Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Brasília –
AGENTEMUDE
SAÚDE
1. ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
A Atenção Primária à Saúde (APS), também conhecida no Brasil como Atenção Básica (AB),
da qual a Estratégia Saúde da Família é a expressão que ganha corpo no Brasil, é
caracterizada pelo desenvolvimento de um conjunto de ações de promoção e proteção da
saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde.
Além dos princípios e diretrizes do SUS, a APS orienta-se também pelos princípios da
acessibilidade, vínculo, continuidade do cuidado (longitudinalidade), responsabilização,
humanização, participação social e coordenação do cuidado. Possibilita uma relação de
longa duração entre a equipe de saúde e os usuários, independentemente da presença ou
ausência de problemas de saúde, o que chamamos de atenção longitudinal. O foco da
atenção é a pessoa, e não a doença. Ao longo do tempo, os usuários e a equipe passam a se
conhecer melhor, fortalecendo a relação de vínculo, que depende de movimentos tanto dos
usuários quanto da equipe.
As ações e serviços de saúde devem ser pautados pelo princípio da humanização, o que
significa dizer que as questões de gênero (feminino e masculino), crença, cultura,
preferência política, etnia, raça, orientação sexual, populações específicas (índios,
quilombolas, ribeirinhos etc.) precisam ser respeitadas e consideradas na organização das
práticas de saúde. Significa dizer que essas práticas devem estar relacionadas ao
compromisso com os direitos do cidadão. O acolhimento é uma das formas de concretizar
esse princípio e se caracteriza como um modo de agir que dá atenção a todos que procuram
os serviços, não só ouvindo suas necessidades, mas percebendo aquilo que muitas vezes não
é dito. O acolhimento não está restrito a um espaço ou local. É uma postura ética. Não
pressupõe hora ou um profissional específico para fazê-lo, implica compartilhamento de
saberes, necessidades, possibilidades, angústias ou formas alternativas para o
enfrentamento dos problemas. O ACS tem um papel importante no acolhimento, pois é um
membro da equipe que faz parte da comunidade, o que ajuda a criar confiança e vínculo,
facilitando o contato direto com a equipe.
O vínculo ocorre quando esses dois
movimentos se encontram: o usuário na
busca do cuidado e o profissional se
encarregando por esse cuidado.
2. APS/SAÚDE DA FAMÍLIA
O Ministério da Saúde definiu a Saúde da Família como estratégia prioritária para a
organização e fortalecimento da APS no País. Por meio dessa estratégia, a atenção à saúde é
feita por uma equipe composta por profissionais de diferentes categorias (multidisciplinar)
trabalhando de forma articulada (interdisciplinar), que considera as pessoas como um todo,
levando em conta suas condições de trabalho, de moradia, suas relações com a família e
com a comunidade. Cada equipe é composta, minimamente, por um médico, um
enfermeiro, um auxiliar de enfermagem ou técnico de enfermagem e ACS, cujo total não
deve ultrapassar a 12 pessoas. Além disso, com o objetivo de ampliar a abrangência das
ações da APS, bem como sua capacidade de resolução dos problemas de saúde, foram
criados em 2008 os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (Nasf). Eles podem ser constituídos
por equipes compostas por profissionais de diversas áreas do conhecimento (nutricionista,
psicólogo, farmacêutico, assistente social, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional,
fonoaudiólogo, médico acupunturista, médico ginecologista, médico homeopata, médico
pediatra e médico psiquiatra). É necessário que exista entre a comunidade e os profissionais
de saúde relação de confiança, atenção e respeito. Essa relação é uma das principais
características da reorganização do processo de trabalho por meio da Saúde da Família e se
dá na medida em que os usuários têm suas necessidades de saúde atendidas. A população
sob responsabilidade da equipe deve ser cadastrada e acompanhada, entendendo-se suas
necessidades de saúde como resultado também das condições sociais, ambientais e
econômicas em que vive.
Você deve estar sempre atento ao que acontece com as famílias de seu território,
identificando com elas os fatores socioeconômicos, culturais e ambientais que interferem na
saúde. Ao identificar ou tomar conhecimento da situação-problema, você precisa conversar
com a pessoa e/ou familiares e depois encaminhá- la(los) à unidade de saúde para uma
avaliação mais detalhada. Caso a situação-problema seja difícil de ser abordada ou não
encontre abertura das pessoas para falar sobre o assunto, você deve relatar a situação para
a sua equipe.
Os diferentes aspectos de um problema deverão ser examinadoscuidadosamente com as
pessoas, para que sejam encontradas as melhores soluções. Você orienta ações de
prevenção de doenças, promoção à saúde, entre outras estabelecidas pelo planejamento da
equipe. Todas as pessoas de sua comunidade deverão ser acompanhadas, principalmente
aquelas em situação de risco. Veja explicação mais à frente. Há situações em que será
necessária a atuação de outros profissionais da equipe, sendo indicado o encaminhamento
para a unidade de saúde. Você deverá comunicar à equipe quanto à situação encontrada,
pois, caso não ocorra o comparecimento à unidade de saúde, deverá ser realizada busca-
ativa ou visita domiciliar.
Podemos dizer que o ACS deve: Identificar áreas e situações de risco individual e coletivo,
encaminhar as pessoas aos serviços de saúde sempre que necessário, orientar as pessoas, de
acordo com as instruções da equipe de saúde, acompanhar a situação de saúde das pessoas,
para ajudá-las a conseguir bons resultados.
Situações de risco são aquelas em que uma pessoa ou grupode pessoas “corre perigo”, isto
é, tem maior possibilidade ou chance de adoecer ou até mesmo de morrer.
Alguns exemplos de situação de risco: Bebês que nascem com menos de dois quilos e meio,
crianças que estão desnutridas, filhos de mães que fumam, bebem bebidas alcoólicas e usam
drogas na gravidez, gestantes que não fazem o pré-natal, gestantes que fumam, gestantes
com diabetes e/ou pressão alta, acamados, pessoas que precisam de cuidadores, mas não
possuem alguém que exerça essa função, pessoas com deficiência que não têm acesso às
ações e serviços de saúde, sejam estes de promoção, proteção, diagnóstico, tratamento ou
reabilitação, pessoas em situação de violência; essoas que estão com peso acima da média e
vida sedentária com ou sem uso do tabaco ou do álcool. Nesses casos, as pessoas têm mais
chance de adoecer e morrer se não forem tomadas as providências necessárias. É necessário
considerar ainda condições que aumentam o risco de as pessoas adoecerem, por exemplo:
Baixa renda, desemprego, acesso precário a bens e serviços: água, luz elétrica, transporte
etc.);Falta de água tratada, lixo armazenado em locais inadequados, uso incorreto de
venenos na lavoura, poluição do ar ou da água,esgoto a céu aberto, falta de alimentação ou
alimentação inadequada, uso inadequado de medicamentos prescritos, automedicação,
descontinuidade de tratamento.
Existem situações de risco que afetam a pessoa individualmente e, portanto, têm soluções
individuais. Outras atingem um número maior de pessoas em uma mesma comunidade, o
que irá exigir uma mobilização coletiva, por meio da participação da comunidade integrada
às autoridades e serviços públicos. Os Conselhos de Saúde (locais, municipais, estaduais e
nacional) e as Conferências são espaços que permitem a participação democrática e
organizada da comunidade na busca de soluções.
4 O PROCESSO DE TRABALHO DO ACS E O DESAFIO DE TRABALHAR EM EQUIPE
A equipe de saúde é formada por pessoas com histórias, formações, saberes e práticas
diferentes. É um conjunto de pessoas que se encontram para produzir o cuidado de uma
população. Nessa equipe há sempre movimentos permanentes de articulação/
desarticulação, ânimo/desânimo, invenção/resistência à mudança, crença/descrença no seu
trabalho, pois a equipe é viva, está sempre em processo de mudança. No entanto, somente
o fato de as pessoas trabalharem juntas não constitui uma equipe: as pessoas precisam
aprender a “ser equipe”. Ou seja: a equipe precisa ser construída.
Para cuidar da saúde da população de um determinado território, a unidade de saúde deve
estar organizada de um modo que seus trabalhadores estejam divididos em funções e
assumam responsabilidades diferentes e complementares.
Você, agente comunitário de saúde, é muito importante para o desenvolvimento das ações
da comunidade e pode integrar tanto uma equipe de Saúde da Família quanto uma equipe
do Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS), de acordo com a realidade do
município. Entretanto,o seu trabalho é o mesmo em qualquer uma das situações.
Semelhantes aos agentes comunitários de saúde (ACS), há os agentes indígenas de saúde
(AIS) e os agentes indígenas de saneamento (AISAN), que atuam nos Distritos Sanitários
Especiais Indígenas (DSEI) compondo as equipes multidisciplinares de saúde indígena (EMSI),
cuidando da saúde indígena nas aldeias no âmbito da APS. A equipe de saúde precisa
conhecer a realidade da comunidade e para tal deverá reunir informações identificando suas
principais necessidades em saúde. Com essas informações, será realizado o diagnóstico de
saúde da comunidade, o planejamento e a execução das ações.
Há diversos instrumentos que podem ser utilizados para a coleta dos dados e cada um deles
tem um objetivo. A soma de todos ajuda na construção do diagnóstico. Cadastro das
famílias, mapa da comunidade, visita domiciliar/ entrevista e reuniões são alguns exemplos.
5 CADASTRAMENTO DAS FAMÍLIAS
A etapa inicial de seu trabalho é o cadastramento das famílias de sua microárea – o seu
terriório de atuação – com, no máximo, 750 pessoas. Para realizar o cadastramento, é
necessário o preenchimento de fichas específicas.
O cadastro possibilita o conhecimento das reais condições de vida das famílias residentes na
área de atuação da equipe, tais como a composição familiar, a existência de população
indígena, quilombola ou assentada, a escolaridade, o acesso ao saneamento básico, o
número de pessoas por sexo e idade, as condições da habitação, o desemprego, as doenças
referidas etc. É importante identificar os diversos estabelecimentos e instituições existentes
no território, como escolas, creches, comércio, praças, instituições de longa permanência
(ILP), igrejas, templos, cemitério, depósitos de lixo/aterros sanitários etc.
Ainda como informações importantes para o diagnóstico da comunidade, vale destacar a
necessidade de identificar outros locais onde os moradores costumam ir para resolver seus
problemas de saúde, como casa de benzedeiras ou rezadores, raizeiros ou pessoas que são
conhecidas por saberem orientar sobre nomes de remédio para algumas doenças, bem
como saber se procuram serviços (pronto-socorro, hospitais etc.) situados fora de sua área
de moradia ou fora do seu município. Também é importante você saber se as pessoas
costumam usar remédios caseiros, chás, plantas medicinais, fitoterapia e/ou se utilizam
práticas complementares como a homeopatia e acupuntura. Você deve saber se existe
disponível na região algum tipo de serviço de saúde que utilize essas práticas.
Os dados desse cadastramento devem ser de conhecimento de toda a equipe de saúde.
5.1 VISITA DOMICILIAR
A visita domiciliar é a atividade mais importante do processo de trabalho do agente
comunitário de saúde. Ao entrar na casa de uma família, você entra não somente no espaço
físico, mas em tudo o que esse espaço representa. Nessa casa vive uma família, com seus
códigos de sobrevivência, suas crenças, sua cultura e sua própria história. A
sensibilidade/capacidade de compreender o momento certo e a maneira adequada de se
aproximar e estabelecer uma relação de confiança é uma das habilidades mais importantes
do ACS. Isso lhe ajudará a construir o vínculo necessário ao desenvolvimento das ações de
promoção, prevenção, controle, cura e recuperação.
Para ser bem feita, a visita domiciliar deve ser planejada. Ao planejar, utiliza-se melhor o
tempo e respeita-se também o tempo das pessoas visitadas. Para auxiliar no dia a dia do seu
trabalho, é importante que você tenha um roteiro de visita domiciliar, o que vai ajudar muito
no acompanhamento das famílias da sua área de trabalho. Também é recomendável definir
o tempo de duração da visita, devendo ser adaptada à realidade do momento.
A pessoa a ser visitada deve ser informada do motivo e da importância da visita. Chamá-las
sempre pelo nome demonstra respeito e interesse por elas.
Na primeira visita, é indispensável que você diga seu nome, fale do seu trabalho, o motivo
da visita e sempre pergunte se pode ser recebido naquele momento. Para o
desenvolvimento de um bom trabalho em equipe, é fundamental que tanto o ACS quanto os
demais profissionais aprendam a interagir com a comunidade, sem fazer julgamentos
quanto à cultura, crenças religiosas, situação socioeconômica, etnia, orientação sexual,
deficiência física etc.
Toda visita deve ser realizada tendo como base o planejamento da equipe, pautado na
identificação das necessidades de cada família. Pode ser que seja identificada uma situação
de risco e isso demandará a realização de outras visitas com maior frequência.
Por meio da visita domiciliar, é possível:Identificar os moradores, por faixa etária,
sexo e raça, ressaltando situações como gravidez, desnutrição, pessoas com
deficiência etc; Conhecer as condições de moradia e de seu entorno, de trabalho, os hábitos,
as crenças e os costumes; Conhecer os principais problemas de saúde dos moradores da
comunidade; Perceber quais as orientações que as pessoas mais precisam ter
para cuidar melhor da sua saúde e melhorar sua qualidade
de vida; Ajudar as pessoas a refletir sobre os hábitos prejudiciais
à saúde; Identificar as famílias que necessitam de acompanhamento
mais frequente ou especial; Divulgar e explicar o funcionamento do serviço de saúde e
quais as atividades disponíveis; Desenvolver ações que busquem a integração entre a equipe
de saúde e a população do território de abrangência da unidade de saúde; Ensinar medidas
de prevenção de doenças e promoção à saúde, como os cuidados de higiene com o corpo,
no preparo dos alimentos, com a água de beber e com a casa, incluindo o seu entorno;
Orientar a população quanto ao uso correto dos medicamentos e a verificação da validade
deles; Alertar quanto aos cuidados especiais com puérperas, recém-nascidos, idosos,
acamados e pessoas portadoras de deficiências;
6. TRABALHANDO EDUCAÇÃO EM SAÚDE DA COMUNIDADE
Desenvolver atividades educativas faz parte do processo de trabalho de todos os membros
da equipe. Para o desenvolvimento de atividades educativas, recomenda-se: Divulgar – uma
etapa que não deve ser esquecida. Espalhar a notícia para o maior número de pessoas,
elaborar cartazes com letras grandes, de forma criativa, e divulgar a reunião nos lugares
mais frequentados da comunidade fazem parte desse processo; Realizar dinâmicas que
possibilitem a apresentação dos participantes e integração do grupo, quebrando a
formalidade inicial; Apresentar o tema que será discutido, permitindo a exposição das
necessidades e expectativas de todos. A pauta da discussão deve ser flexível, podendo ser
adaptada às necessidades do momento; Estimular a participação de todos; Identificar os
conhecimentos, crenças e valores do grupo, bem como os mitos, tabus e preconceitos,
estimulando a reflexão sobre eles. A discussão não deve ser influenciada por convicções
culturais, religiosas ou pessoais; Discutir a importância do autoconhecimento e autocuidado,
que contribuirão para uma melhor qualidade de vida; Abordar outros temas segundo o
interesse manifestado pelo grupo; Facilitar a expressão de sentimentos e dúvidas com
naturalidade durante os questionamentos, favorecendo o vínculo, a confiança e a satisfação
das pessoas; Neutralizar delicada e firmemente as pessoas que, eventualmente, queiram
monopolizar a reunião, pedindo a palavra o tempo todo e a utilizando de forma abusiva,
além daqueles que só comparecem às reuniões para discutir seus problemas pessoais;
Utilizar recursos didáticos disponíveis como cartazes, recursos audiovisuais, bonecos, balões
etc.; Ao final da reunião, apresentar uma síntese dos assuntos discutidos e os pontos-chave,
abrindo a possibilidade de esclarecimento de dúvidas.
Entre as habilidades que todo trabalhador de saúde deve buscar desenvolver, estão: Ter boa
capacidade de comunicação; Usar linguagem acessível, simples e precisa; Ser gentil,
favorecendo o vínculo e uma relação de confiança; Acolher o saber e o sentir de todos; Ter
tolerância aos princípios e às distintas crenças e valores que não sejam os seus próprios; A
ação ou atividade educativa pode e deve ser realizada por qualquer membro da equipe de
saúde.
Para isso é necessário, além dos conhecimentos técnicos, habilidade de comunicação e
conhecimento das características do grupo ou da população. Sentir-se confortável para falar
sobre o assunto a ser debatido; Ter conhecimentos técnicos; Buscar apoio junto a outros
profissionais quando não souber responder a alguma pergunta.
Durante o desenvolvimento da atividade, devem ser oferecidos, se possível, materiais
impressos e explicar a importância do acompanhamento contínuo na UBS, assim como o
funcionamento dos serviços disponíveis.
7 ATUAÇÃO INTESETORIAL
Muitas vezes a resolução de problemas de saúde requer não só empenho por parte de
profissionais e gestores de saúde, mas também o empenho e contribuição de outros setores.
Quando se trabalha articuladamente com outros setores da sociedade, aumenta-se a
capacidade de oferecer uma resposta mais adequada às necessidades de saúde da
comunidade. Por exemplo, você pode suspeitar de um caso de maus-tratos com uma criança
após verificar que há marcas e hematomas Quanto maior a identidade entre o grupo e o
educador, maior a eficácia do trabalhona pele dela. Partilhando esse caso com sua equipe,
um dos profissionais de saúde verifica no prontuário que a criança é agressiva quando
comparece às consultas na unidade e há relato de problemas com o desenvolvimento
dela. Sente-se a necessidade de uma visita à casa daquela família e o auxílio de outros
profissionais (psicólogo, serviço social etc). Se constatado algum indício de maustratos,
será necessária uma abordagem que extrapole o campo de atuação da saúde com o
envolvimento de órgãos de outras áreas, como o Conselho Tutelar e/ou Juizado da Infância.
Nos casos de desnutrição infantil, pode-se estabelecer contato com outras instituições e
órgãos do governo municipal, estadual e federal, como o Centro Regional de Assistência
Social (Cras) ou a Secretaria de Assistência Social do município. Ao identificar pessoas que
sofrem de alcoolismo entre as famílias que você acompanha, além das ações que deverão
ser desenvolvidas por você e pela equipe, é importante que essa pessoa e sua família sejam
orientadas a procurar um Grupo de Alcoólicos Anônimos ou outro grupo de apoio que exista
em sua comunidade.
O Ministério do Desenvolvimento Social coordena o Programa Bolsa-Família, que visa
combater a fome, a pobreza, as desigualdades, promovendo a inclusão social das famílias
beneficiárias. Por meio do Bolsa-Família, o governo federal concede mensalmente benefícios
em dinheiro para famílias mais necessitadas. Faz parte do seu trabalho o acompanhamento
de todas as gestantes e crianças menores de sete anos de idade contempladas com o
benefício do programa. Os compromissos dos beneficiários são: Gestante:Fazer inscrição do
pré-natal e comparecer às consultas ;conforme o preconizado pelo Ministério da Saúde;
Participar de atividades educativas sobre aleitamento materno, orientação para uma
alimentação saudável da gestante e preparo para o parto. Mãe ou responsável pelas
crianças menores de sete anos: Levar a criança à unidade de saúde para a realização do
acompanhamento do crescimento e desenvolvimento, de acordo com o preconizado pelo
Ministério da Saúde; Participar de atividades educativas sobre aleitamento materno e
cuidados gerais com a alimentação e saúde da criança; Cumprir o calendário de vacinação da
criança, de acordo com o preconizado pelo Ministério da Saúde. As ações de saúde que
fazem parte das condicionalidades do Programa Bolsa-Família, descritas acima, são
universais, ou seja, devem ser ofertadas a todas as pessoas que procuram o Sistema Único
de Saúde (SUS).
8 PLANEJAMENTO DAS AÇÕES
O planejamento é um instrumento de gestão que visa promover o desenvolvimento
institucional, objetivando melhorar a qualidade e efetividade do trabalho desenvolvido.
No que se refere às ações de saúde, o planejamento participativo é o mais adequado, na
medida em que envolve diversos atores/participantes, permitindo realizar um diagnóstico
mais fidedigno da realidade local. A partir daí, torna-se mais fácil uma atuação mais
adequada voltada para a melhoria das condições de saúde com o comprometimento
de todos com o trabalho.
Você poderá, de forma sintonizada com a equipe, planejar o seu trabalho, dando prioridade
para aquelas famílias que necessitam ser acompanhadas com maior frequência.
Portanto, as famílias em risco e as que pertencem aos grupos prioritários precisam ser
acompanhadas mais de perto. Esse diagnóstico é um ponto de partida para você e sua
equipe organizarem o calendário de visitas domiciliares e demais atividades.
8.1 ETAPAS DO PLANEJAMENTO
O planejamento pressupõe passos, momentos ou etapas básicas estabelecidos em uma
ordem lógica. De forma geral, seguem- se as seguintes etapas:
8.2 DIAGNÓSTICO
É a primeira etapa do planejamento para quem busca conhecer as características
socioeconômicas, culturais e epidemiológicas, entre outras. As fontes de dados podem ser
fichas, bem como anotações próprias, relatórios, livros de atas, aplicação de questionário,
entrevistas, dramatização e outras fontes à disposição. O diagnóstico se compõe de três
momentos específicos: levantamento, análise e reflexão dos dados, e priorização das
necessidades
8.3 PLANO DE AÇÃO
Nesse momento a equipe de saúde, grupos e população interessada definem, entre outros
problemas identificados, aqueles que são passíveis de intervenção e que contribuem para a
melhoria da saúde da comunidade. Deve-se sempre conhecer a capacidade de realização do
trabalho pela equipe e as condições da unidade de saúde. Assim, evitam-se definir objetivos
que não têm a execução viável. O plano de ação que viermos a estabelecer deve ser bem
claro e preciso, pois é ele que irá apontar a direção do nosso trabalho.
8.4 META
A meta tem como foco o alcance do trabalho. A meta estabelece concretamente o que se
pretende atingir.
8.5 ESTRATEGIA
Na estratégia, são definidos os passos a serem seguidos, os métodos e as técnicas a serem
utilizadas nas atividades e as responsabilidades de cada um. O diagnóstico vai mostrar,
também, a importância e o valor do seu trabalho, porque ele vai descrever como estava a
situação de saúde antes, e como ficou depois de algum tempo que você iniciou sua atuação:
o que você conseguiu, o que está difícil de melhorar etc.
8.6 RECURSOS
É o levantamento de tudo que é necessário para realizar a atividade. Recursos humanos,
recursos físicos, recursos materiais e recursos financeiros.
8.7 CRONOGRAMA
Cronograma e estratégia estão intimamente ligados. O cronograma organiza a estratégia no
tempo.
8.8 EXECUÇÃO
Implica operacionalização do plano de ação, ou seja, colocar em prática o que foi planejado.
8.9 ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO
A avaliação deve acompanhar todas as fases do planejamento. Quando realizada após a
execução, identifica os resultados alcançados e fornece auxílio para a reprogramação das
ações, além de indicar a necessidade de novo diagnóstico ou reformulação do já existente.
9 FERRAMENTAS DE TRABALHO
Todas as informações que você, ACS, conseguir sobre a comunidade ajudará na organização
do seu trabalho. Algumas dessas informações você vai anotar em fichas próprias para
compor o Sistema de Informação da Atenção Básica (Siab). Você vai utilizar os seguintes
modelos de fichas: Cadastro Individual;Cadastro Domiciliar e Territorial; Ficha de
Atendimento Individual; Ficha de Atendimento Odontológico Individual; Ficha de Atividade
Coletiva; Ficha de Procedimentos; Ficha de Visita Domiciliar e Territorial; Marcadores de
Consumo Alimentar;Ficha Complementar;Avaliação de Elegibilidade e Admissão e
Atendimento Domiciliar.
Algumas coisas que você não pode se esquecer: Quando você for fazer o cadastramento das
famílias, é importante ler novamente as instruções da visita domiciliar; Cada família deve ter
um só formulário preenchido. Não importa o número de pessoas na casa; As informações
que você conseguir serão úteis para planejar o seu trabalho, na organização das visitas
domiciliares, das atividades de educação em saúde, reuniões comunitárias e de outras
atividades; A ficha de cadastramento deve ficar com você, que a levará, a cada mês, à
unidade de saúde, para, junto com sua equipe organizar as informações e planejar o seu
trabalho; Anote, em seu caderno, qualquer outra informação sobre a família que você
considerar importante, para discutir com sua equipe.
9.1 ORIENTAÇÕES PARA PREENCHIMENTO DA FICHA DE CADASTRAMENTO – FICHA A
As anotações na ficha devem ser feitas de preferência a lápis, pois, se você errar ou
necessitar atualizar, é só apagar. Agora, repare bem na parte de cima da ficha de cadastro.
No alto, à esquerda, está identificada a Ficha A. Depois vem a referência à Secretaria
Municipal de Saúde e ao Siab, sistema de informação nacional que constitui ferramenta
importante para monitoramento da Estratégia Saúde da Família, para juntar todas as
informações de saúde das microáreas dos municípios brasileiros onde atuam os agentes
comunitários de saúde. Assim, as informações registradas na Ficha A vão para a Secretaria
de Saúde do município, desta, para a Secretaria de Saúde do Estado e, posteriormente, para
o Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde. É uma forma de o governo
federal saber a realidade da saúde das pessoas nos municípios brasileiros e ter mais
subsídios para fortalecer a Política Nacional de Atenção Básica. No canto direito da ficha, ao
lado das letras UF (Unidade da Federação), há dois quadrinhos que devem ser preenchidos
com as duas letras referentes à sigla do Estado. Por exemplo:PB para Paraíba; e assim por
diante. Logo abaixo, você encontra espaço para escrever o endereço da família, com o nome
da rua, o número da casa, o bairro e o CEP, que é a sigla para Código de Endereçamento
Postal. Na linha de baixo, estão os espaços que devem ser preenchidos com números
fornecidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – o código do município;
pela Secretaria Municipal de Saúde – segmento e área; ou pela equipe de saúde – microárea.
A equipe de saúde vai lhe ajudar a encontrar esses números e explicar o que eles significam.
Depois estão os três quadrinhos para o próprio agente comunitário de saúde registrar o
número da família na ficha.
A primeira família será a de número 001, a décima será 010, a centésima será 100, e assim
por diante. Por fim, o espaço para a data, onde o ACS deve colocar o dia, o mês e o ano em
que está sendo feito o cadastramento daquela família. Vamos, agora, continuar a orientação
para preencher o cadastro da família: Abaixo da palavra “nome”, há uma linha reservada
paracada pessoa da casa (inclusive os empregados que moram ali)que tenha 15 anos ou
mais. À direita, na continuação de cadalinha, estão os espaços (campos) para dizer o dia,
mês e anodo nascimento, a idade e o sexo de cada pessoa (M para masculino,F para
feminino). Caso não tenha informação sobre adata do nascimento, anotar a idade que a
pessoa diz ter.O quadro alfabetizado é para informar se a pessoa sabe ler e escrever, ou não.
Não é alfabetizada a pessoa que só sabe escrever o nome. Se é alfabetizada, um X na coluna
“sim”. Se não é alfabetizada, um X na coluna “não”. Para ser considerada alfabetizada ela
deve saber escrever um bilhete simples. Depois vem o espaço para informar a ocupação de
cada um. É muito importante que se registre com cuidado essa informação. Ocupação é o
tipo de trabalho que a pessoa faz. Se a pessoa estiver de férias, licença ou afastada
temporariamente do trabalho, você deve anotar a ocupação mesmo assim. O trabalho
doméstico é uma ocupação, mesmo que não seja remunerado. Se a pessoa tiver mais de
uma ocupação, registre aquela a que ela dedica mais horas de trabalho. Será considerada
desempregada a pessoa que foi desligada do emprego e não está fazendo qualquer
atividade, como prestação de serviços a terceiros, “bicos” etc.
Por fim, vem o quadro para registrar o tipo de doença ou condições em que se encontra a
pessoa. Você não deve solicitar comprovação de diagnóstico e não deve registrar os casos
que foram tratados e já alcançaram cura.
ATENÇÃO: a família, além de referir doenças, pode e deve referir condições em que as
pessoas se encontram, como alcoolismo, deficiência física ou mental, dependência física,
idosos acamados, dependência de drogas etc. Nesses casos é muito importante que você
anote com cuidado a condição referida. É interessante que você saiba o que se considera
deficiência, para saber melhor como anotar essa condição das pessoas. Deficiência é o
defeito ou condição física ou mental de duração longa ou permanente que, de alguma
forma, dificulta ou impede uma pessoa de realizar determinadas atividades cotidianas,
escolares, de trabalho ou de lazer. Isso inclui desde situações em que o indivíduo consegue
realizar sozinho todas as atividades de que necessita, porém com dificuldade, ou por meio
de adaptações, até aquelas em que o indivíduo sempre precisa de ajuda nos cuidados
pessoais e outras atividades. A segunda parte do cadastro é para a identificação de pessoas
de 0 a 14 anos, 11 meses e 29 dias, isto é, pessoas com menos de 15 anos. Os campos para
“nome, data de nascimento, idade e sexo” devem ser preenchidos como no primeiro quadro
de pessoas com 15 anos e mais. No campo destinado a informar se frequentaa escola,
marcar com um X se ela está indo ou não à escola. Se ela estiver de férias, mas for continuar
os estudos no período seguinte, marcar o X para “sim”.
Os campos do verso da Ficha A servem para caracterizar a situação de moradia e
saneamento e outras informações importantes acerca da família. Repare que há um
quadrado para o tipo de casa, com quadrinhos para assinalar com X o material usado na
construção. Se o material não é nenhum dos referidos, você tem um espaço para explicar o
que foi usado na construção da moradia. É ali onde está escrito “outro – especificar”. Logo
abaixo, você tem onde informar o número de cômodos. Uma casa com quarto, sala,
banheiro e cozinha, tem quatro cômodos. Se só há um quarto e uma cozinha, são
dois cômodos. Atenção para o que não é considerado cômodo: corredor, alpendre, varanda
aberta e outros espaços que pertencem a casa, mas que são utilizados mais como
área de circulação. Abaixo, deve ser informado se a casa tem energia elétrica, mesmo que a
instalação não seja regularizada. Em seguida, o destino do lixo.
No lado direito da ficha, estão os quadros para informar sobre o tratamento da água na casa,
a origem do abastecimento da água utilizada e qual o destino das fezes e urina.
Na metade de baixo da ficha estão os quadros para outras informações. Primeiro, há um
quadrinho (sim ou não) para dizer se alguém da família possui plano de saúde e outro para
informar quantas pessoas são cobertas pelo plano. Logo abaixo, existem quadrinhos para
cada letra do nome do plano. Depois, você deve anotar que tipo de
Socorro aquela família está acostumada a procurar em caso de doença e quais os meios de
comunicação mais utilizados na casa.
À direita, estão os quadros para anotar se aquela família participa de grupos comunitários e
para informar que meios de transporte mais utiliza. Para completar, vem o espaço para você
escrever as observações que considerar importantes a respeito da saúde daquela família.
Na Ficha B-GES o ACS cadastra e acompanha mensalmenteo estado de saúde das gestantes.
A cada visita, os dados da gestante devem ser atualizados nessa ficha, que deve ficar de
posse do ACS, sendo discutida mensalmente com o enfermeiro instrutor/supervisor.
A Ficha D é utilizada por todos os profissionais da equipe de saúde. Cada profissional entrega
uma Ficha D preenchida afinal do mês. O preenchimento desse instrumento deve ser diário,
considerando-se os dias efetivos de trabalho em cada mês.
O primeiro quadro da ficha, onde estão os espaços para município, segmento, unidade etc.,
será preenchido pelo ACS com a ajuda do enfermeiro de sua unidade de saúde, que é
o responsável pelo seu trabalho e que realizará a orientação e a supervisão.
Como a ficha é única para todos os profissionais, o ACS só irá anotar o que é específico do
seu trabalho, que está no verso da Ficha D.
No quadro destinado a informar sobre os “Procedimentos”, você vai registrar nas duas
últimas linhas: “Reuniões e Visita Domiciliar”. Reuniões – você vai registrar o número de
reuniões realizadas por você, que contaram com a participação de 10
ou mais pessoas, com duração mínima de 30 minutos e com o objetivo de disseminar
informações, discutir estratégias de superação de problemas de saúde ou de contribuir para
a organização comunitária. Visita domiciliar – você vai registrar todas as visitas domiciliares
que você realizou, qualquer que seja a finalidade. Logo no início do quadro “Notificações”,
há três linhas onde você deve anotar as notificações feitas por você sobre as crianças
menores de dois anos que tiveram diarreia e infecções respiratórias agudas.
< 2a – Menores de dois anos que tiveram diarreia – registrar o número de crianças com
idade até 23 meses e 29 dias que tiveram um ou mais episódios de diarreia, nos 15 dias
anteriores à visita domiciliar. < 2a – Menores de dois anos que tiveram diarreia e usaram
terapia de reidratação oral (TRO) – registrar o número de crianças com idade de até 23
meses e 29 dias que tiveram diarreia nos 15 dias anteriores à visita domiciliar e usaram
solução de reidratação oral (soro caseiro ou soro de reidratação oral – SRO – distribuído pela
Unidade de Saúde ou comprados na farmácia). Não anotar as crianças que utilizaram
somente chás, sucos ou outros líquidos. < 2a – Menores de dois anos que tiveram infecção
respiratória aguda – registrar o número de crianças com idade até
23 meses e 29 dias que tiveram infecção respiratória aguda nos 15 dias anteriores à visita
domiciliar.
Hospitalizações – você deve preencher esse quadro cada vez que tomar conhecimento de
qualquer caso de hospitalização de pessoas da comunidade onde você atua, no mês de
referência ou no mês anterior:
Data – registre dia e mês da hospitalização. Nome – anote o nome completo da pessoa que
foi hospitalizada. Endereço – anote o endereço completo da pessoa que
foi hospitalizada. Sexo – marque F para feminino e M para masculino.
Idade – anote a idade em anos completos. Se a pessoa for menor de um ano, registrar a
idade em meses. Causa – registre a causa da hospitalização informada pela
família ou obtida por meio de laudos médicos. Nome do hospital – anote o nome do hospital
onde a pessoa foi internada.
Veja uma situação que serve de exemplo: Valéria, agente comunitária de saúde, ao realizar
as visitas domiciliares no mês de outubro, soube da ocorrência de três internações
na sua microárea. A primeira, de dona Marta Pereira de Alencar, ocorreu no mês de
setembro, em data posterior à visita que a ACS realizou à família de dona Marta, devendo
ser então registrada na ficha de outubro. Os outros dois casos ocorreram
ainda no mês de outubro. Observe como o exemplo foi registrado na ficha.
Óbitos – você deve anotar todo óbito ocorrido no mês de referência e no anterior:
Data – registrar dia e mês da ocorrência do óbito.
Nome – anote o nome completo da pessoa que faleceu.
Endereço – anote o endereço completo da pessoa que faleceu.
Sexo – marque F para feminino e marque M para masculino.
Idade – anote a idade em anos completos. Se a pessoa for menor
de um ano, registre a sua idade em meses.
Causa – registre a causa do óbito, segundo as informações da
família ou obtida por meio de atestado de óbito.
AGENTE
DE
ENDEMIAS
UNIDADE 1
COMO FUNCIONA O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS)?
O Sistema Único de Saúde (SUS) é um sistema público, organizado e orientado no sentido do
interesse coletivo, e todas as pessoas, independente de raça, crenças, cor, situação de
emprego, classe social, local de moradia, a ele têm direito.
O QUE É UMA ENDEMIA?
A endemia é a ocorrência de determinada doença que acomete sistematicamente
populações em espaços característicos e determinados, no decorrer de um longo período
(temporalmente ilimitada), e que mantêm uma incidência relativamente constante.
Observação para entender melhor: endemia são qualquer doença que ocorre apenas em
um determinado local ou região, não atingindo nem se espalhando para outras
comunidades.
Cólera
A cólera é uma doença típica de regiões
que sofrem problemas de abastecimento
de água tratada; a sujeira e os esgotos a
céu aberto influenciam no aumento de
casos de doenças
Qual é o agente causador da cólera?
É uma bactéria chamada de Vibrio
Cholerae, microorganismo aquático é
autóctone natural do ecossistema
aquático e pode ser encontrado em forma Vibrio Cholerae
livre na água Fonte: Cultura mix
Tem como agente etiológico um arbovírus do gênero flavivírus da família flaviridae do qual
existem quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4.
Porém quando a pessoa é infectada por um deles, adquirir proteção permanente para o
mesmo sorotipo e imunidade parcial.
Como ocorre a transmissão?
A transmissão ocorre por meio da picada da fêmea da espécie vetora do Aedes aegypti.
Quando contaminado o mosquito ao picar uma pessoa infectada que se apresenta na fase
virêmica da doença, apto após um período de 10 a 14 dias, hábil em transmitir o vírus no
decorrer de sua vida através de suas picadas
Não há transmissão por contato direto com um doente ou suas secreções com uma pessoa
sadia nem fonte de água ou alimento.
Quais são as fases do desenvolvimento do mosquito?
O desenvolvimento ocorre através de metamorfose completa, compreendendo 4 fases: ovo,
larva, pupa e adulto.
Fases do desenvolvimento do mosquito.
Fonte: Professor Interativo
Pupa
Nesta fase as pupas não se alimentam, ocorrendo a transformação do estágio larval
para o adulto; ficam na superfície da água facilitando o surgimento do inseto
Este estágio de dois a três dias.
Adulto
Após emergir do estágio pupal, fica um período de várias horas em repouso sobre
as paredes internas dos recipientes para endurecimento do esqueleto externo e das asas.
Após 24 horas da emersão, podem acasalar abrigam-se nas partes externas nas habitações,
preferencialmente em locais úmidos sombreados e na vegetação.
A dispersão do Aedes aegypti a grandes distâncias se dá, geralmente, como resultado do
transporte dos ovos e larvas em recipientes.
Os adultos de Aedes aegypti, podem permanecer vivos em laboratório durante meses, mas,
na natureza, vivem em média de 30 a 35 dias; com uma mortalidade diária de 10% a metade
dos mosquitos morre durante a primeira semana de vida e 95% durante o primeiro mês.
Quais são os sintomas?
Os primeiros sintomas é febre alta de 39°C a 40°C, sendo apresentado de três formas:
Dengue Clássica; Dengue Hemorrágica; Síndrome do choque da dengue.
Dengue clássica: em primeiro momento
ocorre a manifestação de febre alta
variando de (39°C a 40°C), seguida de
cefaléia, mialgia, prostação, artralgia,
anorexia, astenia, dor abdominal, náuseas,
vômitos, com duração de cerca de 5 a 7
dias.
Dengue hemorrágica: os sintomas iniciais são semelhantes aos do dengue clássica, porém há
um agravamento do quadro no terceiro ou no quarto dia de evolução, com aparecimento de
manifestações hemorrágicas e colapso circulatório em diversos órgãos.
Síndrome do choque da dengue: nos
casos graves de febre hemorrágica da
dengue (FHD), o choque ocorre
geralmente, entre o 3 e o 7 dias de
doença, frequentemente precedido por
dor abdominal. O choque ocorre devido
ao aumento da permeabilidade vasculares
seguida de hemoconcentração e falência
circulatória. A sua duração é curta e pode
levar a óbito em 12 a 24 horas ou à
recuperação rápido frente terapia
antichoque e apropriada.
Quais remédios deve se evitar com suspeita de dengue?
A pessoa com suspeita de dengue não pode tomar remédios a base de ácido-acetil salicílico,
como por exemplo: aspirina, AAS, melhoral, doril, sonrisal, engov dentre outros, pois esses
remédios podem favorecer o aparecimento de hemorragias.
Esses medicamentos têm efeito anticoagulante, diminui a ação das plaquetas,
ocasionando o risco de hemorragia.
Quando houver suspeita de dengue?
A pessoa suspeita de dengue deve de inicio receber soro de hidratação oral; ser
encaminhada ao centro de saúde mais próximo para realização da consulta médica, todas as
pessoas com suspeita de dengue devem beber muita água, mesmo na espera para ser
atendido.
Nunca, ou seja, já mais deve tomar medicamentos sem orientação médica.
Porque não existe vacina contra a dengue?
Ainda não existe vacina contra a dengue.
muito complexo desenvolver a vacina contra a dengue, porque possuem quatro vírus
identificados, uma vacina para um tipo não ocorre imunização para o outro. É necessário
fazer uma combinação de todos os vírus, para elaborar uma
imunização contra a doença.
Qual é o tratamento para o paciente com dengue?
A pessoa deve repousar e ingerir muito liquida, evitando refrigerantes. O tratamento vai
depender do tipo de manifestação da doença, podendo variar de intensidade e gravidade.
Em relação dengue clássica não há tratamento específico para o paciente, o médico deve
tratar os sintomas, como as dores no corpo, cabeça.
Já os pacientes com Febre hemorrágica da dengue (FHD) é necessário realizar uma avaliação
rigorosa com muito cuidado para que sejam combatidos os primeiros sintomas de choque
por dengue, como a queda da pressão, que é o quadro mais complicado, podendo ser
repentino.
O que fazer para prevenir-se contra a dengue?
É fundamental a participação da população na prevenção e controle do Aedes aegypti vetor
da dengue.
A prevenção e controle da dengue é uma tarefa que exige um esforço em conjunto de todos,
através de simples medidas como, por exemplo: Vasos de flores ou plantas, manter o mato
seco com areia, recipientes plásticos devem ser furados antes do descarte, fechar bem os
sacos plásticos e manter lixeiras tampadas, garrafas e baldes vazios devem ser guardados de
cabeça para baixo, guardar pneus velhos em local coberto, manter sempre fechadas as
tampas de vasos sanitários, deixar caixas d'água sempre fechadas, realizar limpeza das
calhas, as caixas d'água e cisternas dos prédios devem ser limpas com frequência.
Porque atualmente as epidemias de dengue vêm aumentando?
Devido o crescimento populacional com condições sanitárias inadequadas favorece o
aumento da reprodução de mosquitos devido ao: Fornecimento inadequado de água,
práticas tradicionais irregulares no armazenamento de água, falta de coleta de lixo
(favorecendo o surgimento de criadouros de mosquitos), novos meios de transporte,
ocorrendo à movimentação de pessoas infectadas, resistência que o mosquito adquiriu aos
inseticidas.
As atribuições dos agentes no combate aos vetores são: Realizar pesquisa larvária em
imóveis para levantamento de índices, Descobrimento de focos e eliminação; tendo como
método controle mecânica (remoção, destruição, vedação, etc.). Orientar a população com
relação aos meios de evitar a proliferação dos vetores, repassar as informações coletadas no
trabalho de campo para seu supervisor, executar tratamento focal em recipientes que não
podem ser eliminado.
O agente de combate a endemias é fundamental no desenvolvimento de ações como
educação em saúde, mobilização comunitária com a finalidade a prevenção e combate a
endemias.
UNIDADE 5
ESQUISTOSSOMOSE
É uma doença infecciosa parasitaria causada por um verme muito pequeno denomina- do
schistosoma mansoni
Chegou ao Brasil com os escravos africanos trazidos pela colônia portuguesa, mas há
referências da doença muito antes dessa época; ovos do esquistossomo que causa essa
endemia foram encontrados em múmias chinesas de mais de dois mil anos3.
A espécie existente no Brasil foi descrita em 1907, pelo inglês Sambon, que a nomeou
Schistosoma mansoni em homenagem a Manson.
No Brasil estima-se que cerca de 6 milhões de indivíduos estejam infectados e 25 milhões,
expostos aos riscos de contrair a doença.
Onde se encontra a esquistossomose?
A esquistossomose mansônica é encontrada na África, Ásia e na América do Sul. No Brasil
áreas endêmicas importantes abrangem os estados do Rio Grande do Norte, Paraíba,
Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Espírito Santo e Minas Gerais4.
Quais os nomes populares?
É também conhecida como “doenças dos caramujos”, “Barriga d'água” ou “Xistosa”.
esquistossomose mansônica é encontrada na África, Ásia e na América do Sul.
Como ocorre á transmissão?
É uma doença de veiculação hídrica, cuja
transmissão ocorre quando os indivíduos
susceptíveis entram em contato com
águas superficiais onde existam caramujos
que liberam cercárias, (como ilustra a
figura abaixo da transmissão):
Pessoas doentes defecam as margens de lagos rios, quando ocorre a chuva arrasta as fezes
contaminadas com ovos do verme, os ovos eclodem e viram larvas que penetram no
caramujos que liberam as cercárias que penetram através da pele nas pessoas que banham
nessa água.
A partir de 5 semanas após a infecção a pessoa já elimina os ovos nas fezes, e permanece
assim durante vários anos.
Quando estou em área de risco podendo ser contaminado?
Observarem-se em lagos, lagoas, represas, rios que pretende entrar caso seja encontrado
caramujos podendo ocorrer risco de ser parasitado por cercárias.
A suscetibilidade ao verme é geral sendo independente a pessoa, quando em contato com
as cercárias, contraí a doença.
Quais são os hospedeiros no ciclo de desenvolvimento da esquistossomose?
No ciclo da doença, estão relacionados dois hospedeiros, o definitivo (homem) e o
intermediário (caramujo aquático).
Qual é o período de incubação?
O período de incubação ocorre em média de 1 a 2 meses após a infecção.
A pessoa pode estar contaminada mesmo sem ter a barriga d' água nome
popular da doença.
Monitorar os corpos hídricos através de levantamento de áreas que venha trazer risco as
pessoas na possível transmissão.
Orientar a comunidade através do desenvolvimento de ações educativas no controle de
esquistossomose.
UNIDADE 6
DOENÇA DE CHAGAS
De acordo com KROPF & MASSARANI (2009), o médico pesquisador mineiro Carlos Chagas
em abril de 1909, notificou a descoberta de uma nova doença tropical que ficou conhecida
como a doença de chagas, levando o sobrenome do pesquisador; sendo uma contribuição
fundamental para o cenário cientifico internacional sobre as doenças tropicais.
Na América Latina essa doença é uma das principais endemias, sendo um dos seus maiores
problemas sanitários. Este fato reforça a importância de garantir a sustentabilidade das
ações voltadas para seu enfrentamento5.
Segundo ARGOLO et al. (2008), uma das vetores da doença (barbeiro), é o fato de
dificuldades em se combater os insetos novas espécies ocuparem nichos que eram
antes ocupados por outras, além de sendo principalmente encontradas em
passarem a habitar o interior dos casas de zonas rurais.
domicílios chegando as residências através
dos animais ou por moradores que trazem
algum material para dentro das casas,
como por exemplo lenha, palha etc.;
O risco de contrair o mal de chagas está associado às precárias habitações nas áreas rurais,
pois este inseto se aloja nas frestas das paredes de barro das casas da população menos
favorecida
Vetorial: ocorre por meio das fezes dos “barbeiros” ou “chupões” após o repasto sanguíneo
defecam, junto com as fezes são eliminados formas infectantes de tripomastigotas
metacíclicos.
Trasnfusional/transplante: ocorre pela passagem por transfusão de sangue ou
hemocomponentes ou transplante de órgãos de doadores infectados a receptoras sadios.
Vertical ou Congênita: é a passagem de parasitas de mulheres infectadas pelo
trypanossoma cruzi, para seus bebês durante a gestação ou o parto.
Acidental: ocorre pelo contato da pele ferida ou de mucosas com material contaminado
durante manipulação em laboratório, sem o uso adequados de EPI'S.
Oral: através da ingestão de alimentos contaminados com parasitas provenientes de
triatomíneos infectados.
Qual é o período de incubação?
Na fase aguda acostuma aparecer 5 a 14 dias após a picada do inseto vetor. Quando
adquirida por transfusão de sangue o período de incubação varia de 30 a 40 dias. Em geral as
formas crônicas da doença se manifestam mais de 10 anos após a infecção inicial2.
Quais são os reservatórios?
São mamíferos silvestres, como o gambá, tatu, tamanduá, quati, porco espinho, roedores,
além de animais domésticos como cão, gato e rato.
Qual é o quadro clínico de um paciente infectado?
Nos primeiros dias após a picada a pessoa pode apresentar os seguintes sintomas: Febre,
falta de apetite, mal – estar, Inflamação leve no local da picada são sintomas comuns no
momento da infecção chamada fase aguda.
A manifestação da doença ocorrerá mesmo depois de muitos anos depois, na fase crônica,
quando o coração já este gravemente comprometido.
Os sintomas em um indivíduo infectado vão apresentar varias manifestações clínicas, como a
falta de ar, tonturas, taquicardia, braquicardia e inchaço nas pernas, além do parasita
lecionar o fígado e no sistema nervoso e linfático.
O que fazer se você estiver doente?
Procure um posto de saúde imediatamente da sua cidade para receber orientações.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico é realizado por métodos sorológicos são aqueles que buscam identificar, no
sangue do indivíduo, a presença de anti-corpos produzidos pelo organismo contra o
trypanossoma cruzi, evidenciando desta forma a contaminação pelo parasita.
Maneiras de controle e prevenção da doença de chagas?
Para o adequado desenvolvimento controle da doença de chagas, é fundamental que as
equipes de saúde, com ênfase nas equipes de atenção primária, incorpore, em seu processo
de trabalho, ações de vigilância que integrem a questão ambiental envolvendo reservatórios,
vetores e população humana.
Com a interrupção da transmissão vetorial da doença de chagas pelo triatoma infestans é
necessário fortalecer a vigilância nas áreas consideradas de risco, para impedir a sua
introdução6.
De acordo com Organização Mundial da Saúde (OMS), um primeiro desafio para enfrentar a
doença de chagas e outras enfermidades negligenciadas é criar uma estrutura que permita o
tratamento; essa situação é bem complexa e difícil devido a maioria das pessoas infectadas
ou em lugares de difícil acessos, não ocorrendo atendimento adequado.
As maneiras e prevenção no controle da doença de chagas: Aplicação de inseticidas, o
inseto não possui grande resistência, melhoria nas habitações, não deixar animais
domésticos ficar entrando em casa, orientar população em áreas de risco, por meio de
educação e informação sobre o barbeiro, desenvolver ações sobre as fontes de infecção,
evitar consumo de carne de caça, manter a casa e os quintais limpos.
UNIDADE 7
FEBRE AMARELA
A primeira epidemia de febre amarela descrita no Brasil ocorreu em 1685, em Recife, atual
capital do Estado de Pernambuco. A doença ocorre principalmente no continente africano
onde se concentram mais de 90% das notificações anuais no continente americano,as áreas
de maior incidência de febre amarela concentram-se no Peru, Bolívia, Colômbia, Equador,
Venezuela e Brasil.
UNIDADE 10
Área de risco
As áreas de alto risco têm como características epidemiológicas floresta tropical úmida que
favorece a transmissão perene e focalmente intensa, principalmente em grupos de
trabalhadores expostos, alta prevalência de Plasmodium falciparum geralmente resistente a
antimaláricos e populações migrantes com escassa imunidade, expostas às altas densidades
de Anopheles darlingi, dentro e fora de moradias precárias que não oferecem proteção4.
Objetivos da vigilância sanitária: Estimar a magnitude da morbilidade e mortalidade da
malária, Identificar tendências, grupos e fatores de risco, Detectar surtos e epidemias, Evitar
o restabelecimento da endemia, nas áreas onde a transmissão já foi interrompida,
Recomendar as medidas necessárias para prevenir ou controlar a ocorrência da doença e
Avaliar o impacto das medidas de controle.
BÁSICA
CARACTERIZANDO A ENFERMAGEM
Pode ser realizada por processo químico, no qual os artigos são imersos em solução
desinfetante antes de se proceder a limpeza.
Processo físico: indicando-se a imersão do artigo em água fervente durante 30 minutos9 -
método não indicado por Padoveze10 pois, segundo ele, há impregnação de matéria
orgânica quando aplicado a artigos sujos. A limpeza é o ato de remover a sujidade por meio
de fricção e uso de água e sabão ou soluções detergentes.
Para a realização da descontaminação e limpeza dos materiais, recomenda-se adotar as
seguintes medidas: sempre utilizar sapatos fechados, para prevenir a contaminação por
respingos; quando do manuseio de artigos sujos, estar devidamente paramentado com
equipamentos de proteção: avental impermeável, luvas de borracha antiderrapantes e de
cano longo, óculos de proteção e máscara ou protetor facial; utilizar escovas de cerdas
macias, evitando a aplicação de materiais abrasivos, como palhas de aço e sapólio; as pinças
devem estar abertas quando de sua imersão na solução; desconectar os componentes
acoplados, para uma efetiva limpeza; enxaguar os materiais em água corrente potável; secar
os materiais com tecido absorvente limpo, atentando para o resultado da limpeza,
principalmente nas ranhuras das pinças.
Nutrição enteral
A nutrição enteral consiste na administração de nutrientes por meio de sondas nasogástrica
(introduzida pelo nariz, com posicionamento no estômago) ou transpilórica (introduzida pelo
nariz, com posicionamento no duodeno ou jejuno). A instalação da sonda tem como
objetivos retirar os fluidos e gases do trato gastrintestinal (descompressão), administrar
medicamentos e alimentos (gastróclise) diretamente no trato gastrintestinal, obter amostra
de conteúdo gástrico para estudos laboratoriais e prevenir ou aliviar náuseas e vômitos.
Inserindo a sonda nasogástrica
Material necessário: sonda de calibre adequado lubrificante hidrossolúvel (xilocaína a 2%
sem vasoconstritor) gazes, seringa de 20 ml toalha recipiente com água estetoscópio luvas
de procedimento tiras de fita adesiva (esparadrapo, micropore, etc.)
A sonda nasogástrica é um procedimento deve ser medido colocando-se a sua
realizado sobre limites anatômicos extremidade na ponta do nariz do
externos, deve-se estar muito atento para paciente, alongando-a até o lóbulo da
estabelecer o mais precisamente possível orelha e, daí, até o apêndice xifóide;
esses limites descritos na técnica. O marcando esta delimitação com uma fina
comprimento da sonda a ser introduzida tira de adesivo - marcação que assegurará
a introdução e o alcance da sonda no região epigástrica simultaneamente à
estômago. A sonda deve ser lubrificada introdu- ção de 10 ml de ar pela sonda; ou
com solução hidrossolúvel, antes de sua mergulhando-se a extremidade da mesma
introdução na narina - o que facilita a em um copo com água: se borbulhar, a
manobra e atenua o traumatismo, pois sonda provavelmente se encontra nas vias
diminui o atrito com a mucosa nasal - e respiratórias, devendo ser imediatamente
introduzida sempre aberta, o que permite
identificar a saída do conteúdo gástrico ou
ar. A realização da sondagem nasogástrica
com o paciente sentado ou decúbito
elevado previne aspiração do conteúdo
gástrico caso ocorra vômito. A posição de
flexão da cabeça reduz a probabilidade da
sonda penetrar na traquéia. Para passar a
sonda do esfíncter cricofaríngeo para o
esôfago, solicitar ao paciente para que
degluta, o que facilita a progressão no
tubo digestivo. Caso o paciente apresente
sinais de sufocamento, tosse, cianose ou
agitação, deve-se suspender a manobra e
reiniciá- la
após sua melhora. A localização da sonda retirada.
no interior do estômago deve ser bnhghfbfdfffff
certificada através dos testes de aspiração
de suco gástrico, ausculta do ruído em
A fixação da sonda nasogástrica deve ser segura, sem compressão, para evitar irritação e
lesão cutânea. O volume e aspecto do conteúdo drenado pela sonda aberta deve ser
anotado, pois permite avaliar a retirada ou manutenção da mesma e detecta anormalidades.
Sempre que possível, orientar o paciente a manter-se predominantemente em decúbito
elevado, para evitar a ocorrência de refluxo gastroesofágico durante o período que
permanecer com a sonda. Se a sonda nasogástrica foi indicada para esvaziamento gástrico,
deve ser mantida aberta e conectada a um sistema de drenagem. Se não houver drenagem e
o paciente apresentar náuseas, vômitos ou distensão abdominal, indica-se aspirar a sonda
suavemente com uma seringa, pois pode estar obstruída. É comum que o paciente com
sonda respire pela boca, o que pode vir a provocar ressecamento e fissuras nos lábios.
Visando evitar tais ocorrências, a higiene oral e lubrificação dos lábios deve ser realizada no
mí- nimo três vezes ao dia, o que promove o conforto e evita infecção, halitose e o
ressecamento da mucosa oral. A limpeza dos orifícios nasais do paciente, pelo menos uma
vez ao dia, retira as crostas que se acumulam ao redor da sonda; visando prevenir
ulcerações, o profissional de enfermagem deve inspecionar o local e mantenha a sonda livre
de pressão sobre a mucosa nasal. Quando de sua retirada a sonda nasogástrica deve estar
sempre fechada, o que evita o escoamento do conteúdo gástrico - pelos orifícios da sonda -
no trato digestivo alto, fato que provoca irritação.
Instalando o cateter vesical
Material necessário: pacote de cateterismo contendo 1 cuba-rim, 1 cuba redonda, 1 pinça
cheron, gazes, 1 campo fenestrado e 1 ampola de água destilada seringa de 10ml povidine
tópico lubrificante estéril sistema de drenagem fechado (para cateterismo vesical de
demora) micropore, esparadrapo ou similar 1 par de luvas estéril sonda Folley ou
uretrovesical simples 1 pacote de compressas biombo.
Como todo procedimento, deve-se necessário sobre o campo esterilizado
preparar o ambiente, o paciente e o (sonda vesical, sistema de drenagem
material de modo a propiciar conforto, fechado, seringa e água destilada,
segurança e privacidade. A higiene íntima, lubrificante, antisséptico na cuba redonda)
realizada antes do cateterismo vesical, e a colocação da sonda propriamente dita.
reduz a colonização local, tornando o meio
mais seguro para a introdução do cateter.
A utilização de água morna e sabão
promove a remoção mecânica eficiente de
secreções e microrganismos. Por ser um
procedimento invasivo e a bexiga um local
isento de microrganismos, todo o material
a ser utilizado no cateterismo deve ser
esterilizado e manuseado estritamente
com técnica asséptica. Para evitar a
contaminação do lubrificante, desinfetar o
lacre antes de perfurar com agulha estéril
- o lubrificante visa facilitar a introdução
do cateter na uretra masculina ou
feminina, reduzindo o atrito e
traumatismo de mucosa. Ressaltamos que
faz-se necessário dispor um espaço livre
junto ao períneo, para colocar o campo,
com todo o material esterilizado, entre as
pernas do paciente. Basicamente, os
aspectos técnicos do cateterismo vesical
compreendem: posicionamento do
paciente, abertura do pacote de
cateterismo e de todo o material
Controlando o pulso
Há fatores que podem provocar alterações passageiras na freqüência cardíaca, como as
emoções, os exercícios físicos e a alimentação. Ressalte-se, ainda, que ao longo do ciclo
vital seus valores vão se modificando, sendo maiores em crianças e menores nos
adultos. A freqüência do pulso no recém-nascido é, em média, de 120 batimentos por
minuto (bpm), podendo chegar aos limites de 70 a 170 bpm31. Aos 4 anos, a média
aproxima-se de 100 bpm, variando entre 80 e 120 bpm, assim se mantendo até os 6
anos; a partir dessa idade e até os 12 anos a média fica em torno de 90 bpm, com
variação de 70 a 110 bpm. Aos 18 anos, atinge 75 bpm nas mulheres e 70 bpm nos
homens32. A partir da adolescência observamos nítida diferenciação entre o
crescimento físico de mulheres e homens, o que influencia a freqüência do pulso: na
fase adulta, de 65 a 80 bpm nas mulheres e de 60 a 70 bpm, nos homens33.
Habitualmente, faz-se a verificação do pulso sobre a artéria radial e, eventualmente,
quando o pulso está filiforme, sobre as artérias mais calibrosas - como a carótida e a
femoral. Outras artérias, como a temporal, a facial, a braquial, a poplítea e a dorsal do
pé também possibilitam a verificação do pulso. O pulso normal - denominado
normocardia - é regular, ou seja, o período entre os batimentos se mantém constante,
com volume perceptível à pressão moderada dos dedos. O pulso apresenta as seguintes
alterações: bradicardia: freqüência cardíaca abaixo da normal; taquicardia: freqüência
cardíaca acima da normal; taquisfigmia: pulso fino e taquicárdico; bradisfigmia: pulso
fino e bradicárdico; filiforme: pulso fino.
Via intramuscular:
A via intramuscular é utilizada para administrar medicamentos irritantes, por ser menos
dolorosa, considerando-se que existe menor número de terminações nervosas no tecido
muscular profundo. A absorção ocorre mais rapidamente que no caso da aplicação
subcutânea, devido à maior vascularização do tecido muscular. O volume a ser
administrado deve ser compatível com a massa muscular, que varia de acordo com a
idade, localização e estado nutricional. Considerando-se um adulto com peso normal, o
volume mais adequado de medicamento em aplicação no deltóide é de
aproximadamente 2ml; no glúteo, 4 ml e na coxa, 3 ml35, embora existam autores que
admitam volumes maiores. De qualquer maneira, quantidades maiores que 3ml devem
ser sempre bem avaliadas pois podem não ter uma adequada absorção. As complicações
mais comuns da aplicação intramuscular são a formação de nódulos, abscessos, necrose
e lesões de nervo.
Administrando medicamentos por via intramuscular Preparar o medicamento,
atentando para as recomendações da prescrição e do fabricante. Para aplicação em
adulto eutrófico, as agulhas apropriadas são 25x7, 25x8, 30x7 e 30x8. No caso de
medicamentos irritantes, a agulha que aspirou o medicamento deve ser trocada,
visando evitar a ocorrência de lesões teciduais. Orientar o paciente para que adote uma
posição confortável, relaxando o músculo, processo que facilita a introdução do líquido,
evita extravasamento e minimiza a dor. Evite a administração de medicamentos em
áreas inflamadas, hipotróficas, com nódulos, paresias, plegias e outros, pois podem
dificultar a absorção do medicamento. Num movimento único e com impulso moderado,
mantendo o músculo com firmeza, introduzir a agulha num ângulo de 90º, puxar o
êmbolo e, caso não haja retorno de sangue administrar a solução. Após a introdução do
medicamento, retirar a agulha - também num único movimento - e comprimir o local
com algodão molhado com álcool a 70%. Os locais utilizados para a administração de
medicamentos são as regi- ões do deltóide, dorsoglútea, ventroglútea e antero-lateral
da coxa. A região dorsoglútea tem o inconveniente de situar-se próxima ao nervo
ciático, o que contra-indica esse tipo de aplicação em crianças. A posição recomendada
é o decúbito ventral, com os pés voltados para dentro, facilitando o relaxamento dos
músculos glúteos; caso não seja possível, colocar o paciente em decúbito lateral. O local
indicado é o quadrante superior externo, cerca de 5cm abaixo do ápice da crista ilíaca.
Outra maneira de identificar o local de aplicação é traçando uma linha imaginária da
espinha ilíaca póstero-superior ao trocanter maior do fêmur; a injeção superior ao ponto
médio da linha também é segura. Para a aplicação de injeção no deltóide, recomenda-se
que o paciente esteja em posição sentada ou deitada. Medir 4 dedos abaixo do ombro e
segurar o músculo durante a introdução da agulha. O músculo vasto lateral encontra-se
na região antero-lateral da coxa. Indica-se a aplicação intramuscular no terço médio do
músculo, em bebês, crianças e adultos. A região ventroglútea, por ser uma área
desprovida de grandes vasos e nervos, é indicada para qualquer idade, principalmente
para crianças. Localiza-se o local da injeção colocando-se o dedo indicador sobre a
espinha ilíaca antero-superior e, com a palma da mão sobre a cabeça do fêmur
(trocanter), em seguida desliza-se o adjacente (médio) para formar um V. A injeção no
centro do V alcança os músculos glúteos. Para aplicar medicamentos muito irritantes por
via intramuscular, a técnica em Z é indicada, pois promove a vedação do trajeto e a
manuten- ção do medicamento no espaço intramuscular. Neste caso, a pele é deslocada
lateralmente para longe do local previamente escolhido para aplicação da injeção (figura
7). Penetra-se a agulha no músculo, injetando a medicação lentamente. Retira-se a
agulha e solta-se a pele, formando o Z (figura 8). O local da injeção não deve ser
massageado, pois isto pode provocar lesão tecidual.
Via endovenosa A via endovenosa é utilizada quando se deseja uma ação rápida do
medicamento ou quando outras vias não são propícias. Sua administração deve ser feita
com muito cuidado, considerando-se que a medica- ção entra diretamente na corrente
sangüínea, podendo ocasionar sérias complicações ao paciente caso as recomendações
preconizadas não sejam observadas. As soluções administradas por essa via devem ser
cristalinas, não-oleosas e sem flocos em suspensão. Para a administração de pequenas
quantidades de medicamentos são satisfatórias as veias periféricas da prega (dobra) do
cotovelo, do antebraço e do dorso das mãos. A medicação endovenosa pode ser
também aplicada através de cateteres intravenosos de curta/longa permanência e
flebotomia. O medicamento pode ainda ser aplicado nas veias superficiais de grande
calibre: região cubital, dorso da mão e antebraço. Material necessário: bandeja bolas de
algodão álcool a 70% fita adesiva hipoalergênica garrote escalpe(s) adequado(s) ao
calibre da veia do paciente) seringa e agulha Deve-se preferencialmente, administrar o
medicamento no paciente deitado ou sentado, já que muitos medicamentos podem
produzir efeitos indesejáveis de imediato; nesses casos, interromper a aplicação e
comunicar o fato à enfermeira ou ao médico. Inspecionar as condições da rede venosa
do paciente e selecionar a veia mais apropriada; garrotear o braço aproximadamente
10cm acima da veia escolhida. Para facilitar a visualização da veia de mão e braço,
solicitar que o paciente cerre o punho durante a inspeção e a punção venosa. Esticar a
pele durante a introdução da agulha, com o bisel voltado para cima mantendo um
ângulo de 15º a 30º. Observar o retorno do sangue, soltar o garrote e injetar o
medicamento lentamente; ao retirar a agulha, comprimir o local. Na administração de
soluções, não deve haver presença de ar na seringa, o que evita embolia gasosa. •
Venóclise Venóclise é a administração endovenosa de regular quantidade de líquido
através de gotejamento controlado, para ser infundido num período de tempo pré-
determinado. É indicada principalmente para repor perdas de líquidos do organismo e
administrar medicamentos. As soluções mais utilizadas são a glicosada a 5% ou 10% e a
fisiológica a 0,9%. Antes de iniciar o procedimento, o paciente deve ser esclarecido
sobre o período previsto de administração, correlacionando-o com a importância do
tratamento e da necessidade de troca a cada 72 horas. O profissional deve evitar frases
do tipo não dói nada, pois este é um procedimento dolorido que muitas vezes requer
mais de uma tentativa. Isto evita que o paciente sinta-se enganado e coloque em
cheque a competência técnica de quem realiza o procedimento. no rótulo do frasco o
nome do paciente, a solução a ser injetada, os medicamentos, tempo em que a solução
deverá correr, número de gotas/minuto, início e término, data e assinatura. A punção
venosa deve ser feita em local longe de articulações e de fácil acesso, visando facilitar a
manutenção da via e oferecer conforto ao paciente. Jamais puncionar veias
esclerosadas, devido à deficiência circulatória. Realizar a punção com técnica asséptica,
mantendo todo o conjunto de punção limpo, inclusive sua fixação, para prevenir
infecção local. Manter as conexões do sistema bem adaptadas, evitando
extravasamento de solução, contaminação, refluxo sangüíneo e entrada de ar. A fim de
detectar precocemente a infiltração de solução nos tecidos adjacentes, manter
constante observação do local. Na presença de sinais de flebite, retirar o dispositivo de
punção e providenciar outra via de acesso. Para garantir a infusão do volume e dosagem
dentro do tempo estabelecido, controlar constantemente o gotejamento da infusão.
Estes cuidados visam evitar desequilíbrio hidroeletrolítico e/ou reações adversas. O
gotejamento não deve ser alterado em casos de atraso de infusão, para que não haja
sobrecarga cardíaca por aumento brusco de volume. Os pacientes que deambulam
devem ser orientados a manter o frasco elevado, para promover gotejamento contínuo,
evitar refluxo e coagulação sangüínea com possível obstrução do cateter. Na
administração de soluções, não deve haver presença de ar no sistema, para evitar
embolia gasosa. Quando a solução do frasco estiver acabando, ficar atento para
promover a troca imediata após seu término, evitando a interrupção e perda da via de
acesso. Recomenda-se que os acessos periféricos sejam trocados em intervalos de 72
horas e sempre que necessário.
TÉCNICAS DE
PRONTO
SOCORRO
Conhecimentos básicos de primeiros socorros
Embora cada acidente tenha características próprias, alguns procedimentos essenciais
devem ser observados em todas as situações de emergência. É importante saber que as
duas primeiras horas após o acidente são decisivas para o tratamento eficaz dos
ferimentos e a sobrevivência da vítima. Portanto, uma leitura cuidadosa das técnicas
possibilitará mais segurança e controle emocional na hora de prestar socorro. Confira.
Compreenda a situação
Mantenha a calma; procure o auxílio de outras pessoas, caso seja necessário, e peça que
chamem um médico; ligue para emergência em sua cidade; mantenha os curiosos à
distância, pois assim o socorrista terá espaço suficiente para trabalhar; faça o exame
primário para a avaliação completa do estado da vítima. Mas atenção: o exame
secundário, que visa descobrir quais foram as lesões sofridas, só pode ser feito se a
vítima se encontrar em condições estáveis.
Transporte de vítimas
Para aumentar as chances de recuperação, o ideal é que a vítima seja atendida no local
do acidente. Caso isto não seja possível por falta de segurança, tanto para ela como para
o socorrista, deve-se transportá-la para um local seguro, porém respeitando certos
cuidados específicos. Veja como:
Como ajudar?
Antes de retirar a vítima do local do acidente: preste atenção ao movimentá-la para não
agravar as lesões já existentes; examine o estado geral da vítima; tente calcular o peso
da pessoa;
considere o número de socorristas para ajudar; retenha a hemorragia; mantenha a
vítima respirando; evite ou controle o estado de choque; imobilize as áreas com
suspeita de fraturas.
O transporte da vítima pode ser feito por maca, que é a melhor forma. Se por acaso não
houver uma disponível no local, ela pode ser improvisada com duas camisas ou um
paletó e dois bastões resistentes, ou até mesmo enrolando-se um cobertor várias vezes
em uma tábua larga.
Para erguer a vítima
Com apenas um socorrista:
Apoio lateral simples:
o braço da vítima é passado sobre os ombros do socorrista, por trás do pescoço;
o socorrista segura firmemente o braço da vítima;
com o outro braço, o socorrista envolve o acidentado por trás da cintura.
Arrastamento de roupa — a vítima é arrastada no sentido do eixo cranial pelo socorrista,
que utiliza a camisa ou casaco como ponto de apoio;
Arrastamento tipo cobertor — posicione a vítima estendida de lado. Coloque o cobertor
por debaixo do corpo do paciente, desvire-o, colocando-o de barriga para cima, e puxe o
cobertor do outro lado. Inicie o transporte puxando o cobertor próximo à cabeça da
vítima.
Com dois socorristas:
Para o atendimento eficiente de politramautizados, é importante ter em mente que, em
muitos casos, a vítima não pode e não deve se movimentar espontaneamente, devido às
lesões já existentes ou a lesões que possam ocorrer por uma locomoção indevida.
Portanto, a melhor maneira de mover uma vítima deitada é o uso da prancha longa,
quando o acesso ao paciente é viável.
A seguir, veja os métodos disponíveis para transporte com maca ou prancha longa. Esta
técnica deve ser realizada da forma apropriada, tanto para evitar complicações para as
vítimas como danos lombares para os socorristas.
Posição dos socorristas para erguer a vítima do solo
Logo que a vítima estiver em cima da prancha, cada socorrista deve se posicionar em
uma das extremidades da prancha (o socorrista A deve colocar-se de costas para o
paciente, e o B, aos seus pés);
Depois, os socorristas devem posicionar os pés ligeiramente afastados, e não paralelos
ou alinhados;
Ao se abaixar para elevar a maca, os socorristas devem ficar de joelhos na posição tripé,
ou seja, um joelho no chão e outro afastado, fora da posição do antebraço;
O socorrista A deve comandar as manobras, indicando quando é a hora de elevar a
vítima. Eles então se posicionam de cócoras, levantando o joelho que estava apoiado no
chão;
Após a ordem do socorrista A, ambos devem elevar a vítima utilizando os músculos da
coxa. Desta forma, evita-se o uso incorreto da musculatura da coluna, o que pode causar
sérios danos;
Para iniciar a caminhada, o socorrista A deve sempre dar o comando, dirigindo-se com a
vítima para a ambulância ou para outro lugar seguro.
Transposição de um obstáculo simples
Durante a caminhada, podem aparecer obstáculos no caminho, tais como árvores
caídas, por exemplo. O procedimento adequado nestes casos é:
Quando se aproximar do obstáculo, o socorrista A deve avisar ao outro socorrista do
problema;
Os socorristas devem colocar o paciente no solo delicadamente, sempre com a
orientação do socorrista A;
Com a prancha ao chão, os socorristas devem se posicionar nas laterais, um com a mão
na altura do ombro da vítima e o outro com a mão um pouco abaixo dos joelhos, e
manter os pés ligeiramente afastados;
Para elevar a prancha, o socorrista A dirige a operação: ambos se colocam de cócoras,
erguendo os joelhos que estavam de apoio no chão;
Em seguida, os socorristas se levantam, usando os músculos das coxas para erguer a
vítima;
Depois, sempre sob o comando do socorrista A, posicionam a prancha com a cabeceira
sobre o obstáculo;
Os socorristas se colocam face a face, caminhando em direção ao paciente,
movimentando a maca na lateral e deslizando as mãos ao longo da prancha;
O socorrista B se posiciona na extremidade da prancha;
Enquanto o socorrista B segura a prancha , o socorrista A pula o obstáculo e pega a
extremidade da prancha perto da cabeceira da vítima;
Depois, sob a ordem do socorrista A, os dois seguem de forma que apóiem a
extremidade dos pés do paciente sobre o obstáculo. O socorrista B salta o obstáculo e
vem se posicionar próximo à cabeceira do paciente;
Os socorristas ficam frente a frente e andam em direção ao meio da prancha. Em
seguida, a prancha é colocada no solo e o processo recomeça.
Prevenção de acidentes
Para evitar incêndios e acidentes sérios, siga estas orientações:
Depois de fumar, certifique-se de que apagou o cigarro completamente. Esta atitude
pode evitar sérios acidentes;
Não atire pontas de cigarros pela janela, e muito menos coloque-as sobre mesas,
prateleiras ou armários;
Somente esvazie o cinzeiro na lixeira quando tiver certeza absoluta de que todas as
cinzas e pontas de cigarros estão realmente apagadas. Não use a lixeira como cinzeiro;
Não fume dentro do ambiente de trabalho em seus últimos 30 minutos de expediente —
assim você evitará deixar alguma ponta de cigarro mal apagada;
Respeite a sinalização e não fume em lugares proibidos;
Procure não fumar na cama; se você pegar no sono, há o risco de incêndio;
Não jogue pontas de cigarros na rua, principalmente perto da vegetação;
Não solte balões; isto pode representar a destruição de florestas e uma ameaça à vida
de muitas pessoas;
Nunca deixe crianças trancadas sozinhas em casa;
Não deixe equipamentos elétricos Troque todas as tomadas defeituosas
ligados depois de utilizá-los, evitando de sua casa, mas nunca realize
assim curto-circuito; consertos "quebra-galhos". Estes
Não ligue vários eletrodomésticos em consertos podem provocar um curto-
uma mesma tomada. Há o risco de circuito;
uma sobrecarga do sistema elétrico e Não permita que as crianças brinquem
seu superaquecimento. Utilize com fogo, fósforos ou materiais
tomadas diferentes e desconecte o inflamáveis. Não deixe ao alcance
aparelho da energia após o uso; delas nada que represente risco de
acidente;
Nunca deixe o ferro elétrico ligado, nem que seja só por alguns instantes. Desligue-o
sempre quando não estiver por perto, e certifique-se de que ele esteja fora do alcance
das crianças;
Quando os fusíveis se queimarem, fique atento e faça uma revisão nas instalações
elétricas. De vez em quando, cheque os fios para se certificar de que todos estão bem
isolados.
Quando for sair de férias, desligue a chave geral de energia;
Ao utilizar materiais de limpeza, como álcool e removedores, deixe-os sempre em
lugares seguros e arejados; eles podem ser venenosos se forem ingeridos, como
também inflamáveis;
Não deixe lixo acumulado, principalmente se nele houver panos impregnados com
materiais inflamáveis, como gasolina, graxas e óleos vegetais, entre outros. Retire o lixo
de casa todos os dias;
Quando não estiver usando os botijões, mantenha-os fechados. E confira sempre se há
vazamentos; Não coloque cortinas ou qualquer tipo de pano próximo ao fogão, e
também não esqueça panelas no fogo;
Ao usar o forno, siga os seguintes passos: 1 º — acenda o fósforo, 2 º — abra a tampa do
forno; 3 º — ligue o gás. Assim é possível evitar uma explosão; Se sentir cheiro de gás,
abra imediatamente as janelas para ventilar a área, não risque fósforos e não acenda as
luzes. Coloque o botijão fora da cozinha, em local arejado.
Acidente automobilístico
Sempre é possível ajudar enquanto se espera o auxílio especializado. Mas é importante
ter noções adequadas de primeiros socorros para evitar o agravamento da situação.
Veja a seguir o que fazer em caso de acidentes automobilísticos.
Como ajudar?
ligue imediatamente para o serviço de emergência de sua cidade e para a Polícia Militar
Rodoviária; certifique-se de que não irá se arriscar ao se aproximar do local do acidente,
porque você pode se tornar outra vítima. Por isso, preste atenção se existe incêndio ou
cheiro de combustível antes de qualquer tentativa de socorro; pegue o extintor de
incêndio de um carro que não esteja envolvido no acidente e coloque-o em ação,
mesmo que não haja fogo; afaste os curiosos; examine o acidentado e veja se ele está
respirando. Se a vítima estiver consciente, faça-lhe perguntas para checar a respiração,
já que pessoas com graves problemas respiratórios têm dificuldade em falar; caso haja
sufocamento ou dificuldade respiratória, faça respiração boca-a-boca e reanimação
cárdio-pulmonar, conforme o caso; caso exista hemorragia, estanque-a com um pano
limpo, protegendo devidamente suas próprias mãos.
Afogamento
O afogamento é o acidente causado pela submersão do indivíduo, geralmente na água
do mar ou piscina, no qual o acidentado apresenta desde sintomas leves a graves, como
a asfixia (dificuldade de respirar); a partir daí, podem ocorrer alterações em outros
sistemas do corpo. O local do afogamento (água doce ou salgada) determina diferenças
nas alterações corpóreas; no entanto, os procedimentos de primeiros socorros são os
mesmos.
Os acidentes ocorridos no mar registram um maior número de vítimas entre os adultos.
Já em piscinas, esta estatística mostra maior freqüência de crianças envolvidas. Por isso,
é importantíssimo vigiar as crianças não só na praia, mas também em locais onde
existam piscinas, mesmo que não estejam sendo usadas.
É possível atuar no socorro com medidas simples, ainda que a pessoa disposta a ajudar
não tenha treinamento. Mesmo assim, lembre-se: a ajuda ao afogado só deve ser feita
se não for colocar em risco a vida do socorrista.
Como ajudar?
coloque o acidentado fora da água o mais rápido possível; se suspeitar de algum tipo de
traumatismo (história de queda ou acidente ao mergulhar), mantenha sempre reta e
imobilizada a cabeça da vítima; inicie imediatamente a respiração boca-a-boca; aqueça o
acidentado; leve-o ao hospital mais próximo, o mais rápido possível.
Asfixia
É o bloqueio ou a dificuldade de respiração por qualquer forma de impedimento da
entrada de ar nos pulmões; pode ser também a impossibilidade de troca gasosa
(oxigênio por gás carbônico) eficiente. Este impedimento pode ser causado por
afogamento, inalação de fumaça ou produtos tóxicos, objetos (sacos plásticos, objetos
inalados), compressão do pescoço (enforcamento, esmagamento) ou ausência da
respiração por problemas orgânicos.
Sinais e sintomas
dificuldade respiratória;ruídos durante a respiração; agitação ou prostração; palidez ou
arroxeamento da pele; perda da consciência;parada cárdio-respiratória.
Como ajudar?
Coloque a vítima em um ambiente arejado. Caso você saiba que a pessoa se engasgou
com alguma coisa, proceda as manobras devidas para este caso (descritas abaixo). Se
tiver havido afogamento ou inalação de fumaça e o acidentado não responder aos
estímulos ou apresentar parada das respirações, inicie as manobras de reanimação
cárdio-respiratória. Não perca tempo — leve o acidentado ao hospital mais próximo o
mais rápido possível.
Engasgamento de lactentes
Em caso de asfixia em bebês, proceda no colo ou deitada de costas, e
da seguinte forma: coloque a criança posicione os
dedos indicador e médio de ambas as
mãos no final do osso esterno (do
tórax),
próximo ao abdômen;
golpeie 4 vezes, rapidamente, com a outra sobre a coxa com a cabeça mais baixa que
mão, entre as omoplatas (ossos o tronco; faça 4 compressões seguidas no
protuberantes das costas, próximos aos tórax (esterno).
ombros); em seguida, ponha a mão livre É recomendável que estas manobras
nas costas da criança, de modo que fique sejam feitas já a caminho do hospital ou
"ensanduichada" entre as duas mãos — pronto-socorro, para que todos os
uma sustentando o tórax, pescoço e procedimentos necessários sejam
queixo, e a outra apoiando o dorso; então tomados o quanto antes.
vire a criança de uma vez e coloque-a
Engasgamento de crianças
Para proceder o socorro às crianças
maiores, siga estes passos:
posicione-se atrás da criança e
coloque os braços em torno de sua
cintura. Deixe que a cabeça, os braços
e parte do tronco fiquem pendentes
para frente;
aperte o punho de uma mão com a outra, e coloque sobre o estômago da criança, bem
acima do umbigo, na linha da cintura (abaixo das costelas); comprima rapidamente o
punho contra o estômago,
como um golpe. Repita 4 vezes este ajoelhe-se sobre ela e faça pressão
procedimento, ou até que o corpo com as mãos cruzadas, bruscamente,
estranho seja expelido. Complete com logo acima da linha da cintura. Peça
4 compressões torácicas (sob o que outra pessoa fique atenta para
remover o corpo estranho da boca. Se
a criança vomitar, gire todo o corpo
para o lado, a fim de evitar asfixia.
esterno);
se a criança for muito grande para
esta manobra, deite-a de costas,
Convulsões
A convulsão ocorre devido a uma descarga elétrica súbita e atípica dos neurônios, que se
manifesta mais comumente por movimentos anormais de diversos tipos. Esses
movimentos incomuns e incontroláveis podem surgir de forma localizada ou
generalizada, dependendo da causa do distúrbio neurológico. O quadro pode vir
acompanhado por perda ou alteração da consciência.
Causas
Há diversas delas, entre as quais: febre (em crianças pequenas);
traumas de crânio; doenças neurológicas; infecções do sistema nervoso; distúrbios do
metabolismo corporal; intoxicações.
Sinais
Durante a crise, o paciente pode apresentar: movimentos ritmados em todo o corpo ou
em algum membro isoladamente; perda da consciência; salivação; vômitos; febre.
Como ajudar?
retire roupas apertadas do paciente; a
pessoa contra objetos duros, ásperos
ou pontiagudos;
coloque a vítima em local seguro, de
onde não possa cair — no chão ou em não introduza lenço ou objetos entre
uma cama cercada, por exemplo; os dentes — é inútil e perigoso;
retire travesseiros e lençóis, para leve o enfermo ao hospital mais
evitar o risco de asfixia; próximo sem demora.
coloque a pessoa deitada de lado (em
decúbito dorsal), para permitir a Para evitar a crise convulsiva, deve-se
drenagem de saliva e vômito; diminuir a febre com banhos e
medicações prescritas pelo médico. O
primeiro procedimento não deve ser
realizado durante a convulsão, devido
ao risco de aspiração.
Epilepsia
É uma perturbação neurológica que afeta as funções cerebrais. Os neurônios
transmitem informações desorganizadas uns para os outros, provocando um confronto
e a completa confusão das mensagens nervosas.
Sinais e sintomas
perda de consciência e desmaio; contrações musculares bruscas e involuntárias;
olhos revirados; excesso de salivação. Como ajudar?
posicione a vítima na lateral, para que não se engasgue com o excesso de salivação; não
coloque panos entre os dentes ou na boca do paciente, pois o risco de sufocamento é
muito grande frente ao pequeno benefício de proteger a língua do mesmo; apóie a
cabeça do paciente em uma almofada ou algo similar. Não tente impedir os movimentos
convulsivos; apenas afaste os objetos em volta que possam machucar a vítima; alargue
as roupas da vítima; nunca administre nenhum medicamento sem prescrição médica;
preste atenção aos movimentos convulsivos — o relato da testemunha sobre a crise é
essencial para um bom diagnóstico clínico; acomode a pessoa confortavelmente quando
a convulsão parar; deixe-a dormir, se ela quiser; verifique se a respiração está normal;
leve o paciente ao médico ou ao hospital.
Desmaios
O desmaio é a perda temporária de consciência, que pode ser provocada por fatores
diversos. O importante é manter a calma e tentar ajudar a vítima.
Causas: emoções bruscas; cansaço; fome; nervosismo; traumatismo; hipoglicemia
(baixo nível de açúcar no sangue); queda de pressão; arritmia cardíaca (qualquer desvio
da normalidade no ritmo das contrações cardíacas).
Sinais e sintomas: pele pálida; sudorese; pulso e respiração fracos.
Como ajudar?
deite a vítima e eleve as pernas; afrouxe as roupas da pessoa;verifique o pulso do
paciente. Caso não consiga sentir a pulsação, apalpe a artéria carótida, na lateral do
pescoço; caso o desmaio persista por mais de 1 ou 2 minutos, aqueça a vítima, chame o
médico imediatamente ou leve a pessoa ao hospital.
Obs: Caso você sinta que vai desmaiar ao ver sangue ou ferimentos, por exemplo, deite-
se e eleve as pernas; ou sente-se e curve o tronco para frente, colocando a cabeça no
meio das pernas, abaixo dos joelhos, e respire profundamente, pressionando a nuca.
Estado de choque: Os casos de estado de choque são provocados geralmente por
lesões graves, tais como: hemorragias ou emoções intensas; queimaduras graves;
ferimentos graves ou extensos; choque elétrico; intoxicação por produtos químicos ou
alimentos; parada cárdio-respiratória; exposição excessiva ao calor ou ao frio; dor
profunda; infecções; fraturas.
Sinais e sintomas: pele pálida e fria; sudorese nas mãos e na testa; sensação de frio;
náuseas e vômitos; dificuldade respiratória; visão nublada; pulso fraco e rápido.
Como ajudar? remova da boca qualquer objeto que
examine o estado da vítima; atrapalhe a respiração (dentadura,
mantenha a pessoa deitada e goma de mascar) e mantenha a vítima
aquecida; alargue as roupas da vítima; respirando; posicione a cabeça na
lateral, para o caso de ela vomitar,
levante as pernas da vítima, mas
somente se não houver suspeita de
fraturas;
mantenha a cabeça do paciente em
posição mais baixa que o tronco, de
preferência; leve-o ao hospital.
Importante NUNCA: dê bebidas alcoólicas à vítima; dê líquido a uma pessoa
inconsciente ou semi-inconsciente; dê líquidos se suspeitar de lesão abdominal ou se o
acidentado estiver em estado grave.
Dor de ouvido
Apesar de parecer uma ocorrência simples, a dor de ouvido pode ser sinal de infecção
local, com possibilidade de atingir o sistema nervoso central. Veja como agir: erga a
cabeça do paciente e coloque-a sobre vários travesseiros; aplique compressas de água
morna sobre o ouvido dolorido e dê um analgésico para amenizar a dor; não permita
que a pessoa assoe o nariz, pois a pressão pode agravar a dor; procure o médico assim
que puder. Somente use outros medicamentos se receitados pelo especialista.
Fraturas
Fraturas nos braços
Descrição
As fraturas são ocasionadas pela ruptura completa ou parcial na continuidade dos ossos.
Podem ser classificadas em: fechadas: quando a pele do local fraturado não se rompe;
abertas ou expostas: quando a pele se rompe e o osso fica exposto. Esta ruptura pode
ser causada por algum objeto cortante ou pelos próprios fragmentos ósseos. Neste caso,
a probabilidade de infecção é muito grande, e por isso a fratura deve ser examinada com
Sinais e sintomas
dor profunda na área fraturada; hematoma (ruptura de vasos sanguíneos, com acúmulo
de sangue no local); paralisia por lesão dos nervos; movimentos com estalos
(semelhantes ao som de amassar de papel).
Como ajudar? caso a fratura seja exposta, enfaixe com
não tente colocar o osso da vítima no gazes; imobilize com materiais
lugar; procure não limpar os improvisados, como tiras de pano e
ferimentos. Movimentos pedaços de madeira;
desnecessários podem provocar
complicações sérias e infecções; dê
analgésico via oral, par amenizar a
dor; coloque compressa de gelo na
área traumatizada para diminuir a dor
e o inchaço; caso não tenha certeza da
fratura, trate a vítima como se a
ruptura realmente tivesse ocorrido,
imobilizando a região; chame o
médico o mais rápido possível, ou leve
a vítima ao hospital.
Fraturas nos braços: se o osso não
estiver exposto, faça compressa com gelo
Insolação
Ocorre após uma grande exposição ao sol, em dias de calor intenso. O corpo desidrata
mais rápido por causa do excesso de suor. Fenômenos como o golpe de calor podem
ocorrer quando a regulação da temperatura é incapaz de dissipar o acúmulo de calor
corporal. Este fenômeno é muito grave e potencialmente fatal.
Por isso, o tempo de exposição ao calor ou ao sol deve ser criteriosamente observado.
Muitas vezes, um curto período de tempo — 15 a 30 minutos, por exemplo — é
suficiente para causar sérios danos se a temperatura a que se está exposto for muito
alta, como freqüentemente ocorre em países tropicais como o nosso.
Sinais e sintomas: mal-estar; dor de cabeça forte; calor; ardor; febre; redução da
quantidade de urina; sede em excesso; vermelhidão por todo o corpo, em alguns casos
com o aparecimento de bolhas d'água; convulsão nos casos mais sérios.
Como ajudar? transporte a vítima para um local arejado, fresco e de preferência em
frente a um ventilador. Nunca permita que ela permaneça em um ambiente abafado e
quente;
aplique compressas frias pelo corpo; dê um banho na vítima (com água em temperatura
ambiente, mas sempre fresca); faça-a beber bastante líquido; caso os sinais e sintomas
persistam por mais de 1 hora, leve a vítima ao médico ou ao hospital; nos casos mais
graves — febre alta (acima de 38º), vômitos ou convulsões — leve a vítima ao hospital
imediatamente.
Intoxicações
Podem ocorrer por várias vias, entre elas:
Oral: com o consumo de qualquer substância tóxica pela boca;
Cutânea: no contato da pele com qualquer produto tóxico;
Respiratória: pela inalação de gases ou vapores liberados por produtos tóxicos.
Sinais e sintomas
Estes dependerão das vias de penetração e da substância tóxica. Contudo, de uma
maneira geral, podemos observar: vestígios na boca ou na pele, indicando ingestão,
inalação ou contato da vítima com substâncias tóxicas; odor incomum no hálito, devido
à aspiração ou ingestão de algum produto químico nocivo; alteração na coloração dos
lábios; lesões na pele; redução da capacidade respiratória; queimação na boca, garganta
ou estômago; sonolência; cólica; diarréia;
sangue nas fezes; náuseas e vômitos; confusão mental e estado de coma.
Como ajudar? leve a vítima imediatamente ao hospital; observe-a com atenção, para
explicar ao médico como ocorreu a intoxicação; em caso de intoxicação por produto
químico, encontre a respectiva caixa, na qual você poderá saber a composição do
produto e qual é o antídoto adequado; se possível, leve o produto tóxico para o médico
no frasco original; em caso de intoxicação alimentar ou por plantas, leve para o médico
uma amostra do alimento ou planta; dê bastante líquido à vítima; nunca ofereça
medicação para segurar a diarréia, pois esta é o mecanismo de defesa do organismo,
que elimina as toxinas através das fezes.
Auxílio pelo telefone: Centro de Assistência Toxicológica do Hospital das Clínicas de São
Paulo (CEATOX). Está disponível 24 horas para informações sobre intoxicação.
A ligação é gratuita: 0800-148110.
Intoxicação por plantas
Plantas tóxicas existem em todos os ambientes, e podem ser muito perigosas quando
manuseadas ou até ingeridas, especialmente por crianças.
Sinais e sintomas
Variam conforme as diversas espécies de plantas. Porém, os mais comuns são: náuseas;
vômitos; diarréia e desidratação.
Como ajudar?
não provoque o vômito na vítima, muito menos se tiver ingerido soda cáustica,
derivados do petróleo (querosene, gasolina, líquido de isqueiro, removedores), ácidos,
água de cal, amônia, alvejantes de uso doméstico, tira-ferrugem ou desodorantes. Isto
porque, da mesma forma que, ao entrar no organismo provoca-lhe danos durante o
trajeto, a substância tóxica fará o mesmo quando sair em forma de vômito; a rapidez é
imprescindível: trate a vítima antes que seu organismo absorva o veneno; remova os
resíduos restantes da planta da boca da vítima, lavando-a com bastante água; não
permita que a vítima ande; dê-lhe leite ou clara de ovo;
observe a língua e a garganta, para verificar a dimensão da irritação provocada;
mantenha a vítima aquecida; guarde a planta para identificação futura; leve a vítima
para o hospital mais próximo.
Tóxico inalado — Sinais e sintomas enjôo; vômito; diarreia; suor; palidez;
sufocamento; febre.
Como ajudar? coloque a vítima em local arejado; mantenha a vítima respirando, e verifique
a respiração; posicione o queixo da vítima para cima o quanto puder, e sopre em sua boca
ou nariz de 12 a 18 vezes por minuto; conserve a vítima aquecida; leve-a ao hospital.
Contaminação pela pele — Sinais e Sintomas: queimação ou resfriamento; diarreia;
vômito; salivação intensa; náuseas; dificuldade respiratória; perda de consciência
Como ajudar? leve a vítima para o chuveiro ou jato de água corrente, enquanto remove
toda a roupa; coloque roupas limpas na pessoa; não medique a vítima; leve-a ao hospital.
Contaminação pelos olhos — Sinais e Sintomas: ardência; lacrimejamento; dor.
Como ajudar? lave os olhos imediatamente após o acidente, porque a demora no
atendimento pode aumentar a gravidade da lesão; afaste as pálpebras da vítima e lave bem
os olhos com água corrente (de 15 a 20 minutos); não use colírio; leve a vítima ao hospital.
Vítima inconsciente ou com crise convulsiva: Siga estas orientações gerais:
examine a respiração da vítima; verifique se a língua não está atrapalhando a respiração;
posicione a vítima lateralmente para evitar que se engasgue com o vômito espontâneo; leve-
a imediatamente ao hospital.
Mordidas de animais raivosos: A hidrofobia, ou raiva, pode afetar todos os mamíferos, e
não só os cães e gatos. A doença atua no sistema nervoso central, através de um vírus,
provocando sinais e sintomas de encefalite (inflamação no cérebro), e pode ser fatal.
O vírus tem uma característica particular, que o faz ainda mais perigoso: ele penetra no
organismo humano através dos nervos, e não pela corrente sanguínea. Ou seja,
enquanto estiver fazendo este trajeto, as defesas do corpo não conseguem notar sua
presença. A produção de anticorpos só se iniciará quando o vírus atingir seu alvo, o
cérebro, e aí já é mais difícil evitar a morte da vítima.
O animal contaminado pode transmitir o vírus ao homem através da saliva. Por isso,
lembre-se: um arranhão ou uma simples lambida em um ferimento é o suficiente para o
contágio. É importante reforçar que a raiva pode ser transmitida não só por cão e gato,
mas também por outros mamíferos.
Sinais e sintomas: dificuldades para engolir; alteração de comportamento; sensibilidade à
luz (fotofobia); medo de água (hidrofobia); paralisia.
Como ajudar? lave a ferida com água e sabão em abundância, de preferência detergente; o
sabão é responsável pela destruição do invólucro do microorganismo, reduzindo desta
forma sua capacidade de reprodução; leve a vítima ao hospital mais próximo, mesmo que
você conheça o animal ou que ele esteja vacinado contra a raiva. Isto porque
aproximadamente 5% dos cães não reagem apropriadamente à vacina; em caso de ataque,
não sacrifique o animal. Coloque-o em local seguro para um intervalo de observação (10 dias
para cães e gatos).
O que é a vacina anti-rábica?
É o vírus inativo, ou seja, morto. Ao ser injetado no organismo, provoca uma resposta
imunológica, que é a produção de anticorpos para defesa. Também existe o soro anti-
rábico, que é o anticorpo já pronto, mas só é utilizado quando o estado da vítima pede
um tratamento de ação mais rápida.
Vacinação para os cães
A primeira dose deve administrada a partir dos 3 meses de idade, com reforço 45 dias
depois. A partir daí, é preciso aplicar doses anuais.
Overdose
Como a própria tradução já diz, é uma superdosagem de qualquer substância — isto é, a
utilização de alguma droga (medicação ou substância) acima dos níveis terapêuticos.
para o hospital
Massagem cardíaca: coloque a vítima deitada de costas sobre uma superfície dura;
coloque as mãos sobrepostas na metade inferior do esterno (osso no meio do tórax). Os
dedos devem ficar abertos, sem tocar a parede do tórax;
a seguir, faça pressão, com bastante vigor, para que se abaixe o esterno, comprimindo o
coração de encontro à coluna vertebral; descomprima em seguida; repita a manobra
quantas vezes forem necessárias (cerca de 60 vezes por minuto); leve a vítima ao
hospital.
CUIDADOS: Nas crianças com peso inferior a 30kg, deve-se fazer pressão apenas com
uma das mãos, e utilizando os dedos, a fim de que não ocorram fraturas ósseas no
esterno ou costelas.
Instruções para a reanimação: coloque a vítima de barriga para cima sobre uma
superfície lisa e rígida; ajoelhe-se do lado da vítima, na altura de seus ombros; examine
o estado de consciência da vítima; faça o exame primário, diagnosticando a parada
cárdio-respiratória;
faça a respiração boca-a-boca em duas ventilações, cada uma com a duração de 1 a 5
segundos;
descubra o tórax da vítima; identifique o ponto de compressão da seguinte forma:
localize o fim do osso esterno (o osso do tórax, abaixo do estômago), dê a distância de
um palmo e mais duas polpas digitais; imediatamente acima deste nível, coloque as
mãos para iniciar a massagem cardíaca. Realize 15 compressões torácicas seguidas, com
uma freqüência aproximada de 80 por minuto; mantenha a relação de 15 compressões
para 2 ventilações;
examine o pulso após 1 minuto de reanimação cárdio-pulmonar, e depois, a cada 3
minutos;
chame o médico ou leve a vítima ao hospital
Em caso de dois socorristas
Siga estes passos: o socorrista líder faz o contato inicial e o exame primário;
um dos socorristas se responsabiliza pela ventilação e o outro, pela compressão do
tórax; começar com 2 ventilações, fazendo em seguida 5 compressões no tórax para
cada ventilação;
contar as compressões em voz alta;deve-se fazer uma pausa entre as compressões para
permitir a ventilação; o socorrista a cargo da ventilação verifica a eficácia das
compressões no tórax, através do controle do pulso da vítima; depois do primeiro
minuto, e a cada 3 minutos de RCP, verificar o retorno da atividade cardíaca; deve-se
chamar o médico ou levar a vítima ao hospital.
Como saber se a RCP funcionou? Observe com muita atenção, durante o processo de
reanimação: se o tórax está se expandindo; se pulso está presente.
Queimaduras
A queimadura se caracteriza pela lesão de tecidos, podendo ter várias repercussões no
organismo, mais ou menos graves, dependendo de vários fatores. Alguns deles são
listados a seguir: Extensão da área queimada: quanto maior a área da queimadura, mais
grave é o paciente;
Profundidade da queimadura: pode ser difícil de se avaliar nos primeiros dias do
acidente, pois pode evoluir de um grau para outro.
Graus de profundidade da queimadura: 1° grau: vermelhidão; 2° grau superficial:
vermelhidão e bolhas; 2° grau profunda: bolhas, pele branco-rosada e úmida; 3° grau:
pele nacarada, cinzenta e seca.
Agentes causadores da lesão:Físicos: calor, frio, radiações, eletricidade; Químicos:
ácidos, álcalis; Biológicos: picada de insetos.
Os acidentes mais freqüentes são os causados por líquidos superaquecidos. As
queimaduras químicas necessitam de lavagem exaustiva com água. Já a característica
primordial da queimadura elétrica é sua evolução progressiva. Nos casos em que há
concomitante inalação de vapores aquecidos, pode haver comprometimento pulmonar
variável.
Como ajudar?
Os cuidados serão determinados pelas características da região e pelo risco de seqüelas,
dependendo da área acometida (face, mãos, pés, genitais e pregas de flexão, como
joelhos e cotovelos). No entanto, há algumas medidas essenciais a serem tomadas em
cada caso:
Queimaduras pequenas: deixe correr água fria sobre a lesão durante 10 minutos;
lave com água e sabonete neutro; coloque uma camada fina de vaselina estéril sobre o
local;
cubra a ferida com gaze esterilizada, para protegê-la das bactérias.
Roupas em chamas: faça a vítima se deitar o mais rápido possível, com o lado queimado
voltado para cima; apague as chamas com água, a menos que haja aparelho elétrico
próximo;
jogue água ao longo do corpo, de cima para baixo, para impedir que as chamas atinjam
o rosto;
se não for possível usar água, enrole a vítima em cobertores, casacos grossos ou tapetes,
para que as chamas não sejam mais alimentadas com oxigênio. Não use tecidos
inflamáveis (nylon, tecidos sintéticos e outros).
Queimaduras extensas e/ou profundas: chame imediatamente a ambulância;
deite a vítima e jogue água fria sobre a água afetada por 10 minutos ou até que o
socorro chegue; verifique se a pessoa está respirando e tome seu pulso;
corte ou tire delicadamente as roupas caso estejam aderindo à área queimada.
Se a queimadura foi causada por material superaquecido ou produto químico, lave o
local em água corrente, e dirija-se a um hospital. O tratamento pode ser feito com a
internação do acidentado, ou por atendimento ambulatorial com curativos diários feitos
no hospital. Dependendo do tipo de lesão, o médico poderá orientar o paciente a
proceder os curativos e cuidados em casa, e marcar consultas de revisão.
NÃO faça: Não aplique substâncias, loção ou gordura na área; Não coloque emplastro
ou curativo adesivo na queimadura; Não use algodão ou qualquer tipo de tecido que
solte fiapos para cobrir a queimadura; Não remova nada que esteja grudado na ferida.
Isto pode provocar danos posteriores à pele ou aos tecidos, e ainda causar uma
infecção; Não resfrie demais a vítima se ela tiver queimaduras graves; isto pode levar à
hipotermia (redução anormal da temperatura corporal).
Traumatismos
Luxação:É quando o osso se desloca parcial ou totalmente de sua articulação.
Normalmente é seguida de sérias lesões nos ligamentos articulares adjacentes. A
luxação pode ser dividida em total (completo deslocamento dos ossos articulados) e
parcial (quando os ossos da articulação ainda continuam em contato).
Sinais e sintomas: dor profunda; sangramento intenso; movimento anormal da
articulação.
Como ajudar? procure imobilizar a vítima em uma posição que amenize a dor e facilite
o transporte; dê analgésico via oral, para aliviar a dor; não faça compressa com calor ou
massagem no local do trauma; leve a pessoa ao médico ou ao hospital mais próximo.
Torção: É a distensão dos nervos e ligamentos — tecidos que ajudam a manter os
ossos na posição correta — devido a uma movimentação forçada da articulação.
Acontece com mais freqüência nos joelhos, tornozelos, punhos, dedos e pescoço.
Sinais e sintomas
dor profunda em torno da articulação; incapacidade de movimentação. Pode até ocorrer
sangramento na parte interna do local lesado.
Como ajudar?:coloque compressa fria no local; imobilize a área traumatizada; dê
analgésico via oral, para amenizar a dor; chame o médico ou leve a pessoa ao hospital.
Contusão: É resultado de um forte impacto na superfície do corpo. Pode acontecer de
o local da contusão ficar arroxeado, com dor e inchaço; isto é sinal de que houve
hemorragia ou derrame por debaixo da pele.
Sinais e sintomas: pele do local arroxeada; dor na região de contato.
Como ajudar?: faça compressa de gelo no local; dê analgésico via oral, para amenizar a
dor;
consulte o médico.
RECEPÇÃO
EM
CLÍNICAS
INTRODUÇÃO
A preocupação com segurança há tempos vem ganhando espaço significativo em
empresas dos mais diversos segmentos, tornando-se parte do negócio.
Seja por determinação legal, seja pela preocupação de seu patrimônio, da vida e bem
estar de seus colaboradores e do cuidado com o meio ambiente, empresários têm se
preocupado em observar os aspectos relacionados à segurança, em seus diversos níveis
de abrangência. Passando de mal necessário para prevenção de percas desnecessárias.
Nesse contexto, novas tecnologias, aliadas a profissionais cada vez mais preparados,
exigem Formação, Qualificação, Habilitação e Treinamento constante, objetivando o
aperfeiçoamento contínuo do indivíduo, como forma de garantia de continuidade e
confiança nos trabalhos executados ou ora a executar.
Para facilitar a busca pela formação adequada e a tão discutida qualificação,
apresentamos ao amigo (a) leitor (a) esta preciosa ferramenta de informação intitulada
ATRIBUIÇÕES E PROCEDIMENOS
I - Recepção e Portaria?
Não é de hoje que recepcionistas, porteiros e vigilantes dividem o mesmo espaço em
portarias e recepções de grandes, médias e pequenas empresas. Também não é de hoje
que se tem investido na estrutura física, tecnológica e de qualificação do pessoal destes
espaços. Que na maioria das vezes traduz com clareza a imagem da empresa onde
atuam.
Nota-se, portanto que a formação destes profissionais tem que acompanhar esta
evolução, ou seja, não dá mais para negligenciar as características homogêneas de
atuação e missão no qual estão inseridos estes profissionais de atendimento.
Sabemos que um serviço inteligente é aquele que se adequou às necessidades de cada
cliente de acordo com o projeto de sua análise de risco e suas características físicas e
operacionais. No entanto no mundo globalizado, treinamento inteligente não é aquele
com maior carga horária ou diversas certificações, porém o mais coerente e inovador.
Que conheça não só as tendências do mercado, viabilidade e um controle de perdas e
possíveis riscos, daí a necessidade de considerar que em nosso tempo recepcionistas e
atendentes de portaria estão intimamente separados pela denominação funcional, mas
homogêneos nas atribuições. É o que veremos a partir de agora.
II - O que faz um Profissional de Atendimento em Recepção e Portaria
Dentre as muitas atividades de um profissional de atendimento em recepção e portaria
estão as seguintes:
2.1 – Atendimento e Controle de Pessoas – Identificação, Recepção e Orientação;
2.2 – Controle de Acesso de Materiais;
2.3 – Controle de Acesso de Veículos – Próprios e de Terceiros;
2.4 – Controle do Claviculário (Chaves);
2.5 – Controle de Correspondências – Recebimento, Registro e Encaminhamento;
2.6 – Procedimentos em Perigo Eminente – Roubo, Assalto, Danos, Incêndio e Outras
Emergências Diversas;
2.7 – Procedimentos de Defesa de Descontinuidades;
III – A Qualidade Total no Atendimento
3.1 - O que é Qualidade no Atendimento?
Corresponde ao ato de atender bem, cuidar, prestar atenção às pessoas e não nas
pessoas.
3.2 - Qual a finalidade do Atendimento?
RECEPCIONAR: Receber as pessoas com cordialidade, passar uma imagem positiva e prestar
um bom serviço;
INFORMAR: Esclarecer as dúvidas;
ORIENTAR: Indicar opções e ajudar a tomar decisões;
FILTRAR: Diagnosticar as necessidades dos públicos internos e externos;
AMENIZAR: Acalmar os ânimos e fazer esperar;
AGILIZAR: Evitar perda de Tempo
3.3 -O que devemos considerar ao iniciarmos um atendimento?
Devemos dedicar um tempo para:
A)Ouvir: o que as pessoas têm a dizer;
B)Considerar: os sentimentos das pessoas (nervosismo, ansiedade, desânimo, respeito
etc.)
C)Compreender: a importância das pessoas, para nós e para nossa empresa;
D)Não Julgar: as pessoas pela aparência ou gosto pessoal.
O Atendente deve ter em mente que o sucesso de uma empresa depende de fatores
importantes, como:- Os seus produtos; - Os seus Equipamentos; - Desempenho de seu
pessoal e - Sua imagem perante o público.
Esta última, imagem, é um fator decisivo para o sucesso, pois uma imagem positiva
representa a porta aberta para o sucesso, uma imagem negativa o caminho para a falta
de sucesso, portanto esteja sempre bem apresentável. A primeira impressão é a que fica e
abre portas.
IV – Qual é meu Público Alvo?
Como todos já sabem não basta ser bom, tem que ser o melhor. O profissional de
atendimento tem alguns públicos a impactar e pode ser bem sucedido ou mal sucedido.
Tudo depende de reconhecer quem são estes públicos e qual tipo de solução poderá lhes
proporcionar.
O público de uma empresa pode ser:
4.1 – Interno – diretores, gerentes, colaboradores, estagiários, etc...
4.2 – Externo – é o universo de pessoas físicas ou jurídicas que procuram a empresa, a
fim de utilizar seus produtos e serviços.
V - Exemplos de Postura no Atendimento Pessoal
5.1. Seja Natural;
5.2. Sorria - sem exageros ou demagogia;
5.3. Esteja disposto a servir e demonstre interesse real pelas pessoas e não nas
pessoas;
5.4. Saúde o cliente – Bom dia, Boa tarde, Boa Noite;
5.5. Dê atenção a uma pessoa de cada vez, sem perder o controle da situação;
5.6. Use frases como: “Um momento, por favor, por gentileza, aguarde um instante”,
quando errar não perca a oportunidade em desculpar-se no momento e com toda cautela
possível, evitando a síndrome do coitadinho.
5.7. Seja breve no que está fazendo e dedique sua atenção ao cliente/visitante;
5.8. Fale de maneira cordial, clara e precisa com o visitante;
5.9. Aja com serenidade e de maneira amável;
5.10. Seja discreto e cuidado para não invadir a privacidade alheia;
5.11. Mantenha sintonia com a fala e a expressão corporal;
5.12. Saiba ouvir reclamações;
5.13. Possua autonomia e iniciativa – Muitas coisas não estão nos procedimentos da
empresa e temos que observar a política da empresa;
5.14. Olhe para o cliente/visitante;
5.15. Conheça as atividades realizadas por outros funcionários do seu setor ou empresa,
conheça os funcionários chave para casos específicos e as instalações da empresa;
5.16. Faça com que as pessoas se sintam especiais, sem, contudo proporcionar-lhes
outras interpretações;
5.17. Não demonstre nervosismo ou qualquer comportamento emocional negativo,
saiba “separar” seus problemas e controle suas emoções pessoais;
5.18. Nunca critique a empresa ou colega de trabalho na presença de visitantes, isto
demonstra falta de educação com o visitante, à pessoa e consigo mesmo;
5.19. Não interrompa a fala do cliente/visitante;
5.20. Não mascar chicletes;
5.21. Nunca diga “Não sei...” Caso não saiba de uma informação, peça um instante ao
cliente e procure informar-se;
VI – Posturas de Atendimento Telefônico
6.1.Fale Claro e Pausadamente, permitindo que o interlocutor entenda perfeitamente a sua
voz e seus dizeres;
6.2. Fale sempre o nome da empresa, o seu e em seguida cumprimente o interlocutor.
Ex: Grupo Átrios, Fulano, Bom dia!
6.3. Seja cordial e educado, pergunte o nome do cliente e o chame pelo nome;
6.4. Procure atender ao telefone antes de tocar pela segunda vez;
6.5. Saiba escutar, interessando-se pelo que ouve e estimulando a troca de opiniões;
6.6. Ao atender coloque um sorriso na voz, sem exagero é claro!
6.7. O telefone da empresa deve ser usado apenas a serviço, bem como os assuntos ali
tratados devem ser de cunho profissional e não pessoal;
6.8. Evite crítica e também elogios persistentes às virtudes de pessoas ausentes;
6.9. Tenha o mesmo cuidado que em sua casa com o aparelho que lhe foi confiado pela
empresa;
6.10. Não divulgue qualquer informação sobre a empresa, sua pessoa ou funcionário
sem a respectiva autorização e desde que o solicitante esteja plenamente identificado;
6.11. Não confie na memória! Anote todos os recados e direcione à pessoa que precisa
recebe-lo o mais rápido possível;
6.12. Corrija seus vícios de pronúncia;
6.13. Não desligue o telefone na face do cliente, espere o cliente desligar primeiro;
6.14. Evite gracejos, para não se tornar ridículo;
6.15.Evite deixar o cliente esperando na linha;
6.16. Procure deixar seu ramal sempre desocupado;
6.17. Palavras de tratamento pessoal como: “meu bem”, “querido”, não devem ser
usadas;
VII - Conclusão
Para cada empresa os demais procedimentos são de acordo com as instruções
especificas adotadas pela administração de cada gestor, não sendo mérito deste curso
destaca-las em sua totalidade, apenas reforçar conteúdos genéricos que não incorrerão
no risco de serem questionados pelos formandos, quando verificadas as falhas de
aplicação existentes em alguns postos de serviço.
Há empresas e empresas, gestores e gestores, há os que diagnosticam com precisão
certas situações, já outros têm dificuldade em perceber que está remando contra a maré.
Há os que ouvem como também há os que só sabem falar e não suportam as sugestões,
e nós temos que estar prontos para nos deparar com estas situações sem perder o
profissionalismo e o bom senso.
INTRODUÇÃO
Os atentados de 11 de Setembro de 2001 nos Estados Unidos, o crescimento da
criminalidade e a sofisticação dos seqüestros, são ingredientes que exigem novos
conhecimentos e técnicas ao profissional de atendimento, segurança e proteção.
Deve ser comum, que novas tendências sejam acompanhadas de perto por estes
profissionais, interagindo-os aos novos paradigmas de atuação e as novas tecnologias
inseridas em seu contexto, elevando ainda mais sua constante necessidade de
atualização e aperfeiçoamento.
Sabendo deste pressuposto percebe-se que estes tão importantes profissionais ocupam
posição de grande destaque na empresa, são observados por todos e tem um relevante
papel na distribuição e absorção de informações, sendo de suma importância seu
relacionamento com todos os colaboradores e terceiros no geral.
Daí a importância de se estudar Relações Humanas no Trabalho que procura interagir e
melhorar o relacionamento destes profissionais. Uma vez que trabalham e auxiliam
pessoas.
TEMAS FREQUENTES EM RELAÇÕES HUMANAS
1 – A Adaptação do Homem ao Trabalho – Programação dos Atos Diários e
Condicionamento;
2 – A Adaptação do Homem ao Homem – Respeito Mútuo;
3 – O Auto Conhecimento e o Conhecimento Coletivo – Conhece-te a ti Mesmo;
4 – Participação do Individuo no Grupo – Contato Pessoal.
MANDAMENTOS INDISPENSÁVEIS
EM RELAÇÕES HUMANAS DE A a Z
A – Respeitar o próximo como ser Humano;
B – Evite cortar a palavra a quem fala, espere sua vez;
C – Cumprir com rigor seu horário;
D - Não usar gírias;
E - Comunicar-se corretamente com as pessoas – Ex. Chame a pessoa sempre pelo
nome.
F – Não faça comentários precipitados;
G – Não envolver problemas pessoais ou econômicos com o trabalho;
H – Controlar possíveis reações agressivas, evitando ser indelicado ou mesmo irônico;
I – Evite pular seu chefe imediato e respeite a hierarquia – Ainda que o sistemas pós
modernos não reconheçam esta atitude de humildade e respeito, você terá mais êxito
obedecendo;
J – Use corretamente seu uniforme, mantendo-o limpo e passado;
CARP/ APARECIDO DA CRUZ – 12
CONTINUAÇÃO
L – Procurar conhecer melhor os membros de seu grupo de trabalho, a fim de
compreendê-los e de se adaptar a personalidade de cada um;
M – Procurar a causa de suas antipatias, a fim de vencê-las;
N – Estar sempre atento a suas funções;
O - Definir bem o sentido das palavras, no caso de discussão, para evitar mal
entendidos;
P - Seja modesto, procurando compreender e pensar que o outro talvez tenha razão;
Q – Conheça bem a empresa onde você presta serviços – Estrutura e Filosofia;
R – Não apenas conheça a função do chefe, conheça-o;
S – Evite tomar a responsabilidade de outro, a não ser a pedido deste ou em caso de
emergência – Cada um deve saber suas responsabilidades;
T – Lembre-se que fazemos parte do mesmo barco;
U - Sorria! É bom, de graça, um ótimo remédio e uma forma agradável de relacionar-se;
V – Não seja negativista, colocando barreiras no trabalho que faz ou vai fazer;
X – Não seja pretensioso;
Z – Seja honesto e cumpra suas promessas.
FORMAS DE SOCIALIZAÇÃO HUMANA
As mais discutidas entre os profissionais de atendimento e segurança são as seguintes:
BIOLÓGICAS PSICOLÓGICAS
Neste último caso o êxito do individuo depende das atitudes, laços de amizade, respeito
e simpatia que o mesmo venha a cultivar.
Um exemplo bem claro disso esta em nosso dia a dia, quando entramos em uma loja e
logo somos atendidos por um vendedor; há grande diferença entre aquele que participou
de um treinamento em relações humanas e aquele que mal humorado – sem
profissionalismo – atende o cliente de qualquer maneira.
O mesmo acontece na família, na política, no futebol, na criação dos filhos, na religião ena
vida do profissional de atendimento e segurança.
NOÇÕES DE SEGURANÇA NO TRABALHO
FORMAS DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES DO
TRABALHO
As três formas universais de prevenção dos acidentes de trabalho são oriundas
da análise e investigação dos acidentes de trabalho:
1) Engenharia: esta supõe uma inspeção e revisão cuidadosa das condições
inseguras. Ademais, implica uma revisão dos processos e operações que
contribuem ao melhoramento da produção. Nesse aspecto é interessante notar
a importância que tem as sugestões do pessoal mais experimentado;
2) Treinamento e educação: isto implica o conhecimento das regras de
segurança, análise de função, o treinamento e desempenho da função,
instruções sobre primeiros socorros e prevenção de incêndios, conferência aos
supervisores, a educação profissional, a propaganda por meio de cartazes,
sinais e avisos e quadros de segurança, concursos e campanhas organizadas,
publicações, etc.
3) Medidas disciplinares: constituem um último recurso e não são bem
aceitas. O problema não consiste em achar um culpado, senão modificar os
atos inseguros e atitudes inseguras do pessoal por meio do treinamento e
propaganda para evitar acidentes. Em outras palavras, é fundamental criar a
mentalidade de segurança entre o pessoal.
Das formas expostas para prevenir os acidentes se infere que a segurança não é somente um
problema de pessoal (humano), senão que implica em
engenharia, planejamento, produção, estatísticas, conhecimentos das leis de
compensações e habilidade de vender o programa à gerência e aos
trabalhadores.
SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO E SIGILO
PROFISSIONAL NA PRÁTICA
Informação é o conjunto de dados, imagens, áudios ou vídeos que representem
conhecimento sobre resultados, processos, transações, projetos, estratégias, históricos,
patrimônio material ou intelectual, documentos, ambientes operacionais,
organizacionais ou humanos da Empresa. São propriedade da empresa e devem ser
protegidos adequadamente.
A informação no mundo pós moderno representa conhecimento e é considerada um
ativo estratégico na tomada de decisões. Sua integridade, confidencialidade e
disponibilidade são vistas como vantagem competitiva e espelham a imagem e a
performance de uma corporação nos cenários nacional e mundial.
Com o objetivo de orientar e adequar os profissionais de atendimento, segurança e
proteção aos mais altos padrões de competitividade resolvemos abordar em nosso curso
este tão precioso tema, bem como exemplifica-lo em sala de aula.
A prática das lições aqui descritas trará grandes benefícios a formação do aluno,
seguido de sucesso profissional característico dos que almejam um futuro com mais
qualidade de vida.
SIGILO PROFISSIONAL NA PRÁTICA
No contexto acima se tem uma noção do que representa a informação em nosso tempo.
É uma verdadeira mina de ouro.
Quanto a violação do segredo profissional é crime previsto no Artigo 154 do código
penal brasileiro o qual diz assim:
“Divulgar segredo que tenha ciência em razão de sua função é crime”
Neste caso atentar para o sigilo profissional e a guarda das informações referentes seu
local de trabalho demonstra-se de inestimável importância. Agindo desta forma você
não só colabora com a sua segurança como a de seus colegas de trabalho.
Não se esqueça do artigo 154 do Código Penal. “Quem divulga assuntos que possam
atrapalhar o desempenho da empresa está sujeito à pena de detenção de 03 meses a 01
ano ou multa”.
CARP/ APARECIDO DA CRUZ – 22
PROTEÇÃO PATRIMONIAL NA PRÁTICA
I – INTRODUÇÃO
Com a ampliação dos parques industriais, a crescente onda de insegurança e a formação
de patrimônios cada vez mais vultosos, a necessidade e a procura por sistemas de
proteção mais organizados e efetivos é uma necessidade constante.
Portanto ao estudar-se um plano de proteção patrimonial ou empresarial, deve-se ter em
mente um número considerável de fatores, tais como:· Localização do patrimônio;
· Seu tamanho;· A Confiabilidade de seus projetos;· A periculosidade de seus produtos ou de
seus processos;· A possibilidade de socorro e auxilio de origem externa com que se pode
contar etc.
O Departamento de Proteção Patrimonial ou Segurança Patrimonial deverá identificar
eprever situações anormais, ter soluções de problemas, antes que estes se tornem agudos.
Ou seja, deve antecipar-se ao fato de forma sempre preventiva e não reativa como a
maioria das organizações.
II – RESPONSABILIDADES E MISSÃO
A Responsabilidade primordial de um departamento de segurança ou proteção
patrimonial é a de proteger o pessoal, a produção e a propriedade da organização da
qual faz parte, de todos os riscos existentes ou que venham a existir.
Afinal Segurança é sensação de estar livre de exposição ao perigo, é um estado de
espírito, no qual a pessoa sente-se protegida. Daí a grandeza e a responsabilidade deste
serviço, que não deve ser considerado mal necessário, mas protetor de perdas
desnecessárias.
III – SERVIÇOS PROFISSIONAIS DE SEGURANÇA E PROTEÇÃO
Ao lado das sofisticadas tecnologias e aparatos de segurança eletrônica, inclusive a
biometria, o profissional de proteção e segurança exerce papel relevantíssimo.
Este profissional, no entanto, deve estar atento não só as novas exigências de
capacitação do mercado, mas também ao profissionalismo que lhe deve ser peculiar.
Um profissional da área de proteção e segurança deve ser equilibrado psicologicamente,
não poderá perder o controle ou entregar-se ao pânico, diante de uma emergência.
Precisa manter a calma, ter coragem e ser capaz de tomar decisões rápidas e lógicas.
CARP/ APARECIDO DA CRUZ – 23
Cada profissional de atendimento, proteção e segurança devem saber:
· A localização de todos os implementos de combate ao fogo, tais como:
extintores, mangueiras, hidrantes, bombas de recalque etc. Ainda que não seja
sua atribuição principal, pois pode ser de grande valia quando em situação de
emergência;
· A localização de registros de água, gás, quadros elétricos e etc.;
· A localização de dispositivos de segurança como: alarmes em geral e seu
funcionamento correto;
· O funcionamento obrigatório ou não de máquinas, motores e computadores fora
do expediente, sabendo qual o motivo de manter-se aquela unidade ligada.
Exceto quando esta atividade for delegada a outro profissional, tendo o cuidado,
mesmo sendo taxado de inconveniente de avisar o mesmo quando este por algum
motivo o esquecer. Promovendo o bem estar comum e a seguridade da
organização.
· Quais luzes deverão permanecer acesas fora do expediente, para proporcionar
boa visibilidade ao profissional no que se referem as principais áreas da empresa.
Há casos em que as luzes são controladas por sensores de presença, daí cada caso
deve ser avaliado com critérios distintos;
· Conhecer todas as saídas de emergência da empresa;
· Preencher o livro de ocorrências e os check list’s, quando houver;
· Ter conhecimento prévio sobre normas e procedimentos da empresa;
· Conhecer os sistemas, ou o sistema de controle de entrada, saída e permanência
de pessoas, veículos e mercadorias.
IV – DEVERES DO PROFISSIONAL DE PROTEÇÃO RELACIONADOS AO
POSTO DE SERVIÇO
Após sua apresentação ao serviço, o profissional está assumindo inteira
responsabilidade pela segurança do patrimônio e das vidas sob sua guarda. Deve ainda:·
Receber do profissional que o antecedeu o posto de serviço e conferir todo o
material de uso comum do posto – Material Carga. Daí a recomendação de
chegar sempre com pelo menos 15 minutos de antecedência para passagem e
recebimento do serviço;
· Inspecionar a sua área de operação e tomar providências seja necessário, ou caso
verifique qualquer anormalidade que coloque em risco sua integridade ou da
organização; Ter conhecimento prévio das anotações do livro de ocorrências, bem como
eventuais ou novas ordens e instruções.