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para a Frequência
Psicologia
da Saúde
Intro à Psy da Saúde
Fundamentos, objetivos e contextos de Intervenção
1. Conceito de Psicologia da Saúde
A PS é um campo da psicología que se preocupa com a relação entre a saúde psicologica e a saúde física. Para isso,
precisa de reunir conhecimento quanto a teorías, métodos e investigação sobre a saúde, a doença física e os cuidados de
saúde, para poder atuar em várias áreas:
Este campo surgiu, de certo modo, nos anos 70’s e trouxe consigo mudanças na definição de saude e no significado
de ser saudável, através de novas conceções que iam além do modelo biomédico, o que levou a mudanças nos padrões
de doença e a um entendimento que talvez fosse melhor apostar em medidas preventivas e mudanças comportamentais,
pois percebeu-se que muitas pessoas não iam ao médico por razões económicas.
Desta forma, o objeto de estudo é o sujeito psicológico e as suas relações com a saude, a doença, a sua rede social e os
profissionais de saude, assim como a cultura onde se insere.
Deve ser um processo flexivel pois não se pode realizar num só momento nem se restringir à aplicação de testes. O melhor é
mesmo fazer a entrevista (é o que dá significado aos resultados dos testes) e observação direta, baseando-se também
noutros agentes de informação, como a familia, o médico de familia, amigos, etc.
Forma de comunicação
Promoção da saude. -> População geral
Melhorar o
Desenvolvimento de
conhecimento sobre a
life skills
saude
Capacitar e promover
Prevenir a doença Prevenção da doença. -> População de risco
a saude
2. Abordagens teóricas à Promoção da Saude
Neste modelo, os autores referem que há uma relação entre as atitudes e o comportamento de uma pessoa, e consideram
que o melhor preditor de comportamento é a intenção comportamental, pois mesmo que a atitude seja favorável, não
significa que o comportamento o demonstre -> é necessário ter intenção!
Vantagens Desvantagens
Processos de Mudança
A pessoa esforça-se por procurar informações novas
Aumento da Consciência
sobre o problema e receber feedback
Experiências emocionais intensas relacionadas com o
Expressão Emocional
compt-problema
Cognitivos Reavaliação Ambiental Como é que o compt-probl. afeta o ambiente físico e social
Reavaliação cogn e emoc dos valores em relação ao
Auto-Reavaliação
compt-probl.
A escolha e o comprometimento para mudar e a crença
Autodeliberação
de que é capaz de mudar
Mente aberta e aceitação de outros estilos de vida
Liberação Social
existentes sem problemas
Gestão do Reforço Acabar com os fatores de manutenção do compt.
Comportamentais Relações de Ajuda Confiar e aceitar o apoio de outras pessoas
Contracondicionamento Uso ativo de compts alternativos ao compt-probl.
Controlo de Estímulos Controlo de fatores/situações desencadeadores
A ameaça percebida por meios de gravidade da doença e a perceção da própria vulnerabilidade origina expetativas de
resultados e intenções comportamentais (atua ou não). As expetativas de resultados levam entã o a expetativas de
autoeficácia, as quais vão fazer mais peso na intenção compt. Ao juntar-se o apoio social a este processo, a pessoa cria
planos de ação e percebe o controlo que tem na ação, de modo a realizá-la.
3. Diferentes Abordagens à Promoção da Saude
Ajudar o individuo a:
Aconselhamento
Compreender o problema
centrado no problema Identificar os seus objetivos
Identificar as soluções para os resolver
Os Cinco A’s (principios centrais = Ask, Advice, Assessment, Assist & Arrange)
Perguntar Rastreio sobre os comportamentos de risco para a saude
Aconselhar Fornecer info sobre os riscos para a saude e os beneficios da mudança do compt.
Avaliar Obter mais info (crenças, intenções, resultados, expetativas e prontidão para a mudança)
Apoiar Identificação das barreiras e dos facilitadores do novo comportamento
Organizar Estabelecimento de um plano espec e oportunidades de dar feedback quanto ao seu dsp.
Conhecimento da realidade
Fases do processo de
Possibilidade de confronto da doença
confronto com a doença e
o tratamento Aceitação do diagnostico
Adesão ao tratamento
Após der uma “ideia” do que pode ser, vai tentar confirmar a sua hipotese Reavaliação da possibilidade
(confirmação da significação de doença) de confronto
Intervenção: fornecimento de informação – o doente aceita com mais rapidez/facilidade a doença se estiver
melhor informado sobre a sua etiología, manifestações, implicações e posibilidades de tratamento.
Significações de controlo
Autoinstrução (demonstrar como se faz para ele poder fazer sozinho depois)
Disputa Racional (pôr as crenças em causa→ interpretação mais positiva leva a melhor adaptação )
Inquirição Socrática (contrapôr a forma de pensar do doente, levá-lo a ver que há outras formas de pensar)
Tomada de Decisão (ajudar o próprio doente a tomar uma decisão, oferecendo opções)
Programação de Contigências (associar uma atividade a outra mais regular. Ex: associar lavar dentes a tomar
comprimido)
Distração (distrair o paciente do sofrimento com coisas que ele gosta de fazer, ex: ler, ver filmes, ouvir música,…)
Procura de Informação (colocar o doente a procurar informação sobre a sua doença. Quanto mais info→ doentes
mais ativos na confrontação)
Comunicação Assertiva (os pacientes convivem muito com a equipa multidiciplinar, logo é necessário que estejam
à vontade para falar sobre incómodos e as suas dúvidas)
Exploração criativa por dramatização e narrativa (dramatização para relatar a sua vivência da doença)
3. Adesão ao Tratamento Médico
Definição: Aceitação e execução dos tratamentos prescritos/recomendados
Fatores relativos ao próprio médico (ex. Não ter explicado bem o Uma das áreas problemáticas
tratamento) nos contextos de saude
Fatores relativos ao doente (ex. Não ter percebido o tratamento e não ‘NÃO ADESÃO’
ter pedido explicações)
Compreensão: o paciente obtem informação sobre as causas da doença, anatomía, processo de tratamento;
Memória do doente: muito afetada pela ansiedade, conhecimentos médicos, nível intelectual, importância da
afirmação feita pelo médico, efeito de primazia, nº de afirmações do médico;
Satisfação: derivada da empatia sentida, interesse demonstrado, competência médica, compreensão pelo médico,
tempo de consulta, apoio emocional prestado, forma de transmissão de diagnóstico,…
Modelos de Adesão …
… Como Norma … Como Interiorização … Como Transação
Prescrever e mandar fazer (tem o Convencer o doente a aderir
Apresentar e discutir
Dever do médico direito de esperar que as suas ao tratamento, enfatizando a
possibilidades com o doente
‘ordens’ sejam cumpridas) sua importância e beneficios
Interiorizar a importância do Como ‘membro da equipa’, os
Dever do doente Cumprir as prescrições do médico tratamento e convencer-se a seus conhecimentos devem
aderir ao mesmo ser valorizados
Problema : culpa do doente e Opção, que poderá ter razões
Não Adesão Desobediência : culpa do doente
da equipa de saúde válidas
Os estereotipos do doente em relação às significações do médico pode influenciar a adesão:
Doente não confía no médico ou não está satisfeito com a sua atitude = não cumpre
Se o profissional tiver uma atitude calorosa, de cuidado e interesse = maior adesão do doente
Se o médico estiver incerto mas explicar o porquê = maior satisfação e adesão do doente
Combater com:
Automonitorização & Prog. De
Esquecimento
Contigências
Fatores de
NÂO ADESÂO Preços não acessiveis “overthrown the goverment”
Efeitos Secundários
Fornecimento de informação
(ignorância)
4. Confronto/Controlo de Reações emoc. excessivas
Sintomas Somáticos
(dor, disfunção respiratória, …)
Emoções disfuncionais
(ansiedade, depressão, cólera, …)
Programa de Atividades físicas sao implementadas gradualmente para o doente perceber que
Contigências podem ser usadas para diminuir a ansiedade e depressão.
Expressão de sentimentos e emoções
Dificuldade ou recusa de expressar emoções Aumento da ansiedade e
e sentimentos negativos síntomas somáticos
Diminuição da ansiedade
Aumento da expressão emocional negativa e síntomas somáticos
Doença Crónica
1. Vivência da doença e adaptação à cronicidade
Podemos classificar os processos de doença como:
Objetivos Paliativos
Processo Crónico – doenças permanentes e sem cura, mas controláveis
Promover a adaptação à doença;
Processo Terminal – doenças ‘sem volta a dar’, já nem dá para aliviar síntomas, controlar a
controlar, só se pode aliviar os sintomas doença, evitar sofrimento,
assegurar a melhor QDV