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Postura e iniciação de mão direita

Antes de tudo, gostaria de agradecer por todos os e-mails recebidos, na sua maioria com elogios, apoio e
dúvidas relacionadas à última aula. Às vezes posso demorar um pouco, mas responderei todos assim que
puder, ok?
Nesta aula vamos abordar a iniciação da técnica de mão direita (ou esquerda, para os canhotos). Antes
de começarmos, vamos falar de algo indispensável para um melhor aproveitamento dos estudos: Postura.
POSTURA
Imagine que você tenha aula de manhã, ensaio à tarde e show à noite, fazendo tudo isto com uma
postura incorreta. Em pouco tempo, terá problemas na coluna, fadiga e dores nos braços, além de
doenças causadas por esforço repetitivo (tendinite, tenossinovite, bursite, etc.). É exatamente por isso
que desde nossos primeiros estudos veremos a maneira correta de se portar com o instrumento, seja em
estudos, ensaios ou trabalhos.
Sentado
Procure sempre utilizar uma cadeira com encosto reto e assento acolchoado. Insira a correia ao
instrumento e regule de maneira que a mesma fique junto ao ombro de maneira confortável, ou seja, sua
altura deve deixar o instrumento apoiar-se sobre sua perna. Uma regulagem apertada não permitirá que o
contrabaixo alcance a coxa da perna, ficando apoiado somente no ombro. E no caso de uma regulagem
muito “solta” fará que o instrumento não fique firme, o que acarreterá no deslocamento do mesmo com
relação ao corpo.
De pé
Quando estamos de pé, devemos utilizar a mesma regulagem de correia do exemplo anterior (sentado).
Lembre–se sempre de manter a coluna reta e, para absorver por igual o peso do instrumento, mantenha
as pernas um pouco abertas, com um espaço de cerca de 30cm entre elas.
Outro fator importantíssimo é a atenção a respiração, pois ela é um dos fatores indispensáveis ao
conforto e relaxamento para se tocar.
  Mão direita
O antebraço deve se apoiar no bojo superior do contrabaixo,
atuando como centro de gravidade, mantendo assim o equilíbrio
corpo/braço. O dedão deve se apoiar levemente na parte superior
do captador (foto). Quando houver necessidade de tocar notas nas
cordas mais agudas, pode-se também apoiar o dedão sobre as
cordas mais graves.
Quando utilizada a técnica de pizzicato (tocar com os dedos) o
baixista deve utilizar a falange dos dedos no contato com as
cordas, não a ponta dos mesmos.
Na próxima aula abordaremos a postura correta da mão esquerda.
MÃO DIREITA
Nos exercícios a seguir iniciaremos o processo de técnica de mão
direita. Em todos eles, a mão esquerda deve apenas servir para abafar as cordas. Para isso, basta
encostar levemente, sem pressioná-las. A idéia é que, mesmo com a corda abafada, o estudante deve
produzir o som percussivo das cordas – ou muted notes, que estudaremos futuramente –. O abafamento
das notas é simbolizado pela letra X na partitura/tablatura.
Outro fator indispensável é manter a dinâmica em todas as notas, ou seja, não deixar que algumas notas
soem mais fortes ou mais fracas. Tente sempre manter um equilíbrio ao tocá-las.
Os exercícios a seguir devem ser feitos alternando os dedos indicador e médio.
Exercício 01
Toque cada nota no beat (batida) do metrônomo e a cada quatro notas se alterna a corda. Comece a 60
bpm (batidas por minuto) e aumente um pouco quando estiver totalmente à vontade com a velocidade
estabelecida.

Exercício 02
Neste exemplo devem ser tocadas duas notas a cada beat.
Exercício 03

Exemplo utilizando salto de cordas. Lembre sempre de alternar os dedos indicador e médio.
Exercício 04
Salto com alternância de cordas.

Exercício 05
Variação do exercício 01, agora trabalhando velocidade. Quatro notas por beat.

É isso, pessoal! Espero que tenham gostado!

Postura e iniciação de mão esquerda


Rodrigo Brizzi

              
Bem vindos a terceira aula do curso de baixo!
Obrigado novamente pelos e-mails recebidos e por todas as sugestões e elogios!
Sempre lembrando que estou a disposição para sanar qualquer dúvida que tenham com relação as aulas
ou mesmo assuntos referentes as mesmas.
Devo salientar que NÃO envio material por e-mail, por favor não insistam.
Em breve disponibilizarei lições através de um curso online ministrado em meu site. Assim que pronto,
notificarei como as mesmas podem ser adquiridas.
POSTURA
Como visto na aula anterior, antes mesmo de tocarmos as primeiras notas, devemos nos preocupar com
a postura correta com relação ao nosso instrumento. Nesta aula veremos
como deve ser executada de forma correta a mão esquerda (direita para
canhotos).  
A mão deve estar no centro do braço do instrumento e o alcance dos dedos
deve abranger sempre quatro trastes (casas) do contrabaixo. Há algumas
digitações que obrigarão uma maior abertura dos mesmos, mas lembre-se
de colocar suas notas o mais próximas possíveis, pois isso acarreta em
menos movimento e mais velocidade.
   
O dedão deve estar sempre no centro do braço
e relativamente no centro dos dedos médio e
anelar, pois assim a digitação é facilitada tanto
em regiões graves como agudas.
 
 
O contato dos dedos com a corda deve ser feito através da primeira falange e não com a ponta dos
dedos como pensam alguns. A falange possui mais área de contato enquanto as pontas podem
fazer com que quando executada uma linha com velocidade, os dedos errem a corda ou não
executem a nota com firmeza.

EXERCÍCIOS
Os exemplos a seguir tem como finalidade treinar e coordenar a mão esquerda. Os mesmos agora
contam com o arquivo midi (pode ser executado em qualquer player de aúdio) com velocidade
progressiva.
Relembrando: na tablatura cada linha é correspondente a uma corda do baixo sendo que a mais grave
está embaixo (MI) e a mais aguda em cima (SOL). O número representa o traste (casa) a ser tocado.
Lembre-se também de respeitar os dedos correspondentes aos números da tablatura, por exemplo toda
vez que aparecer o número 1 deve ser tocada a primeira nota da escala e com o dedo indicador, número
2 dedo médio e assim sucessivamente.

midi

 
midi

 
midi

 
midi
 
midi

 
midi

Exercícios de três notas por tempo:

midi

 
midi

 
midi

 
midi

Exercícios trabalhando os quatro dedos da mão esquerda:


midi

 
midi

Seguindo o mesmo princípio dos dois exercícios anteriores, treine todas as combinações a seguir (as
destacadas em vermelho são as duas já feitas):

Os dois exercícios a seguir tem como objetivo sincronizar ambas as mão e trabalhar velocidade:

midi

 
midi

Abraços e bons estudos!


Formação da Escala Maior
Rodrigo Brizzi

              
Tudo bom pessoal?
Depois de algum tempo, eis que as aulas de contrabaixo voltam a sua periodicidade normal aqui no Cifra
Club.
Como nas primeiras aulas o foco principal foi “soltar” as mãos esquerda e direita com exercícios técnicos,
nesta decidi iniciar o estudo teórico voltado ao nosso instrumento. E pra começar, ensinarei como
formamos uma escala maior.
Vamos primeiro conhecer as 7 notas musicais e seus respectivos acidentes.
As notas naturais são:
Dó – Ré – Mi – Fá - Sol – Lá – Si
e os acidentes (# = sustenido, b = bemól):
Dó#/Réb – Ré#/Mib – Fá#/Solb – Sol#/Láb – Lá#/Sib
(Lê-se Dó sustenido/Ré bemól, Ré sustenido/Mi bemól e assim sucessivamente...)
Sabendo isto podemos dizer que existem 12 notas no “abecedário musical”. A saber:
Dó – Dó#/Réb – Ré – Ré#/Mib – Mi – Fá – Fá#/Solb – Sol – Sol#/Láb – Lá – Lá#/Sib – Si
Caso você esteja se perguntando agora porque contei as notas sustenidas como as mesmas que as
bemóis, calma que explico. No nosso instrumento cada casa equivale a ½ (meio) tom. Logo temos (por
exemplo) entre as notas Dó (3ª casa, corda Lá) e  Ré (5ª casa, corda Lá) duas casas de distância sendo
que a do meio (4ª casa, corda Lá) pode ser considerada tanto Dó sustenido como Ré bemól (sim, a
mesma nota!).
E agora esta se perguntando quando chamar a nota de sustenido ou bemól certo? Fácil...
Se caso você estiver tocando uma escala ou frase que vá na ordem crescente, ou seja, do grave para o
agudo, você considera o seguinte:
Dó – Dó# - Ré
No caso decrescente (do agudo para o grave):
Ré – Réb – Dó
(Isto se chama enarmonia, nomenclaturas diferentes para a mesma nota)
Se vocês foram bons observadores, e acredito que foram, provavelmente notaram que não existem
nem Mi#/Fáb(Mi sustenido/Fá bemól), quanto Si#/Dób (Si sustenido/Dó bemól). Isto porque entre as
notas Mi/Fá e Si/Dó existe apenas ½ tom de distância, não havendo assim “espaço” para os acidentes.
Com o desenho do braço do instrumento (até a sétima casa) abaixo o entendimento será mais fácil.

Agora que já conhecemos todas as notas e suas enarmonias, vamos montar uma escala maior.
A escala de Dó maior e a única que não possui nenhum acidente e é a partir dela que teremos a estrutura
para montar todas as outras. Seguindo o exemplo:

Agora iremos seguir o mesmo padrão (1, 1, ½, 1, 1, 1, ½), mas tendo como tônica (nota principal, que dá
nome a escala) a nota Ré, gerando Ré maior:

Observações: Note que para conseguirmos que do Mi para o Fá e do Si para o Dó obtivessemos 1 tom de
distância, tivemos que “acidentar” as notas seguintes, tornando assim tanto o Fá quanto o Dó sustenidos
e mantemos assim o padrão de tons e semitons.
E assim formamos a escala de Ré maior, que possui dois acidentes (Fá# e Dó#).
Logo podemos dizer que a formação de uma escala maior possui cinco tons e dois semitons (1/2 tom).
Essa formação nunca irá se modificar na estrutura de uma ESCALA MAIOR.
Mais um exemplo:

Aqui temos que observar que se a nota Si fosse natural, teriamos uma distância de 1 tom com relação ao
Lá, por isso äcidentamos o mesmo com um bemól e reduzimos sua distância em ½ tom, encaixando toda
a escala no padrão 1, 1, ½, 1, 1, 1, ½.
Lição de casa:
Formar as escalas de Sol maior, Mi maior,  Láb maior e Réb maior.
Aguardo por e-mail todas as escalas para correção, que devem ser enviadas da seguinte forma
(exemplo):
Dó Maior
Dó – Ré – Mi – Fá – Sol – Lá – Si – Dó
Ré maior
Ré – Mi – Fá# - Sol – Lá – Si – Dó# - Ré
Fá Maior
Fá – Sol – Lá – Sib – Dó – Ré – Mi – Fá
Fico no aguardo...
Falando em shapes (desenhos)
Por sua estrutura sempre obedecer um padrão, quando formos aplicar a escala no instrumento,
notaremos que a mesma também seguirá sempre o mesmo desenho:
Dó Maior

Sol Maior 

Note que as escalas de Dó maior e Sol maior possuem o mesmo desenho, neste caso somente alterando
as cordas do instrumento que são usadas. O mesmo vale para todas as escalas maiores. Faça este
“shape” iniciando da tônica da escala e estará automaticamente tocando uma escala maior. Para uma
melhor visualização (a letra T simboliza a tônica):

Aplicação
Seguem exercícios para melhor firmar o entendimento da aula:
Escala Maior

Padrão em tercinas (3 em 3 notas)

Padrão em semicolcheias (4 em 4 notas)

Todos estes exercícios propostos estão na tonalidade de Dó maior, mas para testar seus conhecimentos
sobre a aula de hoje, transponha-os para todas as outras tonalidades.

Curso online de Contra-Baixo


Aplicação da Escala Maior
Rodrigo Brizzi

              
Tudo bom pessoal?
Espero que todos tenham entendido e estejam montando suas escalas maiores sem dificuldades.
Agradeço à todos os que acompanham o curso e em especial o pessoal que sem demora foi fazer parte
da comunidade que criei no “Orkut” relacionada a este curso. Inclusive esta aula foi elaborada segundo
sugestões do pessoal de lá! Muito obrigado e espero por mais componentes fazendo parte da mesma.
Agradeço também a todos os e-mails recebidos sejam eles sobre dúvidas, correções e elogios e/ou
críticas às aulas.
Como na última aula abordei um tema mais teórico e por isso os dedos ficaram um pouco “de molho”,
nesta será a hora de colocá-los para funcionar!
Seguirão exercícios que criei com a finalidade de colocar em prática a aplicação da escala maior. Os
mesmos estão divididos em grooves/conduções, frases e ao fim criei um pequeno trecho de solo (oito
compassos) onde baseie-me em idéias semelhantes a cada quatro compassos, porém com intenções
diferentes (os quatro primeiros compassos mais cadênciados e os quatro seguintes baseados mais em
velocidade), como verão a seguir.
Grooves/Condução

midi 
midi 

midi 

midi 

midi 

midi 

 Frases

midi

midi
midi

midi
Solo

midi  

 
Todos os exercícios propostos estão na tonalidade de Dó Maior (ou seja, sem acidentes) para um melhor
entendimento e aconselho que os mesmos sejam transpostos para tons diferentes. E criem seus próprios
exercícios, isto sem dúvida é um ótimo estudo!
Sobre a velocidade, alguns podem achar alguma dificuldade na execução, portanto façam em velocidade
reduzida (com o auxílio do metrônomo) e vá aumentando gradativamente. Lembre-se sempre de buscar
um som definido, pois frases rápidas tendem a ficar “sujas” e “emboladas” se executadas de qualquer
maneira, o que não é nada agradável.

Curso online de Contra-Baixo


Tons Relativos
Rodrigo Brizzi

              
Tudo bom pessoal? Andam estudando bastante?
Hoje falaremos sobre tons relativos...
Toda tonalidade (escala) maior possui um tom relativo menor e vice-versa. Para acharmos o tem relativo
menor de uma escala maior devemos contar até o sexto grau da escala. Exemplo:

Logo, se tocarmos a escala de Dó maior partindo do seu sexto grau, estaremos executando a escala de
Lá menor.
Lá  -  Si  -  Dó  -  Ré  -  Mi  -  Fá  -  Sol  -  Lá
Outro exemplo:

Mi maior = Dó# menor


No caso contrário, encontrar a relativa maior de uma escala menor basta que achemos seu terceiro grau.
Exemplo:

Ré menor = Fá maior
Agora achem todos os tons relativos:
Dó = Lá menor
Fá = 
Sib = 
Mib = 
Láb = 
Réb = 
Mib = 
Dób =
Lá menor = 
Mi menor = 
Si menor = 
Fá# menor =
Dó# menor = 
Sol# menor = 
Ré# menor = 
Lá# menor =
 
Shape (desenho):
Agora que sabemos como encontrar uma escala relativa, vamos descobrir seu "shape" na escala do
instrumento:

O exemplo acima está em Lá menor e não possui nenhum acidente assim como sua relativa maior Dó.
Mas já que as duas escala possuem as mesmas notas, quando devo usar uma ou outra?
Resposta: Em função da sonoridade da música executada. Dizemos que a escala maior possui uma
sonoridade mais "feliz" e a menor a intenção "triste" em função de seus intervalos (matéria de próximas
aulas). Devemos analisar qual a melhor opção ou mesmo checar se o material (tablatura, partitura, cifra)
já não apresenta o tema como maior ou menor.
Lição de casa: 
Executar o shape da escala menor em diversas tonalidades diferentes; criar padrões, grooves e frases em
cima das mesmas.

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Princípios básicos de Slap
Rodrigo Brizzi

              
Depois de uma longa espera por uma nova aula, finalmente a mesma se encontra aqui disponível
(descupem pela demora, mas estes últimos meses foram bem corridos...).
Deixando de lado um pouco as aulas com temas teóricos voltados ao nosso instrumento (formação de
escalas, shapes, etc...), decidi que nesta abordaria um tema prático e muito solicitado: slap.
Primeiro vamos falar sobre como a técnica foi criada...
O slap surgiu quando Larry Graham decidiu que deveria de alguma forma substituir a sonoridade da
bateria dada a falta do baterista ao ensaio de sua banda. Para tal ele “atacaria” na corda com o dedão
afim de simular o som do bumbo e puxaria para simular o som da caixa. Assim então foi criada a técnica
que seria revelada ao mundo através do disco Dance To The Music, segundo da banda Sly & The Family
Stone – uma das mais famosas bandas de funk de todos os tempos - , da qual Larry Graham era
integrante. Com o passar do tempo novos baixistas foram adicionando a técnica as suas linhas e também
acrescentando um pouco de suas próprias variação, seja no jeito de tocar ou mesmo no timbre e
utilização de efeitos. Dentre eles se destacam: Stanley Clarke, William “Bootsy” Collins, Louis Johnson,
Marcus Miller, Stuart Hamm, Jimmy Earl, Victor Wooten, Flea e Celso Pixinga.
Como executar: A mão esquerda mantém o mesmo princípio técnico e postura abordada no pizzicato.
Em algumas linhas a utilização da mesma é essencial para o abafamento de possíveis sobras (notas ou
harmônicos) que possam vir a soar.
Thumb: a tradução literal de thumb é polegar. No slap, sua utilização consiste em percutir as
cordas com o polegar da mão direita na região do último traste da escala (foto). Nesta região temos
uma melhor sonoridade e também o “rebote” será maior. Deve-se ter cuidado para não abafar a
corda com a palma da mão ou mesmo com o próprio polegar. No início existe mesmo certa dificuldade em
obter uma boa sonoridade e a mesma só vem com bastante treino. Façam diversas repetições até que
esteja extraindo o som sem dificuldades. Não levante muito o braço direito e mantenha uma postura
relaxada de forma que o movimento se assemelhe a uma “chicotada”. Nos exercícios o thumb será
simbolizado pela letra T.
Exercícios:

 
Pluck: consiste em puxar a corda com a ponta dos dedos da mão direita, para gerar um som – se
assim podemos dizer – bem “estalado”. Não é necessário colocar o por inteiro embaixo da corda e
sim somente a ponta. O movimento deve ser executado puxando a corda no sentido contrário a
escala e não é necessário força e sim jeito, portanto cuidado para não se machucar com movimentos
muito bruscos. O pluck será simbolizado pela letra P.
Exercícios:

 
Exercícios (utilizando a combinação de thumbs e plucks):
Exercícios baseados no método Slap It!

 
Na próxima aula, várias linhas de slap.
Bons estudos!

Curso online de Contra-Baixo


Linhas de Slap
Rodrigo Brizzi

              
Tudo bom pessoal?
Seguem diversas linhas de slap para serem colocadas em prática os estudos feitos anteriormente.
LEGENDA:
X = ghost note (nota abafada com a mão esquerda);
H = hammer-on (toca-se a primeira nota normalmente e a segunda apenas com a mão esquerda, dando
uma "martelada").
Sobre a utilização de thumb ou pluck:
No caso das notas mais graves utiliza-se o thumb (dedão) e na mais agudas o pluck (puxada). Na dúvida,
faça da forma que considere mais prática e confortável.
Os exercícios são propostos de maneira gradativa, sendo o primeiro considerado mais fácil e os últimos
mais difíceis. Sempre utilize o metrônomo nos estudos.
Dúvidas, entrem em contato.
 
The Thrill Is Gone - B.B. King (baixista Russel Jackson)

Samba (autor desconhecido)

Forget me Nots - Patrice Rushen (baixista "Ready" Freddy Washington)

Fantastic Voyage - Lakeside


Tell Me Baby - Red Hot Chili Peppers (baixista Flea)

Aeroplane - Red Hot Chili Peppers (baixista Flea)


Carrinho por Trás - Celso Pixinga

Power - Marcus Miller

Silly Putty - Stanley Clarke


Country Music (A Night In Hell) - Stuart Hamm

Me And My Bass Guitar - Victor Wooten

No Left Turn On Tuesday - Alain Caron


Nico Assumpção (c/ a banda High Life)

 
Caso eu lembre de novas linhas (ou também por sugestões), posto-as conforme consiga transcreve-las,
ok?
Abraços e até a próxima!

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Leitura Rítmica
Rodrigo Brizzi

              
Nesta aula teremos os príncipios básicos da leitura musical. Para isso começaremos
entendendo como funcionam as divisões rítmicas numa partitura.
Mas antes vamos relembrar algumas convenções (já abordadas na primeira aula):
CONVENÇÕES
Clave de Fá: Clave utilizada na leitura para contrabaixo e instrumentos graves.

Clave de Sol: Clave utilizada na leitura para instrumentos mais agudos.

Clave de Dó: Clave utilizada para sons médios.

Pentagrama: Composto por 5 linhas e 4 espaços nomeados a partir da clave:

Espaços e Linhas Suplementares Superiores e Inferiores: Dá seqüência as notas fora do


pentagrama.
Compasso e barra de compasso:

Tablatura: as linhas representam as cordas do instrumento. Os números


representam a casa que deve ser tocada.

Armação de Clave: indica a tonalidade da música.

Fórmula de Compasso:

O número de cima indica quantos tempos duram o compasso.


Os números de baixo indicam qual a figura utilizada para contar os tempos.

Barra de Repetição: indica que se deve repetir o(s) compasso(s) entre as barras.

Relembrado estes conceitos, iremos agora aprender sobre figuras musicas. Cada
figura tem como principio indicar quanto tempo determinada nota dura, ou seja, se
a mesma irá soar durante quatro batidas do metrônomo, se somente durará uma
batida, etc.
Vamos verificar a tabela a seguir:

Na figura temos o "desenho" que representa a nota em seguida seu nome e por fim
seu valor, ou quanto tempo ela tem de duração.
Vamos imaginar um compasso 4/4 (fala-se quatro por quatro), como o citado acima
no exemplo de fórmula de compasso. O número de acima (4) no diz que
contaremos em cada COMPASSO até quatro, ou seja, 1 2 3 4 e em seguida vem o
compasso seguinte.
Ex.

Mas e o número embaixo, o que significa? Por enquanto não vamos nos preocupar
com ele, pois seria muita informação e com certeza complicaria o entendimento.
Agora que sabemos como contar cada compasso, vamos analisar como as notas
são contadas.
Semibreve

Valor = 4. Toca-se a nota e deixa que a mesma soe durante os 4 tempos.

Mínima

Valor = 2. Toca-se e deixa que a mesma soe durante 2 tempos.

Semínima
Valor = 1. Uma a cada tempo (ou a cada batida).

Colcheia

Valor = 1/2. Como a mesma equivale a meio tempo, toca-se 2 por batida.
Semicolcheia

Valor = 1/4. Executa-se 4 notas a cada batida.


Fusa

Valor = 1/8. Executa-se 8 notas por "beat" (batida).

Semifusa

Valor = 1/16. Executa-se 16 notas por batida.


 
Sempre que executamos uma música, é quase que inevitável que precise de pausas
para dar um "respiro" a linha. Até agora só vimos as notas que EXECUTAMOS,
agora veremos as pausas:

Ressalto que as pausas de semibreve e mínima são muito parecidas, sendo a


diferença é que a semibreve é "colada" na linha de cima e a de mínima na linha de
baixo.
E para que as pausas? Assim como tocamos as notas nas linhas que executamos,
algumas vezes temos que tocar o "silêncio" (na verdade não tocar). A pausa serve
justamente para indicar por quantos tempos devemos manter o "silêncio" na linha. 

Semibreve

Valor = 4.
Mínima

Valor = 2.

Semínima

Valor = 1.

Colcheia

Valor = 1/2.

Semicolcheia

Valor = 1/4.

Fusa

Valor = 1/8.

Semifusa

Valor = 1/16. 

O princípio das pausas é exatamente o mesmo das notas. A diferença é justamente


o fato de quando em pausa, devemos manter o "silêncio" durante o tempo.  Pode
ser um pouco complicado o entendimento no começo, mas não é nenhum bicho de
sete cabeças. As figuras, valores e nomes devem ser decorados para facilitar a
leitura. O mesmo serve para as pausas.

Exercício 
O exercício a seguir deve ser feito com a ajuda do metrônomo. Coloque o
metrônomo numa velocidade baixa (aconselho por volta de 50 bpm) e conte a cada
batida. Sempre pense até quatro e comece de novo a contagem como se fosse um
compasso 4/4. Pode ser feito cantando - isso denomina-se solfejo - as notas (utilize
a sílaba “ta”). Quando a nota dura mais que um tempo extenda o “a” do ta até que
dure o necessário. Veja como na primeira linha.
Depois de bem acostumado com o solfejo, tente fazer o mesmo executando uma
nota qualquer no contrabaixo (aconselho a corda Lá solta). Também aumente a
velocidade do metrônomo aos poucos. E nunca se esqueça de manter o silêncio
quando aparecem as pausas. Note também que sempre a soma das notas e/ou
pausas é igual a 4 (em um compasso 4/4 não se pode nem ultrapassar e nem
deixar faltar no compasso os 4 tempos preenchidos).  
Exercício

Na próxima aula falaremos mais sobre leitura rítmica, desta vez incluindo a
utilização de semicolcheias, fusas e semifusas, e também, fórmulas de compassos
diferentes (2/4, 3/4, 5/4, etc).

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Leitura Rítmica II
Rodrigo Brizzi

              
Tudo bom com vocês?

Nesta aula daremos prosseguimento ao tema leitura rítmica só que desta vez acrescentaremos a leitura
de semicolcheias e também fórmulas de compasso diferentes, como por exemplo 3/ 4 e 5/4.

Primeiro falaremos sobre as semicolcheias. Lembrem-se que elas equivalem a ¼ de tempo podendo
assim ser tocadas 4 por batida. No caso de um compasso de 4 tempos (batidas), teremos seu
preenchimento dado através de 16 notas (4x4).

Para facilitar este entendimento, aprendi o método do “TA KA DI MI” onde solfejamos (cantamos) cada
sílaba para as semicolcheias completando o ta ka di mi a cada batida.

Veja o exemplo:

Para que esteja correto o solfejo, sempre que ocorrer a batida devemos estar na sílaba “ta”. Para vocês
terem uma noção de como é fácil, façam o seguinte: façam uma batida (pode ser com a mão na perna
mesmo) e a cada batida da mão cantem “takadimi” e não podem haver espaços ou nota prolongadas.
Pronto estão solfejando em semicolcheias. Posteriormente podem substituir as sílabas do ta ka di mi por
simplesmente ta ta ta ta.

Mas e no caso de uma colcheia seguida de duas semicolcheias, como eu solfejo?


Fácil, basta prolongar a sílaba referente a colcheia e depois respeitar as sílabas seguintes, como nos
exemplos a seguir:

O mesmo princípio pode ser usado no caso de colcheias, mas como “cabem” apenas 2 por batidas, as
sílabas usadas devem ser apenas TA KA.

Agora falaremos sobre diferentes fórmulas de compassos.

Sabemos que no caso de um 4/4 devemos sempre contar 1 2 3 4 1 2 3 4 (dúvidas, re-vejam a aula
anterior), mas e se a fórmula for de ¾ como deve ser contado? Apenas conte até três, ficando 1 2 3 1 2 3
1 2 3.

Note que no primeiro compasso a nota transcrita é uma mínima com um pequeno ponto o lado
(denomina-se mínima pontuada). Este ponto se chama ponto de aumento e aumenta METADE DO
VALOR DA NOTA. Como no caso dado temos uma mínima que vale 2 tempos, soma-se mais metade
dela, ou seja, 1 tempo resultando assim na duração (somada) de 3 tempos.
2 + metade(1) = 3
Se no exemplo tivéssemos uma semínima pontuada, a conta seria a seguinte:
1 + metade(1/2) = 1 ½

Não coloquei neste exemplo nenhuma semibreve porque a mesma vale 4 tempos e como o compasso é
em ¾ ela “estouraria” o valor do mesmo. O caso contrário também seria errado, com a inclusão de uma
mínima (2 tempos) e assim a falta de um tempo para preencher os 3 do mesmo.
No caso do 2/4 contamos 1 2 1 2 1 2. Veja o Exemplo:

Neste a nota de maior valor que conseguiríamos colocar seria a mínima, pois ela já possue 2 tempos e
completaria o compasso.
E por fim temos um exemplo em 5/4:

Neste caso a contagem é 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5


Note que o primeiro compasso foi preenchido com uma semibreve (4 tempos) e em seguida com uma
semínima (1 tempo) para que sua soma fosse igual a 5 tempos (novamente ressalto que o compasso
deve ser sempre completo).

Ainda existem compassos compostos (6/8, 9/8, 7/16) mas eles serão tema de aulas futuras.
Exercícios
Chegou a hora de aplicar todo o conhecimento adquirido nesta aula através dos exercícios a seguir
(sempre utilizando o metrônomo para um melhor resultado):
EXERCÍCIO 01

EXERCÍCIO 02

EXERCÍCIO 03

EXERCÍCIO 04

Partituras (transcrições e edições): Rafael Zara


Na próxima aula, leitura melódica...
Curso online de Contra-Baixo
Leitura Melódica
Rodrigo Brizzi

              
Fala pessoal!

Após termos passado as últimas aulas abordando leitura rítmica, nesta


aprenderemos como localizar as notas no pentagrama (partitura).

Na imagem a seguir temos a localização das notas na pauta que possui como
referência a clave de Fá (utilizada para instrumentos graves, incluindo o nosso
contrabaixo).
Na primeira pauta temos a escala de dó no sentido ascendente (do grave para o
agudo). Perceba que as notas variam dentro dos espaços e linhas do pentagrama.
Já na segunda pauta a mesma escala é transcrita, porém desta vez no sentido
descendente (do agudo para o grave). Na terceira e quarta pauta temos
respectivamente as notas nos espaços e nas linhas.

Na pauta a seguir exemplifiquei o uso de linhas suplementares, que são utilizadas quando a altura das
notas ultrapassa o pentagrama, tanto para o grave quanto para o agudo.

Para facilitar a localização enquanto não são decoradas todas as notas, gosto de
utilizar notas de referência, que fazem com que fique mais fácil lembrar onde estão
algumas notas que já darão referência para as demais.
São cinco as notas referenciais:
Mi = que é a nossa nota mais grave em um contrabaixo de 4 cordas com afinação
padrão (normalmente é chamada de “mizão”);
Lá = que está localizada no primeiro espaço do pentagrama e corresponde ao nosso
Lá solto da terceira corda (ou preso na quinta casa da corda Mi);
Ré = localizada exatamente na linha central do pentagrama, e é referente ao Ré da
segunda corda (solta);
Fá = deve ser referência constante pois a mesma é localizada em função da
colocação da clave no início da partitura (perceba que o início do desenho da clave
é justamente nesta linha e passa ao meio dos dois pontos que acompanham a
clave). Este Fá pode ser executado na quarta casa do corda Ré ou nona da corda
Lá;
Si = Nota localizada no espaço final da partitura que é referente ao Si da quarta
casa da corda Sol ou nona casa da corda Ré.

No exemplo a seguir temos notas colocadas aleatoriamente no pentagrama para o


maior estudo de suas localizações.

Exercício
Aqui temos um exercício onde serão aplicados tanto os conteúdos desta aula
quanto das aulas anteriores (leitura rítmica). Primeiro localize as notas baseado no
conteúdo desta aula e depois tente adicionar a elas seus valores rítmicos (se
necessário, repasse as anteriores).

 
 
Partituras (transcrições e edições): Rafael Zara
Espero que tenham aproveitado e até a próxima!

Curso online de Contra-Baixo


Bourrée in E minor
Rodrigo Brizzi

              
Tudo bom pessoal?

Primeiramente me desculpem pela demora na postagem de uma nova aula...

Muitas coisas aconteceram na minha vida neste tempo (na grande maioria coisas boas!)
e acabou por atrasando as minhas aulas aqui no Cifra Club. Vou retomar e
disponibilizar material novo com mais freqüência, ok?

Outra mudança se dá no meu e-mail. Apenas me mandem


no rodrigobrizzi@gmail.com (o info@rodrigobrizzi.com está inativo, desculpem se
não respondi algum e-mail enviado para este, pois não estava tendo acesso ao
mesmo).
A comunidade continua ativa (http://www.orkut.com/Community.aspx?
cmm=11290630) e pretendo participar mais dos tópicos lá iniciados. Pensei em
criar um fórum (fora do Orkut), mas precisaria da ajuda de todos para manter o
mesmo sempre atualizado. Inicio em breve um tópico na comunidade falando a
respeito.

E por fim - mas não menos importante – criei uma conta no 4Shared para fazer
upload do material das aulas (midis, mp3...). Vou separar e organizar tudo por aqui
e informo pra vocês o endereço.

Agora vamos a aula...

Voltando aos estudos de leitura, posto aqui as duas vozes do Bourrée in E minor de
Johann Sebastian Bach.

A primeira voz é referente a mão esquerda do piano, que abrange a região mais
graves (e também é lido em clave de Fá), já a segunda e referente a mão direita,
que possui tessitura mais aguda (lida em clave de Sol).

Comece pela primeira voz que é mais simples e só depois de terminada vá para a
segunda. Primeiro localize as notas na escala e depois achei os seus valores
rítmicos.
Quando for localizar as notas na escala tente abranger um região reduzida,
evitando assim movimentos desnecessários.
Inicie com andamento lento e só depois de seguro quanto a linha aumente a
velocidade.

Observe que no início de ambas as partituras aparece um sustenido na linha do Fá


- que representa a armadura de clave - , e com isso lembre-se que sempre que
aparecer um Fá na partitura (seja grave ou agudo) ele será sustenido.

Algo bem proveitoso no estudo desta peça e combinar com um amigo de cada um
tirar uma voz e executarem juntos depois. O resultado é bem legal!

Seguem as partituras:
Primeira voz

Segunda voz
Qualquer dúvida estou a disposição.

Só lembrando que agora tenho aulas disponíveis no


site www.toquemaisbaixo.com.br. Visitem.

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