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MATERIAL DE APOIO

Essa é a nossa terceira aula da sé-

ANÁLISE E rie de análise e planejamento fa-
PLANEJAMENTO cial, onde o professor vai mostrar
na prática, junto com vocês, como
FACIAL é que nós fazemos as medições da
MEDIÇÃO face. Então, é muito importante
que o paciente fique posicionado
no que a gente chama de posição
natural da cabeça, ou seja, uma
Prof.: linha paralela ao mento, paralela
Dr. Wagner Baseggio ao solo, para a gente ter essa po-
sição da cabeça e um olhar para o
horizonte, um olhar para a frente.
Vamos fazer então a marcação dos
pontos cefalométricos da face e
o primeiro ponto que nós vamos
marcar será bem na linha média,
onde começa o cabelo, o ponto
tríquio. Esse ponto é importante
para a análise facial.

Um segundo ponto importante é a

glabela, bem no meio, entre as so-
brancelhas. Em seguida temos o
ponto subnasal, abaixo do nariz.
Depois temos o ponto lábio supe-
rior, o ponto lábio inferior e o ponto
mento.

Assim temos então os pontos trí-

quio, glabela, subnasal, lábio supe-
rior ao estômio, estômio ao lábio
inferior e o mento. Esses são pon-
tos cefalométricos importantes.
Marcamos também um ponto la-
teral, a região mais lateral da face,
que é a região que chamamos de
Zi-Zi, nesse local temos o primei-
ro ponto do zigomático. Do outro
lado também, a gente tem que ter
essa correspondência zigomática
e marcamos da mesma maneira.
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Marcamos também o ângulo da
mandíbula dos dois lados, que
chamamos de Go-Go. Eu gosto
muito de, para marcar o Go-Go,
pedir para o paciente morder, as-
sim conseguimos ver onde que
o masseter insere no ângulo da
mandíbula. Então esses pontos
são importantes e a gente precisa
registrá-los para começar a nossa
mensuração.
Depois que nós marcamos todos
os pontos importantes para nos-
sa análise, nós vamos utilizar para
medida um paquímetro. Nós gos-
tamos bastante de um paquímetro
digital em que a gente vai abrindo
e ele vai medindo para nós em mi-
límetros quanto que a gente tem
de distância entre as pontas do
paquímetro. Você pode usar um
paquímetro como esse, você pode
usar uma régua, um paquímetro
plástico, uma régua flexível, um
compasso de ponta seca para me-
dir a distância entre os pontos,
depois você vai com o compasso
na régua, enfim, várias possibili-
dades. A gente acha o paquímetro
bastante prático.
A primeira medida que nós vamos
fazer é tríquio ao subnasal. Eu po-
deria até medir tríquio até glabe-
la, glabela ao subnasal, subnasal
ao mento, porque eu vou precisar
da informação dos terços faciais.
Então, a gente pode medir tríquio
até glabela, glabela ao subnasal,
subnasal ao mento, ou tríquio ao
subnasal, subnasal ao mento, para
calcular primeiro a altura da face.
Vamos medir o primeiro ponto,
tríquio ao subnasal, vamos abrir
aqui o nosso paquímetro e temos
a medida de 150 milímetros, então
15 centímetros.
Em seguida vamos marcar subna-
sal até a região do mento. Vamos
medir do subnasal até a região do
mento e encontramos 70 milíme-
tros, ou seja, 7 centímetros. Te-
mos então uma altura total da face
de 22 centímetros.
Agora, vamos medir a largura Zi-
-Zi. Essa medida é importante,
porque ela vai nos dar essa largu-
ra facial e nos permite calcular a
relação entre altura e largura da
face. Encontramos aqui nessa
medida 150 milímetros, então 15
centímetros de largura Zi-Zi.
Agora vamos medir a distância
Go-Go e encontramos a medida
de 120 milímetros, então 12 cen-
tímetros de largura Go-Go. Agora
eu posso medir ainda os terços se-
parados, então, se eu medir esses
terços separados, somando eles,
tem que dar os 22, que é a altura
total. Como eu já tenho a medi-
da do subnasal ao mento, que nós
medimos e deu 7 centímetros,
agora a gente vai medir o terço
médio e o terço superior.
Vamos medir o terço médio, que é
a glabela ao subnasal, 70 milíme-
tros, então 7 centímetros. Vamos
medir o tríquio até a glabela que
vai dar uns 79 milímetros, então
8 centímetros. Agora nós vamos
transpor isso para a nossa análise
no computador.
Então, acabamos de medir o nosso
paciente, os pontos cefalométricos
importantes para análise facial e
nós mensuramos esses pontos. Você
faz uma foto do paciente de frente,
joga ela para o computador e va-
mos fazer essa análise e essa inter-
pretação juntos.
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O nosso paciente tem uma rela-
ção de altura tríquio – mento de
22 cm sendo que a altura tríquio
ao subnasal é 15 cm e subnasal ao
mento 7 cm.
O paciente tem uma largura Zi-Zi
de 15 centímetros. Então, o que
importa pra nós é a altura vezes
a relação de largura. Nós vamos
pegar a medida Zi-Zi (15 centí-
metros) dividir pela altura tríquio
-mento (22 centímetros), isso dá
68%. Ou seja, a face do nosso pa-
ciente é muito longa em relação
à largura. Precisamos melhorar a
projeção em largura dessa face.
O paciente tem uma face mui-
to alongada. O zigomático, a lar-
gura do zigomático, ocupa 68%
apenas da proporção da altura.
O ideal seria ocupar pelo menos
75%. O paciente tem como diag-
nóstico a face muito longa e pre-
cisa do preenchimento de malar.
Se eu estou numa face masculina
e preciso preencher malar, isso é
maravilhoso, porque vai aumentar
a largura e permitir que eu preen-
cha depois muito mais a parte in-
ferior da face, o Go-Go, trazendo
até o Zi-Zi e para o homem isso
fica muito bonito.
Uma segunda análise é a relação
largura ZiZi (15cm) que nós me-
dimos e a largura Go-Go (12 cm).
Quando a gente divide 12 por 15
nós vamos ter aí um valor de 80%
o que é bom. No homem nós te-
mos que ter uma relação largura
de zigomático com um Go-Go
de 75% a 80%. Mas nós podemos
chegar até 100%. Se for um dese-
jo, uma vontade do paciente em
marcar mais a região inferior, nós
podemos fazer isso. Aliás, desta-
car a atenção da região inferior
é até bom, porque vai suavizar a
perspectiva de que a face é muito
longa, como nós vimos na relação
altura-largura.
Então permite ainda um preen-
chimento de ângulo de mandíbu-
la, para trazer até 100%, a relação
Zi-Zi - Go-Go que está em 80, eu
posso vir até 100%, e ainda pen-
sando que eu vou preencher um
pouco de malar e vou aumentar a
relação Zi-Zi, vai cair um pouqui-
nho esse 80% porque quando eu
colocar malar, essa relação vai re-
duzir um pouco, o que vai permitir
que eu aumente ainda o Go-Go.
Agora vamos para a análise dos
terços da face, onde vemos que a al-
tura facial do paciente é de 22 cen-
tímetros, altura tríquio - mento 22
centímetros, medindo a altura do
tríquio - glabela nós temos 8 cen-
tímetros, então a gente faz aquela
regra de 3:
*22 corresponde a 100
*8 corresponde a quanto
por cento de 22?
Encontramos então 36.4%.
A referência é 34 % , então está
levemente aumentado esse terço
superior, o que traz como diagnós-
tico que eu devo chamar a atenção
para o terço médio e inferior, mas
nós já sabíamos disso, a indicação
antes da relação altura largura (Zi-
-Zi e Go-Go) era justamente de
destacar malar porque a face era
muito longa, curta lateralmente,
alongada no sentido vertical e en-
curtada no sentido horizontal, en-
tão precisa de preenchimento de
malar, a análise do terço superior
mostra isso, está muito evidente
que temos que suavizar essa área,
vou destacar terço médio e infe-
rior, mas será que a análise desses
terços permite isso?
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Do terço superior vai dizer que
tem que destacar o terço médio e
inferior preenchendo malar, men-
to, ângulo de mandíbula, contor-
no inferior de face, mas vamos
fazer a análise do terço médio e
inferior para ver se isso é possível.
Provavelmente o terço médio vai
permitir porque lá na altura e lar-
gura já nos mostra que precisa de
preenchimento de malar, então
temos o terço médio diminuído
(7 centímetros, o que equivale a
31,8% de 22, a referência é 33).
Se está diminuído, eu posso des-
tacar essa área, então vou cha-
mar atenção para o terço médio,
preenchimento de malar, preen-
chimento de CK3, da olheira, da
calha lacrimal, do sulco, pálpebro
malar, do próprio malar, vamos
preencher essa área do terço mé-
dio para melhorar as característi-
cas dessa região.
No terço inferior, a gente tem
31,8%, também está diminuído, o
que é ótimo porque vai permitir
que eu destaque o terço inferior,
coloque mento, coloque mandí-
bula, que é o que fica bonito para
a face masculina e ainda melhorar
as relações altura - largura então
eu vou chamar atenção para o ter-
ço inferior, queremos destacar
o terço inferior, nós já havíamos
percebido que precisava de ma-
lar, a análise dos terços confirmou
isso.
Se vamos preencher malar vai au-
mentar a largura e podemos até
projetar um pouquinho para fora
o Go-Go e a análise do terço infe-
rior me mostra que isso é possível
porque o terço inferior está dimi-
nuído, por isso podemos eviden-
ciar essa área. Como é um rosto
masculino isso fica muito bonito.
Vamos preencher o mento, um
pouco de ângulo de mandíbula e
fazer o contorno inferior da face.
Muito mais interessante do que
simplesmente eu achar que eu
preciso de um mento, acho que eu
vou preencher um malar que vai
ficar bom. Aqui a gente consegue
ter certeza de que nas relações
de proporção, precisa de malar,
precisa de mento, precisa de ter-
ço inferior e a gente pode proje-
tar ainda esse Go-Go que está em
80%, até 100%. Então dá para pôr
volume, porque o terço inferior
está diminuído. Vamos volumi-
zar esse ângulo e ainda como a
gente vai projetar um pouquinho
mais o zigomático, dá para pôr ele
mais para fora, porque nós vamos
aumentar a relação de largura da
face. Veja como fica mais claro
para a gente entender isso.
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Quando fazemos a análise labial,

a gente tem 8 milímetros de lábio
superior e 10 de lábio inferior. As
referências são de que o lábio su-
perior deve ter entre 8 a 10 mm e o
lábio inferior de 12 a 15 mm. Então
a gente poderia pensar assim, o
superior até está bom, 8 mm, mas
o inferior poderia aumentar um
pouquinho. Se eu aumentar para
12 mm, que seria o mínimo aceitá-
vel pelas referências dos padrões
estéticos, eu vou volumizar um
pouquinho o lábio inferior, mas
eu preciso pôr um pouquinho em
cima para equilibrar essa relação
de 1 para 1.6, de 60% o lábio infe-
rior maior que o superior. Por isso
vamos volumizar um pouquinho
o lábio inferior e o superior para
melhorar as relações de propor-
ção e trabalhar um pouco mais o
destaque da área inferior que o
paciente precisa.

Podemos apresentar tudo isso

para o paciente. Vejam como fica
mais claro para traçar essas linhas,
medir, planejar e diagnosticar o
nosso paciente em função da ne-
cessidade que essa face precisa.

Nas próximas aulas a gente vai

executar todo esse nosso planeja-
mento e realizar o preenchimento
facial no nosso paciente de acor-
do com o nosso planejamento e o
nosso diagnóstico, baseado nes-
sas mensurações da face.

IMPRESSÃO: Caso queiras imprimir este material

de apoio, recomendamos imprimí-lo em alta defini-
ção, em papel couche fosco 150g - colorido. AVISO
LEGAL: Este é um material autoral e exclusivo para
alunos da Facial Class. Não é permitida sua repro-
dução ou distribuição por terceiros.
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