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● fraturas de ângulo: A frente dessas regiões anatomicas (coronoide e de côndilo), toda fratura cujo o
final dela é a região de ângulo mandibular e ai pode ter traços que vem da região retromolar ou que
possa envolver alguns dos molares e com isso é chamada de fratura de ângulo, seja ela um pouco mais
alta ou mais baixa.
● fraturas de corpo: basicamente são as que envolvem a região compreendida entre região de ângulo e
parassínfise, que vai envolver o segundo e primeiro molar e pré-molares e a depender do traço pode
fraturar o terceiro molar, mas de certeza tem que envolver o primeiro e segundo molar e pré-molares.
● fratura de parassínfise mandibular: Temos as fraturas que passam pela região de forames mentuais,
pois parassínfise é a região compreendida entre o forame mentual de um lado ao outro forame mentual
do outro lado, o meio dessa região tem justamente uma linha que passa entre os incisivos centrais e a
gente chama de fratura de sínfise. Então temos toda essa região de sínfise mandibular, mas a gente
chama de sínfise mandibular uma fratura que passa pelo plano sagital mediano que passa entre os
incisivos centrais inferiores. E a de parassífise a que acomete a região dos forames mentuais.
Todas essas fraturas descritas acima também vão acontecer tanto do lado esquerdo como do lado direito da
mandíbula e da mesma forma.
Vão acontecer essas associações, como exemplo, posso ter uma fratura de ângulo do esquerdo e uma fratura
de côndilo do lado direito, essas fraturas não seguem um padrão mas dependendo da incidência do trauma e
como ele se seu, a força ou se foi com arma de fogo, se foi uma colisão contra uma parede ou chão, você vai
ter essas associações acontecendo das mais diversas maneiras possíveis.
TIPOS DE FRATURAS
FRATURA SIMPLES OU COMPLEXA
Essa classificação está ligada ao critério com:
● Relação ao tratamento – se o tratamento é simples ou
complexo. Está relacionada à quantidade de placa e parafuso que
precisa colocar, qual a espessura da placa, a demanda para
cancelar força mastigatória extensa e por isso, a fratura demanda
complexidade de tratamento.
o Fratura simples - cujo tratamento não é tão complexo,
ou seja, usa pouca placa e parafuso e, muitas vezes,
nem usa e é só restabelecer a oclusão do paciente e a recuperação do paciente é mais rápida.
● Número de traços que você tem na fratura – Alguns livros usam o termo “composta” quando se
refere a esse critério de número de traços.
o Simples: um traço só
o Composta: mais de um traço
● Trajetória do traço –
o Se é horizontal ou oblíquo e associado a isso, a presença ou não de fragmentação de alguma
parte desse traço (também chamado de cominuição). Então, quando se começa a adicionar
esses nomes, como: cominuição, maior número de traços, alterações do perímetro do arco
mandibular de maneira severa, isso tudo fala para uma fratura complexa. Enquanto se é um
traço único, de uma região só, é uma fratura simples.
Então, pra gente dizer se é completa ou incompleta devemos olhar a cortical lingual e a cortical
vestibular. É esse o ponto que devemos usar essa definição de fratura completa ou incompleta de mandíbula.
Então o que acontece? Eu vou ter uma cortical lingual, vou ter o canal mandibular, entre eles vou ter toda a
parte de osso esponjoso e medular e osso cortical, no outro lado terei a mesma coisa por vestibular. Daí uma
fratura incompleta seria aquela que envolveria somente uma dessas corticais, ou a vestibular ou a
lingual. A outra cortical ficaria íntegra.
Para classificar como completa e incompleta devemos olhar a mandíbula no seu sentido axial, olhar as corticais
vestibular e lingual. Se ambas foram fraturadas ou se apenas uma foi fraturada. Geralmente é a cortical
vestibular que é mais fraturada.
#no processo alveolar são classificadas de outra forma/categoria: Nesse caso ela podia ser considerada
uma fratura completa, porque seria uma fratura alvéolo-dentária, e na fratura alvéolo-dentária eu só preciso ter
a fratura de uma tábua óssea do processo alveolar. Ela tem comunicação com o meio externo, aí sempre vai
ser exposta quando envolve alvéolo.
FRATURA UNILATERAL OU BILATERAL:
*Utilizamos apenas um critério, que é o plano sagital.
Envolve apenas um metâmero ou os dois metâmeros – Apenas dizer qual o metâmero ou qual o lado que está
sendo acometido. E se existe um acometimento ao mesmo tempo de ambos os lados.
● Fratura unilateral de mandíbula 🡪 se acometer apenas um lado.
Duvida do aluno: com relação à fratura completa e incompleta. Quando falou que uma fratura no processo
alveolar ela é considerada completa. Não ficou claro o porque que considera isso. Estar considerando esse
processo como um todo ou como um bloco, no caso só o processo alveolar?
Professor responde: A fratura de mandíbula ela tem que comunicar, ela tem que pernear, tem que passar, se
localizar, se relacionar com a basilar da mandíbula e tanto com o processo alveolar. Agora para classificar se
essa fratura de mandíbula ela é completa ou incompleta você precisa ver o plano axial, se secciona apenas 1
cortical ou se secciona as 2 corticais.
Agora qualquer fratura que aconteça apenas a nível de processo alveolar, não é uma fratura de
mandíbula por definição, ela é uma fratura alvéolo-dentária.
Agora a fratura alvéolo-dentária não se classifica como completa ou incompleta, ela se classifica como: fratura
de coroa, se é uma fratura de raiz, se for uma fratura de coroa é uma fratura de esmalte, é de esmalte e
dentina, ou se o traço é horizontal ou oblíquo, se envolve o processo alveolar ou não. É outra classificação, tem
outras definições.
TIPOS DE FRATURAS
TIPO: FRATURA COMPLEXA COM TRIÂNGULO NA BASILAR
É complexa porque temos um único traço de fratura, esse traço é vertical,
vem da região entre o 36 e o 37 (imagem ao lado), e vai até a basilar da
mandíbula. Contudo existiu uma cominuição desse traço na região da
basilar. Essa cominuição gerando essa fragmentação nós chamamos de
“com triângulo na basilar”.
Uma fratura como essa atende a dois critérios, porque com essa
cominuição fica difícil o meu tratamento, porque não é a mesma coisa se
não tivesse essa cominuição, se ela tivesse um traço reto por exemplo. O
fato de associar essa cominuição eu dificulto o meu tratamento e gero a
própria cominuição, a cominuição já é o próprio critério para dizer que ela é complexa.
Então quando vocês verem essa palavra “cominuição”, ela já aponta para uma fratura complexa. Mesmo que
ela tenha um traço só.
Gerou fragmentação é cominuição. E o fragmento não precisa necessariamente envolver os dois lados.
Só é considerado uma complexa de múltiplos traços de os traços da fratura forem em áreas adjacentes,
não pode ser na mesma região, como dois traços no ângulo mandibular? O professor consideraria sim
uma fratura complexa de múltiplos traços o exemplo dado. Gerando um fragmento intermediário, já
consideraria, se gerar uma cominuição, aí classifica como cominutiva. Ambas essas classificações são
complexas, temos que observar as classificações que abarcam as outras, gerou fragmento, é difícil o
tratamento? É uma fratura complexa.
Curiosidade falada pelo aluno: Essa fratura tem mais de três traços e aquela do triângulo basilar tem um só
Professor: Só que é diferente, a cominuição é uma fragmentação e o triângulo na basilar também é uma
fragmentação, só que uma coisa não quer dizer a outra, por exemplo, o triângulo na basilar não precisa ser a
basilar todinha, é uma fragmentação daquela parte inferior, levando a uma instabilidade da fratura.
Uma fratura cominuta, eu vou tratar com uma placa de reconstrução, um perfil, placa 2.4, antigamente tratava
com uma 2.7. Agora uma fratura simples com triângulo na basilar, você trataria com uma placa para trauma,
que é uma 2.4 só que com um perfil menor. Na outra eu não usaria uma parafuso locking, nessa eu deveria
usar um parafuso locking de reconstrução. É importante tratar esses conceitos de base para saber como tratar,
quantas placas, etc, isso vai ser decidido com base na sua classificação e no que você pretende restabelecer.
Pergunta: Eu tenho o côndilo e aí, por exemplo, eu tenho uma fratura somente do polo
medial e, obviamente, esse polo medial vai se deslocar medial e anterior. Que tipo de complicação eu tenho de
uma fratura como essa? A paciente tinha 12 anos quando isso aconteceu, após acompanhamento, com 14 eu
fiz uma tomografia, o que eu devo esperar nessa fratura de acompanhamento? Resposta: Côndilo bífido.
Côndilo bífido é um problema de consolidação da cabeça da mandíbula em que ficam duas cabeças uma
dentro e outra fora da cápsula e, a depender se existiu uma ruptura da cápsula, que tipo de lesão você teve da
estrutura articular, você tem graus de intensidades diferentes desse côndilo bífido.
PERGUNTA: Os 2 vão ficar dentro ou vai ficar um dentro e um fora sem abrir a cápsula, sem
extravasar? Vai depender de alguns fatores como idade do paciente, geralmente o côndilo bífido é em
pacientes jovens- 8 ou 9 anos; vai depender que porção foi fraturada e a quantidade de fratura que aconteceu
naquela porção. Essa condição de côndilo bífido geralmente ocorre por um diagnóstico errado, ou seja,
paciente teve um trauma e não foi tratado de forma correta ai com o tempo desenvolve esse côndilo bífido.
Outra coisa que vai interferir é a questão do tratamento, se foi instituído tratamento ou não, se fez fisioterapia
ou não, e isso a longo prazo vai acontecer a anquilose da ATM.
ANQUILOSE: é a fusão do osso mandibular com a fossa temporal; uma união óssea ou uma união fibro-
óssea.
Nesse caso de côndilo bifido, por que anquilosou? por que você lesou a estrutura da cápsula articular
Pergunta do aluno: Dá para resolver com artroscopia/artrocentese? Dá para fazer artroscopia e limpar a
hemartose quando é diagnosticado nos estágios iniciais. É porque é o seguinte, o nome da doença aqui é uma
osteoartrite, e o final dela é uma anquilose, o seu último estágio é a anquilose do osso.
Então o que acontece é que o diagnóstico errado da fratura de côndilo pode favorecer que a osteoartrite se
instale, e o paciente a longo prazo venha a perder a articulação do lado acometido.
EFUSÃO/HEMARTROSE
A gente vai ver que se eu tive o trauma do lado direito, tenho o deslocamento da linha média para o lado
esquerdo. A razão disso é o aumento da altura facial posterior. Essa situação clínica culmina no desvio da
linha e numa possível mordida aberta, no lado do trauma, eu estou diante de uma Hemartrose. Porque a única
maneira de justificar é que encheu de sangue a articulação, ela foi forçada no sentido caudal, sentido inferior e
por isso aumentou a altura facial posterior do paciente. Ao fazer isso, sem acontecer nada do lado esquerdo
(outro lado), gera uma assimetria, que é o fato das linhas não se baterem e terem o
deslocamento.
Trauma é do lado direito, a linha média foi para o lado oposto.
LUXAÇÃO BILATERAL:
a gente não tem mais a redução, temos o oposto, temos um aumento devido a luxação do côndilo, ou seja,
o côndilo passou o limite da eminência articular e caiu na fossa infratemporal. Então eu vou ter uma mordida
aberta, contudo, o diagnóstico diferencial vai ser na região posterior por não ter mais o contato
prematuro, na verdade se tem uma mordida aberta total (na frente e atrás).
As 8 chaves de oclusão foi definida por Andrews e ele levou em consideração os molares e os caninos, assim
existem padrões para oclusão, onde a classe I é padrão normal – paciente ortognatico que está tudo certo.
Classe II e Classe III que apresenta seu perfil aquém ou além.
Na imagem da direita não temos uma fratura alvéolo-dentária, pois esse traço de fratura corre de cima a baixo
(se esse traço estivesse só na região alveolodentária, ai sim seria alvéolo-dentária), mas como ele corre da
região dos dentes até a base da mandíbula, temos uma fratura de mandíbula. E aí temos uma série de
manifestações: alteração na curva de spee, contato prematuro, mobilidade, crepitação (manifestação clínica da
mobilidade), diastema traumático, sangramento intrasucular etc.
Mostra um desvio da linha media entre os dentes. Aqui é interessante pra gente
diferenciar se é fratura ou hemartrose. Nesse caso nós temos realmente uma
fratura, já que temos um trauma do lado esquerdo e o desvio da linha média
também do lado esquerdo. Mas se o trauma fosse direito e o desvio fosse para
o outro lado, teríamos uma hemartrose, pois ela sempre será do lado oposto nos
casos de hemartrose.
Aqui mais um caso, em que temos uma desoclusão, de interrupção do arco mandibular,
de inversão da curva de spee, de exposição completa do osso já depois de um tempo que ocorreu o trauma.
Esse caso ai parece muito ter ocorrido uma avulsão dental, mas na verdade
isso ai é um gap, onde se encontra todos os dentes incisivos, então o espaço
foi pela fratura.
Aqui podemos observar: presença de mordida aberta anterior; evidência de trauma de mento, com ferimento na
região tanto de fundo de sulco mentual como no próprio mento;
encurtamento da altura facial posterior. Além disso,
observamos que a mandíbula rodou para trás e a presença do
edema na região temporomandibular do lado esquerdo e
edema do lado direito. Portanto, com essa movimentação da
mandibula a altura diminuiu e a projeção também diminui,
podemos concluir que ele tem uma fratura bilateral de côndilo.
Se a imagem conseguisse mostrar os molares desse paciente
ia conseguir ver um contato prematuro entre eles por causa da
mordida aberta.