicamente baixos que nos altos. Pensa-se que em
muitos casos depende da imaturidade da bexiga e em muitas crianças é um sintoma
passageiro. Contudo sempre deve receber atenção médica, porque pode acontecer que não
seja um problema de desenvolvimento mas um sinal de outros transtornos de saúde

 TERRORES NOTURNOS E PESADELOS


Estes problemas do sono são comuns em crianças e chegam ao seu máximo nos anos pré
escolares. Acredita-se que os pesadelos derivam de factores psicológicos e são,
basicamente, uma manifestação de ansiedade. Ocorrem durante o sono activo. As crianças
que sofrem de pesadelos movem constantemente na cama, podem soluçar ou chorar,
gesticular ou ter uma expressão de ansiedade. É possível que despertem ou não. No
primeiro caso pode ser mais fácil tranquilizá-los e que voltem a dormir rapidamente. Pensa-
se que os terrores nocturnos são devido a razões fisiológicas, a causa mais provável é a
imaturidade do sistema nervoso. Ocorrem durante o sono. A criança senta assustado e
gritos. Ele está apavorado. Seu pulso e respiração são rápidos e as pupilas estão dilatadas
(manifestações de luta ou reação de fuga ao perigo). Muitas vezes, é confuso. Embora não
possa reconhecer a pessoa que vem ao seu encontro quando ela chora, é possível
tranquilizá-lo e falar com uma voz macia e suave.

163
PRINCÍPIOS RELATIVOS AO CONFORTO, REPOUSO E AO SONO.

 Os períodos definitivos de sono são um componente essencial do ritmo circadiano no


homem.
 Para o seu funcionamento físico e psicossocial ótimos, o indivíduo necessita dormir o
tempo adequado.
 As pessoas em crescimento devem dormir mais que as outras.
 As necessidades de sono variam com a idade, os padrões de crescimento, o estado de
saúde e o indivíduo.
 A falta de sono suficiente altera o rendimento físico das personas, seu estado de alerta
mental e relações sociais.
 Hábitos individuais variam em relação ao "ritual" para dormir.
 Os padrões de sono podem ser alterados por mudanças normais das atividades diárias
dos indivíduos, os problemas sociais e emocionais, distúrbios físicos, pequena irritação
ou desconforto e dor.
 A doença quase invariavelmente alterar os padrões de sono

4.3 NECESSIDADES NUTRICIONAIS

Elementos básicos dos sistemas viscerais.


São os sistemas compostos por várias vísceras, ou seja, os órgãos internos que intervêm nas
funções vegetativas do organismo, como o metabolismo e a reprodução, estão representados
pelos sistemas: digestivo, respiratório, geniturinário e endócrino, na sua maioria estão
compostos por órgãos maciços e órgãos tubulares.

As vísceras são órgãos sólidos têm uma estrutura microscópica ou histológico, comum, próprio
de glândulas grandes, constituídas por um estoma ou estrutura de tecido conjuntivo e um
parênquima de tecido epitelial, onde se encontram os elementos funcionais desse corpo.

FUNÇÕES GERAIS DO SISTEMA DIGESTIVO.

O sistema digestivo é um conjunto de órgãos envolvidos na função de digestão.


A digestão é o papel da nutrição que consiste em tomar os alimentos a partir do exterior e
transformá-los por mecânicas e químicas, em substâncias assimiláveis pelo corpo e eliminação
de produtos residuais. Nesta função os componentes deste sistema envolvidos em processos

164
vários entre os quais se destacam: a ingestão, o transporte, a secreção, a digestão, absorção e
defecação.

ÓRGÃOS QUE COMPÕEM O SISTEMA DIGESTIVO.

Boca, faringe, esófago, estômago, intestino delgado (duodeno, íleo, jejuno), intestino grosso
(cólon ascendente, cólon descendente, cólon transverso), sigmóide, recto, ânus.
Também dentro do sistema as glândulas anexas que são: glândulas salivares, o pâncreas, o
fígado e a vesícula biliar.

IMPORTÂNCIA DOS ALIMENTOS.

Os alimentos são substâncias que dão ao corpo a energia necessária para manter a vida, é aí que
reside sua importância.
A ingestão diária de alimentos na dieta humana (500 gramas de sólidos e 1500 ml de líquidos
aproximadamente), Isso pode variar dependendo de vários fatores, incluindo económicos,
sociais, gostos pessoais, por isso é importante a estabelecer normas diatéticas adequadas
Os alimentos são compostos por: proteínas, hidratos de carbono, lipídios, vitaminas, sais
minerais e água.

ÁGUA. ESTRUTURA E PROPRIEDADES.

A estrutura química da água é dois átomos hidrogénio e um átomo de oxigénio (H2O).


 A água é o componente principal do corpo (70% do peso corporal aproximadamente).
 Atua como um solvente para outras substâncias.
 Facilita o transporte e as reacções química.
 É incolor, inodora e insípida.
 Ajuda a manter a temperatura corporal e equilíbrio hidroeletrolítico.

PROTEÍNAS, SEU INTERESSE BIOLÓGICO.

 As proteínas são aminoácidos envolvidos na formação de estruturas de organização,


enzimas, hormonas e outras substâncias que têm funções específicas dentro do corpo.
 São obtidos através de alimentos de origem animal (carne, peixe, marisco, ovos, leite) e
produtos hortícolas, tais como cereais (trigo, arroz, milho) e leguminosas (feijão e soja).

OS HIDRATOS DE CARBONO OU CARBOHIDRATOS (GLICOSE)


165
Os hidratos de carbono têm um papel importante na dieta humana, uma vez que os nutrientes
são abundantes e, por conseguinte, eles fornecem mais energia.

PRINCIPAIS HIDRATOS DE CARBONO NA DIETA HUMANA

Na dieta humana os hidratos de carbono são a maior parte, mesmo tendo em conta diferentes
factores. No caso dos esquimós, é uma excepção pois eles são uma minoria.
Os mais abundantes na dieta humana são de 2 tipos.

CLASSIFICAÇÃO DOS HIDRATOS DE CARBONO


1-Polissacarídeos dentro deles são, o amido (mais importante), o glicogénio e a celulose.
2-Dissacarídeos: sacarose e lactose, lactose é particularmente importante na dieta dos lactentes.

LIPÍDIOS. DEFINIÇÃO. FUNÇÃO.


Os lípidos ou ácidos gordos são biomoléculas de estruturas e funções diversas, que têm a
característica comum a ser altamente solúvel em solventes orgânicos não polares, e muito pouco
solúvel em água.
Entre os componentes da dieta humana estão os lípidos que são os nutrientes de maior teor de
energia, uma vez que render mais que o dobro das calorias por unidade, comparados com os
carbo hidratos e proteínas.
Têm no organismo a importante função de fornecer energia, ajudam a construir estruturas
organizacionais e são importantes fontes de reserva energética.

VITAMINAS. A SUA FUNÇÃO NO CORPO.

Eles são relativamente simples produtos químicos orgânicos que são essenciais para a vida.
São vitaminas solúveis em gordura (A, D, E, K).
São vitaminas solúveis em água (B, C, P).
As vitaminas têm um papel em ajudar a manter constante, todos os processos orgânicos,
actuando como um co autor em reacções enzimáticas do metabolismo celular, assim que na sua
ausência provoca certas doenças consequência de carências (como anemia megaloblástica).
As vitaminas são de origem vegetal e animal.

METABOLISMO. DEFINIÇÃO. CLASSIFICAÇÃO.


A vida é um permanente com o meio exterior e cessa quando este intercâmbio termina.

166
Metabolismo é a troca contínua de matéria com o ambiente, e inclui as reacções que
transformam substâncias do ambiente e da energia em outros compostos que são utilizáveis pela
célula, ao mesmo tempo que se realiza a eliminação para o exterior de substâncias residuais.
Estas reacções enzimáticas envolvidas no metabolismo são altamente reguladas e organizadas,
com caracter regular.

CLASSIFICAÇÃO E ASPECTOS DO METABOLISMO


Anabolismo. São as reacções nas quais os compostos de menor complexidade são
transformados em compostos de maior complexidade. Reacções anabolizantes estão
relacionados com funções de crescimento, reparação e reprodução.
Catabolismo. Compreende as reacções que se transformam compostos mais complexos em
outros de maior complexidade. Nestes processos, a energia é libertada e essas rea cções
degenerativas são geralmente exógenas.

FACTORES QUE DETERMINAM O ESTADO NUTRICIONAL.


1-As necessidades nutricionais e energéticas do indivíduo.
2-A ingestão de alimentos.
3-Eficácia dos processos corporais para absorver, armazenar, utilizar e excretar alimentos.

NECESSIDADES NUTRICIONAIS NA SAÚDE.


1. Não se pode viver por muito tempo sem receber alguma forma de alimentação ou
nutrição.
2. O alimento é combustível com que funciona nosso corpo.
3. É necessário para o crescimento, a manutenção do tecido ósseo e para os processos que
regulam o corpo.
4. Para que um organismo funcione a um nível ideal deve consumir quantidades
adequadas de alimentos que contenham nutrientes essenciais para a vida humana.

NUTRIENTES são componentes ou substâncias que se encontram nos alimentos.


A quantidade de nutrientes necessários por um indivíduo varia, de acordo com o sexo, idade,
estilo de vida e o ambiente físico.
Nutrientes essenciais:
- Hidratos de carbono
- Proteína
- Lípidos
- Vitaminas
- Sais minerais e água

167
NECESSIDADES DE ENERGIA:
É expresso em calorias. Uma caloria é a quantidade de calor necessária para aumentar a
temperatura 1º a um1 g de água e é expressa em Kcal. (quilocalorias).Varia de acordo com o
sexo, a actividade secretora da tiróide

A TAXA METABÓLICA BASAL - representa as necessidades de energia do corpo em


repouso (quantidade necessária para o funcionamento interno do corpo) e depende do sexo,
idade, actividade diária e secreção das hormonas.
É maior em crianças e adolescentes do que nos adultos , mostrando um aumento nos
primeiros meses de vida, seguido por um declínio muito rápido inicial e depois, gradualmente,
durante a infância e adolescência com reduzido ainda mais lentamente como adultos mais
velhos.

FACTORES QUE AFETAM O ESTADO NUTRICIONAL.


1- As necessidades nutricionais e energéticas do indivíduo.
2- A sua ingestão de alimentos.
3- Eficácia dos seus processos corporais.

FACTORES QUE INFLUENCIAM A ASSIMILAÇÃO DOS ALIMENTOS.


1- Factores físicos. Estado da dentição, das mucosas da cavidade oral, bem como a saúde do
indivíduo em geral.
2- Factor económico.
3- Factores psicossociais.
4- Problemas de saúde. Tabagismo, alcoolismo, estado emocional

GRUPOS BÁSICOS DE ALIMENTOS.


1- Lacticínios. (Leite, queijo e seus derivados): ingerir diariamente.
2- Carnes. (Deve ser ingerida diariamente).
3- Legumes e frutas. (Vegetais verdes, amarelos ou escuros, frutas cítricas e tomate).
4- Pães e cereais (grão inteiro)
Chama-se dieta equilibrada à aquela dieta que contenha todos os grupos alimentares básicos
dada a hora certa e na quantidade indicada

TIPOS DE DIETA TERAPÊUTICA:


1- Normal - dieta regular e completa
3- Dieta Ligeira. (alimentos cozidos simplesmente evitando fritos, doces e gorduras).

168
4- Dieta Mole. (Alimentos que não requerem a mastigação e não contêm fibras duras rígido ou
condimentos). Sem café, chá, colas, sopas feitas com carne ou muito condimentadas.
5- Dieta líquida: completa. (Não inclui condimentos irritantes ou celulose – pura). Água, chá
com limão, café, sumo, caldo puro, bebidas, sobremesa à base de vegetais.

IMPORTÂNCIA DA DIETA TERAPÊUTICA PARA O PACIENTE.

 Destina-se a satisfazer as necessidades nutricionais do paciente.


 O paciente deve conhecer a dieta que está indicada e sua importância

BALANÇO HÍDRICO
Importância da água e ele ctrólitos: A água é essencial para a vida e a mesma ocupa
aproximadamente entre 50 e 70% do peso corporal em adultos, este pode variar dependendo da
idade e sexo.
No corpo distribui 50% do total no espaço intercelular e dos 20% restantes,15% é no
intravascular e 5% intersticial.

FUNÇÕES DA ÁGUA NO CORPO HUMANO


1- A água serve de solvente aos electrólitos encontrados em fluidos corporais, tais como sódio
(Na), potássio (K), magnésio (Mg), cloro (Cl), entre outros.
2- Ajuda a manter a temperatura corporal constante.
3- Carrega oxigénio e nutrientes às células e remove os resíduos resultantes do metabolismo
celular
4- Conserva um ambiente físico e químico estável dentro do corpo.

OS ELECTRÓLITOS são os compostos que em solução aquosa são separados em partículas


capazes de transportar carga eléctrica. Por exemplo, o sódio (Na +) carrega cargas positivas e,
consequentemente, é um catião. Cloro (Cl -), que se combina com a formar o sal (NaCl). Já
cargas negativas por isso, é um anião.

1- Os electrólitos dos fluidos corporais são importantes para as reacções químicas que ocorrem
nas células.
2- Os electrólitos ajudam a regular a permeabilidade das membranas celulares, controlando a
passagem através delas.
3- Os electrólitos são vitais para preservar o equilíbrio ácido básico, por exemplo sem ião cloro
não há contracção dos músculos

169
BALANÇO HÍDRICO é estabelecido através da manutenção de uma quantidade relativamente
constante de água no corpo.
As principais fontes para obter os fluidos , são :
ENTRADAS
-Líquidos ingeridos 1000 a 1 500 ml
-Alimentos 900 a 1 000 ml
-Oxidação metabólica 200 a 400 ml
__________________________________________
TOTAL 2 100 a 2 900 ml
Os líquidos que se perdem. SAÍDAS
-Urina. 1000 a 1 500 ml
-Fezes 100 a 200 ml
-Pele. 600 a 700 ml
Pulmões. 400 a 500 ml
__________________________________________
TOTAL 2 100 a 2 900 ml

Osmose: A água passa de uma área de maior concentração para uma de menor concentração.

DISTÚRBIOS DO BALANÇO HÍDRICO.


Os principais problemas que podem ocorrer no equilíbrio da água são as desidratações.
- Desidratação Hipertónica:
Isto é, quando há maior perda de água que soluto. (acima de 150 mq/l).
- Desidratação Hipotónico:
Isto é, quando não há mais perda de soluto que água. (abaixo de 130 mq / l).
- Desidratação isotónica:
Isto é, quando a perda de água e soluto é proporcional. (entre 130 e 150 mq/l)

FOLHA DE BALANÇO HÍDRICO


A folha de balanço hídrico o seu formato não é estandardizado, há vários modeles mas todos
eles têm de contemplar os líquidos entrados e os saídos.

TIPOS DE BALANÇO HÍDRICO

Balanço Hídrico normal: quantidades iguais de entradas e saídas


Balança hídrico negativo ou desidratação: Quando as entradas são menores que as saídas.

170
Balança hídrico positivo, hiper-hidratação ou intoxicação hídrica - ocorre quando há uma
maior quantidade de entradas que a possibilidade real de excreção renal.

AS PRINCIPAIS ALTERAÇÕES ELETROLÍTICAS

Os valores normais do ionograma


Na+ 130 a 150 mq/l
K+ 3,5 a 5 mq/l
Ca+ 8,8 a 10,5mq/l
Mg + 1,5 a 2,5mq/l
Cl- 101 a 103 mq/l
HCO3 28 mq/l
Fosfatos 4 mq/l

-Hipernatremia Na + de 150
-Hiponatremia Na - de 130
-Hiperpotassemia K + de 5
-Hipopotassemia K - de 3,5
-Hipercalsemia Ca + de 10,5
-Hipocalsemia Ca - de 8,8
-Hipermagnesemia Mg + de 2,5
-Hipomagnesemia Mg - de 1,5
-Hipercloremia Cl + de 103
-Hipocloremia Cl - de 101

ALTERAÇÕES DO EQUILÍBRIO ÁCIDO-BÁSICO.

Valores normais da gasometria

Ph 7.35 a 7.45
Pco2 35 mm/Hg a 45 mm/Hg
Po2 95 mm/Hg a 100 mm/Hg
EB + - 2,5 mq/l
BE 21 mq/l a 25 mq/l

EB – excesso de base; BE - bicarbonato padrão

171
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES

ACIDOSE METABÓLICA: ocorre quando há excesso de ácido forte ou uma perda de uma
base forte. O pH no sangue arterial é inferior a 7,45, o bicarbonato padrão (BE) é inferior a 21 e
excesso de base (EB) abaixo de 2,5. A PCO2 e PO2 pode ser normal.

ACIDOSE RESPIRATÓRIA. Ocorre quando há excesso de ácido forte ou uma perda de uma
base forte. O pH do sangue arterial é inferior a 7,45 e o valor de PCO2 é superior a 45 mq/l, o
valor Po2 é superior a 100 mm Hg, o tampão de bicarbonato e a base pode ser normal.
A ALCALOSE METABÓLICA: ocorre quando um ganho de uma base forte ou perda de
ácido forte. O valor de pH está acima de 7,45, e o valor do padrão de bicarbonato (BE) é maior
que 25 e excesso de base (EB) é superior a 2,5.

A ALCALOSE RESPIRATÓRIA: ocorre quando um ganho de uma base forte ou perda de


ácido forte. O valor de pH está acima de 7,45, o valor PCO2 é menor de 35 mm Hg e o valor
PO2 é menor que 95.

ESTUDO INDEPENDENTE
Os cuidados de enfermagem a considerar nas alterações hidroeletrolítico e acidobásicas.
Bibliografia
Enfermagem Médico-Cirúrgica e da comunidade os volumes I, II e III.

SITUAÇÃO PROBLEMÁTICA.

Na enfermaria de cuidados intensivos do hospital Geral, o paciente é admitido GLS 58 anos de


idade por distúrbios hidroeletrolítico, ao mesmo se faz a Balança Hídrico que onde se constata
os seguintes dados:
31/03/2012, às 8h da manhã tem indicado dextrose 1000 ml que termina no momento de fechar
o balanço às 8 da manhã do dia 2012/04/01, também às 10 horas é dado um copo de 250ml de
leite após a aspiração do conteúdo gástrico 50 ml e 1 ampola de dipirona (2 ml) As 16h por Via
IM, tive uma febre de 40 graus durante 4 horas. Às 22 horas recebeu 250 ml de sumo.
O líquido aspirado era de 80 ml de conteúdo gástrico. Na conclusão do turno de trabalho foi
medida uma diurese de 2380 ml, além de ter apresentado dois vómitos, um às 12h de 150 ml e

172
um às 16horas de 230ml, calculada também a perda pela transpiração em 180 ml às 20 horas e
taxa respiratória aumentada perdeu 25 ml, no mesmo período, devido à febre, outros sinais
vitais são normais.

1. Elabore a folha de balanço hídrico.


2. Calcule as entradas e saídas.
3. Diga que tipo de balanço apresentou.
4. Descreva ações de enfermagem que iria realizar.

HEPATITE

Hepatite Viral: doença infecto-contagiosa do fígado causada por vírus. Existem dois tipos de
hepatite, semelhantes na natureza, embora eles produzem doença clínica ligeiramente diferente
das do vírus B. A hepatite A é transmitida pelo contacto com o vírus infeccioso nas fezes de
pessoas infectadas, alimentos contaminados, água e outras formas de penetração oral. O vírus
também aparece no sangue e também pode ser transmitido por esta via.
O soro de vírus da hepatite B é apenas encontrada no sangue e é transmitido por transfusão de
sangue ou plasma e inoculadas por meio de seringas, agulhas, equipamento cirúrgico e dental
contaminado.

Quadro clínico:
 Mal-estar
 Anorexia
 Náusea
 Dor abdominal
 Febre.
 Icterícia.
 Acolia – fezes esbranquiçadas
 Colúria (urina marrom escuro) Hepatomegalia.
Colheita de dados e ações de enfermagem:
Notificação obrigatória ao departamento de epidemiologia da instituição onde o paciente é
tratado.
Isole os objectos pessoais (fômites).
Medidas rigorosas de assepsia e antissépsia com o material usado nestes pacientes,
fundamentalmente por via parentérica, desinfecção de excrementos, urina e controle de higiene

173
ambiental, água e alimentos, vectores mecânicos nos primeiros 7 dias. Este é o período mais
perigoso para a contaminação e contágio.

Levantamento dos contactos possíveis e fazer exames complementares com o objetivo de:
1. A detecção precoce de eventuais contaminações.
2. Parar rapidamente a disseminação da doença.
Certifique-se para que o paciente cumpra com o descanso no leito, prescrito pelo médico.
- Certifique-se que o paciente come a dieta prescrita: normoproteíca e hipolípida. No período de
anorexia, o paciente deve receber refeições pequenas e frequentes, também precisa ser
persistente, porque muitas vezes o paciente apresenta aversão à comida.
- Ele observou anorexia, prurido, acolia, urina escura e fadiga acentuada que alerta para chegar
ao diagnóstico etiológico.
-A administração de medicamentos são para prevenir as náuseas e os vómitos. Estão indicados
os anti-histamínicos.
Levar folha de balanço hídrico, quando indicado.
Medir os sinais vitais procurando alterações como hipertermia.
Educação para a saúde: explicar ao paciente que seu regime de vida tem de mudar e que a visita
ao médico nos próximos 6 meses, é importante para a recuperação total. Nenhum exercício
físico deve ser feito durante 6 meses ou beber álcool durante 1 ano, também tem como objetivo
não a doar sangue, bem como adesão ao tratamento e à respectiva dieta.

Gastrite CRÓNICA
Gastrite aguda e crónica: depende transgressão da dieta, comer demais ou rápido, ou muito
picante. Outras causas incluem a ingestão excessiva de álcool ou aspirina. A mucosa gástrica é
capaz de recuperar por si só depois de um ataque de gastrite.
Ocorrem frequentemente Hemorragias que podem ser graves e requerer cirurgia

Intervenção de enfermagem.
-Administrar soluções intravenosas, enquanto o vómito persiste.
-Certificar-se de sinais de desidratação por vómitos persistentes, nos ajude a evitar
complicações.
-Monitorizar as principais características do vómito
.-Proporcionar um recipiente para vomitar e, eventualmente, um colírio oral para lavar a boca, e
dar-lhe uma toalha ou guardanapo para secar suas mãos e boca.
-Fazer educação para a saúde para prevenir novos episódios.
-Proporcionar um ambiente agradável e equilíbrio emocional apropriado, com o agravamento do
estado emocional pode influenciar o aparecimento de uma nova crise.

174
-Realiza-se lavagem gástrica com soro gelado quando há sangramento

ÚLCERA PÉPTICA
Úlcera péptica: perda das camadas de tecido circunscritas atingindo mucosa, submucosa e
músculo, ocorrendo na parte do trato gastrointestinal exposto à acção do suco gástrico.
Acontece mais frequentemente entre 30 e 50 anos e afecta mais homens que mulheres.
* É mais frequente que a gastrite, apresentado em as todas as idades, raças e latitudes, mas com
grandes variações de localização, incidência e nas características clínicas.

Quadro clínico:
 Dor.
 Palidez.
 Melena em idosos.
 A dor pode ser apresentada como crises separadas, por períodos de 15 dias a 2 meses.
A crise dolorosa pode durar apenas um minuto ou várias horas, muitas vezes aliviada
pela ingestão de alimentos ou antiácidos. Ele está localizado no epigástrio e no
abdómen superior.

A intensidade da dor, varia pode assumir a forma de grampo ou queimar como a sensação da
dor de fome.
O aparecimento pós-prandial tardio é atribuído ao ritmo em três tempos: dor - alimentos - calma
a úlcera duodenal, enquanto a gástrica tem 4 tempos: comer - calma – dor - calma.
Durante a crise de dor pode haver náuseas, vómitos, obstipação e diarreia raramente.

Cuidados de enfermagem:
- Minimize o stress ambiental para conseguir que o paciente faça o repouso indicado na cama
até que a dor passe
.- Sedativos e tranquilizantes são administrados de acordo com as necessidades do paciente.
- Preparar o paciente e auxiliar o médico em testes de diagnóstico.
- Administrar os medicamentos ao paciente, tendo em conta: dose, tempo e frequência.
Observar com detalhe a dor.
- Os pacientes com esta doença são geralmente irritáveis e exigentes, e ofendem-se facilmente,
por isso devemos ser criteriosos ao responder ao paciente e entender o que é mais importante
para ele.
- Criar uma atmosfera propícia para ensinar o paciente sobre o seu futuro.

175
Fazer educação para a saúde sobre:
* Os hábitos regulares na vida diária.
* Um período diário de descanso.
* longo período de relaxamento.
* Uma boa disciplina alimentar.
* Abster-se de café, cigarros e álcool, e medicamentos que podem causar azia, como a aspirina.

DIABETES MELLITUS
Diabetes Mellitus é um conjunto variado de distúrbios caracterizados por aumento da glicemia,
ou hiperglicemia
Tipos de Diabetes Mellitus:

DIABETES MELLITUS TIPO I.


Geralmente é diagnosticada na infância. O corpo produz pouca ou nenhuma insulina e é
necessário suplementos de insulina injectável para sobreviver

DIABETES MELLITUS TIPO II.


É mais comum que o tipo I, corresponde a 90% de todos os casos de diabetes, e aparece
geralmente na idade adulta. O pâncreas não produz insulina suficiente para manter os valores de
glicose no sangue normal, geralmente porque o corpo não responda bem à insulina.

A DIABETES GESTACIONAL.
É a presença de níveis elevados de glucose no sangue que se desenvolve em qualquer momento
durante a gravidez, sem ter quaisquer sintomas antes.

A diabetes afecta milhares de pessoas no mundo. Entre os muitos factores de risco pode-se
mencionar os seguintes:
1. Antecedentes familiares de diabetes
2. Obesidade
3. Idade superior a 45 anos
4. Diabetes gestacional ou parto de um bebé com peso ao nascer superior a 4 Kg
5. Tensão arterial elevada
6. Níveis altos de colesterol e triglicéridos

QUADRO CLÍNICO DA DIABTES TIPO I


1. Polidipsia (aumento de sede)
2. Poliúria (aumento de micções)

176
3. Polifagia (aumento de apetite)
4. Perda de peso apesar do aumento de apetite
5. Fadiga
6. Náuseas
7. Vómitos

QUADRO CLÍNICO DA DIABTES TIPO II


1. Poliúria
2. Polidipsia
3. Polifagia
4. Perda de peso
5. Fadiga
6. Visão enublada
7. Infecções que cicatrizam de forma lenta
8. Impotência no homem

A diabetes não tem cura. O objetivo imediato do tratamento é estabilizar o açúcar no sangue e
eliminar os sintomas produzidos pelos níveis elevados de açúcar no sangue e o objetivo a longo
prazo é:
1. Prolongar a vida
2. Melhorar a qualidade de vida
3. Aliviar os sintomas
Prevenir complicações a longo prazo (doenças cardíacas e insuficiência renal)
Para atingir estes objetivos deve considerar a dieta e a actividade física

Os diabéticos tipo II devem seguir uma dieta balanceada e baixa em gorduras. Estes dois
itens são importantes para conseguir o controlo da diabetes.
Algumas pessoas com diabetes tipo II suspendem os medicamentos ao desaparecer os sintomas
mesmo que a diabetes ainda esteja presente.
O paciente deve ser orientado por um nutricionista para planificar as necessidades na sua dieta.

O exercício re gular é particularmente importante para o diabético, porque ajuda a controlar a


quantidade de açúcar no sangue, a perder peso e a controlar a tensão arterial.
Os diabéticos que fazem exercício têm menos probabilidade de virem a ter um ataque cardíaco
do que os que não fazem exercício regular.
Antes de começar um programa de exercícios o diabético deve ser avaliado por um médico

177
Considerações sobre os exercícios:
1. Escolher uma actividade física aeróbica que o paciente possa desfrutar e que seja
apropriada para a sua saúde actual. (caminhada, andar de bicicleta, natação)
2. Fazer os exercícios todos os dias à hora determinada
3. Avaliar o nível de glicose no sangue antes e depois do exercício
4. Trazer, consigo, um cartão de identificação como diabético
5. Beber líquidos adicionais que não contenham açúcar antes, durante e depois dos
exercícios

EDUCAÇÃO AO PACIENTE DIABÉTICO


Cuidados com os pés – o diabéticos correm o risco de sofrer lesões nos pés devido à
probabilidade de dano dos vasos sanguíneos e dos nervos que trás como consequência a perda
de sensibilidade o que faz com que o paciente não se aperceba precocemente da lesão. Pode
provocar a morte da pele e outros tecidos que se não se trata pode ser necessário amputar a parte
afectada. A diabetes é a causa mais comum de amputações. Para prevenir as lesões no pé o
diabético deve adoptar o hábito diário de revisão e cuidado dos pés de modo seguinte:
1. Observar os pés todos os dias e informar de qualquer úlcera, mudança ou sinal de infeção.
2. Lavar os pés todos os dias com água tépida e um sabão suave, de seguida secá-los muito
bem.
3. Hidratar a pele seca com uma loção de vaselina
4. Proteger os pés com sapatos cómodos, que não sejam ajustados. Usar meias para evitar
escoriações.
5. Fazer exercício diário para promover uma boa circulação
6. Ir ao podólogo para identificar problemas nos pés ou tirar os calos ou protuberâncias
7. Lembrar o médico para observar os pés
8. Deixar de fumar, pois o consumo de tabaco diminui o fluxo de sangue nas extremidades

CUIDADOS DE EMFERMAGEM AO PACIENTE DIABÉTICO


As habilidades básicas para o cuidado do paciente diabético são:
1. Como reconhecer e tratar os níveis baixos (hipoglicémia) e altos (hiperglicemia) de
açúcar no sangue.
2. Que comer e quando comer
3. Como tomar os medicamentos orais
4. Como administrar a insulina
5. Como medir e registar a glicémia
6. Como verificar a presença de corpos cetónicos na urina (só para diabetes tipi I)

178
7. Como ajustar a insulina e ou o consumo de alimentos ou ambos segundo as mudanças
nos hábitos alimentares e de exercício.
8. Como lidar com o mal estar

ANEMIAS
Anemia: é o termo anemia significa diminuição de eritrócitos e da hemoglobina no sangue do
paciente. O número de eritrócitos, varia com a idade, sexo e altura da pessoa.
Os eritrócitos têm a função de levar o oxigénio dos pulmões aos tecidos e trazer destes o
dióxido de carbono aos pulmões.
A cor vermelha do sangue depende da quantidade de hemoglobina contida nos eritrócitos

Classificação das anemias:


1. Anemia pós hemorrágica. É a que se produz pela perda rápida de grande quantidade de
sangre.
2. Anemia ferropénicas. É a que se produz por défice de ferro. Esta é a anemia mais
comum em todo o mundo.
3. Anemia aplásica ou medular. É a que se produz quando existe uma insuficiência
fisiológica e anatómica da médula óssea.

ANEMIA MEGALOBLÁSTICA:
É a que se produz quando existe um défice de vitamina B 12 e ácido fólico, com mudanças
idênticas na medula óssea e sangue periférica.

ANEMIA DEPRANOCÍTICA. (Siklemia):


é uma anemia hemolítica congénita, que se transmite com carácter autossómico dominante.
Caracteriza-se pela presença no sangre periférico de hemácias em forma de noz ou de meia-lua,
que são os responsáveis das características clínicas e hematológicas desta doença.

ANEMIA PÓS HEMORRAGICA:


Quadro clínico
A apresentação dos sintomas depende da magnitude da hemorragia, da sua rapidez e se é interna
ou externa. Geralmente o paciente está prostrado com respiração rápida, superficial e queixa-se
de sede intensa, fadiga, insegurança postural, lipotimia, síncope, visão turva, zumbido nos
ouvidos, bocejos e convulsões.
Ao final perda de consciência que pode recuperar-se se colocado em posição horizontal. Todas
estas manifestações dependem da hipoxia cerebral

179
Ao exame físico encontra-se alterações de várias ordens
1. Gerais: palidez da mucosa, sudorese e pele fria
2. Respiratórias: polipneia
3. Circulatórias: taquicardia, pulso débil, hipotensão arterial de grão diverso e sopros
funcionais
4. Renais: oligúria
5. Digestivas: às vezes incontinência às fezes
6. Neurológicas: midríase, convulsões e morte, em caso de anemia cerebral

CUIDADOS DE ENFERMAGEM
O enfermeiro deve detectar o sangramento segundo a causa que o originou.
A restituição da volémia e correcção do shock trata-se com um método seguro que é a
transfusão sanguínea, mas se não se dispõe de sangue total, pode-se usar plasma ou substituto
sintético, ou soro glosado isotónico ou soro fisiológico. Deve-se ter em conta todas as medidas
de precaução e utilizar todos os seus componentes, já que do produto que se tenha se poderá
corrigir o défice e como resultado melhorar o estado do paciente e evitar qualquer complicação.
Ao restituir as perdas ter-se-á presente que se se vai usar o ferro oral se deve ter em conta a
tolerância por esta via, já que alguns pacientes recusam-no por transtornos digestivos que
podem ocasionar. Se se usar a via parentérica, não devemos esquecer que alguns componentes
do ferro provocam mancha na pele, pelo que devemos ter em atenção as precauções com a
injeção: o sítio da punção não deve coincidir com o da injeção.
Devemos estimular o paciente a consumir alimentos ricos em proteínas, vitaminas e outros.

ANEMIA FERREPÉNICA:
Quadro clínico
Em geral, as anemias ferropénicas têm uma expressão clínica pobre. Os pacientes apresentam
poucos sintomas. O começo é insidioso, com debilidade, fadiga, insónia e cefaleia, palidez,
anorexia, e glossite com atrofia das papilas da língua.
“Desejo”– perversão do apetite – caracteriza-se pela ingestão compulsiva de substâncias não
alimentícias (desejo de ingerir gelo, argila) associa-se à anemia ferropénicas

ANEMIA APLÁSICA OU MEDULAR:


É a que se produz quando existe uma insuficiência fisiológica e anatómica da médula óssea.

Quadro Clínico

180
O quadro clínico está relacionado com a quantidade maior ou menor das celulas
hematopoiéticas afectadas.
1. Palidez intensa, por vezes chega a ser cadavérica, tradução de uma anemia severa que
pode chegar a 1000000 de hemácias/mm3
2. Quadro séptico com calafrios, febre 39 a 40ªC, estado lipotímico, capaz de chegar ao
shock, celulite, ulcerações e necrose da mucosa oral, da vulva e ano perianal
3. Transtornos hemorrágicos com epistaxes, gengivite, púrpura, metrorragias, hematúria,
etc, como causa da trombocitopenia

Manifestações clínicas
As características clínicas da anemia aplásica, mais frequentes, são o resultado directo da função
hematopoiética deprimida:
1. Petéquias
2. Equimoses
3. Púrpura
4. Epistaxes

Os sinais mais frequentes são:


- Palidez
- Fadiga
- Dispneia
Nesta anemia não se observa hepatomegalia nem esplenomegalia. Depois de transfusões
sucessivas pode aparecer esplenomegalia leve, se aparecer adenopatias não tem relação com a
doença

OS SINTOMAS DE ANEMIA
São semelhantes seja qual seja a causa e provêm em grande parte da incapacidade do sangue
para transportar suficiente oxigénio aos tecidos, entre eles são típicos a fadiga, a anorexia,
debilidade e palidez. O paciente pode sofrer desmaios especialmente quando está de pé muito
tempo. A palidez pode observar-se nos leitos inguinais, conjuntivas, lábios e boca. O aspecto da
mucosa é muito útil, pois a cor da pele varia de pessoa para pessoa.
O paciente pode ter frio mesmo com temperatura corporal normal. Também aparece taquicardia,
já que o coração bate mais depressa, devido a que, a escassa concentração dos eritrócitos e
hemoglobina não chega bem aos tecidos. Quando a anemia é grave pode aparecer dispneia de
esforço, já que a capacidade do sangue para transportar o oxigénio aos tecidos diminuiu
notavelmente

181
ACÇÕES DE ENFERMAGEM
Problemas comuns nos pacientes com hemopatias

PROBLEMA: Fadiga e debilidade


Intervenções de enfermagem
 Planear as ações para dar vigor e energia emocional ao paciente
 Planear períodos frequentes de repouso
 Estimular atividades segundo a tolerância do paciente
 Evitar atividades ruidosas e o stress
 Estimular a uma alimentação equilibrada

PROBLEMA: Tendência à hemorrágica


Intervenções de enfermagem
 Manter o paciente na cama durante a crise hemorrágica
 Aplicar pressão suave no local da hemorragia
 Aplicar compressas frias no local, segundo indicação médica
 Não manipular os coágulos empregar a agulhas de pequeno calibre quando se
administra injecções
 Observar o paciente durante as transfusões e oferecer apoio
 Observar e detectar sintoma de hemorragia interna
 Ter sempre disponível material de traqueostomia quando o paciente sangra pela boca ou
garganta

PROBLEMA: Dispneia
Intervenções de enfermagem
 Elevar a cabeceira da cama
 Empregar almofadas para sustentar o paciente em posição ortopneia
 Evitar exercícios desnecessários
 Evitar alimentos que dêem origem à formação de gases (refrescos)
 Administrar oxigénio quando esteja indicado

PROBLEMA: Evitar bebidas


Intervenções de enfermagem
 Explicar a importância da higiene oral frequente com soluções antissética
 Alimentos irritantes e frios
 Usar escova com pelos macios para higiene dos dentes

182
 Lavar os dentes depois das refeições
 Conservar os lábios lubrificados
 Motivar à consulta do estomatologista

PROBLEMA: dor de ossos e articulações


Intervenções de enfermagem
 Evitar a pressão que exerce a roupa de cama, mediante o uso de um suporte protetor
 Aplicar compressas frias ou quentes segundo a indicação médica
 Realizar imobilização se indicada
 Aplicar medidas antitérmicas

PROBLEMA: Pruídos ou erupções cutâneas


Intervenções de enfermagem
 Manter as cortadas as unhas do paciente
 Fazer higiene corporal com sabão
 Aplicar soluções emolientes para o cuidado da pele
 Aplicar antissépticos se indicado
 Estimular a ingestão de líquidos
 Manter fresco o ambiente

PROBLEMAS: Ansiedade do paciente e seus familiares


Intervenções de enfermagem
 Explicar a natureza, mau estar e as limitações da actividade que acompanham os meios
auxiliares de diagnóstico
 Estimular o paciente e família a expressar a sua ansiedade
 Escutar sempre o paciente
 Fomentar o relaxamento e comodidade do paciente
 Recordar as preferências individuais do paciente
 Fomentar a independência e os cuidados pessoais dentro da limitação que sofre o
paciente
 Estimular a família a participar nos cuidados ao paciente se o desejar
 Criar um ambiente agradável para a família quando vem visitar o paciente

ENTUBAÇÃO GÁSTRICA
Entubação Nasogástrica: é a introdução de uma sonda através das fossas nasais ou da boca até
ao estômago.

183
Objectivos:
1. Estabelecer o diagnóstico médico.
2. Aplicar medidas terapêuticas.
3. Alimentar o paciente que não o pode fazer espontaneamente.
4. Estabelecer um meio para drenar o conteúdo gástrico e extrair gases.
5. Prevenir vómitos e distensão abdominal.

Precauções:
1)Ter preparado todo o material necessário.
2)Ter presente o estado de consciência do paciente.
3)Colocar o paciente se possível em posição sentada o semi sentado; se está inconsciente em
posição de Trendelenburg, apoiado sobre o lado esquerdo em decúbito ventral. Esta posição
previne a bronco aspiração.
4)Humedecer a sonda com água destilada ou soro fisiológico, evitando que goteje, nunca com
substâncias oleosas, para evitar a irritação das mucosas e a bronco aspiração.
5)Preguntar ao paciente porque fossa nasal respira melhor, e passar a sonda pela que maior
dificuldade tem.
6)Se o indivíduo apresenta alguma alteração nasal, como septo desviado, que impeça de passar a
sonda por essa via, introduzi-la pela boca depois de haver retirado a prótese dental.
7)Se a pessoa está inconsciente, incline o queixo para o peito para fechar a traqueia e empurre a
sonda entre as respirações para assegurar-se de que não foi para a traqueia
8)Estar atento, à aparição de indícios de entrada na traqueia, afogamento ou respiração difícil
numa pessoa consciente e cianose numa inconsciente ou sem reflexo da tosse. Se estes sinais
estão presentes, retirar imediatamente a sonda, permitir que paciente descanse e tente de novo.
9)Para comprovar a colocação correta da sonda, Nunca se deve introduzir o extremo da
sonda na água. Se a sonda está na traqueia, o paciente pode inalar água; e em todo o caso, a
ausência de borbulhas não confirma a colocação correta, pois a sonda pode estar torcida na
traqueia ou no esófago.
10)Comprovar que a sonda esteja no estômago.
11) Medir o conteúdo gástrico

MATERIAL:
1)Bandeja, carrinho de pensos ou similar.
2)Sonda gástrica (Latex, silicone, com balão
3)Toalha, pano ou resguardo.
4)Dois recipientes para lixo.
5)Copo com água.

184
6)Adesivo, fio para fixar a sonda.
7)Tesoura de bicos rombos.
8) Seringa de 20 ml
9)Abaixadores de língua.
10)Compressas.
11)Pinça montada ou torneira de sistema de soros.
12) Toalhetes de papel.
13)Estetoscópio clínico.

ESTUDO INDEPENDENTE
Procedimento na entubação nasogástrica
Amparo Magaly, Manual de Procedimientos de enfermería. Página 351

ASPIRAÇÃO GÁSTRICA
Aspiração gástrica: é a extracção do conteúdo gástrico através de uma sonda.
Está indicada para prevenir ou aliviar a distensão e os vómitos, para drenar o sangue que se
acumula no estômago no posoperatório e para extrair o conteúdo do estomago nos pacientes que
têm obstrução gastrointestinal

Pode realizar-se de várias formas: quando existe a máquina de aspiração elétrica, que é um
aparelho portátil que se pode levar até à cabeceira do paciente, funciona com corrente elétrica e
permite regular o grau de aspiração.

Um método consiste num aparelho de aspiração que se encontra na parede. Muitos hospitais
modernos têm saídas para aplicar aspiração na cabeceira da cama do paciente. a pressão destes
sistemas pode ser regulada pelo pessoal de enfermagem.

Outro método é o procedimento que realiza o enfermeiro mediante uma seringa, extraindo o
conteúdo que se encontra no estômago do paciente.

Objetivos.
 Extrair o conteúdo gástrico.

185
MATERIAL:
 Sonda gástrica.
 Pano, toalha ou resguardo.
 Dois contentores de lixo.
 Copo de água.
 Compressa.
 Seringas de 20 ml.
 Espátulas.
 Pinça montada.
 Guardanapos.
 Estetoscópio.

ESTUDO INDEPENDENTE
Procedimento – Aspiração gástrica
Manual de procedimientos de enfermería. Amparo Magaly Castro Torres. Pág 353

LAVAGEM GÁSTRICA

Lavagem gástrico. é a introdução de una sonda pelas fossas nasais ou pela boca, para extrair o
conteúdo gástrico e lavar o estômago de forma mecânica.

Objetivos:
 Extrair alimentos não digeridos, que permanecem no estômago por obstrução ou falta
de motilidade do intestino.
 Extrair do estômago substâncias tóxicas.
 Realizar a lavagem gástrica em doentes com: vómitos, gastrite crónica, sangramento
gastrointestinal.
 Preparar o paciente para a cirurgia, se necessário.

Contra indicação:
Não realizar a lavagem gástrica quando o paciente ingera substâncias corrosivas.

Precauções:
 Suspender a lavagem gástrica em caso de aparecer sangue no retorno e notificar o
médico, excepto em casos de sangramento gastrointestinal.

186
 Em caso de envenenamento retirar uma amostra para enviar ao laboratório.

MATERIAL:
 Sonda: Folley Nélaton (para crianças)
 Soluções: bicarbonato, água, solução salina estéril, em caso de envenenamento utilizar
a indicada pelo médico, de acordo com o tipo de envenenamento.
 Pano, toalha ou resguardo.
 Dois contentores de lixo.
 Copo de água.
 Compressa.
 Seringas de 20 ml.
 Espátulas.
 Pinça montada.
 Guardanapos.
 Estetoscópio.

Acessório
 Balde
 Esfregona.

ESTUDO INDEPENDENTE
Procedimento: Lavagem gástrica
Manual de procedimientos de enfermería. Amparo Magaly Castro Torres. PÁG 357

ALIMENTAÇÃO DO PACIENTE:

A alimentação do paciente incapacitado (que não precisa de intubação gástrica), é a que se


oferece a pessoas com limitações nos movimentos e que não é capaz, por si só, de levar a
comida à boca
Confusão, a imobilidade, lesão ou fraqueza dos membros superiores, limitações corporais e as
posições certas, pode impedir que um paciente de comer sozinho. Em tais situações, a
alimentação é a responsabilidade dos enfermeiros

187
Objectivo.
Oferecer ao paciente que é incapaz a dieta com exigências nutricionais, conforme as suas
necessidades.
Precauções:
 Fornecer alimentação adequada bem apresentada e quente: se possível longe dos
procedimentos terapêuticos.
 Verifique se o paciente está pronto para a dieta.
 Não ofereça a refeição apressadamente

MATERIAL:
 Mesa de refeições.
 Bandeja e acessórios.
 Material para higiene oral e para lavar as mãos.
 Toalhitas ou guardanapos.

ESTUDO INDEPENDENTE
Procedimento: alimentação oral
Manual de procedimientos de enfermería. Amparo Magaly Castro Torres. Pág 429

SONDA DE ALIMENTAÇÃO
Sonda de alimentação: É a introdução de alimentos líquidos ou liquefeitos por meio de um
tubo que passa através das narinas ou boca para o estômago.

Objectivo:
Manter o estado nutricional do paciente adequado

Precauções:
Assegurar a condição de higiene das cavidades oral e nasal.
Aspirar antes da administração de alimentos e observar as características das substâncias
extraídas.
Se o conteúdo aspirado é maior do que 100 ml, não alimentar o paciente e informar o médico.
Medir a quantidade de alimentos e água administrados, fornecendo-os a uma temperatura
adequada.

GESTÃO DE ALIMENTOS POR GRAVIDADE.

188
Alterar a sonda com as normas actuais de higiene e epidemiologia, para evitar danos ao ácido
clorídrico do estômago e causar uma resposta desnecessária.
Evite movimentos bruscos que podem causar náusea ou vómito ao paciente, uma vez que dado
o alimento.

MATERIAL
- O da entubação gástrica.
- Sonda gástrica (Levine, entre outras).
- Toalha, pano ou resguardo.
- Dois recipientes para lixo.
- Copo com água.
- Adesivo, fio para fixar a sonda.
- Tesoura.
- Espátulas.
- Compressas.
- Toalhitas de papel ou guardanapo.
- Estetoscópio.
- Seringa de 20 ml, seringa de alimentação, funil ou saco de alimentação descartável.
- Colherzita.
- Pinça montada ou torneira de sistema de soros
- Recipiente com alimentos.

ESTUDO INDEPENDENTE
Procedimento – Alimentação por sonda
Manual de procedimientos de enfermería. Amparo Magaly Castro Torres. Pág 433 a 434

4.4 NECESSIDADE DE ELIMINAÇÃO VESICAL

Sistema urogenital: Inclui dois sistemas: urinários e genitais, que têm uma relação íntima, do
ponto de vista morfológico, têm uma origem embriológica comum, no adulto algumas de suas
estruturas estão intimamente relacionados. No entanto, estes dois sistemas executam funções
diferentes. O urinário a eliminação vesical e genital a reprodução

189
Sistema urinário é um conjunto de órgãos envolvidos na função urinária, ou seja, o
processamento e a excreção de urina.

Função urinária contribui para:


-Manter a hemóstase (persistência das condições constantes do meio interno)
-É importante na regulação do equilíbrio hídrico, electrolítico e ácido-base do meio interno
-Contribui na eliminação de produtos finais do metabolismo, especialmente proteínas e outras
substâncias estranhas e inúteis para o corpo.
-Algumas estruturas do sistema, especificamente os rins excretam os produtos químicos que
drenam para o sangue e estão envolvidos nos mecanismos de regulação da pressão arterial e
eritropoiese.

No mecanismo da função urinária destaca quatro processos básicos : filtração, absorção


secreção, e excreção.

FILTRAÇÃO. É o processo pelo qual o sangue circula nos rins é filtrado no nível de capilares
sanguíneos (glomérulos, dos corpúsculos renais que fazem parte do nefrónio, a unidade
estrutural e funcional do rim). Esta filtragem é um líquido semelhante ao plasma do sangue,
proteínas do plasma, mas com alto peso molecular, pelo que é considerado um ultrafiltrado.

ABSORÇÃO. Ocorre nos túbulos renais e consiste em transportar ou reintegrar na corrente


sanguínea, as substâncias necessárias ao corpo, encontrados no ultrafiltrado (glicose,
aminoácidos, electrólitos e água de outros solutos)

SECREÇÃO. É o reverso de absorção também ocorre com os túbulos renais e é transportar


substâncias a partir da corrente sanguínea para o ultrafiltrado que circula nos túbulos renais,
através das células epiteliais que revestem as paredes dos túbulos (ácidos e bases orgânicos, iões
hidrogénio e potássio)

EXCREÇÃO. É a eliminação de substâncias desnecessárias para o corpo, que são ejectados


como parte da urina.

O SISTEMA URINÁRIO CONSISTE EM:

1-Os órgãos que produzem a urina são os rins.


2-As vias urinárias, que é um sistema de condutos excretores destinado ao transporte,
armazenamento temporário e eliminação de urina, o sistema de condutos começa nos rins e

190
terminar num orifício na região perineal em estreita relação com a genitália externa. Os órgãos
que formam as vias urinárias são: cálices renais, pelve renal, ureteres, bexiga, uretra, orifício da
uretra

DIFERENÇAS ENTRE A URETRA FEMENINA E MASCULINA.

A uretra masculina constitui um segmento comum dos sistemas urinário e genital, já que pela
mesma se excreta a urina no ato da micção e sémen durante a ejaculação.
A uretra feminina é mais curta e se encontra independente do orifício vaginal ou órgão
copulador, e sua função é de conduzir a urina desde a bexiga ao exterior

VARIAÇÕES DA FUNÇÃO URINÁRIA.

O recém nascido normal deve urinar nas primeiras 24 horas, de outro modo pode suspeitar-se
de um problema importante. O recém nascido tem pouca capacidade para concentrar e diluir a
urina e o lactante pode urinar até 18 vezes ao dia ou mais, a urina pode ser diluída e inodora.
Durante a infância diminui a frequência da urina, ainda que depende bastante da quantidade de
líquido consumido e da temperatura ambiente. Em geral as crianças urinam mais que os adultos
porque a bexiga é mais pequena, a densidade específica e outros dados da urina são similares à
dos adultos.
As vias neurofisiológicas necessárias para o controlo voluntário da bexiga amadurecem mais
tarde que o intestinal.
A maioria das crianças estão fisiologicamente preparados com controlo dos esfíncteres aos 3
anos de idade.
Na idade escolar já a criança tem bastante bom controlo de sua bexiga mesmo que alguma vez
possa perdê-lo acidentalmente se fica stressado ou está muito ocupado, em particular nas
atividades fora de casa, para chegar à casa de banho.

As crianças eliminam mais que os adultos em proporção com o seu peso corporal, as crianças
de 10 a 12 anos urinam até 1000 ml por dia.
Nos adolescentes, a bexiga aumenta a capacidade, diminui a quantidade proporcional do seu
peso em líquidos. A sua eliminação pode adquirir os padrões dos adultos, incluso antes da
adolescência, estes padrões continuam durante a idade adulta a menos que se apresente algum
problema.
A grávida pode urinar com maior frequência e urgência, em particular durante a primeira e
última etapa da gravidez, isto deve-se à pressão que exerce o útero sobre a bexiga e pensa-se

191
que também depende das mudanças hormonais que se estão levando a cabo durante este
período.
Durante os anos de idade intermédia muitas mulheres que tiveram começam com dificuldade
de retenção da urina, já que nelas estão debilitados os músculos pélvicos e perderam o tónus.
Nos idosos produz-se uma perda generalizada do tónus muscular e a diminuição da eficácia dos
rins contribui à necessidade de muitos idosos (homens e mulheres) de urinar com maior
frequência que os adultos mais jovens, em geral com uma sensação de urgência interna.

FACTORES (FISIOLÓGICOS) QUE ALTERAM A FUNÇÃO URINÁRIA.


-Capacidade vesical.
-Eficácia do sistema urinário.
-Disponibilidade de casa de banho.
-Pressão do trabalho.
-A dieta.
-Ingestão de determinados medicamentos.
-Factores emocionais.
-Grávida.

FACTORES (PATOLÓGICOS) QUE AFETAM A FUNÇÃO URINÁRIA.


-A causa mais comum são as infecções.
-Estase da urina por retenção.
-Formação de cálculos vesicais.
-Alterações da função circulatória.
-Cardiopatias e doenças do sistema nervoso e arterial
-Obstruções das vias urinárias.
-Afecções malignas ou cálculos.
-Anomalias estruturais congénitas.
-Alterações hormonais (suprarrenais e da hipófise)
-A hormona antidiurética, a aldosterona, e possivelmente a noradrenalina, afectam a
reabsorção dos líquidos nos tubos renais.
-Traumatismos generalizados (hemorragias, queimaduras, choque ou uma infecção sistémica).
-Factores neurológicos.
-Transtornos musculares.

PRINCÍPIOS RELATIVOS À FUNÇÃO URINÁRIA.


1- A maior parte dos resíduos nitrogenados do metabolismo celular eliminam-se pelos rins.
2- Os rins têm uma função importante na conservação do equilíbrio de líquidos.

192
3-A supressão da formação de urina nos rins põe em perigo a vida do indivíduo.
4-Normalmente, a maturidade total da capacidade funcional dos rins alcança ao final do
primeiro ano de vida.
5-As estruturas neuromusculares, necessárias para o controlo voluntário da micção não está bem
desenvolvida até aos dois ou três anos de vida.
6-A perda do controlo voluntário da micção é uma ameaça grave para a autoestima do paciente.
7-O adulto em média urina 1000 a 1500ml de urina em 24 horas; as crianças em idade escolar
eliminam até 1000ml no mesmo período.
8-Os líquidos constituem uma proporção maior do peso corporal das crianças.
9-Recordar que normalmente o adulto sente necessidade de urinar quando a bexiga contem 300
a 500ml de urina.
10- O revestimento das vias urinárias consiste camada contínua de mucosa.
11-A íntima relação anatómica das vias urinárias e as de reprodução determinam que o
funcionamento urinário seja um tema tão delicado para a maioria das pessoas.
12-A localização do meato urinário muito próximo ao ânus e aos órgãos sexuais externos, faz
que as vias urinárias sejam vulneráveis a infeções provenientes de estas fontes.
13-Uma eliminação de urina menor de 25 ml / h (6oo ml /24h) considera-se inadequada nos
adultos.

TERMOS MAIS USADOS


1-Anúria – é a ausência de urina. A definição clínica aceite é de um volume urinário menor de
50 a 100 ml / dia
3-Poliuria. Diurese superior a 3 litros por dia. Pode ser uma resposta normal de adaptação à
ingestão excessiva de líquidos ou aparece nas primeiras etapas da insuficiência renal crónica, ou
na etapa diurética posterior à insuficiência renal aguda.
3- Nictúria - é a micção frequente durante a noite; produz-se uma inversão do ritmo normal na
eliminação da urina. Pode acompanhar-se de poliúria ou não. A poliúria é causada pela
incapacidade hormonal, para desencadear os processos celulares requeridos para regular a
permeabilidade tubular à água ou pelo incremento da excreção de solutos pelos nefrónios. A
concentração da urina, varia segundo o caso.
4-Disuria - é a dificuldade ou dor para urinar, que pode incluir manifestações de ardor.
Polaquiúria - Alteração caracterizada por micções muito frequentes, de escassa quantidade, que
pode produzir-se com aumento do volume urinário. Desconhece-se, ou não estão bem claros, os
mecanismos responsáveis pela disúria e a polaquiúria
Tenesmo vesical - é o desejo contínuo, doloroso e ineficaz de urinar sem que a micção alivie o
mal estar. Em cada micção se expulsa muito pouca urina e às vezes nenhuma.

193
Micção por gotejamento - a urina flui gota a gota pelo meato uretral. Se observa,
frequentemente, nos casos de bexiga atónica distendida por um adenoma prostático e
acompanha-se de globo vesical.
Incontinência urinária – é a incapacidade da bexiga para reter a urina secundária a uma
deficiência do mecanismo do esfíncter da uretra, por transtornos neurológicos, etc.
Alterações na densidade da urina. A concentração de solutos na urina valora-se por meio de
uma prova simples. Consideram-se valores normais entre 1005 e 1025.
Alterações na cor da urina - conhecidas como pigmentúria, que é a presença na urina de
qualquer substância com cor (solúvel ou insolúvel)

SÉPSIS URINÁRIA
Definição – descreve-se como infecção nas vias urinárias com presença de bactérias em
qualquer parte do sistema renal, associada a sintomas urinários.
CLASSIFICAÇÃO
Segundo a localização:
• Sépsis urinária baixa. Presenta-se como infecção uretral (uretrite) ou uretrovesical (cistite).
• Sepsis urinária alta. Ocorre quando a infecção alcança os rins (pielonefrite) e pode originar
danos renais irreversíveis.

ETIOLOGIA
Os organismos mais comuns como causas de infecções do trato urinário são as seguintes:
• Os Escherichia coli, bactéria gram negativa adesivas, que aparece na grande maioria das
pessoas infectadas pela primeira vez, em 90% das infecções extra hospital e 50% do intra-
hospitalar; também observado com a alta frequência Proteus, Pseudomonas e Klebsiella, entre
outros.
• Em pacientes admitidos para a administração de antibióticos de largo espectro, o possível
envolvimento da flora bacteriana normal e colonização parece patológico
• Em crianças é muitas vezes frequente por Proteus, enquanto as mulheres jovens predominam
como crucial agente saprófita estafilococos, desde que a actividade sexual.
• Os outros germes que aparecem na cultura de urina são o Staphylococcus aureus (alguns
abscessos renais), Pseudomonas aeruginosa e Salmonella em outros quadros de sepsis. Em
pacientes com tuberculose, o rim é o órgão extra pulmonar mais afectado pelo bacilo de Koch,
também deve-se distinguir a ocorrência de infecções fúngicas em pacientes com cateteres em
diabéticas e crianças com malformações.
• Existem factores mecânicos que favorecem a bacteriúria, tais como: o cateterismo vesical
(especialmente permanentemente); cirurgia uretral da bexiga e da próstata, a relação sexual nas
mulheres e prolapso vaginal que ocorre em mulheres multíparas.

194
• Entre os factores que mantêm a urina na bexiga são a micção pouco frequente, ingestão
inadequada de líquidos, devido à obstrução uretral e hipertrofia da próstata, obstipação, refluxo
vesico ureteral, os transtornos neurológico da bexiga, divertículos de bexiga, entre outros.

A sintomatologia das infecções do trato urinário é ampla. Um elevado número de pacientes são
assintomáticos e apresentam bacteriúria quando a quantidade de gérmenes na urina é igual ou
superior a 10 % de 100 000 colonias/ml de urina).
• A bacteriúria assintomática merece uma atenção especial às mulheres grávidas com diabetes
ou aqueles que necessitam de sonda vesical permanente.
- A Sepsis urinário baixa é caracterizada por aumento da frequência urinária, disúria, nictúria,
desconforto supra púbico e, ocasionalmente, hematúria.
Dependendo do local da infecção se apresenta as seguintes manifestações clínicas

Tratamento médico
Na Sepsis baixa, o tratamento por via oral ou parentérica pode estar associado com o tratamento
local (colo do útero, uretra, ou a vagina).

DIAGNÓSTICOS E AÇÕES DE ENFERMAGEM.


Em geral, consideram-se os seguintes diagnósticos que podem ser reduzidos ou ampliados na
sua aplicação:
• Dor relacionada com (R/C) inflamação e infecção da uretra, bexiga e outras estruturas do trato
urinário.
• Hipertermia R/C Sepsis do trato urinário.
• Alterações da eliminação vesical R / C infecção do trato urinária, obstrução anatómica.
• A retenção urinária R / C obstrução do trato urinário.
• A incontinência de esforço R / C os meses de gravidez.
• A incontinência urinária de urgência R / C sonda vesical permanente, infecção da bexiga, o
aumento da ingestão de líquidos.
• Padrão Nutrição alterada de R / C ingestão de nutrientes abaixo do recomendado.
• Alteração da Manutenção Saúde R / C falta do conhecimento e capacidade de enfrentar a
situação

INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA


A insuficiência renal aguda (IRA) é uma doença muitas vezes traz os pacientes aos serviços
médicos e cirúrgicos, apesar do desenvolvimento inquestionável nos últimos anos, no campo

195
das ciências médicas, em geral e em nefrologia, em particular, o prognóstico dos pacientes
continua sendo grave, com elevada mortalidade.

DEFINIÇÃO
Síndrome clínico resultante da retirada súbita de função renal, o que provoca uma acumulação
no sangue de produtos residuais metabolismo do nitrogénio (ureia - creatinina), transtornos
hidro electrolíticos e ácido-base. Sua característica fundamental é a reversibilidade
parcial ou completa.

CLASSIFICAÇÃO:
As situações que levam à IRA são variadas e segundo o local da lesão são classificados em três
grupos:
1. Pré-renal IRA ou funcional.
2. IRA ou orgânica.
3. IRA pós-renal.

ETIOLOGIA

1. A IRA Pré -renal ou funcional. É devido à desidratação, choque, hipo volémia e outras
afecções.
2. A IRA ou orgânico. Ela ocorre devido a oclusões arteriais e venosas, algumas
glomerulopatias, estados tóxicos isquémicos e de hipersensibilidade viral e bacteriana.
3. A Pós-renal. É devido a obstruções das vias do trato urinário, mas as causas mais comuns
são pedras nos rins, malformações do trato urinário, tumores da próstata, tumores de bexiga, a
infiltração de tumores e estenose inflamatória da tuberculose do trato urinário e fibrose
retroperitoneal. Em geral, resolve-se com tratamento cirúrgico

QUADRO CLÍNICO
Depende da fase que apresenta a IRA.
Fase oligúria
Pode não ocorrer, no entanto, é muito comum e é caracterizada por: produção de urina
diminuída, menos de 400 ml / dia, e transtornos do equilíbrio hidroeletrolítico, edema membros
inferiores, edema cerebral, híper potassemia, de modo que o paciente tem parestesias, fraqueza
muscular, insuficiência cardíaca e arritmias cardíacas, ocorrem no sistema cardiovascular ocorre
insuficiência cardíaca e hipertensão, no sistema respiratório aparece acidose metabólica, edema
agudo de pulmão, e no sistema hematopoiético anemia. Além disso, intoxicação por água que dá
lugar excitabilidade resultante, estupor, coma, vómitos e náuseas.

196
Fase diurética
Apresenta-se a seguir à fase anterior.
Em pacientes que sobreviveram é um aumento progressivo na produção de urina, que pode
chegar a 3l/dia, dependendo do grau de hidratação. Primeiro, há poliúria ineficaz, mas
gradualmente se torna diurese eficaz, aumenta a depuração renal, mas ainda mantem
prejudicada a capacidade de concentração do rim e a capacidade de excretar iões de hidrogénio.

A INSUFICIÊNCIA RENAL CRÓNICA

Definição: Insuficiência renal crónica (IRC) é um síndrome clínico e humoral complexo que
expressa uma afecção irreversível da função renal que geralmente se desenvolve lenta e
progressivamente, até que o estado de uremia terminal, com todas as suas complicações.
CLASSIFICAÇÃO

Esta realiza.se segundo o grau de alteração funcional


Filtrado
Glomerular Criatinina
IRC Etapa (ml/m) ( mg/ dl )
Grau I Inicial 70-50 1,5-2
Grau II Química 49-21 2-6
Grau III Clínica 20-10 6-10
Grau IV Urémico <10 >12
Grau V Coma urémico — —

ETIOLOGIA
• Doenças glomerulares (primária ou secundária).
• Diabetes mellitus.
• Hipertensão arterial grave.
• A doença renal poliquística.
• Cálculos de obstrução e infecção do trato urinário.
• As neuropatias túbulo-intersticial.
• As drogas ou agentes tóxicos. Entre os agentes ambientais e ocupacionais são: chumbo,
cádmio, mercúrio e cromo.
• Outro.

197
QUADRO CLÍNICO
Sistema cardiovascular: hipotensão, doença isquémica do coração, pericardite, insuficiência
cardíaca congestiva, edema e outros.
• Sistema respiratório crepitações, dispneia, tosse, outros.
• Sistema Gastrointestinal: náuseas, vómitos, diarreia, anorexia, soluços, hálito de amónia,
obstipação, úlceras e hemorragias da boca, dor abdominal, sangramento intestinal e gastrite
urémica.
• Sistema Nervoso: neuropatia, tremor, inquietação nas pernas, fraqueza e fadiga, confusão,
desorientação, alterações comportamentais, convulsões, coma e deficiência visual.

MÉTODOS DEPURADORES.
A diálise peritoneal
A diálise peritoneal é um método que está incluído nos métodos purificadores extracorpóreos e
é um processo artificial, que pode substituir algumas funções vitais normalmente
desempenhadas pelos rins, tais como a remoção de substâncias residuais do metabolismo de
proteínas e regulação do equilíbrio de iões, e ácido-base de electrólito, no entanto, as funções
importantes relacionadas com o metabolismo fósforo-cálcio eritropoietina, e regulação da
pressão arterial, entre outros, não são substituídos por este método

Definição
A diálise peritoneal é um método depurador, que é utilizado para remover impurezas e fluidos a
partir do sangue em pacientes com aguda e crónica insuficiência renal, um processo que utiliza
uma membrana semipermeável, que é o peritoneu do próprio paciente, considerado um filtro
natural.
A membrana peritoneal é a membrana serosa mais extensa do organismo, considera-se que a sua
superfície é de 1,2 a 2 m2, semelhante à superfície do corpo e que é igual à superfície de
dialisado global eficaz. A cavidade peritoneal é um espaço virtual no abdómen formando como
um saco pelo peritoneu.

Contraindicações para diálise peritoneal


Está relacionado com o estado do abdómen, entre os quais estão:
• Os múltiplos traumas.
• Grande cirurgia abdominal. Quando o peritoneu apresenta dano a sua permeabilidade diminui,
de modo que sua capacidade de diálise é mínima ou nula.
• Sepsis da parede abdominal.
• Queimaduras.
• Fístula abdominal torácica. Dificulta o tratamento, pois facilita a passagem do dialisado para o

198
tórax, causando graves sintomas de dispneia e Hidrotórax.
• A diverticulite. Ela pode causar complicações infecciosas pela passagem de germes a partir do
intestino para o fluido peritoneal
Afecções graves da coluna vertebral podem ser agravadas pela sobrecarga de líquido de diálise.
• Os distúrbios psicossociais. Pode limitar o sucesso do tratamento.
• As hérnias. Elas não representam uma contra indicação absoluta

COMPLICAÇÕES DA DIÁLISE PERITONEAL


• Mecânica. Dor, sangramento, fuga de dialisado, má drenagem, edema da parede abdominal,
perfuração visceral, hérnias e perda de intra peritoneal do cateter.
• Infeciosas. Sepsis do orifício de saída, sepsis do túnel, peritonite, e diverticulite.
• Cardiovascular. Hipertensão, hipotensão, arritmias, edema pulmonar e paragem cardíaca.
• Respiratória. Atelectasia, pneumonia e hidrotórax.
• Neurológica. Coma híper osmolar, convulsões e síndrome pós-diálise.
• Metabólica. Hiperglicemia e hipoglicemia, híper potassemia e hipo potassemia e hipo
natremia, alcalose metabólica, depleção proteica, obesidade, híper lipidemia e desnutrição
proteica e energética.

MÉTODOS DE PURIFICAÇÃO EXTRACORPÓREOS.


Diálise extracorpórea ou hemodiálise destina-se a limpeza do sangue de substâncias tóxicas
requer um gerador ou rim artificial, um dialisador com membrana semipermeável, uma porta de
entrada para a circulação do paciente, a anticoagulação e o fluido de diálise.

Técnicas de purificação extracorporais são:


• Ultrafiltração isolada.
• Diálise sequencial (ultrafiltração e hemodiálise). Técnicas de hemodiálise são:
• Hemodiálise convencional (tampão acetato)
Hemodiálise de Alta Eficiência, utilizado tampão de bicarbonato e membranas semipermeáveis
de permeabilidade hidráulica baixa e grande área de superfície.
• Hemodiálise de alto fluxo com tampão de bicarbonato e membranas semipermeáveis de alta
permeabilidade e clarificação hidráulico elevada depuração de ureia (KDU).
• Hemodiafiltração, câmara dupla, e biofiltração.
• Hemo perfusão.
• Imune absorção.
• Plasmaférese.

HEMODIÁLISE.

199
Definição
A hemodiálise é a técnica de depuração periódica extracorpórea mais utilizado e aplicada em
pacientes com insuficiência renal aguda, insuficiência renal terminal, hipercalcemia e acidose
metabólica grave.

Procedimento para a manipulação das vias de acesso


Visa evitar o risco de complicações no manuseio impróprio para o paciente e aumentar a vida
útil do acesso vascular e para proteger o pessoal de enfermagem.
-Todas as fases do procedimento devem ser realizadas de maneira colaborativa pelos membros
da equipa de enfermagem.

Actuação durante a hemodiálise:


1 - Medir sinais vitais a cada 1 h ou períodos mais curtos, de acordo com as necessidades
individuais do paciente, ou como prescrito.
2 - Ser vigilante e atuar frente qualquer complicação técnica ou clínica intra-diálise.
3 – Efetuar os tratamentos orientados pelo médico.
4 - Não violar qualquer medida de segurança no trabalho do rim artificial. Assistir de modo
especial e trabalhar com extrema cautela frente a qualquer emergência para impedir acionar os
alarmes dos equipamentos
5 – Avisar os técnicos da electromedicina quando detetar qualquer anormalidade no
equipamento.
6 – Avaliar com o médico qualquer situação que considere necessária.
7 - Anote todos os incidentes no modelo de controlo de hemodiálise, quando estes ocorrem.
8 – Ao primeiro episódio de febre e (ou) calafrios realizar imediatamente hemocultura.
9- Se heparinização contínua, parar a bomba de heparina para meia hora antes do final de
hemodiálise ou quando clinicamente indicado.

No final da hemodiálise:
1 - Medir sinais vitais.
2 - Pare a bomba.
3 - Prenda a linha arterial antes de desconectar o paciente, e conectar o frasco de solução salina
estéril.
4-Transferir a quantidade de soro fisiológico necessária e suficiente para limpar o sangue, tanto
quanto possível, o dialisador e ramos, retornando o sangue para o paciente, para minimizar as
perdas a partir por esta via
Assim, isto é facilitada por pinçar e despinçar rápido e repetidamente o ramo venoso.

200
5- Pince a linha venosa e desconecte o paciente.
6 - Passar a solução de sal através da agulha da fístula o paciente para passar o sangue
7 - Passar o dialisador com 2l de hipoclorito de sódio a 1% durante 10 min.
8 - Limpas as linhas com agulhas tratadas para proceder à sua formalização.
9 - Remover a agulha do paciente.
10 - Retirar agulhas, aplicando uma pressão adequada, de 15 a 20 min, se se completa a
hemóstase aplicar uma ligadura com uma ligeira pressão e orientar o paciente para retirar 4 h
mais tarde.

CATATERISMO VESICAL
Mucosa da bexiga: é a membrana que reveste o interior da bexiga, é altamente vascularizada, o
que favorece a absorção de fármacos administrados a esse nível.

O sistema urinário produz, transporta, armazena e excreta urina a sua função anormal, muitas
vezes, perturba o equilíbrio de fluidos, dos electrólitos e ácido-base, além da eliminação de
resíduos. Para restaurar ou promover o funcionamento eficaz da excreção da urina é comum
usar a inserção temporária ou permanente de um tubo urinário. O cateterismo permite a
monitorização do trato urinário e ajuda o diagnóstico de distúrbios da função do sistema.

Cateter - a palavra cateter deriva do que em grego significa introduzir.

O cateterismo vesical é a introdução de uma sonda ou cateter através do meato e canal uretral
para o interior da bexiga. 00

Objectivos:
_ Esvaziamento da bexiga.
_ Determinar se a supressão da urina é causada por obstrução urinária de retenção, ou anúria.
_ Obter amostras de urina para o estudo.
_ Esvaziar a bexiga antes de uma grande cirurgia para evitar o trauma cirúrgico ao nível do
órgão e do paciente urinar na sala de operações para causar relaxamento do esfíncter.
_ Mantenha leito seco em pacientes com incontinência.

Precauções:
_ Faça a limpeza dos órgãos genitais para reduzir as bactérias a esse nível e evitar ser arrastado
para dentro da bexiga.
_ Não force a sonda a passar, para evitar o trauma da uretra, tenha em mente o calibre das
sondas para o tipo de uretra;

201
Peça ao paciente para tossir durante a inserção, pois isso irá facilitar a passagem da sonda.
_ Depois de terminar o procedimento, no homem não circuncidado deve ter o cuidado de puxar
o prepúcio sobre a glande.
- No caso da sonda Foley, fixá-la com solução salina (sem ar, sem soluções de glicose)
- Se a sonda permanece fixo, pinçá-la periodicamente para recuperar o tónus da bexiga.
- Se a urina está retida, permitir a saída até 400 ml e clampar de novo, em seguida, a cada
30 minutos, permitir a saída de 200 ml para evitar um esvaziamento rápido, evitaremos
possíveis paragens cardíacas e hemorragias por descompressão.
- Mudança de sondas segundo as normas do serviço.

MATERIAL:
_ Tabuleiro.
_ Sondas: Nélaton e folley no. 10, 12, 14, 16.
_ Artigos para a higiene dos genitais (recipiente com água, sabão, toalha, arrastadeira,
soro fisiológico, água iodada ou antisséptico indicado pelo médico).
_ Luvas estéreis.
_ Resguardos de borracha e pano
_ Recipiente estéril.
_Lubricante hidrossolúvel.
_ Compressas.
_ Recipiente para lixos.
_ Seringa estéril com soro fisiológico.
_ Adesivo (se fica permanente).
_ Tesoura (se fica permanente).
_Saco colector (se fica permanente).
_ Biombo (se necessário)
_ Candeeiro de pé (se necessário)

202
Genitália feminina

Genitália Masculin

203
ESTUDO INDIVIDUAL
Procedimiento: cateterismo vesical
Manual de procedimientos de enfermería. Amparo Magaly Castro Torres
Págs, 391-393

INSTILAÇÃO VESICAL
Instilação vesical é a introdução de uma pequena quantidade de solução (água estéril ou
medicamento) dentro desta víscera, através de uma sonda.

Objectivos:
- A manutenção da permeabilidade do sistema de drenagem.
- Remover coágulos após cirurgia à bexiga e outros.
- Obter efeitos terapêuticos e paliativos.
Precauções:
- Administrar o medicamento à temperatura ambiente para evitar espasmos da bexiga.
- Introduzir lentamente a solução para evitar trauma ou irritação.
Material:
_ Seringa de 20 a 50 ml, estéril.
_ Cuvete com tapa.
_ Recipiente estéril.
_ Solução indicada.
_ Compressas.
_ Luvas.
_ Recipiente para lixos.
_ Pinça protegida.
_ Resguardo de borracha e pano
_ Sonda uretral, no caso o paciente não estar algaliado.
_ Biombo.
ESTUDO INDIVIDUAL
Procedimento instilação vesical
Manual de procedimientos de enfermería. Amparo Magaly Castro Torres. Pág 389

204
4.3. NECESSIDADE DE ELIMINAÇÃO INTESTINAL

Durante o processo de digestão, os alimentos e líquidos ingeridos são misturados, processados,


seleccionados para a absorção dos nutrientes para ser usado por tecidos do corpo e se removem
os resíduos de digestão. As porções principais do aparelho digestivo relacionadas com a função
de excreção, são o cólon e o recto.

O recto é um tubo muscular estreito que termina na parte inferior do cólon (sigmóide). No
adulto é de 15 a 20 cm de comprimento e 2,5 a 4 cm de largura na abertura anal. Suas paredes
são formadas por três pregas transversais e outras verticais.

Pensa-se que as primeiras (pregas transversais), ajudam a parar as fezes no recto até ao início da
defecação. As dobras verticais que contenham uma artéria e uma veia de cada. O canal anal são
os últimos 2,5 cm recto. Dois dos músculos do esfíncter controlar a eliminação de fezes através
do ânus. O interior é feito de músculo liso e é resposta involuntária à distensão rectal, o esfíncter
externo é formado por músculo estriado e controla-se a vontade.

Embora o reflexo rectal é estimulado pela presença de resíduos de produtos no recto e cólon
inferior, o ato de defecação em si é controlado pela vontade. Por isso, é possível a pessoa
responder ao estímulo. Durante a defecação, envolvem uma série de músculos acessórios,
principalmente a parede abdominal, diafragma e do assoalho pélvico. A contracção do primeiro
e fixação do diafragma aumenta a pressão intra-abdominal para empurrar o conteúdo do cólon e
do recto inferior para baixo. O fechamento da glote (suspensão da respiração) também ajuda.

Se a respiração é forçada contra uma glote fechada, a pressão aumenta consideravelmente.


A contracção dos músculos do assoalho pélvico e relaxamento do esfíncter anal
simultaneamente, ajudar a empurrar a massa fecal através do canal anal.
Se uma pessoa não responder ao impulso de estímulo de defecar desaparece.

ELIMINAÇÃO INTESTINAL NORMAL:

As fezes eliminadas através da abertura do ânus, são resíduos acumulados nos intestinos. O
volume das fezes é formado por resíduos de digestão e água, o que constitui 60 a 80% do total.
O resíduo da digestão inclui alimentos não digeridos e não absorvidos resíduos secreções
digestivas. Além disso, as fezes também conter os detritos celulares e removido do revestimento
mucoso do trato gastrointestinal, para além de bactérias e outros produtos.

205
Também remove alguns minerais, principalmente cálcio, ferro e potássio. A cor marrom das
fezes é devido à presença de sais biliares que são excretados por esta via.
Um décimo a um terço do material fecal é constituída por bactérias vivas e mortas e dos seus
produtos, o que normalmente residem na cavidade intestinal, que formam o que é chamado a
flora intestinal normal.

Estima-se que uma pessoa 24 horas excretados nas fezes entre 50 000 e 500 000 milhões de
bactérias vivas e mortas.

As fezes ao passa através do recto, tomar a forma da estrutura tubular. As normais são suaves,
mas de formato cilíndrico sólido. A quantidade de material fecal excretada depende em grande
parte dos alimentos não digeridos. Pode variar desde 100 a 200 g / dia, em pessoas cuja dieta
contém uma proporção elevada de alimentos refinados e até 300 ou 400 g / dia para aqueles que
são ricos em fibra. O número de evacuações também variam consideravelmente de um
indivíduo para outro e é considerado o intervalo normal é 1 de 2 em 2 dias ou 3 dias a 3 vezes
por dia.

Se os resíduos são expelidos muito rapidamente através do intestino, as fezes vão estar solto e
líquido, porque ele vai dar tempo para absorção de água nos intestinos.
Por outro lado, se houver demora na evacuação dos produtos residuais, irá absorver uma
quantidade excessiva de água e as consequências serão fezes secas e duras.

FACTORES QUE AFETAM A FUNÇÃO INTESTINAL.


1. O tipo de alimentos e do volume de líquido consumido por um indivíduo . Uma
quantidade adequada de fibras na dieta, como a encontrada em grãos integrais e frutas e
vegetais, é muito importante para fornecer um volume suficiente para estimular a acção
peristáltica dos intestinos. As pessoas que têm uma dieta refinada tendem a ter menos
movimentos intestinais e é provável que as fezes mais firmes e mais escura do que aqueles que
incluem cos alimentos anteriores.

2.Volume de líquido que permanece no corpo. Deve-se restituir o conteúdo de água do corpo
continuamente para atender às necessidades internas e de repor a água removida com resíduos
corporais. Se a ingestão de líquidos é insuficiente, em primeiro lugar cobrir as necessidades
internas do corpo, por prioridade, e se eliminam pequenas quantidades de água na urina e fezes.
O resultado será urina mais concentrada e fezes mais secas e duras que o habitual.
Deve beber de 6 a 8 copos de água por dia, é uma das maneiras mais fáceis de manter fezes
moles e promover o peristaltismo intestinal.

206
3. Evacuações intestinais. Em pessoas normais saudáveis a defecação é voluntária depois dos
3 ou 4 anos, e se estabelece uma resposta condicionada a determinada hora do dia ou por
exemplo, após as refeições. Algumas pessoas recorrem a outros métodos, como um copo de
água quente e sumo de limão ou uma xícara de chá quente ou café antes do pequeno-almoço.
Outros rotineiramente ingerem laxantes ou usam supositórios, de forma regular, e outras
aplicam enemas diários para limpar o recto.

4. Estilo de vida. Esse problema também afecta a função intestinal. Comer e defecar em
horários regulares ajuda a estabelecer e manter um padrão regular.

5.Exercício: O exercício diário regular também ajuda a melhorar o tónus muscular. Caminhar
após as refeições ajuda a estimular a acção peristáltica e promover a digestão. Inactividade
prolongada contribui para a obstipação intestinal e estar sentado muito tempo causa
hemorróidas.
Pacientes acamados rapidamente perder o tónus muscular e a obstipação intestinal é um
problema comum nesses pacientes.

6. Medicamentos. Drogas que deprimem o sistema nervoso diminuem a motilidade intestinal.


Alguns são irritantes para o trato gastrointestinal e podem causar diarreia.

7. Stress e ansiedade. Pode aumentar ou diminuir a motilidade do trato gastrointestinal.


Raiva pode causar perturbações, muitas vezes com formação excessiva de gás e distensão
abdominal.

PROBLEMAS COMUNS.
1. Obstipação.
2. Diarreia.
3. Incontinência.
4. Infecções parasitárias.
5. Aberturas artificiais no intestino.

PRINCÍPIOS SOBRE A FUNÇÃO INTESTINAL

 A função intestinal é para remover os resíduos da digestão.


 O bom funcionamento do corpo é essencial que é a eliminação normal do intestino.
 A obstrução intestinal é um risco grave para a vida.

207
 A ingestão de alimentos e líquidos estimula a acção peristáltica do trato gastrointestinal.
 A vontade de defecar desperta-se ao estimular o reflexo rectal por distensão da parte
inferior do cólon e do recto.
 Normalmente, a defecação é controlado pela vontade, depois de 3 a 4 anos de idade.
 As estruturas neuromusculares necessárias não estão suficientemente desenvolvidos
para permitir o controlo voluntário dos movimentos intestinais até 15 a 18 meses de
idade.
 Uma vez obtido, o controlo da defecação é um aspe O stress, ansiedade e outras
emoções fortes podem alterar a função intestinal.
 Padrões intestinais de eliminação e consistência das fezes são altamente dependentes do
consumo de alimentos e líquidos do indivíduo.
 O número de defecações diárias no lactente varia muito, em média, são 4 a 7 vezes/ dia
nos mais pequenos.
 Após a infância o padrão normal nutricional de movimentos intestinais varia de 1
defecação a cada 2 ou 3 dias em dois ou três dias até 3 por dia.

INTERVENÇÕES ESPECÍFICAS DE ENFERMAGEM.

A) As pessoas com obstipação.


1) Este distúrbio é um problema em muitos pacientes e também em indivíduos
saudáveis . Ela ocorre mais frequentemente em pacientes acamados.

2) Alguns factores a serem considerados para evitar ou corrigir a obstipação, se um


problema de muito tempo, eles são:
 Hora certa para defecar.
 Atenção imediata ao desejo de defecar.

3) Dieta com nutrientes laxantes e ricos em fibra, a abundância de líquidos, e exercício


adequado. Como o reflexo gastrocólico é geralmente mais intenso depois do
pequeno-almoço, esse é um bom momento para estimular a defecação
imediatamente. É importante para garantir a privacidade, permitir tempo suficiente
para o processo e não apressar o paciente. Pode ser necessário ajudar o paciente a
aumentar a sua sensibilidade à estimulação da defecação.

4) A ingestão de líquidos quentes ativa o peristaltismo e, particularmente, se é tomada


antes do pequeno-almoço. Pode ajudar a massagem em movimentos circulares no

208
abdómen, movendo-se para baixo ao longo do cólon descendente, no lado esquerdo.
Leve pressão para ao lado ou por detrás do ânus também ajuda a expulsar as fezes.

B) Pessoas com diarreia. Primeiro temos que saber a causa antes de tentar restabelecer a
normalidade. O mais comum é a irritação do trato gastrointestinal, drogas específicas podem ser
prescritos para reduzir a motilidade intestinal ou proteger irritadas membranas intestinais. Se a
diarreia é de origem psicológica (por exemplo, ansiedade ou tensão), muitas vezes desaparece
quando você remove o stress. No entanto, se é uma doença crónica, pode ser necessário uma
intervenção médica

C) Pessoas com aberturas artificiais no intestino. Em pacientes com colostomia, pode-se


continuar o padrão normal de eliminação, se canalizar as fezes para um saco colocado sobre o
estoma, que é trocado conforme a necessidade, ou tenta-se controlar a eliminação com irrigação
em intervalos regulares. Neste caso, a dieta é muito importante para regular o teor de fezes e
produção de gás nos intestinos. É bom evitar alimentos que são irritantes ou provocam gás e ter
cautela com os alimentos com efeito laxante

D) Pessoas com infestações de parasitas: As principais medidas nestes casos para restaurar a
função do intestino são direccionados para matar os parasitas do trato gastrointestinal e prevenir
mais infestações. Para o tratamento de "vermes" são usados anti helmínticos específicos.
Enemas são por vezes usados para ajudar a eliminar parasitas do cólon. Em casos de oxiúros é
muitas vezes necessário tratar toda a família. É recomendado para desinfectar roupas de uso
pessoal e a roupa de cama
A ténia, que pode ser transmitida pela carne de porco, a lavagem cuidadosa das mãos depois de
manuseá-la, a limpeza da tábua de cortar antes de usá-la de novo e o cozimento adequado da
carne são importantes medidas preventivas.
Os ácaros podem ser encontrados na lama contaminada com fezes infectadas, uma boa medida é
lavar cuidadosamente as frutas e verduras, especialmente em lugares onde abundam estes
parasitas.

E) Uso de arrastadeira procurar por parte da equipa de enfermagem proporcionar segurança,


privacidade e conforto aos doentes.
Usar um para cada paciente, lave com água quente à medida que esfriar também.

ABDÓMEN AGUDO

209
Abdómen agudo: quadro clínico que se apresenta como um problema abdominal, cujo principal
sintoma é a dor, este quadro sugere a existência de uma doença grave que pode pôr em perigo a
vida do paciente e, em muitos casos são resolvidos através de cirurgia.

CLASSIFICAÇÃO:
 Síndrome hemorrágico.
 Oclusão intestinal.
 Peritoneal.
 Perfurativo.

OCLUSÃO INTESTINAL

Parcial:
1. Mudança lenta e progressiva dos hábitos de eliminação intestinal ( Obstipação alternada
com diarreia.
2. Cólicas intensas intermitentes
3. Ruídos hidroaéreos na porção proximal à oclusão.
4. Deglutição de ar
5. Vómitos se oclusão é na parte alta
6. Edema intestinal
7. Sinais de peritonite (dor, febre, abdómen agudo)

Oclusão Total
1. Ausência de expulsão de fezes e gases (ileo paralítico)
2. Distensão abdominal
3. Cólicas intensas e intermitentes
4. Ruídos hidroaéreos na porção proximal à oclusão
5. Deglutição de ar
6. Vómito intenso e contínuo
7. Edema intestinal
8. Sinais de peritonite

AÇÕES INDEPENDENTES DE ENFERMAGEM

1. Colocar sonda Nasogástrica e quantificar a quantidade de conteúdo gastrointestinal que


sai e suas características
2. Fazer a higiene oral do paciente e mantê-lo limpo

210
3. Manter vias aéreas permeáveis
4. Aplicar calor no abdómen para aliviar a distensão
5. Colocar sonda rectal permanente para facilitar a saída de gases
6. Preparação pré operatória:
a) Puncionar uma veia de grande calibre
b) Fazer tricotomia ao abdómen
c) Fazer a desinfeção da zona
d) Retirar os adornos, próteses e esmalte das unhas
7. Preparação intraoperatória
8. Preparação posoperatória
a) Observação dos pensos
b) Monitorizar sinais vitais cada vez que seja necessário
c) Registo de balanço hídrico
d) Cuidado com a hidratação
e) Manter a sonda nasogástrica em drenagem livre e aspirar a cada 3h.

APENDICITE

Definição – inflamação, quase sempre de caracter infecioso do apêndice.

Quadro clínico:
1. Inflamação ou edema do apêndice
2. Reação peritoneal ao exame físico
3. Febre ligeira ou moderada (38 a 39ºC) axilar, retal de 1,5 a 2ºC mais (39,5 a 41ºC)
4. Náuseas e vómitos
5. Dor intensa em todo o abdómen que logo se localiza na região periumbilical e mais
tarde na fossa ilíaca direita e no ponto de Mc Burnney

ACÇÕES INDEPENDENTES DE EMFERMAGEM NO PREOPERATÓRIO

1. Retirar adornos, próteses e esmalte das unhas


2. Monitorizar sinais vitais, fazendo enfase na temperatura axilar e retal que normalmente
diferem em 1ºC, em caso de processos inflamatórios abdominais a retal eleva-se muito
mais que a axilar
3. Tricotomia abdominal
4. Desinfeção do abdómen

211
5. Canalizar uma veia profunda.

ACÇÕES INDEPENDENTES DE ENFERMAGEM NO POSOPERATÓRIO

1. Observação pormenorizada do estado do paciente


2. Monitorizar sinais vitais, sempre que necessário
3. Observar drenagens e apósitos
4. Cuidados com a hidratação
5. Deambulação precoce às 12 ou 24h
6. Início de dieta líquida após 24h, ligeira ou branda às 48h e normal após 72h
7. Cuidados com a ferida operatória, diariamente desinfectar e fazer penso seco; retirar os
pontos alternados ao 7º dia e os restantes, no dia seguinte.

O SÍNDROME DIARREICO

A diarreia é um síndrome caracterizado por um aumento do número e da quantidade do normal


de dejeções num determinado período. Ele consiste na evacuação das fezes ou a expulsão dos
produtos da mucosa intestinal.
Alterações qualitativas de fezes é a regra de diarreia, além de aumentar a quantidade e o número
de movimentos intestinais que estão normalmente feito a cada 24 h.
A frequência deste síndrome é grande e sua presença pode significar uma doença digestiva
intestinal, em particular, como condição de qualquer outro sistema.
O síndrome diarreico podem ser: agudo ou crónico.

Doença diarreica aguda: qualquer processo de doença, qualquer que seja sua causa, que tem
entre seus principais sintomas de diarreia, e pode ser acompanhado ou não de transtornos de
electrólitos e equilíbrio ácido-base.
Aumento abrupto do número e quantidade da dejeções periódica normal.
Considera-se diarreia é aguda, se a sua duração não exceda 21 dias, embora alguns autores o
termo não é mais do que 15 dias.

QUADRO CLÍNICO:
1. Diarreias.
2. Vómitos.
3. Dor abdominal.
4. Náuseas, febre, mialgias, tenesmo rectal.
5. Ardor perianal.

212
CUIDADOS DE ENFERMAGEM GERAIS NO SÍNDROME DIARREICO

 Medir os parâmetros vitais para detectar qualquer alteração. (Temperatura).


 Observação, pelo enfermeiro, de sinais e sintomas que podem indicar alterações do
balanço electrolítico (controlar o número de dejecções, quantidade, cor, aparência,
cheiro), alterações do sistema nervoso e da cor da pele (palidez).
 Coleta de amostras.
 Orientação sobre adesão ao tratamento médico.
 Fornecer educação para a saúde para:
 Lavar as mãos com sabão e água antes de comer, depois de defecar ou
lidar com crianças.
 Manter as unhas curtas e limpas.
 Lavar vegetais crus.
 Ferver água para beber, se a cloração não é suficiente.
 Promover e apoiar o aleitamento materno por 4 a 6 meses como a única fonte de
nutrição.
 Elevar o padrão de higiene ambiental e alimentar.
 Promover uma boa nutrição.
 Promover a participação na consulta antes das primeiras manifestações clínicas de
diarreia
 Conselho sobre a adesão à decisão do médico para internar o paciente: esta é uma
tarefa específica de enfermagem, que também irá explicar a importância de cumprir o
tratamento medicamentoso.
 . Controlo do balanço hídrico: será essencial para assumir o controlo adequado das
entradas e saídas, pois uma das complicações que pode surgir é a desidratação e,
portanto, o descontrolo do equilíbrio ácido-base, especialmente quando o paciente
tem apresenta quadro diarreico agudo com abundante perda de líquidos e muito mais ,
se associada com um síndrome emético (vómitos) em que deve levar em consideração
as perdas por esta via.

ENEMAS
Mucosa rectal. É a membrana que reveste o recto e é muito vascularizada.

Considerações gerais. Devido à grande irrigação sanguínea da parte inferior do reto pode ser
aplicado medicamentos através do esfíncter anal para o corpo, e isso torna a absorção mais fácil.

213
Objetivo:
Obter fins diagnósticos, terapêuticos e paliativos.

Precauções:
_ Se, na aplicação do tratamento, o paciente sente dor, desconforto grave ou muita resistência
avise imediatamente o médico, pode ser um sinal de estenose ou tumor.
_ Em pacientes com hemorroidas ou outra anal extremar os cuidados na aplicação do
tratamento.

Enemas É a administração de um certo número de soluções pelo recto através de uma sonda ou
cânula.

Objetivos:
1-estimular o movimento peristáltico.
2-Evacuar o cólon.
3-Prepare o paciente para cirurgia e exames de diagnóstico.
4-Administração de medicamentos.

CLASSIFICAÇÃO DOS ENEMAS:


1-Enema de limpeza
Eles são utilizados principalmente para remover as fezes, entre eles temos o de água e sabão, os
salinos e de água simples.

2 Enema de retenção ou medicamentoso


São aqueles em que o fluido permaneça no recto ou no cólon mais tempo do que o enema de
limpeza, e é expelido quase totalmente no prazo de 15 minutos. Entre os enemas
medicamentosos são: anti-helmínticos, broncodilatadores e antipiréticos.

Precauções:
_ Retire o ar antes de introduzir a sonda.
_ Introduzir em adulto a sonda retal 10 cm; em crianças de 5 a 7,5 cm, e em lactentes, 2,5/4 cm.
_Administrar o enema à temperatura indicada.
_ Evite a entrada de ar para o reto.
_Lubrificar a sonda ou a cânula para evitar desconforto ao paciente.
_Ter em mente o calibre do tubo de acordo com a idade, as características do paciente e do tipo
de enema.

214
_ Peça ao paciente para urinar antes de iniciar o enema.

CONTRA-INDICAÇÕES.
Os Enemas são contra-indicados:
- Após a cirurgia recente do infarto do cólon ou do recto, ou do miocárdio e em pacientes
com doenças agudas abdominais de causa desconhecida, como uma suspeita de
apendicite.
- Deve ser aplicado com cuidado aos indivíduos com arritmia.
- Enemas contendo sódio deve ser usado com cautela em pessoas com baixa tolerância
para isso, já que os pacientes com distúrbios de retenção de sal, tais como insuficiência
cardíaca congestiva, podem absorver de sódio da solução de enema.

MATERIAL:
_ Tabuleiro.
_ Recipiente com a solução indicada.
_ Irrigador com sistema, adaptador, pinça protegida ou chave de segurança.
_ Sonda rectal ou cânula.
_ Nos casos de pediatria: pera ou seringa.
_ Luvas ou dedeiras.
_ Lubricante.
_ Compressas.
_Espátulas
_ Resguardo de borracha e de pano.
_ Cuvete reniforme para lixos.
_ Papel higiénico.
_ Duas arrastadeiras (se for necessário).
_ Água, sabão e toalha (se necessário a higiene da região pelo enfermeiro).
Equipamento adjunto:
_ Porta irrigador.
_ Biombo.

ESTUDO INDEPENDENTE
PROCEDIMENTO DO ENEMA
Manual de procedimientos de enfermería.
Amparo Magaly Castro Torres, Pág 398

215
ENEMA DE LIMPEZA OU CLISTER
O enema que é administrado para eliminar matéria fecal do cólon é frequentemente chamado
clister. Este termo deriva da palavra klysis, o que significa a lavagem e a eliminação de resíduos
mantidos ao longo da cavidade pela injeção de líquidos. Quando os líquidos são administrados
para esta finalidade são administrados, de modo a estimular os movimentos intestinais.

Objetivo:
_ Eliminar a matéria fecal e os gases contidos no intestino.

 Precauções:
Na preparação da solução indicada, o volume para um enema de limpeza é geralmente 750
a 1000 ml para adultos, 500 a 1000 ml para criança em idade escolar, 500 ml para a pré-
escolar e 250 ou menos para um lactente.

 Os Enemas para adultos aplicam-se a uma temperatura variada entre 38 graus ou mais, de
acordo com indicações médicas, e para crianças a 38 º. Tenha em mente o grau de calor que
resiste ao paciente e evitar queimadura dos tecidos retais. Esta temperatura pode variar, por
indicação específica do médico.

 Mantenha o irrigador à altura de 45 cm em relação com o paciente.


Em doentes com distúrbios ginecológicos, suspender o recipiente ao nível das suas
ancas, para diminuir a pressão nos órgãos reprodutores.

 Se os sintomas são exagerados e dor abdominal aparecer, pince o tubo, aplique leve
massagem no abdómen e oriente para respirar funda através da boca.

TIPOS DE ENEMAS DE LIMPEZA


Enema saponário. Adicionar o sabão após o colocar o líquido dentro da tigela e misturar.

Enema Salina. Se não tem nenhuma solução comercial, adicione duas colheres de chá de sal
para 1000 ml de água.

Enema água. O líquido utilizado é a água.

216
EQUIPAMENTO
_ Equipamento Geral para enema.

PROCEDIMENTO:
_ Procedimento geral do enema.

Enema de retenção. Os enemas medicamentosos são aqueles a cuja solução é adicionada a


medicação indicada. Usado em menor quantidade de líquido, uma vez que deve ser absorvido
para atuar localmente na mucosa rectal.

Os Enemas medicamentosos administram-se, em geral, após a aplicação do enema de limpeza,


de modo que o reto está livre de material fecal e pode atingir a ação desejada.
Estes enemas são administrados à temperatura corporal, (salvo se há indicação médica
específica); com temperaturas abaixo ou acima desta, estimula o peristaltismo.

Objetivo:
Obter efeitos terapêuticos, locais e gerais.

CLASSIFICAÇÃO DOS ENEMAS DE RETENÇÃO.


Enemas Anti-helmínticos. Eles são usados para destruir e expulsar vermes intestinais e
parasitas, mediante o uso de medicamentos que atuam sobre estes.

Enemas Emolientes. Quando há obstipação grave, transtorno anal doloroso ou irritação da


mucosa intestinal pode ser dada um enema oleoso. O óleo atua principalmente como um
lubrificante para facilitar a evacuação. Podem ser usados vários óleos, tais como minerais,
azeite, de semente de algodão e outros. A quantidade utilizada é pequena, geralmente 150 a 200
ml e geralmente o paciente ser solicitado para reter o enema de cerca de 1 h. Muitas vezes,
depois de um enema de retenção, enema oleoso é indicado um enema de limpeza

Enemas adstringentes. São indicadas com o objetivo de favorecer a absorção de líquidos para
o nível do reto, em caso de diarreia.

Enemas Broncodilatadores. São aqueles que produzem broncodilatação, uma vez que a
solução é feita para estes fármacos.

Enemas Antipiréticos. São aqueles que são usados para reduzir a temperatura elevada do
corpo.

217
Precauções:
_ Administrar enema de limpeza previamente, para manter o cólon livre de fezes.
_Retê-lo 10-20 m
_ Aplicar lubrificante na região anal e perianal e na parte interna das coxas se vai realizar
enema antihelminticos.
_ Os Enemas de retenção devem programar-se antes das refeições, porque o estômago cheio
pode estimular o peristaltismo.
_ Enema de retenção com azeite não deve ser administrar antes enema de limpeza, mas sim
fazê-lo 1 h após o enema oleosa, recomenda que seja de sabão e água para ajudar a expelir n
fezes completamente amolecida.
_ Nos enemas anti parasitárias, uma vez administrado, deve proceder a seguir com enema de
limpeza
_ Se o esfíncter não está funcional colocar sonda retal com balão
_Podem ocorrer complicações do enema que fica retido.
_Retite. A inflamação da mucosa rectal.

MATERIAL:
_ Equipamento Geral de enemas.
_ Acrescentou a medicação indicada, luvas e uma seringa para medir o medicamento, se
necessário.

PROCEDIMENTO:
_ Procedimento geral para enemas

218
SUPOSITÓRIO

É um pequeno corpo em forma de cone, que é introduzido no recto, onde se dissolve.


A administração do supositório pode ser para estimular a motilidade intestinal e defecação para
aliviar a dor, vómitos, e irritação local. Supositórios rectais geralmente contêm fármacos que
reduzem a febre, causando o relaxamento, são alterados por enzimas digestivas ou têm muito
mau gosto e, portanto, não podem ser utilizados por via oral.
Estes produtos derretem-se com a temperatura do corpo e é absorvido lentamente.
Uma vez que a inserção de um supositório rectal pode estimular o nervo vago, esta manobra
está contra indicado em pessoas com potencial arritmia de coração. Pode estar também contra
indicado naqueles que sofreram recentemente cirurgia rectal ou da próstata, devido ao risco de
trauma local ou desconforto para a introdução.
Uma vez que a ingestão de alimentos e líquidos estimula o peristaltismo, o supositório para
aliviar a obstipação deve ser aplicada de cerca de 30 m antes de comer, para ajudar a amolecer
as fezes no reto e facilitar a evacuação.
O supositório de retenção medicinal deve ser administrado entre as refeições. Instrua o paciente
para tentar não expulsá-lo, mas se tiver problemas para mantê-lo, tem que acomodá-lo na
arrastadeira imediatamente após o procedimento.
O enfermeiro deve certificar-se da cor das fezes, pois há supositórios que muitas vezes tingem, e
pode por de aviso o paciente para não se alarmar.

Objetivos:
_ Suavizar a material fecal e facilitar a sua saída.
_ Aumentar o peristaltismo intestinal.
_ Conseguir uma ação antipirética.
_ Fazer uma broncodilatação.
_ Conseguir uma ação antiespástica, analgésica e anti inflamatória.

219
4.6 NECESIDADE DE OXIGÉNIO

FUNÇÃO RESPIRATÓRIO

O oxigénio é essencial à vida.


O organismo humano requere O2 para que as células realizem as suas funções. É por isso que o
aparelho respiratório está encargado de tomar O2 do meio exterior e expulsar CO2 mediante as
trocas gasosas.
As células nervosas são particularmente vulneráveis, uns minutos de supressão de oxigénio
pode causar dano irreversível às células cerebrais. Os períodos mais prolongados de supressão
inclusive menos intensa, pode causar a morte ou dano permanente dos tecidos do cérebro.

O sangue transporta-o às células e regressa com os resíduos celulares, dióxido de carbono, aos
pulmões para eliminá-los no ar expirado.
Uma pessoa cujas necessidades de oxigénio se satisfazem de forma adequada normalmente não
se dá conta do processo da respiração. Contudo, é possível alterá-la de forma voluntária. Por
exemplo, a ingestão de alimentos e bebidas pode provocar mudanças voluntárias no padrão
respiratório. De igual modo o canto e a fala requerem certo controlo da respiração.

O sistema respiratório é composto por nariz (por onde o ar entra e sai), faringe (orofaringe,
nasofaringe e faringe laringe), laringe, brônquios, bronquíolos e pulmões; direito com 3 lóbulos
e esquerdo com 2 lóbulos (esquemas abaixo)

220
Os movimentos respiratórios produzem-se de 16 a 20 vezes por minuto no adulto, sendo a
expiração mais longa que a inspiração.

FISIOLOGIA DA RESPIRAÇÃO:

A fisiologia da respiração pode dividir-se em cinco seções lógicas:


1. Provisão do oxigénio da atmosfera.
2. Mecanismos que regulam o processo respiratório.
3. A passagem do ar da atmosfera aos alvéolos pulmonares e deles à atmosfera.
4. Difusão do oxigénio e do dióxido de carbono entre os alvéolos e o sangue e este às
células dos tecidos.

221
5. Transporte de oxigénio às células e eliminação do dióxido de carbono das mesmas para
a corrente sanguínea.

NECESSIDADES DE OXIGÉNIO:
Na gravidez, o diafragma é empurrado para cima à medida que o feto cresce e se expande o
útero na cavidade abdominal. Os pulmões da mãe contraem-se gradualmente ao diminuir o
espaço na cavidade torácica. As grávidas podem notar um aumento da sua frequência
respiratória e pode ter uma dispneia depois de um exercício leve.

O feto no útero recebe o oxigénio necessário da mãe; este passa da circulação materna à
placenta e daí, pelo cordão umbilical, até ao feto. O feto não respira pelos seus pulmões, até às
38 semanas de gestação não há sacos aéreos terminais bem desenvolvidos e em todo o caso, os
pulmões estão parcialmente cheios de líquidos. É uma mistura de resíduos e líquido amniótico
deglutido.

O recém-nascido só respira pelo nariz, por consequência a congestão dos conducto nasais
pode originar um problema importante.

O lactante respira muito mais rápido que o adulto e a sua frequência normal é de 35 a 50
respirações por minuto, permanece elevada nos primeiros meses de vida e depois diminui
gradualmente até umas 30 – 40 respirações/minuto aos 12 meses. Continuam a respirar de forma
obrigatória pelo nariz durante o 1º ano de vida.

Durante a infância, o diâmetro da via aérea superior é pequeno e a obstrução pela acumulação
de secreções devido a alergia ou infeção, ou por inalação de um corpo estranho pode ser
desastroso.

Na adolescência, a capacidade pulmonar aumenta rapidamente à medida que o tórax se


expande. O aumento é maior em meninos que em meninas, os ombros dos homens ampliar mais
e cavidade torácica é maior do que as mulheres da mesma idade

A capacidade funcional do aparelho respiratório de um indivíduo diminui pouco a pouco à


medida que cresce. Contudo os adultos que seguem ativos fisicamente conservam uma
capacidade aeróbica maior que os que levam uma vida sedentária. Nesta etapa abundam as
infeções respiratórias, em forma de gripe, bronquite e pneumonia, ao parecer a maioria das
pessoas são mais resistentes a estes processos nos últimos anos da idade madura e se tornam
frequentes as alterações respiratórias crónicas.

222
O termo Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) é usado para se referir aos
distúrbios respiratórios, como bronquite, enfisema e asma crónica.
Na velhice, é reduzido o tamanho do tórax e eficiência respiratória. Os idosos costumam ter
aumento de dificuldade respiratório principalmente após esforços. Eles são mais suscetíveis às
infeções respiratórias. As secreções mucosas tendem a acumular-se mais facilmente.

Provavelmente, se observa que essas pessoas precisam de “limpar” a sua garganta, para isso
precisam de tossir e eliminar a expetoração com mais frequência do que os adultos mais jovens.

FATORES QUE AFETAM A FUNÇÃO RESPIRATÓRIA:


1. Disponibilidade de oxigénio: menor disponibilidade de oxigénio na atmosfera pode causar
problemas respiratórios significativos. Esta condição é chamada de "ambiente anóxico". Em
grandes altitudes, onde a pressão de oxigénio atmosférico é baixa, a pessoa terá grande
dificuldade em respirar enquanto se acostumar com a atmosfera rarefeita.

2. A presença de gases tóxicos no ar irá deslocar oxigénio que existe normalmente e diminuir a
quantidade disponível para a respiração. Por exemplo, na maioria dos incêndios a asfixia pelo
fuma muitas vezes pode ser tão perigoso como queimaduras. Em áreas altamente
industrializadas, uma combinação de gases residuais provenientes de instalações industriais e
fumos de escape de automóveis podem contaminar a atmosfera a um nível perigoso para a
saúde.

MECANISMO DE CONTROLE DA RESPIRAÇÃO:


Qualquer alteração dos mecanismos de controlo de respiração pode também causar problemas
respiratórios. Vários fatores podem reduzir ou inativar completamente o centro respiratório do
bolbo.
A lesão na cabeça é quase invariavelmente acompanhada por uma diminuição da respiração,
aparentemente devido ao edema cerebral, que aumenta a pressão na cavidade craniana e
deprime o centro respiratório.

- O anestésico e drogas depressores também diminuem a respiração do sistema nervoso central


e, em grandes doses podem causar paragem respiratória. Uma droga que deprime a respiração é
a morfina.

223
- Em pacientes com febre, aumenta a quantidade de produtos finais do metabolismo que são
ácidos. A resposta é um aumento na frequência respiratória e a profundidade das respirações.

PRINCÍPIOS SOBRE A NECESSIDADE DE OXIGÉNIO


1. O oxigênio é essencial para a vida.
2. Uma pessoa pode sobreviver apenas alguns minutos sem oxigénio.
3. Um fornecimento inadequado de oxigénio prejudica o funcionamento de todos os
sistemas do corpo.
4. Ela pode causar danos cerebrais irreparáveis por falta de oxigénio por períodos
prolongados.
5. As células do córtex cerebral começam a morrer, logo que são privadas de oxigénio.
6. Ar ao nível do mar contém oxigénio de 20% e 0,04% de dióxido de carbono, que
normalmente é adequado para satisfazer os requisitos de oxigénio do homem.
7. As concentrações de dióxido de carbono entre 3 e 10% aumentar a frequência e a
profundidade das respirações.
8. A habilidade do corpo para atender sua necessidade de oxigénio depende do bom
funcionamento dos sistemas cardiovascular e respiratório.
9. Para ser função respiratória normal é essencial que as vias aéreas estejam permeáveis.
10. As vias aéreas são revestidas com epitélio que segrega muco.
11. Tossir, espirrar e deglutir são mecanismos pelos quais o organismo tenta remover
material estranho das vias aéreas.
12. Falta de ar provoca ansiedade ou angústia.

INTERVENÇÃO DE ENFERMAGEM:

 A permeabilidade das vias aéreas é essencial para a respiração adequada. A posição, a


aspiração e tosse são medidas utilizadas para conservar as vias permeáveis.

 A aspiração é feita para remover o muco e outras secreções das vias aéreas superiores

 A frequência de aspiração ao paciente varia, mas tende se a acumular líquido, devemos


ter sempre à mãos um cateter de aspiração para ser utilizada imediatamente.

 Em pacientes inconscientes, a medicação pode ser usado como gotas nasais ou


aerossóis para ajudar a liquefazer secreções e facilitar a sua remoção a partir das
passagens de ar.

224
 A posição do corpo também afetam a permeabilidade das vias aéreas. Pacientes
inconscientes devem ser colocados em posição de Sims, sem um travesseiro na cabeça e
queixo estendido para a frente e para cima. Esta posição impede a língua cai para trás e
permite a drenagem de líquido na boca.

 Em pacientes conscientes, a posição de Fowler facilita a expansão máxima do toráx e


ajuda a expelir as secreções.
 Mudanças frequentes de posição, nos pacientes acamados ajudam a expandir todas as
áreas dos pulmões e promover a drenagem de secreções.

 A tosse é um meio importante, pelo qual, as pessoas eliminam das suas vias aéreas as
secreções e materiais estranhos.

 Em pacientes que têm dor ao tossir, pode ajudar se a enfermeira apoia fortemente a
área dolorosa, tipo uma incisão cirúrgica, enquanto tosse

ASMA BRÔNQUICA:
É uma afeção caracterizada por uma resposta exagerada da traqueia e brônquios a vários
estímulos, resultando dum estreitamento difusa das vias aéreas em relação à contração excessiva
do músculo liso e ligeira hipersecreção que reverte espontaneamente ou sob o efeito da
terapêutica.

CLASSIFICAÇÃO:
a) Extrínseca aparece na origem da infância, puro alérgico, responde ao tratamento com
relativa facilidade. Ter um melhor prognóstico.
b) Intrínseca aparece na idade adulta, de origem alérgica, secundária a outras doenças
(pneumonias de repetição), hábitos tóxicos (fumo). É menos tolerado pelo doente e rebelde ao
tratamento.

A CLASSIFICAÇÃO POR CLASSES:


a) Grau I: 5 crises por ano.
b) Grau II: 5 a 10 crises por ano.
c) Grau III: mais de 10 crises por ano e internamentos.
CLASSIFICAÇÃO POR GRAVIDADE:
a ) Ligeira intermitente.

225
b) Ligeira persistente.
c) Moderada persistente.
d) Severa persistente.

QUADRO CLÍNICO:

1.Tosse seca que provoca malestar.


2. Aperto no tórax.
3. Síndrome do desconforto respiratório.
4. Taquicardia.
5. Espirros.
6. Rasgando.
7. Formigamento no nariz.
8. Ansiedade.
9. Respiração rápida e ofegante.

OS SINAIS DE ALERTA:
 Ansiedade extrema.
 Diminuição do nível de consciência e resposta à dor.
 Cianose.
 Taquicardia. + 120 X minutos.
 Esgotamento físico e respiratório.
 Broncospasmo grave.
 Diminuição ou sons respiratórios ausentes.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM:
1. Administrar a abundância de líquidos.
2. Repouso em posição semi sentada a 45 º.
3. Remova a roupa, próteses, pintura das unhas e colocar pijama confortável e largo.
4. Cumprir rigorosamente o tratamento medicamentoso: canalizar veia profunda e
permeável, manter a hidratação, que é prescrito pelo médico, que esteja rotulado e com
escala, e se mantenha em curso e com vigilância de gotejo.
5. Aplicar exercícios não extenuantes e fisioterapia respiratória.
6. Administrar aerossol.
7. Retirar o paciente da onde está e ir para o ar fresco.
8. Não administrar sedativos, porque deprime o centro respiratório.
9. Educação para a saúde, dirigida a:

226
 Lave a casa pelo menos uma vez por semana.
 Não agitar, mover panos.
 Não ter plantas ou animais de estimação em casa (cães, gatos, pássaros),
dentro da casa.
 Não usar insecticidas.
 Não se tapar com colchas.
 Não usar roupa que esteja guardada sem prévia lavagem.
 Não brincar com peluches, e se os tiver lavá-los com água quente ou metê-los
no congelador, para diminuir os ácaros.
 Forrar o colchão e almofada com nylon.
 Não usar perfumes.
 Retire tapetes, almofadas e cortinas para ser lavado regularmente.
 Evite tabagismo ativo e passivo.
 Evitar a inalação de querosene, porque é um gatilho de asma.
 Habitação ventilada, livre de alérgenos.
 Abolir alérgenos e irritantes.
 Identificar os alimentos que são fontes de alérgenos: frutos do mar, chocolates,
conservas.
 Evitar ingestão de medicamentos como anti-inflamatórios não esteróides.
10. Controlo de infeções virais.
11. Apoio psicológico a pacientes e familiares.
12. Reabilitação respiratória.
13. Monitorizar sinais vitais, particularmente a frequência respiratória.

BRONQUITE AGUDA: inflamação dos brônquios que geralmente está limitada à mucosa.

CUADRO CLÍNICO:
• Tosse com expetoração mucopurulenta.
• Dor retrosternal
• Irritação traqueal.
• Febre.
• Malestar geral.
• Estertores roncos e sibilos.

BRONQUITE CRÓNICA: estado patológico caracterizado por uma hiperprodução de muco


nos brônquios, clinicamente se expressa por tosse crónica com expetoração aquosa, muco
purulenta ou purulenta (3 meses durante o ano), com um mínimo de 2 anos consecutivos.

227
QUADRO CLÍNICO:
• Tosse frequente paroxística, mais frequente nas horas da manhã e à noite
• Expetoração aquosa ou purulenta, em caso de infeção sobreposta, pode ser que tenha
laivos de sangue.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM:
 Administrar oxigenoterapia.
 Administrar líquidos abundantes.
 Antibiótico terapia.
 Drenagem postural de 2 a 4 vezes por dia, afastada das comidas.
 Fazer fisioterapia respiratória, vibrações torácicas para facilitar a drenagem das
secreções.
 Administração de expetorantes e mucolíticos.

PNEUMONIAS: processo inflamatório agudo do parênquima pulmonar produzido geralmente


por agentes biológicos.

CLASIFICAÇÃO:
1. Lobar: em todo a parte do lóbulo pulmonar.
2. Lobular ou a focos disseminado: conhece-se como broncopneumonia.
3. Intersticial: é uma bronquite em ambos campos pulmonares.

QUADRO CLÍNICO:
1. Calafrios.
2. Malestar geral.
3. Aceleração do pulso.
4. Febre até 40º
5. Dor em pontada nas costas.
6. Tosse frequente, improdutiva e dispneia.
7. Rubor facial.
8. Expectoração escassa e de cor parda.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM:
1. Repouso absoluto com mudança de posição frequente para facilitar a drenagem das
secreções.

228
2. Habitação sem ruídos, fresca, bem arejada, mas sem corrente de ar.
3. Observar sinais e sintomas de desidratação
4. Dieta líquida e hiperproteica.
5. Medir sinais vitais: temperatura, frequência respiratória.
6. Levar folha de balanço hídrico, caso seja indicada pelo médico.
7. Educação para a saúde sobre vias e formas de transmissão à populaça em geral.
8. Imunização aos pacientes com risco: hemófilo influenzae tipo B.
9. Aporte calórico adequado.
10. Medidas antitérmicas, físicas e farmacológicas.

TRAQUIOSTOMIA abertura artificial (por meio de cirurgia) da traqueia para o exterior


corporal ao nível anterior do pescoço

Objetivo: Obter uma via artificial de respiração temporária ou permanente

PRINCIPAIS CAUSAS:
Obstrução das vias aéreas superiores por:
@ Corpo estranho,
@ Edema da glote
@ Tumores.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM
 Observar a pele, mucosas e extremidades à procura de sinais de cianose.
 Posicionar o doente em semi fowller.
 Dar suporte de oxigénio contínuo ou em SOS (sempre que for necessário), e por
indicação médica
 Aspiração de secreções sempre que necessário com soro fisiológico e aspiração
 Cuidados ao estoma: mudar o penso e manter compressa húmida com soro
fisiológico
 Mudar a sonda cânula a cada 72h ou por indicação médica.

MUCOSA RESPIRATÓRIA
Membrana é formada por um tecido muito irrigado, o que torna a troca normal de gases entre o
ar atmosférico e tecidos do corpo. Através dele pode-se fazer a administração de medicamentos
e oxigénio em caso de doenças que necessitam dele.

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Objetivos:
_ Utilizar a via com fins diagnósticos e terapêuticos.
_ Hipoxia Combate através da mucosa respiratória.
_ Obter ações de broncodilatação, vasodilatação e desinfecção.

OXIGENOTERAPIA

É a introdução de oxigénio húmido na nasofaringe, em concentrações terapêuticas.

Objetivos:
_ Combater a Hipoxia
Obter ações de broncodilatação, vasodilatação e desinfeção.

BASES FISIOLÓGICAS DA APLICAÇÃO TERAPÊUTICA DO OXIGÊNIO


Os pulmões e sistema circulatório fornecer oxigênio para os tecidos e dióxido de carbono
liberados por um ciclo contínuo que consiste em quatro fases:
1. Movimento de ventilação de ar para dentro e para fora dos pulmões.
2. Difusão: a passagem do oxigênio dos alvéolos pulmonares para a hemoglobina no
sangue.
3. Perfusão: movimento de sangue oxigenado através do sistema cardiovascular, a partir
dos pulmões para os tecidos.
4. Absorção celular: passagem de oxigénio do sangue para as células do corpo.

DIFERENTES MÉTODOS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS.


Existem diferentes métodos de administração de oxigénio e medicamentos respiratórios, entre
eles a administração de oxigénio e dióxido de carbono: cateter, máscara, tenda, aplicação de
aerossol, inalação seca e húmida

LIMPAR A SECREÇÃO NASAL.


_Humidificar o oxigénio para manter a mucosa respiratória em boas condições e não secar. Isto
é possível, permitindo que o oxigénio se misturar com água, que deve ser destilada, de modo
que não se deposite sais e entupia as linhas finas do equipamento
_Misturar o medicamento com água destilada ou soro fisiológico quando se vai administrar
aerossol. _ Ver com frequência o Sado de inalação e fazer os ajustes necessários do fluxo de
oxigénio quando este é administrado por máscara ou inalação facial
_O paciente deve ter os lábios fechados quando se está administrando a terapia de aerossol.

230
_ Manter o fluxo de oxigénio, com o número de litros por minuto, segundo indicação médica
_ Reconhecer os sinais e sintomas de envenenamento por oxigénio, que ocorre quando
administrada em altas concentrações, o seu grau depende da pressão, tempo e concentração a
que é administrada
.
AS ALTERAÇÕES MAIS NOTÁVEIS CLÍNICAS SÃO:
A irritabilidade do paciente, bem como convulsões e até coma; produz mudanças na árvore
respiratória que alteram a função do pulmão, também se pode alterar a função de outros órgãos
vitais, especialmente o cérebro.
Em recém-nascidos provoca fibrose na retina que pode levar à cegueira.
A terapia com oxigénio por cateter nasal. E a introdução de oxigénio humidificado diretamente
para a nasofaringe através de um cateter, em concentrações terapêuticas indicadas pelo médico.

Esta figura mostra a administração de oxigénio por cateter nasal.

Ponta
Ponta Da sonda
Da sonda

Objetivo:
_ Obter efeitos terapêuticos.

Precauções:
- Verificar o funcionamento do equipamento (balão de oxigénio, esticar a borracha,
manómetro).
- Peça ao paciente que as narinas respirar melhor e passar o cateter através do qual apresenta
mais dificuldade, se não oferecer resistência para introduzir e facilitar a respiração adequada.
- Humedeça a água destilada cateter para evitar gotejamento para não ocorrer irritar da mucosa
respiratória e não causar broncoaspiração.

231
- Nunca lubrificar o cateter com substâncias oleosas para evitar a irritação da mucosa
respiratória.
- Regular a concentração de oxigénio antes de colocar o cateter e deixá-lo correr para a
introdução do cateter nasal na orofaringe.
- Ao fixação do cateter nasal com o fio e a fita adesiva, evitar que não fique apertado, ele
poderia ferir as narinas.
- Evitar desconforto ao paciente, fixando a sonda nas bochechas ou nariz.
- Verifique a posição da ponta do cateter pelo menos a cada 2 h.
- A mudança do cateter, o tubo de borracha e frasco de lavagem com água destilada, deve ser
feita pelos padrões de higiene e epidemiologia hospitalar.
- Etiquetar tubo de borracha e frasco humidificador com a data, hora e assinatura.

ESTUDO INDEPENDENTE
Material e procedimento: administração de oxigénio por cânula nasal
Amparo Magaly Castro Torres Manual de Procedimientos de Enfermería págs 363 -364

OXIGÉNIO POR BIGODE NASAL

Suporte de metal. Fixação de metal com um garfo com dois


ganchos recesso (que permitem a passagem de oxigénio),
ligeiramente côncava para ser colocado nas narinas.
Garfo de plástico. Anexo plástico oco com duas extensões curtas,
retas, perfeitamente adaptável às narinas
Bigote nasal para oxigenoterapia

Objetivo:
_ Aplicar oxigenoterapia com bigode quando o paciente apresenta dificuldades para aceitar o
cateter.

Precauções:
 Observar o estado técnico do bigode (que não esteja obstruído ou roto).
 Não é necessário humedecê-lo, nem medir a distância.

232
 Tenha cuidado com as narinas do paciente.
 Fixar o bigode na cabeça, por fio ou gaze, nunca para trás, que provoca desconforto
para o paciente deitado.

ESTUDO INDEPENDENTE:
Material e procedimento: administração de O 2 por bigode nasal
Manual de Procedimientos de Enfermería. Amparo Magaly Castro Torres. págs 365-366

APLICACÃO DE OXIGENIO POR MÁSCARA.

É a introdução de oxigénio humidificado direta


através de um acessório de plástico que cobre o nariz
e a boca do paciente.
Objetivo:

_ Para facilitar a administração de oxigénio


humidificado através do nariz e da boca.

Precauções:
_ Escolha uma máscara de tamanho adequado para o paciente.
_ Ajustar bem a máscara ao rosto do paciente para evitar a fuga de gás.
_ Mude de máscara de cada 24 h.
_Lavar e desinfetar a máscara e por talco para a conservação.
_ Realizar a limpeza, desinfeção e secagem da máscara antes de usar.
_ Observe a irritação da pele o paciente pelo uso da máscara

ESTUDO INDEPENDENTE
Material e procedimento. Oxegenoterapia por máscara
Manual de Procedimientos de Enfermería. Amparo Magaly Castro Torres.

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AEROSSOL

É a administração de medicamentos não voláteis por inalação usando soluções finamente


nebulizáveis em um meio de dispersão de oxigénio através de dispositivos especiais.

Quando o médico solicita a inalação de aerossóis, também indica o medicamento a ser


administrado, a quantidade e a frequência do tratamento. O fluxo de oxigénio para este
tratamento é geralmente 6-8 l/m. A sua precisão é determinada pela densidade do aerossol.
Um tratamento geralmente dura 15-20m ou até que tenha inalado toda a medicação.

Objectivos:
 Obter efeito terapêutico local ou geral.
 Fluidificar as secreções do trato respiratório, o que facilita e incentiva a tosse e
expectoração.
 Conseguir uma melhor oxigenação do paciente

Precauções:
 _ Ter em mente as precauções da terapia medicamentosa.
 _ Verifique que frasco humidificador tenha água.
 _ Certifique -se que a bala contém oxigénio
 _ Verifique que o nebulizador está em perfeitas condições.
 _ Mudar a tubo protegido, na parte distal segundo as regras de higiene e epidemiologia.
 _ Manter coberto a extremidade distal do tubo prolongador antes e após o
procedimento.
 _ Manter uma estrita vigilância sobre a frequência cardíaca e respiratória.

ESTUDO INDEPENDENTE:
Material e procedimento: para aerossol
Manual de Procedimientos de Enfermería.Amparo Magaly Castro Torres- pág 369-375

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