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SUMÁRIO
Introdução ......................................................................................... 1
Dedilhado .......................................................................................... 3
1ª Posição .......................................................................................... 5
4ª Posição ......................................................................................... 12
2ª Posição ......................................................................................... 34
5ª Posição ......................................................................................... 41
6ª Posição ......................................................................................... 48
7ª Posição ......................................................................................... 54
Bibliografia ...................................................................................... 68
INTRODUÇÃO
Durante os primeiros anos de aprendizagem do instrumento estudamos diversas peças onde são
necessárias mudanças de posição e na maioria das vezes, por não sabermos em qual dessas
posições nos encontramos, o estudo fica confuso e isso faz com que o aprendizado não seja
efetivo. Torna-se evidente, então, que o estudo das mudanças de posição ocorra após o estudo
das posições fixas, ou seja, é preciso fixar a afinação e consolidar as posturas da mão esquerda
antes de começar a transitar entre as posições.
Em cada capítulo abordaremos como conteúdo fundamental as notas presentes em cada posição
e seus respectivos dedilhados, bem como a referência de afinação de cada posição e sua postura.
Em alguns momentos falaremos também sobre escalas e alguns sons harmônicos
indispensáveis, que nos auxiliarão na afinação do instrumento e servirão de referência para o
aprendizado da 6a até a 8a posição.
3
“Foi adotado o termo 8a posição fixa para designar pedagogicamente a 1a posição utilizada para o aprendizado
do capotasto.” (RIBEIRO, 2003)
2
A configuração dos dedos em cada posição teve papel fundamental na ordem de apresentação
das posições. Da 1ª até a 4ª posição, apresentamos a posição fechada e da 5a até a 7a posição,
foi escolhida uma única configuração dos dedos para dar unidade ao trabalho. Robert John
Suetholz 4, denomina esta postura como aberta, que é quando temos um tom entre o 1º e 2º dedo
e um semitom entre o 2º e 3º dedo. A 8a posição é colocada por último pois é a partir dela que
aprendemos a técnica de tocar com o polegar esquerdo sobre as cordas, o chamado capotasto.
Uma novidade neste método são os ritmos sincopados e os variados tipos de arcadas que
aparecem longo dos capítulos. Lembre-se de trabalhar os ritmos separadamente tocando-os com
arco e pizz. em corda solta.
Para finalizar apresentamos uma ilustração que contém a localização de cada uma das posições
ao longo da corda lá. As ilustrações vêm como um diferencial em relação aos métodos
tradicionais, sendo utilizadas ao longo de todo o método como ferramentas para ativar a
imaginação.
4
Técnicas de reeducação corporal e a prática do violoncelo (Suetholz 2015)
3
1 2
O dedilhado é a
notação que nos
3
indica com qual
dedo tocar.
4
Polegar: Capotasto
Indicador: Dedo 1
Médio: Dedo 2
Anelar: Dedo 3
Mínimo: Dedo 4
4
TALÃO PONTA
MEIO
NOTAS EXPLICATIVAS
Na 1ª posição, o polegar deve ser posicionado atrás do braço do instrumento e deve ficar na
direção do 2 dedo de forma relaxada. A postura dos dedos em relação ao polegar deve sempre
imitar o formato da letra “C”.
Toque, com pizzicato 5 e em seguida com o arco, o exercício de notas e dedilhados na ordem p
requisitada. Esse é um padrão de estudo que deve ser seguido nas outras posições, sempre
observando-se qual é a nota de referência para a afinação. No caso da 1ª posição, o 4º dedo deve
estar afinado com a corda solta imediatamente superior.
Em seguida toque as três principais escalas na 1ª posição: Sol Maior, Dó Maior e Ré Maior.
Nos capítulos seguintes, devido à afinação das cordas soltas do violoncelo, não é possível tocar
escalas dentro de uma posição fixa (exceto na 8ª posição), mas podemos sempre voltar à 1a
posição e tocá-las de acordo com a tonalidade requerida. Ressalto que as tonalidades não têm
relevância neste método. O foco principal é aprender as posições utilizando a memória auditiva
e desenvolver a afinação.
5
Palavra italiana que significa “beliscado”. É a técnica onde as cordas são pinçadas com os dedos e não
friccionadas com o arco.
6
Posicione os quatro
dedos sobre a corda de
forma que a relação
dos dedos com o
polegar deve formar a
letra C.
NOTAS EXPLICATIVAS
Optamos por apresentar a 4ª posição logo em seguida da 1ª posição por 4 razões principais:
- a maioria das notas presentes na 1a e na 4a posição são comuns: as notas da 4a posição na corda
lá são as mesmas da corda ré na 1a posição, as notas da 4a posição na corda ré são as mesmas da
corda sol na 1a posição e as notas da 4a posição na corda sol são as mesmas da corda dó na 1a
posição.
- levante o cotovelo de forma que ele não fique apoiado sobre a lateral do instrumento, tendo
cuidado para não tencionar o ombro.
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SONS HARMONICOS
Notas explicativas
6
MED, Bohumil. 1980, pág. 68.
21
Agora ouviremos os
harmônicos em cordas
diferentes. Isso vai ajudar a
afinar as cordas soltas.
Apenas encoste levemente os
dedos, sem pressionar as
cordas.
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DÓS TRIGÊMEOS
Notas explicativas
Desenvolver a leitura nas 3 claves é uma necessidade, devido à grande extensão sonora do
violoncelo. A mudança de clave no decorrer de uma partitura ocorre para que linhas
suplementares sejam evitadas, facilitando a leitura da mesma. As claves aparecem na partitura
à medida que as notas vão ficando mais agudas. A intenção aqui é quebrar o tabu e fazer com
que a mudança de clave seja tratada como algo natural no cotidiano do violoncelista.
Introduzimos o assunto como os “Dós trigêmeos”, nome lúdico escolhido pela autora.
Para a apresentação de mudança de clave coloco a escala de dó maior em três oitavas e a música
Mulher Rendeira. Isso é feito para que a referência auditiva prévia auxilie no aprendizado das
claves de dó e sol naturalmente, deixando claro que podemos mudar de clave e continuar
tocando na mesma região.
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NOTAS EXPLICATIVAS
Para esta posição foram compostas melodias com uma quantidade maior de notas alteradas 7,
com a finalidade de manter a posição fechada (sem extensão), mantendo assim a unidade de
pensamento que permeia este trabalho.
A maioria das músicas presentes neste capítulo estão em tonalidades que utilizam bemóis, mas
as notas podem ter o mesmo som com nomes diferentes, ou seja, essas mesmas notas podem
ser sustenidos, dependendo da tonalidade utilizada. A isso dá-se o nome de enarmonia.
Lembre-se de que se a postura da mão estiver correta e forem feitas as devidas conferências de
afinação, peças com muitos bemóis ou sustenidos poderão ser lidas e tocadas com naturalidade.
7
Notas modificadas com b (bemol: meio tom abaixo) ou # (sustenido: meio tom acima).
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NOTAS EXPLICATIVAS
A 2a posição vem logo em seguida da 3 posição, e dentre as posições do braço apresentadas até
aqui, aparece por último, pois a referência para a localização desta posição será feita através do
terceiro dedo.
Assim como na 3a posição a maioria das músicas presentes neste capítulo estão em tonalidades
que utilizam bemóis, mas as notas podem ter o mesmo som com nomes diferentes, ou seja,
essas mesmas notas podem ser sustenidos, dependendo da tonalidade utilizada. A isso dá-se o
nome de enarmonia. Lembre-se de que se a postura da mão estiver correta e forem feitas as
devidas conferências de afinação, peças com muitos bemóis ou sustenidos poderão ser lidas e
tocadas com naturalidade
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NOTAS EXPLICATIVAS
Assim como foi citado na introdução, as posições seguintes têm o mesmo padrão de intervalos
entre as notas. Na 5ª, 6ª e 7ª posições tocamos com três dedos sendo que na 7ª posição o polegar
poderá ficar posicionado na parte lateral do violoncelo, de acordo com o tamanho da mão do
violoncelista. As músicas “Bambalalão” e “Antigo Egito” aparecem com adaptação das
tonalidades nessas 3 posições, chamadas intermediárias, mas as outras, apesar de terem sido
criadas cada uma para sua respectiva posição podem ser tocadas nas demais posições.
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Observe a altura do
cotovelo, para que ele
não fique baixo.
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NOTAS EXPLICATIVAS
Na 8ª posição precisaremos também dos harmônicos de oitava, pois o polegar deve ser
posicionado sobre eles, sempre pressionando duas cordas ao mesmo tempo (A explicação sobre
qual o símbolo que representa esta digitação se localiza na página 3).
Em seguida o mesmo exercício de notas e dedilhados deve ser feito, mas agora a ordem de
apresentação nas cordas está diferente, pois nessa posição o capotasto é menos utilizado nas
cordas dó e sol.
A notas de referencia para tocar o capotasto serão apresentadas em diferentes claves. Mostrando
mais uma vez que mudamos de clave, mas permanecemos na mesma região.
60
Posicione apenas o
polegar sobre 2 cordas.
Aqui tocaremos os
harmônicos de oitava.
Ainda não é
necessário
pressionar o
polegar.
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Posicione os quatro
dedos sobre a corda. A
relação dos dedos com
o polegar deve formar
a letra C.
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REFERÊNCIAS
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Associated Board of The Royal School of Music, 1996.
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101p. Editora Leitura LTDA, 1999.
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in Group, Public Scholl Classes or Individual Lessons. 35p. The Boston Music co., Boston,
Mass.
SUZUKI, Shinichi. Suzuki Cello School: Cello Part, Volume 1 Revised Edition. 23p.
Summy-Bichard Inc. 1991.
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Summy-Bichard Inc. 2014.
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Summy-Bichard Inc. 2014.
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Chester/Edtion Wilhelm Hanser London Ltd. Eagle Court, London. 3 ed. 1985
70
FLOR, Samuel. I LIKE TO PLAY THE CELLO. 28p. By Samuel Flor, Philadelphia. Pa.
1972.
HERFURTH. C. Paul. A Tune a Day For Cello: A First Book for Violoncello Instruction in
Group, Public Scholl Classes or Individual Lessons. 32p. The Boston Music co., Boston,
Mass.
JENSEN, Hans Jorgen. FUN IN THUMB POSITION. 61p. Shar Products Company, 1998