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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

EM SAÚDE COLETIVA

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PORQUE

A EDUCAÇÃO É O MEIO MAIS


PODEROSO PARA MUDAR O
MUNDO “NELSON MANDELA”

Elaborado pelo Médico e Professor: Anastácio W. Caveta


Email: anastaciocaveta@gmail.com
SUMÁRIO

UNIDADE I.......................................................................... 3
1. SAÚDE E COMUNIDADE .............................................. 4
1.1. CONCEITO DE SAÚDE COLETIVA E COMUNITÁRIA .. 4
1.2. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DAS POLÍTICAS DE SAÚDE
EM ANGOLA .................................................................... 10
UNIDADE II ....................................................................... 14
2. CUIDADOS PRIMÁRIOS DE SAÚDE ............................ 14
2.1. DECLARAÇÃO DE ALMA- ATA ................................. 14
2.2. CUIDADO PRIMÁRIOS DE SAÚDE E
DESENVOLVIMENTO....................................................... 18
UNIDADE III ..................................................................... 30
3. CADEIA EPIDEMIOLÓGICA ........................................ 30
UNIDADE IV ...................................................................... 43
4. O SANEAMENTO E SAÚDE COLETIVA ....................... 43
UNIDADE V....................................................................... 51
5. CONTROLO DE EXCRETAS E DE LIXO ...................... 51
UNIDADE VI ...................................................................... 56
6. CONTROLO DE VECTORES ........................................ 56
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................... 57
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OBJECTIVO GERAL DA DISCIPLINA:

Promover a capacidade técnica e senso crítico do estudante em


relação à realidade de saúde e dos serviços de saúde,
estimulando sua participação efetiva na prestação de cuidados
de enfermagem e no planeamento de saúde compatíveis com
as necessidades de saúde da população.

Ao final da disciplina o formando deverá ser capaz de:

- Descrever e analisar alguns aspectos dos problemas da saúde


de uma determinada colectividade, colaborar para a solução
destes através da participação conjunta com a população.

- Identificar os problemas da comunidade em relação aos


problemas da saúde que vive e ajudar a tomar decisões que
visem a sua minimização.

- Apoiar a comunidade na tomada de decisões sobre o


estabelecimento de prioridades para saúde colectiva

- Utilizar estratégias que atendam interesses colectivos e


institucionais.
UNIDADE I

Elaborado pelo Medico e Professor: Anastácio Wili Caveta


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1. SAÚDE E COMUNIDADE

1.1.SAÚDE COLETIVA E COMUNITÁRIA

Saúde é o bem-estar físico mental social, e não somente a


ausência da doença.
No processo saúde doença, temos que olhar o individuo,
através de uma visão holística vendo como um todo, não
somente corpo doente ou não.
Saúde coletiva: é a ciência de prevenir doenças prolongar a
vida e promover a saúde física e a eficiência do individuo
através de esforço organizados da comunidade visando o
saneamento do meio ambiente, combate as doenças
transmissíveis que ameaçam a coletividade.

A saúde coletiva surgiu na década 70 com o objetivo de


promover a saúde.
Determinantes sociais da saúde
Classe social
Escolaridade
Segurança alimentar
Habitação
Moradia
Acesso a serviços e bens públicos.
Comunidade e participação coletiva
O mundo necessita de condições favoráveis de saúde para a
sobrevivência. Para haver saúde é imprescindível os seguintes
fatores: Comida, saúde, transporte, contactos, água,
educação, emprego, industria e habitação.

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Comunidade: É o conjunto de pessoas que vivem numa


determinada área geográfica com o modo de vida semelhante e
interesse comum.
Participação Coletiva: É um processo que um ou mais grupos
têm a iniciativa estimulante pelo seu próprio modo de possuir
e decidir por eles mesmos.

Objetivos da participação coletiva


1º- Conhecer os problemas que afetam a comunidade.
2º- Promover a saúde da comunidade:
a) Princípios para o trabalho com a comunidade.
b) Saber ouvir e observar.
c) Respeitar normas e valores culturas.
d) Conhecer autonomia da comunidade na tomada de
decisões.

OBS: Para alcançar-se melhores resultados na informação,


edução e comunicação junto da comunidade é importante
saber, ouvir, observar, respeitar, as normas e valores culturais
dos povos.
Comunidade Urbana: É um grupo de pessoas ou família que
vivem numa determinada ária geográfica com interesses
comuns e modo diferente.
Comunidade Rural: É um conjunto de pessoas ou famílias que
vivem numa determinada área geográfica e que sentem os
mesmos problemas e o modo de vida semelhante.
Classificação da Participação Coletiva.
1º- Participação coletiva Ativa.
2º - Participação coletiva Passiva.
Participação coletiva ativa: É aquela em que se observa uma
participação voluntária.

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Participação coletiva Passiva: É aquela em que se observa


uma participação obrigatória.

Entende-se por participação quando o esforço é feito pela


pessoa numa estrutura organizada para combinar com outros
recursos e para atingir metas que estabelecem o
desenvolvimento.

É através de ação produzida pelo seu modo de pensar e pela


sua iniciativa própria que os homens e mulheres manifestam
e desenvolvem suas aptidões criativas evoluindo desta forma
coma personalidade humana. É por esta razão que a
participação é uma necessidade básica humana.

Inquérito: Inquérito é um instrumento que nos permite


identificar na comunidade os diversos problemas sanitários
que mais afetam a população.

Inquérito Sanitário: É o instrumento de comunicação que tem


como objetivos:

a) Recolher informações sobre situações sanitárias de uma


comunidade com recursos existentes, nomeadamente,
recursos humanos, materiais e sanitários afim de programar
ações.

b) Permitir a entidade e familiarizar-se com a realidade da


comunidade com suas atitudes, comportamentais e práticas.

As questões que constam no inquérito padrão devem ser


obtidas junto as autoridades locais e familiares.

Técnicas Utilizadas na Recolha de Informações

1º- Reunião

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2º- Observação
3º- Entrevista

Fases do Processo de Desenvolvimento da comunidade


1-Identificação dos líderes.
As condições atuais encaram liderança de uma forma mais
ampla aberta e democrática dispondo de alto estilo de
liderança autoritária em que o líder atua como ditador e pondo
os seus pontos sem que haja uma participação dos elementos
do grupo contra a comunidade.
Assim em termos de saúde pública podemos considerar a
liderança como uma atividade que influi positivamente no
comportamento do grupo profissional devido a implementação
da sua eficácia.
Neste âmbito considera-se a necessidade de haver diferentes
estilos de liderança consoante grupos a que se deve dirigir a
ação de liderança.
É importante ter-se em conta outros fatores que podem
influenciar a ação de liderança como: Determinação de
objetivos das técnicas a utilizar.
Elaboração da etapas no seio das atividades .
Repartição das tarefas entre os membros e finalmente a função
o duradora dos líderes.
Qualidades e capacidade para uma Liderança Eficaz*
As principais capacidades e qualidades para uma liderança
boa são:
1-Clara compreensão da estratégia de saúde para todos os
seus princípios gerais.

2-Encorajamento do fator da orientação da decisão política


nacional para a igualdade da saúde para uma correspondência
social e económico.

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3- Deve Haver uma visão mais completa possível nos aspetos


sanitários de outros sectores e aptidões para argumentar o
fator saúde numa condição intersectorial.

4- Capacidade para sensibilizar e modificar as ideias dos


outros nomeadamente colegas do grupo para o seu
empenhamento aos valores de saúde para todos e na resolução
dos problemas.

5- Ter capacidade para identificar os problemas críticos que


afetam a implementação da estratégia de saúde.

2-Discussão e diagnóstico dos problemas


A comunidade é o objeto de todas politicas estratégias e plano
de ação nacional. Os membros da comunidade são parceiros
do governo no processo de desenvolvimento. Serão
estabelecidos mecanismos institucionais que permitirão nas
atividades assumirem mais facilmente após um certo período
de tempo uma importante parte de respeitar a sua própria
saúde.
As organizações cuja as atividades se encontram centralizadas
nas comunidades serão encorajadas a colaborarem nas
respetivas condições de saúde.
No entanto a abordagem será global ou em conjunto de
cuidados de saúde e outros problemas do desenvolvimento da
saúde da comunidade devem ser integradas nas atividades dos
conselhos da comunidade.
Os membros da comunidade e os seus respetivos líderes serão
encorajados em adaptar os seus objetivos de saúde para todos
como um elemento chave de trabalho que trabalham para
alcançar o desenvolvimento socioeconómico.
3-Elaboração do Plano de ação
O plano deve ser elaborado de maneira que a comunidade o
considera como seu e não um plano dos líderes.

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Evidentemente isto só poderá ser uma realidade se a


comparticipação da comunidade for ativa na elaboração do
plano.
Nota: Tópicos gerais de todo e qualquer plano.
1-O que se quer fazer?
2-Como se vai fazer?
3-Com que se vai fazer?
4-Quando se vai fazer?
Planear- Significa prever definindo e afixando com
antecedência as atividades futuras a realizar-se.
Por exemplo problema diagnosticado na comunidade é:
Abastecimento de água na aldeia ou na comunidade. Lógico
vamos planificar segundo essa situação. Para uma orientação
voltar nas questões dos tópicos já vistos anteriormente.
4-Execução do plano de ação.
5-Avaliação dos resultados.

Intersectorialidade / Multidisciplinaridade
Para muitas pessoas, ter saúde costuma ser a ausência de
uma enfermidade ou doença. Esse enfoque evoca um conceito
reducionista, ou seja, a reprodução do modelo biologicista,
monopolizado pela medicina. Em contrapartida, diversos
esforços vêm sendo realizados no sentido de posicionar a saúde
a partir de outro olhar, mais ampliado e mais articulado com
a complexidade da realidade.
A intersetorialidade pode ser definida como a integração de
diversos saberes e experiências de diferentes sujeitos e serviços
sociais que contribuem nas decisões de processos
administrativos para o enfrentamento de problemas
complexos, com ações voltadas aos interesses coletivos que
melhoram a eficiência da gestão política e dos serviços
prestados.

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Logo, desenvolver estratégias e ações intersetoriais envolve


atuar com diferentes sujeitos e serviços sociais, que, por meio
de saberes, poderes e vantagens para resolver problemas
complexos
A construção da intersetorialidade se dá a partir da articulação
de vários setores e envolve distintos atores sociais, tais como:
governo, sociedade civil organizada, movimentos sociais,
universidades, autoridades locais, setor econômico e mídia,
tendo como preceito a reunião de vários saberes e
possiblidades de atuação, no sentido de viabilizar um olhar
mais amplo sobre a complexidade do objeto, a fim de
possibilitar a análise dos problemas e das necessidades, no
âmbito de um dado território e contexto, bem como a busca de
soluções compartilhadas.
A intersetorialidade é operacionalizada por meio da criação de
uma rede de compromisso social, estruturada por vínculos e
uma ‘presença viva’, na qual instituições, organizações e
pessoas se articulam em torno de uma questão da sociedade
em um determinado território, programam e realizam ações
integradas e articuladas, avaliam juntos os resultados e
reorientam a ação. Trata-se de um processo dialético e
dinâmico, tendo a necessidade de se pôr em prática diferentes
tipos de habilidades de negociação e de mediação de conflitos,
que implicam a abertura de cada setor envolvido para dialogar,
formar vínculos, estabelecer corresponsabilidades e cogestão
pela melhora da qualidade de vida da população.

1.2.EVOLUÇÃO HISTÓRICA DAS POLÍTICAS DE SAÚDE EM


ANGOLA

Ao abrigo da Lei de Bases do Sistema Nacional de Saúde


(SNS), é da responsabilidade do Estado angolano a
promoção e garantia do acesso de todos os cidadãos aos
cuidados de saúde nos limites dos recursos humanos e
financeiros disponíveis. No entanto, a promoção e a defesa
da saúde pública são efectuadas através da actividade do

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Estado e de outros agentes públicos ou privados, podendo


as organizações da sociedade civil serem associadas àquela
actividade. Assim, os cuidados de saúde são prestados por
serviços e estabelecimentos do Estado ou sob fiscalização
deste, por outros agentes públicos ou entidades privadas,
sem ou com fins lucrativos.

EVOLUÇÃO DO SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE


A Evolução histórica do sistema nacional de saúde
angolano (SNS) conheceu uma evolução histórica
caracterizada por dois períodos:
- O período colonial que vai até 11 de Novembro de
1975;
- O período pós independência com início em 11 de
Novembro de 1975. Este período, subdividido em duas
fases ou épocas, sendo:
O período que se seguiu à independência, caracterizada
de uma economia planificada, de orientação socialista, e
seguiu-se o período de economia de mercado com início em
1992. No período a seguir a independência, foram
estabelecidos através do SNS, os princípios da
universalidade e gratuitidade dos cuidados de saúde,
exclusivamente prestados pelo Estado, assentes na
estratégia dos Cuidados Primários de Saúde (CPS). Este
período foi também caracterizado na primeira década da
independência, pelo alargamento da rede sanitária e pela
escassez de Recursos Humanos em Saúde (RHS), segundo
dados estatísticos, na altura, no período a seguir a
independência, só se encontravam em Angola pouco mais
de 20 médicos, tendo, na ocasião, o Governo/Estado, que
recorrer à contratação de profissionais recrutados ao abrigo
dos acordos de cooperação.
Na segunda fase do período pós-independência, a primeira
parte deste é caracterizada pelo recrudescimento do
conflito armado (guerra civil), reformas políticas,
administrativas e económicas que tiveram de certa
maneira, um impacto negativo sobre o Sistema Nacional de
Saúde, tais como: a destruição e redução drástica da rede
sanitária. Em 1992, através da Lei 21-B/92, de 28 de
Agosto, é aprovado a Lei Base do SNS e o Estado angolano
deixa de ter exclusividade na prestação de cuidados de
saúde, com a autorização do sector privado na prestação

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dos serviços de saúde. Foi também introduzida a noção de


comparticipação dos cidadãos nos custos de saúde,
mantendo o sistema tendencialmente gratuito. Na
segunda parte da fase da economia de mercado, é
caracterizado pelo alcance da paz, que se traduziu numa
estabilidade macroeconómica, intenso esforço de
reabilitação e reconstrução nacional de que tem
beneficiado o SNS.
Neste período, regista-se um aumento significativo dos
recursos financeiros do Estado alocados ao sector da
saúde. Em 1992, através da Lei 21-B/92, de 28 de Agosto,
é aprovado a Lei Base do SNS e o Estado angolano deixa de
ter exclusividade na prestação de cuidados de saúde, com
a autorização do sector privado na prestação dos serviços
de saúde. Foi também introduzida a noção de
comparticipação dos cidadãos nos custos de saúde,
mantendo o sistema tendencialmente gratuito.

1.3.LEGISLAÇÃO VIGENTE

legislação vigente.pdf

1.4.ORGANIZAÇÃO DA ATENÇÃO BÁSICA DE


SAÚDE/PROGRAMAS DE SAÚDE PÚBLICA

- hierarquia de prestação dos cuidados de saúde


O sistema de prestação de cuidados de saúde subdivide-se
em três níveis hierárquicos de prestação de cuidados da
saúde, baseados na estratégia dos cuidados primários.
O primeiro nível - Cuidados Primários de Saúde (CPS) –
representado pelos Postos/ Centros de Saúde, Hospitais
Municipais, postos de enfermagem e consultórios médicos,

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constituem o primeiro ponto de contacto da população com


o Sistema de Saúde;
O nível secundário ou intermédio, representado pelos
Hospitais gerais, é o nível de referência para as unidades
de primeiro nível;
O nível terciário, é representado pelos Hospitais de
referência mono ou polivalentes diferenciados e
especializados, é o nível de referência para as unidades
sanitárias do nível secundário.

1.5.PROCESSO SAÚDE DOENÇA

O processo saúde-doença é uma expressão usada para fazer


referência a todas as variáveis que envolvem a saúde e a
doença de um indivíduo ou população e considera que
ambas estão interligadas e são consequência dos mesmos
fatores. De acordo com esse conceito, a determinação do
estado de saúde de uma pessoa é um processo complexo
que envolve diversos fatores. Diferentemente da teoria da
unicausalidade, muito aceita no início do século XX, que
considera como fator único de surgimento de doenças um
agente etiológico – vírus, bactérias, protozoários -, o
conceito de saúde-doença estuda os fatores biológicos,
econômicos, sociais e culturais e, com eles, pretende obter
possíveis motivações para o surgimento de alguma
enfermidade.

O conceito de multicausalidade não exclui a presença de


agentes etiológicos numa pessoa como fator de
aparecimento de doenças. Ele vai além e leva em
consideração o psicológico do paciente, seus conflitos
familiares, seus recursos financeiros, nível de instrução,
entre outros. Esses fatores, inclusive, não são estáveis;
podem variar com o passar dos anos, de uma região para
outra, de uma etnia para outra.

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UNIDADE II

2. CUIDADOS PRIMÁRIOS DE SAÚDE


2.1. DECLARAÇÃO DE ALMA- ATA

A Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de


Saúde, reunida em Alma Ata aos doze dias do mês de
setembro de mil novecentos e setenta e oito, expressando a
necessidade de ação urgente de todos os governos, de todos os
que trabalham nos campos da saúde e do desenvolvimento e
da comunidade mundial para promover a saúde de todos os
povos do mundo, formulou a seguinte declaração:
I - A Conferência reafirma enfaticamente que a saúde - estado
de completo bem estar físico, mental e social, e não
simplesmente a ausência de doença ou enfermidade - é um
direito humano fundamental, e que a consecução do mais alto
nível possível de saúde é a mais importante meta social
mundial, cuja realização requer a ação de muitos outros
setores sociais e econômicos, além do setor da saúde.
II - A chocante desigualdade existente no estado de saúde dos
povos, particularmente entre os países desenvolvidos e em
desenvolvimento, assim como dentro dos países, é política,
social e economicamente inaceitável e constitui por isso objeto
da preocupação comum de todos os países.
III - O desenvolvimento econômico e social baseado numa
ordem econômica internacional é de importância fundamental
para a mais plena realização da meta de saúde para todos e
para a redução da lacuna entre o estado de saúde dos países
em desenvolvimento e dos desenvolvidos. A promoção e
proteção da saúde dos povos é essencial para o contínuo
desenvolvimento econômico e social e contribui para a melhor
qualidade de vida e para a paz mundial.

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IV - É direito e dever dos povos participar individual e


coletivamente no planejamento e na execução de seus
cuidados de saúde.
V - Os governos têm pela saúde de seus povos uma
responsabilidade que só pode ser realizada mediante
adequadas medidas sanitárias e sociais. Uma das principais
metas sociais dos governos, das organizações internacionais e
de toda a comunidade mundial na próxima década deve ser a
de que todos os povos do mundo, até o ano 2000, atinjam um
nível de saúde que lhes permita levar uma vida social e
economicamente produtiva. Os cuidados primários de saúde
constituem a chave para que essa meta seja atingida, como
parte do desenvolvimento, no espírito da justiça social.
VI - Os cuidados primários de saúde são cuidados essenciais
de saúde baseados em métodos e tecnologias práticas,
cientificamente bem fundamentadas e socialmente aceitáveis,
colocadas ao alcance universal de indivíduos e famílias da
comunidade, mediante sua plena participação e a um custo
que a comunidade e o país podem manter em cada fase de seu
desenvolvimento, no espírito de autoconfiança e
autodeterminação. Fazem parte integrante tanto do sistema de
saúde do país, do qual constituem a função central e o foco
principal, quanto do desenvolvimento social e econômico
global da comunidade. Representam o primeiro nível de
contato dos indivíduos, da família e da comunidade com o
sistema nacional de saúde pelo qual os cuidados de saúde são
levados o mais proximamente possível aos lugares onde
pessoas vivem e trabalham, e constituem o primeiro elemento
de um continuado processo de assistência à saúde.
VII - Os cuidados primários de saúde: refletem, e a partir delas
evoluem, as condições econômicas e as características sócio-
culturais e políticas do país e de suas comunidades, e se
baseiam na aplicação dos resultados relevantes da pesquisa
social, biomédica e de serviços de saúde e da experiência em
saúde pública. têm em vista os principais problemas de saúde
da comunidade , proporcionando serviços de proteção,
prevenção, cura e reabilitação, conforme as necessidades.

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incluem pelo menos: educação no tocante a problemas


prevalecentes de saúde e aos métodos para sua prevenção e
controle, promoção da distribuição de alimentos e da nutrição
apropriada , provisão adequada de água de boa qualidade e
saneamento básico, cuidados de saúde materno infantil,
inclusive planejamento familiar, imunização contra as
principais doenças infecciosas, prevenção e controle de
doenças localmente endêmicas, tratamento apropriado de
doenças e lesões comuns e fornecimento de medicamentos
essenciais. envolvem, além do setor saúde, todos os setores e
aspectos correlatos do desenvolvimento nacional e
comunitário, mormente a agricultura, a pecuária, a produção
de alimentos, a indústria, a educação, a habitação, as obras
públicas, as comunicações e outros setores. requerem e
promovem a máxima autoconfiança e participação
comunitária e individual no planejamento, organização,
operação e controle dos cuidados primários de saúde, fazendo
o mais pleno uso possível de recursos disponíveis, locais,
nacionais e outros, e para esse fim desenvolvem, através da
educação apropriada, a capacidade de participação das
comunidades. devem ser apoiados por sistemas de referência
integrados, funcionais e mutuamente amparados, levando à
progressiva melhoria dos cuidados gerais de saúde para todos
e dando prioridade aos que têm mais necessidade. baseiam-
se, aos níveis local e de encaminhamento, nos que trabalham
no campo da saúde, inclusive médicos, enfermeiras, parteiras,
auxiliares e agentes comunitários, conforme seja aplicável,
assim como em praticantes tradicionais, conforme seja
necessário, convenientemente treinados para trabalhar, social
e tecnicamente, ao lado da equipe de saúde e para responder
às necessidades expressas de saúde da comunidade.
VIII - Todos os governos devem formular políticas, estratégias
e planos nacionais de ação, para lançar e sustentar os
cuidados primários de saúde em coordenação com outros
setores. Para esse fim, será necessário agir com vontade
política, mobilizar os recursos do país e utilizar racionalmente
os recursos externos disponíveis.

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IX - Todos os países devem cooperar, num espírito de


comunidade e serviço, para assegurar os cuidados primários
de saúde a todos os povos, uma vez que a consecução da saúde
do povo de qualquer país interessa e beneficia diretamente
todos os outros países. Nesse contexto, o relatório conjunto da
OMS/UNICEF sobre cuidados primários de saúde constitui
sólida base para o aprimoramento adicional e a operação dos
cuidados primários de saúde em todo o mundo.
X - Poder-se-á atingir um nível aceitável de saúde para todos
os povos do mundo até o ano 200 mediante o melhor e mais
completo uso dos recursos mundiais, dos quais uma parte
considerável é atualmente gasta em armamentos e conflitos
militares. Uma política legítima de independência, paz.
Distensão e desarmamento pode e deve liberar recursos
adicionais, que podem ser destinados a fins pacíficos e, em
particular, à aceleração do desenvolvimento social e
econômico, do qual os cuidados primários de saúde, como
parte essencial, devem receber sua parcela apropriada.
A Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de
Saúde concita à ação internacional e nacional urgente e eficaz,
para que os cuidados primários de saúde sejam desenvolvidos
e aplicados em todo o mundo e, particularmente, nos países
em desenvolvimento, num espírito de cooperação técnica e em
consonância com a nova ordem econômica internacional.
Exorta os governos, a OMS e o UNICEF, assim como outras
organizações internacionais, bem como entidades multilaterais
e bilaterais, organizações governamentais, agências
financeiras, todos os que trabalham no campo da saúde e toda
a comunidade mundial a apoiar um compromisso nacional e
internacional para com os cuidados primários de saúde e a
canalizar maior volume de apoio técnico e financeiro para esse
fim, particularmente nos países em desenvolvimento. A
Conferência concita todos eles a colaborar para que os
cuidados primários de saúde sejam introduzidos,
desenvolvidos e mantidos, de acordo com a letra e espírito
desta Declaração.
Fonte: Ministério da Saúde. Data da Publicação: 06/02/2002

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2.2. CUIDADO PRIMÁRIOS DE SAÚDE E


DESENVOLVIMENTO
Estratégia dos cuidados primários de saúde (E.C.P.S)
1.1- Introdução
1.2- Conceito
1.3- Princípios
1.4- Principais problemas de saúde em angola.

Introdução
Em 1977 a trigésima assembleia da OMS aprovou o objetivo
saúde para todos até ao ano 2000 trazendo o desejo de se
atingir nesse ano, um nível aceitável de saúde em todo o
mundo, entendendo-se por saúde o completo bem-estar físico,
mental e social e não apenas a ausência da doença.
Um ano depois (1978) em Almaáta capital da ex União
Soviética do caso esta questão realizou-se na conferência
internacional sobre os cuidados primários de saúde e tinha
como objectivo promover o conceito da E.C.P.S em todos os
países e formular recomendações para o seu desenvolvimento.
Esta conferência defendeu os cuidados primários de saúde
como uma estratégia para alcançar o objectivo que é “saúde
para todos” até o ano 2000.
Após a independência o governo de angola decidiu que a
política de saúde no país seria baseada na E.C.P.S.
Conceito
A declaração de Almaáta sobre os cuidados primários de saúde
refere que a E.C.P.S é acessibilidade de todos os indivíduos e
famílias de uma comunidade a serviços essenciais de saúde
prestados por meios que lhes sejam acessíveis através da sua
participação integral e a custo que a comunidade e o país
podem absorver. Como tal, seio desta parte integrante tanto do

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sistema nacional de saúde, o que constituem o núcleo, como


do desenvolvimento socioeconômico da comunidade.

Os princípios básicos reforçados nessa estratégia de saúde


são:
1- Os serviços essenciais de saúde devem ser igualmente
acessíveis a todos.
2- O foco do cuidado deve ser a promoção da saúde mais do
que o tratamento das doenças.
3- Os serviços devem ser adaptados às condições locais de
acordo com os recursos disponíveis e com a participação da
comunidade.
4- Os serviços de saúde devem ser considerados somente como
parte da melhoria de condições de saúde e devem trabalhar
integrados com outros sectores da sociedade.
A doção dos princípios dos C.P.S como uma estratégia para os
serviços de saúde do país e uma decisão política que se busca
nas necessidades de saúde da maioria da população.
Os principais problemas de saúde em Angola são:
 MALẢRIA OU PALUDISMO
 DIARREIAS AGUDAS
 INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS
 DOENÇAS INFECÇIOSAS NA CRIANÇA (sarampo, tosse
e poliomielite).
 GRANDES E PEQUENAS ENDEMIAS
 MÁ NUTRIÇÃO

COMPONENTES DO C.P.S
Em angola foram priorizados os seguintes subprogramas:
1- Educação para a saúde

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Educar as populações sobre os principais problemas de saúde


que se colocam nas comunidades bem como os métodos de
prevenção e combates aplicáveis.
2- Segmento a grávida e a assistência ao parto

O segmento e o acompanhamento da mulher grávida até ao


parto no âmbito de uma assistência materna infantil para que
ela tenha uma gestação normal e um corpo sadio.
3- Os passamentos dos nascimentos e educação sexual

Significa à prestação de cuidados a mulher de idade fértil dos


15 aos 44 anos de idade usando a educação sobre o
planeamento familiar.

4- Vacinação

Prevenir as enfermidades imunizando principalmente as


crianças e as grávidas evitando assim o maior índice de
mortalidade materna ou infantil.
5- Segmento do crescimento e desenvolvimento da
criança dos 0 até aos 5 anos de idade.

Promover uma adequada assistência as crianças durante este


período etário (0-5) visando essencialmente a prestação de
cuidados e educação adequada as mães contribuindo para a
diminuição da mortalidade infantil.
6-promoção e recuperação nutricional
Promover uma adequada alimentação principalmente em
comunidades que padecem devido as grandes calamidades tais
como: guerras, seca e outros.
7- Reidratação oral dos casos de diarreia aguda

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Prestar um eficiente serviço de hidratação principalmente de


crianças com doenças diarreicas agudas repondo os líquidos
fervidos como consequência das diarreias.
8- Abastecimento de água potável e saneamento do meio
Evitar esforço no sentido de um abastecimento adequado de
água em quantidade e qualidade suficiente as populações bem
como o saneamento básico do meio visando principalmente a
prevenção de enfermidades que podem ser evitados através de
medidas pendentes a promover a higiene do meio em que
reside as populações.
9-tratamento das doenças correntes e abastecimento em
medicamentos essenciais.
Diagnosticar e tratar os casos das doenças frequentes nas
comunidades bem como promover uma adequada política
medicamentosa.
10- Segmentos as vítimas de guerra
Promover uma adequada política de assistência a todos
aqueles que sofrem devido a guerra procurando a sua
reabilitação e posterior inserção na sociedade.
11- Programa de luta contra as grandes endemias
Tais serviços devem ser direcionados num sentido de prevenir
e tratar as patologias que vitimam um elevado número de
indivíduos na comunidade.
Para o desenvolvimento e execução de todos estes programas
o sector da saúde conta com uma rede de atendimento a nível
secundário e terciário que compreende o atendimento mais
complexo a nível hospitalar englobando a assistência ao ponto
lógico tratamento de doença de maior complexidade, cuidados
intensivos, assistência nas diversas especialidades médicas e
cirúrgicas. Estas estruturas servem de suporte a assistência
básica.
CARASTERÍSTICAS DOS C.P.S

Elaborado pelo Medico e Professor: Anastácio Wili Caveta


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a) Acessibilidade
b) Tecnologia apropriada de saúde
Acessibilidade
A meta dos C.P.S é proporcional serviços essenciais a
toda a população. Tem se expressado frequentemente a
cobertura da população na forma do coeficiente entre a
prestação de serviço de saúde e a população servida. Tais
coeficientes prestam-se muitas interpretações temoreas.
É preciso estabelecer uma relação entre os componentes
específicos dos serviços de saúde ofermeidos e os seus
respectivos destinatários por ex: relacionar a prestação
de serviço de saúde infantil ao total de crianças na
comunidade, sejam meninas ou meninos ao fim de
assegurar a real acessibilidade de todas as crianças a
esse componente. Mesmo assim tais coeficientes só
expressam a existência ou a disponibilidade dos serviços
sem mostrar em absoluto o grau de sua autorização para
não falar a adequação desse uso, a utilização desses
serviços depende de sua adequada acessibilidade. A
acessibilidade implica a ajustação contínua e organizada
de serviços a que toda comunidade tenha fácil acesso
geográfico financeiro cultural e funcional. Esses serviços
além de qualitativa e quantitativamente apropriados e
adequados para satisfazer as necessidades essenciais de
saúde da população devem ser prestados com empregos
de método que esta coincidir acessíveis.
Por acessibilidade geográfica entende-se uma distância, o
tempo necessário para cobri-la e os meios de transporte
aceitáveis para a população.
Por acessibilidade financeira entende-se seja quais forem
as formas de pagamento adaptados, o custo dos serviços
está ao alcance da comunidade e do país.
Por acessibilidade funcional entende-se a disponibilidade
contínua de serviços apropriados a quem deles necessitar
e proporcionado pela equipa da saúde indicada para a
sua adequada prestação.

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Por acessibilidade cultural entende-se que os métodos


técnicos e administrativos utilizados estão em
consonância com os padrões culturais da comunidade,
por tanto a acessibilidade dos C.P.S devem proporcionar
o acesso integral e universal, devem contribuir para
assegurar a utilização racional de todo sistema de saúde.
Claro está que a definição de acessibilidade variara em
diferentes sociedades e de acordo com diferentes graus de
desenvolvimento numa mesma sociedade em cada
estágio do desenvolvimento cada sociedade terá de definir
os critérios de aferição da acessibilidade alguns dos
factores acima definidos.

PARTICIPAÇÃO COMUNITÁRIA

A participação comunitária é o processo pelo qual o


individuo e a família assumem a responsabilidade pela
saúde e bem-estar próprio e da comunidade, desenvolve
a capacidade de contribuição para o desenvolvimento
pessoal e comunitário. Chegam assim a melhor conhecer
a sua própria nutrição a ser motivado no sentido de
resolver os problemas comuns. Isto dá-lhes condições de
serem agentes do seu próprio desenvolvimento. Por tanto
devem dar-se conta de que nada os obriga a aceitar
soluções convencionais e inadequados, quando esta está
no alcance de improvisar e inovar para encontrar as
soluções que me convem.deve desenvolver a necessária
capacidade para aferir uma situação, examinar as
diferentes possibilidades e determinar o tipo da
contribuição a dar.
Assim como a comunidade deve dispor-se e aprender
cabe ao sistema de saúde a responsabilidade de
esclarecer, orientar e proporcionar claras informações
sobre as consequências favoráveis e adversas das
atividades sugeridas, bem como seus custos relativos.

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Por meio de diálogo pessoal de saúde está em condições


de melhor compreender as aspirações e o padrão da sua
organização, de suas comunicações, a base de seus
pontos de vista. Por sua vez aprendera a identificar as
suas autênticas necessidades de saúde compreender a
estratégia nacional dos C.P.S e compartilhar e promover
acção comunitária da saúde, assim a sociedade por um
lado compreenderá que a saúde mais do que um direito é
também uma responsabilidade de todos e que os
profissionais de saúde por outro lado identificarão uma
função apropriada.
Numerosas são as formas de possível participação
comunitária em cada etapa dos C.P.S devendo participar
no processo de avaliação da situação, de definição de
problemas e fixação de prioridades. A seguir ajudaram a
planear as atividades relacionadas com os C.P.S depois
de uma inteira cooperação de execução de tais atividades.
Essa cooperação inclui a aceitação pelo individuo do
outro grau de responsabilidade para com a manutenção
da sua própria saúde traduzida por exemplo pela adoção
de um salutar estilo de vida, pela aplicação de princípios
de boa nutrição e higiene ou pela utilização de serviços
de imunização; pode também os membros da
comunidade contribuir para os C.P.S com recursos
humanos financeiros e de outra natureza.
CONTRIBUIÇÃO DOS C.P.S PARA O
DESENVOLVIMENTO
Por serem fundamentais para a obtenção de um nível
satisfatório de saúde para todos, os
Compete também manter aplicação dos C.P.S sobre
constante e certificar-se de que a sua operação
corresponde nos propósitos estabelecidos. Tal
participação facilitará a identificação e superação de
dificuldades bem como a orientação de atividades quando
necessário.
TECNOLOGIA APROPRIADA DE SAÚDE

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Uma tecnologia apropriada de saúde (L.G) importante


factor para o ésito dos C.P.S é o emprego de uma
tecnologia apropriada de saúde. Por tecnologia entende-
se uma associação de métodos técnicos e equipamentos
que tomado em conjunto com aqueles que os aplicam e
operam, podem contribuir significativamente para a
solução de um problema de saúde. A tecnologia
apropriada entende-se, além de ser cientificamente bem
fundamentada.
Tecnologia é também aceitável para os que empregam e
para os seus beneficiários. Isso implica o seu
ajustamento da tecnologia e cultura local. A tecnologia
deve ser adaptável e se necessário, adicionalmente
aperfeiçoada. Alem disso, é preferível que seja facilmente
entendida e aplicada por agentes comunitários de saúde
e em certos casos até mesmo por membros da
comunidade. É sempre desejável que a tecnologia
adaptada prima pela simplicidade. As drogas medicinais
são um importante componente da tecnologia de saúde.
O número de drogas existentes nos mercados da maior
parte do mundo é maior do que o necessário. Foram
preparadas e divulgadas uma lista padrão de 200 drogas
essenciais. Embora o número de drogas necessário no
âmbito dos C.P.S talvez seja inferior a 200, a lista pode
ser utilizada como base para selecção das drogas
referidas em circunstâncias locais específicas.
COORDENAÇÃO COM OUTROS
SECTORES
Por si só, o sector de saúde não poderá atingir a sua meta.
Principalmente em países em desenvolvimento onde o
progresso económico, as medidas de combate a pobreza,
a produção de alimentos, o abastecimento de água e
saneamento, a habitação, a protecção ambiental e
educação, além de contribuírem para a saúde e do
desenvolvimento socio-economico geral dependerão
necessariamente de uma adequada coordenação em

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todos os níveis, entre a saúde e todos os demais sectores


pertencentes na sociedade.

Sistema de referência
Os C.P.S são parte integrante tanto do sistema de saúde
do país de que são o ponto central e foco principal, como
no desenvolvimento socio-economico geral da
comunidade; os C.P.S são os primeiros níveis de contacto
dos indivíduos e famílias de comunidade com o sistema
nacional da saúde e aproximando ao máximo possível os
cuidados essenciais ai onde vive e trabalha a
comunidade. Os C.P.S constituem o primeiro elemento de
um contínuo processo de atendimento em saúde.
C.P.S E DESENVOLVIMENTO
Relação entre a saúde e o desenvolvimento
O desenvolvimento implica a progressiva melhorias das
condições e qualidade da vida disfrutada pela sociedade
e compartilhada por seus membros. Trata-se de um
processo que ocorre continuamente em todas as
sociedades e poucas são as que diriam haver completar o
seu desenvolvimento.
Já não cabe fazer qualquer distinção entre o
desenvolvimento económico para a obtenção da maioria
das metas sociais eo desenvolvimento social para a
obtenção das metas económicas. De facto os factores os
factores sociais são a mola propulsora do
desenvolvimento. O propósito do desenvolvimento, é
permitir que os povos usufruam uma vida
economicamente produtiva e socialmente satisfatória.
Todos os povos do mundo têm a consciência de que a
motivação que os leva a envidar esforço para aumentar
os seus rendimentos, não está no acúmulo puro e simples
das riquezas mas nas melhorias sociais, tais como:

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melhor alimentação e habitação, melhor educação,


melhores oportunidades de recriação, melhor saúde.
O desenvolvimento económico-social bascadonuma
ordem económica internacional é fundamental para a
realização de saúde para todos.
A melhoria da saúde contribui substancialmente, para o
aumento da produtividade e do bem-estar individual e
comunitário.
Sem saúde não há trabalho e sem trabalho não pode
haver desenvolvimento, quanto mais sádia for a
população maior serão as probabilidades de que ela
possa contribuir o desenvolvimento sócio económico que
por sua vez proporciona recursos adicionais para facilitar
o desenvolvimento da saúde.
Comtribuição dos C.P.S para o
desenvolvimento
Por serem fundamentais para a obtenção um nível
satisfatório de saúde para todos, os C.P.S ajudaram os
povos a contribuir para o seu próprio desenvolvimento
económico e social. Logo os c.p.s devem ser parte
integrante do desenvolvimento global da sociedade.
Os c.p.s contribuem para o desenvolvimento ao melhorar
as condições de saúde e ao estimularem a acção e
organização orientadas para o apoio ao processo de
desenvolvimento.
Apoio de outros sectores aos C.P.S
Não existe sector de desenvolvimento sócio económico
capaz de operar adequadamente por sí só.as actividades
de um sector incidem sobre as metas de outros; daí há
necessidade de constante contacto entre os principais
sectore económicos e sociais afim de assegurar o
desenvolvimento e promover a saúde como parte
integrante do mesmo.os c.p.stambem requerem o
desenvolvimento e aplicação desses cuidados.
a) Sector da agricultura

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O sector agricola é de particular importância na maioria dos


países esse sector pode a segurar aproducão de alimentar
para o consumo familiar passa
a ser parte intregante politica agricola e a
disponibilidade de alimentos sejam reais para aqueles que a
praduzim. A lém disso é preciso melhorar os casos nutricionais
por meio de programa de agricultura e economia domestica
orientados para o atendimentos das necessidades proritarios
da família e da comunidade.
Fazer com que as mulhers disputen tanto como homens por
beneficio do denzevolvimento agricola. As mulheres requeren
tecnologias apropriadas para reduzir a sua canja de teabalho
e aumentar a sua produtividade.também requer
conhecimentos de matéria de nutriçãoque possam aplicar com
base nos recursos disponíveis o que diz respeito adequado a
alimentação dos filhos e asua própria nutrição durante a
gravidez ea lactação.
b)Sector da educação
o sector de ensino comunitário ajuda o povo a fazer uma ideia
dos seus problemas de saúde, das suas possíveis soluções e do
custo de diferentes opções.
Por meio do sistema educacional é possível preparar e
distribuir material didactico. As acossiações do país e mestres
podem assumir no âmbito escolar e comunitário. Certas
responsabilidades vinculadas ao C.P.S tais como: programa
de saneamento, campanha de vacinação e de alimentação
ou cursos de nutrição e primeiros socorros.
C) Sector de habitação
As habitações devem estar devidamente adaptadas as
condições alimentícias e ambientais locais, isto exerce efeito
positivo sobre a saúde. É necessário proteger as casas, abrigos
para animais e depósitos de alimentos não só dos inteperios
como também de insectos e roedores que transmitem doenças

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todas estas estruturas, as cozinhas e instalações sanitárias em


particular devem ser acessíveis a limpeza. Também neste caso
é necessário ensinar e cuidar das casas e das áreas
adejacentes.
D) Meios de comunicação social
Tem um papel educacional de apoio através da divulgação de
informações pertinentes sobre saúde e aos meios para alcança-
los e da descrição dos benefícios a serem alcançados com o
melhoramento das práticas de saúde no âmbito dos C.P.S.
Estes meios podem por exemplo: apoiar uma saúde politica e
farmaceutica a condicionalizar o público de que muitas drogas
com os nomes venericos são tão eficazes como os produtos que
a publicidade anuncia com os nomes comerciais. Podem
também ajudar a popularizar o conseito de C.P.S notificando o
que realmente ocorre em diferentes comunidades em termos
de saúde e desenvolvimento como:
Água e saneamento
A água é tão importante para o uso doméstico, para o gado e
irrigação até a abundancia de água de boa qualidade facilita a
vida principalmente da mulher por além de reduzir a
mortalidade e morbilidade sobretudo as crianças. Cujo
elaborado planos de abastecimento de água a maior das
populações urbanas e rurais. A adequada eliminação de lixo e
de jeito também exerce significativo influencia sobre a saúde.
É importante ensinar a usar e manter adequadamente as
instalações sanitárias e a água.
A Indústria
O sector da indústria pode apoiar os C.P.S mediante o
estabelecimento de indústria que aguarda relações com os
sectores de saúde tais como: os de produção de alimentos,
medicamentos essenciais etc . igualmente importante são as
pequenas indústrias de âmbito local que geram empregos e
assim melhora a base econômica e o poder aquisitivo local.

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Os governos locais
São condenadores de toda actividade socioeconômico
controlam desenvolvimentoo intersectores na implementação
dos C.P.S.

UNIDADE III

3. CADEIA EPIDEMIOLÓGICA

Elementos e mecanismo de propagação de doenças


transmissíveis.
A identificação dos mecanismos da propagação da doença
torna possível a adoção de medidas sanitárias capazes de
prevenir ou impedir a sua disseminação.
Para isso é importante que sejam feitas algumas perguntas:
1- Quem hospeda e transmite o agente?
FONTE DE INFECÇÃO
2 - Como o agente abandona o hospedeiro?
VIA DE ELIMINAÇÃO
3 - Que recurso o agente utiliza para alcançar o novo
hospedeiro?
VIA DE TRANSMISSÃO
4 - Como se hospeda o agente no novo hospedeiro?
PORTA DE ENTRADA
O conjunto desses elementos caracteriza a CADEIA
EPIDEMIOLÓGICA OU CADEIA DE TRANSMISSÃO –
demonstra o processo de propagação de doenças
transmissíveis em populações animais.
1) FONTE DE INFECÇÃO (F.I.)

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Qualquer hospedeiro vertebrado que alberga um determinado


agente etiológico e pode eliminá-lo do organismo, isto é,
transmiti-lo.
Ex: cão eliminando vírus da raiva
Podemos classificar a Fonte de Infecção em duas categorias:
a) Quanto à característica do agravo sofrido pelo hospedeiro,
ou seja, o estágio de evolução da relação parasita-hospedeiro
na história natural da doença.
DOENTES: Típicos, atípicos e em fase prodrômica,
PORTADORES: Sadios, em incubação e convalescentes,
COMUNICANTES
RESERVATÓRIOS
b) Quanto à natureza do hospedeiro no contexto do
ecossistema:
HOSPEDEIRO HUMANO
HOSPEDEIRO DOMICILIAR (animais de estimação)
HOSPEDEIRO DOMÉSTICO (animais de produção econômica)
HOSPEDEIRO DE LABORATÓRIO (animais de laboratório)
HOSPEDEIRO PERIDOMICILIAR (animais sinantrópicos)
HOSPEDEIRO SILVESTRE
DOENTES
São aqueles hospedeiros que revelam sinais, mesmo que
indefinidos, de comprometimento do equilíbrio orgânico
atribuíveis a agentes existentes em seu organismo.
DOENTES TÍPICOS:
Quando revela um quadro de sinais e sintomas, bastante
característico de uma determinada doença ou de um grupo
assemelhado de doenças.

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EX: Bovinos com vesículas evidentes na mucosa oral e nos


espaços interdigitais, acompanhados de febre e cialorréia,
característico de febre aftosa ou doença vesicular.
DOENTES ATÍPICOS:
Indivíduos acometidos por um determinado processo que
demonstra um quadro sintomático pouco característico,
revelando extrema malignidade ou extrema benignidade.
EX; Quadros suaves ou extremamente graves de febre aftosa,
comum em áreas endêmicas.

Agente infecioso: É um organismo causador de infecções. É


também chamado de agente patógeno (do grego pathos,
“doença” e genos, origem”).
São considerados agentes infecciosos microrganismos
responsáveis por causar doenças infecciosas com potencial de
transmissão para outros seres vivos, da mesma espécie ou não.
O agente infeccioso está presente em nossos ambientes, são os
vírus, bactérias, fungos, protozoários e uma série de outros
microrganismos patogênicos causadores de infecções.
DOENTES EM FASE PRODRÔMICA
Indivíduos que apresentam a doença em fase inicial,
permitindo observar-se alterações no estado de saúde, mas os
sintomas não são ainda suficientemente claros ou definidos
para realização do diagnóstico clínico.
Ex: Animal no estágio inicial da raiva procura lugares escuros
e silenciosos, esquiva-se do dono, modifica seu comportamento
usual.
Em epidemiologia os doentes que não manifestam
sintomatologia aparente definida são os mais importantes,
pela dificuldade de identificação.
PORTADORES

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Hospedeiros que estão albergando e eliminando uma agente da


doença, sem manifestar qualquer indicativo de agravo à saúde
devido à presença de agente infeccioso no organismo.
PORTADORES SADIOS OU SÃOS
Indivíduos que não apresentaram e não estão apresentando,
no momento, manifestações clínicas da doença nem se
encontram no período de incubação da mesma, mas são
capazes de eliminar o agente.
Normalmente são denominados aparentemente sadios.
Ex: As fêmeas portadoras do vírus da peste suína clássica
receberam a vacina de cristal violeta e podem transmitir o vírus
da doença aos seus descendentes ainda na vida fetal.
PORTADORES EM INCUBAÇÃO
Indivíduos capazes de funcionar como fonte de infecção mesmo
antes de manifestar os sintomas clínicos. Esses indivíduos irão
apresentar os sintomas passando o período de incubação da
doença.
Ex: A raiva, o vírus pode ser eliminado pela saliva até três dias
antes do aparecimento dos sintomas clínicos.
PORTADORES CONVALESCENTES
Indivíduos que após a recuperação de um processo doença,
continuam eliminando o agente.
Podem ser portadores convalescentes temporários ou crônicos,
dependendo do tempo de eliminação.
Ex: Na laringo-traqueíte infecciosa das aves o vírus persiste
por várias semanas na membrana mucosa da traquéia, em 1 a
10% dos animais recuperados.
Na peste bovina o vírus pode persistir na região do piloro por
até 177 dias.
COMUNICANTES
Embora não fazendo parte necessariamente da cadeia
epidemiológica, esse elemento pode desempenhar papel

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importante na introdução ou propagação da doença numa


população. São indivíduos quê estiveram expostos ao risco da
infecção, não se podendo afirmar se estão ou não infetados.
RESERVATÓRIOS
Na dependência da espécie principal a ser considerada
objeto da ação sanitária, os demais vertebrados, capazes de
atuar como fonte de infecção no processo de disseminação de
determinada doença, são considerados reservatórios.
O reservatório é um vertebrado, também suscetível aos
agravos da doença, enquadrando-se em qualquer das
categorias de fonte de infecção.
EX: cão – reservatório na transmissão da raiva para o homem.
Carnívoros silvestres e quirópteros – importantes
reservatórios para o cão e outras espécies domésticas como os
bovinos.
Ratos – reservatórios para a leptospirose, o tifo murino.
2) VIA DE ELIMINAÇÃO (V.E.).
É o meio através do qual o agente abandona seu hospedeiro
para alcançar o meio exterior e assim, o novo hospedeiro.
O conhecimento do mecanismo envolvido nesta etapa de
transmissão é de grande valia na determinação das medidas
profiláticas eficazes.
A via de eliminação de um agente está relacionada com seu
local preferido de multiplicação e colonização no hospedeiro.
O conhecimento da patogenia da doença é fundamental,
pois, a localização da lesão e do agente estão relacionados com
o mecanismo de eliminação mais comum.
SECREÇÕES ORO-NASAIS
Fluxos eficientes para na eliminação de agentes de
doenças do trato respiratório e da porção inicial do digestivo e
seus anexos. Ex: Febre aftosa, Raiva, Tuberculose, Cinomose,
Garrotilho, Gripe, Sarampo, etc.

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SECREÇÕES URO-GENITAIS (gônadas)


Importante na eliminação de agentes das doenças da esfera
reprodutiva.
Ex: Brucelose, tricomonose, sífilis, vibriose.
SECREÇÃO LÁCTEA
Vários são os agentes eliminados pelo leite, os mais
importantes com relação à saúde pública são: Tuberculose,
brucelose.
HUMORES
O sangue e demais fluídos orgânicos são importantes para
disseminação de agentes de doenças como: Anaplasmose,
Babesiose, Doença de Chagas, Encefalomielite Eqüina, AIE,
etc. Tanto em doenças que envolvem vetores como naquelas
onde há envolvimento de fômites ou de transfusão.
EXCREÇÕES
As fezes e a urina são excelentes recursos para eliminação de
diversos agentes, não só bactérias, helmintos e protozoários
que parasitam o trato digestivo, mas também aqueles que
parasitam o trato respiratório, sejam deglutidos e sobrevivam
ao suco gástrico.
A urina é um meio de eliminação daqueles agentes que
provocam infecções urogenitais. Ex: Leptospirose
PLACENTA, LÍQUIDOS FETAIS, FETO.
Importante na disseminação de doenças da esfera reprodutiva.
Ex: Brucelose, Tricomonose, Vibriose.
EXSUDATOS E DESCARGAS PURULENTAS
O conteúdo dessas coleções ao ser eliminado, carreia uma
grande quantidade de agentes ao meio externo.
Ex: piobacilose, piometra, mal da cernelha (brucelose em
eqüinos).
DESCAMAÇÕES CUTÃNEAS

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Eficiente mecanismo de eliminação de agentes de doenças que


acometem a camada superficial do corpo.
Ex: Sarnas, micoses, varíola, etc.
TECIDOS ANIMAIS
A via de eliminação é representada pela própria carcaça do
animal, casos onde o agente ou seus produtos se localizem nos
tecidos e órgãos e são liberados a partir do processo de
predação, geralmente associado à cadeia alimentar.
Ex: cisticercose, hidatidose, toxoplasmose, etc.
MATERIAIS DE MULTIPLICAÇÃO ANIMAL
Ovos, sêmen, óvulos, embriões, ova de peixe, são vias de
eliminação de agentes como brucelose, tricomonose, leucose
bovina, etc.
3) VIAS DE TRANSMISSÃO (V.T.)
Vamos apresentar as principais vias de transmissão utilizadas
por agentes biológicos de doenças.
CONTÁGIO: mecanismo de transferência rápida do material
infectante fresco, desde a fonte de infecção ao novo hospedeiro,
caracterizando sempre a presença dos dois no mesmo
ambiente.
A)CONTÁGIO DIRETO OU IMEDIATO
B)CONTÁGIO INDIRETO OU MEDIATO
A)CONTÁGIO DIRETO
Quando ocorre efetivamente um contato entre as superfícies.
De um lado a fonte de infecção, e de outro o ponto do
hospedeiro suscetível por onde o agente irá penetrar no seu
organismo. Não há relacionamento do agente com o meio
exterior.
Ex: Contatos sexuais, mordeduras, arranhadura, beijo,
amamentação e contatos profissionais.
Incluem-se ainda nessa categoria a transmissão vertical, da
mãe para o filho, na vida intra-uterina e no parto.

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EX: feto, rubéola, a peste suína, a língua azul dos ovinos; ovo
embrionado, no ovário vírus transferido pela gema, leucose
aviária, New Castle.
Auto-infecção endógena –um indivíduo da espécie humana
com Taenia solium, transmite a si próprio a cisticercose ao
sofrer um processo de retro-peristaltismo possibilitando o
refluxo do conteúdo gastro-intestinal ao estômago.
B)CONTÁGIO INDIRETO
Neste caso há a interposição de algum veículo de transmissão
que dispensa o contato direto entre a Fonte de Infecção e o
suscetível.
As gotículas emitidas pelo doente ao falar, assim como os
fômites a fresco, representados por seringas, agulhas, objetos
de uso individual, constituem-se em veículos de transmissão
de agente de determinadas doenças como cinomose, AIE,
garrotilho, sarnas, AIDS, etc.
Caracteriza-se contágio apenas nas situações onde existe a
presença da FI e do Suscetível no mesmo local e no mesmo
espaço de tempo.
Existem outras maneiras de transmissão que não estão
limitados pelo tempo e espaço, são elas:
TRANSMISSÃO AERÓGENA
Quando os agentes permanecem no ar, em suspensão por
períodos relativamente longos, após sofrerem um processo de
dessecação lenta ou rápida. Trata-se nesse caso da
transmissão pelo ar, envolvendo outras alternativas de
disseminação de agentes infecciosos, seja transmissão por
aerossóis ou poeiras.
Aerossóis infecciosos
Nebulização de secreções oro-nasais, em decorrência da
emissão explosiva do ar com fragmentação de partículas
líquidas pode gerar duas alternativas de transmissão:
Gotículas de Pflugge e Núcleos Infecciosos de Wells.

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Gotículas de Pflugge – Partículas com diâmetro maior que 0,1


milímetro, incapazes de atingir grandes distâncias em virtude
de seu peso elevado, depositando-se no solo onde sofrem ação
da dessecação lenta, deletéria a muitos agentes infecciosos,
sendo posteriormente ressuspendidas com a poeira.
Ex: Bacilo da tuberculose, estreptococcus da escarlatina, vírus
da varíola e outros.
Núcleos infecciosos de Wells – Partículas de diâmetros
pequenos entre 0,001 e 0,01 milímetros, as quais podem sofrer
dessecação rápida favorecendo certos agentes como o vírus da
gripe. Esses aerossóis podem atingir indivíduos a grandes
distâncias.
A emissão de fezes e urina em piso de cimento favorecem a
formação de aerossóis.
Poeira
Alguns agentes resistentes a dessecação lenta tornam a se
ressuspender sob a forma de poeira, no ar atmosférico.
Varreduras a seco e movimentação de animais favorecem esses
tipo de transmissão.
TRANSMISSÃO PELO SOLO
Seja como passagem habitual ou acidental, o solo pode
representar uma via de transmissão importante e em certos
casos exclusiva, em casos que o agente necessita completar
seu ciclo biológico no solo.
Como via de transmissão depende de sua contaminação por
excretas das fontes de infecção e produtos de descarte,
podendo a contaminação atingir os alimentos em geral, bem
como os indivíduos que entrem em contato com esse solo.
TRANSMISSÃO PELA ÁGUA
Qualquer que seja sua origem (água da chuva, de superfície ou
subterrânea) inúmeras são as oportunidades surgidas para a
poluição ou contaminação por agentes patogênicos.

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Importante na transmissão de doenças como a salmonelose,


cólera, febre aftosa, etc.
Podemos considerar a qualidade sanitária da água como
indicativo da qualidade de vida da população.
TANSMISSÃO POR ALIMENTOS
A produção, colheita, processamento, estocagem e distribuição
são fases da produção de alimentos que estão sujeitas à
contaminação por agentes patogênicos.
Os alimentos de origem vegetal como verduras, frutas e
legumes podem ser contaminados seja em decorrência da
adubação do solo com excretas ou materiais orgânicos
contaminados, seja pela água de irrigação, seja pela
manipulação na colheita, no transporte ou na distribuição.
A alimentação animal também pode estar sujeito aos mesmos
riscos.
Podendo estar contaminados com ovos de helmintos,
metacercáreas, oocistos de eimerídeos, vírus, bactérias, etc.
Dentre os alimentos de origem animal devemos lembrar que o
alimento favorece a multiplicação e a sobrevivência dos
agentes patogênicos.
O alimento pode sofrer contaminação em qualquer fase, desde
proceder de um animal já doente, até o processamento
industrial, armazenamento, distribuição, preparo em
cozinhas, armazenamento doméstico, distribuição por
ambulantes, entre outras.
No caso do leite a multiplicação dos agentes é ainda maior,
pode vir contaminado de origem por brucelas, micobactérias,
estreptococcus, ou pode carrear diversos agentes nas
diferentes fases de produção.
Os produtos cárneos podem carrear cisticercose, hidatidose, o
vírus da aftosa, etc.
O pescado pode vir contaminado de origem ou ser contaminado
pela manipulação.

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TRANSMISSÃO POR VETORES


O agente infeccioso encontra um organismo vivo que lhe
propicia a necessária proteção e as condições indispensáveis
para sua propagação.
Os vetores podem ser classificados em:
a)VETORES MECÂNICOS OU ACIDENTAIS
b)VETORES BIOLÓGICOS OU OBRIGATÓRIOS
a) VETORES MECÂNICOS
Nessa categoria existe um relacionamento acidental entre o
agente infeccioso e vetor, no caso o vetor se comporta como um
fômite de movimento próprio.
Ex: A mosca doméstica transporta microrganismos
acidentalmente ao pousar sobre material infectante.
b) VETORES BIOLÓGICOS
Quase sempre representam a principal via de transmissão do
agente, por isso geralmente chamados de obrigatórios.
O agente fica protegido pelo vetor, onde sofre multiplicação ou
transformações inerentes ao seu próprio ciclo.
Entre o momento que o vetor biológico se infecta e o que se
torna infectante decorre um tempo variável chamado de
período extrínseco de incubação.
Dependendo das alterações por que passam os agente no
organismo dos vetores podemos ter:
VETOR BIOLÓGICO PROPAGADOR
O vetor biológico sofre multiplicação, porém não muda de
forma ou tipo.
Ex: Pasterurella pestis na pulga
VETOR BIOLÓGICO DE DESENVOLVIMENTO
Os parasitas crescem e mudam de estruturas, porém não se
multiplicam.
Ex: microfilárias dentro dos mosquitos.

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VETOR BIOLÓGICO CICLO-PROPAGADOR


Além de mudança de forma, se multiplicam no vetor.
Ex; Malária e doença de Chagas.
Os vetores biológicos podem também transmitir o agente para
sua descendência por via transovariana ( transmissão vertical),
como no caso da Babesia bigemina nos carrapatos.
TRANSMISSÃO POR HOSPEDEIRO INTERCALADO
Difere dos vetores por não exercer a transmissão ativa do
agente.
É um hospedeiro invertebrado que pode ser indispensável para
o ciclo do agente ou apenas desempenha um papel importante
na sua proteção durante a permanência no exterior.
Ex: Esquistossomose – (Schistossoma mansoni) onde os ovos
embrionados , eliminados nas fezes, liberaram na água formas
infectantes (miracídeos) que penetram ativamente nos
moluscos da família Planorbidae onde prosseguem sua
evolução até cosntituírem novas formas infectantes, as
cercarias, capazes de penetrar no hospedeiro vertebrado de
forma ativa.
TRANSMISSÃO POR PRODUTOS BIOLÓGICOS
Os produtos imunizantes como soros e vacinas, bem como
outros produtos terapêuticos podem se constituir em
importantes veículos para agentes produtores de doença.
Ex: Vacina contra varíola importada do Japão foi
responsabilizada por duas epidemias de Febre Aftosa nos
Estados Unidos em 1902 e 1908.
TRANSMISSÃO POR FÔMITES
Utensílios, veículos, instrumentos médico-cirúrgicos, podem
desempenhar papel importante na disseminação de doenças,
particularmente naqueles casos em que o agente é dotado de
resistência às condições ambientais.TRANSMISSÃO POR
VEICULADORES ANIMADOS

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O homem, o cão, cavalo, aves, roedores, podem realizar o


transporte passivo de microrganismos produtores de doenças.
TRANSMISSÃO POR PRODUTOS NÃO COMESTÍVEIS DE
ORIGEM ANIMAL
Couros, lãs, pena, podem ser importantes veículos de
propagação de agentes como o vírus da febre aftosa, esporos
do Bacillus anthracis, ácaros da sarna e outros.
TRANSMISSÃO POR MATERIAIS DE MULTIPLICAÇÃO
ANIMAL
A via de transmissão é representada pela via de eliminação. A
contaminação do sêmen e de óvulos com vírus e bactérias tem
sido amplamente demonstrada.
Ex: Lepospirose, Tuberculose, febre aftosa, IBR,
micoplasmoses, etc.
4) PORTAS DE ENTRADA (P.E.)
Porta de entrada é local ou ponto de penetração do agente no
novo hospedeiro. Mesmo que o hospedeiro utilize mais de uma
porta de entrada, sempre haverá uma considerada principal.
As portas de entradas estão associadas a uma via de
transmissão mais adequada para o agente.
MUCOSA DO TRATO RESPIRATÓRIO
Usualmente atingida por agentes veiculados por gotículas,
aerossóis e poeiras.
MUCOSA DO APARELHO DIGESTÓRIO
É mais frequentemente utilizada por agentes veiculados por
alimentos, sendo utilizada também por outras alternativas de
transmissão como gotículas, poeiras, fômites e mão
contaminada.
MUCOSA DO APARELHO GÊNITO-URINÁRIO
O contágio direto é a alternativa mais importante para essa via
de acesso do agente, porém fômites e mãos contaminadas não
devem ser esquecidas.

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MUCOSA DA CONJUNTIVA OCULAR


É bastante vulnerável e pode ser porta de entrada de várias
alternativas como; gotículas, aerossóis, poeiras, água
contaminada, etc.
PELE
Por sua extensão é evidente que as possibilidades de acesso
são inúmeras, entre as quais temos: vetores mecânicos, solos,
água, fômites, etc.
CANAL GALACTÓFORO (TETA)
Particularmente no período de lactação, oferece acesso a
agentes transmitidos pelo solo, mãos contaminadas, fômites,
água e mesmo pelo contágio direto durante a amamentação.
FERIDA OU CICATRIZ UMBILICAL
Pode se constituir numa importante porta de entrada para
agentes veiculados pelo solo, vetores mecânicos, fômites, mãos
contaminadas, poeira, etc.

UNIDADE IV

4. O SANEAMENTO E SAÚDE COLETIVA

* Influência do saneamento na melhoria das condições de


saúde do indivíduo da família e da coletividade.
* O saneamento do meio tem como influência garantir
melhores condições de vida a comunidade e que favorece o seu
desenvolvimento humano e sócio- económico, alongam assim
o seu tempo de vida e a redução da mortalidade.
2.Microbiologia e parasitologia
*Microbiologia: É o tratado acerca dos micróbios em que os
micróbios só são vistos ou observados através dum

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microscópio. Os micróbios podem ser bacilos, bactérias e


vírus.
* Os micróbios dividem-se em: Bactérias, vírus, fungos,
parasita, bacilos.
* Parasitologia: É o estudo de micróbios que podem ser
veículos de certas doenças, observados a vista nu ou através
do microscópio.
Os parasitas podem ser: shistosomas,
microfilária,plantelmintas,fascíola hepática, protozoários

Visão geral das doenças


*Fases da Doença.
1- Incubação.
2-Invasão.
3-Estadio.
4-Declínio.
5-Convalescência.
6-Transmisão.

Fases da doença
Desde a penetração do agente patogénico do organismo
humano até a causa total ou a morte observam-se certos
intervalos de tempo
1º Período de transmissão: É aquele que durante o qual os
germes de certas doenças libertam-se ao organismo humano
ou de um animal em condições de poder vitimar uma pessoa.

2º Período de incubação: É o período que vai desde a


penetração de agentes patogénicos no organismo até o

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aparecimento dos primeiros sinais e sintomas da doença;


Nesta fase o organismo reage conforme os germes se
multiplicam e cujo a mesma defesa de certas doenças.
Ex: Lepra e seu período de incubação dura vários anos.,
período de incubação é de algumas horas.
3º Período de invasão: Inicia com o aparecimento dos
primeiros sinais e sintomas processando-se a luta entre o
organismo e o agente e termina com período de estádio.
4º Período de estadio: É quele em que se manifesta em
plenitude e com maior intenssidade dos sinais e sintomas da
doença terminando com período de declínio.
5º Período de declínio: Os sintomas atenuam-se aos poucos
durante certo tempo em que varia com o tipo de doença.
6º Perído de convalescência: É o período de tempo de corrida
apoís o desaparecimento da doença para que o organismo
enfraquecido se recupere integralmente.

Micróbios e parasitologia: Escherichia colli; Ameba;


Ancylostoma;Ascaris e Bilharziose.
Provisão de água Potável
Introdução
*Desde os tempo remotos os Índios com pouco
conhecimento que tinham já purificavam a H2o metendo em
recipientes de cobre expondo-a a luz solar e a seguir filtrá-la.
* A água estragada tratava através de fervura expondo-a
também a luz solar e introduzindo nele sete vezes uma barra
quente de cobre filtrando-a a seguir e resfriando num
recipiente de barro.
* Os Chineses há centenas de anos usavam o alúmen
para classificar a H2o.
* Os hebreus tinham o hábito de lavagem das mãos antes
das refeições e depois de utilizarem os lavabos.

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* Pois verificam-se a dificuldade de disfusão desses


conhecimentos indispensáveis.
* Água Potável: é aquela que se pode beber sem
desconfiança contendo as seguintes características:
a)- Cristalina, inodora, insípida, conserva permeabilidade de
oxigénio dissolvido e um número reduzido de substâncias
estranhas com uma temperatura ao beber inferior á 5 ͦc com
o frio de não irritar a mucosa gástrica nem ultrapassar 15 ͦc o
qual torna desagradável o paladar.
* Chamamos de H2o potável aquela que é própria para o
consumo humano pelas suas qualidades físicas, químicas e
bacteriológicas.
* Desinfecção: é a destruição por agentes físicos e químico de
micróbios patogénicos fora do organismo.
* Desinfestação: é a destruição po processos físico ou
químicos de piquenos animais indesejáveis presentes no corpo
de uma pessoa em sua roupa ou no seu ambiente.

* Desinfecção da H2o
A água para beber deve ser da nossa confiança isto quer dizer
água fornecida pelos serviços de saneamento. Toda H2o
mineral de mesa é fornecida ou engarrafada devidamente
licenciada pelo estado.
*Toda e qualquer outra água que se vai colher fora do domicílio
deve ser considerada água suspeita e não devem ser usadas
sem ser desenfectada.
* São consideradas perigosas as águas das fontes de mergulho
dos vales de irrigação, minas ou fontes próximas das
estrumeiras ou dos poços absorventes dos esgotos, assim
como os rios, ribeiros e charcos.
* A desinfecção de água pode ser feita por métodos físicos e
químicos.

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* Método Físico: entendemos como a fervura que se faz num


tempo entre 5-15-30, contando desde que a água ente em
ebulição. A desinfecção com fervura deve ser eficaz para
destruir os micróbios potencialmente patogênicos para o
homem seja bactéria ou parasitas.
-Para a fervura de 1litro de H2o é necessário aproximadamente
1kg de lenha e por outro lado a H2o fervida perde o gosto pelo
facto de ter perdido os gases que o compõem e este facto pode
ser corrigido adicionando algumas gotas de limão ou ainda
guardada no frigorífico durante 24 horas.
*Método químico: é feito com a ajuda de produção a base de
cloro e yodo sendo o mais aconselhavel a solução de hipoclorito
de sódio. Entre o yodo e o cloro, o cloro é o mais aconselável
por ser mais barato e não dá gosto medicinal.
-Por falta de cloro utiliza-se o yodo sob forma de tintura de
yodo numa porção de 2% por exmplo: 20gr/1litro ou 1gr/ml.

-Para além das soluções químicas citadas podem ser utilizados


comprimidos mais preferidos em situações de emergência
acompanhado de um formulário com o tempo de utilidade, em
regar, são válidos por 30 dias depois de abertos.
*Desinfecção química com derivados de cloro várias marcas
comerciais. Ex: comprimidos de alazona ou bacila,
puritables,capazes de desinfectar a água limpa.
-Micropur: usa-se para desinfetar e conservar em depósito a
água limpa:
*Para beber e cozinhar.
*Para preparar qualquer tipo de bebida.
*Para lavar legume e fruta.
*Para higiene da boca e da garganta.
*Para ingerir fármacos.

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*Para lavar pavimentos.


O micropur mata todos os germes presentes na H2o,
especialmente os causadores de doenças como tiphy, para
tiphy, a desenteria, a cólera, assim como os vírus da influenza
e da caxumba
-Hipoclorito de sódio: (água de javela ou javela) é um produto
usado para branquear a roupa e é vendido no comércio sob
forma líquida numa porção de 5% de cloro. Para efetuar a
desinfeção dilui-se 1º a 1% procedendo-se da seguinte forma:
-Pega-se em 200 ͦc do produto junta-se a 750 ͦc de água obtém-
se aproximadamente 1litro de solução a 1%, utiliza-se uma
solução para desinfetar a água na proporção de 2 a 4 gotas por
litro.
Deve-se agitar a água desinfetada e deixa-la repousada
durante 20 minutos antes de utilizar.
4.Relação Higiene e Saúde
Introdução
O saneamento é saúde no seu aspecto físico na luta do homem
em relação ao ambiente.
*Existe como tal desde o início da humanidade, foi
desenvolvendo-se de acordo com a evolução das diversas
civilizações. Ora retrocedendo-se com a queda dos mesmos e
renascendo-se com o aparecimento de outros.
*Os pouco meio de comunicação no passado pode ser
responsabilizado em grande parte pela descontinuidade dos
progressos e retrocessos do saneamento.
*Miliares de pessoas em zonas rurais constroem as suas casas
sem incluir as facilidades sanitárias indispensáveis como poço
protegido ou a construção de uma fossa.
*O meio ambiente em que nós vivemos em nossa casa tem uma
enorme importância pois pode favorecer pelo contrário e
dificultar a posição de doença.

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* Num ambiente poluido os micróbios agentes de doenças


encontra-se em excelente condições de vida para poderem
penetrar facilmente no organismo.
No meio asseado as possibilidades dosmicróbios serão
menores.
*Somos nós que podemos manter limpo o nosso ambiente.
Somos nós que podemos favorecer __________________
*É o nosso modo de viver, nosso comportamento que
condiciona a saúde. Mas é claro que para quem nasceu e viveu
sempre no mesmo ambiente não tem facilidade de
compreender mudar sozinho o seu próprio comportamento.
* Isto também vale para a comunicação se não fôr orintado de
meneira integrante por alguns com conhecimento.Por algum
conhecimento de higiene e uma clara visão dos problemas
ambientais terá dificuldade de olhar uma solução e melhoria a
situação.
* Contudo na era em que vivemos a ______ é cada vez melhor a
linguagem escrita que torna difícil as condições de perigo e
retrocesso.
* Aparelhos modernos de comunicação facilitam cada vez mais
a difusão da cultura quanto as condições do saneamento.
* Em particular, portanto o objectivo do técnico de saúde nesta
área de medicina preventiva será:
1- Inter-relação dos agentes da Saúde.
2- Princípios e métodos para melhoramento das condições de
saneamento.
3- Reconhecer alguns micróbios e parasitas de doenças mais
comuns.
4-Perceber os problemas relativos a provisão de H2o, latrinas,
a deposição final do lixo bem como ter conhecimentos técnicos
práticos sob localização, construção e a manutenção de fossas,
poças e destinos finais de lixo.

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Na concepção atingir higiene significa limpeza e na concepção


atual higiene significa complexo multi disciplinar onde a
matemática, a engenharia, as ciências sociais e outras ciências
se inter- ajudam -se.
Hipócrates, definiu a saúde como princípio de alimentação
racional, cuidados com a infância e velhice, exercício físicos e
limpeza corporal.

*Classificação da Higiene
Há regras destinadas a pessoas de cada um e há as que
interessam a sociedade. Esta distinção origina os dois grandes
ramos conhecidos por higiene individual e colectiva.
1º- Higiene Individual: compreende, o alimento, o asseio
corporal, vestuário, exercício, o trabalho repouso, recreio e
habitação.
2º- Higiene Colectiva: pretende defender a sociedade regular
as relações os contactos, o modo de construir dos povoados,
impedir os contágios ou ações perturbadoras da saúde
(Tuberculose, malária, prostituição, toxicomania) e rigor dos
habitantes.

Síntese
A saúde não é simples ausência da doença ou enfermidade
mas sim um livre e completo desenvolvimento das
potencialidades do homem e um equilíbrio com os elementos
do meio ambiente que são biofísicos e psicossociais.
-Saneamento é o conjunto de medidas principalmente com o
solo, água, ar, habitação. E os alimentos onde cabe um rolo
importante da saúde e que quebra a cadeia de transmissão de
doenças.
-Higiene são todos os meio não clínicos que criam condições
favoráveis a saúde do individuo e da coletividade ou são
normas que visam o saneamento do meio ambiente.

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UNIDADE V

5. CONTROLO DE EXCRETAS E DE LIXO


5.1. CONTROLO DE EXCRETAS

Importância de controlo dos Excretos


Para que a nossa saúde não corra perigo devemos fazer as
necessidades só na retrete ou latrinas para as fezes e urinas
não ficarem ao ar livre. Assim, não deixamos que elas sejam
espalhadas pelas águas e ventos e as moscas também não
poderão poisar nelas.
Construção de Latrinas
-Como fazer latrinas?
Começa-se por cave um buraco bem fundo com 2,5 metros,
para não ficar cheio em poucos dias. E deve ter 80 centímetros
de largura.
-Por cima do buraco propõem-se uma placa de cimento, de
madeira ou de paus.
-Essa placa tem no meio uma pequena abertura deve estar
sempre tapada com uma tampo, que também pode ser
madeira. Quando usamos a latrina tiramos a tampa, mas
tornamos a tapa-la logo que acabamos de fazer as
necessidades (defecar).
Se não taparmos sempre a latrina, as moscas continuam a
poisar nas fezes e a trazer os micróbios que nos causam
doenças (Patologias).
-Depois faz-se uma casota para proteger a latrina das águas
da chuva e para estarmos á vontade quando a utilizarmos. A
casota pode ser de adobo, folhas de palmeira ou capim, tijolo,
zinco ou madeira. A casota serve também para escurecer o
interior da latrina; o que faz também com que as moscas não
entrem lá.

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-A placa da latrina deve estar sempre limpa.


As latrinas não costumam deitar mau cheiro, mas quando isso
acontecer, devenos deitar um bocado de H2o de cal ou cinza
para o buraco. Esta prática resolve o problema. Estas latrinas
duram muito tempo; Mas quando o buraco estiver quase cheio,
devemos tapá-lo muito bem com uma camada de terra.
Devemos aproveitar todo material da latrina, que ainda esteja
bom e construir outra.
Fossas: localização, construção, manutenção, ventilação.
As latrinas não devem ser construídas em qualquer lugar.
Devem ser construídas afastadas das nossas casas, pelo
menos 10 metros.
No que diz respeito aos poços, as latrinas devem ficar numa
zona de terreno que se encontre abaixo do nível das poças e
afastadas deles pelo menos 30metros.
Nas zonas pantanosas ( as zonas onde a terra é molhada) não
podemos construir estas latrinas . Por isso devemos pedir a
ajuda das autoridades sanitárias e todos juntos na aldeia,
procurarmos a melhor maneira de resolver esse problema.
Quanto a manutenção, ela deve ser feita cotidianamente;
limpar sempre a placa da latrina todos os dias; puxar sempre
a água depois de usar a retrete ou a casa de banho onde há
água corrente. Colocar dentro da possa para evitar mau cheiro
e multiplicação de micróbios patogénicos e moscas, um bocado
de água com cal e cinza.
Relativamente a ventilação, as latrinas devem possuir janelas
pequenas ou aberturas de respiração ou ventilação para
purificar o meio ambiente dentro.
Síntese
*Vamos todos combater a doença, construindo e utilizando
sempre as latrinas.
* Se já fez a sua latrina, ajuda o seu vizinho a construir a dele.

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*Não devemos fazer as necessidades ( defecar) em qualquer


lugar.
5.2 CONTROLO DE LIXO
Controlo de Lixo
Como nós sabemos, o lixo é uma mistura de todas as coisas
que deitamos fora, porque já não nos servem para nada restos
de comida, espinhas e escamas de peixe, ossos, cascas de
frutas, latas, papeis e trapos velhos, ramos de plantas, animais
mortos e outras coisas.
Importância do controlo do lixo
O controlo do lixo vem proporcionar melhores condições de
saúde da população e melhor desenvolvimento humano e
socio- económico na comunidade.

Nós temos o costume de juntar os lixos em lugares perto das


casas. Quando deixamos os lixos ao ar livre, eles apodrecem,
deitam maus cheiros e criam-se neles micróbios que nos
trazem muitas doenças.
E as moscas que gostam muito de viver nos lixos, põem os seus
ovos nos restos de comida podre e daí nascem muitas outras
moscas, que levam os micróbios nas suas patas e vão espalhá-
los nas nossas casas, na nossa comida e até em cima de nós.
Desta maneira, elas trazem até nós micróbios do lixo, que nos
causam tantas doenças.
Tipos de Lixo: existem dois tipos de lixo que são: Lixo
doméstico e lixo comercial.
O lixo doméstico é aquele que é produzido nos domicílios pela
comunidade urbana ou rural.
O lixo comercial é aquele que é produzido por estabelecimentos
comercias, fabricas etc.
Destino do Lixo
 O acondicionamento domiciliar. Remoção

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 O que podemos fazer para acabar com o lixo? Devemos


destruir todos os lixos.
 Primeiro têm de varrer todos os dias, a nossa casa, o
quintal e a volta dele, sempre que esteja sujo.
 Depois, juntamos o lixo que varremos e os restos dos
nossos alimentos numa caixa ou lata bem tapada para
depois o destruir.
 A destruição do lixo é um problema de todos e por isso,
temos todos de ajudar a resolvê-lo de melhor maneira. Os
moradores devem organizar-se para manter a sua zona
ou aldeia sempre limpas sem lixos.
Destino Final do Lixo.
-A melhor maneira de destruirmos o lixo, na aldeia e nas zonas
onde não há um lugar próprio para deixar o lixo é a construção
de aterros sanitário e o ato de incineração.
-Aterro Sanitário: Começa-se por cavar um buraco fundo,
com mais ou menos um metro e meio de profundidade, dois
metros de largura ou então aproveitamos um zona de terreno
que seja inclinada. É aí que vamos que o lixo em camada de
terra. Devemos fazer assim até encher o buraco.
As camadas de terra não devem ser muito finas, devem tapar
bem o lixo que fica em baixo.
Quando o buraco estiver quase cheio, devemos tapa-lo bem
com uma camada maior de terra e calcá-la para que os lixos
nunca fiquem ao ar livre.
Mas nós podemos fazer um aterro sanitário em qualquer lugar?
R: Não.
O lugar onde se constrói o aterro sanitário deve ser muito bem
escolhido. Não deve ficar muito perto de aldeia, por causa dos
maus cheiros; nem muito longe, para não ser muito difícil ir lá
todos os dias, deitar o lixo.Tanbém não deve ficar muito perto
de rios ou de qualquer outra corrente de água, porque os lixos
podem ir sujar a água enchendo-a de micróbios que causam
muitas doenças.

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As vantagens no aterro sanitário são que o lixo apodrece


debaixo da terra, tornando-se assim muito menor o perigo dos
maus cheiros e moscas. No aterro sanitário, as moscas não
conseguem chegar até ao lixo e por isso não nos podem trazer
os micróbios das doenças.
Os aterros sanitário podem ainda vir a ser usados para a
agricultura como estrume, por que o lixo acaba por
transformar-se em adubo. Mas isto só acontece um ano depois
de termos enchido e tapado o buraco.
Nestes terrenos não podem ser usados na construção de casas
durante 2 anos, porque se o fizermos, ao cavarmos os alicerces
das casas, vêm acima todos os lixos apodrecidos e estragamos
todo o trabalho que tivemos na construção do aterro sanitário.
Quando as casas estão muito afastadas uma das outras, como
ainda acontece em muitos pontos do nosso país, devemos ter
para cada casa um pequeno aterro sanitário. Este aterro é um
buraco, onde todos os dias se deita o lixo e também aqui, cada
camada de lixo, deve ser coberta por uma camada de terra não
deve ficar muito perto da casa, nem da cacimba, do poço ou do
rio.
Quando o buraco estiver cheio, devemos cobri-lo com uma
camada maior de terra e abrir outro no quintal, não muito
perto da cacimba ou do poço.
Também podem destruir o lixo, queimando-o, mas há lixo que
não queima bem e esse deve ser enterrado (incineração).
Síntese*
-Como vimos o problema do lixo só pode ser bem resolvido se
todos nos interessarmos e trabalharmos de maneira
organizada. Combatemos as doenças acabando com os lixos.
-Organizamo-nos para destruir o lixo

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UNIDADE VI

6. CONTROLO DE VECTORES

Vectores são todos aqueles insectos que em edemiologia têm a


capacidade de transmissão da doença duma pessoa doente
para outra sã através da picada ou veiculo dos agentes
patogénicos.
*Controlo de Vectores e Roedores*
-Para o controlo dos vectores e rodores é preciso aplicar
medidas de higiene colectiva, nomeadamente a destruição do
poços de lixo dentro e próximo das residências , fábricas etc;
do meio ambiente atraves de produtos químicos para o efeito,
sem qualquer toxidade humana.
*Métodos Mecânicos e químicos *
Métodos mecânicos para vectores.
-Destruição das águas estragadas.
-Deminuição das copas das arvores.
-Aterro sanitário do lixo etc.
-Uso de redes janelas e nos leitos .
Métodos Mecânicos para Roedores:
-Uso de ratoeras ou armadilhas de redes.
-Eliminação do lixo.
*Métodos Químicos Para vectores:
-Uso de insecticidas.
-Uso de repelentes.
Para Roedores:
-Racticidades etc.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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saúde coletiva, Londrina: UEL, 2001.

 BERTOLLI FILHO, C. História da saúde pública no Brasil. São

Paulo: Ática, 2004.

 BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Atenção

Básica. Guia prático do Programa Saúde da Família. Brasília,

Ministério da Saúde, 2001.

Elaborado pelo Medico e Professor: Anastácio Wili Caveta


Email: anastaciocaveta@gmail.com
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 CAMPOS, G. W. S. Tratado de saúde coletiva. Rio de Janeiro:

Fiocruz, 2006.

 COSTA, E. M. A; CARBONE, M. H. Saúde da família: uma

abordagem multidisciplinar. 2 ed. Rio de Janeiro: Rúbio,

2009.

 DECRETO PRESIDENCIAL N.º 277/20 DE 26 DE OUTUBRO

DE 2020

 FIGUEIREDO, N. M. A. Ensinando a Cuidar em Saúde

Pública. São Caetano do Sul: Yendis, 2005.

 OHARA, E. C. C.; SAITO, R. X. S. Saúde da Família:

considerações e aplicabilidade. São Paulo: Martinari, 2008.

 OMS- Redes Nacionais de Desenvolvimento de Saúde e de

Atenção Primária-offset nº 94

 PDN 2018-2022_MASTER_versão final_Volume 1_13052018

 ROUQUAYROL, M. Z; FILHO, M. Z. Epidemiologia e Saúde.

6.ed. Rio de Janeiro: MEDSI, 2003.

Elaborado pelo Medico e Professor: Anastácio Wili Caveta


Email: anastaciocaveta@gmail.com
OBJECTIVO GERAL DA DISCIPLINA:

Promover a capacidade técnica e senso crítico do estudante em


relação à realidade de saúde e dos serviços de saúde,
estimulando sua participação efetiva na prestação de cuidados
de enfermagem e no planeamento de saúde compatíveis com
as necessidades de saúde da população

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
EM SAÚDE COLETIVA

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