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Fundamentos da Extensão Universitária

Prof.a Dra. Adriana Christoff

UNIDADE II - Atividades Extensionistas e Curricularização

SUMÁRIO
Objetivos de aprendizagem -----------------------------------------------------1
Introdução -----------------------------------------------------------------------------2
1. Modalidades e linhas das atividades de extensão--------------------3
1.1 Áreas temáticas e Modalidades de Extensão-------------------------4
Quadro 1--------------------------------------------------------------------------------4
Reflita -----------------------------------------------------------------------------------5
2.1 modalidades das atividades de extensão -----------------------------7
2.2 Planejamento das atividades extensionistas-------------------------8
Vídeo 1----------------------------------------------------------------------------------9
Vídeo 2----------------------------------------------------------------------------------10
Saiba mais ----------------------------------------------------------------------------11
3. concepção prática das diretrizes curriculares das atividades--11
Considerações finais--------------------------------------------------------------12
Referências Bibliográficas-------------------------------------------------------13

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

- Entender os conceitos de extensão e a concepção prática das diretrizes da


curricularização por meio do conhecimento da diretriz e importância e aplicabilidade;
- Avaliar as modalidades de atividade de extensão;
- Conhecer as áreas temáticas de extensão segundo a resolução nº 7 de 2018 bem
como as linhas temáticas que poderão ser tratadas nas atividades extensionistas;
- Analisar os exemplos práticos de algumas atividades de extensão;
INTRODUÇÃO

A extensão universitária no Brasil apresenta uma trajetória histórica marcada


por profundas mudanças e propósitos que atenderam as demandas, especialmente,
políticas e religiosas, da época. Foi após a década de 80, que essa prática se
aproximou da sociedade e passou a atender as suas necessidades, ações
fortalecidas pela criação da FORPROEX (Fórum de Pró-Reitores de Extensão
Universitária das Universidades Públicas Brasileiras em 1987), estabelecendo a
concepção da extensão dentro dos princípios da indissociabilidade, sendo
determinado como processo interdisciplinar, educativo, cultural, formativo, cientifico
e político que deve promover a interação transformadora entre IES (Instituição de
Ensino Superior) e todos os setores da sociedade. Diante desse conceito, foi
estabelecido princípios extensionistas correlacionados com as temáticas que
atendem aos tais princípios e objetivos de extensão, bem como a criação de linhas
extensionistas oriundas dessas temáticas e que devem ser atendidas pelas IES, e,
portanto, pelos alunos extensionistas. Assim, nessa unidade, trataremos desses
princípios, temáticas e linhas extensionistas para te ajudar no entendimento dessas
ações dentro do seu curso de graduação, que também fazem parte das DCNs
(Diretrizes Curriculares Nacionais), as quais são específicas para os cursos de
graduação e traremos exemplos de algumas atividades extensionistas que já
acontecem no Unibrasil.
1. Modalidades e linhas das atividades de extensão
Segundo o Art. 3º da Resolução nº 7, de 18 de dezembro de 2018, a
Extensão na Educação Superior Brasileira é a atividade que se integra à matriz
curricular e à organização da pesquisa, constituindo-se em processo interdisciplinar,
político educacional, cultural, científico, tecnológico, que promove a interação
transformadora entre as instituições de ensino superior e os outros setores da
sociedade, por meio da produção e da aplicação do conhecimento, em articulação
permanente com o ensino e a pesquisa. É essa mesma resolução que estabelece as
Diretrizes para a Extensão na Educação Superior Brasileira e define os princípios, os
fundamentos e os procedimentos que devem ser observados no planejamento, nas
políticas, na gestão e na avaliação das instituições de educação superior de todos
os sistemas de ensino do país e é por tal obrigatoriedade que você, graduando,
precisa estar inserido dentro de uma atividade de extensão proposta por seu curso.
Além disso, a resolução regimenta o que está na lei 13.005, de 25 de junho
de 2014 mais precisamente no item 12.7, que aprova o plano nacional de educação,
com vigência de 10 anos:
Assegurar, no mínimo, 10% do total de créditos curriculares exigidos para a
graduação em programas e projetos de extensão universitária, orientando
sua ação, prioritariamente, para áreas de grande pertinência social.

Essa resolução traz todas as informações importantes como a estruturação


da concepção prática das atividades de extensão na educação superior e define a
inserção das atividades de extensão dentro dos projetos políticos pedagógicos dos
cursos, define quais são as modalidades e as formas de avaliação e registro das
atividades.
Indicação de leitura: Como mencionado, o conhecimento acerca da resolução é
importante para seu processo de entendimento da importância e exigências acerca
das atividades extensionistas, por essa razão sugiro a sua leitura. A resolução está
disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?
option=com_docman&view=download&alias=104251-rces007-
18&category_slug=dezembro-2018-pdf&Itemid=30192.
Ainda, é importante citar que segundo a FORPROEX (2012), as atividades de
extensão universitária constituem aportes decisivos para a formação do estudante,
seja pela ampliação do universo de referência que ensejam, seja pelo contato direto
com as grandes questões contemporâneas, que não ficam apenas no conhecimento
teórico, mas na prática vivenciada pelos alunos nos projetos de extensão. Assim, a
prática resulta do enriquecimento da experiencia discente em termos teóricos e
metodológicos, ao mesmo tempo em que abrem espaços para a consolidação dos
compromissos éticos e solidários das IES.

1.1 Áreas Temáticas e Modalidades de extensão

Como as ações extensionistas devem expressar compromisso social, essas


ações devem estar alinhadas com temáticas que possam satisfazer as reais
necessidades da sociedade, sendo assim, a resolução nº 7/2018 sistematiza as
áreas sendo elas: comunicação, cultura, direitos humanos e justiça, educação, meio
ambiente, saúde, tecnologia e produção e trabalho.
Mello et al. (2021) traz um quadro com as definições de cada temática, o qual
segue abaixo:
Quadro 1 – Definições das áreas temáticas das atividades extensionistas
Denominação Definições
Comunicação Comunicação social, mídia comunitária, comunicação escrita e
eletrônica, produção e difusão de material educativo, televisão e rádio
universitária, capacitação e qualificação de recursos humanos e de
gestores de políticas públicas de comunicação social, cooperação
interinstitucional e cooperação internacional na área

Cultura Desenvolvimento de cultura, cultura, memória e patrimônio, cultura


memória social, cultura e sociedade, folclore, artesanato e tradições
culturais, produção cultural e artística na área de fotografia, cinema e
vídeo, produção cultural e artística na área de música e dança,
produção teatral e circense, radio universitária, capacitação de
gestores públicos do setor cultura, cooperação interinstitucional e
cooperação internacional na área, cultura e memória social.

Direitos Humanos e Assistência jurídica, capacitação e qualificação de recursos humanos e


de gestores de políticas públicas de direitos humanos, cooperação
Justiça
interinstitucional e cooperação internacional na área, direito de grupos
sociais, organizações populares, questão agrária.

Educação Educação básica, educação e cidadania, educação a distância,


educação continuada, educação de jovens e adultos, educação
especial, educação infantil, ensino fundamental, ensino médio,
incentivo a leitura, capacitação e qualificação de recursos humanos e
de gestores de políticas públicas de educação, cooperação
interinstitucional e cooperação internacional na área.
Meio-ambiente Preservação e sustentabilidade, meio ambiente e desenvolvimento
sustentável, desenvolvimento regional sustentável, aspectos do meio
ambiente e sustentabilidade do desenvolvimento urbano e do
desenvolvimento rural, capacitação e qualificação de recursos
humanos e de gestores de políticas públicas de meio ambiente,
cooperação interinstitucional e cooperação internacional na área,
educação ambiental, gestão de recursos naturais, sistemas integrados
para bacias regionais.

Saúde Promoção a saúde e qualidade de vida, atenção a grupos de pessoas


com necessidades especiais, atenção integral a mulher, atenção
integral a criança, a saúde de adultos, a terceira idade, ao adolescente,
ao jovem; capacitação de recursos humanos e de gestores de políticas
públicas de saúde; cooperação interinstitucional e cooperação
internacional na área; desenvolvimento do sistema de saúde; saúde e
segurança do trabalho; esporte, lazer e saúde; hospitais e clinicas
universitárias; novas endemias e epidemias; saúde da família; uso e de
dependentes químicos.

Tecnologia e produção Transferência de tecnologias apropriadas; empreendedorismo;


empresas juniores, inovação tecnológica, polos tecnológicos,
capacitação e qualificação de recursos humanos e de gestores de
políticas públicas de ciência e tecnologia; cooperação interinstitucional
e cooperação internacional na área; direitos de propriedade e patentes.

Trabalho Reforma agrária e trabalho rural; trabalho e inclusão social,


capacitação e qualificação de recursos humanos e de gestores de
políticas públicas do trabalho; cooperação interinstitucional e
cooperação internacional na área; educação profissional; organizações
populares para o trabalho; cooperativas populares, questão agrária;
saúde e segurança no trabalho; trabalho infantil; turismo e
oportunidades de trabalho.

Fonte: Mello
Reflita: Após a leitura das temáticas para proposição de atividades de extensão,
pense na sua área de graduação e reflita sobre quais seriam os possíveis projetos
de extensão a serem realizados por você e/ou sua turma.
Dentro de cada temática, a FORPROEX em 2006, definiu as linhas temáticas
de extensão com o objetivo de especificar e detalhar os temas para a proposição de
programas de extensão e não estão obrigatoriamente ligados a apenas uma área
temática, podendo dessa forma, pertencer a várias. Um exemplo seria as ações
relacionadas a linha: “inovação tecnológica” que podem ser registradas na área
temática de saúde, educação ou trabalho (Mello et al., 2021).
A descrição das linhas de extensão facilita a operacionalização das ações
extensionistas, como os serviços de assessoria, consultoria, realização de eventos,
palestras, desenvolvimento de processos, formação e qualificação pessoal,
preservação, recuperação, divulgação, difusão, desenvolvimento de metodologias
de intervenção, intervenção e atendimento, atenção, prevenção, promoção,
incentivo, articulação, adaptação, cooperação, entre outras (Mello et al., 2021).
Estão descritas pelo menos, 53 linhas de extensão, as quais você pode encontrar
em: http://www.sr3.uerj.br/depext/arquivos/areas-tematicas-linhas-extensao.pdf.
2 Procedimentos pedagógicos, metodológicos e técnico-científicos
Para que se efetive a comunicação entre as IES e a comunidade é necessário
que tanto os alunos quanto os professores dos projetos de extensão sejam capazes
de perceber as condições estruturais em que o pensar, ou seja, a reflexão e o
diálogo do povo, dialeticamente se constituem (FREIRE, 1979). Isso porque os
conteúdos programáticos que definem as ações extensionistas precisam ser
definidos por alunos e professores em conjunto com a comunidade e mediada pela
realidade vivida pelo indivíduo, o qual, se comporta como sujeito do processo
(GONÇALVES E QUIMELLI, 2016). E como as necessidades da comunidade se
alteram, os projetos não podem ser engessados e devem estar abertos a mudanças,
que devem ocorrer através da percepção das novas necessidades da comunidade
através dos professores e alunos.
Basicamente, na prática interdisciplinar e interprofissional das ações
extensionistas, deve haver o desenvolvimento de saberes, para além daqueles
meramente teórico, que precisam ser enriquecidos. Dessa forma, Gonçalves e
Quimelli (2016) sugerem algumas formas de promover esse enriquecimento: levar
em consideração o ponto de vista do estudante, o aspecto cognitivo, valorativo,
atitudinal e procedimental, desencadeado pelo engajamento politico e social da
realidade vivida pela população, que permitam o desenvolvimento do aluno seja na
oralidade, escrita, percepção, observação, questionamentos, disposição para o
trabalho coletivo, experiencia profissional e interprofissional e segurança; e para o
docente a oportunidade de substituir o ensino antigo e considerado por muitos
arcaico e ultrapassado, pelo dialógico, com o acúmulo de experiencias,
interprofissionalidade, permitindo, por exemplo, que diferentes áreas conversem e se
unam com o mesmo propósito (Ex: extensão entre cursos de direito, farmácia e
designer, que dentro de uma mesmo projeto extensionistas, os alunos de direito
poderiam ajudar prestando serviço de assessoria jurídica, os de farmácia realizando
orientação sobre uso seguro de medicamentos e os de designer, orientando sobre
artigos de decoração domésticos produzidos com material reciclável) e o
engajamento político e social incorporado a sua área de atuação. E por fim, para a
sociedade, cabe a troca de experiencias, saberes, conhecimentos e tecnologias que
poderão ser usados para resolução de problemas e para a busca de alternativas
para problemas concretos.

2.1 Modalidades das Atividades de Extensão


Segundo as diretrizes para a Curricularização da Extensão Universitária
(DCEU), estabelecido na Resolução nº 7, de 18 de dezembro de 2018, há a
descrição de várias modalidades de atividades extensionistas, mas que devem estar
inseridos nos projetos pedagógicos dos cursos pelas IES. As modalidades são:
a. Programas;
b. Projetos;
c. Cursos e oficinas;
d. Eventos;
e. Prestação de serviços.
Além dessas modalidades descritas ainda é possível incluir programas
institucionais, os quais podem ser de ordem governamental, que atendam as
políticas municipais, estaduais, distritais e nacionais (DCEU).
Um programa de extensão pode ser definido como uma prestação de serviço
a comunidade, no qual há o envolvimento multiprofissional, por exemplo, um
programa de extensão Unibrasil chamado Qualivida, envolve professores e alunos
dos cursos de fisioterapia, farmácia e nutrição. Os programas de extensão têm
duração de média a longo prazo e devem ser planejadas dentro dos princípios de
indissociabilidade, ou seja, envolvendo ensino e a pesquisa com a extensão.
Importante relembrar que nos programas o aluno não pode permanecer em uma
posição passiva devendo ser o protagonista do processo (MELLO et al., 2021).
Os projetos são definidos como uma ação processual e contínua de caráter
educativo, social, cultural, científico, tecnológico que possui um prazo pré-definido
com objetivos específicos existentes. Um exemplo é o projeto de extensão Unibrasil
“Mais Viver” coordenado por professores da educação física que trabalham os eixos:
dança e expressão corporal, atividades de lazer e de recreação, e cultura, com
abordagens de trechos de filmes, poesias e rodas de conversa. Outro exemplo é o
projeto Unibrasil “Informática Cidadã”, no qual alunos de vários cursos de graduação
ensinam a população ao redor do centro universitário a usar ferramentas básicas de
computação, como o uso do Windows. Os projetos de extensão podem estar
vinculados a um programa ou não.
Segundo Mello et al. (2021), cursos são de caráter teórico e ou prático e
representa uma ação pedagógica, que deve acontecer de modo planejado,
sistemático e organizado e somente é considerado uma atividade de extensão
quando possui uma carga horária superior a 8 horas e critérios de avaliação pré-
definidos. Importante pontuar que o curso deve ser presencial e para as
modalidades de Ensino a distância (EAD) podem ser ofertadas nesse mesmo
ambiente, porém é exigido que 20% da carga horária seja completada de forma
presencial. Os eventos são aqueles que apresentam carga horária inferior a 8 horas
e os modelos de eventos serão apresentados no nosso vídeo.
E por fim, a prestação de serviço configura uma espécie de trabalho, o qual é
oferecido pela IES ou possa ser contratada por terceiros, como órgãos
governamentais. A seguir serão citados alguns exemplos de atividades
extensionistas já em andamento no Unibrasil
 Atendimentos prestados pela clínica de saúde do Unibrasil, oferecidos
pelos cursos de enfermagem, psicologia, farmácia e nutrição.
 O Núcleo de Prática Jurídica (NPJ) do curso de direito o qual foi
fundado no ano de 2002 com objetivo de proporcionar a prática jurídica
para os acadêmicos do curso de Direito do UniBrasil, com diversas
atividades desenvolvidas e supervisionadas por professores
advogados. Também existe o setor do Serviço Social que oferece
atendimento social, além da realização de estudo socioeconômico da
população a ser atendida, que resida em Curitiba ou Pinhais.
 A Rádio web Unibrasil e os Midiabólicos – Uma agência Experimental
que funciona como uma agência de comunicação e assessoria de
imprensa que oferece serviços de assessoria, coberturas e elaboração
de materiais jornalísticos para terceiros, sendo essas, atividades do
curso de Jornalismo.
 A agência Interage, que permite que os estudantes de publicidade e
propaganda, desenvolvam habilidades nos principais departamentos
de uma agência, além de proporcionar a vivência da prática publicitária
comprometida com questões sociais, ampliando a relação entre a
universidade e a sociedade.
2.2 Planejamento das atividades extensionistas
A implementação das atividades extensionistas no dia a dia da sala de aula,
nas disciplinas da grade curricular pode perpassar pela prática da cidadania plena,
ou seja, é possível integrar o professor, aluno e sociedade com a realização de
tarefas ou mesmo intervenções que permitam entender a necessidade de uma
determinada população e realizar um trabalho comunitário para satisfazê-las
(GONÇALVES, 2008). Desta forma, o planejamento da ação pode iniciar como um
trabalho de uma disciplina da graduação, a qual provoca no aluno a vontade de
verificar nas comunidades próximas do Unibrasil, as necessidades que poderiam ser
atendidas dentro do seu curso de graduação. Vou contextualizar dando um exemplo,
a alguns anos atrás essa atividade foi proposta dentro da disciplina de Atenção
Farmacêutica, do curso de farmácia e o resultado encontrado foi de que próximo a
Unibrasil, há um asilo que precisava de estudos farmacêuticos nas prescrições de
medicamentos para os idosos residentes do lar, e assim nasceu um programa de
extensão, que aliou a farmácia ao curso de nutrição, o qual foi convidado para atuar
na elaboração dos cardápios dos idosos.
A experiencia e o conhecimento do professor, também é importante para que
seja planejada uma determinada atividade extensionista. Devido ao seu
conhecimento, ele pode indicar lugares, como escolas, hospitais, lares, orfanatos,
entre outros, que possam a vir precisar de uma determinada ação que pode ser
realizada com os seus alunos. Um exemplo, foi a mobilização de vários alunos
UniBrasil pelos professores, no início da pandemia do COVID/19, que criaram uma
rede de ajuda para a população entorno do Unibrasil. A atividade extensionista
realizou-se através da distribuição de máscaras descartáveis, face shield produzidas
por alunos dos cursos de engenharia, distribuição de kits contendo álcool gel e
sabonetes em barras produzidos pelos alunos do curso de farmácia e informações
acerca do vírus e formas de proteção. A seguir, assista o vídeo indicado, com mais
um exemplo de uma prestação de serviços.

Vídeo 1: https://www.youtube.com/watch?v=QftL9jtX64E
Da mesma forma que o professor pode ter a ideia, o mesmo pode acontecer
com o aluno, que devida as suas experiencias, também pode indicar uma
determinada ação. Na sequência mais uma indicação de uma ação que pode fazer
parte de um programa ou projeto de extensão. Essa ação foi promovida pelo curso
de pedagogia/Unibrasil.

Vídeo 2: https://www.youtube.com/watch?v=K7ZuqSYFdAM

Por fim, a necessidade da comunidade pode chegar até a IES, alunos ou


professores, por meio de um integrante da comunidade, o qual faz o papel de
interlocutor, ou seja, traz a ideia ou a demanda de um serviço. Como exemplo, antes
da pandemia, a Unibrasil foi procurada por um ex-aluno que falou em nome da
indústria na qual trabalhava oferecendo a oportunidade para alunos da graduação
realizarem serviços para uma escola municipal situada nas redondezas do Unibrasil.
A procura gerou a criação de vários projetos de extensão que contaram com muitos
cursos, como os de engenharia que fizeram várias avaliações estruturais do local, a
escola da saúde organizou cartilhas e palestras sobre higiene e drogas de abuso, a
escola politécnica ajudou com reparos estruturais e de iluminação, dentre outros.
Independentemente de como a ideia chega, toda a ação extensionista deve
ser planejada levando-se em conta algumas questões, como:
1. Qual o objetivo da atividade que se pretende realizar?
2. Para que público-alvo se destina?
3. Qual a duração da atividade?
4. Como ela pode ser inserida dentro do conteúdo programático de uma
disciplina
5. Quais os benefícios serão concedidos a curto, médio e longo prazo?
6. Qual o retorno para os alunos?
7. Como o professor irá atuar nessa prática?
8. Como será realizada a avaliação dessa atividade?
Fonte: GONÇALVES, 2008.
Para a execução do trabalho extensionista, algumas fases devem ser
seguidas, como o planejamento da ação, a descrição de um projeto definindo os
objetivos gerais e específicos, justificativa, matérias e métodos e gestão do projeto.
Importante lembrar que dependendo do projeto, esse deve passar por um comitê de
ética para avaliar os aspectos éticos, que se propõem a proteger o individuo alvo do
projeto.
Dependendo da atividade, materiais de apoio também poderão ser
elaborados, como cartilhas, apostilas, kits, cenários, dentre outros. E por fim, temos
a fase de execução do projeto finalizando com a sua avaliação. Segundo
GONÇALVES (2008), a avaliação pode ser realizada a critério do professor, mas
deve compreender a entrega de material contendo os resultados das ações, ou seja,
a descrição de como os objetivos do projeto anteriormente escrito foram atingidos.

Saiba mais: Nesse link você vai encontrar um roteiro para a elaboração de uma
atividade de extensão.

3 Concepção prática das diretrizes da curricularização da extensão


A curricularização dos projetos de extensão deve ocorrer de duas formas, sendo
elas:
1. Com a proposição de atividades de extensão nas diversas modalidades já
descritas (projetos, cursos, programas...)
2. Pode ser uma disciplina integrada com as práticas de extensão, como a
integração com os projetos integradores.
No guia de curricularização do Unibrasil, pretende-se seguir o modelo 2, ou seja,
as disciplinas de módulos integradores oferecem, como disciplinas integradas, as
atividades extensionistas.
“O Projeto Integrador na perspectiva do Centro Universitário Autônomo do Brasil
UniBrasil, é um componente curricular que tem o objetivo de integrar as diferentes
áreas do conhecimento do curso, articulando teoria e prática, favorecendo o engajamento profissional
através de um saber reflexivo e contextualizado tendo a participação efetiva dos discentes na
autoaprendizagem. Visando uma formação acadêmico-profissional de excelência, o projeto integrador
possibilita um diálogo construtivo da comunidade acadêmica com a sociedade, reconhecendo o papel
privilegiado da IES de fomentar boas práticas pautadas na responsabilidade social e nos princípios
que sustentam os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS – Agenda 2030), contribuindo

assim, para o desenvolvimento humano, social e profissional do estudante”.

Fonte: Projeto Integrador Centro Universitário Autônomo do Brasil – UniBrasil

De acordo com a definição proposta acima, fica muito claro, que fomentar as
boas práticas pautadas em responsabilidade social vem de encontro com os
objetivos propostos na realização das atividades extensionistas e justamente por
essa razão, foi por esse o caminho que decidimos trilhar.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com o encerramento dessa unidade, criamos as ferramentas necessárias


para que você possa planejar ações extensionistas ou mesmo, entender aquelas
que já existem e estão em andamento, ou as que estão em fase de construção.
Conhecer o caminho que estamos trilhando é importante para que você possa
contribuir com novos projetos e aperfeiçoar aqueles existentes, lembrando de pensar
dentro das temáticas e modalidades de atividades descritas. É importante perceber
o valor dos projetos integradores nos cursos Unibrasil bem como a sua relação com
as atividades extensionistas que, dentro dos princípios de indissociabilidade, se
tornaram a base da curricularização da extensão no Unibrasil.
Referências Bibliográficas

BRASIL. Lei 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o plano nacional de educação


– PNE e dá outras providências. Diário Oficial da União – 26/06/2014. Disponível em
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l13005.htm. Acesso em
11/10/2021.
FORPROEX. Fórum de Pró-reitores de Extensão das Universidades Públicas
Brasileiras. Política Nacional de Extensão Universitária. Data: maio de 2012.
Disponível em http://www.proexc.ufu.br/sites/proexc.ufu.br/files/media/document//
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11/10/2021.
FORPROEX. Fórum de Pró-reitores de Extensão das Universidades Públicas
Brasileiras. Extensão Universitária: organização e sistematização. Belo Horizonte:
Coopmed, 2007). Disponível em: https://proex.ufsc.br/files/2016/04/Pol%C3%ADtica-
Nacional-de-Extens%C3%A3o-Universit%C3%A1ria-e-book.pdf. Acesso em
11/10/2021.
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 7. Ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.
GONÇALVES, H.A. Manual de projetos de extensão universitária. São Paulo:
Avercamp, 2008.
GONÇALVES, N.G; QUIMELLI, G.A.S. Princípios da extensão universitária:
contribuições para uma discussão necessária. Curitiba: CRV, 2016.
MELLO, C.M; NETO, J.R.M.A; PETRILLO, R.P. Curricularização da extensão
universitária. 1º edição. Rio de Janeiro: Freitas-Bastos, 2021.
Projeto Integrador Centro Universitário Autônomo do Brasil – UniBrasil, PPI, 2021.
SERVA, F.M. A extensão universitária e sua curricularização. Rio de Janeiro: Lumen
Juriz, 2020.

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