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resumos de

cariologia e
saúde coletiva
@sinteseodonto
Síntese Odonto
Olá! Eu sou Sara Milena, criadora da página Síntese Odonto, e vou te passar algumas informações
importantes sobre esse conteúdo! Esse é um resumo que aborda assuntos odontológicos, realizado
com a finalidade de auxiliar acadêmicos de Odontologia em seus estudos, caso encontre algo diferente
do que você aprendeu, fale cmg! Alguns protocolos mudam de profissional para outro e o mesmo serve
para autores, que nem sempre tem o mesmo ponto de vista de determinado assunto. Qualquer venda ou
compartilhamento não autorizado do material viola a Lei 9.610/98 (Lei de Direitos Autorais) com pena de
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Saúde Coletiva e Cariologia 1
Educação em Saúde Bucal – ESB
Introdução Carta de Ottawa: o processo de capacitação da
• Área de conhecimento e práticas -> promoção da comunidade para atuar na melhoria da sua
saúde e a prevenção de doenças qualidade de vida e saúde, incluindo uma maior
• A educação em saúde deve ser parte das participação no controle deste processo
atribuições comuns a todos os membros da Para atingir um estado de completo bem-estar físico,
equipe de saúde bucal, mas os profissionais mental e social, os indivíduos e grupos devem saber
auxiliares podem ser as pessoas ideias para identificar aspirações, satisfazer necessidades e
conduzir o trabalho nos grupos modificar favoravelmente o meio ambiente.
• Os ACS têm papel relevante na divulgação de Aspectos importantes
informação sobre saúde bucal, devendo a equipe • Respeito a individualidade
de saúde bucal orientar o seu trabalho • Contextualização em diversas realidade
• A presença do CD é importante em momentos • Respeito a cultura local
pontuais e no planejamento das ações • Respeito a linguagem popular
• A simples transmissão de informações sobre • Ética
saúde aliada a imposição de comportamentos • Auto percepção de saúde bucal
saudáveis • Reflexão sanitária
• Importante instrumento para o empoderamento • Uso de metodologia para cada grupo adequadas
de indivíduos e coletivos
• Conscientização: socialização do poder entre Objetivo
cidadãos; conquista da condição e da capacidade • Prevenção
de participação, inclusão social e exercício da • Dentes e estruturas vizinhas
cidadania • Relacionar o saudável com o doente
• Regras simples de saúde bucal
Enfoque
População: educação tem que ser voltado como um Ações Educativas
todo. Fatores de risco devem ser abordados As ações educativas em saúde estão comprometidas
Grupos e espaços sociais: identificar no território com a transformação social, na medida em que se
possíveis grupos para serem trabalhados a partir de tem por objetivo, o desenvolvimento da consciência
critérios de risco, possibilidade de atuação e individual e coletiva dos aspectos que condicionam
recursos disponíveis e determinam o processo saúde doença.
Grupos operativos na unidade de saúde:
• Grupos formados para problematização das Objetivos da educação e motivação em saúde
questões de saúde bucal, integração e a bucal
democratização do conhecimento a partir de um • Os métodos de educação e motivação tem a
encaminhamento individual finalidade de esclarecer os indivíduos sobre as
• Nesses grupos devem ser trabalhados doenças bucais e mudar seus hábitos de higiene
minimamente a causalidade dos agravos, formas • Os processos educativos no contexto das práticas
de prevenção, a revelação de placa e a escovação de saúde no SUS
supervisionada. Princípios norteadores
Famílias: inclui atividade educativas na rotina do Política nacional de promoção da Saúde, conforme
trabalho dos agentes comunitários de saúde e da as diretrizes também estabelecidas pela carta de
equipe de saúde da família Otawa, reforçando que a educação e a saúde são
Indivíduos: realizar educação em todas as etapas do práticas sociais inseparáveis e interdependentes que
tratamento, de forma particularizada, para atender sempre estiveram articuladas, sendo consideradas
as necessidades individuais elementos fundamentais no processo de trabalho
dos profissionais da saúde

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Saúde Coletiva e Cariologia 2
Princípios básicos para educação em saúde Método de educação
• Informações e dados devem ser autênticos • Educação via centro de saúde
suportados por aceitável evidência cientifica • Educação de centro de saúde e consultório
• Maneira compreensível
• Termos simples Planejamento da ação
• Atrair indivíduos ou grupos de indivíduos que Ordena de forma sistematizada a conduta de cada
desejam ser alcançados um
• Concisas e interessantes para quem ouve e
ministra Fases:
1. Compreensão da realidade: baseada em
Modelos de educação em saúde levantamentos epidemiológicos
Modelo behaviorista 2. Hierarquizar os problemas e definir diretrizes
• abordagem comportamental. Ações educativas 3. Elaboração e execução da programação
tem por objetivo produzir mudanças nos 4. Acompanhamento e avaliação
comportamentos sociais e alterações nos estilos
de vida Prioridade principais
Danos – agravos
Modelo tradicional Grupos populacionais
• Chamado de pedagogia de transmissão
• Tem objetivo de ensinar e transmitir Fatores de influência
Conhecimento da comunidade sobre o problema
Modelo participante Prevalência: frequência do problema
• É o mais eficaz Gravidade: efeito danoso que pode causar
• Os participantes trabalham em grupo, partindo Suscetibilidade: dificuldade a aplicar o tratamento
de problemas concretos e objetivos
desenvolvendo sua consciência criativa e sua Promoção de saúde
responsabilidade baseada na participação
• O conhecimento é socializado Princípios
1. Ações de promoção de saúde devem pautar-se
• Ênfase no processo
por uma concepção holística de saúde
• Papel relevante da participação comunitária,
2. A equidade
onde o cidadão é importante, e não é um mero
3. A intersetorialidade
expectador
4. A participação social
• Objetiva uma reflexão e transformação
5. Sustentabilidade
Modelo problematizador
Campos de ação
• O individuo e população são vistos como
• Implementação de políticas publicas saudáveis
‘’sujeito’’
• Reforço da ação comunitária
• Educação por meio de diálogo
• Criação de espaços saudáveis (escola, hospitais,
• Divisão de responsabilidade
espaços de lazes)
• Desenvolver habilidades pessoais
Instrumentos e recursos educativos
• Reorientação dos serviços de saúde
• Dramatização
• Criação de grupos
Prevenção primaria: realizada no período pré-
• Cartazes
patogênico
• Recursos áudio visuais Prevenção secundária: tratamento precoce e
• Macromodelos limitação da invalidez
OBS: Deve-se levar em consideração o local em que
se está indo.

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Saúde Coletiva e Cariologia 3
Referência
-Tratamento Restaurador Atraumático –
Abordagem Clínica em Saúde Pública| Antônio
FernandoMonnerat. Disponivel em:
https://www.evolution.com.br/epubreader/9788
535282719
SESC, Manual técnico de educação em saúde
bucal. Claudia Márcia Santos Barros, coordenador.
– Rio de Janeiro: SESC, Departamento Nacional,
2007.

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Cariologia 1
Bioquímica da saliva e da cárie

Cárie Curva de Stephan


• Uma doença microbiológica, multifatorial que afeta • Curva de acidogênese em placas dentais
os tecidos calcificados dos dentes, causando um • bactérias acidogênicas na placa, metabolizam
material necrosado (apodrecido) carboidratos em ácido
• Um processo de desmineralização causado pelo • observou o comportamento da placa com
desequilíbrio entre o ganho e a perda de minerais carboidrato
que supera a remineralização • relação= tempo X carboidrato X bactérias
• Desintegração de estruturas orgânicas
• Primeiro passo da cárie: desmineralização da
• comportamento da placa na presença de
hidroxiapatita
Fatores protetores
carboidrato: transporte dos ácidos para as
Saliva camadas mais profundas do tecido e a saída de
Fluoreto, Cálcio, Fosfato íons dissolvidos para o exterior do tecido
Controle mecânico do biofilme • Desmineralização: íons de H+ dissolvem os
Componentes dietéticos protetores cristais de apatita através do ácido por difusão
Fatores patológicos • Remineralização: reconstrução dos cristais pelo
Bactérias acidogênicas
Carboidratos fundamentais
flúor
Função salivar reduzida
Biofilme estagnado Aspectos de progressão da cárie
OBS: Para que a lesão de cárie apareça precisa 1. Esmalte
desequilibrar os fatores protetores e fatores 2. Esmalte e dentina
patológicos 3. Esmalte, dentina e polpa
• Primeiro a doença afetará apenas estruturas
A cárie requer: invisíveis, podendo ser vista apenas por
• Hospedeiro microscópios eletrônicos e óticos;
• Flora oral cariogênica
• Segundamente, a doença se manifestará
• Substrato adequado
visivelmente por manchas brancas, depois pelas
• pH ácido
cavidades, e por último pela destruição total do
• Tempo
• Desmineralização maior que remineralização
elemento;

OBS: Cárie não ocorre na ausência de MO OBS: Bactérias quanto mais se dissolvem mais
OBS: relembrando: Quanto menor o pH, mais ácidogênico progridem
Processo Des-Re Quanto maior tempo, maior destruição
• pH crítico bucal(ácidogênico):
o início da desmineralização
o quando há presença de sacarose na dieta
o perda de cálcio e potássio
• pH neutro bucal:
o remineralização
• Tanto o esmalte como a dentina são compostos de
o capacidade tampão
minerais à base de apatita (sais contendo cálcio e
o ausência de sacarose
fosfato)
o ganho de cálcio e potássio
• Cristal de hidroxiapatita: conjunto de cristas de
o flúor ajuda na remineralização
esmalte
o saliva possui função tampão
• O ácido penetra entre os cristais na proteína e vai
o flúor torna a hidroxiapatita fluoretada tornando
causando a cárie
uma fluoropatita

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Cariologia 2
Causas da cárie 2. Teoria proteolítica: (Bodecker e Gottieb) admite o
• Fatores locais: causa direta ataque inicial pelas enzimas proteolíticas
• Fatores gerais: sistêmicos – condições elaboradas pelos MOs que penetram pelas fendas
coadjuvantes que facilitam a instalação da cárie do esmalte e então colonizam o elemento
dentário. Segue-se então a produção de ácidos
Carboidrato que descalcificam o esmalte
• 1˚ lugar na causa da cárie
• Monossacarídeos e dissacarídeos são mais 3. teoria da proteólise com quelação:(Evan,
cariogênicos que polissacarídeos Prophet e Schatz) a proteólise e desmineralização
• Açucares sólidos são mais cariogênicos que os ocorrem em pH ligeiramente ácido. O cálcio das
açucares líquidos (xilitol, adoçantes)
estruturas dentárias é retirado na forma de
• Açucares sólidos possuem amido que provocam
agregação dos carboidratos
complexos orgânicos chamados de quelatos de
• Dietas ricas em glicídio no período de amamentação cálcio, que são solúveis em pH neutro ou
láctica, confere aumento da susceptibilidade a cárie ligeiramente ácidos.
no período pós-erupção Os agentes quelantes seriam todos os açucares e
produtos da atividade glicolítica e proteínas de
Fatores locais da etiologia da cárie Microrganismos
Há 3 Hipóteses químico-parasitária-locais formuladas
para explicar a etiologia da cárie: Fatores gerais/sistêmicos da etiologia da cárie
1. A flora acidogênica é a principal responsável pelo • São coadjuvantes que predispõem o organismo a
comprometimento do esmalte (hipótese química)
instalação da cárie
2. A formação da placa favorece a fixação dos • Fatores: hereditários + hormonais + nutricionais
microrganismos na superfície dentária (hipótese local)

3. A dieta fornece carboidratos indispensáveis ao


metabolismo microbiano (hipótese parasitária)

Três teorias surgem dessas três hipóteses:

1. Teoria acidogênica: (Miller e Fosdick) os MOs Flúor


acidogênicos da placa decomporiam os • Se firma ao esmalte, onde permanece em
açucares, resultando em ácido lático, que inicia forma de fluoropatita, mais resistente e menos
a dissolução do esmalte dentário dissolvendo a solúvel em ácidos do que hidroxiapatita
hidroxiapatita em fragmentos menores e • Bloqueia a formação do ácido lático
solúveis. Em seguida, os MOs proteolíticos se
• Diminui a quantidade de lactobacilos
instalam na lesão inicial, atacando a matriz
acidophillus em crianças tratadas com água
orgânica proteica do esmalte, resultando em
fluoretada
novo contingente ácido que prosseguem
descalcificando e destruindo todo o esmalte,
Fluorose dental
propiciando a invasão de MOs na estrutura
• Representa marco inicial de investigações que
dentária.
culminaram a descoberta da contribuição do
1 etapa: ácido lático fragmenta hidroxiapatita
flúor para a saúde bucal
tornando-a solúvel
• Dentes fraturam facilmente
2 etapa: os MOs proteolíticos produzem
• Antiestético
aminoácidos que através de enzimas especificas
sofrem processo bioquímicos que destroem a
matriz dentária

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Cariologia 3
Vitamina A e D
• Atuam sobre a dentina
• Avitaminose (falta de vitamina) causa
raquitismo dental que resulta na fragilidade do
dente e facilita a proliferação de MOs

Vitamina C Produtos orgânicos


• Importante na formação das matrizes dentárias • proteínas enzimáticas (inibem acido lático)
• Age nos odontoblastos • proteínas ricas em prolinas (função tampão)
• Avitaminose C resulta na substituição de • proteínas aromáticas
odontoblastos por fibroblastos • imunoglobulinas (IgA)

Vitamina B6 produtos inorgânicos


• Avitaminose determina escassa produção de • fosfato
matrizes proteicas do esmalte e da dentina • cálcio
• fluoreto
Vitamina A • sódio
• Atua diretamente nos ameloblastos; produção • potássio
de esmalte bem estruturado e resistente à cárie
• Avitaminose determina atrofia dos Cárie dentinária
ameloblastos • A cárie acontece primeiro em esmalte, se
desenvolve numa superfície lisa, em forma de
Saliva cone, amplo na superfície dentaria e estreito
• Fator protetor em direção a JAD (junção amelodentinário)
• Protege o esmalte de duas maneiras: • A cárie afeta esmalte e dentina em
1. Evita a colonização dos MOs patogênicos profundidade significativa enquanto a
por dificultar as condições ambientais superfície externa permanece intacta
ideais para o crescimento • Alta ingestão de carboidrato -> perda
2. Possui função tampão: bloqueio da cumulativa
entrada de ácidos na matriz dentária
Funções da saliva: Reações dentinárias
Lubrificação • Ocorre em dentina
Remineralização • Porosidade aumentada em função da
Autolimpeza bucal
desmineralização do esmalte, espera-se que o
Ação antimicrobiana
órgão pulpodentinário subjacente reaja
Neutralização dos ácidos bucais
Excreção de toxinas • Reação defensiva mais comum dada pelo órgão
Digestão do amido dentino pulpar é a esclerose tubular
Balanço hídrico sistêmico • Progressão da lesão cariosa
• (Reações pulpodentinárias antes da invasão
Formação da saliva bacteriana à dentina;
Líquido das glândulas + fluído dos sulcos gengivais • destruição do esmalte e invasão bacteriana;
+ células epiteliais + bactérias = saliva total bactérias penetram dentro da rede orgânica do
Obs: 90% é produzida pelas glândulas esmalte)
• Reações pulpodentinárias antes da invasão
Composição da saliva bacteriana à dentina
99% é água + 1% produto orgânicos / inorgânicos

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Cariologia 4
• A esclerose tubular inicial é vista antes da lesão Quando e como tratar?
alcançar a JAD A prevenção da cárie está relacionada com três
• Primeiro estímulo leve iniciando a reação de áreas principais:
defesa atinja a dentina correspondendo à 1. Proteção do dente
porção mais porosa da lesão no esmalte 2. Modificar a dieta
3. Abrasão mecânica
Estágios de formação da lesão
1. Dentina reacionária Tratamento de diferentes tipos de cárie
2. Reação esclerótica • Cárie de cicatrículas e fissuras
3. Zona de desmineralização • Cárie de superfícies lisas e livres
4. Zona de invasão e destruição por bactérias • Cárie de faces interproximais
5. Direção periférica
Mancha branca: remoção da placa, flúor e dieta
Cárie de superfície radicular melhorada levam ao seu desgaste e polimento
Se desenvolve na dentina exposta
• Após 1 semana: nenhuma alteração pode ser Lesões cavitadas: dentina sempre envolvida
visualizada clinicamente
• Após 14 dias: alterações podem ser vistas, Superfícies lisas e livres: higiene bucal; ir ao
macha esbranquiçada e opaca dentista de 6 em 6 meses; aplicar flúor
• Após 3 a 4 semanas é mais marcante por que
aparece as cavitações Superfícies oclusais: lesão ativa em esmalte numa
A parte mais brilhante do esmalte é a parte externa, fissura deve-se usar selantes
por isso, a lesão inicial torna-se opaca
Superfícies recorrentes: caries nas margens das
OBS: Mancha branca brilhante não é cárie, e sim restaurações
pode ser fluorose

Referência
-Tratamento Restaurador Atraumático –
Abordagem Clínica em Saúde Pública| Antônio
FernandoMonnerat. Disponivel em:
https://www.evolution.com.br/epubreader/9788
535282719
Cárie Dentária – diagnóstico e monitoramento –
N. PITTS.

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Saúde Coletiva e Cariologia 1
Cárie Dentária
Introdução
O balanço entre o grau de forcas mecânicas, o
potencial para crescimento de massas bacterianas e as
reações dos tecidos dentais formam a base da
patologia das lesões cariosas.

Desequilíbrio do processo Der-Re


• A velocidade da progressão vai levar a cavidade
• pH da cavidade: 7
• pH crítico:
menor que 5,5 = perda de cálcio e fosfato no
esmalte
menor que 6,5 = perda de cálcio e fosfato na
dentina Fator primário
• pH neutro • Hospedeiro
capacidade tampão da dentina Situação das Fóssulas e fissuras (se estão muito
ausência de sacarose profundas ou não)
ganho de cálcio e fosfato Superfícies lisas e livres
flúor ajuda na remineralização Superfícies proximais
• Microbiológicos
Flora bucal
Estágios de formação da lesão da cárie Formação do biofilme
1. Dentina reacionária: produção de mais dentina Bactéria acidogênicas e acidófilas
pelos odontoblastos na polpa como defesa para Estreptococos mutans – início do desenvolvimento
bactérias não chegarem até a polpa. Esse processo Lactobacillus – desenvolvimento tardio
causa redução da polpa Actinomyces – cárie radicular
2. Dentina esclerose: calcificação dos canalículos • Substrato
dentinários, com a dentina tornando-se nesta Tipo de carboidrato: sacarose
região menos permeável, vítrea e sem vitalidade. Frequência na ingestão de fatores cariogênicos
Dentina produzida nos túbulos dentinários Difícil de controlar – resistência a mudar os hábitos
3. Zona de desmineralização Fatores secundários
4. Zona de invasão e destruição bacteriana • Higiene bucal
5. Direção periférica dos primas: movimento Deficiência na escovação e uso do fio dental
para região apical Acúmulo de placa
Transmissão pai-filho pela escova
• Flúor
Fatores da cárie
Ingestão de água
1. primários: MOs, hospedeiros, substratos • Saliva
(sacarose) Fluxo salivar
2. secundários: higiene bucal; flúor no Capacidade de tamponamento
ambiente; saliva; condição médica e drogas Crianças salivam mais que adultos
3. terciária: fatores sociais e econômicos Fatores terciários
Diagrama de Keyes • Renda familiar
Para ter cárie é necessário: • Desemprego
• Educação
MO • Práticas culturais
Sacarose • Hábitos individuais-crenças
Hospedeiro

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Saúde Coletiva e Cariologia 2
Evolução Cárie ativa
1. Película adquirida • Aspecto do esmalte: mancha branca opaca e
2. Colonização por bactérias rugosa
3. Forma biofilme • Aspecto em dentina: tecido amolecido de cor
4. Amadurecimento do biofilme marrom clara
5. Cárie dental Cárie inativa
• Sem desenvolvimento
Película adquirida • Esmalte: mancha branca, lisa, brilhante ou
• Camada acelular pigmentada
• Formação por processo iônico • Dentina: tecido duro e escurecido
• Filme orgânico derivado da saliva
• Adesão bacteriana Classificação da cárie
• Presença de proteínas 1. Quanto a evolução do processo
• Espessura de 0,1 a 0,3 mm 2. Localização no dente
• Não causa danos ao dente 3. Tipo de processo carioso
• Vantagens:
produção de esmalte 1. Quanto a evolução do processo
Reservatório de flúor
Permite a lubrificação e deslizamento de tecido
mole nos dentes
Þ Aguda
Lesão úmida
• Desvantagem:
Desenvolvimento rápido
aderência de MOs
Dor
Comportamento precoce da polpa
Biofilme Acomete crianças e adultos jovens
• Agregado bacteriano formado após 8h em Sem dentina reacional
dentes e prótese Coloração clara
• Amadurecimento do biofilme
• Absorção continua a bactérias específicas da Þ Crônica
saliva ao biofilme
Lesão seca
• Após 7 dias ocorre a dissolução do esmalte
Evolução lenta
superficial
Permite a esclerose dos canalículos dentinários
• Se não removido evolui para cárie Menor permeabilidade dentinária
• Evidenciador de placa bacteriana: onde possuir Formação de dentina reacional
pigmentação é biofilme Cor castanho escuro
Dor não é característica comum
Lesão de cárie Consistência dura a remoção
• Depende do tempo: perda de mineral
• Primeiro aparece uma mancha branca opaca, e 2. Quanto a localização
se não tratada, progride para cavitação
Þ Cárie de fóssulas e fissuras
Mancha branca - ativa Superfície oclusal de posteriores e sulcos das
• Sem cavidade superfícies linguais dos dentes anteriores
• Desmineralização superficial do esmalte
• Tratamento: higienização; pedra pomes e Þ Superfície lisa
aplicação de flúor Localizada nos terços cervicais

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Saúde Coletiva e Cariologia 3
3. Tipo de processo Indicadores de cárie
Þ Primária • Unidade de medida:
início em cicatrículas, fissuras e superfícies lisas de Individuo
dentes hígidos Grau de severidade
Dente
Þ Secundária Superfície
recidivante ou recorrente Lesão

Þ Carie residual Fatores que interferem


Idade
tecido desmineralizado e infectado que foi
Sexo
deixado previamente a inserção de um material
Grau étnico
restaurador
Condições sociais
Þ Cárie rampante
Índice CPO-D
múltiplas lesões cariosas ativas ocorrendo em um
• Representa a medida média do número total de
mesmo paciente
dentes permanentes Cariado – Perdido - Obturado
• O máximo por individuo é 28
Þ Cárie oculta
lesões em dentina não detectada Componentes:
Extração indicada (EI) e extração (E) formam os
Método de diagnóstico perdidos (P)
Þ Clínico: sonda Who e espelho
Þ Radiográfico: interproximal • Considerado cariado
Þ Transiluminação por fibra óptica: luz por Apresenta lesão clínica óbvia
palatina ou lingual Existe uma cavidade definida que o próprio exame
Þ Medição de resistência elétrica: condutividade visual é suficiente para diagnosticar
maior em tecido cariado
Þ Separação temporária dos dentes posteriores • Considerado obturado
Þ corantes detectores de cárie Apresenta coroa artificial com bom estado
O dente pode está perfeitamente restaurado
Epidemiologia da cárie
Estuda índice de prevalência e incidência • Considerado ausente
Não se leva em consideração os dentes decíduos
Prevalência: frequência de casos de uma doença, Não se considera extração os dentes ausente
em um dado momento congenitamente e os por razão ortodôntica ou
acidente traumático
Incidência: frequência com que surgem novos
casos de uma doença, num intervalo de tempo Dente hígido: dente integro

Referência
-Tratamento Restaurador Atraumático – Abordagem Clínica em
Saúde Pública| Antônio FernandoMonnerat. Disponivel em:
https://www.evolution.com.br/epubreader/9788535282719
Cárie Dentária – diagnóstico e monitoramento – N. PITTS.

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Cariologia 1
Fluoretos e Toxidade
Introdução
• Flúor não somente reduz a cárie, como também • Apatita fluoretata: na Amelogênese (esmalte
mantém o reparo nas etapas precoces de cárie está mal formado). Flúor com excesso
nos dentes, mesmo antes de estarem visíveis;
• Adicionando flúor na água diminui índice de • Menor apatita carbonatada: menor dissolução
CPOD e diminui o índice de cárie; mineral
• Flúor não impede o desenvolvimento da cárie,
apenas reduz sua progressão;
• o flúor não interfere nos fatores responsáveis
pela doença, como na a formação de placa Saliva
dental e a transformação de açucares em ácido. cálcio, fosfato, flúor e carbonato
Isto mostra a importância dos controles da
placa dental e/ou dieta para que um efeito pH crítico: abaixo de 4,5
máximo seja obtido. há uma faixa de segurança entre pH 4,5 e 5,5
• Por outro lado, o flúor é extremamente
eficiente em reduzir sua progressão da doença 1. capacidade tampão da saliva
cárie. • proteção natural, porém, depende do pH
• pH crítico quando a saliva não tem mais a
Ações do fluoretos capacidade de proteger a estrutura mineral dos
fenômeno físico-químico: quando o açúcar é dentes
convertido em ácidos pela placa dental, atinge-se pH
crítico, isso leva a dissolução dos minerais à base de
Esmalte e dentina
apatita presentes no esmalte e dentina, porém devido
à presença de flúor, uma certa quantidade desses
• Tanto o esmalte como a dentina são compostos
minerais é simultaneamente reposta na forma de de minerais à base de apatita (sais contendo
fluorapatita. Isto ocorre porque em determinado pH, o cálcio e fosfato)
meio é subsaturante (deficiente) em relação a um tipo • cristais de hidroxiapatita – cálcio e fosfato
de mineral (Hidroxiapatita) que assim dissolve-se,
porém, sendo super-saturante (excesso) em relação a • pH crítico do esmalte: 5,5
outro (fluorapatita) este forma-se. • pH crítico da dentina: 6,5
Propriedade remineralizante: A presença do flúor vai
ativar a propriedade remineralizante da saliva quando
• com o pH crítico, a dentina fica mais sensível, aí
o pH volta ao normal.
começa o início da desmineralização com a
presença de sacarose
Mineralização do dente
• flúor e carbonatos entram na estrutura dental
• pH < 5,5 = perda de cálcio e fosfato
Mineralização pelo flúor por ingestão
• pH neutro
• Fluorapatita: 10% substituindo a hidroxiapatita
Þ remineralização
• Fluorapatita é menos solúvel que a
hidroxiapatita Þ Capacidade tampão e ausência de sacarose
• Crianças que ingerem flúor durante a formação Þ Há ganho de cálcio e fosfato.
do dente Þ Flúor ajuda na remineralização
Þ Após cirurgia periodontal

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Cariologia 2
Fluorterapia Flúor pós-natal
Ideal: 0,7mg F/litro • Indicação individual
• Doses são empíricas
Flúor pré-natal • Vendas sem controle e com estímulo ao
A dose não é individualizada, é vendido na forma consumidos
de complexos com cálcio (diminui a absorção de • Prescrição não baseada em ciência
flúor em 50%). Últimos trabalhos não mostram a
redução da cárie

Dentifrícios
• Concentração de 1000-1100 de flúor
• Garante flúor ativo por mais tempo
• Usado como abrasivo

Toxidade do flúor
• Pode ser aguda ou crônica Tratamento
• Ate 5mg F/kg: cálcio via oral (leite) ou hidróxido
Toxidade aguda de alumínio
• Causada pela ingestão de grande quantidade • Acima de 5mg F/kg: induzir vomito; hidróxido
de flúor de uma única vez de alumínio; cálcio via oral; internação
• Pode levar a morte hospitalar imediata
• Sintomas: Náusea, vomito, parada cardíaca, • Acima de 15mg F/Kg: internação imediata e as
morte outras medidas faladas anteriormente. No
• Dose limite= 5,0mg hospital deve haver monitoramento cardíaco e
• Dose seguramente tolerada= 8 a 16mg introdução de cálcio endovenoso e soro com
• Dose certamente tóxica (morte certa) = 32 a 64 bicarbonato
mg
• Sintomas não específicos: Hipersalivação, OBS: O hidróxido de alumínio vai diminuir a
diarreia, dor de cabeça, pode ter fraqueza absorção do flúor no estomago, pois é um
geral, queda da pressão e arritmia cardíaca antiácido (Al (OH)-)
• Pode levar a morte precedida por extrema
OBS: FLUOROSE = matéria orgânica > minerais
desorientação ou coma
• Com o uso da moldeira, é muito difícil chegar a
DPT
• Mais de 25% do gel da moldeira é ingerido: Toxidade crônica
associação com mal-estar gástrico • Causada pela ingestão de pequenas quantidade
• Medidas de precaução: colocar pouco gel na de flúor diariamente durante a formação dos
moldeira, paciente na posição vertical; utilizar dentes
sugador e pedir para o paciente cuspir • Fluorose dental
exaustivamente • Dose limite diário: 0,07 mg F/kg
• Fluorose esquelética: âmbito médico
• Flúor na água (0,2-0,7mg F): não há risco de
fluorose dental
OBS: Risco X Benefício: preferível se ter fluorose • À medida que a dose vai aumentando na água,
do que cárie maior risco de fluorose

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Cariologia 3
Diagnóstico Meios convencionais do uso de flúor e risco
• Opacidades são simétricas 1. Diretamente: flúor da água, na qual a
• Dentes formados no mesmo período quantidade máxima é de 0,6 a 0,8 ppmF
• Opacidades fluoróticas são difusas e 2. Indiretamente: dentifrício fluoretado
transversais Para prevenção da cárie, é ideal de 500 mg F/g
• Demarcação: Distribuição difusa e intensidade na saliva com flúor
variada
• Área afetada: Geralmente todas as superfícies Risco de fluorose dental pelo uso de dentifrício
são afetadas ou nas bordas incisais ou nas fluoretado
pontas das cúspides • É esperada uma prevalência de fluorose dental
• Formato da lesão: quanto mais grave, mais é de 28%
amarronzada • A menor prevalência seria explicada por nem
• No grau leve tem aparência nebulosa todo dentifrício ser ingerido
• Compromete simultaneamente incisivos e
primeiros molares Conclusão
• Os pré-molares e segundos molares são os mais • A associação de água fluoretada ou dentifrício
afetados; ocorre sempre nos dentes é válida
homólogos. • Água fluoretada garante concentrações
pequenas constantes de flúor na cavidade
Diagnóstico diferencial: bucal, controlando a cárie
Hipoplasia= ocorre em um único dente • A concentração de flúor na água deve ser
Amelogênese imperfeita= ocorre em todos os monitorada
dentes • O flúor não imuniza, apenas previne
Fluorose= ocorre em dentes homólogos • Pré-natal: carece de qualquer fundamentação
científica
• Pós-natal: não deve ser prescrito usar
dentifrício
Severidade • O uso de dentifrício fluoretado em crianças
Limite máximo para uma criança = 0,05 a 0,07 deve ser orientado quanto a quantidade
mgF/kg por dia • Outras fontes de ingestão de flúor podem
Período de risco: formação do esmalte (20 a 36 contribuir para a ingestão excessiva.
meses). 20 a 36 meses de vida
OBS: O flúor não interfere nos fatores
Problema maior da fluorose: estética responsáveis pela doença cárie, apenas reduz a
sua progressão

Fatores que contribuem para a severidade Referência


§ Temperatura ambiental: mais calor, pessoas
bebem mais água -Tratamento Restaurador Atraumático – Abordagem
§ Altitude: alteração no metabolismo do flúor. Clínica em Saúde Pública| Antônio
Quanto mais alto, mais é absorvido FernandoMonnerat. Disponivel em:
https://www.evolution.com.br/epubreader/9788
§ Desnutrição
535282719
§ Genética Cárie Dentária – diagnóstico e monitoramento – N.
PITTS.

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