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APOSTILA CURSO

APOSTILA CURSO

TEORIA MUSICAL
PRODUZINDO PARA
TECHNO
MÚSICA ELETRÔNICA
SUMÁRIO

1. A base - Introdução .............................................. 5

Aula 1 - Bem-Vindo
Aula 2 - Como esse curso está estruturado
Aula 3 - Teoria X Prática

2. A base - Conceitos Iniciais .................................. 7

Aula 1 - Melodia X Harmonia X Ritmo


Aula 2 - O que é uma escala
Aula 3 - Notas e seus nomes
Aula 4 - Escala Maior natural
Aula 5 - Intervalos Musicais
Aula 6 - Trítono
Aula 7 - Transpondo para qualquer tonalidade
Aula 8 - Escala Menor natural
Aula 9 - Ciclo de quintas e Escala Menor relativa

3. Harmonia - Campo Harmônico .......................... 44

Aula 1 - Introdução aos acordes


Aula 2 - Tríades
Aula 3 - Tétrades
Aula 4 - Inversão de acordes
Aula 5 - Separando o grave das outras notas

4. Harmonia - Sofisticando os Acordes ..................... 90

Aula 1 - Notas de extensão


Aula 2 - Notas evitadas
Aula 3 - Acordes suspensos

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SUMÁRIO

5. Harmonia - Construindo a Harmonia .................. 98

Aula 1 - Função harmônica


Aula 2 - Cadências
Aula 3 - Cadência perfeita (2-5-1)
Aula 4 - Outras cadências (imperfeita, plagal, deceptiva e meia-cadência
Aula 5 - Voicing
Aula 6 - Instrumentação

6. Harmonia - Aperfeiçoando a Harmonia ............ 127

Aula 1 - Revisando os conceitos


Aula 2 - Construindo do zero
Aula 3 - Substituição de acordes
Aula 4 - Acordes de passagem
Aula 5 - Dominantes secundárias
Aula 6 - Modulação
Aula 7 - Acorde de empréstimo modal (pt 1)
Aula 8 - Distribuindo a harmonia na música

7. Melodia - Fundamentos da Melodia .................. 172

Aula 1 - O que é a melodia


Aula 2 - Motivo X Melodia
Aula 3 - Centro tonal
Aula 4 - Métrica das boas melodias
Aula 5 - Pergunta e Resposta

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SUMÁRIO

8. Melodia - Construindo a Melodia ...................... 187

Aula 1 - Escala pentatônica maior


Aula 2 - Escala pentatônica menor
Aula 3 - Escala pentatônica japonesa (Hirajōshi)
Aula 4 - Arpejos
Aula 5 - Adicionando groove a melodia
Aula 6 - Montando a harmonia a partir da melodia

9. Melodia - Modos Gregos .................................. 215

Aula 1 - O que são Modos Gregos


Aula 2 - Modos maiores
Aula 3 - Modos menores
Aula 4 - Maior e menor relativa nos Modos Gregos
Aula 5 - Modos gregos na prática
Aula 6 - Acorde de empréstimo modal (pt 2)

10. Melodia - Outras Escalas ................................. 235

Aula 1 - Escala menor harmônica


Aula 2 - Escala menor melódica
Aula 3 - Escala do Blues

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SUMÁRIO

11. Conclusão - Teoria Musical na Prática ............ 244

Aula 1 - Pop com vocal


Aula 2 - Melodic Techno
Aula 3 - Deep/Afro House
Aula 4 - Progressive House
Aula 5 - Trip Hop / Breaks

12. Conclusão - Considerações Finais .................. 272

Aula 1 - ToneGym
Aula 2 - Conclusão

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A BASE - INTRODUÇÃO

Aula 1 - BEM-VINDO

Teoria Musical, ou o estudo da música, é algo aplicável a qualquer tipo de som


que vá ser criado, seja algum tipo de Techno Industrial ou até mesmo Música
Erudita. Porém, esse curso ficou nomeado como “Teoria Musical para Música
Eletrônica”, pois todos os ensinamentos e exemplos serão aplicáveis a música
eletrônica, e principalmente para quem faz música utilizando o computador, ou
seja, dentro de algum software (DAW). Inclusive, saiba que a maioria dos
exemplos serão demonstrados utilizando o Piano Roll e a ferramenta “lápis” do
Live, o que permitirá que você aplique isso em qualquer outro software (DAW).
Neste curso você também irá aprender e descobrir por que as músicas do
David Guetta, que usam acordes simples, fazem tanto sucesso e as suas, que
também faz uso de acordes simples, não tem sucesso. Descobrirá os “segredos”
por trás de algo simples ser bem eficiente, utilizando notas fora da escala de
forma correta.

Aula 2 - COMO ESSE CURSO ESTÁ ESTRUTURADO

Esse curso foi estruturado em 3 partes. Na primeira você irá ter contato com os
diversos nomes e funções que existem dentro da teoria musical, então você
saberá o que são as notas musicais, as escalas musicais, as tonalidades, como
construir as escalas naturais, temas que talvez você já conheça mas que vale a
pena rever para ter esse conhecimento firmemente internalizado em si. A segunda
parte do curso será focada em acordes e harmonias, uma parte irá te ensinar
claramente quais notas combinam bem entre si, e que conforme suas
combinações gerarão sensações específicas, permitindo que você utilize de forma
consciente em determinados momentos. Por fim, a terceira parte será focado em
melodia, que quando criada de forma correta faz com que seu espectador ou
público lembre da sua música posteriormente, é o que deixa a marca registrada
do seu som.

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A BASE - INTRODUÇÃO

Aula 3 - TEORIA X PRÁTICA

Semelhante ao estudo de síntese sonora, mixagem e masterização, para que


você domine a teoria musical terá que equilibrar o estudo e a prática ao mesmo
tempo. Nossa recomendação para que você consiga internalizar cada tema, é
você ler ou assistir cada capítulo deste curso e praticá-lo até sentir um certo
domínio. Depois de sentir esse “domínio” você parte para o próximo capítulo e
repete o mesmo processo de prática. Fazemos essa recomendação pois teoria
musical contém vários detalhes para ser aprendido, então será impossível você
assistir todos os capítulos de forma direta e lembrar de todos eles ao final do
curso, o ideal é que você equilibre entre estudar e praticar, evoluindo sua
sensibilidade auditiva durante seu processo de produção, assim como mixar ou
masterizar uma música, mas na teoria musical você começará a entender as
sensações de cada acorde, quais as funções, etc.

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A BASE - CONCEITOS INICIAIS

Aula 1 - MELODIA X HARMONIA X RITMO

Dentro de uma produção musical existem 3 elementos que são responsáveis


por uma composição, um deles é o ritmo, que é responsável pelo groove, pelo
movimento, ou pela rapidez que uma música terá. Outro elemento, é a harmonia,
responsável por ditar a sensação ou sentimento que a música terá. E por fim, a
melodia, que geralmente é responsável por trazer a memorabilidade da música,
fazendo com que ela seja lembrada por conta da melodia.
É possível dizer que a música é criada em 3 partes, a parte rítmica que
inicialmente você com certeza pensará em bateria e percussões, mas não é
apenas isso, pois você pode criar uma cadência de acordes ritmado para
complementar ou “conversar” com a bateria. Ou seja, sua harmonia também pode
ser ritmada, assim como sua melodia. Você verá na parte de melodia que o ritmo
é algo muito importante de se considerar na criação de uma música, mas saiba
que tudo na música pode ser rítmico. Já a harmonia está mais ligada aos acordes
e principalmente em como eles estão dispostos em sua música, gerando
determinada sensação ou sentimento, e os acordes podem ser feitos com 3, 4, 5,
6 ou mais notas, sendo que cada um deles tem uma função harmônica específica.
Porém, quando se fala em harmonia, se trata de ter várias notas sendo tocadas
ao mesmo tempo e essas notas não precisam estar sendo tocadas pelo mesmo
instrumento ou plugin, podem ser diferentes, até porque dificilmente você irá
lembrar da harmonia da música, porém certamente se lembrará da sensação e do
sentimento que a harmonia de determinada música te passa. Por fim, a melodia,
que é muito associada a memorabilidade da música, mas principalmente a
instrumentos como os vocais, a forma como o cantor(a) canta é baseado em uma
melodia, ou seja, cada sílaba ou palavra cantada está associada a uma nota. Isso
define que a melodia é sempre uma nota tocada de cada vez em sequência, é o
que caracteriza uma melodia.

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A BASE - CONCEITOS INICIAIS

Dentre os 3 elementos de uma composição, a harmonia é o único elemento


que não pode ser considerado como plágio quando se copia de alguma música,
diferentemente de uma melodia que se utilizada de forma semelhante ou até
mesmo igual, pode ser considerado plágio, ou seja, um crime de direito autoral.
Então se você deseja fazer uma música eletrônica utilizando a melodia de um
rock por exemplo, você precisa ter autorização dos portadores do direito autoral
desse rock, assim como se você fosse querer utilizar o vocal dessa música, ou até
mesmo copiar a letra e gravar com outra pessoa, tudo isso pode ser considerado
plágio e é necessário autorização para utilizar.

Aula 2 - O QUE É UMA ESCALA

Escala é um conjunto de 7 notas preferidas que quando tocadas juntas soam


agradáveis aos ouvidos. Isso de deve pois existe uma distância matemática entre
elas que faz com que isso soe bem, claro, estamos falando apenas da música
ocidental.
A Escala carrega junto com ela a tonalidade, e a tonalidade se refere a alguma
nota que representará a escala, sendo que ela pode ser Maior Natural ou Menor
Natural, podendo ir além, pois existem outras escalas e modos que são derivados
dessas duas principais, algo que será visto próximo ao final deste curso.
A Escala Maior Natural e a Menor Natural possuem diferenças, e é possível
dizer que a Escala Maior Natural possibilitará que você crie sensações mais
felizes e alegres durante uma composição, enquanto a Menor Natural irá trazer
sensações melancólicas, reflexivas, mas isso dependerá muito da sua cadência
de acordes, algo que você entenderá posteriormente no curso. Saiba que a
grande maioria das músicas pops são criadas na Escala Maior Natural, por isso a
grande maioria delas soam tão felizes, enquanto alguns estilos de música
eletrônica se baseiam na Escala Menor Natural, criando algo mais sentimental e
melancólico, as vezes até sombroso dependendo do estilo.

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A BASE - CONCEITOS INICIAIS

Aula 3 - NOTAS E SEUS NOMES

Na música ocidental e em português você talvez já saiba as notas, mas vale


reforçar que elas são: Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si e começa novamente em Dó
repetindo a sequência novamente. Essa repetição das notas estará uma oitava
acima das anteriores, o que quer dizer que essas notas estarão com o dobro de
frequência das anteriores, logo, mais agudas, no contrário elas terão a metade do
valor da frequência e estarão mais graves. No Piano Roll do Live você consegue
reparar essa divisão de oitavas olhando pela cifra C, que representa o Dó, e o
número a frente de cada C (Dó) se refere a oitava. Veja as marcações na imagem
a seguir para entender melhor.

Sabendo que as notas são Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si e se repete novamente
uma oitava acima ou abaixo, se você contar as notas existentes entre uma oitava
e outra verá que existem 12 notas e dentro dessas 12 notas você notará que
algumas se repetem com um símbolo. Logo, se você não levar em consideração
as notas que se repetem, você notará que existem apenas 7 notas que são
diferentes, são elas:

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A BASE - CONCEITOS INICIAIS

C que é Dó, D que é Ré, E que é Mi, F que é Fá, G que é Sol, A que é Lá e B que
é Si. Elas são representadas em letras pois esse é o nome mundial para as notas
musicais em inglês, logo, se você for conversar com algum gringo sobre as notas
musicais, você deverá falar as letras e não Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá e Si como é no
Brasil. Caso você esteja vendo esse tipo de assunto pela primeira vez, talvez seja
confuso pensar que a sequência de notas em inglês não começa na sequência
alfabética, mas saiba que com o tempo você irá decorar e ter esse conhecimento
de forma automática.

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A BASE - CONCEITOS INICIAIS

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A BASE - CONCEITOS INICIAIS

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A BASE - CONCEITOS INICIAIS

Se você reparar nas marcações anteriores, irá perceber duas coisas: primeiro
é que são 7 notas, e segundo é que todas essas notas ocupam as “teclas”
brancas do Piano Roll, o que caracteriza uma escala musical, que neste caso é a
"Escala de Dó Maior", um assunto que será aprofundado na próxima aula.
Além das notas brancas, que são as que não se repetem e não tem um
símbolo na frente, existem as notas pretas que são apresentadas com o nome
das mesmas notas anteriores, porém com o acréscimo do símbolo. Essas notas
pretas são chamadas de acidentes e algumas escalas musicais fazem uso desses
acidentes, porém a nota preta sempre irá substituir uma nota da tecla branca, isso
quer dizer que, se em uma escala musical sempre terá 7 notas e elas devem ir de
Dó a Si, quando você estiver em uma escala que fará uso de notas pretas, devem
existir as mesmas 7 notas de Dó as Si, porém algumas delas serão substituídas
pelas pretas/acidentes. Mesmo se sua escala iniciar em Sol, que no Piano Roll é
G, sua escala musical terá as mesmas 7 notas, porém iniciando em G. Ou seja: G
(Sol), A (Lá), B (Si), C (Dó), D (Ré), E (Mi), F (Fá) e se repetiria no G (Sol)
novamente, porém estaria uma oitava acima. Em outras palavras, as notas nunca
se repetirão, independente de onde é seu início. As vezes serão todas as brancas
e as vezes não, pois podem ser substituídas pelos acidentes dependendo da sua
escala, por exemplo: continuando com o exemplo de iniciar a escala pela nota Sol
(G) e desejar ter a Escala de Sol Maior, você terá as notas, G (Sol), A (Lá), B (Si),
C (Dó), D (Ré), E (Mi), F# (Fá#), ou seja, o seu último Fá (F) seria F# (Fá#), uma
tecla preta, logo você entenderá o porque disso, mas o mais importante é que
você entenda que independente de qual nota for utilizar, toda escala musical
sempre deverá ter as 7 notas, Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si, dependerá da escala
para saber se será de notas brancas, também chamadas de naturais, ou notas
pretas, chamadas de acidentes.

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A BASE - CONCEITOS INICIAIS

No caso de uma escala fazer uso dos acidentes, saiba que a nota do acidente
pode ter alguns nomes além da nota que o representa. Por exemplo, no caso
anterior em que Fá (F) recebe o símbolo #, esse símbolo é chamado de
sustenido, ou seja, na escala de Sol Maior haverá o F# (Fá sustenido), porém
saiba que ele também poderia ter uma outra nomenclatura e receber outro tipo de
símbolo que é um “b” minúsculo, que é chamado de “bemol”, ou seja, seria Fb (Fá
bemol) se você olhasse um partitura. Mas os softwares de produção não mostram
esse símbolo no Piano Roll, apenas mostram o #, neste caso para saber quando
é sustenido (#) ou bemol (b), mesmo sem aparecer no software, você pode seguir
o seguinte exemplo: se em sua escala você precisar que a nota seja Sol
sustenido, você deverá pintar a nota preta acima do Sol da nota branca, ou seja,
G# (Sol Sustenido). Agora se em sua escala você precisar de Sol Bemol, você
deverá pintar a nota preta abaixo do Sol da nota branca, ou seja, no Piano Roll
você pintará o F# (Fá Sustenido), mas esse Fá Sustenido será na verdade um Gb
(Sol Bemol). Em outras palavras, sempre que você precisar que a nota seja
bemol, será a nota abaixo, sempre que você quiser sustenido, será a nota acima,
mas o mais importante é que você saiba que toda escala, seja ela Maior ou
Menor, sempre deverá ter as 7 notas da escala, ou seja, em uma escala você não
pode ter Sol (G) e Sol Sustenido (G#), e nem Sol (G) e Sol Bemol (F#), nesse
segundo caso, ou você terá um Fá Sustenido (F#) ou Sol (G), ou Fá Sustenido
(F#) e Sol Sustenido (G#), as notas nunca se repetirão.
A seguir você irá aprender as fórmulas de duas escalas e isso ficará mais fácil
de ser feito corretamente.

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A BASE - CONCEITOS INICIAIS

Aula 4 - ESCALA MAIOR NATURAL

Quando você pensar em escalas a primeira coisa que deve vir a sua mente é
que sempre terá 7 notas que não se repetem, e uma outra principal característica
de uma escala é a distância entre as notas que cada escala possui como padrão,
ou seja, a Escala Maior Natural tem um distanciamento padrão entre as notas, a
Escala Menor também, assim como outras escalas que você conhecerá neste
curso. Sabendo dessa fórmula, isso possibilita que você tenha Escala Maiores a
partir de qualquer nota e principalmente entenda qual o distanciamento que deve
existir entre cada nota para formar uma escala.
Para formar uma Escala Maior Natural você precisará pintar todas as notas
brancas a partir de Dó até Dó da próxima oitava, isso irá corresponder a Escala
de Dó Maior, pois o padrão de distanciando existente entre cada nota branca
pintada de Dó a Dó é a fórmula do distanciamento entre as notas da Escala Maior
Natural, e esse distanciamento é medido por uma distância chamada “Tom" e
“Semitom", sendo que, para se ter 1 Tom é necessário 2 Semitoms, e para ter 1
Semitom é necessário 1/2(meio) Tom, dessa forma você poderá reparar na
distância existente entre cada nota na segunda imagem a seguir e memorizar a
fórmula de distanciamento da Escala Maior, que no exemplo abaixo está aplicado
a partir de Dó. Mas você pode aplicar a fórmula a partir de qualquer outra nota
que irá obter uma escala maior se as notas tiverem o distanciamento da Escala
Maior. No Piano Roll cada linha que representa uma nota é equivalente a 1
Semitom, cada 2 linhas ou notas do Piano Roll equivale a 1 Tom ou 2 Semitoms,
mas o ideal para este caso é 1 Tom, então a distância de Dó para Ré é de 1 Tom
(T), já a distância de Mi para Fá é meio tom, ou seja, 1 Semitom (S).

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A BASE - CONCEITOS INICIAIS

Se você quiser achar outra escala maior, como por exemplo a de Mi, você
deve utilizar a fórmula do distanciamento da Escala Maior a partir de Mi e terá
como resultado a Escala de Mi Maior, veja um exemplo a seguir:

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A BASE - CONCEITOS INICIAIS

Se você arrastar todas as notas de Mi para Dó, verá que a sequência de notas
é igual, o que muda são algumas notas estarem nos acidentes na Escala de Mi
Maior.
Para descobrir se as notas que estão nos acidentes são sustenidos ou bemóis,
você primeiro precisa conferir se existem todas as 7 notas da escala. Nesse
exemplo de Mi a Mi, ou seja, Mi, Fá, Sol, Lá, Si, Dó, Ré, Mi, depois você precisará
reparar se não existem notas repetidas ao desenhar no piano roll, o que no
exemplo a seguir acabou não existindo, então todas as notas que caíram nos
acidentes são sustenidos, conforme a escrita abaixo. Se houvesse 2 notas em Fá,
sendo uma em F(Fá) e outra em F#(Fá Sustenido), provavelmente a que
estivesse em F# na verdade seria Sol Bemol.
Para exemplificar essa ideia acima, a segunda imagem abaixo mostra a Escala
de Fá Maior onde surgiram 2 “Lás” (A), sendo um natural e o outro aparecendo no
acidente, sendo que na verdade o do acidente que aparece com o símbolo de
sustenido (#), corresponde a Si Bemol (Bb), pois lembre-se, precisa sempre existir
as 7 notas da preferida sem se repetir, e considerar os 2 “Lás” (A) faria com que
não existisse o Si, logo ele é o Sib (Bb), que em qualquer Piano Roll aparecerá
como A#.

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A BASE - CONCEITOS INICIAIS

Aula 5 - INTERVALOS MUSICAIS

Intervalo musical é um conceito muito importante de se entender na teoria


musical, pois ele é a base para muitas funções existentes nesse estudo, conhecer
os intervalos irá facilitar a aplicação de diversos conceitos da teoria musical,
portanto, não avance para a próxima parte sem entender bem esse conceito.
Quando você pinta as notas referente a escala de Dó Maior, você sabe que é
de Dó Maior por conta da fórmula de distanciamento entre as notas de Tom e
Semitom, mas saiba que esse distanciamento entre elas tem nomes e tudo se
inicia sabendo que cada nota da escala representa um grau, ou seja, sempre a
primeira nota da escala é o 1º Grau. Logo, Dó é o 1º grau, Ré é o 2º grau, Mi é o
3º grau, Fá é o 4º grau, Sol é o 5º grau, Lá é o 6º grau, Si é o 7º grau e Dó uma
oitava acima é o 8º grau.

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A BASE - CONCEITOS INICIAIS

Além dos nomes dados para cada nota de uma escala, elas também recebem
outros nomes importantes para suas características, são eles: maior, menor e
justa. Esses nomes foram atribuídos a alguns graus por conta do estudo de
Pitágoras, há séculos atrás, que chegou à conclusão que só é necessário existir
12 notas musicais, pois além disso haveria uma repetição das mesmas notas,
porém de forma mais aguda ou grave. Ele também concluiu que dentre dessas 12
notas existem 7 que combinam bem entre si e que algumas delas, quando
tocadas juntas, soavam de forma perfeita (justa), e outras não tanto quanto essas,
mas ainda assim tinham uma certa ligação entre elas.
De forma resumida o estudo de Pitágoras concluiu que: os intervalos
existentes dentro de uma oitava, tendo como exemplo a Escala de Dó Maior, de
Dó do 1º grau a Dó do 8º grau, obtêm-se um intervalo de 8º (oitava) justa, pois
ambos quando tocados juntos soam de forma perfeita, assim como como tocar Dó
do 1º grau e Fá do 4º grau também soarão bem encaixados, intervalo que é
chamado de 4º (quarta) justa. Há também a 5º (quinta) justa, quando se toca Dó
do 1º grau e Sol do 5º grau, ambos também soarão de forma “perfeita”.

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A BASE - CONCEITOS INICIAIS

Os outros graus da mesma escala, ou seja, 2º (segunda), 3º (terça), 6º (sexta)


e 7º (sétima) podem ser Maior ou Menor, dependendo da distância entre as notas,
pois esses não soam de forma muito perfeita de acordo com o estudo de
Pitágoras e acabou recebendo nomes diferentes. Esses graus, na posição que
ocupam na Escala Maior, por conta da distância existente recebem o nome de
Maiores, mas se você descer um semitom de todas essas notas, elas se tornarão
graus menores e essa nova distância entre essas notas constituiria uma Escala
Menor, tema para outra aula.

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A BASE - CONCEITOS INICIAIS

Você também pode descer ou subir 1/2(meio) Tom que equivale a um Semitom
dos intervalos justos, porém eles não receberão o nome de Maior ou Menor, eles
passarão de Justos para Aumentado quando subir 1 Semitom, ou se chamarão
Diminuto quando descer 1 Semitom. Essa mesma ideia também pode ser
aplicada para os intervalos Maiores e Menores, se você subir 1 Semitom de um
intervalo Maior, ele passará a ser Aumentado, se você descer 1 Semitom de um
intervalo Menor, ele passará a ser Diminuto.
Saiba que os nomes dos intervalos são sempre iguais independente da escala,
eles só precisam ter uma determinada distância da 1º para ser Maior, Menor ou
Justo. Você decorando que na Escala Maior a distância de Tom e Semitom
existente da 1º para 4º e 5º são sempre Justas, e que da 1º para 2º, 3º, 6º e 7º
são sempre Maiores, quando você descer ou subir 1 Semitom delas (o que
mudará a distância da 1º para elas), a 2º, 3º, 6º e 7º passarão a ser intervalos
Menores quando descer 1 Semitom, e se descer 1 Semitom da 4º ou 5º elas
serão Diminutas, agora se subir elas serão Aumentadas. Saber disso firmemente
facilitará que você tenha facilidade no capítulo de harmonia quando for aprender
sobre os acordes e outras escalas.

Aula 6 - TRÍTONO

O Trítono é um intervalo específico entre que gera muita tensão, inclusive na


idade média esse era um intervalo considerado diabólico.
Quando você tem um intervalo de 1º e 4º grau e 1º e 5º grau, por exemplo, Dó
(C) e Fá (F) ou Dó (C) e Sol (G), você obtêm a 4º Justa ou 5º Justa. Ao subir 1
semitom no 4º grau ou descer 1 semitom no 5º grau, você irá obter o intervalo de
4º Aumentada ou 5º Diminuta, porém esse intervalo também é conhecido como
Trítono, pois existem exatamente 3 toms de distância dessas notas para o 1º
grau, por isso ficou com o nome de Trítono. No Live sempre aparecerá como F#
por conta de um padrão do Piano Roll, mas essa nota também representa o Gb
(Sol bemol) dependendo da escala, o mais importante é você entender a
sensação que esse intervalo causa, que recebe o nome de Trítono, um intervalo
que gera muita tensão para o ouvido humano e sempre pede uma resolução, ou
seja, o ouvido humano “pede” por uma resolução, pois gera um certo incomodo.

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A BASE - CONCEITOS INICIAIS

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A BASE - CONCEITOS INICIAIS

Se você ouvir a "5ª Sinfonia de Beethoven", verá que é uma composição


totalmente baseada no Trítono, ora existe algumas “aliviadas”, mas de forma geral
ela gira em torno do intervalo de Trítono. Você pode ouvir a música clicando no
link abaixo:

5ª SINFONIA DE BEETHOVEN

Aula 7 - TRANSPONDO PARA QUALQUER TONALIDADE

Para que você faça música em qualquer Escala Maior no Live, você pode
iniciar pintando todas as notas referentes a Escala de Dó Maior, ou seja, a partir
de Dó todas as notas brancas, também chamadas de notas naturais.

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A BASE - CONCEITOS INICIAIS

Se no Live você selecionar todas essas notas e arrastar todas 1 semitom


acima ou 1 semitom abaixo, você irá obter a Escala Maior de outra tonalidade,
como por exemplo, a Escala de Ré Maior ao subir 1 Tom de todas as notas.

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A BASE - CONCEITOS INICIAIS

Você também pode arrastar todas até Si, por exemplo, ou seja, o 1º grau será
Si, logo você terá a Escala Maior de Si.

Lembrando que, para que a escala seja Maior, a fórmula dos intervalos ou
distância entre as notas precisam seguir a regra de: (T)om, (T)om, (T)om,
(S)emitom, (T)om, (T)om, (T)om, (S)emitom, mesmo quando houver acidentes,
lembrando que as notas (C) Dó, (D) Ré, (E) Mi, (F) Fá, (G) Sol, (A) Lá e (B) Si não
podem se repetir e devem sempre existir, seja com acidente ou não. Você
também pode conferir se o intervalo de 3º terça, 6º sexta e 7º também são
maiores, pois se eles forem maiores isso também constituirá em uma escala
Maior. Outra forma de saber é que sempre que você aplicar a fórmula da Escala
Maior, a primeira nota, 1º grau, irá se repetir novamente uma oitava acima, 8º
grau, como por exemplo irá de Dó de uma oitava até Dó da próxima oitava.

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A BASE - CONCEITOS INICIAIS

Caso você não se lembre de nenhuma das fórmulas dentro do Live, você pode
pintar todas as notas brancas a partir de Dó e arrastar para qualquer outra nota,
você irá obter a Escala Maior a partir da nota que escolher. Outra coisa que você
pode fazer: suponha que você escolheu obter a escala de Fá Maior, você pode
selecionar todas as notas de Fá Maior e copia-las para uma oitava acima e uma
oitava abaixo ou até mais oitavas, depois você pode arrastá-la para fora do Piano
Roll para que elas não sejam executadas, como uma espécie de “cola” para você
saber as notas corretas, e ainda utilizar o recurso “Fold" do Live para exibir
apenas as notas que pintou, isso fará com que qualquer nota que você desenhe
esteja sempre dentro da Escala de Fá Maior em qualquer altura (oitava).

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A BASE - CONCEITOS INICIAIS

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A BASE - CONCEITOS INICIAIS

Quando você desenhar uma nota fora da escala sem querer, ao utilizar o
recurso Fold e ter feito a “cola” como explicado anteriormente, você irá ver que
haverá uma nota fora da escala quando utilizar o recurso Fold. Veja um exemplo
abaixo:

Aula 8 - ESCALA MENOR NATURAL

Quando você tem a 3º Terça, 6º Sexta e 7º Sétima em posições de intervalos


maiores, ou seja, distância do 1º grau para o 3º, 6º e 7º na Escala Maior, você irá
obter uma Escala Maior. Para que sua escala seja menor bastará você descer um
semitom dessas notas, isso irá constituir uma Escala Menor. No exemplo a seguir
você verá uma Escala de Dó Maior passando a ser Dó Menor.

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A BASE - CONCEITOS INICIAIS

Para você formar a Escala Menor Natural de qualquer outra tonalidade, você
pode decorar a fórmula que passará a existir na Escala Menor Natural, assim
como existe na Escala Maior, mas há diferença de distâncias. Para você saber a
fórmula da Escala Menor Natural, basta você pintar as notas referente a Escala de
Dó Maior, descer 1 semitom da 3º Terça, 6º Sexta e 7º Sétima, e depois contar os
Toms e Semitoms existentes de uma nota para outra.

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A BASE - CONCEITOS INICIAIS

Caso não queira decorar a fórmula, basta você pintar as notas referente a
Escala de Dó Maior, descer 1 semitom da 3º Terça, 6º Sexta e 7º Sétima como
feito no exemplo da imagem anterior e pronto, terá a Escala de Dó Menor Natural.
Para transpor para qualquer outra tonalidade, basta selecionar todas as notas e
arrastar para a tonalidade que desejar, assim como feito na aula anterior, isso te
fará obter a Escala Menor Natural de qualquer outro tom que desejar.
Quando você fizer isso acontecerá um fenômeno interessante. Ao querer a
Escala de Lá Menor Natural por exemplo, você notará que essa é uma escala que
faz uso de todas as notas brancas, ou seja, assim como acontece com a escala
de Dó Maior, porém se você arrastar a fórmula da Escala Menor Natural para Dó,
você verá que na Escala de Dó Menor Natural não são todas as brancas, existirá
acidentes nos intervalos de 3º terça, 6º sexta e 7º sétima, que são justamente os
intervalos que fazem a Escala ser Menor ou Maior. Ou seja, apesar de a Escala
de Dó Maior fazer o mesmo uso das notas da Escala de Lá Menor Natural, o que
fará as escalas serem diferentes são os intervalos de 3º terça, 6º sexta e 7º
sétima. Para ser Escala Maior esses intervalos precisarão ser Maiores, e para ser
Escala Menor Natural esses intervalos precisarão ser menores, mas o que ditará
mais ainda qual escala está sendo utilizada quando se tratar de Dó Maior ou Lá
Menor, será a composição da harmonia e das melodias, dependendo da
sequência existente de intervalos entre as notas tocadas farão toda diferença em
como irá soar e terá total conexão com a escala escolhida.

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A BASE - CONCEITOS INICIAIS

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A BASE - CONCEITOS INICIAIS

Caso você não queira memorizar as fórmulas das escalas e nem precisar
descer 1 semitom da terça, sexta e sétima, você pode pintar todas as brancas a
partir de Dó para obter a escala de Dó Maior, ou pintar todas as brancas a partir
de Lá para obter a escala de Lá menor, depois bastará transpor para qualquer
outra tonalidade que desejar e criar sua música na Escala Maior ou Menor.

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A BASE - CONCEITOS INICIAIS

Para facilitar a utilização das notas da escala, você pode novamente realizar a
mesma técnica de arrastar as notas para antes do início do grid, e depois ligar o
“Fold” para ser exibido apenas as notas pintadas, que são apenas da escala de
Sol Menor, exemplo abaixo:

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A BASE - CONCEITOS INICIAIS

Caso você decida que queira mudar da Escala de Sol menor para a Escala de
Sol Maior, você só precisará subir 1 semitom da 3º terça, 6º sexta e 7º sétima e
pronto, terá a Escala de Sol Maior.
Você não precisa decorar a fórmula da escala Maior ou Menor, parta de Dó
para obter a Escala Maior pintando todas as notas brancas a partir de Dó, ou
parta de Lá para obter a Escala menor Natural pintando todas as notas brancas a
partir de Lá.

Aula 9 - CICLO DE QUINTAS E ESCALA MENOR RELATIVA

Se você for DJ, provavelmente já ouviu falar em Mixagem Harmônica e


também sobre o software Mixed in Key. Mas talvez você pense: “o que isso tem a
ver com Ciclo de Quintas”? A Mixagem Harmônica se baseia em escalas nas
quais as músicas foram produzidas e quando mixadas uma com a outra soam
harmônicas, ou seja, combinam entre si. Se você tem esse conhecimento você
sabe que quando está tocando uma música produzida em “C Major” (Dó Maior),
ela soará harmônica quando for mixada com “G Major” (Sol Maior), também soará
bem com “ F Major” (Fá Maior) e também soará bem se for mixada com alguma
música feita em “A Minor” (Lá menor). Essa última combinação harmônica é muito
interessante, pois mixar uma música feita em Dó Maior também soa bem com Lá
menor, e isso acontece porque uma música feita em qualquer uma das duas
escalas fazem uso das mesmas notas, por isso soam bem harmonicamente, até
mais que Sol Maior e Fá Maior.
A seguir você verá o Camelot Wheel, um guia para saber quais toms
combinam entre si conforme você vai avançando escala por escala.

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A BASE - CONCEITOS INICIAIS

Se você reparar nos toms do Camelot Wheel verá que toda Escala Maior tem
uma correspondente Menor, da mesma forma que Dó Maior tem sua
correspondente Menor (que é Lá menor), esse tipo de acontecimento tem o nome
de relativa, ou seja, toda Escala Maior tem uma Escala Menor Relativa. Caso
você queira saber qual é Escala Menor Relativa de um tom maior qualquer, você
pode olhar o Camelot Wheel para te guiar nesse processo. A seguir você vê a
seta verde indicando quais são as Escalas Menores Relativas das maiores e suas
respectivas tonalidades.

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A BASE - CONCEITOS INICIAIS

Sabendo que toda Escala Maior tem sua Escala Menor Relativa e vice-versa,
se você reparar na roda a seguir verá que essa roda contém 12 posições
diferentes, e “gira” no sentido horário através do Ciclo de Quintas. Ou seja, a cada
intervalo de 5º Quinta você obtém uma nova escala, por isso esse processo se
chama Ciclo de Quintas, independente da escala que estiver, sempre o 5º grau da
escala anterior é a escala seguinte e apenas haverá uma mudança de nota a
cada nova escala através das 5º quintas, ou seja, em Dó Maior você tem todas as
notas brancas, notas naturais, em Sol, você terá apenas uma nota diferente ao
criar a Escala de Sol Maior utilizando a fórmula a partir de Sol, e essa mudança é
no Fá# Sustenido (F#), veja a seguir:

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A BASE - CONCEITOS INICIAIS

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A BASE - CONCEITOS INICIAIS

Sempre que você estiver girando através do Ciclo de Quintas, saiba que em
cada nova escala haverá uma mudança de nota mantendo a mudança da escala
anterior, ou seja, na Escala de Sol Maior o 5º quinto intervalo é a nota Ré (D), se
a partir de Ré você formar uma Escala Maior você verá que continuará existindo o
Fá Sustenido (F#), que existe na Escala de Sol Maior, e passará a existir o Dó
Sustenido (C#).

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A BASE - CONCEITOS INICIAIS

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A BASE - CONCEITOS INICIAIS

Se você continuar girando o Ciclo de Quintas e criar uma Escala Maior a partir
do 5º intervalo da Escala de Ré Maior, ou seja Lá (A), ao formar a escala de Lá
Maior você verá que existirá o acidente de F# que surgiu na Escala de Sol Maior,
existirá o acidente de C# que surgiu na escala de Ré Maior e passará a existir
também o G# que surgirá na Escala de Lá Maior e assim continuará acontecendo
com todas as próximas escalas conforme você gira em torno do ciclo de quintas e
cria diversas Escalas Maiores ou Menores, pois o conceito do ciclo de quintas
vale tanto para Escala Maior quanto para Escala Menor.

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HARMONIA - CAMPO HARMÔNICO

Aula 1 - INTRODUÇÃO AOS ACORDES

A partir deste capítulo o assunto será sobre Harmonia, e este capítulo


abordará os temas iniciais sobre harmonia, que são os acordes e o Campo
Harmônico.
Um Acorde é um conjunto de 3 três ou mais notas tocadas ao mesmo tempo, e
independente da escala que você formar, saiba que qualquer escala terá um
conjunto de 7 acordes, e cada um desses acordes contém uma propriedade
específica em cada escala. Ou seja, a Escala Maior terá acordes com
propriedades diferentes da Escala Menor, mas ambas terão acordes com
propriedades, e mais, os acordes sempre serão formados utilizando as notas
preferidas da escala, ou seja, uma escala sempre terá as 7 notas preferidas, logo
os acordes serão formados através delas.
Depois de saber quais são os acordes, uma outra função dos acordes é criar o
Campo Harmônico, que é um conjunto de acordes formados com as notas da
própria escala. Talvez você já tenha visto a cifra de alguma música em algum
momento da sua vida, essas cifras indicam como tocar a parte harmônica da
música. No exemplo a seguir você vê um exemplo da cifra de uma música do
Avicii – “Wake Up”, inclusive é possível saber qual é a “Key”, ou seja, em qual
tonalidade e escala foi produzida, que nesse caso foi produzida em “Bm”, Escala
de Si Menor. Você irá reparar que em algumas cifras aparece na frente do nome a
letra “m” minúscula, que indica uma acorde menor, assunto para próxima aula, e
verá também que a música inicia tocando a nota fundamental da escala, B (Si) ou
fazendo o acorde que utiliza essa nota fundamental, que no caso é Bm (Si
menor).

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HARMONIA - CAMPO HARMÔNICO

As cifras que indicam os acordes da música do Avicii são acordes formados


apenas com as notas da escala, não faz uso de nada que esteja fora da escala,
ou seja, sem escala não existirá os acordes, pois eles nascem através de uma
escala.

Aula 2 - TRÍADES

O Acorde mais simples de uma escala, é o acorde elaborado utilizando 3


notas, por conta disso ganhou o nome de “Tríade”.
Para que você entenda facilmente a criação dos acordes, você pode partir da
Escala de Dó Maior para criá-los e entendê-los seguindo os ensinamentos dessa
aula, lembrando que a Escala de Dó Maior são todas as notas naturais a partir de
Dó.

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HARMONIA - CAMPO HARMÔNICO

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HARMONIA - CAMPO HARMÔNICO

Você viu anteriormente que um acorde é formado por 3 notas sendo tocadas
ao mesmo tempo, porém saiba que não pode ser qualquer nota, para que você
faça da forma correta você precisará se lembrar que a escala possui graus que
vai do 1º até 8º, e que entre esses graus existe os intervalos entre as notas. Após
relembrar desses conceitos saiba que uma Tríade (acorde com 3 notas) sempre é
formado utilizando a 1º (primeira), 3º (terça) e 5 (quinta). Ou seja, usando como
exemplo a Escala de Dó Maior, a partir de Dó, que é a 1º (primeira) dos graus,
você pintará a 3º (terça) e a 5º (quinta) na mesma linha para que as 3 notas
toquem simultaneamente, esse será a formação de um acorde de Dó Maior, logo
você entenderá porque.

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HARMONIA - CAMPO HARMÔNICO

O restante dos acordes dentro de uma escala é formado pelos outros graus, ou
seja, se o 1º grau é Dó, a partir do 2º grau que é Ré, você pinta a 3º (terça) a
partir de Ré e a 5º (quinta) também a partir de Ré, assim você irá obter um acorde
de Ré, que neste caso é um acorde de Ré menor, logo você entenderá o porque
disso também.

Você pode continuar fazendo a aplicação da mesma ideia para todos os outros
graus da Escala de Dó Maior, lembrando que pelo fato do “Fold” estar ligado,
bastará você pular uma nota e preencher a outra de cima e novamente fazer a
mesma coisa que irá obter os acordes corretos. Veja o resto da sequência a
seguir:

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HARMONIA - CAMPO HARMÔNICO

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HARMONIA - CAMPO HARMÔNICO

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HARMONIA - CAMPO HARMÔNICO

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HARMONIA - CAMPO HARMÔNICO

Com o Fold ligado bastará você sempre pular uma nota e pintar a outra
conforme a imagem anterior que você irá obter os acordes de sua escala. Mas
para saber quando o acorde é Maior ou quando ele é Menor, ou ainda quando ele
é Diminuto, você terá que desligar o Fold e perceber a distância existente entre
cada nota do acorde formado, por exemplo: se você reparar nos dois primeiros
acordes, acorde de Dó Maior (C) e acorde de Ré menor (Dm), você verá que o
intervalo existente no Acorde Maior, de Dó para Mi, ou seja, da primeira para terça
é de 2 Toms ou 4 Semitoms. Já a distância de Dó (primeira) para Sol (quinta) é de
3 Toms e 1/2 ou 7 Semitoms, ou se você olhar a distância de Mi para Sol, ou seja,
de terça para quinta é de apenas 1 Tom e 1/2. Já no acorde de Ré menor (Dm)
você irá perceber que a distância da primeira para terça é de 1 Tom e 1/2 ou 3
Semitoms, e a distância da primeira para quinta é de 3 Toms e 1/2, ou seja, igual
ao acorde de Dó Maior mas a distância da terça para quinta é de 2 Toms. Você
lembra que o intervalo entre a primeira e a quinta é chamado de intervalo “Justo",
ou seja, perfeito? Pois então, esse terá uma distância igual para todos os acordes
se você reparar e comparar, mas o que fará o acorde ser Maior ou menor é a
distância da primeira para terça, que quando estiver a 1 Tom e 1/2 de distância
constitui um acorde menor e quando estiver a 2 Toms de distância constitui um
acorde Maior. Abaixo você verá um exemplo de que a única nota que muda
quando os outros acordes estão na mesma posição que o acorde de Dó, é
apenas a nota do meio, ou seja, a terça de cada acorde.

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HARMONIA - CAMPO HARMÔNICO

É importante que você tenha em mente que sempre que a terça estiver a um
intervalo de 2 Toms, constitui em uma Terça Maior, logo o acorde será um Acorde
Maior. Quando a Terça estiver a intervalo de 1 Tom e 1/2 da nota fundamental do
acorde, isso constituirá um Acorde menor. Outro detalhe importante, o conceito de
Terça e Quinta quando se trata de acorde é um pouco diferente quando se fala
em escala, pois a Terça e a Quinta no acorde é a partir da nota fundamental do
acorde, ou seja, em uma Escala de Dó Maior, você terá a Terça e Quinta a partir
de Dó (C), a Terça e Quinta a partir de Ré (D), a Terça e a Quinta a partir de Mi
(E), e assim por diante. É diferente de querer encontrar a Terça ou Quinta da
Escala de Dó Maior ou da Escala de Ré Maior ou de qualquer outra Escala.
Referente ao último acorde da Escala de Dó Maior, Si Diminuto (Bdim), você
irá reparar que a distância da primeira para a Terça é de 1 Tom e 1/2, o que
constitui em uma Terça Menor, porém o intervalo da primeira para Quinta não é
de 3 Tom e 1/2 como nas anteriores, que constituiria um intervalo de Quinta Justa,
ele na verdade somou 3 Toms, que como foi visto no capítulo anterior na aula de
Trítono, quando a primeira está a 3 Toms de distância da Quinta, isso constitui o
intervalo chamado Trítono, que é a Quinta Diminuta. Ou seja, quando seu acorde
tiver um intervalo de um Tom e 1/2 da primeira para Terça e 3 Toms da primeira
para Quinta, isso constitui um Acorde Diminuto, que neste caso é o Si Diminuto
(Bdim ou Bº).

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HARMONIA - CAMPO HARMÔNICO

Sempre que um acorde for Maior, não precisa ir acompanhado da letra “M” na
frente de sua cifra ou nome, mas quando for um acorde menor, você precisará
colocar a letra “m” em forma minúscula.
Os acordes possuem graus, como visto em uma das fotos anteriores, e sempre
são demonstrados em números romanos. Saiba que esses graus são a fórmula
dos acordes em qualquer Escala Maior, ou seja, em toda Escala Maior o campo
harmônico seguirá essa regra de acordes Maiores, Menores e Diminuto. Por
exemplo, se algum dia alguém te pedir para tocar o acorde do 5º Quinto grau da
Escala de Ré Maior, você pensará primeiro quem é a Quinta de Ré, nesse
momento você pode se lembrar do ciclo de quintas para facilitar, depois que
descobrir que é o Lá você irá pensar na Fórmula dos Campos Harmônico da
Escala Maior, ao saber que o acorde do 5º Grau é um acorde Maior, você tocará
um Acorde de Lá Maior para quem te pedir.

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HARMONIA - CAMPO HARMÔNICO

Talvez você queira saber o campo harmônico de alguma Escala Menor, como
por exemplo de Ré. Você precisará primeiro saber quais são as notas da Escala
de Ré menor, ou seja, pinte todas as brancas a partir de Lá, e depois você
transponha essas notas para iniciar a partir de Ré, isso te fará obter a escala de
Ré menor. Para facilitar a criação dos acordes você pode arrastar todas a notas
para antes do inicio do Grid, aperta a função “Fold” do Live para exibir apenas as
notas que fazem parte da escala e bastará você pintar as notas pulando uma e
depois a outra a partir de Ré, assim como feito anteriormente na Escala de Dó
Maior, porém agora será feito na de Ré menor, mas não esqueça que para formar
Tríades é sempre utilizando a Terça e a Quinta a partir de cada grau da escala.
Se ele será Maior ou Menor é outro detalhe que você irá notar depois de desligar
o Fold e contar os Toms e Semitoms, assim você poderá sacar qual é a fórmula
dos acordes e o campo harmônico da Escala menor. Sempre preste atenção na
distância da Primeira para Terça e confira a distância para Quinta. Veja a
sequência de processos a seguir:

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Para saber se os acordes acima são Maiores, Menores ou Diminutos, você


terá que contar o intervalo entre as primeiras e as terças de cada acorde formado,
assim como conferir a distância da primeira para quinta ou da terça para quinta se
preferir, pois existe Acorde Diminuto no campo harmônico da Escala Menor.
Abaixo você vê a fórmula do Campo Harmônico da Escala Menor que é
diferente do campo harmônico da Escala Maior, sempre os acordes de qualquer
escala menor seguirão essa fórmula abaixo, que é apresentada em números
romanos assim como da Escala Maior.

Um último esclarecimento: não é porque a Escala é Maior que existirá apenas


acordes Maiores, assim como não que é porque a Escala é Menor que existirá
apenas acordes menores, em ambas haverá Acordes Maiores e Menores e ainda
Diminutos, porém, cada Escala dará sua fórmula do Campo Harmônico da Escala
Maior e da Escala Menor.

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HARMONIA - CAMPO HARMÔNICO

Aula 3 - TÉTRADES

Enquanto a Tríade é um acorde que faz uso de 3 notas, a Tétrade é um acorde


que faz uso de 4 notas.
Para dar exemplos e também deixar claro o entendimento referente a Tétrade,
novamente você pode partir da Escala de Dó Maior e seguir a mesma fórmula
anterior, ou seja, pintar todas as notas brancas a partir de Dó para formar a
Escala de Dó Maior, copiar a escala para uma oitava acima e uma oitava abaixo,
arrastar para fora do Grid e ligar o “Fold" para ser exibido apenas as notas
pintadas, que no caso será da Escala de Dó Maior.

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HARMONIA - CAMPO HARMÔNICO

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HARMONIA - CAMPO HARMÔNICO

Antes de formar a Tétrades, primeiro você precisa formar uma Tríade, ou seja,
um acorde com 3 notas. Depois de formar o acorde de 3 notas saiba que a
Tétrade trata de inserir uma 4º quarta nota a esse acorde, e a 4º nota neste caso
será sempre o 7º intervalo, ou seja, na Escala de Dó Maior a 7º é o Si (B).

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HARMONIA - CAMPO HARMÔNICO

Ao desligar o "Fold" você poderá analisar a distância de intervalos que existem


entre as notas de cada acorde, ou seja, quando a Terça é menor você constitui
um acorde Menor, quando ela for Maior, você constituirá um acorde Maior. Porém,
da mesma forma que a Terça pode ser Maior ou Menor, a 7º Sétima também
pode receber uma dessas qualidades, ou seja, dependendo de sua posição ela
também poderá ser Maior ou Menor, porém ela não irá interferir no acorde inteiro,
é um grau “independente” em termos de nomenclatura. Por exemplo, para facilitar
a contagem você pode contar da 5º Quinta até a 7º Sétima para saber se você
obtém um intervalo Maior ou Menor da 7º, se for 2 Toms de diferença constitui
uma 7º Sétima Maior, se for 1Tom e 1/2 constitui uma 7º Sétima menor.
No caso do primeiro acorde da Escala de Dó Maior você terá um Acorde de Dó
Maior com 7º Sétima Maior, a nomenclatura correta é C7M, isso quer dizer que
será um Acorde de Dó Maior com 7º Sétima Maior. Sempre que a Sétima fizer
parte de um intervalo que a fará ser Maior, você precisará colocar o “M” maiúsculo
na frente de seu nome, sempre que ela for Menor, você não precisa escrever
nada na frente de seu nome, ou seja, funciona de forma contrária da primeira
nomenclatura do acorde, que só recebe o “m” (minúsculo) quando for um Acorde
Menor.

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HARMONIA - CAMPO HARMÔNICO

Analisando o acorde do 2º grau ( II ), você verá que a distância da Primeira


(Ré) para a Terça (Fá) é de 1Tom e 1/2, ou seja, uma Terça menor, o que já
constituirá um acorde de Ré menor (Dm), e ao analisar a distância da Quinta (Lá)
para Sétima (Dó), você verá que existe uma distância de 1Tom e 1/2, ou seja,
constituirá em uma Sétima menor, logo você tem um acorde de Ré menor com 7
menor, cuja nomenclatura correta é (Dm7), lembrando que sempre que a Sétima
for um intervalo menor, não é necessário colocar o “m” minúsculo na frente de seu
nome.

Ao fazer isso com todos os acordes, você terá como resultado final o campo
harmônico por completo da Escala de Dó Maior conforme a imagem a seguir:

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HARMONIA - CAMPO HARMÔNICO

O acorde do 5º grau ( V7 ) G7, chama atenção por um ponto, ele é único que
faz um acorde Maior com 7º Sétima menor, e se você analisar a distância da
Terça para Sétima notará que ele forma um intervalo de Trítono, por esse motivo
e mais um outro chamado função harmônica, esse acorde é chamado de
Dominante, pois gera muita tensão.

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HARMONIA - CAMPO HARMÔNICO

Quando representado em números romanos, e em alguns lugares, a sua


nomenclatura aparece da seguinte forma como na imagem abaixo. Atenção para
o 7º Grau que tem uma escrita difícil se você está iniciando neste tipo de estudo a
partir desse curso.

O exemplo acima foi demonstrado através da Escala de Dó Maior, mas a


fórmula do campo harmônico da Escala Maior pode ser aplicado a qualquer outra
Escala Maior, você pode realizar a técnica aprendida em capítulos e aulas
anteriores e transpor a fórmula da Escala Maior para qualquer outra tonalidade
partindo de Dó para ficar fácil a aplicação, como por exemplo fazer o campo
harmônico na Escala de Lá Maior.

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HARMONIA - CAMPO HARMÔNICO

Agora que você já sabe qual é fórmula do campo harmônico da Escala Maior,
e principalmente sabe como contar os intervalos para saber quando se tem um
Acorde Maior ou Menor, e até mesmo se a Sétima também é Maior ou Menor,
talvez você queira saber como acontece na Escala Menor. Para isso, primeiro crie
uma Escala Menor Natural, lembrando que se você partir de Lá bastará pintar
todas as notas brancas e irá obter uma Escala de Lá Menor Natural, depois repita
o processo de pintar as mesmas notas da escala em mais oitavas e arraste para
antes do Grid para que todas elas não toquem juntas, e depois ligue o Fold para
formar facilmente o Campo Harmônico da Escala de Lá menor, que
consequentemente será a fórmula do campo harmônico da Escala Menor Natural,
lembrando que com a função de “Fold” ligado você apenas precisará pintar 4
notas pulando um espaço entre elas para formar os acordes de cada grau.

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HARMONIA - CAMPO HARMÔNICO

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HARMONIA - CAMPO HARMÔNICO

Depois de pintar todas as notas você precisará saber qual é a qualidade de


cada acorde, ou seja, saber se ele é Maior ou menor, inclusive saber se sua
Sétima é Maior ou Menor também, para isso, você terá que desligar o “Fold” e
contar os intervalos existentes entre a Primeira e a Terça, isso lhe dirá qual é a
qualidade do acorde. Depois contar a distância de intervalo entre a Quinta e a
Sétima para saber qual será a qualidade de sua Sétima. Não esqueça de nomear
corretamente para lembrar facilmente de cada acorde. Por exemplo, o 1º grau da
Escala contém um Acorde de Lá menor com sétima menor, logo a escrita ficará
conforme a primeira imagem abaixo. Já na segunda imagem você terá no 2º grau
da Escala um Acorde de Si Diminuto com Sétima Maior, a escrita ficará conforme
a foto a seguir. Por fim, quando você tiver um Acorde Maior com Sétima Maior, a
escrita ficará conforme a terceira imagem abaixo.

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HARMONIA - CAMPO HARMÔNICO

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HARMONIA - CAMPO HARMÔNICO

Ao fazer a conta dos intervalos de todos os acordes, você terá como resultado
final as seguintes nomenclaturas e qualidades de cada grau, dê uma atenção
especial para o 7º grau (VII), pois ele é o acorde Dominante da Escala Menor,
quando a Escala é Maior esse acorde é no 5º grau (V). Porém saiba que nem
sempre é possível utilizar esse acorde do 7º grau na música, pois ele é muito
próximo do acorde que “resolve” sua tensão harmônica. Por esse motivo, foi
criado uma escala chamada Escala menor Harmônica para resolver esse
“problema” de uma outra forma, algo que será visto mais a frente deste curso.

Aula 4 - INVERSÃO DE ACORDES

Inversão de acordes é um ato muito útil de ser aplicado nos acordes,


principalmente se você for ou pretende ser tecladista, saber isso facilitará muito
seu jeito de tocar. Inversões de acordes se refere as diferentes maneiras que
você pode tocar um mesmo acorde, ou seja, você utiliza as mesmas notas, mas
toca elas em posições diferentes, mais agudo, mais grave, em uma ordem
diferente, mas sempre utilizando as mesmas notas.

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HARMONIA - CAMPO HARMÔNICO

Para exemplificar, será utilizando como base a Escala de Dó Maior, e para


criá-la você pode utilizar a mesma técnica que você tem visto até aqui. Crie a
Escala de Dó Maior pintando todas as notas brancas a partir de Dó até chegar a
7º Sétima nota da Escala, depois arrasta para antes do grid para que todas elas
não sejam executadas juntas e possibilite que você ligue a função de Fold, depois
você pode formar os acordes como você já aprendeu até aqui, se desejar. No
exemplo a seguri você verá utilizando a Tríade do 1º grau.

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HARMONIA - CAMPO HARMÔNICO

Saiba que para formar um acorde de Dó Maior você não precisa


necessariamente iniciá-lo a partir de Dó (C), você pode inverter a ordem das
notas, como por exemplo subir o Dó para uma oitava acima e iniciar pelo Mi (E),
ficando E, G, C (Mi, Sol, Dó). Essa sequência já constitui o que é inversão de
acordes, pois você estará executando o Acorde de Dó Maior com as notas
invertidas, a sensação final será a mesma apesar de soar diferente da posição
original.

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HARMONIA - CAMPO HARMÔNICO

Você pode inverter mais uma vez, como por exemplo subir o Mi (E) também
uma oitava acima, assim seu acorde iniciará pelo Sol, ficando a sequência: Sol
(G), Do (C), Mi (E), essa é outra possibilidade de inversão, sendo que quando
você modifica a posição do Mi, ou seja, da Terça, você constitui o que se chama
de 1º inversão, quando você modifica a posição de Sol, ou seja, a Quinta, você
constitui o que se chama de 2º inversão, porém você pode ainda ter uma 3º
inversão quando você está fazendo acorde Tétrade, que no caso do 1º grau da
Escala de Dó Maior será a nota Si (B), veja a 2º imagem a seguir.

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HARMONIA - CAMPO HARMÔNICO

Se você tocar essa sequência, verá que a 3º inversão não tem um som muito
agradável aos ouvidos, isso acontece porque ela está a um Semitom ou 1/2 Tom
de distância da Tônica e saiba que não é comum e nem é recomendado utilizar
esse tipo de inversão com essa distância. Por isso é mais recomendado utilizar
inversão de acordes utilizando a Sétima quando ela for uma 7º Sétima menor,
como por exemplo o acorde de Ré menor com 7º menor (Dm7).

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HARMONIA - CAMPO HARMÔNICO

Fazer inversões de acorde é muito útil para quem toca teclado, pois as
inversões farão com que as notas fiquem próximas uma da outra na hora da
execução. É possível visualizar isso inclusive no Piano Roll ao fazer uma
cadência 2, 5, 1. Na imagem a seguir você verá a posição original dos acordes, e
na segunda imagem você verá os mesmo acordes, porém de formas invertidas
para facilitar uma execução no teclado.

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HARMONIA - CAMPO HARMÔNICO

Sempre que houver inversão de acordes, na cifra irá existir uma barra “/“ antes
de dizer qual nota é a inversão. Como por exemplo, na segunda cadência abaixo,
acorde de Sol com Sétima menor (G7). Quando houver uma inversão você verá
uma “/“ e o nome da nota que é a primeira do acorde, ou seja, a mais grave, que
no exemplo abaixo é D (Ré), logo a cifra será G7/D.

Para exemplificar suponha que a última cadência também tenha uma inversão,
você verá a Cifra C7M/E, que significa um acorde de Dó Maior com Sétima Maior
e com inversão do Mi (E), ou seja, 1º inversão.

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HARMONIA - CAMPO HARMÔNICO

Aula 5 - SEPARANDO O GRAVE DAS OUTRAS NOTAS

Utilizando os mesmo acordes da aula anterior, você pode separar o grave das
outras notas pegando apenas as primeiras notas dos acordes e descendo uma
oitava ou duas dependendo do timbre, isso já fará que com que você tenha um
peso maior em seu som, mesmo se os acordes estiverem invertidos, como na
imagem 1 abaixo. Você também pode manter as inversões de acordes e descer
uma oitava apenas da primeira nota de cada acorde, ou seja, as inversões se
mantêm, porém você dará mais peso na nota principal de cada acorde, como nas
imagens 2 e 3.

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HARMONIA - CAMPO HARMÔNICO

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HARMONIA - SOFISTICANDO OS ACORDES

Aula 1 - NOTAS DE EXTENSÃO

Neste capítulo você irá aprender como deixar seus acordes mais complexos e
mais interessantes, iniciando pela extensão de notas.
Para exemplificar essa aula foi criado uma Escala de Dó Maior e um acorde de
Dó Maior com Sétima Maior (C7M).

As notas de extensão, são as notas que estão dentro da escala, mas que não
estão sendo usadas dentro do acorde mesmo se for com Sétima, ou seja,
seguindo com o exemplo acima, você tem a 2º Maior, a 4º Justa, a 6º Maior e a 8º
Justa que não foram usadas, mas em algumas cifras você pode ver a seguinte
indicação: C7M(9,13), isso quer dizer Dó Maior com Sétima Maior com Nona e
com a Décima Terceira, porém talvez você pense, “mas os intervalos não vão só
de 1º a 8º”? Não! Você pode ir além da oitava na contagem, o que nesse exemplo
a Nona será D (Ré) uma oitava acima e a Décima Terceira será A (Lá) também
uma oitava acima, gerando um acorde muito rico.

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HARMONIA - SOFISTICANDO OS ACORDES

Você também poderia encontrar a cifra indicando apenas a Nona para o


acorde ou apenas a Décima Terceira:

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HARMONIA - SOFISTICANDO OS ACORDES

Ou você ainda poderia encontrar C7M(11), porém não é muito comum, pois
não soa tão harmônico mesmo estando dentro da escala.

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HARMONIA - SOFISTICANDO OS ACORDES

Na próxima aula você entenderá melhor porque usar Nona, Décima Terceira,
Décima Primeira e não a Segunda, Quarta ou Sexta que estão mais próximas das
outras notas, mas se você testar e comparar verá que sonoramente não soa
agradável aos ouvidos, por contas das aproximações de intervalos, sendo mais
interessante utilizar uma Nona ao invés de uma Segunda.

Pode acontecer de as vezes o seu acorde ser utilizando uma Sexta, que
aparece na cifra da mesma forma como utilizar a Sétima, porém será o número 6
como diferente, veja o exemplo a seguir:

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HARMONIA - SOFISTICANDO OS ACORDES

Aula 2 - NOTAS EVITADAS

Continuando com a Escala de Dó Maior e também com o acorde de Dó Maior


com Sétima Maior (C7M), você descobre as notas a serem evitadas sabendo as
funções harmônicas dos acordes, ou seja, saiba que existe a função harmônica
“Tônica” que gera uma sensação harmônica de “Repouso”, você tem a função
“Dominante” que é oposto da Tônica, ou seja, gera uma “Tensão”, e existe
também uma função “Subdominante”, que é uma função "entre" a Tônica e a
Dominante em termos de sensação.
Na Escala Maior, o acorde de 1º grau é um acorde Tônico, enquanto o acorde
do 4º grau é Subdominante, já o acorde de 5º grau e 7º grau é um acorde
Dominante, porém o 7º grau é um Dominante Fraco. Você entenderá isso melhor
no próximo capítulo. Dito isso, você acaba evitando utilizar algumas notas,
principalmente quando utiliza Sétima em seu acorde, e isso por conta de suas
funções, por exemplo: fazer um acorde utilizando Sétima gera uma certa tensão,
se você estiver utilizando o acorde Tônico nessa formação, a ideia é causar um
certo relaxamento ou repouso, acrescentar uma Quarta a esse acorde fará com
que surja um intervalo de Trítono entre a Quarta e Sétima, o que causará uma
super confusão mental, por isso algumas notas devem ser evitadas para não
atrapalhar a função harmônica.

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HARMONIA - SOFISTICANDO OS ACORDES

O mesmo pode acontecer se você utilizar um acorde que gere tensão, como o
G7, e querer acrescentar uma nota que é utilizada em um acorde que cause
relaxamento ou repouso, isso irá gerar uma certa confusão sonoramente, ficando
algo esquisito.

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HARMONIA - SOFISTICANDO OS ACORDES

Para que você siga uma determinada regra na elaboração de seus acordes e
evite algumas notas, tenha em mente que nunca é bom deixá-las “coladas", ou
seja, com um semitom de distância entre uma e outra. Isso pode ocasionar essa
confusão de sensação do acorde, além disso observe se ao utilizar Nona em seus
acordes você não está criando algum intervalo de Trítono, pois isso também pode
estragar a função harmônica de seu acorde. Como por exemplo no acorde de Dó
Maior com Sétima Maior mais a Nona, neste caso seria bom evitar a Nona, pois
gerará um intervalo de Trítono entre a Sétima e a Nona, o que estragará a função
harmônica principal do acorde.

Aula 3 - ACORDES SUSPENSOS

Os acordes suspensos tratam de suspender a Terça do acorde, ou seja, não


tocá-la, mas substituir por outra em seu lugar, como a Segunda ou Quarta.
Utilizando o acorde de Dó Maior (C) como exemplo, suponha que você deseja
utilizar uma Quarta em seu acorde, se você a utilizar com a Terça não soará bem,
pois gera um certo conflito apesar das notas estarem na mesma escala, mas trata
da função harmônica existente no Quarto intervalo. Porém, uma forma de você
fazer isso, é fazer o chamado Acorde Suspenso, nesse tipo de acorde você não
executa a Terça para executar a Quarta em seu lugar, esse acorde tem o nome
de CSus4.

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HARMONIA - SOFISTICANDO OS ACORDES

Você também pode fazer o Acorde Suspenso utilizando a Segunda no lugar da


Terça, principalmente se seu acorde for Dó menor (Cm), esse tem o nome de
Csus2, veja abaixo.

Esses acordes suspensos geram tensão, mas não é a mesma tensão gerada
por um acorde Dominante ou Subdominante, ou seja, é ideal para manter uma
mesma “vibe” do acorde e gerar uma certa tensão, sendo que pode ser mais
interessante usar o Sus4 para acordes que forem maiores e o Sus2 para quando
os acordes forem menores.

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HARMONIA - SOFISTICANDO OS ACORDES

A partir do próximo capítulo você verá muitos exemplos práticos além da teoria
já vista até aqui, portanto, se você tiver alguma dúvida, algo que não ficou muito
claro, esse é o momento de rever essas ideias antes de partir para os próximos
capítulos e aulas.

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HARMONIA - CONSTRUINDO A HARMONIA

Aula 1 - FUNÇÃO HARMÔNICA

Funções harmônicas são funções que cada grau de acorde desempenha em


suas sensações, sensações que são causadas por um tipo de Harmonia chamada
Funcional.
Na Harmonia Funcional cada um dos 7 graus de acordes possui uma função
harmônica. Utilizando como exemplo a Escala de Dó Maior e seu Campo
Harmônico com Sétima, você irá obter os seguintes graus e acordes:

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HARMONIA - CONSTRUINDO A HARMONIA

Cada um dos graus acima realizam uma função harmônica e existem 3 tipos
de função harmônica. Função de “Tônica”, que gera uma sensação de
“estabilidade”, “resolução”, “relaxamento” e “repouso”. Há também a “Dominante”
que desempenha uma sensação contrária da Tônica, ou seja, ela gera “tensão”,
“angústia”, “necessidade de resolver algo”, uma função harmônica que sempre irá
se resolver na Tônica, e por fim, a terceira e última função harmônica, a
“Subdominante” que gera uma sensação entre a de Tônica e Dominante, ou seja,
você pode usar a função de Subdominante para chamar uma Dominante, ou usar
a função de Subdominante para chamar a Tônica. É como se fosse uma função
“coringa” para passar de uma função para a outra.
Pensando nos graus, você tem as seguintes funções harmônicas iniciais:

Se você desejar criar uma sensação de tensão, você poderia executar o


acorde do IV (quarto) grau, em sequência o acorde do V (quinto) grau e resolver
no I (primeiro) grau. Quanto aos outros graus além dos I, IV, V, eles também
desempenham uma função de Tônica, Dominante e Subdominante, porém de
uma forma mais fraca. Também é chamado de “Meio Forte”, ou seja, serve como
opções alternativas para sua sequência de acordes, veja a seguir.

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HARMONIA - CONSTRUINDO A HARMONIA

Tudo ficará da seguinte forma:

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HARMONIA - CONSTRUINDO A HARMONIA

Caso ache mais fácil veja a tabela abaixo:

Essas funções harmônicas são válidas para qualquer escala que você for
utilizar, inclusive nos modos gregos que você conhecerá mais a frente neste
curso.

Aula 2 - CADÊNCIAS

Esse será um momento de praticar a ideia de funções harmônicas de forma


consciente, ou seja, você pode partir da Escala de Dó Maior e seus 7 graus de
acordes do Campo Harmônico e criar uma sequência ou cadência de acordes em
2 compassos, inclusive, saiba que geralmente se inicia na Tônica para depois
pensar em quais outros fazer uso.
Por exemplo, você pode iniciar com a Tônica Forte C7M, depois passar para
uma Subdominante Forte F7M, ou seja, esse acorde desencadeia a possibilidade
de ir para alguma Tônica ou Dominante, então você pode partir para Tônica Meio
Forte como Em7, pensar novamente em uma Subdominante Meio Forte como A7,
ir para Tônica Forte C7M, novamente passar para uma Subdominante Meio Forte
como Dm7, depois para Dominante G7M, e você pode repetir essa última
Dominante para gerar uma super tensão resolvendo na Tônica inicial ao
recomeçar o Loop, veja o exemplo a seguir:

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HARMONIA - CONSTRUINDO A HARMONIA

O que você viu acima é o que chamamos de Cadência de Acordes, a forma


como você toca os acordes em sequência caracteriza um tipo de cadência que é
dado em números romanos. Geralmente não se utiliza muitos graus em uma
cadência de acordes, a mesma lógica de “menos é mais” aplicado na produção
musical também pode ser aplicada ao criar uma cadência de acordes, basta usar
as funções harmônicas de forma coerente para criar cadências interessantes.
Como por exemplo a cadência a seguir, onde foi utilizado apenas 3 graus e suas
funções harmônicas, neste caso Tônica Forte, Subdominante Forte, Dominante
Forte e resolve novamente na Tônica Forte, ou seja, I, IV, V, I do Campo
Harmônico da Escala de Dó Maior.

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HARMONIA - CONSTRUINDO A HARMONIA

Independente da sua tonalidade maior, sempre que você estiver realizando


essa cadência de acordes, você terá notas e acordes diferentes, mas a sensação
harmônica será praticamente a mesma em quase todas elas. Mas sempre haverá
diferença, veja um exemplo a seguir utilizando os acordes da Escala de Mi Maior,
inclusive basta transpor as notas para iniciar a
partir de Mi para se ter a Escala de Mi Maior.

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HARMONIA - CONSTRUINDO A HARMONIA

Você também pode gerar uma cadência utilizando as funções meio forte de
Tônica e Subdominante de sua escala. No exemplo a seguir foi utilizado os graus
VI, II, V, I para gerar uma sensação semelhante a cadência anterior, porém
utilizando funções harmônicas meio fortes.

As cadências na Escala Maior costumam ser bem clichês por conta de ser
muito utilizada na música pop.
Você também pode criar as mesmas cadências na Escala menor, porém a
sensação será diferente por conta dos acordes, tem uma tendência a soar
melancólico dependendo de sua cadência, principalmente por ter o acorde Tônico
Forte menor. Para formar a Escala menor você terá que pintar todas as notas
brancas a partir de Lá, transpor algumas oitavas para quando ligar o “Fold”
visualizar a Escala de Lá menor em mais de uma oitava, em sequência, você cria
o campo harmônico de Lá menor com Sétima e depois desliga o Fold para
relembrar e nomear os seus graus e acordes, pois é diferente da Escala Maior.
Inclusive, saiba que para ser Tônico Forte ou Subdominante Forte, não tem a
ver com o acorde ser Maior ou Menor, está relacionado com a posição dos
acordes nos graus, apenas a Dominante deve obrigatoriamente ser um Acorde
Maior com Sétima menor em qualquer Escala para desempenhar a função de
Dominante.

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HARMONIA - CONSTRUINDO A HARMONIA

Ou seja, por mais que a Escala de Lá menor use as mesmas notas da Escala
de Dó Maior, as funções harmônicas seguem a mesma ideia de quadro visto na
primeira aula deste capítulo, principalmente no 2º grau da escala de Lá que
também é Diminuto, mas por ser o 2º grau ele é um Subdominante fraco,
enquanto na Escala Maior ele é o 7º grau e é Dominante fraco.
Outro detalhe importante, não esqueça que o que faz o seu acorde ser Maior
ou menor é o intervalo entre a Primeira e a Terça, e o que fará a Sétima ser Maior
ou menor será o intervalo entre a Primeira e Sétima, mas é fácil contar o intervalo
entre a Quinta e a Sétima, que segue a mesma contagem de intervalos de
Primeira para Terça, 2 Toms de distância é uma Terça Maior, 1 Tom e 1/2 de
distância é uma Terça menor.

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HARMONIA - CONSTRUINDO A HARMONIA

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HARMONIA - CONSTRUINDO A HARMONIA

Na última imagem acima você vê os 7 graus da Escala menor, porém o 5º grau


não é um Acorde Maior com Sétima menor, ou seja, ele não irá desempenhar a
função de Dominante Forte, o que não é uma problema pois você não precisa
obrigatoriamente gerar essas sensações em sua cadência, inclusive, você pode
utilizar as funções Dominantes meio forte para isso ou até mesmo as
Subdominantes.
Mas caso você queira que exista uma função Dominante, a Terça do 5º grau
terá que subir 1 semitom para constituir um Acorde Maior com Sétima menor,
porém isso fará existir uma nota fora da Escala de Lá menor, mas constituirá uma
escala chamada Escala menor Harmônica, um assunto que será visto mais a
frente do curso, mas apenas esse grau terá essa nota diferente.

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HARMONIA - CONSTRUINDO A HARMONIA

Entendido esses conceitos foque em utilizar a Escala menor Natural onde o


papel do 5º grau será de uma Subdominante, já que ele não é um Acorde Maior
com Sétima menor, e para sentir a diferença de cadências você pode repetir a
mesma sequência que estava sendo feito com os Acordes da Escala de Dó Maior,
porém agora na Escala de Lá menor Natural, você notará a diferença de
sensações. No exemplo a seguir foi utilizado a cadência I, II, I, II, V.

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HARMONIA - CONSTRUINDO A HARMONIA

Se você optar por utilizar a Terça 1 Semitom acima no 5º grau para ter um
Acorde Maior com Sétima menor, ou seja, se tornando uma Escala de Lá menor
Harmônica, você terá um 5º grau executando a função de Dominante, constituído
principalmente pelo intervalo entre Terça e Sétima que gera um Trítono.

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HARMONIA - CONSTRUINDO A HARMONIA

Aula 3 - CADÊNCIAS PERFEITAS (2-5-1)

Cadência perfeita é aquela em que acontece as 3 funções harmônicas


existentes dentro de um campo harmônico, saiba que o ouvido humano já está
completamente acostumado com ela, de uma forma que sempre que você tocar a
cadência 2-5-1, naturalmente o ouvido já sabe qual é o próximo acorde que virá.
O primeiro exemplo de cadência perfeita mostrado na imagem a seguir, foi
utilizando a Escala de Dó Maior e seu Campo Harmônico de 7 graus, porém foi
utilizado apenas os graus 2-5-1, algo que soa bem “feliz” na Escala Maior. Já no
segundo exemplo de cadência perfeita, foi utilizando a Escala de Lá menor,
porém lembre-se que para que o 5º grau seja Dominante Forte ele precisará ser
um Acorde Maior com Sétima menor, o que fará com que você utilize a Escala de
Lá menor Harmônica e suba 1 semitom da Terça do 5º grau. Veja as imagens a
seguir:

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HARMONIA - CONSTRUINDO A HARMONIA

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HARMONIA - CONSTRUINDO A HARMONIA

Para criar uma cadência perfeita em qualquer escala Maior ou Menor, sem
precisar ligar o recurso “Fold”, você precisa ter internalizado a contagem de
intervalos e saber o que significa cada distância, além disso, precisará lembrar da
fórmula da sequência dos graus dos acordes para criar de forma correta e saber
que para formar os acordes as notas não podem se repetir e sempre devem fazer
parte da escala, seja com acidentes ou não, isso fará com que você não tenha
“medo” das notas pretas e forme acordes de qualquer escala e a partir de
qualquer nota, exercite isso.

Aula 4 - OUTRAS CADÊNCIAS (IMPERFEITA, PLAGAL, DECEPTIVA E MEIA-CADÊNCIA

Continuando a partir da aula 3 acima, existem outros tipos de cadências e suas


respectivas nomenclaturas que serão abordadas aqui, não são todas pois existem
várias, mas já abre um leque de conhecimento.
Além da cadência perfeita que você conheceu na aula anterior, 2-5-1, existe
também a Cadência Imperfeita, que ganha esse nome quando a cadência 1 (I)
passa por uma inversão de acorde. Ou seja, a primeira nota mais grave não é a
nota Tônica, essa configuração diferente ganha o nome de Cadência Imperfeita,
como por exemplo a seguir na Escala de Dó maior o Acorde do 1º grau C7M está
invertido, tendo como nota mais grave a 1º inversão, C7M/E.

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HARMONIA - CONSTRUINDO A HARMONIA

Há também a Cadência Plagal, uma cadência que ao invés de existir um


acorde Dominante antes do acorde Tônico, existe um acorde Subdominante em
seu lugar, como por exemplo manter a cadência 2 sendo executada em mais um
compasso.

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HARMONIA - CONSTRUINDO A HARMONIA

Outra cadência, essa com nome de Deceptiva, tem a característica principal no


acorde após a Dominante. Em outras palavras é quando o Acorde Dominante se
“resolve” em outro Acorde que não seja Tônica Forte, ou seja, não se resolve no
acorde do 1º grau. Para este caso pode ser utilizado a Tônica Meio Forte. Veja
um exemplo abaixo utilizando o acorde do 3º grau da Escala de Dó Maior Em7,
Tônica meio forte.

Por fim existe a chamada Meia Cadência, a característica dessa cadência é


não “resolver” o 5º grau Dominante no 1º grau Tônico, ela repete novamente o 5º
grau e recomeça. Veja um exemplo a seguir.

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HARMONIA - CONSTRUINDO A HARMONIA

Essas técnicas de cadência são úteis de serem utilizadas em alguns


momentos da música, como por exemplo ao entrar em um break onde você pode
acabar utilizando a técnica de Cadência Deceptiva, para não tornar previsível o
que irá acontecer em seguida, ou talvez utilizar a “Meia Cadência” antes de um
Drop, ou ainda variar durante o seu Drop entre a cadência perfeita e imperfeita
para deixar diferente o bloco de 16 compassos e não deixar a música previsível,
ou ainda utilizar a cadência Plagal na intro até chegar a um primeiro break, você
pode usar de diversas formas cada estilo de cadência.

Aula 5 - VOICING

Para criar harmônias que não fiquem variando entre, ora estar muito grave ora
muito agudo, você precisa utilizar a técnica de “Voicing" que tem muita ênfase na
inversão de acordes, principalmente se você deseja criar uma música que tenha
uma melodia marcante e mantendo a harmonia apenas para gerar as sensações,
como uma espécie de “cama”.

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HARMONIA - CONSTRUINDO A HARMONIA

Ou seja, você não precisa que a harmonia siga uma “escadinha” de ora estar
grave, subir para o agudo, voltar e etc. A ideia é buscar por algo semelhante a
“linear”, mas que passe a sensação correta. Você conseguirá fazer de uma
melhor forma se você imaginar que está tocando esses acordes em um teclado, a
ideia é que seus dedos não fiquem “pulando” pelo teclado entre graves e agudos
para executar as notas, o ideal é que você faça uso das inversões de acordes.
Utilizando como exemplo a Escala de Dó Maior para facilitar o entendimento,
primeiro foi elaborado uma cadência que soasse interessante, como 2-6-2-5-1

O primeiro conceito de Voicing é pintar uma oitava abaixo das notas tônicas de
cada acorde. Veja o exemplo a seguir:

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HARMONIA - CONSTRUINDO A HARMONIA

Para soar mais interessante ao ouvido, um outro conceito de Voicing é realizar


inversões de acordes para que as notas fiquem mais próximas, principalmente se
você for executar esses acordes em um teclado. Veja o exemplo das mudanças a
seguir:

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HARMONIA - CONSTRUINDO A HARMONIA

Você também pode pensar em alinhar as notas que se repetem na cadência


em uma mesma altura/linha, ou seja, pintar na mesma linha do grid a fim de
manter a mesma vibe, você pode inclusive duplicar a nota. Veja as notas
marcadas a seguir e compare com a última foto acima para entender as
mudanças e o conceito.

Você pode testar trocar algumas notas de oitavas, como por exemplo as notas
mais graves.

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HARMONIA - CONSTRUINDO A HARMONIA

Não se preocupe pela quantidade de notas sendo executada no mesmo


acorde, algumas delas são duplicações em oitavas acima, então fazem o intervalo
de 8º oitava perfeita (Justa), logo não existe um choque entre as notas. Você
pode inclusive testar aplicar isso em outros acordes, mas tenha em mente um
outro conceito, o cérebro humano percebe muito mais fácil as notas graves e
agudas, logo, tudo que acontece entre essas duas regiões, ou seja, as notas do
meio, o cérebro não percebe tão bem e permite as inversões e acréscimos de
notas dentro da escala e principalmente do grau do acorde.

Nos exemplos acima você viu como aplicar a técnica de Voicing para
enriquecer seus acordes e consequentemente seu instrumento, mas saiba que
você não precisa criar isso em apenas um instrumento, você pode aplicar esses
conceitos usando mais instrumentos, essa técnica tem o nome de instrumentação.

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HARMONIA - CONSTRUINDO A HARMONIA

Não se preocupe pela quantidade de notas sendo executada no mesmo


acorde, algumas delas são duplicações em oitavas acima, então fazem o intervalo
de 8º oitava perfeita (Justa), logo não existe um choque entre as notas. Você
pode inclusive testar aplicar isso em outros acordes, mas tenha em mente um
outro conceito, o cérebro humano percebe muito mais fácil as notas graves e
agudas, logo, tudo que acontece entre essas duas regiões, ou seja, as notas do
meio, o cérebro não percebe tão bem e permite as inversões e acréscimos de
notas dentro da escala e principalmente do grau do acorde.

Aula 6 - INSTRUMENTAÇÃO

Instrumentação ou Orquestração é a arte de utilizar o conceito de Voicing em


mais de um instrumento, fazendo com que enriqueça sua harmonia e
consequentemente seus acordes, ou seja, você utiliza outros instrumentos para
incrementar ou complementar a harmonia.
O nome Orquestração tem referência a uma orquestra, pois cada instrumento
é responsável por uma região de frequências e um tipo de timbre. Se você pensar
nos instrumento de uma orquestra real, como por exemplo os instrumentos de
cordas, existirá os Violinos, Violas, Chello e o Contrabaixo, assim como no grupo
de instrumentos de sopro terá o Fagote, Fagote grave, Oboê, Flauta, etc, e caso
você não saiba cada instrumento de uma orquestra tocará uma região de
frequência e suas respectivas notas, que geralmente é diferente para cada tipo de
instrumento para formar uma harmonia. No Live existe a categoria de “Packs” e
dentro dessa categoria existem Packs de Orquestras para serem baixado, as
quais você pode fazer uso.

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HARMONIA - CONSTRUINDO A HARMONIA

Se você usar como exemplo a cadência de acordes feitos na aula anterior,


com as técnicas de Voicing aplicadas, e colocar algum timbre de orquestra nesse
canal, como algum tipo de Ensemble que consta diversos instrumentos tocando
em apenas um instrumento, você irá ver o efeito de orquestra acontecendo por
conta das técnicas de Voicing aplicada, será semelhante a uma orquestra, cada
instrumento tocará uma altura, o que fará cada instrumento tocar notas diferentes
dessa harmonia.

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HARMONIA - CONSTRUINDO A HARMONIA

Trazendo para a realidade da música eletrônica, você pode dividir as notas de


sua harmonia entre um Bass, pegando as notas mais graves, mas para isso você
deve duplicar o clip da harmonia completa, apagar tudo que está acima das notas
graves fundamentais e colocar um instrumento de Bass para tocar apenas essas
notas graves. Inclusive você deve apagar essas notas graves da harmonia para
não haver sobreposição de frequências, até porque não será necessário.

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HARMONIA - CONSTRUINDO A HARMONIA

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HARMONIA - CONSTRUINDO A HARMONIA

Além de apagar os graves da harmonia do pad e manter apenas no timbre de


bass, você pode fazer o bass fazer algum ritmo ao invés de fazer apenas uma
nota constante, veja um exemplo a seguir:

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HARMONIA - CONSTRUINDO A HARMONIA

Além dos graves que você pode separar de seu pad, você pode duplicar o clip
mais uma vez e colocar mais algum instrumento para ocupar as notas mais
agudas por exemplo, basta fazer o mesmo processo acima. Veja um exemplo
abaixo.

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HARMONIA - CONSTRUINDO A HARMONIA

Esse foi apenas dois exemplos de instrumentação para música eletrônica


utilizando a harmonia criada em apenas um clip, inclusive é exatamente isso que
facilita a instrumentação dentro do Live, possibilitando criações adversas e
interessantes.
Antes de partir para o próximo capítulo, você pode parar este momento para
criar uma música utilizando todos os conceitos aprendidos até aqui, é
extremamente importante internalizar tudo que foi apresentado para que você
consiga absorver o que estar por vir.

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HARMONIA - APERFEIÇOANDO A HARMONIA

Aula 1 - REVISANDO OS CONCEITOS

Neste capítulo você irá aprender e aperfeiçoar sua harmonia, mas antes de
aperfeiçoar sua harmonia existem conceitos que devem ser relembrados e
principalmente ter de forma concisa em sua mente, pois isso facilitará todo
aprendizado que virá a seguir.
Um dos conceitos que você precisa se lembrar, é sobre o campo harmônico de
uma Escala Maior Natural e também de uma Escala menor Natural, ou seja,
ambas são escalas que possuem 7 graus, sendo que na Escala Maior Natural o
1º grau ( I ) gera um acorde Maior, o 2º grau ( II ) gera um acorde menor, o 3º
grau ( III ) gera um acorde menor, o 4º grau ( IV ) gera um acorde Maior, o 5º grau
( V ) gera um acorde Maior, o 6º grau ( VI ) gera um acorde menor e o 7º grau
(VII) gera um acorde Diminuto.
Já na Escala menor Natural, você terá o 1º grau ( I ) gerando um acorde
menor, o 2º grau ( II ) um acorde Diminuto, o 3º grau ( III ) um acorde menor, o 4º
grau ( IV ) um acorde Maior, o 5º grau ( V ) gera um acorde menor, o 6º grau ( VI )
um acorde Maior e o 7º grau ( VII ) um acorde Maior, porém lembre-se que no
campo harmônico da Escala menor Natural não existe acorde Dominante, para
isso, teria que se fazer um ajuste no 5º grau para que ele seja Dominante,
inclusive, saiba que para que o acorde seja Dominante ele precisa passar a
sensação de tensão, angústia, de que algo precisa ser resolvido. Isso acontece
por conta dos Intervalos existentes entre as notas do acorde, e você precisa saber
que o intervalo que gera tensão ao ouvido humano é o Trítono, a distância de 3
Toms entre as notas, ou 6 Semitoms.
Você precisa se lembrar também que os acordes contêm funções harmônicas.
Existe a Dominante que é gerado por conta de intervalos Trítonos, que causa uma
tensão, angústia, sensação de que precisa ser resolvido algo e essa resolução
acontece na outra função harmônica chamada Tônica, função que traz a
sensação de resolução, de tranquilidade, alívio ou ainda estabilidade. Ainda existe
uma terceira função harmônica chamando Subdominante, é possível dizer que ela
é um meio termo entre a Dominante e a Tônica, se tornando muito útil para
quando você não deseja “pular” de uma função harmônica para outra de forma
“brusca".

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HARMONIA - APERFEIÇOANDO A HARMONIA

Essa função cria um “caminho” para passar de Tônica para Dominante, ou


ainda ficar apenas entre Tônica e Subdominante. Esse tipo de ação tem o nome
de Cadência, pois cadência é um conjunto de acordes muito comuns tocados de
forma progressiva, ou pode ser dito também de forma sequenciada utilizando
alguns graus do campo harmônico, como por exemplo, 2-5-1, uma cadência muito
comum que utiliza a Subdominante fraca (1), a Dominante forte (5) e a Tônica
forte (1). Quando você gera o campo harmônico de uma escala e encontra seus 7
graus, esses 7 graus de acordes contém essa outra característica em cada um de
seus graus, sendo o 1º grau a Tônica Forte, o 5º grau a Dominante Forte e o 4º
grau a Subdominante Forte, enquanto o 3º grau e o 6º grau são Tônicas fracas, o
2º grau é Subdominante fraca e o 7º grau é a Dominante fraca e isso
independente de ser Escala Maior ou menor, é aplicável a todas as escalas.
Além de tudo isso, o mais importante para que tudo acima fique fácil de ser
lembrado e internalizado: você precisa saber os intervalos que formam os
acordes, intervalos que dão a qualidade de Maior, Menor, Justo e Diminuto para a
distância entre as notas, e principalmente dão a qualidade de Maior, Menor e
Diminuto para os acordes. Suponha que você queira fazer um acorde de C (Dó
Maior), você precisa se lembrar que a formação de um acorde é constituído pela
nota fundamental (Primeira) do acorde, que neste caso é C (Dó), mais a 3º
(Terça), mais a 5º (Quinta), que neste caso de um acorde de C (Dó Maior), a
Terça estará a 2 Toms de distancia de Dó (será Mi), que é equivalente a um
intervalo de Terça Maior, enquanto a Quinta é Justa e está a 1 Tom e 1/2 da
Terça ou 3 Toms e 1/2 da (Primeira) que é a nota G (Sol). Veja o exemplo a
seguir:

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HARMONIA - APERFEIÇOANDO A HARMONIA

Se o exemplo pedisse um acorde de Cm (Dó menor), saiba que o que faz um


acorde ser Maior ou Menor é sua Terça, ou seja, distância da Primeira C (Dó)
para Terça E (Mi), neste caso, você teria que descer 1 semitom da Terça, pois a
distância de Terça menor para constituir um acorde menor é de 1 Tom e 1/2, logo
a distância da Terça para Quinta iria para 2 Toms, enquanto a distância da
Primeira para Quinta continua 3 Toms e 1/2, não muda. Por isso a Terça
determina se o acorde é Maior ou Menor. Saiba também que, por mais que no
Live apareça como D# (Ré Sustenido), sua Terça de Dó não se chama Ré
Sustenido, ela se chama Mi bemol (Eb), porém no Live não aparece dessa forma,
mas a Terça de Dó é Mi, e não Ré, portanto o acorde de Cm (Dó menor) é
constituído de Dó, Mib, Sol.

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HARMONIA - APERFEIÇOANDO A HARMONIA

Utilizando e incrementando o mesmo exemplo, imagine que o acorde que se


pede é Cm7 (Dó menor com Sétima), neste caso seu acorde terá também um 7º
Sétimo intervalo, e o que dirá se essa Sétima é menor ou Maior é a distância da
Quinta para Sétima. Quando for de 2 Toms constituirá em uma Sétima Maior,
quando for de 1 Tom e 1/2 constituirá uma Sétima menor. Outro detalhe que você
também não pode esquecer é que toda escala, independente de qual seja,
sempre terá as 7 notas, independente de onde ela começar. Portanto, se sua
escala é de Mi menor saiba que ela terá todas as outras notas a partir dela, ou
seja, Mi, Sol, Lá, Si, Dó e Ré, assim como as outras. Nesse exemplo a 7º Sétima
de Dó será Sib, pois se fosse para imaginar que Cm7 é um acorde Tônico Forte,
seria de uma Escala de Dó menor, logo o Si é bemol (Bb) e o intervalo é de
Sétima menor, ficando Cm7 a sua escrita.

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HARMONIA - APERFEIÇOANDO A HARMONIA

Se fosse um acorde de C7M (Dó Maior com Sétima Maior), imaginando que
esse acorde é o Tônico Forte de uma Escala de Dó Maior, você iria obter as
seguintes notas e intervalos:

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HARMONIA - APERFEIÇOANDO A HARMONIA

Se o exemplo pedisse um acorde C7 (Dó Maior com Sétima menor), você iria
obter um acorde Dominante Forte de alguma Escala (V7), aquele acorde que
causa uma super tensão por conta do intervalo existente entre a Terça e a Sétima
que gera o Trítono, 3 Toms de distância.

Pode haver momentos em que você encontrará a cifra pedindo um acorde


C11, essa cifra indica que você terá todas as notas do acorde até a Décima
Primeira (11º), ou seja: Primeira, Terça, Quinta, Sétima, Nona e Décima Primeira.

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HARMONIA - APERFEIÇOANDO A HARMONIA

Você ainda pode encontrar mais uma variação na cifra do exemplo acima,
como por exemplo C7M(11) (Dó Maior com Sétima Maior mais a Décima
Primeira), porém neste caso não quer dizer que existe o acréscimo da Nona (9º),
o acréscimo será direto a Décima Primeira, veja o exemplo a seguir:

O mais importante desses detalhes é entender sobre os intervalos para dar a


qualidade correta para o acorde e seus intervalos, lembrando que você ainda
poderia ter mais uma variação, que são os acordes suspensos, acordes que farão
você substituir a Terça pela Quarta (Sus4) ou substituir pela Segunda (Sus2). O
Sus4 acaba sendo mais útil quando se tem um acorde maior, enquanto o Sus2 é
mais útil quando se tem um acorde menor, a sigla “Sus” significa Suspender, ou
seja, suspender a Terça e acrescentar a Quarta, ou acrescentar a Segunda. Veja
os exemplos a seguir:

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HARMONIA - APERFEIÇOANDO A HARMONIA

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HARMONIA - APERFEIÇOANDO A HARMONIA

Dito tudo isso, suponha que você tem a cifra do acorde Dominante Bb7 (Si
bemol Maior com Sétima menor), lembrando que a Sétima sem o “M” maiúsculo é
uma Sétima menor e a cifra Bb sem o “m” minúsculo é um acorde Maior. Neste
caso Si bemol Maior, considernado o Piano Roll, você pintaria conforme a foto a
seguir, inclusive você verá que terá que pintar o A# (Lá Sustenido) que também é
o Bb (Si bemol). Esse tipo de situação tem o nome de notas Enharmonicas, notas
que tem nomes diferentes, mas tem o mesmo som, e isso acontece na Primeira e
na Sétima. Depois disso, para que você saiba facilmente qual é o Tom de sua
Escala seja ela Maior ou menor, você precisa se lembrar que o acorde Dominante
de uma Escala é sempre o 5º Grau. Logo, se você utilizar o Ciclo de Quintas e
contar 5 graus antes de seu acorde Dominante Bb, você irá obter a sua
Tonalidade, basta olhar o ciclo de quintas para facilitar saber qual é a 5º quinta
nota anterior a Sib (Bb), neste caso será Eb, e poderá ser um acorde Tônico de
Eb7M (Mi bemol Maior com Sétima Maior) se a Escala for Maior Natural ou Ebm7
(Mi bemol menor com Sétima menor) se a escala for menor Natural.

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HARMONIA - APERFEIÇOANDO A HARMONIA

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HARMONIA - APERFEIÇOANDO A HARMONIA

Caso você ainda tenha dificuldade em aplicar esses conceitos sem utilizar a
técnica de utilizar o “Fold”, ou pintar todas as brancas a partir de Dó para obter a
Escala de Dó Maior, ou pintar a partir de Lá para obter a Escala menor, e ainda
pintar as notas sempre pulando uma com o Fold ligado para construir o campo
harmônico de qualquer escala, recomendamos que você exercite mais para que
tenha esses conceitos fixos em sua mente, evitando a tentação de utilizar essas
técnicas fáceis, pois nem todos os softwares contém o recurso Fold e você terá
que saber a qualidade dos intervalos, as funções harmônicas de cada acorde, a
qualidade dos 7 graus de acordes e todos os outros conceitos para utilizar em
outra DAW, ou ainda fazer Collab com algum amigo.

Aula 2 - CONSTRUINDO DO ZERO

Nesta aula será exemplificado como criar uma harmonia de forma prática, e ao
decorrer deste capítulo você verá como incrementar esses acordes.

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HARMONIA - APERFEIÇOANDO A HARMONIA

A primeira coisa que você pode fazer é anotar em qual tonalidade você deseja
criar sua música, como por exemplo Escala de Sol menor, depois você pode
aplicar a fórmula da Escala menor: T, S, T, T, S, T, T para obter as 7 notas da
Escala de Sol menor, e você também pode anotar qual é o Campo Harmônico
Menor, lembrando que na Escala Menor o 1º grau é Menor com Sétima Menor ( I7
), o 2º grau é Diminuto com Sétima Menor ( IIm7(b5), o 3º grau é Maior com
Sétima Maior ( III7M ), o 4º grau é Maior com Sétima Menor (IV7 ), o 5º grau é
Menor com Sétima Menor ( Vm7 ), o 6º grau é Maior com Sétima Maior ( VI7M ) e
o 7º grau é Maior com Sétima Maior ( VII7M ), ou seja, você terá as 7 notas
fundamentais Sol (G), Lá (A), Sib (Bb), Dó (C), Ré (D), Mib (Eb), Fá (F). Se atente
aos acidentes que sua escala poderá conter, e a seguir você verá qual cadência
utilizar de seus acordes.

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HARMONIA - APERFEIÇOANDO A HARMONIA

Para iniciar a criação dos acordes você pode partir por algo mais simples,
como criar apenas as Tríades. Em uma Escala de Sol menor o acorde do 1º grau
será Sol menor (Tônica Forte), ou seja, a distância de Sol (Primeira) para Si
(Terça) terá que ser de 1 Tom e 1/2, e de Si (Terça) para Ré (Quinta) 2 Toms, ou
de Sol (Primeira) para Ré (Quinta) 3 Toms e 1/2, ou seja, de Sol (G) para Si (B) 1
Tom e 1/2 e de Si (B) para Ré (D) 2 Toms.

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HARMONIA - APERFEIÇOANDO A HARMONIA

Depois de distribuir o acorde Tônico Forte em 8 compassos, você pode fazer


uso também do acorde Tônico Fraco, que pode ser o 6º grau da Escala ou o 3º
grau. Abaixo foi utilizado o 6º grau, que neste caso do campo harmônico de Sol
Menor será Eb (Mi bemol Maior). No exemplo foi apagado o acorde do compasso
5 para colocar o 6º grau no lugar.

Você também pode apagar o último acorde do 1º grau e colocar um outro


acorde Tônico Fraco, que neste caso é do 3º grau, Bb (Si bemol Maior).

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HARMONIA - APERFEIÇOANDO A HARMONIA

Visualmente você já pode pensar em inversões para que os acordes fiquem


mais próximo um dos outros, pois a ideia é criar uma harmonia, uma espécie de
“tapete” sonoro, principalmente se for para pensar em alguém executando essas
notas em um teclado, as inversões facilitariam a forma de performance.

Agora é possível duplicar esse loop de 8 compassos e mantê-lo em 16


compassos, assim você pode montar uma outra cadência próxima do final de 16
compassos a fim de “finalizar” a harmonia e recomeçar o loop, ficando conforme o
exemplo a seguir, tanto a sua cadência quanto a formação de acordes.

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HARMONIA - APERFEIÇOANDO A HARMONIA

Mais uma vez é possível visualizar que as notas do último acorde da cadência
se encontram muito mais altas do que o restante, o que pode te levar a fazer
inversões para que fiquem interessante.

Depois de definida sua cadência com Tríades, você pode adicionar a Sétima
de cada acorde e decidir se vai ficar interessante para o que você quer fazer ou
não, inclusive aplicar as inversões que achar necessárias. Veja o exemplo a
seguir:

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HARMONIA - APERFEIÇOANDO A HARMONIA

Mais uma vez é possível visualizar que as notas do último acorde da cadência
se encontram muito mais altas do que o restante, o que pode te levar a fazer
inversões para que fiquem interessante.

Caso ache que o final esteja gerando muita tensão, você pode diminuí-lo e
repetir o acorde de 6º grau (VI). Entenda vendo o exemplo a seguir, próximo ao
final dos 16 compassos.

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HARMONIA - APERFEIÇOANDO A HARMONIA

Para fazer a região grave de seu som você pode desenhar no mesmo tamanho
de notas, porem pegando as notas fundamentais de cada acorde, técnica de
Voicing, algo que já foi feito iniciado através das inversões de acordes.

Você lembra que na aula de Voicing foi dito que o ouvido humano percebe de
forma mais significativa o que está no agudo e o que está no grave? Pois então,
além de graves, você também pode fazer a técnica de Voicing colocando notas
mais agudas do que as graves, com notas fundamentais de cada acorde, ou
também pode ser utilizando a Terça ou a Quinta. Veja o exemplo a seguir o qual
foi pintado a Terça de cada acorde uma oitava acima dos acordes. Inclusive, é
importante seguir o sobe e desce de graves e agudos para manter a sensação da
cadência.

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HARMONIA - APERFEIÇOANDO A HARMONIA

Aula 3 - SUBSTITUIÇÃO DE ACORDES

Substituição de acordes não trata apenas de escolher um acorde e trocar por


outro qualquer, que faça parte do campo harmônico da escala da qual você está
fazendo uso. Trata-se de levar em consideração a função harmônica do acorde a
ser substituído e a existência de notas semelhantes.
Para exemplificar, a seguir foi criado o campovharmônico da Escala de Dó
Maior e foi feito algumas inversões de acordes paravque as notas fiquem
alinhadas em uma mesma altura, facilitando a análise de quais acordes fazem uso
de notas semelhantes. Você verá que o 1º grau faz uso de duas notas do 3º grau,
assim como o 5º grau também faz uso de duas notas do 7º grau e também do 3º
grau, assim como o 4º grau faz uso de algumas notas do 6º grau e do 2º grau,
assim como o 2º grau faz uso de duas notas do 7º grau, etc. Veja o agrupamento
a partir da segunda imagem a seguir de notas semelhantes que facilitam a
substituição de acordes dentro do campo harmônico.

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HARMONIA - APERFEIÇOANDO A HARMONIA

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HARMONIA - APERFEIÇOANDO A HARMONIA

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HARMONIA - APERFEIÇOANDO A HARMONIA

Os mesmos graus também podem ser graus substituíveis na Escala menor, a


seguir você verá os acordes da Escala de Lá menor Natural, que poderiam ser
substituíveis uns pelos outros, inclusive também se apresentam com inversões
para que fique fácil deixar as notas na mesma altura. Mas as substituições
também funcionam de forma semelhante na Escala menor, com a diferença da
qualidade de cada acorde.
Se você utilizar o Camelot Wheel, que é baseado no Ciclo de Quintas para
fazer as substituições de acordes, você verá que as notas que são semelhantes
dentro do campo harmônico da Escala Maior, também têm semelhança com
alguma do campo harmônico menor. Isso quer dizer que você pode ter um acorde
no campo harmônico da Escala Maior que pode ser substituído por um acorde
que faz parte da Escala menor, no exemplo a seguir você verá que o 1º grau da
Escala de Dó Maior pode ser substituído por seu 6º grau, que é um acorde de Am
(Lá menor), e também pelo acorde Em (Mi menor) que é seu 3º grau.

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HARMONIA - APERFEIÇOANDO A HARMONIA

Porém esses acordes também fazem parte do Campo Harmônico de Lá


menor, inclusive Am é o 1º grau do campo harmônico da Escala de Lá menor, e
Mi menor é o 5º grau da mesma escala, ou seja, no Camelot Wheel você poderia
mixar músicas na forma diagonal além de ir através do ciclo de quintas e das
Relativas Menores. Dessa forma, você também pode utilizar o Camelot Wheel
como guia para realizar as substituições de acordes.

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HARMONIA - APERFEIÇOANDO A HARMONIA

Continuando com a aplicação dos acordes da aula anterior, suponha que você
queira fazer substituição do acorde do compasso 13, que é o grau VI do campo
harmônico da Escala de Sol menor, ou seja, Eb (Mi bemol Maior). Para substituí-
lo basta você abrir o Camelot Wheel, identificar a tonalidade que corresponde ao
acorde que você quer mudar, que neste caso é o Eb (Mi bemol Maior), no
Camelot aparece como E-Flat Major, e ver qual é sua Relativa menor e o Quinto
Grau sentido horário da Relativa Menor, ou seja, o acorde de substituição pode
ser de Cm (Dó menor) ou Gm (Sol menor). No Live você pode duplicar seu clip e
testar qual das opções fica mais interessante em sua substituição, não esqueça
da Sétima, pois os acordes da aula anterior estavam com Sétima, e os graus de
substituição são I ou IV do Campo Harmônico da Escala de Sol Menor.

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HARMONIA - APERFEIÇOANDO A HARMONIA

Depois de desenhar o acorde de substituição, você pode realizar as inversões


para que fique uma harmonia uniforme e criar Voicing para os graves e agudos
conforme já existia nesse acorde.

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HARMONIA - APERFEIÇOANDO A HARMONIA

Suponha que você queira substituir o acorde do compasso 11, que é um


acorde de Gm (Sol menor) 1º grau (I) da Escala de Sol menor. Por ser um acorde
menor, a substituição no Camelot se apresentará no sentido contrário, ou seja, a
substituição de acordes será boa utilizando a sua Relativa Maior, B Flat Major (Si
bemol Maior), ou usando a Quinta de B Flat Major (Si bemol Maior) que é E Flat
Major, Eb (Mi bemol Maior), ou seja, o grau VI e o grau III do Campo Harmônico
da Escala de Sol menor.

No final foi substituído apenas o acorde do compasso 13 que era o grau VI


(Eb7M) e passou a ser o grau IV (Cm7/G) - (Dó menor com Sétima menor com a
nota baixa iniciando em Sol), acorde com a 2º inversão.

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HARMONIA - APERFEIÇOANDO A HARMONIA

Aula 4 - ACORDES DE PASSAGEM

No final foi substituído apenas o acorde do compasso 13 que era o grau VI


(Eb7M) e passou a ser o grau IV (Cm7/G) - (Dó menor com Sétima menor com a
nota baixa iniciando em Sol), acorde com a 2º inversão.
Acordes de passagem são acordes que “suavizam” ou “facilitam” o caminho
para ir de um acorde ao outro, por exemplo, ao invés de dar um “salto” do acorde
do 1º grau ( I ) para o de 5º grau ( V ), você pode utilizar um acorde de passagem
entre esses dois graus para que esse caminho seja feito de uma maneira mais
fácil e consequentemente mais bonito.
Esses acordes de passagem geralmente não se encontram no tempo forte de
seu compasso, ou seja, acontecem antes de vir o tempo forte, e outro detalhe
importante, o acorde de passagem pode ser diatônico (usar acordes que fazem
parte do campo harmônico e da escala), ou cromático, (utilizar acordes fora do
campo harmônico e da escala) e além disso, o acorde precisa ter a mesma
qualidade do acorde que virá a seguir.

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HARMONIA - APERFEIÇOANDO A HARMONIA

Ou seja, se você quer fazer a passagem de um acorde menor para um maior, o


acorde de passagem, antes de ir para o acorde maior desejado, precisará
também ser um acorde maior. Veja o exemplo a seguir utilizando 2 acordes
diatônicos maiores, foi reduzido o acorde do compasso 3 para incluir um acorde
de passagem um pouco antes do compasso 5, ou seja, antes do tempo forte.
Assim, o caminho até o acorde do compasso 5 será interessante, e já que se trata
do campo harmônico da Escala de Gm (Sol menor), para ir do acorde de 1º grau (
I ) para o 6º grau ( VI ), pode ser utilizado o acorde de 7º grau (VII ) ou de 3º grau
( III ) como passagem, dependerá do sentimento que você quer passar com sua
harmonia, pois ambos são acordes maiores, mas passarão um sentimento
diferente.

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HARMONIA - APERFEIÇOANDO A HARMONIA

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HARMONIA - APERFEIÇOANDO A HARMONIA

Seguindo a mesma métrica do primeiro acorde de passagem inserido, você


pode reduzir o tamanho do acorde 11 e colocar um acorde de passagem
cromático, ou seja, um acorde com notas fora da escala e do campo harmônico.
Por ser algo fora do tempo forte e acontecer de forma rápida, pode ser que fique
interessante. Caso não tenha ideia do que criar você pode pegar a estrutura dos
acordes dos compassos 13, copiar todos e descer ou subir 1 semitom, você terá
algumas notas fora da escala e outras não, mas que podem gerar um efeito
interessante em sua cadência.

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HARMONIA - APERFEIÇOANDO A HARMONIA

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HARMONIA - APERFEIÇOANDO A HARMONIA

Aula 5 - DOMINANTES SECUNDÁRIAS

Dominantes secundárias são acordes que precede o acorde Dominante, ou


seja, ao invés de tocar o acorde Dominante e resolver na Tônica, é tocado um
acorde Dominante Secundário antes de qualquer outro acorde que não seja a
Tônica principal, criando um momento semelhante a Tônica. No exemplo a seguir
foi reduzido o tamanho do acorde do compasso 5, um acorde do grau VI (Eb7/G
Tônica Fraca), para incluir um acorde que gere tensão antes de realmente entrar
o outro acorde que gerará mais tensão ainda, que no caso é o acorde do grau III
(Bb7M Tônica Fraca). Para criar o acorde dominante secundário, basta você criar
um acorde a partir da Quinta do acorde que virá, ou seja, no exemplo a seguir o
acorde que virá é o Bb7M (3º grau Tônica fraca), a Quinta deste acorde é F (Fá),
basta criar um acorde Dominante a partir de F (Fá) antes de Bb7M e pronto,
lembrando que para se ter um acorde Dominante, os intervalos são: Terça Maior,
Quinta Justa e Sétima menor, o Trítono acontece entre a Terça e a Sétima.

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HARMONIA - APERFEIÇOANDO A HARMONIA

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HARMONIA - APERFEIÇOANDO A HARMONIA

Aula 6 - MODULAÇÃO

Modulação é o nome dado para quando você cria sua música em uma
determinada escala e em determinado momento você muda para outra escala no
meio da música, algo que não é comum na música eletrônica, mas em alguns
caso você pode encontrar esse tipo de ação em breaks, a música muda para
outra escala e volta para escala inicial, a qual ela foi feita. É muito comum de
acontecer em músicas de igrejas protestantes, e também aconteceu na música da
Celine Dion – “My Heart Will Go On”, a música do filme Titanic.
Utilizando como exemplo a harmonia que foi criada e continua sendo
melhorada neste capítulo do curso, Gm (Sol menor), imagine que você queira
subir um Tom dela. Para não fazer de um jeito brusco a subida de 1 Tom de toda
harmonia e dar play em um clip em sequência do outro, o jeito correto de fazer
essa modulação é criar um acorde Dominante Secundário antes de começar a
nova frase musical um Tom acima.

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HARMONIA - APERFEIÇOANDO A HARMONIA

Em outras palavras, se o primeiro acorde de 1 Tom acima de Gm (Sol


menor) é Am (Lá menor), o acorde Dominante Secundário é a Quinta de Lá
menor, ou seja, antes de iniciar a seção da harmonia toda em Am (Lá
menor), você precisa criar o acorde Dominante Secundário ainda na
tonalidade de Gm (Sol menor), neste caso será E7 (Mi Maior com Sétima
menor), 5º grau de Lá menor, esse acorde gerará uma tensão no final da
harmonia de Gm, e “chamará” a seção da harmonia toda em Am, 1 Tom
acima.

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HARMONIA - APERFEIÇOANDO A HARMONIA

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HARMONIA - APERFEIÇOANDO A HARMONIA

Aula 7 - ACORDE DE EMPRÉSTIMO MODAL (pt 1)

Acorde de Empréstimo Modal é um acorde que você utiliza em sua música que
não faz parte do campo harmônico da escala que você está utilizando, ou seja,
você utiliza um acorde de outro campo harmônico e de outra escala, mas que soa
harmônico. Tem o nome de Modal porque você irá “pegá-lo" de outro Modo, outra
escala para fazer uso.
O jeito mais comum de fazer empréstimo modal é utilizar a Escala “Homônima"
da escala que você está utilizando, ou seja, no exemplo deste capítulo a harmonia
foi criada em Sol menor (Gm), o empréstimo Homônimo é pegar acordes
emprestado da Escala de Sol Maior (G), logo você precisará criar o campo
harmônico de G Maior ou saber o campo harmônico para pegar acordes
emprestados, porém, saiba que você não deve utilizar esses acordes
emprestados de forma muito prolongada, pois poderá dar a sensação de
modulação e esse geralmente não é o intuito deste tipo de ação, a ideia é trazer
um “tempero” extra para sua harmonia.

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HARMONIA - APERFEIÇOANDO A HARMONIA

Depois de saber quais notas fazem parte da escala de Gm (Sol menor), de


Gmajor (Sol Maior) e seus respectivos campos harmônicos, saiba que sempre
será mais interessante fazer empréstimo modal de Subdominantes Fraca ou Forte
e Tônica fraca. Os acordes Dominantes Forte e Fraco e a Tônica Forte, não são
muito recomendados para fazer o empréstimo modal, mas você sempre pode
testar e ver como soará esse empréstimo. No exemplo a seguir será substituído o
6º grau de Gm, ou seja, Eb7M pelo 6º grau de Gmaj, ou seja, Em7, Outro detalhe
importante, no acorde de Empréstimo Modal que é semelhante a fazer
Substituição de Acordes Diatônicos, é utilizar acordes que tenham uma mesma
altura de grave e agudos para não soar estranho, lembrando que os acordes de
passagem diatônicos levam em consideração sua qualidade. Se o próximo acorde
será maior, o acorde de passagem também deve ser maior, mas nesse caso você
deve pensar em apenas altura, grave/agudo. Veja o exemplo a seguir:

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HARMONIA - APERFEIÇOANDO A HARMONIA

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HARMONIA - APERFEIÇOANDO A HARMONIA

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HARMONIA - APERFEIÇOANDO A HARMONIA

Após fazer o Acorde de Empréstimo Modal, neste caso do modo Homônimo de


Gm (Sol menor), pode acontecer de o acorde seguinte não ficar interessante para
a harmonia, neste caso você pode substituí-lo por outro, porém, esse deve ser do
campo harmônico da escala de sua música, utilizando algum outro Diatônico.

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HARMONIA - APERFEIÇOANDO A HARMONIA

Aula 8 - DISTRIBUINDO A HARMONIA NA MÚSICA

Após as 7 aulas anteriores sobre criação e aprimoramento de harmonia, nesta


esta aula foi realizada a instrumentação de toda harmonia criada no piano e foi
distribuída em 1 Pluck, 3 tipos de Bassline que conversam seguindo a harmonia, 1
Chord e 1 Pad, tudo seguindo a harmonia tendo como divisão as alturas das
notas, deixando os graves para o Bass e os agudos para o Pluck e Pad.

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HARMONIA - APERFEIÇOANDO A HARMONIA

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HARMONIA - APERFEIÇOANDO A HARMONIA

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HARMONIA - APERFEIÇOANDO A HARMONIA

Antes de ir para os próximos capítulos do curso referente a Melodia, treine


bastante sua criação de harmonia, isso facilitará seu entendimento e aplicação de
criação de Melodia.

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MELODIA - FUNDAMENTOS DA MELODIA

Aula 1 - O QUE É A MELODIA

Melodia é o ato de tocar notas de forma individual em sequência, geralmente é


ela que fará com que as pessoas lembrem de sua música e fiquem cantarolando,
seja por ter utilizado um instrumento para criar a melodia, ou ter feito com vocal
através das sílabas.
Nem todos os estilos fazem uso de melodia, existem estilos musicais que até a
harmonia não têm variação de cadência, ou seja, acaba sendo sustentada em um
único grau que geralmente é Tônico e não faz uso de melodia, quando faz, pode
até não ser de forma marcante. Além disso, o ouvinte só ouvirá a harmonia de
forma emocional, dificilmente ele saberá os acordes que foram tocados, diferente
da melodia que é algo feito em forma de “história” e se torna marcante.
Outro detalhe importante sobre melodia, você não pode criar uma melodia feliz
se a mensagem que você quer passagem com sua música é de tristeza, ou
angústia. Da mesma forma que a harmonia te levará para determinado sentimento
e você pensará em como elaborá-la para passar o sentimento desejado, a
melodia precisa acompanhar esse sentimento, não fará sentido ter uma harmonia
triste e ter um vocal ou uma melodia que fala sobre felicidade.
Neste capítulo as aulas irão utilizar como exemplo um House que já contém a
harmonia criada através das técnicas apresentadas nos capítulos anteriores,
inclusive já foi feito a instrumentação através de outros elementos. Veja a seguir a
harmonia utilizada para realizar a instrumentação, inclusive tem a opção de forma
“reta” e de forma ritmada.

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MELODIA - FUNDAMENTOS DA MELODIA

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MELODIA - FUNDAMENTOS DA MELODIA

No canal “Sem V2” você verá o desenho do bass que surgiu através da
instrumentação da harmonia. No canal “Pigments” você verá um Pluck utilizando a
nota fundamental e a quinta de cada acorde também seguindo a cadência de
harmonia, e no canal “DX 7 V” contém um timbre de Piano Elétrico para trazer
todo peso e a sensação da harmonia.

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MELODIA - FUNDAMENTOS DA MELODIA

Dessa forma a harmonia pode se tornar algo repetitivo, mas a melodia é o que
trará a variação que a harmonia precisa para se tornar interessante.

Aula 2 - MOTIVO X MELODIA

No estudo de Melodia alguns autores usam a palavra “Motivo” para


composição de uma Melodia, e o Motivo neste caso significa o ritmo e a forma
como você criará sua melodia se baseando na harmonia, ou seja, na forma como
sua melodia se repetirá em termos de tamanho e ritmo. Em outras palavras, antes
de criar a melodia, você precisará pensar no Motivo, que é o ritmo, o
espaçamento e o tamanho das notas para criação de melodia. Por mais que você
crie uma melodia utilizando as notas de uma determinada escala com algumas
notas preferidas, não adiantará você desenhar suas notas de qualquer jeito, pois
mesmo estando dentro da escala pode não ficar algo coerente/interessante. O
exemplo a seguir é uma melodia que foi criada utilizando algumas notas da
Escala de Am (Lá menor Natural), mas foi feita de forma aleatória, não é algo que
ficará ruim mas não se tornará uma melodia memorável, principalmente por não
existir um Motivo, ou seja, um ritmo e distância entre notas que se repete apesar
das notas diferentes.

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MELODIA - FUNDAMENTOS DA MELODIA

Quando você não tem ideia de que tipo de melodia deseja criar, e já tem criado
sua harmonia passando as sensações e uma bateria ditando o ritmo, você pode
desenhar um compasso de melodia tocando apenas a fundamental e pensar em
um motivo para que mesmo estando na fundamental se torne algo interessante.
Vai parecer chato por ser a mesma nota sempre, mas você pode pensar em
alongar uma nota, tirar outra, etc. Veja um exemplo a seguir de 4 compassos com
um motivo bem semelhante, sendo que no primeiro compasso você tem uma
parte A, no segundo uma parte B, no terceiro uma parte C e depois finaliza
repetindo o B.

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MELODIA - FUNDAMENTOS DA MELODIA

Dessa forma você já terá um Motivo criado de forma monótona por estar
utilizando apenas a nota fundamental da escala, mas a partir disso você poderá
pensar em distribuir essas notas em outras notas da escala para começar a criar
algo interessante, tema das próximas aulas, mas saiba que uma boa melodia
começa com um bom motivo, repetitivo e interessante ao mesmo tempo.

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MELODIA - FUNDAMENTOS DA MELODIA

Aula 3 - CENTRO TONAL

Além de um bom motivo toda melodia boa é caracterizada por conter um


centro tonal, ou seja, ela subirá para o agudo, descerá para o grave e sempre
passará por notas que soarão bem confortáveis para o ouvido. Semelhante a
metáfora de “ela sempre voltará para casa", e esse centro tonal na maioria das
vezes é uma das 3 notas que compõem o acorde principal de sua escala. Se sua
música está em Am (Lá Menor Natural) as notas do acorde de Am é o Centro
Tonal de sua Melodia, ou seja, Lá (A), Dó (C), Mi (E).
Existem momentos onde é mais interessante de existir um centro tonal,
geralmente em começo de compassos ou próximo do final de cada compasso, e
saiba que não precisa ser a nota fundamental do acorde Tônico, você utiliza o
acorde Tônico da escala como parâmetro para se ter um bom resultado, exceto se
sua ideia for criar Arpejos, nesse casos os Arpejos seguem o que a harmonia está
fazendo, porém é assunto para um outro capítulo. No exemplo a seguir o “Mi”
acabou sendo utilizando como o centro tonal, principalmente porque a harmonia
da música tem como nota sendo tocada constante o “Mi”, o que fará a melodia
soar encaixada com harmonia, apesar de nem sempre a melodia estar associada
a harmonia.

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MELODIA - FUNDAMENTOS DA MELODIA

Apenas em fazer esses ajustes de centro tonal sua melodia poderá soar boa,
mas saiba que existem métricas que podem fazer sua melodia ficar melhor ainda,
métricas que irão ditar quando é interessante ir para o agudo e quando não, por
exemplo.

Aula 4 - MÉTRICA DAS BOAS MELODIAS

Métrica de melodia está relacionado ao distanciamento que pode ser


interessante existir entre notas de uma melodia, assim como em determinados
momentos onde fica mais interessante as notas tocarem uma oitava acima ou
abaixo, há boas práticas para que fique algo interessante.
A primeira coisa que você precisa pensar é que a melodia é algo que as
pessoas irão cantarolar quando ela for boa, ou seja, é importante que seja algo
fácil de cantarolar, pois isso irá fixar na cabeça da pessoa. Então saiba que
dificilmente uma pessoa irá cantarolar duas oitavas acima em uma mesma nota,
logo, se você pensar em uma vocalista, é possível que ela alcance no máximo
uma oitava e 1/2 meia acima, em média. Isso possibilita que você comece a
pensar em um range de no máximo até a Quinta de uma oitava acima. No
exemplo deste capítulo a música está sendo construída em Am, logo a melodia
pode variar até Mi de uma oitava acima, assim você pode ocultar essas notas
extras do seu “Fold” e trabalhar apenas com esse range em sua melodia.

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MELODIA - FUNDAMENTOS DA MELODIA

Dependendo de como as notas estão desenhadas em seu grid, a distância


existente de uma para outra tem nomes e fazem toda diferença para se tornar
algo memorável para o seu público. Por exemplo, quando sua melodia contém
execuções de notas que estão a no máximo 1 Tom de distância, essas distâncias
na Melodia tem o nome de Degrau. Já em casos de utilizar a Terça, que equivale
1 Tom e 1/2, já tem o nome de Pulo, ou seja, você está pulando de uma nota para
outra. Quando você está variando notas de uma oitava acima, esse tem o nome
de Salto. Quando você posiciona as notas em forma de escada, saiba que isso
soa bem confortável e memorável para o ouvido humano, pois você estará
fazendo uma sequência de Degraus que facilitam a memorabilidade, mas nada te
impede de dar alguns Saltos. Nas imagens a seguir você verá os três exemplos
dessas ações.

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MELODIA - FUNDAMENTOS DA MELODIA

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MELODIA - FUNDAMENTOS DA MELODIA

Sempre que você realizar Saltos é importante que, ao voltar, volte para as
notas do centro tonal, pois isso soará mais interessante para o ouvido. Ou você
pode ficar na altura do Salto, porém é importante utilizar as notas do centro tonal
de sua escala. No exemplo desse capítulo é o Am (Lá menor), Lá (A), Dó (C), Mi
(E), isso manterá a coerência de sua melodia. Veja a Melodia a seguir ajustada,
levando em consideração esse detalhe de Pulo, Degraus, Saltos e principalmente
o Centro Tonal que é o Mi (E).

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MELODIA - FUNDAMENTOS DA MELODIA

Se você imaginar uma pessoa cantando, existem momentos em que ela faz
pausas para respirar e continuar cantando, logo, você também pode trazer esse
conceito para sua melodia e fazê-la “respirar”. Essas pausas a tornará mais rica,
“natural” e até mesmo mais memorável.

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MELODIA - FUNDAMENTOS DA MELODIA

Aula 5 - PERGUNTA E RESPOSTA

"Pergunta e Resposta" ou "Call and Response" é uma técnica muito utilizada


em várias boas melodias em diversos estilos musicais. O conceito de pergunta e
resposta na melodia é muito semelhante a uma conversação, pois a entonação
com que alguém te pergunta alguma coisa gera um ar de necessidade de
resposta, e geralmente a resposta irá concluir a pergunta. Tente imaginar alguém
te perguntando: “Você gosta de chocolate”? e você responde: “Sim, eu gosto”. A
entonação com que acontece a pergunta e depois a resposta é algo que pode ser
aplicado dentro de uma melodia, uma parte pode gerar a “Pergunta” e a outra
pode gerar a “Resposta” da pergunta, isso irá deixar sua melodia interessante e
prender a atenção do ouvinte, pois existem modos de fazem isso acontecer na
melodia.
Se você se lembrar do capítulo de funções harmônicas, você com certeza
lembrará que existem acordes que geram tensão e pedem por uma resolução,
logo, saiba que isso também pode ser aplicado a melodia de acordo com os
intervalos que você tocar. Existem alguns intervalos que soarão mais confortáveis
do que outros, outros que gerarão mais tensão e pode causar essa ideia de
pergunta. Se fosse para fazer um comparativo é possível dizer que a “pergunta” é
tocar os acordes Dominantes e a “resposta” é tocar os acordes Tônicos, mas
neste caso é sobre Melodia e na melodia, quando você busca por resolução e
relaxamento, geralmente você fará uso de notas de intervalos Justos, ou seja, 4º
Quarta Justa, 5º Quinta Justa e 8º Justa, todos esses intervalos de notas são as
chamadas Consoantes Perfeitas. Já quando você busca por gerar tensão, mas
não de forma muito agressiva, você pode utilizar a 3º Terça ou 6º Sexta que
podem ser Maior ou menor dependendo da Escala, intervalos que são
considerados Consoantes Imperfeitos, e você pode ir além utilizando notas e
intervalos que fazem parte escala, mas que soam Dissonantes, como a 2º
Segunda ou a 7º Sétima que podem também ser Maior ou Menor dependendo da
escala.

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MELODIA - FUNDAMENTOS DA MELODIA

No exemplo abaixo foi utilizado o compasso 1 e 2 como um bloco único para


gerar uma pergunta, enquanto o compasso 3 e 4 formou outro bloco para gerar
uma resposta. Repare nas notas utilizadas ao final do compasso 2 e do compasso
4, pois são os compassos responsáveis por gerar a sensação de pergunta e
resposta, onde um pedirá por uma resposta e o outro dará a sensação de
resposta.

No exemplo anterior a melodia foi criada em apenas 2 blocos, cada um com 2


compassos, você pode duplicar essa melodia e continuar com esses 2 blocos,
porém ao final de 8 compassos é possível criar uma elevação para algo mais
agudo e resolver gerando um clímax, assim, ao loopar, a melodia voltará para seu
centro tonal e girará em torno disso. Veja o exemplo a seguir utilizando os
conceitos de Pulo, Degrau, Saltos e também as funções de cada intervalo,
Consonante Perfeito, Consonante Imperfeito e Dissonantes.

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MELODIA - FUNDAMENTOS DA MELODIA

Tenha em mente que sempre que você for criar sua melodia, antes de
realmente criá-la você precisa pensar em um Motivo, depois pensar em um
Centro Tonal, o qual ela sempre irá voltar após sua criação, esse centro tonal
pode ser alguma nota que sempre é utilizada em sua harmonia, mas geralmente é
a Primeira, Terça ou Quinta de seu Acorde Tônico. Além disso, você precisa criar
uma métrica que faça sentido para seu público, você pode colocar como “regra”
variar até a Quinta de uma oitava acima, porém, não deixe de utilizar o conceito
de Pulo, Degrau e Saltos de forma correta, além das notas e intervalos que te
ajudarão a criar uma pergunta e resposta para sua melodia, podendo até gerar
um clímax em sua resposta final.

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MELODIA - CONSTRUINDO A MELODIA

Aula 1 - ESCALA PENTATÔNICA MAIOR

Neste capítulo você conhecerá algumas estratégias para criar sua melodia de
uma forma fácil, utilizando as técnicas dos fundamentos da melodia apresentadas
no capítulo anterior e as que virão a seguir.
Iniciando pela Escala Pentatônica Maior, essa é uma escala que faz uso de
apenas 5 notas e não 7 como de costume, porém somente a Melodia fará uso da
Escala Pentatônica, pois a sua harmonia pode fazer uso de um dos 7 graus da
Escala, enquanto a melodia ficará focada apenas em utilizar 5 notas que formam
uma Escala Pentatônica.
Para descobrir quais são as 5 notas da Pentatônica Maior é simples, basta
criar uma Escala Maior Natural que você já conhece e ao criar a Melodia não
utilizar a 4º Quarta e nem a 7º Sétima em sua criação, isso já constituirá a Escala
Pentatônica Maior. No exemplo a seguir você verá a Escala de Dó Maior e a
Escala Pentatônica de Dó Maior até a 5º Quinta de uma oitava acima, que é o
range que geralmente as pessoas no geral costumam cantarolar melodias.

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MELODIA - CONSTRUINDO A MELODIA

Depois de formar a Escala Pentatônica, todos os conceitos para criação de


melodia aprendidos no capítulo anterior precisam ser levados em consideração,
ou seja, você precisa elaborar um Motivo antes de pensar em como distribuir as
notas entre cada intervalo, ou seja, antes da Métrica. Lembrando que você
precisa determinar um centro tonal, que geralmente é a nota mais tocada na
harmonia que consequentemente será uma das notas do acorde Tônico, e se
você quiser criar pergunta e resposta precisa utilizar notas que geram tensão,
notas dissonantes, que nesse caso da Escala Pentatônica só restou a 2º
Segunda, ou você ainda pode tentar criar com a 3º Terça e 6º Sexta que são
consonantes imperfeitas, mas ainda assim a 2º Segunda será a melhor opção,
enquanto o centro tonal e a 5º Quinta sempre trarão uma sensação de repouso e
resposta. Um último detalhe para criação da melodia: leve em consideração os
conceitos de Degrau, Pulo e Salto, pois isso ajudará sua melodia se tornar
interessante. Veja o exemplo da criação de melodia iniciando com 4 compassos a
seguir:

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MELODIA - CONSTRUINDO A MELODIA

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MELODIA - CONSTRUINDO A MELODIA

A partir desse ponto a métrica será elaborada de acordo com sua ideia e
levando em consideração os conceitos de manter um Centro Tonal, Degrau, Pulo
e Salto, além de pensar em Pergunta e Resposta utilizando as notas que
correspondem aos intervalos Dissonantes, 2º Segunda, e Consonantes
Imperfeitas, 3º Terça e 6º Sexta. O centro tonal neste caso será a 1º Primeira: Dó.
Veja como ficou a Melodia na imagem a seguir:

Na última parte da Melodia, no compasso 7 e 8, é interessante criar um clímax


para elevar a energia da música e tornar bem interessante, lembrando que
sempre que você quiser deixar a melodia mais estável, você utiliza uma das três
notas do acorde principal, ou seja, Tônica. Veja o exemplo do clímax criado na
imagem a seguir:

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MELODIA - CONSTRUINDO A MELODIA

Utilizar a Escala Pentatônica para criar melodia poderá soar clichê, mas é algo
muito funcional para criação de Melodia, tem muita eficácia.

Aula 2 - ESCALA PENTATÔNICA MENOR

O conceito da Escala Pentatônica Menor é o mesmo que a Maior, faz uso de


apenas 5 notas, porém, como o campo harmônico da Escala Menor é diferente da
Escala Maior, as notas que não serão utilizadas são diferentes. Neste caso não
deve ser usado os intervalos 2º Segunda e 6º Sexta, que na Escala de Lá Menor
correspondem as mesmas notas da Escala de Dó Maior, pois elas são Relativas,
lembra? Mas os intervalos são diferentes, pois as posições das notas mudam
apesar de serem as mesmas notas. Por exemplo, ao invés de você utilizar a 2º
Segunda para gerar tensão e criar a pergunta e resposta você fará uso da 7º
Sétima, podendo ainda utilizar a 3º Terça dependendo do caso, sendo que
sempre deve existir um centro tonal que será uma das três notas do acorde
principal, além de considerar os conceitos de Degrau, Pulo e Salto na criação da
Melodia.

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MELODIA - CONSTRUINDO A MELODIA

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MELODIA - CONSTRUINDO A MELODIA

Para determinar o Centro Tonal avalie a harmonia antes de criar a melodia, o


que neste caso pode ser E(Mi) - (5º Quinta de Lá) ou o próprio Lá(A) - (1º
Primeira).

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MELODIA - CONSTRUINDO A MELODIA

Para criar Melodia siga o mesmo passo a passo visto no capítulo anterior e na
aula anterior, comece com um Motivo que você ache interessante, depois pense
em como variar entre as notas da Pentatônica, levando em consideração os
conceitos de Degrau, Pulo, Salto e também de Pergunta e Reposta e utilizando as
notas que contém as funções corretas para conseguir chegar no objetivo, não
esquecendo de manter a Melodia estável, girando em torno do centro tonal a cada
compasso, por exemplo.

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MELODIA - CONSTRUINDO A MELODIA

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MELODIA - CONSTRUINDO A MELODIA

Aula 3 - ESCALA PENTATÔNICA JAPONESA (Hirajōshi)

A Escala Pentatônica Japonesa é um mix das duas Escalas Pentatônicas


anteriores. Essencialmente ela é baseada no campo harmônico menor natural,
porém, ao invés de tirar a 2º Segunda e 6º Sexta como feito na aula anterior, deve
ser tirado a 4º Quarta e a 7º Sétima, que são os intervalos que são tirados da
Escala Maior para se ter uma Pentatônica Maior. Ou seja, Escala Pentatônica
Japonesa está na Escala Menor Natural, e ela existe quando não se utiliza a 4º
Quarta e a 7º Sétima.
Para criar a Melodia, novamente siga o mesmo passo a passo, primeiro
encontre o Centro Tonal da Harmonia para decidir qual das 3 notas do acorde
principal utilizar. No exemplo a seguir a Escala é de Lá Menor Natural, logo é
possível utilizar o Lá (A) ou Mi (E) como Centro Tonal e pensar novamente em um
Motivo para sua Melodia para depois pensar em uma métrica e fazer uso dos
conceitos de notas para gerar tensão e criar a pergunta e resposta, além de fazer
Degraus, Pulos e Saltos de forma correta, sempre pensando na estabilidade da
melodia em torno do centro tonal, podendo ainda criar um clímax se essa for a
sua intenção.

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MELODIA - CONSTRUINDO A MELODIA

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MELODIA - CONSTRUINDO A MELODIA

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MELODIA - CONSTRUINDO A MELODIA

Aula 4 - ARPEJOS

Arpejos ou Arpeggiator é um tipo de Melodia que é criada baseada na


Harmonia, em outras palavras, você terá seus acordes da harmonia e o Arpejo
será criado utilizando as mesmas notas dos acordes.
Para fazer essa criação você pode copiar o clip da sua harmonia e levar para o
canal da sua melodia, que será os Arpejos, depois, para criar os Arpejos de forma
rápida, bastará você inserir um plugin chamado Arpeggiator para ouvir sua
Melodia de Arpejos acontecendo, usando a harmonia como base da criação.

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MELODIA - CONSTRUINDO A MELODIA

Dentro do Arpeggiator você pode configurar a velocidade do Arpejo através do


knob “Rate”, estilo do Arpejo no knob “Style”, função que dará uma mudança bem
significativa para seu Arpejo e o deixará mais interessante, assim como o knob
“Groove", variando sempre através das notas da harmonia sendo que o Style é o
knob que fará total diferença em como o Arpejo será executado, sendo possível
ainda configurar o tamanho da nota do Arpejo através do knob “Gate”, ou ainda
fazer o Arpejo tocar uma oitava ou mais através do knob “Steps", ou seja, ele irá
além das notas da harmonia sendo possível regular a distância em semitoms
através do knob “Distance".

Para conhecer todos os ‘“Styles” do Arpejo, é importante que você abra o


manual para saber que tipo de estilo você gostaria que seu Arpejo seguisse para
tocar as notas da harmonia em forma de melodia.

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MELODIA - CONSTRUINDO A MELODIA

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MELODIA - CONSTRUINDO A MELODIA

Caso você não queira utilizar o plugin e queira criar o Arpejo de forma manual,
você pode criar um novo clip, segurar com a tecla shift o novo clip e a harmonia
juntos, para visualizar a harmonia e o clip vazio no mesmo clip, e desenhar o
Arpejo seguindo as notas da harmonia da forma que desejar.

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MELODIA - CONSTRUINDO A MELODIA

Existe uma terceira forma de fazer Arpejo, você cria um canal MIDI vazio e
grava o MIDI do Arpejo neste canal, ou seja, você direciona o sinal do canal da
Melodia com Arpejo para esse canal MIDI vazio, dessa forma você terá as notas
que o Arpejo executou em um novo clip MIDI e poderá fazer as modificações que
desejar.

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MELODIA - CONSTRUINDO A MELODIA

Veja abaixo que depois de gravado você pode mutar algumas notas para fazer
algo diferente, facilita que você edite as notas e deixa de uma forma diferente,
apenas utilizou o Arpeggiator para criar um guia de Arpejos.

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MELODIA - CONSTRUINDO A MELODIA

Aula 5 - ADICIONANDO GROOVE À MELODIA

Toda boa melodia tem um pouco de Swing e Groove, se você imaginar uma
pessoa tocando em um teclado ou piano dificilmente ela irá tocar tudo exatamente
dentro do Grid, algumas notas serão adiantadas, outras atrasadas, outras dentro
no grid, e etc.
Quando você está criando a melodia utilizando o grid, a tendência é que você
deixe tudo dentro do grid, porém você pode fazer com que algumas notas comece
levemente antes do grid exato, ou até mesmo de forma atrasada para criar esse
groove e esse swing, principalmente com as notas que não fazem parte do tempo
forte do compasso.

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MELODIA - CONSTRUINDO A MELODIA

Caso você não queira fazer de forma manual, você pode utilizar um recurso do
Live chamado Groove Pool, nele existe uma vasta biblioteca de Groove que você
pode aplicar em sua Melodia por completa, inclusive regular o Amount, que é o
quanto de Groove você realmente quer que sua melodia tenha, pois pode ser que
você não queira 100% de Amount. Para abrir as opções de Groove Pool, basta
clicar no botão de Groove Pool, clicar com o botão direito no espaço vazio para
abrir a biblioteca de Groove e escolher o tipo de Groove que você deseja no
Browser e arrastar para janela de Groove Pool. Depois, para aplicar em sua
Melodia, basta ir na janela do Clip e ir na opção de “Groove”, escolher o Groove
que você arrastou para seu Groove Pool. Veja o passo a passo a seguir:

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MELODIA - CONSTRUINDO A MELODIA

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MELODIA - CONSTRUINDO A MELODIA

Para ver as mudanças pela qual as notas passaram, você precisa clicar na
opção “Commit” na janela do clip, você provavelmente notará que algumas notas
aumentaram seu tamanho, outras foram levemente atrasadas do Grid exato, etc.

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MELODIA - CONSTRUINDO A MELODIA

Esse mesmo Groove você pode aplicar a outros elementos de sua música e
fazê-la ficar dançante como um todo, até porque, se tudo que você fez foi
utilizando o grid, provavelmente sua música se encontrará “quadrada”, aplicar
groove e swing fará com que exista atrasos e adiantamentos das notas em
relação ao grid exato, além de mudanças de velocitys e tamanhos de notas, o que
deixará sua música bem interessante.

Aula 6 - MONTANDO A HARMONIA A PARTIR DA MELODIA

Para montar a harmonia a partir de uma melodia que você tenha criado, uma
técnica que costuma dar certo na maioria da vezes, é transpor as notas da
melodia até que elas fiquem utilizando apenas as notas brancas, assim você
saberá que escala a melodia está se baseando, Menor ou Maior. No exemplo a
seguir, ao ir transpondo a melodia que iniciava na nota em G (Sol), foi possível
descobrir que quando ela inicia a partir de A (Lá), é utilizada todas as notas
brancas, logo, é possível concluir que a escala a qual essa melodia pertence é de
Gm (Sol menor).

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MELODIA - CONSTRUINDO A MELODIA

Sabendo que a Melodia faz parte de determinada escala, neste caso da Escala
Menor, você sabe como aplicar a fórmula do campo harmônico, ou seja, Im, IIdim,
III, IVm, Vm, VI, VII, mas antes de criar o campo harmônico, para saber quais
acordes utilizar, é interessante primeiro criar o bassline. Você pode usar o método
de selecionar o clip da melodia e do bass, que está vazio, e desenhar o bass
usando a melodia como guia, veja o exemplo a seguir:

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MELODIA - CONSTRUINDO A MELODIA

Visualmente é possível perceber que o Bass está seguindo a cadência 1-2-1-5,


tocando apenas a fundamental desses acordes, que ainda não foram criados. A
partir deste guia você saberá quais acordes deve utilizar para criar sua harmonia
em um novo canal. Você pode iniciar pintando apenas as Tônicas de cada acorde
para depois criar as outras notas. Veja o exemplo do passo a passo a seguir para
criar uma Tríade.

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MELODIA - CONSTRUINDO A MELODIA

No último acorde é possível reparar que ele subiu muito para o agudo, neste
caso é importante fazer as inversões de acorde para que fique uma harmonia
interessante e menos saltitante.

Depois de feito esse ajuste, você pode pensar em enriquecer seus acordes
acrescentando a 7º Sétima e entendendo qual será o sentimento de sua
harmonia.

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MELODIA - CONSTRUINDO A MELODIA

Caso você sinta que o 5º grau não esteja gerando a tensão que realmente
precisa, lembre-se que, para que o 5º grau seja uma Dominante, o acorde precisa
ser Maior com Sétima Menor, ou seja, será necessário subir 1 semitom da Terça
do acorde Em7 para se tornar um acorde E7, logo, sua escala se tornará uma
Escala Menor Harmônica.

Para que você tenha uma harmonia estável, reveja as inversões para que você
tenha uma harmonia menos saltitante, algo que fique parecendo um “tapete”, ou
uma “cama” em termos de sonoridade.

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MELODIA - CONSTRUINDO A MELODIA

Caso você queira, você pode trocar o timbre e pensar essa harmonia de forma
ritmada, veja um exemplo abaixo:

Se você desejar voltar para sua tonalidade inicial, você também poderia
selecionar todas as notas e arrastar a partir de G (Sol) por exemplo, assim você
teria uma harmonia do campo harmônico da Escala de Gm (Sol menor), só não
deixe de fazer isso com todos os elementos.

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MELODIA - MODOS GREGOS

Aula 1 - O QUE SÃO MODOS GREGOS

Modos Gregos são outras Escalas que também fazem uso de 7 notas
preferidas de acordo com sua fórmula, porém geram sensações diferentes do
campo harmônico Maior Natural e do Menor Natural, e caso você se pergunte de
onde veio, saiba que os Modos Gregos vieram da Grécia e constituem 7 tipos de
Escalas ou Modos, que são chamados de, Jônio, Frígio, Eólio, Lídio, Mixolídio,
Dórico e Lócrio, sendo que cada um desses Modos e Escalas eram utilizados nos
cânticos antigos da Grécia, e cada região tinha o seu Modo.
Para descobrir as 7 notas que formam um Modo Grego, você pode partir da
Escala de Dó Maior pintando todas as notas brancas de Dó a Si, e saiba que
Escala de Dó Maior já é um Modo Grego, esse Modo se chama Jônio.

Para descobrir os outros Modos, mas um de cada vez que também fazem uso
de 7 notas sem se repetir, basta pintar todas as notas brancas de Ré a Ré, ou
seja, a partir de Ré até Ré uma oitava acima, assim você constituirá o Modo
Dórico, e o que faz o Modo receber esse nome é o mesmo motivo pelo qual existe
a Escala Maior, que também pode ser chamada Jônio. A distância de Toms e
Semitoms entre as notas formam o Modo, pois a distância se apresenta de forma
diferente, logo você terá a fórmula de cada um dos Modos.

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MELODIA - MODOS GREGOS

Se você partir de Mi e pintar todas as notas brancas terá mais um Modo, esse
chamado de Frígio.

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MELODIA - MODOS GREGOS

O 4º Modo são todas as notas brancas a partir de Fá, assim você constituirá o
Modo Lídio, que é bastante utilizado na música eletrônica.

Você pintando todas as notas brancas a partir de Sol, irá obter o Modo
Mixolídio.

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MELODIA - MODOS GREGOS

Se você pintar todas as notas brancas a partir de Lá, você irá lembrar que
constitui a fórmula da Escala Menor Natural, essa Escala Menor Natural também
é um Modo, esse Modo se chama Eólio.

O último Modo, você irá constituí-lo pintando todas as nota brancas a partir de
Si, esse Modo tem o nome de Lócrio.

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MELODIA - MODOS GREGOS

Resumidamente os Modos Jônio e Eólio formam as escalas “Maior Natural” e a


“Menor Natural”, e todos os outros Modos são variações da Escala Maior Natural
e da Escala Menor Natural.

Para você perceber a diferença entre eles, faça com que todos se iniciem a
partir da mesma nota, assim você irá conseguir reparar a diferença entre cada
modo, principalmente de intervalos existentes em cada modo e suas sensações.

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MELODIA - MODOS GREGOS

Aula 2 - MODOS MAIORES

Como dito na aula anterior, os Modos Gregos são variações da Escala Maior e
Menor, logo, eles também podem ser Maiores ou Menores, e o que vai determinar
se um Modo é Maior ou Menor é o intervalo de Terça, ou seja, a distância da
Primeira Nota para a Terceira Nota (1º a 3º). Sempre que a distância for de 2
Toms constitui uma Terça Maior, e sempre que for de 1 Tom e 1/2, constitui uma
Terça Menor, em outras palavras, sempre que a Terça for Maior o Modo será
Maior, e sempre que a Terça for Menor, o Modo será Menor. Na imagem a seguir
você vê quais Modos são Maiores e quais são Menores.

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MELODIA - MODOS GREGOS

Focando neste momento apenas nos maiores, você consegue ver a diferença
existente entre eles quando desenhar todas as notas brancas a partir de Dó
Maior, ou seja, Modo Jônio, e comparar entre elas o que difere um Modo Maior do
outro. Na imagem a seguir você irá perceber que, entre os Modos que são
Maiores, o que difere o Lídio do Jônio (Escala Maior Natural) é o 4º intervalo, no
Lídio é Aumentado, ou seja, o que caracteriza o modo Lídio é a 4º Aumentada,
enquanto no Modo Mixolídio, o que caracteriza seu Modo é a 7º menor, são essas
notas que diferem da Escala Maior Natural, que é o Modo Jônio.

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MELODIA - MODOS GREGOS

Quando você pensar em elaborar uma Melodia utilizando o Modo Lídio ou


Mixolídio, tenha em mente que não poderá usar a Escala Pentatônica Maior, pois
ela exclui o 4º intervalo e o 7º intervalo, intervalos que são importantes para o
Modo Lídio (4º aumentada) e para o Modo Mixolídio (7º menor).

Aula 3 - MODOS MENORES

Focando apenas nos Modos menores, para facilitar o entendimento é


interessante fazer com que todos os Modos menores se iniciem a partir de Lá,
pois a partir de Lá é gerado a Escala menor Natural que se refere também ao
Modo Eólio, facilitando identificar o que muda entre um Modo menor e outro.

Depois de saber quais são os menores por conta da Terça menor, é importante
que você compare os Modos menores entre si, tendo como principal o menor
Natural, que é o Modo Eólio, para facilitar o entendimento. Você notará que o que
difere o modo Dórico que é Menor em relaçãoao Menor Natural Eólio é o 6º
intervalo ser sustenido, ou seja, o que caracteriza o modo Dórico é a 6º Maior. Já
comparando com o Modo Frígio, o que difere da menor Natural é o 2º intervalo,
que neste caso é um intervalo menor, ou seja, 2º menor. Porém, ao comparar
com o modo Lócrio você notará que além da 2º menor que também existe no
Frígio, a principal diferença será o 5º intervalo, que neste caso é Diminuta, ou
seja, o que caracteriza o Lócrio é a 5º Diminuta, apesar de ter a 2º Segunda
diferente da menor Natural, porém é igual ao modo Frígio.

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MELODIA - MODOS GREGOS

Eólio é um dos modos mais tristes e melancólicos para se fazer uso e é uma
Escala menor Natural, enquanto o modo Dórico acaba sendo melancólico
também, porém de forma mais suave, é um “triste” menos depressivo em termos
de sensações, sendo possível ainda utilizar o modo Frígio que remete também a
algo mais tristonho, mas também lembrará a algo cigano, oriente médio, enquanto
o Lócrio sendo algo mais obscuro, dark, com muita tensão, principalmente por ter
o 5º intervalo Diminuto.

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MELODIA - MODOS GREGOS

Aula 4 - MAIOR E MENOR RELATIVA NOS MODOS GREGOS

Da mesma forma que existe menor e Maior relativa na Escala Maior Natural e
Escala menor Natural, que agora você já deve saber que Jônio (Escala Maior
Natural) é relativo de Eólio (Escala menor Natural), os outros Modos, exceto o
Lócrio, também contém suas relativas Maiores e Menores, lembrando que
Escalas Relativas são escalas que fazem uso das mesmas notas, porém
começam a partir de outra nota, como por exemplo Dó Maior (Modo Jônio) e Lá
Menor (Modo Eólio).

Se você comparar os outros Modos, Lídio Maior, Mixolídio Maior, Frígio menor,
e Dórico menor, verá que quando cada um deles começam em suas respectivas
notas iniciais para que o Modo faça uso de todas as notas brancas, notará que
entre eles existem Relativas. No exemplo a seguir você vê que o Modo Lídio
Maior tem como Relativo Menor o Modo Dórico, logo o Modo Mixolídio Maior tem
seu Relativo Menor Frígio.

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MELODIA - MODOS GREGOS

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MELODIA - MODOS GREGOS

Aula 5 - MODOS GREGOS NA PRÁTICA

Utilizando como exemplo a música que foi criada no capítulo anterior, a qual foi
realizado a melodia em Am (Lá menor Natural ou Modo Eólio), você poderia fazê-
la se tornar outro modo, como Frígio por exemplo, mudando apenas a nota que
caracteriza o modo Frígio, que é a 2º menor, ou seja, descer 1 semitom da 2º que
neste caso é Si (B), passará a ser Bb (Si bemol), no Live aparecerá como A#.

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MELODIA - MODOS GREGOS

Você precisará fazer isso em todos os Si que estiver tocando em sua música,
principalmente no Bass e na Harmonia.

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MELODIA - MODOS GREGOS

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MELODIA - MODOS GREGOS

Utilizando o exemplo de outra música que foi criada no capítulo anterior,


quando foi falado sobre Arpejos e Escala Pentatônica Japonesa, ela também foi
feita utilizando a Escala de Lá menor Natural, que é o Modo Eólio. Por se tratar de
um Modo que é menor, você também pode aplicar a mesma lógica de mudar
algum grau para ter um outro Modo que não seja Eólio, como por exemplo o Modo
Dórico, que tem como característica principal a 6º Sexta Maior, ou seja, sobe um
semitom do 6º grau para se ter o Modo Dórico.

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MELODIA - MODOS GREGOS

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MELODIA - MODOS GREGOS

A mesma ideia poderia ser aplicada se a Escala fosse Maior Natural, que é o
Modo Jônio, bastaria mudar as notas que caracterizam os respectivos Modos e
você passaria a ter a Escala em outro Modo.

Aula 6 - ACORDE DE EMPRÉSTIMO MODAL (PT 2)

Acorde de Empréstimo Modal, como visto em capítulos anteriores, trata de


utilizar um acorde que não faz parte da Escala/Modo em algum momento de
passagem entre os acordes ou até mesmo no final da cadência, essa técnica
consiste em estar utilizando, por exemplo, uma Escala Maior, como Jônio, e pegar
acorde emprestado da Escala menor, como Eólio, porém a escala é utilizada na
mesma tonalidade. Em outra palavras, você está fazendo uma música em Dó
Maior, pega acorde emprestado de Dó menor, semelhante a uma substituição de
acordes, mas neste caso os acordes não fazem parte do campo harmônico, essa
escala oposta também chamada de Escala Homônima, e nos Modos Gregos
funciona da mesma forma, o que você precisará ter decorado para dominar esse
assunto é a fórmula do campo harmônico de cada Escala/Modo.
Quando você deseja formar o campo harmônico de um Modo Grego, você
deve fazer uso da mesma técnica aprendida nos primeiros capítulos desse curso,
pintar todas as notas a partir de Dó que formará a Escala Maior Natural, o Modo
Jônio, e depois mudar a nota que corresponde ao Modo que desejar ter o campo
harmônico. Como por exemplo, querer saber o campo harmônico do Modo Lídio,
para isso será necessário subir 1 semitom do 4º grau, ligar o Fold e montar os
acordes desse Modo, depois contar os Toms e Semitom entre as notas para
saber quais acordes são Maiores e Menores e ter a fórmula do campo harmônico
de Lídio.

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MELODIA - MODOS GREGOS

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MELODIA - MODOS GREGOS

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MELODIA - MODOS GREGOS

Você já sabe como fazer empréstimo de acordes Homônimos, para fazer


empréstimo de acordes dos Modos Gregos é a mesma coisa, neste caso de pegar
de Dó Lídio para utilizar em Dó Jônio, você precisa ter em mente que os graus
são diferentes e que alguns acordes mudam e outros são iguais, mas antes de
trocar, você precisa saber qual é o campo harmônico do Modo que você deseja
utilizar os acordes emprestados, para depois fazer uso. Neste exemplo contém
menos acordes diferentes para fazer uso, o que na Escala Homônima geralmente
se tem 7, porém, não deixa de ser interessante utilizar acordes emprestados de
algum Modo Grego.

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MELODIA - OUTRAS ESCALAS

Aula 1 - ESCALA MENOR HARMÔNICA

A Escala menor harmônica nasceu por falta de um acorde dominante na


Escala menor Natural, ou seja, não existe um acorde Dominante que tensiona
para depois ir para uma Tônica na Escala menor Natural, assim passou a existir a
Escala menor harmônica.
Se você pintar todas as brancas a partir de Lá (A) e formar o campo harmônico
da Escala menor Natural de Lá, notará que o V (5º grau) não gera um acorde
Dominante, para isso será necessário que seja um Acorde Maior com Sétima
menor, logo será necessário subir 1 semitom da 3º Terça do 5º grau ( V ), ou seja,
a 7º Sétima Nota da Escala, assim passará a ser um Acorde Maior com Sétima
menor. Porém, se a Terça subir 1 semitom para formar esse acorde, todas as
notas que tem o mesmo nome no Campo Harmônico também deverão subir 1
semitom, ou seja, Sol (G) na Escala menor Natural que é a 7º Sétima, passará a
ser Sol Sustenido (G#), e essa mudança fará com que se constitua uma Escala
menor Harmônica que contém um outro tipo de campo harmônico, já que Sol (G)
passará a ser Sol Sustenido (G#) e mudará a posição e contagem de intervalos
de alguns acordes.

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MELODIA - OUTRAS ESCALAS

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MELODIA - OUTRAS ESCALAS

A mudança da 3º Terça no 5º grau ( V ) da Escala de Lá menor Natural, fará


com que se constitua a Escala de Lá menor Harmônica, e essa mudança de nota
deve ser aplicada a todo campo harmônico, o que resultará em acordes
diferentes. Logo, se você for utilizar essa aplicação em alguma música que foi
feita em uma Escala menor Natural, verá que a sonoridade mudará
completamente, principalmente nos acordes que fizer uso dessa 7º Sétima que foi
alterada para que o acorde do 5º grau se tornasse um acorde Dominante. Por
exemplo o acorde do 3º grau, era um acorde maior e passou a ser um Acorde
Aumentado, pois a Primeira está 2 Toms da Terça e a Terça está a 2 Toms da
Quinta, ou seja, a Quinta é Aumentada, não é Justa e nem Diminuta, é
Aumentada. Veja a seguir como é a escrita desse acorde.

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MELODIA - OUTRAS ESCALAS

No exemplo a seguir você verá a aplicação dessa mudança em uma música


que foi criada em Lá menor Natural, ao subir 1 Semitom da 7º Sétima G (Sol), a
música passará a ser Lá menor Harmônica e todas as notas que eram G (Sol)
terão que ser G# (Sol Sustenido), até os acordes mudarão.

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MELODIA - OUTRAS ESCALAS

Aula 2 - ESCALA MENOR MELÓDICA

Outra variação da Escala menor Natural, é a Escala menor Melódica. Essa


escala surgiu na época da música erudita no século 18/19 para que as melodias
da época soassem mais gostosas no ouvido.
Na primeira imagem abaixo você encontrará a Escala de Lá menor Natural que
faz uso de todas as notas brancas a partir de Lá. Na imagem 2 você verá que a
Escala de Lá menor Harmônica, cuja mudança está no 7º grau, sobe 1 semitom e
passa a ser Sustenido. Na imagem 3 você verá a Escala da Lá menor Melódica,
que é a Escala menor Harmônica porém com o 6º grau 1 semitom acima, ou seja,
contém 2 notas que sobem 1 semitom, o 7º grau e o 6º grau.

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MELODIA - OUTRAS ESCALAS

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MELODIA - OUTRAS ESCALAS

Assim como quando se utiliza Modos Gregos, é importante que quando você
fizer uso de Modos Gregos ou Escala menor Harmônica ou Escala menor
Melódica, você valorize as notas que são diferentes, ou seja, valorize as notas
que fazem a escala ser o que ela é, principalmente quando desenvolver a
melodia, pois não fazer isso pode acabar soando como notas erradas em sua
música e você não gostará que isso aconteça, ou pior, ao invés de parecer Escala
menor Melódica, ou Escala menor Harmônica, ou algum Modo Grego Menor, você
na verdade estará fazendo a música na Escala Menor Natural achando que está
utilizando alguma Escala diferente.

Aula 3 - ESCALA DO BLUES

Escala de Blues é uma Escala Pentatônica menor, ou seja, não utiliza o 2º e


nem o 6º grau, mas essa escala tem uma nota chamada “Blue Note” que é a 4º
Aumentada ou 5º Diminuta, ou seja, o “buraco” entre a Terça e a Quarta é
preenchido por uma nota, e é essa nota que caracteriza a Escala de Blues.

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MELODIA - OUTRAS ESCALAS

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MELODIA - OUTRAS ESCALAS

Da mesma forma que nos Modos Gregos, Escala menor Harmônica e Escala
menor Melódica contém notas específicas que caracterizam seu estilo, para se ter
uma Escala de Blues, também é necessário dar destaque para a “Blue Note”, ela
que trará toda característica blues para seu som.

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CONCLUSÃO - TEORIA MUSICAL NA PRÁTICA

Aula 1 - POP COM VOCAL

Neste capítulo será exemplificado como criar a harmonia de alguns estilos


musicais, porém as músicas já estão “prontas”, logo o foco será em como foi
criado a harmonia de cada estilo, iniciando pela música Pop com Vocal.

O vocal do projeto foi baixado via Splice e está em Am (Lá menor), o que
acaba sendo fácil para pensar em harmonia e melodia. Iniciando pela melodia,
uma forma para descobrir a melodia do vocal é utilizando apenas o “ouvido”, ou
seja, tenta sacar qual é oitava que está sendo cantada e as
possíveis notas que correspondem a cada sílaba ou palavra para pintar no Piano
Roll.

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CONCLUSÃO - TEORIA MUSICAL NA PRÁTICA

Uma forma mais fácil de saber as notas e a melodia que o vocal está
executando, é você clicando com o botão direito do mouse em cima do clip do
Vocal e depois clicar na opção “Convert Melody to New MIDI Track”, isso fará criar
um novo canal midi com os midis referente a melodia que o vocal está cantando,
nem sempre é perfeito, mas já facilitará e muito sua vida.

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CONCLUSÃO - TEORIA MUSICAL NA PRÁTICA

Caso você não consiga descobrir a Melodia do Vocal apenas de “ouvido”, não
use o Live para usar a função “Convert Melody to New MIDI Track”, você pode
usar algum plugin que afina voz, como “Melodyne”, “Autotune” ou “Wavestune”
que também possibilitam extrair a Melodia. Você coloca o plugin no canal, dá play
e vê o escaneamento do Vocal acontecendo e as notas da Melodia, caso você
queira, você pode exportar o MIDI e utilizar em algum canal de seu projeto, os
plugins de afinação de voz geralmente dão essa opção.

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CONCLUSÃO - TEORIA MUSICAL NA PRÁTICA

A recomendação é que você tente tirar a Melodia de ouvido, isso fará com que
seu ouvido fique mais sensível e treinado para resolver esse tipo de situação, e
caso você queira que a Melodia tenha Groove para ficar semelhante ao Vocal,
você pode adicionar algum Groove do Groove Pool, o que deixará sua Melodia
ainda mais interessante, algo que pode ser aplicado aos outros elementos
também.

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CONCLUSÃO - TEORIA MUSICAL NA PRÁTICA

Depois de extrair a Melodia do Vocal, você pode criar um canal de piano para
elaborar a harmonia em torno do Vocal e da Melodia, lembrando que a Harmonia
não precisa seguir a melodia, e principalmente não precisa ser exagerado de
acordes. Uma Tríade simples usando os acordes do campo harmônico já é
suficiente, a função dos acordes é passar o sentimento e a sensação correta para
fortalecer a letra do Vocal, passar a mensagem correta.

Como o Piano é apenas um guia para criar Harmonia, a partir dele você pode
criar outro elemento para conduzir a harmonia, como um acorde ritmado, assim
você pode pensar em um Voicing colocando as fundamentais de cada acorde
uma oitava acima, pensar em substituição de acordes para que as passagens
fiquem mais interessante. Veja o exemplo a seguir:

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CONCLUSÃO - TEORIA MUSICAL NA PRÁTICA

Para elaborar o Bassline, você pode partir das notas fundamentais de cada
acorde, ou usar a nota mais baixa da inversão. No exemplo abaixo foi utilizado as
notas mais baixas do acorde considerando as inversões.

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CONCLUSÃO - TEORIA MUSICAL NA PRÁTICA

A base inicial da música Pop já está criada, mas é de costume existir uma
outra Harmonia para o refrão, logo, novamente você pode abrir um Piano para
elaborar a Harmonia do refrão ouvindo o Vocal, depois você pensa em como
distribuir novamente nos outros elementos. Para este caso você pode pensar algo
em torno de 8 compassos, já que geralmente o vocal varia entre verso e refrão a
cada 8 compassos, assim você pode fazer um empréstimo de acorde da Escala
Homônima no final de 8 compassos para dar um diferencial em sua harmonia e
gerar tensão para voltar para a harmonia um.

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CONCLUSÃO - TEORIA MUSICAL NA PRÁTICA

Da mesma forma como na primeira criação da Harmonia, o Bass segue


novamente as notas mais graves do acorde.

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CONCLUSÃO - TEORIA MUSICAL NA PRÁTICA

Na criação do Pad foi utilizado a 7º Sétima, nos acordes que ainda não tinham
sido utilizadas, com o Acorde de Passagem Cromático e Empréstimo de Acorde
Modal, neste caso da Escala Homônima.

Dessa forma, com duas harmonias, você pode pensar em como distribuir no
arranjo entre verso e refrão para criar momentos clímax e de relaxamento na sua
música Pop.

Aula 2 - MELODIC TECHNO

Da mesma forma como na aula anterior, os exemplos a seguir partirão de um


projeto já iniciado, e você pode replicar os conceitos em sua música, o importante
é entender a ideia por traz da aplicação da Teoria Musical. Neste caso, para criar
um Melodic Techno bem moderno, foi utilizado os Modos Gregos,
especificamente o Modo Frígio e Mixolídio.

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CONCLUSÃO - TEORIA MUSICAL NA PRÁTICA

Uma forma de formar o Modo Frígio, é você lembrar que ao formar a Escala
Menor Natural que é o Modo Eólio, bastará você descer um semitom da 2º
Segunda Maior que passará a ser 2º Segunda menor e você terá a fórmula do
Modo Frígio. Ou você pode também decorar a ordem dos Modos, assim você
pode pintar todas as notas brancas a partir de determinada nota que terá a
fórmula do Modo correspondente, no caso de Frígio, se você pintar todas as
brancas de Mi a Mi uma oitava acima, terá a fórmula do Modo Frígio, pois a
sequência a partir de Dó é Jônio, a partir de Ré é Dórico, a partir de Mi é Frígio, a
partir de Fá é Lídio, a partir de Sol é Mixolídio, a partir de Lá é Eólio e a partir de
Si é Lócrio, mas você não pode esquecer de destacar a nota que corresponde a
cada Modo, pois é isso que dará a característica dele. No caso do Modo Frígio é a
2º Segunda menor que o caracteriza, logo você pode focar em utilizar muito mais
essa nota do que as outras, inclusive na criação da harmonia com acordes que
tem a 2º Segunda menor. Veja o exemplo a seguir de alguns acordes com sétima,
porém com as inversões aplicadas para que a harmonia fique “uniforme”.

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CONCLUSÃO - TEORIA MUSICAL NA PRÁTICA

Depois de elaborar a harmonia, por se tratar de um Melodic Techno, você pode


pensar em um Arpeggio, logo você pode utilizar as notas da harmonia e sua
cadência para formar um Arpeggio. No exemplo a seguir as notas foram gravadas
em um novo canal MIDI para que exista a possibilidade de alterar algumas notas
se for desejável, ou até mesmo acrescentar alguma outra nota de forma diferente,
como colocar o Mi marcando a parte mais grave já que é a fundamental da
tonalidade.

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CONCLUSÃO - TEORIA MUSICAL NA PRÁTICA

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CONCLUSÃO - TEORIA MUSICAL NA PRÁTICA

As notas mais graves acrescentadas no Arpeggio podem servir como guia para
criar o Bass, que pode ser ritmado ou de uma forma mais “reta”, no caso abaixo
foi utilizado de forma mais reta.

Caso você queira criar a música no Modo Grego Maior, lembre-se que existe o
Modo Relativo da Maior, no caso do Frígio o Modo Grego Relativo Maior é o
Mixolídio, basta você descer 3 Semitoms do Modo Menor para encontrar a
Relativa Maior, ou subir 3 Semitoms da Maior para encontrar a Relativa Menor.
Neste caso de Frígio, basta subir 3 Semitoms que dará o Modo Mixolídio. O fato
de iniciar a partir de outra nota, fará com que todo contexto mude, pois os
intervalos soarão de forma diferente, por isso constitui um Modo Mixolídio Maior.

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CONCLUSÃO - TEORIA MUSICAL NA PRÁTICA

Um uso interessante desses dois Modos, é talvez utilizar o Modo Mixolídio


para o momento do Break e o Modo Frígio para o momento do Drop, isso pode
soar bem interessante no processo.

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CONCLUSÃO - TEORIA MUSICAL NA PRÁTICA

Aula 3 - DEEP/AFRO HOUSE

Uma da principais características desse estilo que vem ganhando muito


espaço desde 2019 e principalmente neste ano de 2020, é o uso de muita
percussão afro, mas uma outra característica principal é a utilização de acordes
com notas de extensão, ou seja, além de ser uma Tríade ou Tétrade, que faz uso
de 3 ou 4 notas, costuma existir ainda um 5º nota de extensão, que é a 9º Nona,
ou a 11º Décima Primeira ou ainda pode ter a 13º Décima Terceira.

Para facilitar o processo, é recomendável que você inicie criando as Tríades


para depois pensar em incrementar com Sétimas, Nonas, Décima Terceira e
principalmente o Voicing, acrescentando notas graves utilizando a nota
fundamental. Além disso, você pode “simular” um piano tocando, acrescentando
atrasos e antecipações na forma de tocar para que soe bem humanizado.

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CONCLUSÃO - TEORIA MUSICAL NA PRÁTICA

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CONCLUSÃO - TEORIA MUSICAL NA PRÁTICA

Além de uma harmonia bem trabalhada, o Deep/Afro House também costuma


ter flauta seguindo as notas principais da harmonia. Veja um exemplo abaixo:

Por fim você pode criar uma Melodia também seguindo a harmonia, se desejar
realizando Pergunta e Reposta para se ter uma Melodia interessante e que
prenda, seguindo os conceitos de Degraus, Pulos e Saltos, usando as notas
Consonantes Imperfeitas (3º e 6º) e Dissonantes (2º e 7º) para criar os momentos
de tensão, e assim criar a pergunta e responder utilizando as Consonantes
Perfeitas que geralmente são os graus Justos, 1º, 4º, 5º e 8º e claro, as notas
referente ao acorde Tônico.

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CONCLUSÃO - TEORIA MUSICAL NA PRÁTICA

Aula 4 - PROGRESSIVE HOUSE

Partindo de uma bateria pronta, você pode pensar a escala de sua música de
acordo com o tom do kick, ou seja, no próximo exemplo o kick se apresentou em
Mi, logo foi convincente criar a harmonia e a melodia que é um Arpejo em Mi
menor Natural (Em).
Neste caso, o primeiro elemento criado foi o Bassline, porém desde sua
concepção a ideia era fazê-lo realizar uma determinada cadência para depois
criar a harmonia a partir dele.

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CONCLUSÃO - TEORIA MUSICAL NA PRÁTICA

Depois de criar o Bass, foi elaborado a Melodia, porém a Melodia realiza


Pergunta e Resposta com outra Melodia que está com outro timbre, ou seja, uma
Melodia contém o desenho perguntando e a Outra respondendo com outro timbre,
veja os dois clips de cada Melodia a seguir:

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CONCLUSÃO - TEORIA MUSICAL NA PRÁTICA

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CONCLUSÃO - TEORIA MUSICAL NA PRÁTICA

Partindo da cadência já iniciada pelo bassline, você pode criar a Harmonia,


porém pode acontecer do bass estar passando uma determinada sensação e
sentimento e você querer reforçar isso na harmonia, mas alguns acordes podem
não corresponder a esse sentimento. Como por exemplo um acorde Diminuto,
você com certeza deverá trocá-lo utilizando todos os conceitos aprendidos aqui no
curso. Porém, o foco inicial é sempre utilizar o campo harmônico da escala, se
mesmo assim você não conseguir encontrar acordes que representam o
sentimento e a sensação que você queira passar, você pode buscar um acorde do
Empréstimo Modal como o da Escala Homônima de Mi menor que é Mi Maior. Se
ainda não conseguir um acorde que passe o sentimento que você deseja,
lembrando que o acorde de empréstimo modal é importante que seja na mesma
altura em termos de grave/agudo, você pode experimentar um Empréstimo de
acordes entre os Modos Gregos que tem a ver com sua Escala, ou seja, Mi menor
representa o Modo Eólio, você pode tentar utilizar acordes de Mi Frígio para
resolver, cuja mudança principal de nota é a 2º Segunda descer 1 Semitom. Ou
seja, o acorde diminuto a seguir, que representa o 2º grau de Mi menor Natural
(Eólio), passará a ser um acorde Maior, já que o acorde de 2º grau de Mi Frígio é
o Fá (F), 1 semitom abaixo, ou seja, deixará de ser Fá Sustenido (F#). Veja o
exemplo a seguir de antes e depois.

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CONCLUSÃO - TEORIA MUSICAL NA PRÁTICA

Partindo da cadência já iniciada pelo bassline, você pode criar a Harmonia,


porém pode acontecer do bass estar passando uma determinada sensação e
sentimento e você querer reforçar isso na harmonia, mas alguns acordes podem
não corresponder a esse sentimento. Como por exemplo um acorde Diminuto,
você com certeza deverá trocá-lo utilizando todos os conceitos aprendidos aqui no
curso. Porém, o foco inicial é sempre utilizar o campo harmônico da escala, se
mesmo assim você não conseguir encontrar acordes que representam o
sentimento e a sensação que você queira passar, você pode buscar um acorde do
Empréstimo Modal como o da Escala Homônima de Mi menor que é Mi Maior. Se
ainda não conseguir um acorde que passe o sentimento que você deseja,
lembrando que o acorde de empréstimo modal é importante que seja na mesma
altura em termos de grave/agudo, você pode experimentar um Empréstimo de
acordes entre os Modos Gregos que tem a ver com sua Escala, ou seja, Mi menor
representa o Modo Eólio, você pode tentar utilizar acordes de Mi Frígio para
resolver, cuja mudança principal de nota é a 2º Segunda descer 1 Semitom. Ou
seja, o acorde diminuto a seguir, que representa o 2º grau de Mi menor Natural
(Eólio), passará a ser um acorde Maior, já que o acorde de 2º grau de Mi Frígio é
o Fá (F), 1 semitom abaixo, ou seja, deixará de ser Fá Sustenido (F#). Veja o
exemplo a seguir de antes e depois.

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CONCLUSÃO - TEORIA MUSICAL NA PRÁTICA

Depois de determinado a Harmonia, ela pode ser transposta para outro timbre
que desejar, além de passar por incrementação de notas, como utilizar a Sétima,
ou ainda trocar algum acorde no final do compasso.

Essa mesma harmonia pode ser duplicada para criar um Arpejo final e
enriquecer a harmonia.

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CONCLUSÃO - TEORIA MUSICAL NA PRÁTICA

Durante a produção de sua música, você pode pensar em momentos em que a


música passará por um momento mais “calmo” e se manterá apenas no acorde
Tônico, seja para um break ou até para o começo, principalmente no Progressive
House, o que é algo muito comum de acontecer. Para chegar a esse momento
você pode pensar em variar o último acorde de sua cadência e criar uma
Dominante utilizando um empréstimo de acordes da Escala Homônima, isso
gerará uma tensão para depois cair no acorde Tônico que será para o Break.

Aula 5 - TRIP HOP / BREAKS

Para este último exemplo de aplicação da Teoria Musical, foi criado uma ideia
musical no Modo Lócrio, cuja finalidade é criar algo “esquisito”, mas que ainda
assim esteja dentro de uma Escala e do Campo Harmônico. Caso você não se
lembre, o Modo Lócrio é a Escala menor Natural com mudanças no 2º Segundo e
no 5º Quinto grau, ou seja, sua principal característica é a 5º Diminuta. O exemplo
a seguir apresenta Sol Lócrio (G Lócrio).

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CONCLUSÃO - TEORIA MUSICAL NA PRÁTICA

Durante a produção de sua música, você pode pensar em momentos em que a


música passará por um momento mais “calmo” e se manterá apenas no acorde
Tônico, seja para um break ou até para o começo, principalmente no Progressive
House, o que é algo muito comum de acontecer. Para chegar a esse momento
você pode pensar em variar o último acorde de sua cadência e criar uma
Dominante utilizando um empréstimo de acordes da Escala Homônima, isso
gerará uma tensão para depois cair no acorde Tônico que será para o Break.

Aula 5 - TRIP HOP / BREAKS

Para este último exemplo de aplicação da Teoria Musical, foi criado uma ideia
musical no Modo Lócrio, cuja finalidade é criar algo “esquisito”, mas que ainda
assim esteja dentro de uma Escala e do Campo Harmônico. Caso você não se
lembre, o Modo Lócrio é a Escala menor Natural com mudanças no 2º Segundo e
no 5º Quinto grau, ou seja, sua principal característica é a 5º Diminuta. O exemplo
a seguir apresenta Sol Lócrio (G Lócrio).

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CONCLUSÃO - TEORIA MUSICAL NA PRÁTICA

O primeiro elemento criado foi um pluck, cuja ideia é tocar apenas o acorde
Tônico de Sol Lócrio fazendo Arpejo.

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CONCLUSÃO - TEORIA MUSICAL NA PRÁTICA

Depois, para evidenciar o Modo Lócrio, o Pad criado tocou apenas as notas
que correspondem a característica do Modo, o que gera uma grande tensão e
uma harmonia mais dark.

Pensando no momento de virada do arranjo, você pode criar um timbre mais


agressivo também marcando apenas as notas que dão ênfase ao Modo Lócrio, o
que naturalmente gera uma tensão pois trata do intervalo de 5º Diminuta.

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CONCLUSÃO - TEORIA MUSICAL NA PRÁTICA

Neste caso foi elaborado um arranjo simples, para trazer a ideia de


estruturação dos elementos, com acréscimo de um vocal retirado do Splice do
gênero Trip Hop/Breaks.

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CONCLUSÃO - CONSIDERAÇÕES FINAIS

Aula 1 - TONYGYM

O ToneGym é um site com treinamentos diário dos mesmos criadores do


Soundgym, sendo que a diferença entres eles é que um é feito para treinar a
escuta de forma aplicada a engenheira de áudio e o outro é focado para parte
musical, identificação de notas, intervalos, etc. O ToneGym é muito interessante,
pois é possível realizar exercícios diários e praticar a escuta de intervalos e notas,
o que facilitará com que você crie harmonias e melodias no futuro, elevando o
nível de sua audição.

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CONCLUSÃO - CONSIDERAÇÕES FINAIS

Caso você queira assinar o ToneGym, ou ambos, ToneGym e SoundGym,


você pode enviar um e-mail para a Comunidade solicitando o link para assinatura
de ambos os sites, pois você, aluno da Comunidade, tem desconto especial por
fazer parte da turma. E-mail: cursos@andresalata.com /

Aula 2 - CONCLUSÃO

Teoria Musical é um tema que, além de se aprender a parte teórica, é


necessária muita prática para o domínio do tema, principalmente porque em uma
música é difícil de se aplicar todos os conceitos aprendidos. Portando pratique
muito, e da mesma forma que esse tema é super importante, entender e dominar
arranjo, mixagem, masterização, síntese sonora e até mesmo sua DAW também é
essencial. Ao longo dos anos, conforme a prática diária, você irá sentindo onde
precisará melhorar e buscará se aperfeiçoar em cada tema para se tornar cada
dia melhor, mas para criação musical o domínio e entendimento da Teoria Musical
fará total diferença em seu processo de criação.
Releia e reveja sempre que precisar todo conteúdo aqui apresentado, a cada
dia você se tornará melhor e passará a ter o domínio desse assunto, não
deixando de exercitar a escuta, sendo na prática ou no treinamento do ToneGym.

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