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Art. 4º A formação profissional graduada em Terapia Ocupacional deve se
desenvolver a partir dos seguintes princípios:
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tecnologias, na incorporação de novas ações e práticas, compreendendo os
processos de constituição de identidades e subjetividades, considerando as
dimensões étnico-racial, geracional, de identidade de gênero, de orientação
sexual, de deficiência, de classe social e de diversidade cultural.
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10. Aprimoramento de processos de comunicação, considerando aspectos
verbais e não verbais, habilidades de escrita e leitura nas línguas do território
nacional, oficiais ou não (Português, Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS,
línguas indígenas e outras), internacional e uso de tecnologias de informação e
comunicação que ampliem as possibilidades de diálogo e de intercâmbio de
experiências e conhecimentos.
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16. Estímulo e valorização à participação de estudantes, docentes e profissionais
em órgãos colegiados e conselhos das IES e da sociedade, incluindo as
associações e entidades de Terapia Ocupacional, como atividade indispensável
em sociedades democráticas.
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6. Conhecer as políticas públicas para compreender sua constituição, a
dimensão das responsabilidades das instâncias federativas (federal, estadual e
municipal) e a inserção e atribuições do terapeuta ocupacional.
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considerando a centralidade das atividades cotidianas: culturais, artísticas,
artesanais, educacionais, de trabalho, de lazer, sociais, lúdicas, esportivas,
básicas e instrumentais da vida diária, descanso e sono, para a construção
complexa da identidade dos sujeitos e do processo terapêutico ocupacional, que
visem a autonomia, a ampliação de direitos, a independência, a participação,
inclusão e a emancipação social
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19. Desenvolver atividades profissionais junto à diferentes grupos populacionais,
que apresentem alterações nas dimensões motoras, sensoriais, percepto-
cognitivas, mentais, psíquicas e/ou se encontrem em situação de vulnerabilidade
social, e ainda a população em geral na promoção de
atividades/ocupações/cotidianos que potencializem seu bem viver.
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27. Realizar orientações, treino e acompanhamento de Atividades de Vida Diária
(AVDs) com pessoas que encontrem dificuldades para sua realização e/ou seus
cuidadores e familiares.
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34. Desenvolver ações junto a pessoas, grupos, coletivos e populações
destinatárias da ação do terapeuta ocupacional com base no respeito e empatia,
para a constituição de vínculos de confiança que permitam estabelecer e manter
com elas relações de parceria e colaboração, com reconhecimento e suspensão
de pré-julgamentos e não discriminação por conta de idade, cultura,
incapacidade, gênero, sexualidade, status social e econômico, linguagem e
etnia.
37. Ter habilidades para lidar com conflitos, negociação, adaptação a novas
situações, acrescidas de criatividade para procura das melhores soluções e
tomada de decisões em colaboração com as equipes e pessoas, grupos,
coletivos e populações destinatárias das ações e dos serviços.
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apoio aos papeis e responsabilidades de cada um dos membros que compõem
as equipes de trabalho.
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direitos humanos e encaminhamentos pertinentes relacionados a violações de
direitos e a violências.
Art. 6º
Os conteúdos essenciais para o Curso de Graduação em Terapia Ocupacional
fundamentam-se nos processos de inserção social e nas
atividades/ocupações/cotidianos de pessoas, grupos, coletivos e populações.
Tais conteúdos devem considerar os processos de saúde-doença, de inclusão e
exclusão social, cultural, educacional, laboral, de participação social e cidadã
nos diferentes contextos.
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individual e coletivo; e as redes de atenção à saúde (nos diferentes níveis
assistenciais). Incluem-se, ainda, a Saúde Coletiva, Saúde Mental, Saúde Física
e Funcional, Saúde do Trabalhador, Saúde da Pessoa com Deficiência,
Contextos Hospitalares, Cuidados Paliativos e Práticas Integrativas e
Complementares, além de conteúdos relacionados à Educação Ambiental e à
Biossegurança.
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ergonomia e ergologia, à acessibilidade, à atenção psicossocial e aos estudos
de grupos e instituições.
Art. 7º
A formação do terapeuta ocupacional deve garantir o desenvolvimento de
estágios curriculares, sob supervisão/orientação docente e/ou
supervisão/preceptoria de terapeuta ocupacional. A carga horária mínima do
estágio curricular obrigatório supervisionado deverá atingir 20% da carga horária
total do Curso de Graduação em Terapia Ocupacional proposta, com base no
Parecer/Resolução específico da Câmara de Educação Superior do Conselho
Nacional de Educação.
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generalista, que contemple a atuação do terapeuta ocupacional no âmbito
nacional e possa também responder a demandas locais e regionais onde a
Instituição de Ensino Superior se localiza.
Art. 8º
O projeto pedagógico do Curso de Graduação em Terapia Ocupacional deverá
incluir atividades complementares e as Instituições de Ensino Superior deverão
criar mecanismos de aproveitamento de conhecimentos adquiridos pelo
estudante por meio de estudos e práticas independentes presenciais e/ou a
distância, a saber: monitorias e estágios; programas de iniciação científica;
projetos ou programas de extensão universitária; elaboração de publicações
científicas; produção acadêmica com publicação; apresentação em eventos;
estudos complementares; cursos realizados em áreas afins; entre outros.
Art. 9º
O projeto pedagógico do Curso deverá contemplar:
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4. A diversificação de cenários de práticas, possibilitando aos estudantes a
vivência de ações advindas de políticas públicas, dos fluxos de atenção em rede
e da organização do trabalho em equipe e em práticas colaborativas.
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12. A identificação de oportunidades e de desafios na organização do trabalho
nas redes de serviços de saúde, educação, assistência social, previdência
social, esporte, lazer, justiça e cidadania, trabalho, cultura e meio ambiente,
reconhecendo que todos são cenários de possível intervenção e nele se deve
assumir e propiciar compromissos com a qualidade da atenção ofertada às
pessoas, aos grupos, coletivos e às populações.
Art. 10º
O projeto pedagógico do Curso de Terapia Ocupacional deve ser construído
coletivamente, com a participação do terapeuta ocupacional desde a sua
concepção, e com reavaliações periódicas realizadas por um colegiado com
representação de professores, estudantes e técnicos. O projeto pedagógico
deve ser centrado nos estudantes como sujeitos corresponsáveis da
aprendizagem e nos professores como ativadores e mediadores dos processos
de ensino-aprendizagem. Deve buscar envolver e desenvolver a curiosidade, a
formulação de questões, a busca de respostas, a construção de sentidos para a
identidade profissional, com base na reflexão sobre os próprios conhecimentos
e práticas e no compartilhamento de saberes com pessoas, grupos, coletivos e
populações e com profissionais de diferentes áreas do conhecimento.
Art. 11 º
As diretrizes curriculares e o projeto pedagógico devem orientar o currículo do
Curso de Graduação em Terapia Ocupacional para a definição do perfil
acadêmico e profissional do egresso. Este currículo deverá considerar as
demandas locais, regionais, nacionais e mundiais, respeitando o pluralismo e
diversidade social, político, cultural e ambiental. O projeto pedagógico do curso
deverá ser composto por conteúdos fundamentais para a formação do terapeuta
ocupacional, articulados a atividades complementares e módulos/disciplinas
optativas que contemplem as particularidades regionais, os temas atuais e as
necessidades e expectativas dos estudantes, dos serviços e dos docentes, em
consonância com parâmetros e normativas para a educação nacional. O projeto
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pedagógico do curso deve ter como base a flexibilidade, a diversidade e o
dinamismo do conhecimento, da ciência e da prática profissional, assim como o
protagonismo estudantil na construção do seu percurso acadêmico.
Art.º 12
A organização do Curso de Graduação em Terapia Ocupacional deverá ser
definida pelo respectivo colegiado do curso ou estrutura equivalente, que
indicará a modalidade: seriada anual, seriada semestral, sistema de créditos ou
modular. Os projetos pedagógicos e os componentes curriculares dos Cursos de
Graduação em Terapia Ocupacional devem contemplar atividades teórico-
práticas e estar relacionados aos processos de promoção e garantia de direitos,
de exclusão-inclusão e participação social, bem como aos processos de saúde-
doença, de funcionalidade e de incapacidade. Deve-se, ainda, considerar os
contextos familiares, territoriais e comunitários, referenciados nas realidades
locais, proporcionando a integralidade das intervenções, a interdisciplinaridade
e intersetorialidade da atenção e do cuidado e a educação interprofissional.
Art. º 13.
Para a finalização do Curso de Graduação em Terapia Ocupacional o estudante
deve elaborar um trabalho de conclusão de graduação, sob orientação docente,
que contribua para a produção científica e de conhecimento em Terapia
Ocupacional.
Art. º 14
A estruturação dos Cursos de Graduação em Terapia Ocupacional deverá
assegurar que:
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1. A formação do terapeuta ocupacional ocorra na modalidade de ensino
presencial, tendo em vista as características do cuidado prestado pelo terapeuta
ocupacional, exigindo interação pessoal in loco do contexto, das condições das
pessoas, grupos, coletivos e populações, das dificuldades e potencialidades
para uma vida autônoma, o que requer observação direta, manejo, avaliação,
planejamento e intervenção presenciais, com relação direta entre professor e
estudante.
Art.º 15
O projeto pedagógico do Curso de Graduação em Terapia Ocupacional e o
processo ensino-aprendizagem deverão ser acompanhados, avaliados e
revisados permanentemente, considerando: a consonância com a IES à qual
pertence, o contexto contemporâneo de atuação do profissional e as políticas
públicas vigentes relacionadas às áreas de inserção do terapeuta ocupacional,
além de convenções e acordos internacionais.
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§ 1º As avaliações dos estudantes deverão basear-se no perfil do egresso
pretendido, nos conteúdos curriculares desenvolvidos, tendo como referência as
Diretrizes Curriculares Nacionais.
Art. 16. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogando-
se a Resolução CNE/CES. Data atualizada.
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