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Ortodontia

Aula 5 prova 1 – Continuação dos pontos cefalométricos


OBS.: o ponto P difere da imagem usada (que usa o Pg), pois a imagem foi retirada de um material com o padrão
Unesp e não USP, como o usado pelos nossos professores. O uso das figuras foi meramente pra mostrar onde se
localiza o ponto. Na imagem da última página, o ponto P está com a sigla correta.

S: centro da sela turca;


N: sutura fronto-nasal;
A: chamado também de supercilial; abaixo da espinha nasal anterior;
B: supramental;
Mas a gente tem que ficar mais atento mais ao ponto A e B. Relacionar o ponto A com maxila e
B com mandíbula.
Aí temos o ponto P, o pogônio; dei a dica pra vocês que todos esses pontos dessa região, tanto
o contorno alveolar na maxila, quando o contorno alveolar da mandíbula. Faz de conta que
essa régua tá em extremo livre aqui e aí eu venho pra achar o ponto P, por exemplo, lá em
cima ela tá fixa em N, e aqui na parte bem anterior, onde toca, quando tocar no ponto mais
anterior. Quer dizer, quanto mais proeminente essa sínfise, melhor você vai ver a diferença
entre o ponto P, que é o ponto mais anterior da eminência mentoniana, e o ponto B.
Já nesse paciente aqui oh, as vezes “oh professora, tá quase coincidindo”, porque ou ele tem
rotação da mandíbula ou, as vezes, esse mento esse mento não tem um contorno muito
proeminente. Mas o que importa é vocês utilizarem essa dica da régua pra vocês acharem o
ponto mais anterior.
Alguns autores também abreviam, ponto pog, mas se você vê aí no mento, o ponto pog é o P.

Nós temos agora o ponto gônio (Go), é chamado inclusive de ponto de construção. Ponto de
construção, não foi achado diretamente como aqueles lá. O gônio se situa no ângulo da
mandíbula. Como é que a gente vai encontrá-lo: porção mais posterior-inferior, da curva entre
corpo e ramo da mandíbula. Essa é a localização, mas como é que eu encontro? Vou traçar
uma reta que vai tangenciar o corpo da mandíbula e outro que vai tangenciar o ramo da
mandíbula, são duas linhas. Essas linhas vão se cruzar, a gente tira bissetriz (divisão do ângulo).
Se essa mandíbula fosse menos aberta, fosse um ângulo mais fechado, esse encontro dessas
duas linhas seria mais distante do osso. Cuidado pra não marcar o ponto aqui fora do osso,
aqui é o encontro das linhas, aí a gente tem que transcrever para o osso, para a mandíbula, pra
o contorno mandibular.
Nesse caso aí, ficou próximo porque essa mandíbula é tão aberta, um ângulo tão aberto que o
ângulo das duas linhas ficou próximo. “Ah, professora, mas eu também poderia ir no
olhometro”, poderia, mas não deve! Por que a gente já dá esse encontro aí né. Em casos de
ponto de construção, se eu pedir pra vocês localizarem, vocês vão ter que fazer o caminho que
a gente faz, reta tal e tal e depois vai pra uma média.

Ponto mentoniano: no contorno da sínfise mentoniana, no contorno do mento, nós vamos ter
vários pontos. A gente já viu o ponto B, que é o mais profundo, ponto P, o mais anterior e
agora o ponto Me, o ponto mais inferior da sínfise mentoniana. Tem a sínfise, o contorno,
geralmente aqui onde se une esse contorno da sínfise, o desenho deveria estar indo até a
junção amelocementária.
Temos o ponto mais profundo, mais anterior e aqui é o mais inferior, no contorno a gente vê
bem o contorno mais inferior dessa sínfise mentoniana, é o ponto Me.
Você vai seguindo ponto por ponto, seguindo o que a gente deu aqui e também deixo o traçado
cefalométrico em branco, pra você ir treinando.

O ponto gnátio, Gn, é localizado também na sínfise, só que ele é determinado pela interseção
de duas linhas, NP (násio-pogônio), você vai traçar uma linha NP e o plano mandibular, GoMe
(gônio e mentoniano), para marcar o gnátio, eu tenho que conhecer esses 4 pontos. NP, forma
uma linha, GoMe que é o plano mandibular que forma outra linha, e aí também a gente tem
que encontrar, fazer aquela bissetriz, a interseção; então até agora os pontos que vocês viram
até o momento: N, A, o B, o P, o Me, Go. Vou encontrar o gnátio: linha NP, o outro plano,
mandibular (diferença entre linha e plano: a linha representa união de dois pontos e o plano 3
ou mais, é tridimensional; só que a gente tem gônio de um lado e gônio do outro, mas no
desenho só vejo um, só marco 1 nessa radiografia bidimensional, a gente marca 1, mas sempre
tá representando os dois lados, os 2 pontos, por isso que chamo de plano mandibular; linha
SN, só existe mesmo 1 naso e só existe 1 sela, então é linha mesmo, não é plano), linha NP e
GoMe, faço a interseção dessas linhas e vou transcrever. Cuidado: “ah, encontrei, as linhas se
tocam bem aqui, vou marcar o ponto Gn aqui”, não, a gente vai tá pontilhando essa interseção
e a gente vai marcar aqui o plano gnátio, é o ponto Gn.

Revisando: o ponto mais profundo, B; ponto mais anterior, pogônio, P; mais inferior, Me; Esses
3 a gente acha diretamente, mais profundo, mais anterior e mais inferior. Falta o gnátio, o
gnátio é aquela interseção (NPGoMe). Desse jeito que o gônio é da base mandibular.

E aqui a gente tem o ponto Or ou o ponto orbitário. No desenho, quando você tá fazendo o
traçado cefalométrico, você vai ver lá, a bola bem radiolúcida representando a órbita, mas o
que me interessa no contorno da órbita é o desenho posterior e inferior, fazendo uma meia
lua. Porque o que realmente me importa no desenho da órbita é a parede inferior, onde a
gente marca o ponto orbitário. Então a gente desenha como se fosse uma meia lua e o ponto
mais inferior, é o ponto Or, é o ponto orbitário. É um ponto muito importante, que vai ter um
plano depois, nessa região, juntamente um o ponto pório.

Aí temos o ponto pório, o ponto mais superior do meato acústico externo. Então nós temos o
meato acústico externo, na radiografia, também pode dar uma certa confusão, porque é uma
área de muita sobreposição, que junta muitas estruturas; aí a gente já dá a dica, o meato
acústico se localiza, quando você localizar a cabeça da mandíbula (o côndilo), mais ou menos
na mesma altura do contorno orbitário também, ali atrás é o meato acústico externo, então,
mais acima tem o meato acústico interno, mas eu tenho que ver o externo. E aqui acima nós
temos o ponto pório, Po, que eu vou usar depois no plano aqui, na região média da face, no
plano horizontal, que é o plano de Frankfurt, plano muito usado na ortodontia, para posição
da cabeça, para sobreposição de gnátios.
A espinha nasal anterior. Lembra ali do contorno, quando a gente viu as estruturas? Da maxila
eu só quero aquele desenho que representa o assoalho da fosse nasal, até o teto da cavidade
bucal e esse contorno alveolar. E aqui bem na pontinha, se a gente tivesse vendo a radiografia,
tem aquela imagem radiopaca de uma ponta mesmo, um triangulozinho, a espinha nasal
anterior.

E lá trás, onde eu acabo aquela linha radiopaca, mais ou menos a gente também se baseia
nessa altura, que acima a gente vai ter essa altura pterigomaxilar, está ali a espinha nasal
posterior.

Então, a espinha nasal anterior, quando mais anterior ao assoalho das fossas nasais. E depois
nós temos a espinha nasal posterior que é o ponto mais posterior do assoalho das fossas
nasais.
Também, da maxila só são esses 3 pontos que nos interessa. O ponto A, que vai dar várias e
várias grandezas de retrusão e protusão de maxila, inclinação do plano. E as duas espinhas
nasais, anterior e posterior, que nós unindo as duas, nós vamos ter o plano palatino. São
planos horizontais que orientam o giro, a rotação horária ou anti-horária dessa maxila.

Aí nós temos o ponto condílio, localizado mais posterior e superior do côndilo mandibular ou
cabeça de mandíbula. Nós temos aqui, esse contorno, nem é o mais posterior, nem é o mais
superior, é o mais póstero-superior, é no meio entre os dois. Como é uma área muito
pequena, então dá pra eu tirar diretamente ou então, você traça a linha mesmo, uma linha
tangenciando a parte superior e a outra tangenciando a parte posterior e venho aqui no meio
e faço a interseção das duas. Esse ponto também, muito importante a gente utilizar para várias
medições, inclusive comprimento efetivo de mandíbula; quando a gente tá fazendo até uma
avaliação cirúrgica no paciente, se ele tem realmente o componente angular excessivo; então
ângulo referente à giro horário ou anti-horário. Cada ponto desse tem uma razão, vai ter uma
utilidade pra nós.

Borda do incisivo superior. Vou contornando a coroa. Então, dos dentes, tem o incisivo
superior, tem o incisivo inferior, deles me interessa muito a borda incisal e o ápice. Borda
incisal, ápice, você vai lá e marca, porque quando a gente tiver a borda incisal e o ápice, que eu
ligar esses 2 pontos, eu bou ter o longo eixo do incisivo central superior; no inferior a mesma
coisa.
Vou fazer esse ponto na borda, ponto mais inferior da borda incisal do incisivo superior.

Póximo ponto: ápice do mesmo dente, então ápice do incisivo superior, como já é a
nomenclatura é a descrição do ponto.
Lembrando que, se na radiografia os dois incisivos não estavam alinhados, um tava mais pra
frente e o outro tava mais lingualizado, a gente pega a média; você faz um imaginário ali na
altura da média; nem pra eu tá subestimando ou superestimando. Estruturas duplas ou visões
duplas, a gente vai trabalhar na média.

Borda incisal e ápice do incisivo inferior, vou unir esses ponto e vou ter o longo eixo do incisivo
inferior.

Ponto oclusal posterior/de oclusão dos molares: representa a oclusão dos molares. na distal, a
oclusão dos molares. No final dessa linha de oclusão dos molares, a gente marcaria para me
ajudar na hora de traçar o plano oclusal. Eu vou usar como referência, ora o incisivo inferior,
ora o oclusão dos molares.

Nós vamos ter 2 planos oclusais: um que vai passar na linha de oclusão de molares e pré-
molares, chamado plano oclusal funcional; e tem outro que a gente usa a referência desses
molares mais o incisivo inferior, é o plano padrão que a gente usa e as vezes é bem diferente,
dependendo do grau de intrusão ou extrusão do incisivo.

LINHAS E PLANOS DE REFERÊNCIA


(Retoma sobre a diferença entre linha e plano) Eu tenho 2 pórios e 2 orbitários, por isso que é
plano de Frankfurt. Agora a linha SN, só são esses 2 pontos mesmo, ponto násio e ponto S.

E aí vamos para os traçados das linhas. Depois de marcar os pontos cefalométricos, vamos
traçar as linhas.
Então, linha SN, une os pontos S e N de uma marquem à outra do papel. A gente pega uma
régua e une os pontos de referência S e N. Na hora de traçar, uma dica é, interromper o
traçado em cima dos pontos pra deixar eles visíveis (pra evitar sobreposição de linhas e
desaparecer o ponto; se eu usar outro traçado usando aquele ponto, ele pode estar
totalmente escondido), só questão de detalhe, pra deixar visível o ponto pra outras medições.

Linha NA: pontos de referência N e A; quando eu falo linha NA, você tem que colocar a régua
nos pontos de referência, em N e em A. Inicia-se o traçado 5mm abaixo do ponto N e termina
5mm abaixo da borda incisal. Isso é apenas limite do traçado pra deixar uma padronização pra
quando você tiver vários traçados, mas se você tá fazendo, na prova, a sua linha NA de ponta a
ponta, não tem problema, o que realmente vai pesar pra mim são os pontos de referência
corretos, passou em N, passou em A, isso aqui são orientações pra caso de um estudo mais
aprofundado, você vai ter vivência naquilo vou fazer vários traçados, sobreposições, então a
gente tem mesmo uma linha, um caminho, que ele tenha reprodutibilidade; e deixando
também o ponto N sem marcar em cima.
Linha ND, a régua vai traçar ponto N e ponto D, esse ponto D é localizado no centro da sínfise.
Como limite do traçado, eu começo a traçar um pouco abaixo de N até tocar o ponto D.
Cada linha dessa vai ter uma interpretação pra nós (relacionamento maxila e mandíbula;
protusão; retrusão).

Linha SGn: ela representa o eixo Y do crescimento. A gente vai colocar a régua em S e tocando
em Gn também, o traçado você pode interromper antes dos molares; mas é todo paciente que
vai tá perto da coroa, da raiz? Depende do plano palatino. E só pra você não atravessar essa
região, porque o que eu quero é calcular um ângulo, com isso aqui eu já consegui.
Mas esse traçado tá tocando em S e Gn, tá representa o eixo Y do crescimento, vai dar
orientações pra a gente de rotação mandibular, vai dar orientações pra a gente de rotação
mandibular (é um crescimento no sentido horário ou anti-horário? Ou seja, com características
dóli-faciais ou braqui-faciais?)

Plano de Frankfurt: é o plano que passa pelos pontos pório e obitário, passa pelos pontos Po e
Or. É considerado um ponto horizontal face.
Na face vamos ter planos horizontais e os verticais. Os planos horizontais, são eles que nos dão
a orientação com relação ao padrão de crescimento do paciente. Se são mais divergentes,
esses planos, verticais/dólico-faciais ou mais convergentes, ou são mais equilibrados; você vai
ter a interpretação desse.

Plano mandibular gônio-mentoniano: GoMe. Já sei como encontrar o Go e o Me, traça essa
linha. Então, os pontos que passa por GoMe. Marcando os pontos corretamente, as linhas são
só questão de “ligue os pontos”.

Agora nós temos outro plano mandibular. Como ali nós temos o ponto mentoniano quanto o
ponto gnátio, nós usamos GoGn e GoMe. GoGn une os pontos gônio e gnátio e também vão de
uma margem a outra do papel.

E observem que nessa região os dois podem ter direções diferentes, como também paralelos.
No final, com uma ficha de interpretação, pra decidir se usa GoGn e não usa GoMe.

Temos o plano palatino: as espinhas nasal, anterior e posterior; ligando aqueles dois
pontinhos, eu tenho o chamado plano palatino. Uma curiosidade: mas quantas espinhas eu
tenho? Só uma de cada. Convencionou-se à plano palatino.
Longo eixo incisivo superior: só unir o ponto borda incisal e ápice eu tenho o longo eixo. Dá
também detalhes do traçado: você traça 5mm da incisal até nessa região passando acima da
órbita. Mas se na prova você fizer todo, até embaixo, não tem problema com isso.

Na prova pode ser qualquer traço, qualquer uma linha dessas, o ponto onde tá o plano, que
marca onde tá o plano, valor em que tá o ângulo, o que a gente passa aqui.

Une borda incisal e ápice e tem esse limite aqui oh, desce um pouco abaixo da borda incisal
mais ou menos 5mm e o limite posterior passando da órbita. Com isso, com o tamanho desse
traçado eu já consigo fazer as medições que eu necessito.

E a outra linha é o eixo do incisivo inferior: borda incisal e ápice, só que ele vai desde a região
do nariz até o plano mandibular. Vamos tocar aqui no plano mandibular, achar Me, subindo
próximo do nariz. Porque eu vou dividir bem aqui, inclinação desse incisivo, eu tenho que
procurar tocar no plano mandibular.
Aí a linha H, chamada H por esse autor, Hodway (não ouvi bem), ele se aprofundou na época
em estudo de perfis, perfil agradável, harmônico, desagradável e aí ele fez algumas medições.
Então quando a gente tá utilizando estudo de perfil mole, essa linha H vai estar representando
o perfil mole do paciente. Pontos de referência da linha H: é uma linha tangente ao mento
mole e borda anterior do lábio superior. Ponto de referência são anterior do lábio superior e o
mento mole, a projeção, a parte mais anterior do mento mole. Então você vai utilizar essas
duas referências e traçar. Esse autor dizia que um paciente com o perfil harmônico, na hora
que eu toco lábio superior e mento mole, na hora que eu traço essa linha, ela deve tocar o
nariz. Se na hora que eu traçar ela estiver muito a frente do nariz, significa que o paciente é
muito convexo. Se ela ficar muito atrás do nariz, significa que o paciente é mais côncavo, ou é
porque a mandíbula tá pra frente ou que a maxila tá um pouco pra trás.

Mas existem outras particularidades, como o tamanho do nariz, as vezes ele pode até ser
convexo, mas é por causa da ponta do nariz, porque o nariz é maior; ou o nariz é menor. Então
tem um alguns detalhes que podem dar um pouquinho de desvio.
Eu vou traçar do plano mandibular até o plano de Frankfurt.

Plano oclusal de Downs, aí é chamado de Downs porque eu também tenho outro que é
funcional em pré-molares. Esse plano de Downs passa no ponto de intercuspidação dos
molares e borda incisal do incisivo inferior, são os pontos de referência: intercuspidação dos
primeiros molares, até agora incisal dos incisivos inferiores. Então é o plano oclusal padrão que
a gente usa, que foi descrito por esse autor, Downs.
Olha se eu utilizar intercuspidação do molar e pré-molares, olha como o plano vai em linha
reta (acho que o de Downs), é diferente. Porque o incisivo inferior, às vezes ele está mais
extruído em relação a curta de Spee que pode estar acentuada e o plano oclusal dos
posteriores, ou seja, molares e pré-molares ter diferença de molar pra incisivo, muito
relacionado aí com a curva de Spee.

Eu não mostrei aí plano funcional né, mas é a intercuspidação de molares e pré-molares. É


porque não vai ser pedido, eu acho que não tem nenhum grandeza que precise.

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