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1 - Perfil Mole:
Inicia-se na altura do osso frontal, ao nível superior da glabela, e se prolonga
inferiormente até a mandíbula, completando o contorno do mento. Por questão de
estética, o perfil deve ser retratado por uma linha contínua única, evitando-se a
quebra ou a sobreposição da mesma. Quando impraticável, pelo menos levá-las para
áreas dissimuláveis como: base do nariz com lábio superior e linha média de união
dos lábios.
2 - Sela Túrcica:
Corresponde a cavidade ou fossa onde se encontra alojada a glândula pituitária
(hipófise). Situa-se na parte média da base do crânio, no osso esfenóide. Para o seu
traçado delineamos a linha radiopaca que contorna o processo clinóide anterior; a
fossa em seus limites anterior, inferior e posterior, e o processo clinóide posterior.
Pela sua nitidez na telerradiografia e relativa estabilidade durante os surtos de
crescimento, esse componente anatômico da base craniana média transforma-se
num referencial cefalométrico importante tanto para as grandezas cefalométrica de
inúmeras análises, como para as superposições de telerradiografia de um mesmo
paciente obtidas em épocas distintas.
3 – Sutura Fronto-Nasal:
Demarcação desses ossos inicia-se na metade inferior da glabela, interrompe-se na
região da sutura entre este osso e os ossos nasais (espaço equivalente ao ponto
cefalométrico násio) e prossegue inferiormente contornando o limite dos ossos
nasais em toda a sua extensão.
4 - Borda Póstero-Inferior das Órbitas:
Na telerradiografia lateral denota o espaço da linha radiopaca que demarca os
limites orbitários em seu contorno posterior e inferior. Na realidade, a linha
radiopaca posterior retrata a margem lateral da cavidade orbitária na face.
Representam uma das regiões mais difíceis de serem visualizadas em virtude da
órbita ser uma estrutura lateral e par, e dificilmente essas estruturas se sobrepõem
na tomada de uma telerradiografia lateral.
5- Fissura Pterigomaxilar:
Retrata a região anatômica conhecida como fossa pterigomaxilar. O traçado dessa
estrutura acompanha a linha radiopaca que delimita o limite posterior do tuber e o
limite anterior do processo pterigóide do osso esfenóide. Conferindo-lhe um
semblante comparável a uma gota d’água invertida.
9 – Dentes:
Por intermédio da telerradiografia conseguimos avaliar a posição ântero-posterior
(sagital) e vertical dos dentes anteriores, representados pelo traçado dos incisivos
centrais superiores e inferiores, e posteriores, representados pelo traçado dos
primeiros molares superiores e inferiores, com relação ao restante do maciço
craniofacial.
10 – Incisivos Centrais Superiores e Inferiores:
Consiste em delinear o contorno anatômico da coroa e raiz desses dentes. Os limites
das coroas, quase sempre bem evidentes, permitem o desenho sem dificuldades. Por
outro lado, as raízes apresentam maior dificuldade para a sua localização. Por motivo
de estética, preconiza-se o uso do “Template” para o traçado dos dentes, porém,
todo o cuidado deve ser tomadopara se respeitar o contorno incisal e vestibular,
bem como a correta inclinação axial dos incisivos.
11 – Dentes Posteriores:
Ponto Po (pório):
Ponto mais superior do meato acústico externo, devido a sua
localização torna-se um pouco difícil sua identificação e geralmente
apresentam superposição de imagem; imagem dupla, tendo necessidade de
se desenhar a estrutura mediana.
Ponto A (subespinhal):
Usado inicialmente por Dows em 1948, é o ponto mais profundo da
concavidade anterior do maxilar, entre os ponto ENA (espinha nasal
anterior) e próstio ou alveolar superior (ponto mais anterior e inferior do
rebordo alveolar e o osso basal), razão pela qual é bastante influenciável
pela movimentação ortodôntica dos incisivos. Pode ser determinado da
seguinte maneira: com uma régua centrada no ponto N, gire até roçar a superfície
mais posterior da concavidade anterior da maxila. Com um
lápis de ponta afiada marque o ponto A.
Ponto B (supramentoniano):
Definido como seu predecessor craniométrico, é o ponto mais
profundo da concavidade anterior da mandíbula, entre os pontos Pog
(pogônio) e infradentário ou alveolar inferior (ponto mais anterior e superior
do rebordo alveolar inferior. Craniometricamente situa-se entre os incisivos
centrais). É considerado o ponto limítrofe entre o osso alveolar e o osso
basal, sendo alterado pela movimentação ortodôntica dos incisivos
inferiores, porém em menor intensidade que o ponto A. Pode ser
determinado da seguinte maneira: com uma régua centrada no ponto N,
gire até roçar a superfície mais posterior da concavidade anterior da
mandíbula. Com um lápis de ponta afinada marque o ponto B.
Ponto Me (mentoniano):
Ponto mais inferior do contorno da sínfise mentoniana. Geralmente
ponto de confluência da margem inferior da sínfise com a linha da base
mandibular.
Ponto Gn (gnátio):
Representa o ponto mais inferior e mais anterior do contorno do
mento, definido teoricamente como o ponto médio entre os pontos mais
inferior e mais anterior do contorno do mento ósseo. É determinado pela
bissetriz do ângulo formado pela linha NP (linha facial) e pela linha da
borda inferior do corpo da mandíbula (plano mandibular GoMe); onde
a bissetriz deste ângulo cortar a sínfise temos o ponto Gn.
Ponto P’:
Ponto proposto por Interlandi para traçado da linha I. Onde a linha
NA o assoalho das fossas nasais, temos o ponto P’.
Ponto ENA:
Espinha Nasal Anterior. Ponto mais anterior do palato duro no plano sagital.
Ponto ENP:
Espinha Nasal Posterior. Ponta mais posterior do palato duro.
Plano Mandibular:
Representação da base da mandíbula, por meio de uma linha que corta
2 pontos na extremidade posterior da base e outro representado o extremo
anterior. Na literatura existem três planos mandibulares que são: plano
mandibular GoGn (Reidel e
Steiner), régua tangente as bordas
inferiores do corpo da mandíbula (Downs), e o que é mais utilizado por
nós GoMe, que também é utilizado por Tweed na construção de seu
triângulo e por Interlandi para o traçado da linha I.
Linha NA:
Linha que une os pontos N e A. Inicia-se no ponto N sem tocá-lo, e é
levado cerca de 5mm abaixo da borda incisal superior.
Linha NB:
Linha que une os pontos N e B. Inicia-se no ponto N sem tocá-lo,
prossegue inferiormente passando pelo ponto B até alcançar o ponto
mandibular.
Linha ND:
Linha H (Holdaway):
Linha utilizada para análise do tecido mole. Corresponde a uma tangente a área mais
saliente do tecido mole do mento (Pog’) e a área mais anterior do perfil do lábio
superior (Ls) Essa linha é traçada do plano mandibular à linha SN.
Linha I:
Corresponde ao segmento de reta de cerca de 1cm que corta o plano oclusal.
Delineada a partir dos pontos P’ e E.
GRANDEZAS CEFALOMÉTRICAS
Inteirado o desenho anatômico e os traçados de orientações, nos deparamos com o
cefalograma, que nos permite à medição das grandezas cefalométricas.
Denominamos de GRANDEZAS CEFALOMÉTRICAS todos os valores lineares e
angulares medidos sobre o cefalograma. É oportuno frisar que em cefalometria não
se define nada apoiado em uma grandeza apenas. Cada grandeza deve ser
confrontada com as demais para possibilitar uma interpretação mais coerente com o
padrão morfológico do indivíduo. As grandezas foram divididas em grupos distintos
conforme o esquema montado a seguir:
D) Perfil Mole
H-NB
H-Nariz
E)Análise Comparativa
ANFH O
PNFH -4mm
FH.Md 26
Mx.Md 28°
FH.Mx 02°
PlMax 110°
1-AP 05mm
1.PlMd 95°
1-AP 02mm
F) Análise Complementar
1-Linha I -1mm
wits -4mm
3. Ângulo ANB:
Ângulo formado pelas linhas NA e NB, representa a diferença entre os ângulos SNA e
SNB, estabelece a relação ântero-posterior entre a maxila e a mandíbula através do
ponto N.
PADRÃO DO ESQUELETO CEFÁLICO
1. Ângulo Plano Oclusal.SN:
Como os pontos de referência do plano oclusal são mandibulares (plano oclusal
mandibular), este ângulo dentário representa um fenômeno dentário similar a
grandeza esquelética definida pelo ângulo GoGn.SN.
Define a posição da mandíbula, na sua parte mais superior, o plano oclusal, em
relação a base do crânio.
2. Ângulo SN.GoGn:
Ângulo formado pela linha SN e o plano mandibular GoGn. Esse ângulo elucida o
comportamento da base mandibular em relação a base do crânio, o que significa
dizer o tipo de crescimento facial predominante, se horizontal ou vertical, ou, ainda
uma indicação da relação entre a altura facial anterior e altura facial posterior.
3. Ângulo Sn.Gn:
Ângulo formado pela intersecção das linhas SN e SGn. Define a resultante vetorial de
crescimento anterior e inferior da mandíbula.
4. Ângulo SN.Mx:
Ângulo formado pelo plano maxilar (linha que une a espinha nasal anterior com a
posterior) e a linha SN. Determina o posicionamento da maxila em relação a base do
crânio no sentido de sua rotação (horário e anti horário).
ARCOS DENTAIS X BASES APICAIS
1. Ângulo 1.NA:
Ângulo formado pela linha do longo eixo do incisivo superior com a linha NA.
Determina o posicionamento, quanto a inclinação (para vestibular ou palatino) do
incisivo superior.
2. Distância 1-NA:
Maior distância da coroa dos incisivos superiores que ultrapassa a linha NA.
Determina o posicionamento, quanto a protusão e retrusão do incisivo superior.
3. Ângulo 1.NB:
Ângulo formado pela linha do longo eixo do incisivo inferior com a linha NB.
Determina o posicionamento, quanto a inclinação (para vestibular ou lingual) do
incisivo inferior.
4. Distância 1-NB:
Maior distância da coroa dos incisivos inferiores que ultrapassa a linha NB.
Determina o posicionamento, quanto a protusão e retrusão do incisivo inferior.
5. Distância P-NB:
Distância linear mensurada do ponto Pog a linha NB. Determina a quantidade de
mento. Os trabalhos mostram que em cada faixa etária há uma mensuração: início
da dentadura mista (P-NB = 0,5mm), dentadura permanente completa (P-NB =
1,5mm) e após a adolescência (P-NB = 2,5 mm), variando um pouco devido ao sexo.
6. Ângulo Inter-Incisivos:
Ângulo formado pelas linhas do longo eixo dos incisivos superior e inferior. Não
devemos tirar conclusões apenas com este ângulo. O ângulo de cada um deles com
suas respectivas linhas, NA e NB, nos mostra onde está o desvio.
ANÁLISE COMPLEMENTAR
1. Distância l – linha I:
Pequena linha que corta o plano oclusal funcional, passando pelos pontos P’ e E.
Determina a posição ântero-posterior da borda incisal do incisivo central inferior em
relação a mandíbula e a maxila.
2. Distância Wits:
Formado por uma perpendicular ao plano oclusal, passando pelo ponto A e uma
perpendicular passando pelo ponto B. Determina a relação inter-maxilar.
ANÁLISE FACIAL
1. Distância H-Nariz:
Corresponde a distância perpendicular à linha H e a parte mais afastada da ponta do
nariz. Se a linha passar tangente a borda do nariz é nula, se passar a frente é
negativa e se cortar o nariz é positiva.
2. Ângulo násio-labial:
É o ângulo formado por uma linha tangente a base do nariz e outra formada pela
linha que vai de LS até Sn (sub-nasal). É a medida que varia muito com o
posicionamento do incisivo superior.