Você está na página 1de 65

PERCEPÇÃO I

Prof.ª Lourdes Saraiva

UDESC
1
ÍNDICE

SOLFEJO / Bohumil Med .......................................................................... 3


INTRODUÇÃO.................................................................................. 3
1ª AULA..............................................................................................7
2ª AULA..............................................................................................9
3ª AULA............................................................................................10
4ª AULA............................................................................................15
5ª AULA............................................................................................17
6ª AULA............................................................................................19
7ª AULA............................................................................................20

SOL BERKOWITZ................................................................................... 23
MELODIAS.......................................................................................23
DUETOS.......................................................................................... .45

Método PRINCE ....................................................................................... 53

RÍTMICA - GRAMANI ........................................................................... 60


SÉRIES..............................................................................................60
ESTRUTURAS DE PULSAÇÕES...................................................63

Digitalização e edição de textos e partituras: Rafael Prim Meurer.


2
SOLFEJO / Bohumil Med

INTRODUÇÃO

Solfejar significa: Cantar as notas (melodias) escritas.


A instrução ou cultura musical começa com a leitura das notas. Mas, somente a
leitura, sem a idéia sonora, não resolve. É indispensável, para o músico, ouvir
internamente o som da escrita musical.
O treino do solfejo, juntamente com os estudos rítmicos e de ouvido (ditados), é a
maneira mais aconselhável para a aprendizagem da imaginação musical e
desenvolvimento da musicalidade. Podemos chamar o “Solfejo” de porta do
pensamento musical consciente.
O Solfejo é importante, não somente para os cantores, mas também para os
instrumentistas, que devem ter em mente a idéia exata sobre a altura da nota antes dela
ser tocada.
Os regentes e compositores devem, igualmente, cominar este “ouvido interno”,
que explica como o compositor surdo pode compor.
O pré-requisito do Solfejo é o domínio da teoria musical, principalmente dos
intervalos e das escalas. Já contado com este conhecimento teórico, este livro é
puramente prático. A filosofia principal deste trabalho é demonstrar a lógica do solfejo.
Entendendo os princípios do solfejo, poderemos solfejar uma melodia desconhecida. O
maior erro será decorar os exercícios.
O método apresentado neste trabalho, foi testado durante anos, dando resultados
positivos até mesmo com alunos não acostumados ao sistema de semi-tons (alunos de
origem oriental), ou com alunos considerados musicalmente incapazes.

O MÉTODO APRESENTADO NESTE TRABALHO CONSISTE EM:

1. Solfejo tonal;
2. Solfejo atonal (por intervalos);
3. Combinação de ambos

1) SOLFEJO TONAL

Entendemos todas as notas da melodia como graus de determinado tom. Os graus


principais ou básicos são: 1º, 3º e 5º grau, ou seja, os graus que formam o acorde de
Quinta da Tônica. Os restantes: 2º, 4º, 6º e 7º graus, são chamados de graus secundários
ou dependentes. Os graus secundários são deduzidos dos graus principais.

Solfejaremos, não as notas absolutas, mas os graus que as notas representam em


determinado tom. Isso significa que precisaremos aprender a solfejar somente uma

3
escala maior e aplicá-la em várias alturas (consequentemente, as armaduras serão
diferentes); uma escala menor para cada forma etc.
A primeira grande vantagem deste sistema é: O aluno solfeja, desde a 1ª aula, em
todos os tons. A segunda grande vantagem é: O aluno desenvolve o sentido funcional-
tonal, o que o ajuda na harmonia. Todo o trabalho é dirigido para desenvolver o “ouvido
relativo”, mais acessível para a maioria dos alunos, do que o “ouvido absoluto”.
Outra vantagem é que o método tonal possibilita solfejar com a maior pureza,
aproximando-se do sistema natural (não temperado).
Um pouco problemática é a nomenclatura. Nas línguas onde as notas chamam-se
C, D, E etc., as sílabas dó, ré, mie, etc. são usadas no sentido de 1º, 2º e 3º grau. O aluno
então canta:

Em português, estas sílabas expressam o próprio nome da nota e, para evitar


confusão maior, optamos pela pronúncia dos números correspondentes a determinado
grau.

Inicialmente, pronunciaremos – rigorosamente – estes números. Posteriormente,


substituí-los-emos por uma sílaba neutra (por ex. “lá”). Mas evitaremos, sempre,
pronunciar o nome real da nota.

2) SOLFEJO ATONAL ou SOLFEJO POR INTERVALOS.

Entendemos a melodia como a série dos intervalos. Dominando o solfejo dos


intervalos isolados, aplicamo-los na melodia, alternadamente.

O solfejo de palavra como, por ex.: “Terça Maior”, etc. não é prático. Optamos
pela pronúncia dos “modelos” dos intervalos. Por ex.: Qualquer Terça Maior ascendente
é como se fosse “dó-mi”, qualquer quinta justa descendente “sol-dó”, etc.
Inicialmente pronunciaremos, rigorosamente, estes “modelos”. Posteriormente
substituí-los-emos por uma sílaba neutra. Mas evitaremos, sempre, pronunciar o nome
real da nota.

4
As primeiras aulas do solfejo por intervalos são difíceis, mas, durante o curso, este
solfejo torna-se mais fácil do que o tonal.
O maior perigo é que, um intervalo cantado errado, causa o erro da altura no resto
da melodia.

3) COMBINAÇÃO DOS DOIS MÉTODOS

É o ideal, e garante maior segurança (quase absoluta) do solfejo.

A Complementação do solfejo é: exercícios auditivos e ditados musicais.

a) Exercícios auditivos podem ser, por exemplo: Reconhecer os graus da melodia


tocada; reconhecer os intervalos ou acordes tocados; ou reconhecer e definir
os erros (propositais) na melodia tocada pelo professor.
b) Ditado é a inversão da realização. Na realização lemos o exercício e cantamos.
No ditado, ouvimos e anotamos. O método de assimilação é o mesmo.
O ditado deve conter somente os elementos das aulas já dadas, sendo, assim,
variação dos exercícios da aula correspondente. Só a melodia, que o aluno já é
capaz de solfejar pode ser dada como ditado.

AS MELODIAS À DUAS OU MAIS VOZES REALIZAREMOS:

1) Dividimos a sala em grupos;


2) O aluno canta sozinho (duas vozes – dois alunos etc.);
3) O aluno canta sozinho a sua voz e toca no piano (ele ou o professor) as vozes
restantes.

OBSERVAÇÕES:
1) Cantando um aluno só, os outros alunos participam controlando-o e apontando
os erros.
2) O piano é usado somente como meio de controle. Evitaremos decorar os
exercícios (= método papagaio).
3) O professor pode criar outras melodias com determinados elementos ou alterar
os exercícios deste livro (solfejá-los ao contrário, ou pular sempre uma nota
etc.).
4) Os exercícios de memória também são importantes. O professor toca uma
melodia (em princípio, curta) e os alunos repetem-na cantando.
5) É aconselhável completar o solfejo dos “exercícios” com os solfejos “à
primeira vista” (escolhendo músicas até o nível alcançado pelo aluno).
6) Solfejo com “obstáculo”. O professor toca acordes ou melodias dissonantes
com a melodia solfejada pelo aluno.

ALGUMAS INFORMAÇÕES SOBRE A METODOLOGIA DESTE LIVRO.

5
1ª aula: Solfejo tonal – Escala Maior – Graus principais – 1º,3º 3 5º graus. Cantaremos
pronunciando rigorosamente os números correspondentes a cada grau. Os
apoios serão os graus não existentes na melodia. No início cantá-los-emos em
meia voz, para maior segurança da entonação. Posteriormente, só
imaginaremos os apoios em caso de dúvida.

Obs: Atenção com o 3º grau, que tem a tendência de ser desafinado para baixo.

2ª aula: Solfejo tonal – Acrescentamos o 3º grau agudo e o 5º grau grave.

3ª aula: Solfejo atonal – Os intervalos 3ªM, 3ªm, 5ªj, 8ªj.


1º - 3º grau forma a 3ª Maior. Modelo ascendente é dó-mi e descendente mi-dó.
Aplicaremos esta pronúncia do modelo para toda a 3ª Maior. Quaisquer que
sejam as notas reais que a formam.
Procederemos da mesma forma com todos os intervalos nesta aula.
3ª menor: ascendente – modelo mi-sol, descendente sol-mi.
5ª justa: ascendente – modelo dó-sol, descendente sol-dó.
8ª justa: ascendente – modelo dó-dó, descendente dó-dó.
Treinaremos, primeiramente, os intervalos isolados. Dominados estes,
cantaremos a chamada “ginástica dos intervalos”. (página 12, em cima do nº1):
solfejaremos 3ªm asc. e desc. da nota, seguindo-se da 3ª M asc. e desc. e a 5ªj
asc. e desc.

Nos exercícios nº1, 2, 3: Solfejaremos o 1º intervalo. A altura da nota final do


primeiro intervalo é a altura da 1ª nota do segundo intervalo etc.
Nos exercícios nº4 – 11: primeiramente analisaremos os intervalos (podendo-se
anotar com o lápis esta classificação), transformando-os, assim, em exercícios
tipo nº 1, 2, 3. Solfejaremos pronunciando os “modelos” para cada intervalo, e
não os nomes reais das notas!!!

4ª aula: Solfejo tonal – 7º grau – a Sensível, tendo como apoio o 1º grau.

5ª aula: Solfejo atonal – 2ª menor, modelo si-dó ascendente e dó-si descendente.

Na “ginástica” acrescentaremos a 2ª menor.

6ª aula: Solfejo tonal – 2º grau – Supertônica, tendo como apoio ou o 1º ou o 3º grau.

7ª aula: Solfejo atonal – 2ª Maior Modelo dó-ré e ré-dó.

6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
Sol Berkovits

23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
Método Prince

53
54
55
56
57
58
59
RÍTMICA - GRAMANI

60
61
62
63
64
65

Você também pode gostar