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IESC: interação ensino, serviço, comunidade

• Aproximação e integração dos acadêmicos com os serviços do SUS e sua inserção na comunidade
• Visa conhecimento dos serviços de atenção básica, da realidade de vida da população e da influência
dos contextos social, econômico e cultural no processo de saúde e doença
• Desenvolvimento do senso de cidadania e engajamento social para participação na vida da comunidade
• Estímulo ao aluno para se tornar agente de transformação social

Saúde pública
• Crescimento das cidades – necessidade de controlar problemas da coletividade devido a industrialização
(agravou condições sanitárias) – necessário intervenção estatal
• Organização pública
• Área de intervenção do Estado na saúde
• Utiliza estudos epidemiológicos para compreender a distribuição das doenças/agravos e dos fatores de
risco
• Visa prevenção e controle; melhorar qualidade de vida

Saúde coletiva
• Nasceu nas academias, dentro do campo das ciências sociais
• Contrapõe o modelo médico tradicional, discordando do que era compreendido como saúde e doença
e da insuficiência do modelo de atenção à saúde
• Investiga processo saúde e doença e propõe mudanças na organização dos serviços

Modelo biomédico tradicional


• Relatório Flexner (1910), EUA: crítica à situação das escolas médicas; orientava a ruptura com a ciência
de base metafísica/filosófica para a sustentação no paradigma cartesiano (lógica/razão)
• Incorporado pelos serviços de saúde por promover o alívio da dor e o tratamento de diversas doenças
• Limites:
- foco no indivíduo indiferenciado, como se o corpo fosse uma “máquina”, sem considerar o indivíduo
a que pertence o corpo
- ênfase nas ações curativas e no tratamento de doenças, lesões e danos, sem se preocupar com ações
de promoção e prevenção
- medicalização (uso indiscriminado e em larga escala de medicamentos)
- ênfase na atenção hospitalar com uso intensivo do aparato tecnológico do tipo de material
- pouca ênfase na análise dos determinantes do processo saúde-doença
- orientação para demanda espontânea
- distanciamento dos aspectos culturais e éticos implicados nas escolhas e vivências dos sujeitos e a
incapacidade de compreender a multidimensionalidade do ser humano

Diretrizes curriculares nacionais do curso de graduação em medicina


O graduando deve considerar as dimensões da diversidade biológica, subjetiva, étnico-racial, de gênero,
orientação sexual, socioeconômica, política, ambiental, cultural, étnica e demais aspectos que compõem o
espectro humano e singularizam cada pessoa ou grupo social

• Acesso universal e equidade como direito à cidadania, sem privilégios nem preconceitos de qualquer
espécie, tratando as desigualdades com equidade e atendendo as necessidades pessoais específicas,
segundo as prioridades definidas pela vulnerabilidade e pelo risco à saúde e à vida

Por @med_rabiscos
• Integralidade e humanização do cuidado por meio da prática médica contínua e integrada, de modo a
construir projetos terapêuticos singulares compartilhados, estimulando o autocuidado e autonomia, e
reconhecendo os usuários como protagonistas ativos de sua própria saúde
• Qualidade na atenção à saúde, pautando seu pensamento crítico que conduz o seu fazer, em evidências
científicas, na escuta ativa e singular e nas políticas públicas, programas, ações estratégicas e
diretrizes vigentes
• Segurança na realização de processos e procedimentos, e reconhecimento clínico-epidemiológico, de
riscos e vulnerabilidades das pessoas e grupos sociais
• Preservação da biodiversidade com sustentabilidade
• Ética profissional, fundamentados nos princípios da ética e da bioética, levando em conta que a
responsabilidade da atenção à saúde não se encerra com o ato médico
• Comunicação por meio de linguagem verbal e não verbal, com empatia, sensibilidade e interesse,
preservando a confidenciabilidade, a compreensão, a autonomia e a segurança da pessoa sob cuidado
• Promoção da saúde, como estratégia de produção de saúde, contribuindo para construção de ações que
possibilitem responder às necessidades sociais em saúde
• Cuidado centrado na pessoa, na família e na comunidade, no qual prevaleça o trabalho
interprofissional, em equipe, com o desenvolvimento de relação horizontal, compartilhada,
respeitando-se as necessidades e desejos das pessoas, a compreensão dessas sobre o adoecer
• Promoção da equidade, compreendendo os diferentes modos de adoecer

Atenção às necessidades de saúde coletiva


• Análise das necessidades de saúde de grupos de pessoas e das condições de vida e saúde de comunidade,
a partir de dados demográficos, epidemiológicos, sanitários, ambientais, considerando dimensões de
risco, vulnerabilidade, incidência e prevalência das condições de saúde
• Estabelecimento de diagnóstico de saúde e priorização de problemas

Desenvolvimento e avaliação de projetos e intervenção coletiva


• Participação na discussão e construção de projetos de intervenção em grupos sociais, orientando-se
para melhoria dos indicadores de saúde
• Estímulo à inserção de ações de promoção e educação em saúde em todos os níveis de atenção
• Estímulo à inclusão da perspectiva de outros profissionais e representantes de segmentos sociais
• Promoção do desenvolvimento de planos orientados para os problemas priorizados
• Participação na implementação de ações
• Participação no planejamento e avaliação dos projetos e ações

Modelo biomédico tradicional é insuficiente!!!

Individuo deve ser colocado na centralidade do cuidado, clínica ampliada, desenvolvimento de novas
habilidades médicas: acolhimento, empatia, percepção de vulnerabilidade e riscos à saúde, respeito e
reconhecimento de diversidades, educação em saúde (proposta de construção de projetos terapêuticos)

Por @med_rabiscos

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