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Fevereiro, 2019
ÍNDICE
Introdução……………………………………………………………………………………...4
Prospectus da UEM…………………………………………………...……………………….5
Plano temático…………………………………………………………………………………6
Lições 1 e 2……………………………………..……………………………………………..7
Lições 3 e 4…………………………………………………………………………………..13
Lições 5 e 6……………………………………………………..……………………………17
Lições 7 e 8………………………………………..…………………………………………26
Lições 9-10……………………………………………………………………………….…..29
Lições 11 e 12…………………………………………………………………………….….33
Lições 13 e 14……………………………………………………………………………..…33
Lições 15 e 16………………………………………………………………………………..38
Lições 17 e 18……………………………………………………………………………..…39
Lições 19 e 20………………………………………………………………………………..41
Lições 21 e 22………………………………………………………………………………..50
Lições 23 – 24……………………………………………………………………………..…50
Lições 25 e 26………………………………………………………………………………..54
Lições 27 e 28………………………………………………………………………………60
Lições 29 e 30………………………………………………………………………….....….61
Lições 31 e 32…..……………………………………………………………………………63
Considerações finais………………………………………………………………………….64
Pentagrama…………………………………………………………………………………...65
INTRODUÇÃO
Para o efeito serão abordados bases teóricas e práticas inerente as acentuações binárias e
mistas, tonalidades das escalas maiores e menores, intervalos, modos e transposição.
PROSPECTUS DA UEM
OBJETIVOS
Leccionação de conceitos e regras da Teoria Musical. Desenvolvimento dos conceitos
abordados nos semestres anteriores.
RESULTADOS ESPERADOS
No final deste semestre pretende-se que o aluno domine conceitos da Teoria Musical cada vez
mais complexos, que se traduzem nas seguintes competências:
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
- Compreender Compassos Compostos e Mistos;
- Dominar o conceito de Tonalidade (Maior e menor);
- Distinguir Modo Maior de Modo menor, quer auditivamente, quer através de um trecho
escrito;
- Identificar os intervalos das escalas das duas tonalidades;
- Dominar a Ordem dos Bemóis e dos Sustenidos e a sua aplicação;
- Construir escalas Maiores e menores naturais;
- Conhecer as Relativas Maiores e as menores;
- Conhecer a regra das Armações de Clave na construção de melodias em várias tonalidades;
- Transpor trechos musicais para outras tonalidades.
COMPETÊNCIAS GENÉRICAS
- Desenvolver a acuidade auditiva;
- Dominar os conceitos e regras da Teoria Musical;
- Perceber a utilidade dos conceitos abordados;
- Relacionar e utilizar a Teoria Musical nas outras disciplinas do curso;
- Desenvolver o raciocínio lógico-musical.
TEMAS
Compassos Compostos e Mistos | Tonalidade Maior e Tonalidade menor | Modo Maior | Modo
menor | Ordem dos Sustenidos | Ordem dos Bemóis | Armações de Clave | Transposição |
Ditados Globais a duas vozes em várias tonalidades e com diferentes armações de Clave |
Construção de Escalas Maiores e menores | Relativas Maiores e menores | Exercícios de
consolidação (leituras, ditados, transposições, entre outros).
BIBLIOGRAFIA INDICATIVA
- Kennedy, Michael (1994). Dicionário Oxford de Música. Publicações D. Quixote: Lisboa;
- Michelis, Ulrich (2003). Atlas de Música I – Parte Sistemática. Gradiva: Lisboa;
- Platzer, Frédéric (2001). Compêndio de Música. Edições 70: Lisboa;
- The New Groove Dictionary of Music and Musicians (2001). Macmillan: London;
- Zamacois, Joaquín (2002). Teoria de la Música I. Idea Books: Barcelona.
PLANO TEMÁTICO
Nb: Os ditados rítmicos, melódicos e harmónicos serão temas constantes nas aulas.
LIÇÕES 1 – 2
Conteúdo:Acentuação de subdivisão ternária e mista.
Objetivos: Identificar acentuação de subdivisão ternária e mista;
- Interpretar composições com acentuação de subdivisão ternária e mista.
Acentuações correspodentes
Há sempre uma acentuação de subdivisão binária correspondente de uma acentuação
da subdivisão ternária, ou vice versa. São acentuações correspondentes aqueles que têm o
mesmo valor de unidade de tempo, sendo que na acentuação binária a figura é simples, e na
ternária a figura é pontuada ou composta. A acentuação de subdivisão binária 2/4 é
correspondente da subidivisão tenária 6/8 (figura 4).
121). A unidade de tempo da subdivisão ternária é a figura pontuada que equivale as 3 figuras
que correspondem aos 3 terços de cada tempo (CARDOSO, MASCARENHAS, 1996, p. 9).
Unidade do som
figura, pois é formada por uma figura pontuada, valendo 2 tempos, ligada a outra, também
pontuada, de 1 tempo (CARDOSO; MASCARENHAS, 1996, p. 9).
Acentuações mistas
As acentuações mistas ocorrem quando num trecho musical são executadas
acentuações de espécies diferentes, simultaneamente(CARDOSO E MASCARENHAS, 1996,
p. 131). Med (1996, p. 125) observou que neste tipo de acentuações “os primeiros tempos
devem coincidir”. As acentuações mistas podem ser formadas por compassos da mesma
subdivisão entre si ou outra, podendo ser bináriae ternária.
LIÇÕES 3 - 4
Conteúdos: Exércicios (Acentuação de subdivisão ternária e mista).
Objetivo: - Exercitar a acentuação de subdivisão ternária e mista.
3. Observe o trecho do triângulo. Escreva a melhor fórmula de compasso composto para cada
trecho separado por barra dupla.
5. Cada trecho abaixo está escrito de forma que o tempo está obscurecido de alguma forma.
Sem mudar a maneira na qual a música irá soar, reescreva cada um de modo a clarear o local
do tempo. Isto pode envolver a quebra de algumas das notas longas em durações mais curtas
com ligaduras ou refazer a conexão de algum grupo de colcheias.
1.16. Oiça uma melodia executada pelo professor e represente-o na pauta musical.
1.17. Escreva uma acentuação mista num espaço de oito compassos.
1.18. Execute alguns agrupamentos comuns na subdivisão ternária dados abaixo, combinando
com um motor. Lembre que o motor deve-se ouvir em ambas mão.
1) 2) 3) 4) 5) 6.
7) 8) 9) 10)
1.19. Selecione uma obra que trabalhas (ou já estudou) no seu instrumento e analise os
elementos já aboradados.
LIÇÕES 5 - 6
Conteúdo: Escalas maiores.
Armaduras de claves das escalas maiores.
Objectivos: - Identificar e entoar as diversas escalas maiores;
- Reconhecer e ordenar os acidentes na pauta.
Tonalidades de escalas
A Escala Maior
A escala diatónica é uma série de sons dispostos em graus conjuntos na sua ordem
natural, guardando as posiçãoes de tons e semitons. Nesta disciplina refletiremos sobre
escalas maiores e menores, as escalas que formam a base da música tonal. No entanto, é
importante que saiba que existem muitos outros tipos de escalas, algumas das quais serão
abordadas nos níveis subsequentes desta disciplina. Como se apresenta no livro de Harmonia,
Para a obter um tom inteiro salte a nota vizinha do teclado e vai para a segunda mais
próxima. Usando somente as teclas brancas do piano, existem cinco tons inteiros em cada
oitava (figura 12).
O padrão de tons e semitons da escala maior é o mesmo encontrado nas teclas brancas
de qualquer dó para o próximo dó. Na figura 13, os números romanos representam os graus
da escala de dó maior.
De acordo com Kostka, Dorothy (2015, p.6) “a escala maior pode ser pensada como
dois padrões de quatro notas idênticas separados por um tom inteiro. Esses padrões de quatro
notas são chamados tetracordes (figura 14)”.
Existe outra escala maior que apresenta uma sexta menor, ela é denominada escala
maior artificial. O seu primeiro tetracorde tem semitom do terceiro ao quarto, do quinto ao
sexto, de sétimo ao oitavo graus e uma segunda aumentada do sexto ao sétimo graus (figura
17).
Figura 17: Molde da escala maior artificial.
Figura 18: Intervalos gerados pelas teclas brancas na oitava de sol a sol.
Para executar uma escala de Sol maior, teríamos que saltar a tecla branca referente a
nota fá e tocar a tecla preta entre o fá e o sol. Desta forma, iremos adicionar um acidente à
aquela nota, ou seja, um símbolo que eleva ou abaixa uma nota em um tom ou semitom.
(KOSTKA; DOROTHY, 2015, p. 7). Todos os acidentes possíveis estão listados na tabela 4.
Em função dos efeitos dos acidentes podemos construir a escala de Sol maior ficar em
conformidade com o padrão de escala maior ao adicionar um acidente, nesse caso um
sustenido (figura 19).
Fonte:Elaboração do autor.
Observe que, quando escrevemos por extenso ou falamos o nome das notas e dos
acidentes, colocamos o acidente por último (por exemplo, fá sustenido), mas no pentagrama o
acidente sempre precede a nota que ele modifica como na figura 19.
As armaduras (acidentes fixos) das escalas maiores e menores, podem ser trabalhadas
por via do ciclo das quintas. Na perspectiva de Kostka, Dorothy (2015, p. 9) algumas pessoas
acham mais fácil memorizar armaduras de clave, se elas visualizam um ciclo de quintas, que
é um diagrama parecido com a face de um relógio. Lendo em sentido horário em volta do
ciclo de quintas abaixo, você verá que, cada nova tonalidade inicia no V (o quinto grau da
escala) da tonalidade anterior (figura 21).
Partindo para o lado esquerdo, isto é em 5ªs justas descendentes, temos F maior 1b,
Bb maior tem 2b etc (GUEST, 2009, p. 25). Na indicação de Kostka, Dorothy (2015, p. 8)
“existem também sete armaduras de clave que usam bemóis. Exceto para a tonalidade de Fá
maior, o nome da tonalidade é a mesma do penúltimo bemol na armadura de clave (figura
23).
serem (tons práticos) estão dentro de quadrado. Em relação ao ciclo das quintas, cabem ainda
os seguintes comentários (GUEST, 2009, p. 25):
b) a soma dos acidentes de dois tons enarmônicos é 12 (por exemplo, Eb maior {3b}
com D# maior {9#} = 12);
c) para definir as armaduras dos tons maiores, devemos decorar dois pares de sequência
de notas, ambos tirados do ciclo das quintas.
Como pode entender na tabela 5 existem três pares de tonalidades maiores que
soariam exatamente iguais - ou seja, elas seriam executadas nas mesmas teclas do piano. O Si
maior é igual a Dób maior, Fá# maior = Solb maior e Dó#maior = Réb maior.
Notas que têm nomes diferentes mas soam iguais, são chamadas de
enarmônicas; assim sendo, Si maior e Dó bemol maior, por exemplo, são
tonalidades enarmônicas. Se duas tonalidades maiores não são enarmônicas,
então elas são transposições uma da outra. Transpor significa escrever ou
tocar uma música em uma tonalidade diferente da original (KOSTKA;
DOROTHY, 2015, p. 8).
As armaduras de clave nas figuras22 e 23 devem ser memorizadas não somente pelo
número de acidentes envolvidos, mas também a sua ordem e local de escrita no pentagrama.
Note que o padrão de posicionamento dos sustenidos no pentagrama muda no quinto
sustenido para ambas as claves de sol e clave de fá. Procure repetir a ordem dos acidentes
para os sustenidos (FCGDAEB) e para os bemóis(BEADGCF) até que você se sinta confiante
com ela (KOSTKA; DOROTHY, 2015, p. 8). A tabela 6, então, apresenta os acidentes e a
maneira da sua organização ou ordenamento.
LIÇÕES 7 - 8
Conteúdo: Exercícios (escalas maiores).
Objetivo: - Exercitar as escalas maiores.
10. Construa tonalidades das escalas maiores naturais (C, C#/Db, D#/Eb, E, E#, F, F#/Gb, G,
G#/Ab, A, A#/Bb, B/B#) tendo em conta seu molde, estrutura ou fórmula. Escreva cada
escala duas vezes. Na primeira versão, use acidentes locais ou ocorrentes. Na segunda versão,
coloque a armadura no início da pauta ou fixos.
11. Em seguida construa as escalas maiores artificiais (C, C#/Db, D#/Eb, E, E#, F, F#/Gb, G,
G#/Ab, A, A#/Bb, B/B#). Coloque a armadura no início da pauta e destaque a nota
característica localmente.
12. Execute no seu instrumento as escalas constuidas em 10 e 11 e compare auditivamente e
reflexivamnte a sua sonoridade.
13. Providencie para aula a obra Take the “A” train (jazz standard de Duke Ellington)
arranjada por Nancy Faber e Randall Faber (2011, p. 4-7).
13.1. Como se chama o agrupamento elegido por Duke Ellington?______________________
13.2. Qual é a fórmula do compasso grafada nesse jazz standard?______________________
13.3. Que tipo de métrica foi determinado?________________________________________
1.3.3. Apresente o padrão de acento métrico usado? Demostre outros elementos culturais
rítmicos caso existam._________________________________________________________
13.13. Execute o ritmo proposto no arranjo, separadamente, e depois coordene as duas mãos.
13.14. Diga o nome das notas com um pulso constante e posteriormente com uma velocidade
rápida possível. Nos casos de notas simultaneas, leia-as de baixo para cima
13.15. Oiça um ritmo executado pelo professor e represente-o na pauta musical.
LIÇÕES 9 - 10
Conteúdo: Escalas menores (natural, harmónica e melódica), escalas homónimas e relativas.
Armaduras de claves das tonalidades menores.
Objetivo: - Reconhecer e entoar as diversas tonalidades menores, bem como as escalas
homónimas e relativas.
Escalas menores
A abordagem das escalas menores será baseada nas escalas homónimas. Escalas
homónimas são aquelas que têm a mesma tónica, contudo modos diferentes. Portanto, “se
uma escala maior e uma escala menor compartilham o mesmo I grau, como o fazem as
escalas de Dó Maior e dó menor, por exemplo, elas são chamadas de homónimas.
Poderíamos dizer que Dó Maior é o homónimo maior de dó menor” (KOSTKA; DOROTHY,
2015, p. 13).
Menor Natural
A escala menor natural é parecida com a escala maior, mas ela apresenta o III, VI e
VIII abaixados (figura 24).
Figura 24: Escala menor natural e sua relação intervalar com tónica.
A escala menor é constituída pelo seguinte padrão intervalar TSTTSTT (figura 25).
Menor Harmónica
Figura 25: Escala menor harmónica e sua relação dos intervalar com a tónica.
A escala menor é constituída pelo seguinte padrão intervalar TSTTSTSS (figura 26).
Menor Melódica
KÁROLYI, 1965, p. 64). A forma ascendente da escala menor melódica é como uma escala
maior, com o III grau abaixado (figura 27). A forma descendente da escala menor melódica é
a mesma da escala menor natural, por isso não merecerá uma abordagem exaustiva.
Figura 27: Escala menor melódica e sua relação dos intervalar com a tónica.
A escala menor é constituída pelo seguinte padrão intervalar TTSTTTTS (figura 28).
Muitos casos vivenciados nas aulas de teoria musical demostraram que é mais fácil
aprender as escalas menores em termos de suas relativas maiores, como está no diagrama do
ciclo de quintas acima, do que em termos de suas homónimas maiores, que foi como as
escalas menores foram introduzidas. “Ao usar a abordagem da relativa maior, lembre-se que
a armadura de clave para qualquer escala menor está de acordo com a escala menor natural e
que os acidentes devem ser usados no pentagrama de acordo com sua variante” (KOSTKA;
DOROTHY, 2015, p. 13).
Particularmente, é relevante alterar ascendentemente o VII da escala menor natural
para produzir a escala menor harmónica e alterar ascendentemente o VI e VII graus da escala
menor natural para obter a forma ascendente da escala menor melódica, como á foi
apresentado.
Kostka; Dorothy (2015, p. 13) afirma que “é muito importante praticar fielmente
todas as escalas maiores e menores em um instrumento, até que elas se tornem padrões
memorizados. Uma compreensão intelectual de escalas não substitui a familiaridade táctil e
aural que resultará dessas horas de prática”.
1. Escreva as escalas especificadas usando acidentes. Não use armadura de clave. Mostre o
local dos tons e semitons, como no exemplo abaixo.
6.11. Diga o nome das notas com um pulso constante e com uma velocidade rápida possivel.
6.12. Execute ritmicamente e melodicamente os trechos dados nas figuras 8 e 9. Trabalhe
separadamente, e em seguida coordene as duas partes.
6.11. Oiça um ritmo executado pelo professor e represente-o na pauta musical.
6.13. Oiça uma melodia executada pelo professor e represente-o na pauta musical.
6.14. Construa as tonalidades das escalas menores (C, C#/Db, D#/Eb, E, E#, F, F#/Gb, G,
G#/Ab, A, A#/Bb, B/B#) tendo em conta seu molde ou padrão, estrutura ou fórmula. Escreva
cada escala três vezes. Todas escalas devem ser grafadas sob uma armadura na clave
(acidentes fixos), sendo que as notas características da escala menor harmónica e melódica
devem estar sob efeito de acidentes locais ou ocorrentes
6.15. Execute no seu instrumento as escalas constuidas em 6.14 e compare auditivamente e
reflexivamnte a sua sonoridade.
7.1. Canta-a nas escalas maiores natural e artificial, menor antiga (natural) e harmónica. Até
aqui não trabalhamos com a escala menor melódica, pois ela é uma escala híbrida, ou seja,
ela advém da combinação de duas escalas.
7.2. Prossiga com este exercício para outras tonalidades obedecendo o ciclo das quintas.
Tenha o cuidado de trabalhar um acidente na forma ascendente e assim também o fazer na
forma descendente. Nunca trabalhar todo ciclo descendente sem trabalhar simultaneamente o
ascendente, ou vice-versa. É importante selecionar as obras de trabalho com muita
inteligência - elas devem conter o III, VI e VII, pois são os graus que sofrem uma
transformação até então.
Entende-se que para construimos uma escala maior com sustenidos, colocamos a
tónica dada, depois determinamos o número de acidentes através da sétima desta escala/tom.
1
As notas musicais podem ser representadas através do alfabeto musical: Lá=A, Si=B, Dó=C, Ré=D, Mi=E,
Fá=F, Sol=G, Lá=A. Essa ordem de concepção foi motivada pelo uso do diapasão, um instrumento metálico
utilizado para auxiliar na afinação de instrumentos musicais e vozes. O diapasão tem a forma de uma
forquilha (letra "U") e funciona com a vibração sonora. Ao vibrar, o diapasão emite a nota de referência
(Lá=440 hertz) para sintonizar o instrumento musical, afinando-o.
Por exemplo: a escala de Ré maior tem como sétima C, e ao observar a ordem dos sustenidos
vamos verificar que antes de C aparece o F, o que nos leva a constatar que o Ré maior tem 2
sustenidos no F e C. Em outra direção, para construir uma escala com bemóis determinamos
a tonalidade. Tomamos a ordem dos bemóis para identificar a nota que conscinde com tónica
a qual vamos adicionar o próximo acidente para definir o número de acidentes previstos na
escala. Exemplo: A Escala de Ab terá 4 bemóis, pois para além dos 3 bemóis que
determinamos através da tónica adicionamos o bemól a seguir.
Voltando a interpretação dos retângulos dados acima, notamos que por baixo dos tons
maiores estão colocados os seus relativos. Analizando de forma vertical observamos que o
tom maior em relação a sua relativa menor localiza-se à uma terça menor abaixo
(descendente) ou uma sexta maior acima (ascendente); contudo horizontalmente, a partir do
lá menor, obedece intervalo de quinta asccedente para a direita e quinta descendente para a
esquerda. Lembre que as escalas relativas tem a mesma quantidade de acidentes, mas com
modos diferentes. Adicionalmente, repare que o aspecto característico de uma escala maior é
o de que o intervalo entre o I e III graus é de dois tons inteiros enquanto na escala menor a
passagem do I e III graus é caracterizado por um tom inteiro e um semitom.
LIÇÕES 15 - 16
Conteúdo: 1ª Prova.
Objetivos: - Examinar o nível de compreensão dos conteúdos aprendidos.
2
Um tetracorde é uma sequencia de quatro graus conjuntos de uma escala. Para uma escala maior, por exemplo,
temos dois tetracordes consecutivos iguais, cuja distancia entre os graus é de dois tons e um semitom, gerando
tom-tom-semitom para cada tetracorde.
LIÇÕES 17 – 18
Conteúdo: Nomes dos graus da escala;
Exercícios.
Objetivos:- Nomear os graus da escala;
- Exercitar os graus da escala.
Exercícios
1. Traduza esses números em nomes de graus da escala, em voz alta, o mais rápido que
puder. Repita quantas vezes for necessário até obter uma velocidade aceitável. Use qualquer
tonalidade a sua escolha.
2. Fale ou cante os nomes dos graus das escalas em cada exemplo abaixo.
LIÇÕES 19 - 20
Conteúdos: Intervalos.
Objetivos: - Caraterizar e entoar os intervalos.
Intervalo
O intervalo é a diferença de altura entre duas notas; a relação existente entre duas
alturas; o espaço que separa uma altura da outra; a medição da distância de altura entre duas
notas (CARDOSO, MASCARENHAS, 1996, p. 85; MED, 1996, p. 60; KOSTKA;
DOROTHY, 2015, p. 16).
Existem duas partes para qualquer nome de intervalo: a parte numérica e seu sufixo.
Como a figura 33 ilustra, a parte numérica é uma medição de quão longe as notas estão
afastadas verticalmente no pentagrama, sem levar em consideração quais acidentes estão
envolvidos (KOSTKA; DOROTHY, 2015, p. 16). Quanto a quantificação ou denominação os
intervalos podem ser de 2ª, 3ª, 4ª,5ª, 6ª, etc dependendo do número de graus que abrangem.
É importante notar que o intervalo harmónico de uma segunda é escrito com a nota
mais aguda um pouco à direita da nota inferior. Acidentes são escritos da mesma forma para
intervalos harmónicos de segunda, terça ou quarta, se ambos necessitarem de um acidente
(KOSTKA; DOROTHY, 2015, p. 16, ver a figura 38).
As segundas, terças e sétimas são modificadas pelo termo maior (M) ou menor (m).
Os intervalos formados pelos I-II, I-III, I-VI e I-VII na escala maior são todos intervalos
maiores, como é possível ver na figura 41.
Constatamos que uma segunda invertida se torna uma sétima, uma terça se torna uma
sexta, e assim por diante (figura 45).
Fonte:Elaboração do autor.
Esta série é composta por intervalos consecutivos de segundas: as que tem uma
curvalinea são menores (1semitom) e as restantes são maiores.
Todas as terças que começam no Dó, Fá e Sol da série dada são maiores (elas não tem
semitom na sua estutura, têm apenas 2 tons) e as restantes que começam com Ré, Mi, Lá e Si
são menores (têm semitom na sua estrutura).
Todas as quartas da série são justas com exceção de uma que apresenta 3 tons (Fá-
Si=quarta aumentada).
Todas as quintas da série são justas com exceção de uma que apresenta 3 tons (Si-
Fá=quinta diminuta).
A sexta maior (figura 48) fica 1 tom em frente de uma quinta justa (Dó-Sol=quinta
justa + um tom de Sol para Lá) e a menor fica 1 semitom em frente da quinta justa (Mi-
Si=quinta justa + um semitom de Si para Dó).
A sétima maior (figura 49) fica ½ tom abaixo da tónica (Dó-Si, pois ao mudar o
registo da tónica dó para uma oitava acima teremos ½ tom de Si para Dó). A sétima menor
fica 1 tom abaixo da tónica (Ré-Dó, pois ao mudar o registo da tónica dó para uma oitava
acima teremos 1 tom de Dó para Ré).
Neste nível de teoria musical será o suficiente afirmar que terças e sextas maiores e
menores, e quintas e oitavas perfeitas são consonantes. Todos os outros intervalos (segundas
e sétimas maiores e menores) são dissonantes. Segundo Kostka e Dorothy (2015, p. 19)
“Uma exceção é a 4J, que é considerada dissonante somente quando ela ocorre acima da voz
mais grave.
Observação: Assim como temos feito com as escalas, para analisar auditivamente os
vários intervalos é relevante senti los num instrumento musical.
Conteúdo: Exercícios.
Objetivos: - Praticar os intervalos.
Estas quatro lições serão dedicadas para a realização de exercícios que foram
maioritariamente retirados do livro de Kostka e Dorothy (2015).
7. Escreva o intervalo específico abaixo da nota dada. (Você poderá achar útil inverter o
intervalo primeiro em alguns casos).
9. Todos os intervalos abaixo são uníssono, quartas, quintas ou oitavas. Escreva “J” no
espaço dado somente se o intervalo é justo.
10. Todos os intervalos abaixo são segundas, terças, sextas ou sétimas. Escreva “M” ou “m”
no espaço dado.
12. A maioria dos intervalos abaixo são aumentados ou diminutos. Classifique cada intervalo.
14. Embaixo de cada um dos intervalos harmônicos, indique se ele é consonante (“C”),
dissonante (“D”).
15. Cante os diferentes intervalos a partir de uma nota sugerida pelo professor.
LIÇÕES 25 – 26
Conteúdo: Modos maiores e menores.
Objetivos: - Distinguir os modos maiores e menores.
Modos gregos
No final da Idade Média a maioria dos músicos foi dando notória preferência aos
modos jónio e eólio que posteriormente ficaram populares como Escala maior e Escala
menor. Os demais modos ficaram restritos a poucos casos, mas ainda são observados em
diversos gêneros musicais. O sétimo modo, o lócrio foi criado pelos teóricos da música para
completar o ciclo, mas é de raríssima utilização e pouca aplicabilidade prática.
O modo lócrio existe como padrão intervalar, mas não como modo efetivamente, visto
que a ausência da quinta justa impede que haja sensação de repouso na tríade sobre a nota
fundamental. Por outro lado, tanto a música erudita quanto a música popular do século XX
(marcadamente o jazz) acolheram o uso da quarta aumentada (ou quinta diminuta), pois a
tensão proporcionada pela dissonância pode ser aproveitada com finalidades expressivas. (É
importante observar que embora a quinta diminuta e a quarta aumentada sejam a mesma nota,
desempenham função completamente distinta no acorde. A quinta diminuta faz parte da
triade ou tétrade, ou seja, da estrutura básica do acorde, enquanto a quarta aumentada
desempenha a função de tensão do acorde. A quarta aumentada vem da escala lídia, ou lídia
com sétima menor, enquanto a quinta diminuta vem da escala lócria ou de uma escala
alterada. Os modos podem ser entendidos, por exemplo, como extensão da escala natural de
dó maior.
Modos maiores
Existem três modos maiores:
Modo Iónio (Modo Iónico) Cmaj
O modo iónico (jônico) – é um modo maior (terça maior entre os graus I e III). Não
existe intervalo característico, pois o modo é idêntico à escala C maior/ forma primitiva
(MED, 1996, p. 169, figura 50).
O modo lídio é um modo maior (terça maior entre os graus I e III). O intervalo
característico é 4ª aum (MED, 1996, p. 167, figura 51).
Modo Mixolídio G7
O modo Mixolídio é um modo maior (terça maior entre os graus I e III). O intervalo
característico é 7ªm (MED, 1996, p. 168, figura 53).
Modos menores
Existem quatro modos menores:
Modo Eólio A-7(b13)
O modo eólio é o modo menor (terça menor entre os graus I e III). Não existe
intervalo característico, pois o modo eólio é idêntico à escala A menor – forma primitiva
(MED, 1996, p. 169, ver a figura 55).
O modo dórico é um modo menor (terça menor entre os graus I e III). O intervalo
característico é de 6ªM (MED, 1996, p. 167, figura 57).
O modo frígio é o modo menor (terça menor entre os graus I e III). O intervalo
característico e 2ª menor (MED, 1996, p. 167, figura 59).
completamente distinta no acorde. A quinta diminuta faz parte da triade ou tétrade, ou seja,
da estrutura básica do acorde, enquanto a quarta aumentada desempenha a função de tensão
do acorde. A quarta aumentada vem da escala lídia, ou lídia com sétima menor3, enquanto a
quinta diminuta vem da escala lócria ou de uma escala alterada. Por não fazer parte da
estrutura do acorde, os músicos preferem chamar a quarta aumentada de décima primeira
aumentada, ou, simplesmente, #11, deixando bem claro se tratar de uma tensão. Já a quinta
diminuta recebe esta denominação e costuma ser grafada como b5).
Observação – Existe sempre uma única nota diferencial, comparando com a escala de
mesma tónica e mesmo tipo; - os intervalos característicos são também chamados de sexta
dórica (6ªM), segunda frigia (2ªm), quarta Lídia (4ªaum) e sétima mixolídio (7ªm) - (MED,
1996, p. 168). Um exemplo da cancão folclórica pode ser encontrado na pagina 170.
3
Esta escala será desenvolvida quando estivermos a trabalhar os modos da escala menor melódica.
LICOES 27 e 28
Conteudo: Exercícios.
2.1. Execute-na obedecendo os moldes dados pelos modos gregorianos. Selecione outras
obras e trabalhe nesse método. Bom trabalho, o seu sucesso depende de você.
LIÇOES 29 - 30
Conteúdo: Transposição.
Objetivo: - Transpor trechos musicais para outras tonalidades.
Transposição
A Transposição consiste em grafar, ler, tocar ou cantar uma melodia em outra altura
ou num outro tom, diferente da transcrição que consiste em grafar na mesma altura, usando
um sistema diferente, por exemplo, uma outra clave (MED, 1996, p. 176).
Tanto a transcrição como a transposição conservam o modo e a estrutura melódico-
rítmica da música. A transposiçção modifica a altura absoluta dos sons, mas conserva os
intervalos entre as notas e suas funções (MED, 1996, p. 176).
Exercícios
1.Observe a canção folclórica retirada do livro de Teoria de Música (MED, 1996, p. 169).
LIÇÕES 31 - 32
Conteúdo: Correção da prova.
Apresentação do plano de TM III.
Objetivos: - Revisar os conteúdos;
- Apresentar o plano de TM III.
Nesta aula será feita a revisão de todo semestre, apresentação dos resultados,
apresentação do plano de TM III e preparação do Exame da primeira época.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Disciplina de Teoria da Música III foi uma parte que dá continuidade da teoria de
musica I e II com um conjunto de amplo de competências e conhecimentos que devem ser
estimuladas(os) de forma aprofundada e desenvolvida nos níveis subsequente com vista à
abertura a vários mundos musicais tradicionais e contemporâneos reflexivamente. Lembre
sempre que “Para se tornar um bom músico ou pedagogo é necessário um pouco de talento e
inspiração, muito estudo e perseverança, humildade para reconhecer as suas deficiência, e
muito esforço e paciência para vencê-las” Med (1996, p. 397, grifo meu).
Espera-se que durante as suas férias prepare os conteúdos da Teoria de Música IV:
escalas, acordes maiores e menores, encadeamentos e hierarquia dos acordes numa
tonalidade.
BIBLIOGRAFIA