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reorganização dos serviços e reorientação de novas bases,
INTRODUÇÃO
buscando a promoção da saúde, ao invés de focar na doença.
O PSF é um programa prioritário que reorganiza a
Atenção Básica no Brasil, através da Portaria Nº 648, de março
de 2006.
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O QUE É O SUS?
Universalidade Equidade
todo e qualquer cidadão brasileiro, todas as pessoas são iguais perante o
sem nenhum tipo de descriminação tem SUS e merecem ser atendidas de
direito ao acesso a saúde. acordo com suas necessidades
individuais.
Integralidade
nos serviços e ações de saúde – Participação Popular e Controle
buscando garantir um cuidado pessoal, Social
além da prática terapêutica, busca atender às necessidades dos
considerando o indivíduo em todos os cidadãos individuais, grupos,
níveis de atenção e a inserção em seu organizações ou associações.
contexto social, familiar e cultural.
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O QUE É O SUS?
As diretrizes são regras gerais que determinam como o SUS
deve se comportar como política pública, segue as diretrizes:
Descentralização
é a transferência de responsabilidade
entre as esferas do governo.
Distribuindo competências a União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios.
Regionalização e hierarquização
organização dos serviços deve ser
distribuída em níveis de complexidade
tecnológica, disposto em área
geográfica específica com delimitação
da população atendida.
Participação da comunidade
inserção da população brasileira na
formulação de políticas públicas e
defesa ao direito de acesso a saúde.
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O QUE É O SUS?
A Política Nacional de Atenção Básica (PNAB),
identifica a Atenção Básica como sendo um conjunto de ações
individuais e coletivas que buscam promoção, prevenção,
proteção, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de
danos, cuidados paliativos e vigilância em saúde, através de
práticas de cuidado integrado e gestão qualificada.
A atenção à saúde é dividida em 3 modelos: Atenção
primária, secundária e terciária.
Atenção primária
é o primeiro nível de cuidado em
saúde, que se caracterizam por um Atenção secundária
conjunto de medidas de saúde é o nível intermediário que consiste
tomadas a nível individual e coletivo, em serviços profissionais em nível
inclui promoção e proteção da saúde, ambulatorial e hospitalar, considerado
prevenção de doenças, diagnóstico, também como procedimento de média
tratamento, reabilitação, redução de complexidade.
danos e manutenção da saúde. É a
porta de entrada para o SUS.
Atenção terciária
é o nível de maior especialização na
área da saúde. Um serviço altamente
especializado para pacientes que
podem estar hospitalizados e
necessitar de procedimentos e exames
mais invasivos. Nesse estágio, o
paciente tem uma doença grave e
risco de vida.
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O QUE É O SUS?
Saúde Da Família
Saúde da família é um programa da atenção primária
em saúde, é uma estratégia importantíssima para a organização
e fortalecimento da atenção básica.
Esse programa é desenvolvido por localidade,
possibilitando ações de promoção à saúde, prevenção,
recuperação, reabilitação de doenças e agravos mais
frequentes. Também contempla ações que minimizam as
endemias.
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O QUE É O SUS?
fornecer atendimento integral, providenciando encaminhamentos
para outros níveis de atenção, quando necessário.
COMUNICAÇÃO EM SAÚDE
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A comunicação enfrenta diversas barreiras tanto para
COMUNICAÇÃO
EM SAÚDE
os trabalhadores da saúde, como para os usuários do programa.
Essas dificuldades são decorrentes das linguagens e
conhecimentos, que nem sempre são compartilhados de forma
adequada entre locutor e receptor.
Muitas vezes os usuários dos programas de saúde
possuem limitações físicas que impossibilitam a comunicação,
Tipos de comunicação
Comunicação não verbal: é a comunicação que não é feita através da fala nem da
escrita. Acontece por meio de gestos, sons, sinais e expressões corporais.
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Pontos relevantes na comunicação
COMUNICAÇÃO
EM SAÚDE
• Vencer as barreiras pessoais, estabelecendo formas para
vencer timidez e conseguir expressar as informações de
forma clara e com confiança.
• Comunicação eficiente um diálogo empático, com feedback,
fazendo elo entre locutor e interlocutor, se colocando no lugar
do outro.
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O AGENTE DE COMBATE
ÀS ENDEMIAS
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O AGENTE DE COMBATE
O Agente precisa sempre levar em consideração os
riscos que a profissão oferece, pois ao fazer o controle dos
ÀS ENDEMIAS
vetores, esses profissionais acabam se expondo, as doenças
transmitidas por eles. Então surge a necessidade de um controle
rígido no uso de Equipamentos de Segurança.
Existem também muitas orientações relacionadas a
segurança desses profissionais instituídas através de portarias,
normas regulamentadoras, instruções normativas, notas e
manuais que descrevem e orientam sobre a realização do trabalho de
campo.
A responsabilidade em relação a segurança desses profissionais
é do órgão empregador, prevendo principalmente suas funções que estão
relacionadas às três esferas de gestão do SUS.
Atribuições profissionais
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O AGENTE DE COMBATE
• Utilização correta dos equipamentos de proteção individual
ÀS ENDEMIAS
indicados;
• Manutenção de registros de informações referentes às
atividades executadas, sempre no formulários
correspondente;
• Informação completa sobre seu itinerário diário de trabalho;
• Divulgação de informações para a comunidade sobre sinais e
sintomas, riscos e agentes transmissores de doenças, assim
como as medidas de prevenção individual e coletiva;
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ATIVIDADE DOS AGENTES
EM VISITAS DOMICILIARES
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EM VISITAS DOMICILIARES
ATIVIDADE DOS AGENTES
É através da visita domiciliar, que é possível a
elaboração de um diagnóstico da localidade, por meio de
entrevista e mapeamento da comunidade, que são
determinantes no processo.
Modelo de ficha
de avaliação
domiciliar
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EM VISITAS DOMICILIARES
ATIVIDADE DOS AGENTES
Acolhimento
Mapeamento
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EM VISITAS DOMICILIARES
ATIVIDADE DOS AGENTES
Através do mapeamento é possível entender as
áreas e microáreas propensas para o aparecimento e
proliferação de doenças.
Maior
Área de risco propensão de
proliferação de
vetores.
• Saneamento básico;
• Contaminações de água, ar, solos e alimentos;
• Fonte de renda predominante na localidade.
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EM VISITAS DOMICILIARES
ATIVIDADE DOS AGENTES
Passos para observar ao fazer o mapeamento:
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EM VISITAS DOMICILIARES
ATIVIDADE DOS AGENTES
Condições que determinam risco à saúde:
Técnica de entrevista
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EM VISITAS DOMICILIARES
ATIVIDADE DOS AGENTES
PASSOS PARA A ENTREVISTA:
Atuação intersetorial
Estabelecimentos Governo
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MORAL E ÉTICA
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MANUAL DO AGENTE DE
COMBATE ÀS ENDEMIAS
Ferramentas de trabalho
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MANUAL DO AGENTE DE
COMBATE ÀS ENDEMIAS
Os materiais necessários para o desenvolvimento
das ações são: bolsas para armazenar os instrumentos de
trabalho caneta, pranchetas, formulários, pesca-larvas e tubos
para depósito das larvas de vetores, bem como inseticidas, e
equipamentos de proteção individual.
EPI
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MANUAL DO AGENTE DE
COMBATE ÀS ENDEMIAS
Tipo e indicação de uso:
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MANUAL DO AGENTE DE
COMBATE ÀS ENDEMIAS
EQUIPAMENTOS INSETISIDAS
Equipamentos de pressão variável – utilizado para aplicação de
inseticidas de efeito residual. Muito utilizado no programas de
controle do Aedes, doença de Chagas e leishmaniose visceral.
Fonte: Manual sobre Medidas de Proteção à Saúde dos Agentes de Combate às Endemias
Fonte: Manual sobre Medidas de Proteção à Saúde dos Agentes de Combate às Endemias
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MANUAL DO AGENTE DE
COMBATE ÀS ENDEMIAS
Equipamento nebulizador pesado - é utilizado no programa de
controle para manejo espacial do vetor pela nebulização do
inseticida em pequenas gotículas. A produção dessas gotículas
deve se concentrar em torno de 5 a 25 micras (85%).
Fonte: Manual sobre Medidas de Proteção à Saúde dos Agentes de Combate às Endemias
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MANUAL DO AGENTE DE
COMBATE ÀS ENDEMIAS
Equipamento termonebulizador portátil – funciona através da
pulsação ressonante com um ressonador que atinge altas
temperaturas, e a calda inseticida é injetada na extremidade de
saída do tubo, formando uma névoa que geralmente ocupa a
vegetação. É um equipamento com alto risco de acidente
relacionado à queimaduras, o que exige capacitação dos
operadores.
Fatores de Riscos
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MANUAL DO AGENTE DE
COMBATE ÀS ENDEMIAS
Além da exposição aos próprios vetores das
doenças na área endémica e manuseio de substancias tóxicas
que visam o controle.
Dentre os fatores de risco, se destacam
principalmente os riscos químicos, físicos, biológicos,
mecânicos e ergonômicos.
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MANUAL DO AGENTE DE
COMBATE ÀS ENDEMIAS
Fatores de risco Situações de exposição Agravos
Uso de maquinários e
equipamentos, queda de Acidente de trabalho
alturas, colisões,
atropelamentos, picadas e
contato com insetos e
Acidente com exposição a
animais peçonhentos,
Riscos mecânicos e de material biológico
armazenamento inadequado
acidente de trabalho
de materiais, perfurações,
lesões, cortes, ferimentos,
mordedura de animais,
Acidentes com animais
deslocamentos em áreas
peçonhentos
com sinalização precária, uso
de motocicletas.
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MANUAL DO AGENTE DE
COMBATE ÀS ENDEMIAS
Fatores de risco Situações de exposição Agravos
Realização de trabalho em pé
Lesões por Esforço
com deslocamento intenso,
Repetitivo/ Distúrbios
elevação e transporte de
Osteomusculares
peso, flexão e extensão de
Relacionados ao Trabalho
membros, postura
(LER/Dort)
inadequada, repetitividade de
ações, jornadas de trabalho
extensas, estresse Transtorno mental
ocupacional (condições relacionado ao trabalho
Riscos ergonômicos
insalubres, falta de
treinamento e orientação,
relações interpessoais
Hipertensão arterial
abusivas, dentre outras),
tensão, ansiedade, frustração
e depressão devido ambiente
laboral. Violência verbal e
Acidentes de trabalho
física, exposição à violência
urbana.
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MANUAL DO AGENTE DE
COMBATE ÀS ENDEMIAS
Medidas de Proteção à Saúde
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MANUAL DO AGENTE DE
COMBATE ÀS ENDEMIAS
• Eliminação mecânica dos criadouros: remoção, vedação,
limpeza e drenagem;
• Utilização de inseticidas menos voláteis;
• Adoção de uso de mochilas ao invés de bolsas laterais;
• A sala dos agentes, onde fazem o controle e mantem o
estoque, deve ser de alvenaria, com ventilação e
iluminação adequada, possuindo piso resistente, lavável e
impermeável. Com utilização apenas para atividade que
envolva o uso de produtos químicos, como armazenagem e
preparo, distribuição e descarte;
• Disponibilização de salas de apoio operacional e administração, fora do
ambiente de armazenamento dos produtos;
• Fornecimento de vestiário e sanitário em conformidade com NR-24,
dotado de chuveiro de emergência com lava-olhos;
• Disponibilização de estação de lavagem de mãos e materiais, após uso e
manuseio de produtos;
• Possuir lavanderia para apoio à higienização dos ambientes, uniformes e
equipamentos de proteção individual não descartáveis;
• Exposição de placas com informações e sinalizações de segurança
relativas ao risco químico e físico;
• Elaboração de protocolo escrito sobre os procedimentos a serem
adotados em caso de acidente;
• Aquisição de máquinas e equipamentos seguros, em conformidade com a
NR-12 e realização de manutenção adequada;
• Utilização de dosadores individuais durante o processo de diluição ou
mistura, para evitar o contato manual ou acidental com o produto;
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MANUAL DO AGENTE DE
COMBATE ÀS ENDEMIAS
• Criação de protocolo escrito sobre a utilização
indispensável dos EPI’s;
• Disponibilizar no local de manuseio de produtos químicos,
os EPI’s indicados e materiais absorventes como areia,
serragem ou mantas, além de tambores de boca larga para
o recolhimento do produto dotados de identificação do
produto absorvido e a data da ocorrência, devendo ser
armazenados em cima de estrado, até a destinação
adequada do resíduo;
• Isolamento e sinalização da área contaminada em todas as direções;
• Disponibilizar informativos sobre:
• não manusear embalagens rompidas, salvo com as indicações
pertinentes;
• não tocar ou caminhar sobre o produto derramado;
• lavar separadamente os EPI usados na aplicação de produtos
químicos;
• enxaguar abundantemente as vestimentas com água corrente antes
da lavagem, para remover os resíduos;
• não deixar de “molho” as peças a serem lavadas;
• não levar os EPI’s para as residências e lavá-los no ambiente
doméstico.
• Realizar treinamentos periódicos em segurança e saúde, com os
seguintes temas:
• noções de identificação de perigos e riscos;
• medidas de prevenção e controle;
• produtos químicos e toxicologia básica;
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MANUAL DO AGENTE DE
COMBATE ÀS ENDEMIAS
• métodos de trabalho para controle vetorial;
• regulagem e manutenção dos equipamentos;
acidentes; doenças e agravos relacionados ao
trabalho e primeiros socorros;
• proibição de comer, beber e fumar ao manusear
inseticidas;
• atualização dos trabalhadores sobre os novos
produtos;
• segurança nas visitas a comunidade, orientando sobre o uso de
crachás institucionais de identificação e uniformes;
• manutenção de uma relação de confiança com a população;
• realização do trabalho sempre em dupla, estimulando a denúncia
de abusos e ameaças, além do direito de trocar de área de trabalho
em casos de situações reais de ameaça e risco de violência.
• Realização de articulações intersetoriais, para a melhoria dos ambientes
e processos de trabalho;
• Estimulação dos trabalhadores a participarem de ações de saúde e
segurança no trabalho;
• Manutenção de comunicados a população sobre as atividades
desenvolvidas pelos ACE e sua importância, para a proteção da saúde
das comunidades;
• Informação aos ACE sobre os riscos existentes no local de trabalho e
sobre seus direitos e deveres
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MANUAL DO AGENTE DE
COMBATE ÀS ENDEMIAS
Imunização
A imunização é o ato de promover proteção
imunológica contra uma doença infecciosa. Possui o objetivo
de aumentar a resistência do indivíduo contra infecções.
Geralmente administrada por meio de vacina, imunoglobulina
ou por soro de anticorpos.
Os agentes devem estar imunizados contra riscos
biológicos, que serão submetidos no desenvolvimento das suas
funções.
Por isso é imprescindível a aplicação das vacinas essenciais,
além de registro e manutenção da carteira de vacinação comprovando.
A imunização deve seguir o Calendário Nacional de Vacinação do
ano vigente.
Planejamento
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MANUAL DO AGENTE DE
COMBATE ÀS ENDEMIAS
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico busca conhecer todas as
características socioeconômica, culturais e epidemiológicas de
determinada população. Através da aplicação de questionários.
É no diagnóstico, que fica clara a realidade do local,
em que irá se desenvolver as ações.
PLANO DE AÇÃO
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MANUAL DO AGENTE DE
COMBATE ÀS ENDEMIAS
EXECUÇÃO
É colocar em prática todas as ações que foram
planejadas, no tempo estabelecido pelo cronograma.
ACOMPANHAMENTO
É a etapa que vai verificando cada ação
desenvolvida, determinando como foi desenvolvida e se deve
melhorar em algum aspecto.
AVALIAÇÃO
A avaliação não deixa de ser uma conclusão do projeto, mas deve
constar em todas as etapas, não somente no final.
Através da avaliação, é possível perceber o que ainda deve ser
melhorado ao longo do desenvolvimento de todas as ações.
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ÁREAS DE RISCO
Hierarquia de controle
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ÁREAS DE RISCO
Tipos de Controle de Vetores
Tipos de Tratamentos
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Criadouros e Depósitos
ÁREAS DE RISCO
Criadouro é o recipiente que propicia a proliferação
de vetores, em sua maioria são recipientes que armazenam
água, seja pela ação da chuva ou ação do homem, no
criadouro serão depositados os possíveis filhotes de vetores de
doenças.
Também são classificados como criadouros ralos,
calhas, piscinas, tanques em obras, em borracharias, vasos de
floriculturas, etc.
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Após o trabalho do agente é possível modificar
ÁREAS DE RISCO
esses depósitos transformando eles em:
Pontos Estratégicos
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FUNDAMENTAÇÃO LEGAL DO
TRABALHO DO AGENTE
DE COMBATE ÀS ENDEMIAS
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DE COMBATE ÀS ENDEMIAS
DO TRABALHO DO AGENTE
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
Contextualização Histórica de Legislações em
Saúde
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NR 15 ATIVIDADES E
OPERAÇÕES INSALUBRES
A NR 15 é uma norma Regulamentadora que descreve as
operações, atividades e agentes insalubres recorrentes nas atividades
relacionadas ao trabalho.
O principal objetivo da NR 15 é regulamentar limites de tolerância
para as situações de insalubridade. Com fiscalização por meio de agentes do
Ministério do Trabalho, que podem interditar o ambiente até que a situação seja
solucionada.
A NR 15 pretende:
• Garantia da segurança do trabalhador através de instrumentos contidos na
legislação, busca-se em primeiro lugar a segurança do trabalhador. Locais
insalubres tendem a apresentar riscos à saúde do colaborador.
• Redução de risco, através da redução da carga horária trabalhada nesses
locais ou atividades — não sendo permitida horas extras.
• Aumento da proteção com obrigatoriedade do uso de EPIs.
• Melhora da produtividade devido a prevenção de ocorrência de acidentes.
A distribuição do grau de insalubridade é classificado da seguinte
maneira:
40% (quarenta por cento), para insalubridade de grau máximo;
20% (vinte por cento), para insalubridade de grau médio;
10% (dez por cento), para insalubridade de grau mínimo.
Atividades insalubres descritas na NR 15 estão relacionadas a
ruídos contínuos, exposição ao calor e/ou radiações, vibrações, exposição ao
frio e umidade, exposição a agentes químicos. O grau de insalubridade é
determinada após avaliação do local de trabalho.
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PROMOÇÃO E PREVENÇÃO
EM SAÚDE
Promover tem o significado de dar impulso, fomentar ou gerar. A
promoção da saúde é mais ampla do que prevenção, porque refere-se a
estratégias que buscam evitar a doença e melhorar a qualidade de vida da
comunidade.
As estratégias de promoção buscam a transformação das
condições de vida da população, prevendo uma abordagem intersetorial.
Prevenção são um conjunto de medidas que protegem contra as
doenças.
A principal diferença entre prevenção e promoção está sobre o
conceito de saúde, na prevenção a saúde é a ausência de doenças, enquanto
na promoção a saúde é encarada com um olhar multifocal.
Deve-se destacar também que a promoção de saúde adota uma
estratégia política, possibilitando mudanças na relação entre cidadãos e o
Estado, pela ênfase em políticas públicas e ação intersetorial.
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CONTROLE DAS DOENÇAS:
LEISHMANIOSE E MALÁRIA
Dengue
DENGUE / CHAGAS /
A dengue é uma doença causada por um vírus, ele
é transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti. Os
sintomas incluem febre, dores no corpo, dor de cabeça e
manchas avermelhadas.
Manifestações hemorrágicas, quando ocorrem,
podem indicar um caso mais grave da infecção.
O trabalho do ACE é eliminar os focos antes mesmo de se
tornarem larvas.
• O reconhecimento geográfico é atividade prévia e condição essencial para
a programação das operações de campo, de pesquisa e tratamento
químico. As casas e terrenos baldios devem ser numerados para facilitar a
distribuição dos agentes.
• Na visita domiciliar verificar todos os possíveis depósitos e orientar as
famílias sobre como prevenir.
Vias de infecção: a fonte da infecção e hospedeiro é o homem. A
transmissão se faz pela picada dos mosquitos Aedes aegypti.
Período de incubação: pode variar entre 3 e 15 dias, com média,
de 5 a 6 dias. A transmissão ocorre enquanto houver presença de vírus no
sangue caracterizado com período de viremia. Este período começa 1 dia
antes do aparecimento da febre e vai até o 6º dia.
Prevenção: se dá pela ausência de reprodução do mosquito
transmissor, através da eliminação de objetos que acumulem água parada
como pneus, garrafas e plantas.
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CONTROLE DAS DOENÇAS:
LEISHMANIOSE E MALÁRIA
Doença de Chagas
DENGUE / CHAGAS /
Doença de Chagas causada por Trypanosoma cruzi
se caracteriza como um problema de saúde pública. Os mais
afetados são os moradores da região Amazônica.
Os sinais e sintomas são: na fase aguda, febre
prolongada (mais de 7 dias), dor de cabeça, fraqueza intensa,
inchaço no rosto e pernas.
Na fase crônica, a maioria dos casos não apresenta sintomas,
porém algumas pessoas podem apresentar: problemas cardíacos, como
insuficiência cardíaca, problemas digestivos.
Quanto mais precoce for o diagnóstico, maior será a taxa de
sucesso do tratamento. Ao identificar um paciente suspeito com infecção
aguda, os profissionais devem preencher o formulário no site do Ministério da
Saúde (http://portalsinan.saude.gov.br). As informações fornecidas são
utilizadas para identificar riscos, promover ações preventivas junto ao
Ministério da Saúde
O ciclo de vida do Trypanosoma cruzi é composto pelo
desenvolvimento dos triatomíneos apresenta três fases: ovo, ninfa e adulto.
O ovo leva cerca de duas a três semanas para eclodir. A ninfa se
alimentará de sangue e sofrerá uma mudança, passando para o 2º estádio e
assim sucessivamente, até o 5º estádio. A última muda originará o adulto
(macho ou fêmea) que apresentará asas e genitália. Não nasce contaminada
se contamina após alimentação de sangue contendo o Trypanosoma cruzi.
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CONTROLE DAS DOENÇAS:
LEISHMANIOSE E MALÁRIA
DENGUE / CHAGAS /
Essa espécie também chamada de barbeiros, pode
ser encontrada em ambientes silvestres (mata), dentro e fora
dos domicílios também, eles são atraídos pela luz.
Reservatório são os animais que apresentam o
Trypanosoma cruzi na circulação sanguínea e na musculatura,
por isso são considerados infectados.
Período de incubação:
• Transmissão vetorial clássica de 4 a 15 dias ou Transmissão oral de 3 a
21dias;
• Transmissão congênita, qualquer período da gestação ou durante o parto;
• Transmissão por transfusão ou transplante de 30 a 40 dias ou mais;
• Transmissão por acidente em laboratório aproximadamente 20 dias.
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CONTROLE DAS DOENÇAS:
LEISHMANIOSE E MALÁRIA
DENGUE / CHAGAS /
A prevenção pode ser feita evitando que o inseto
“barbeiro” forme colônias dentro das residências. Em áreas
onde os insetos possam entrar nas casas voando pelas
aberturas ou frestas, pode-se usar mosquiteiros ou telas
metálicas.
Leishmaniose
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CONTROLE DAS DOENÇAS:
LEISHMANIOSE E MALÁRIA
DENGUE / CHAGAS /
A leishmaniose cutânea também é chamada de
leishmaniose ferida brava, são feridas na pele que podem se
desenvolver em membranas mucosas, como feridas na boca e
no nariz.
A ferida causada pela leishmaniose tegumentar é
vermelha, oval e bem definida.
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CONTROLE DAS DOENÇAS:
LEISHMANIOSE E MALÁRIA
DENGUE / CHAGAS /
O papel do ACE no combate deve ser através de
campanhas contra a leishmaniose, informando a população
dos perigos da doença e das medidas de controle do vetor.
Aplicar borrifação intradomiciliar de efeito residual, quando
indicado, como medida de controle de vetores.
Malária
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CONTROLE DAS DOENÇAS:
LEISHMANIOSE E MALÁRIA
O tempo de incubação é de uma semana. Alguns
DENGUE / CHAGAS /
parasitas se desenvolvem rapidamente, enquanto outros ficam
em estado de latência no hepatócito. Onde pode ocorrer
recaídas da doença, que ocorrem após períodos variáveis de
incubação (geralmente dentro de seis meses).
Os sinais e sintomas são: na crise aguda episódios
de calafrios, febre e sudorese. Com duração de 6 a 12 horas e
pode cursar com temperatura igual ou superior a 40ºC.
Acompanhados de cefaleia, mialgia, náuseas e vômitos.
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REFERÊNCIAS
CASTRO, Juliana de Meis Rejane S. Silva. Manual para diagnóstico em
doença de chagas para microscopistas de base do estado do Pará. Estado do
Pará, 2018. Disponível em: http://chagas.fiocruz.br/wp-
content/uploads/2018/08/02-Manual-de-Chagas-Diagramado.pdf
56
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Guia prático de tratamento da malária no Brasil.
Brasília, 2010. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_pratico_malaria.pdf
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