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Ocupacional
Conteudista
Prof. Me. Adriano Conrado Rodrigues
Revisão Textual
Esp. Danilo Coutinho de Almeida Cavalcante
OBJETIVOS DA UNIDADE
• Conhecer as áreas de atuação do terapeuta ocupacional, bem como ana-
lisar os aspectos geopolíticos associados;
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Áreas de Atuação do
Terapeuta Ocupacional
Essa importante profissão, já difundida em grande parte do mundo, caminha
rumo à sua consolidação também no Brasil; em especial nos espaços da saúde,
da educação e da assistência social. Portanto, é essencial o entendimento das
variáveis que permeiam e compõem a Terapia Ocupacional, bem como dos pa-
râmetros e justificativas que levem a esse cenário em nosso país e no mundo,
tanto no que se refere a distribuição geopolítica dos profissionais em diferentes
territórios como de suas práticas e contribuições para as políticas de atenção à
educação, à saúde e à assistência social.
Nessas condições, auxiliar na integração das pessoas aos diferentes cenários so-
ciais, conforme suas demandas, papéis ocupacionais, necessidades ou interesses,
pode levar à autorrealização, ao bem-estar e a uma melhor qualidade de vida.
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Diante disso, no Brasil, para a consolidação das práticas terapêuticas ocupacio-
nais a um nível de maior excelência técnica, ética e deontológica; e principalmen-
te para atender às demandas específicas dessa população, o Conselho Federal
de Fisioterapia e Terapia Ocupacional – COFFITO reconheceu, em resoluções nor-
mativas e de procedimentos (inclusive para evidenciá-las à sociedade), as seguin-
tes especialidades do profissional terapeuta ocupacional:
Especialidade: Acupuntura
O exercício profissional do terapeuta ocupacional acupunturista é condicionado
ao conhecimento e domínio das seguintes áreas e disciplinas, entre outras: o
conhecimento, o estudo e a avaliação dos distúrbios e dos sistemas do corpo hu-
mano, amparado pelos mecanismos próprios e sistematizados pelos estudos da
Física, da Biologia, da Fisiologia, das ciências morfológicas, bioquímicas, biome-
cânicas e biofísicas, da cinesiologia e da patologia de órgãos e sistemas do corpo
humano; utilizando-se dos conhecimentos filosóficos milenares da Medicina
Tradicional Chinesa (MTC), como a dualidade do Yin/Yang, os cinco elementos
(movimentos), etiopatogenia e fisiopatologia dos órgãos e vísceras (Zang/Fu),
com bases filosóficas e científicas da acupuntura.
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atuação do terapeuta ocupacional, que pode organizar seu fluxo ou demandas
de atenção por meio de interconsultas, reuniões de casos/encaminhamentos ou
avaliações diretas em beira-leito.
Áreas de Atuação:
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• Desempenho ocupacional e justiça e cidadania;
Especialidade: Gerontologia
A formação profissional dessa especialidade apresenta quatro grandes âmbitos
de atuação: atenção à saúde da pessoa idosa; assistência social à pessoa idosa;
cultura e lazer para a pessoa idosa e educação à pessoa idosa.
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O âmbito de atuação na educação à pessoa idosa compreende a atuação do
terapeuta ocupacional na educação formal e não formal, na capacitação e no
desenvolvimento de novas habilidades profissionais, em programas de educa-
ção permanente, na construção de espaços de criação e formação continuada,
na promoção da participação nos programas de educação ao longo da vida, na
constituição de práticas socioeducativas com ênfase no envelhecimento ativo e
em projetos de vida, na promoção da intergeracionalidade e nos processos de
inclusão escolar e digital.
Esse profissional pode ainda promover meios nos contextos escolares para de-
senvolver habilidades e padrões de desempenho dos estudantes que favoreçam
o seu envolvimento e a sua participação efetiva em ocupações ou atividades no
âmbito do contexto escolar.
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• Promover a saúde, a independência e autonomia no cotidiano quanto ao
desempenho ocupacional, às atividades de vida diária e instrumentais
de vida diária, trabalho e lazer;
Área de Atuação:
Esse profissional deve ainda ser capaz de realizar, solicitar e interpretar o exame
psíquico-ocupacional, bem como exames complementares; de aplicar testes dos
componentes do desempenho ocupacional que sustentam a saúde mental; de re-
alizar reavaliações; de atribuir diagnóstico do desempenho ocupacional e da fun-
ção cotidiana em saúde mental; e de realizar diagnóstico diferencial e contextual.
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Áreas de Atuação:
Locais de Atuação:
• Clínicas e policlínicas;
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Sistema Único de Assistência Social (SUAS):
• Terceiro Setor.
• Consultórios particulares;
• Casas de repouso;
• Creches;
• Clubes esportivos;
• Escolas;
• Presídios;
• Universidades;
• Institutos de pesquisa;
• Indústrias;
• Gestão;
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Figura 1 – Fluxograma de atenção a adultos – Terapia ocupacional adulto (alterações
neurológicas, sensório-motoras e cognitivas)
Fonte: Adaptada de COFFITO
#ParaTodosVerem: a imagem mostra quadrados com bordas em azul, organizados como um fluxograma
cujo objetivo é auxiliar no fluxo do paciente adulto para atendimento em Terapia Ocupacional, considerando
o seu momento (agudo ou crônico), seu nível de autonomia e independência e a modalidade de atendimento
(presencial ou teleconsulta). Fim da descrição.
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Figura 3 – Fluxograma de atenção à saúde mental – Terapia ocupacional em saúde
mental
Fonte: Adaptada de COFFITO
#ParaTodosVerem: a imagem mostra quadrados com bordas em azul, organizados como um fluxograma
cujo objetivo é auxiliar no fluxo do paciente em saúde mental para atendimento em Terapia Ocupacional,
considerando aspectos de complexidade dos casos (crônico, grave ou situação de crise), bem como a
modalidade de atendimento (presencial ou teleconsulta). Fim da descrição.
Materiais e Métodos em
Terapia Ocupacional
A importância desse tópico se dá na medida em que materiais e métodos nos
remetem diretamente à prática profissional, ou melhor, aos recursos que utiliza-
mos para a efetivação da prática profissional.
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dos seres humanos como seres ocupacionais; daí a pertinência ou necessidade de
se aprofundar os conhecimentos sobre a relação entre ocupação e saúde.
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Com base nos conceitos abordados, algumas questões podem ser levantadas,
tais como: individualmente, quais são as características das ocupações de pes-
soas com hipertensão arterial? No âmbito familiar, como uma condição crônica
de saúde pode influenciar as ocupações desempenhadas pelos membros da fa-
mília? No nível comunitário ou territorial, como os contextos sociais, políticos,
econômicos e culturais inibem ou possibilitam o envolvimento das pessoas em
suas ocupações, e de que forma tal fato pode estar relacionado ao envolvimento
em fatores de risco para o surgimento de doenças crônicas, como sedentarismo,
ausência de hábitos alimentares saudáveis, tabagismo, entre outros?
Por outro lado, de que maneira práticas baseadas nas ocupações destas pes-
soas podem melhorar sua condição de saúde e participação na sociedade,
bem como contribuir para melhoria da qualidade do viver e da participação da
população em geral? Tais pesquisas podem auxiliar na prática dos terapeutas
ocupacionais, indicando abordagens que respondam em atenção às demandas
desses públicos.
Assim, o terapeuta ocupacional, em sua prática clínica, deverá ser capaz de de-
terminar que materiais ou métodos utilizará como recurso de intervenção frente
a diferentes públicos ou contextos. Como exemplos, podemos citar: tecnologias
de comunicação e informação, tecnologia assistiva, acessibilidade, ludicidade,
criatividade, horizontalidade, participação e apoio matricial, reabilitação baseada
na comunidade, ações intersetoriais, acesso à inclusão digital como ferramen-
ta de empoderamento para pessoas, famílias, grupos e comunidades, além de
uma série de métodos padronizados que instrumentalizam o profissional para a
ampliação do olhar e do aprofundamento técnico, assim como do manejo e das
condutas terapêuticas ocupacionais.
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dados, pela atualização da sala de situação e pela publicidade dos indicadores
referentes à sua atuação profissional, determinando os materiais e métodos
mais indicados.
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Figura 5 – Criança recém-nascida e a mesma criança com deformidade em pé torto con-
gênito anterior após o emprego de órteses para posicionamento plantar (suropodálicas)
Fonte: Acervo do Conteudista
#ParaTodosVerem: montagem com duas figuras a primeira mais à esquerda mostra uma criança recém-
nascida ainda em ambiente hospitalar, deitada e vestindo somente fralda. É possível observar o membro
inferior direito em flexão de joelhos e inversão do pé e o membro inferior esquerdo em extensão de joelho
e pé igualmente em inversão (onde a equipe clínica posicionou o sensor de onde parte um fio azul escuro
referente à aferência e monitoramento de sua oxigenação). A segunda figura a direita mostra a mesma
criança, vestida com um body listrado em amarelo e cinza; as perninhas estão de fora e os pés vestidos com
meias azuis, já posicionados com órteses suropodálicas em alinhamento anatômico. Excelente resultado
obtido para a prevenção de deformidade óssea e perda funcional. Fim da descrição.
Figura 6 – Criança com polegar em abdução; órtese para corrigir abdução do polegar;
Criança com órtese nos dedos com perda da função manual posicionados para favore-
cer o uso funcional da mão
Fonte: Acervo do Conteudista
#ParaTodosVerem: montagem com três figuras a mais a esquerda mostra a mão direita de uma criança,
com o polegar abduzido e demais dedos em flexão, uma condição resultante de perda motora decorrente de
lesão neurológica. A segunda figura no meio, por sua vez, mostra uma órtese para correção de polegar em
abdução, confeccionada em plástico termomoldável branco e cujo objetivo é auxiliar na abertura dos dedos e
no uso funcional da mão (o que, no caso da criança, se dá principalmente no ato de brincar). Por fim, a terceira
figura mais à direita mostra a mão da mesma criança da imagem anterior, porém já utilizando a órtese de
posicionamento e com todos os dedos em extensão (mão aberta e favorável à função). Fim da descrição.
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Figura 7 – Piscina adaptada para a prática de terapia aquática, com materiais organi-
zados de forma que estejam disponíveis para a efetivação da prática terapêutica, para
além da própria água, recurso principal dessa abordagem
Fonte: Acervo do Conteudista
#ParaTodosVerem: a imagem mostra uma piscina em formato retangular, adaptada para acessibilidade
(escada e barras internas acompanhando as bordas), com equipamentos e brinquedos coloridos dispostos
organizadamente do lado esquerdo (lateral da piscina, em contraposição à escada). Dentro da água estão
aproximadamente oito pessoas, entre terapeutas e pacientes em atendimento terapêutico. A água da
piscina é translúcida e muito calma, e o ambiente é fechado (como um grande salão, parecendo não ter luz
natural, mas bem iluminado). Fim da descrição.
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Figura 9 – Sala equipada para atendimento em neurologia (neuromotricidade e habili-
dades motoras)
Fonte: Acervo do Conteudista
#ParaTodosVerem: a imagem mostra uma sala ampla, com boa iluminação natural, através de janelas
em todo o seu entorno, complementada com luz artificial. Equipamentos diversos e coloridos (tatames,
pufes, colchonetes, pontes, cones, escadinhas, grades, prancha de equilíbrio, elásticos, cordas, balanços,
bolas e cilindros acolchoados) estão dispostos organizadamente, sendo utilizados para obstaculizar,
estimular, desafiar, simular situações rotineiras ou treinar padrões motores de controle, desempenho e
desenvolvimento, além de habilidades específicas que auxiliem no ganho de autonomia dos pacientes.
Olhando para além das janelas, é possível observar uma vasta natureza no entorno. Fim da descrição.
Estudos mostram que 80% das pessoas acometidas por COVID-19, apresentam
um sintoma persistente causado pela doença, que não apenas irá atrapalhar seu
dia a dia como exigirá atenção, cuidados ou acompanhamento de uma equipe
multiprofissional, mais especificamente (em se tratando de dificuldade no de-
sempenho nas tarefas diárias), do terapeuta ocupacional.
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estratégias possibilitarão o engajamento do paciente em atividades significati-
vas de suas rotinas diárias (como atividades de automanutenção, trabalho, lazer,
novos interesses, entre outras). Características de desempenho, segurança e sa-
tisfação são muito importantes nesse processo, que tem como seu maior objeti-
vo permitir que a pessoa mantenha-se ligada àquilo que tenha significado para
ela, seja trabalho, lazer ou automanutenção, ou que ressignifique questões de
impedimento decorrentes da doença (temporárias ou definitivas) para o caso
de restrição da participação, a partir da experiência e do engajamento em novas
atividades que lhe tragam satisfação.
As tarefas ou atividades cotidianas, por sua vez, podem ser moduladas ou fracio-
nadas e executadas de uma forma que possibilite a interação da pessoa confor-
me sua capacidade. E referente ao ambiente de relacionamento, permanência
e trânsito da pessoa, o mesmo pode ser adaptado de forma a dar continência e
facilitar o desempenho das tarefas.
Como vimos, sempre que houver dificuldade na realização das tarefas diárias, na
autonomia ou na participação, é importante a avaliação de um terapeuta ocupa-
cional. Daí também a importância de o profissional ter um bom repertório de re-
cursos, a partir de materiais e métodos que possibilitem o desenvolvimento dos
objetivos terapêuticos ocupacionais propostos em seu raciocínio clínico, ponto
esse que abordaremos com mais propriedade ainda nesta disciplina.
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MATERIAL COMPLEMENTAR
Vídeos
Leituras
MORRISON, R. et al. Por que uma ciência ocupacional na América Latina? Possíveis
relações com a terapia ocupacional com base em uma perspectiva pragmatista. Cad.
Bras. Ter. Ocup., São Carlos, SP, v. 29, 2021. Disponível em: < h t t p s : / / w w w . s c i e l o . b
r / j / c a d b t o / a / f 8 F V w 6 f f p v R X g z J F 4 B x 8 7 G g / >. Acesso em: 16/03/2023.