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APOSTILA CURSO
TEORIA MUSICAL
PRODUZINDO PARA
TECHNO
MÚSICA ELETRÔNICA
SUMÁRIO
Aula 1 - Bem-Vindo
Aula 2 - Como esse curso está estruturado
Aula 3 - Teoria X Prática
Aula 1 - ToneGym
Aula 2 - Conclusão
Aula 1 - BEM-VINDO
Esse curso foi estruturado em 3 partes. Na primeira você irá ter contato com os
diversos nomes e funções que existem dentro da teoria musical, então você
saberá o que são as notas musicais, as escalas musicais, as tonalidades, como
construir as escalas naturais, temas que talvez você já conheça mas que vale a
pena rever para ter esse conhecimento firmemente internalizado em si. A segunda
parte do curso será focada em acordes e harmonias, uma parte irá te ensinar
claramente quais notas combinam bem entre si, e que conforme suas
combinações gerarão sensações específicas, permitindo que você utilize de forma
consciente em determinados momentos. Por fim, a terceira parte será focado em
melodia, que quando criada de forma correta faz com que seu espectador ou
público lembre da sua música posteriormente, é o que deixa a marca registrada
do seu som.
Sabendo que as notas são Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si e se repete novamente
uma oitava acima ou abaixo, se você contar as notas existentes entre uma oitava
e outra verá que existem 12 notas e dentro dessas 12 notas você notará que
algumas se repetem com um símbolo. Logo, se você não levar em consideração
as notas que se repetem, você notará que existem apenas 7 notas que são
diferentes, são elas:
C que é Dó, D que é Ré, E que é Mi, F que é Fá, G que é Sol, A que é Lá e B que
é Si. Elas são representadas em letras pois esse é o nome mundial para as notas
musicais em inglês, logo, se você for conversar com algum gringo sobre as notas
musicais, você deverá falar as letras e não Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá e Si como é no
Brasil. Caso você esteja vendo esse tipo de assunto pela primeira vez, talvez seja
confuso pensar que a sequência de notas em inglês não começa na sequência
alfabética, mas saiba que com o tempo você irá decorar e ter esse conhecimento
de forma automática.
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Se você reparar nas marcações anteriores, irá perceber duas coisas: primeiro
é que são 7 notas, e segundo é que todas essas notas ocupam as “teclas”
brancas do Piano Roll, o que caracteriza uma escala musical, que neste caso é a
"Escala de Dó Maior", um assunto que será aprofundado na próxima aula.
Além das notas brancas, que são as que não se repetem e não tem um
símbolo na frente, existem as notas pretas que são apresentadas com o nome
das mesmas notas anteriores, porém com o acréscimo do símbolo. Essas notas
pretas são chamadas de acidentes e algumas escalas musicais fazem uso desses
acidentes, porém a nota preta sempre irá substituir uma nota da tecla branca, isso
quer dizer que, se em uma escala musical sempre terá 7 notas e elas devem ir de
Dó a Si, quando você estiver em uma escala que fará uso de notas pretas, devem
existir as mesmas 7 notas de Dó as Si, porém algumas delas serão substituídas
pelas pretas/acidentes. Mesmo se sua escala iniciar em Sol, que no Piano Roll é
G, sua escala musical terá as mesmas 7 notas, porém iniciando em G. Ou seja: G
(Sol), A (Lá), B (Si), C (Dó), D (Ré), E (Mi), F (Fá) e se repetiria no G (Sol)
novamente, porém estaria uma oitava acima. Em outras palavras, as notas nunca
se repetirão, independente de onde é seu início. As vezes serão todas as brancas
e as vezes não, pois podem ser substituídas pelos acidentes dependendo da sua
escala, por exemplo: continuando com o exemplo de iniciar a escala pela nota Sol
(G) e desejar ter a Escala de Sol Maior, você terá as notas, G (Sol), A (Lá), B (Si),
C (Dó), D (Ré), E (Mi), F# (Fá#), ou seja, o seu último Fá (F) seria F# (Fá#), uma
tecla preta, logo você entenderá o porque disso, mas o mais importante é que
você entenda que independente de qual nota for utilizar, toda escala musical
sempre deverá ter as 7 notas, Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si, dependerá da escala
para saber se será de notas brancas, também chamadas de naturais, ou notas
pretas, chamadas de acidentes.
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No caso de uma escala fazer uso dos acidentes, saiba que a nota do acidente
pode ter alguns nomes além da nota que o representa. Por exemplo, no caso
anterior em que Fá (F) recebe o símbolo #, esse símbolo é chamado de
sustenido, ou seja, na escala de Sol Maior haverá o F# (Fá sustenido), porém
saiba que ele também poderia ter uma outra nomenclatura e receber outro tipo de
símbolo que é um “b” minúsculo, que é chamado de “bemol”, ou seja, seria Fb (Fá
bemol) se você olhasse um partitura. Mas os softwares de produção não mostram
esse símbolo no Piano Roll, apenas mostram o #, neste caso para saber quando
é sustenido (#) ou bemol (b), mesmo sem aparecer no software, você pode seguir
o seguinte exemplo: se em sua escala você precisar que a nota seja Sol
sustenido, você deverá pintar a nota preta acima do Sol da nota branca, ou seja,
G# (Sol Sustenido). Agora se em sua escala você precisar de Sol Bemol, você
deverá pintar a nota preta abaixo do Sol da nota branca, ou seja, no Piano Roll
você pintará o F# (Fá Sustenido), mas esse Fá Sustenido será na verdade um Gb
(Sol Bemol). Em outras palavras, sempre que você precisar que a nota seja
bemol, será a nota abaixo, sempre que você quiser sustenido, será a nota acima,
mas o mais importante é que você saiba que toda escala, seja ela Maior ou
Menor, sempre deverá ter as 7 notas da escala, ou seja, em uma escala você não
pode ter Sol (G) e Sol Sustenido (G#), e nem Sol (G) e Sol Bemol (F#), nesse
segundo caso, ou você terá um Fá Sustenido (F#) ou Sol (G), ou Fá Sustenido
(F#) e Sol Sustenido (G#), as notas nunca se repetirão.
A seguir você irá aprender as fórmulas de duas escalas e isso ficará mais fácil
de ser feito corretamente.
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Quando você pensar em escalas a primeira coisa que deve vir a sua mente é
que sempre terá 7 notas que não se repetem, e uma outra principal característica
de uma escala é a distância entre as notas que cada escala possui como padrão,
ou seja, a Escala Maior Natural tem um distanciamento padrão entre as notas, a
Escala Menor também, assim como outras escalas que você conhecerá neste
curso. Sabendo dessa fórmula, isso possibilita que você tenha Escala Maiores a
partir de qualquer nota e principalmente entenda qual o distanciamento que deve
existir entre cada nota para formar uma escala.
Para formar uma Escala Maior Natural você precisará pintar todas as notas
brancas a partir de Dó até Dó da próxima oitava, isso irá corresponder a Escala
de Dó Maior, pois o padrão de distanciando existente entre cada nota branca
pintada de Dó a Dó é a fórmula do distanciamento entre as notas da Escala Maior
Natural, e esse distanciamento é medido por uma distância chamada “Tom" e
“Semitom", sendo que, para se ter 1 Tom é necessário 2 Semitoms, e para ter 1
Semitom é necessário 1/2(meio) Tom, dessa forma você poderá reparar na
distância existente entre cada nota na segunda imagem a seguir e memorizar a
fórmula de distanciamento da Escala Maior, que no exemplo abaixo está aplicado
a partir de Dó. Mas você pode aplicar a fórmula a partir de qualquer outra nota
que irá obter uma escala maior se as notas tiverem o distanciamento da Escala
Maior. No Piano Roll cada linha que representa uma nota é equivalente a 1
Semitom, cada 2 linhas ou notas do Piano Roll equivale a 1 Tom ou 2 Semitoms,
mas o ideal para este caso é 1 Tom, então a distância de Dó para Ré é de 1 Tom
(T), já a distância de Mi para Fá é meio tom, ou seja, 1 Semitom (S).
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Se você quiser achar outra escala maior, como por exemplo a de Mi, você
deve utilizar a fórmula do distanciamento da Escala Maior a partir de Mi e terá
como resultado a Escala de Mi Maior, veja um exemplo a seguir:
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Se você arrastar todas as notas de Mi para Dó, verá que a sequência de notas
é igual, o que muda são algumas notas estarem nos acidentes na Escala de Mi
Maior.
Para descobrir se as notas que estão nos acidentes são sustenidos ou bemóis,
você primeiro precisa conferir se existem todas as 7 notas da escala. Nesse
exemplo de Mi a Mi, ou seja, Mi, Fá, Sol, Lá, Si, Dó, Ré, Mi, depois você precisará
reparar se não existem notas repetidas ao desenhar no piano roll, o que no
exemplo a seguir acabou não existindo, então todas as notas que caíram nos
acidentes são sustenidos, conforme a escrita abaixo. Se houvesse 2 notas em Fá,
sendo uma em F(Fá) e outra em F#(Fá Sustenido), provavelmente a que
estivesse em F# na verdade seria Sol Bemol.
Para exemplificar essa ideia acima, a segunda imagem abaixo mostra a Escala
de Fá Maior onde surgiram 2 “Lás” (A), sendo um natural e o outro aparecendo no
acidente, sendo que na verdade o do acidente que aparece com o símbolo de
sustenido (#), corresponde a Si Bemol (Bb), pois lembre-se, precisa sempre existir
as 7 notas da preferida sem se repetir, e considerar os 2 “Lás” (A) faria com que
não existisse o Si, logo ele é o Sib (Bb), que em qualquer Piano Roll aparecerá
como A#.
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Além dos nomes dados para cada nota de uma escala, elas também recebem
outros nomes importantes para suas características, são eles: maior, menor e
justa. Esses nomes foram atribuídos a alguns graus por conta do estudo de
Pitágoras, há séculos atrás, que chegou à conclusão que só é necessário existir
12 notas musicais, pois além disso haveria uma repetição das mesmas notas,
porém de forma mais aguda ou grave. Ele também concluiu que dentre dessas 12
notas existem 7 que combinam bem entre si e que algumas delas, quando
tocadas juntas, soavam de forma perfeita (justa), e outras não tanto quanto essas,
mas ainda assim tinham uma certa ligação entre elas.
De forma resumida o estudo de Pitágoras concluiu que: os intervalos
existentes dentro de uma oitava, tendo como exemplo a Escala de Dó Maior, de
Dó do 1º grau a Dó do 8º grau, obtêm-se um intervalo de 8º (oitava) justa, pois
ambos quando tocados juntos soam de forma perfeita, assim como como tocar Dó
do 1º grau e Fá do 4º grau também soarão bem encaixados, intervalo que é
chamado de 4º (quarta) justa. Há também a 5º (quinta) justa, quando se toca Dó
do 1º grau e Sol do 5º grau, ambos também soarão de forma “perfeita”.
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Você também pode descer ou subir 1/2(meio) Tom que equivale a um Semitom
dos intervalos justos, porém eles não receberão o nome de Maior ou Menor, eles
passarão de Justos para Aumentado quando subir 1 Semitom, ou se chamarão
Diminuto quando descer 1 Semitom. Essa mesma ideia também pode ser
aplicada para os intervalos Maiores e Menores, se você subir 1 Semitom de um
intervalo Maior, ele passará a ser Aumentado, se você descer 1 Semitom de um
intervalo Menor, ele passará a ser Diminuto.
Saiba que os nomes dos intervalos são sempre iguais independente da escala,
eles só precisam ter uma determinada distância da 1º para ser Maior, Menor ou
Justo. Você decorando que na Escala Maior a distância de Tom e Semitom
existente da 1º para 4º e 5º são sempre Justas, e que da 1º para 2º, 3º, 6º e 7º
são sempre Maiores, quando você descer ou subir 1 Semitom delas (o que
mudará a distância da 1º para elas), a 2º, 3º, 6º e 7º passarão a ser intervalos
Menores quando descer 1 Semitom, e se descer 1 Semitom da 4º ou 5º elas
serão Diminutas, agora se subir elas serão Aumentadas. Saber disso firmemente
facilitará que você tenha facilidade no capítulo de harmonia quando for aprender
sobre os acordes e outras escalas.
Aula 6 - TRÍTONO
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5ª SINFONIA DE BEETHOVEN
Para que você faça música em qualquer Escala Maior no Live, você pode
iniciar pintando todas as notas referentes a Escala de Dó Maior, ou seja, a partir
de Dó todas as notas brancas, também chamadas de notas naturais.
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Você também pode arrastar todas até Si, por exemplo, ou seja, o 1º grau será
Si, logo você terá a Escala Maior de Si.
Lembrando que, para que a escala seja Maior, a fórmula dos intervalos ou
distância entre as notas precisam seguir a regra de: (T)om, (T)om, (T)om,
(S)emitom, (T)om, (T)om, (T)om, (S)emitom, mesmo quando houver acidentes,
lembrando que as notas (C) Dó, (D) Ré, (E) Mi, (F) Fá, (G) Sol, (A) Lá e (B) Si não
podem se repetir e devem sempre existir, seja com acidente ou não. Você
também pode conferir se o intervalo de 3º terça, 6º sexta e 7º também são
maiores, pois se eles forem maiores isso também constituirá em uma escala
Maior. Outra forma de saber é que sempre que você aplicar a fórmula da Escala
Maior, a primeira nota, 1º grau, irá se repetir novamente uma oitava acima, 8º
grau, como por exemplo irá de Dó de uma oitava até Dó da próxima oitava.
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Caso você não se lembre de nenhuma das fórmulas dentro do Live, você pode
pintar todas as notas brancas a partir de Dó e arrastar para qualquer outra nota,
você irá obter a Escala Maior a partir da nota que escolher. Outra coisa que você
pode fazer: suponha que você escolheu obter a escala de Fá Maior, você pode
selecionar todas as notas de Fá Maior e copia-las para uma oitava acima e uma
oitava abaixo ou até mais oitavas, depois você pode arrastá-la para fora do Piano
Roll para que elas não sejam executadas, como uma espécie de “cola” para você
saber as notas corretas, e ainda utilizar o recurso “Fold" do Live para exibir
apenas as notas que pintou, isso fará com que qualquer nota que você desenhe
esteja sempre dentro da Escala de Fá Maior em qualquer altura (oitava).
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Quando você desenhar uma nota fora da escala sem querer, ao utilizar o
recurso Fold e ter feito a “cola” como explicado anteriormente, você irá ver que
haverá uma nota fora da escala quando utilizar o recurso Fold. Veja um exemplo
abaixo:
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Para você formar a Escala Menor Natural de qualquer outra tonalidade, você
pode decorar a fórmula que passará a existir na Escala Menor Natural, assim
como existe na Escala Maior, mas há diferença de distâncias. Para você saber a
fórmula da Escala Menor Natural, basta você pintar as notas referente a Escala de
Dó Maior, descer 1 semitom da 3º Terça, 6º Sexta e 7º Sétima, e depois contar os
Toms e Semitoms existentes de uma nota para outra.
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Caso não queira decorar a fórmula, basta você pintar as notas referente a
Escala de Dó Maior, descer 1 semitom da 3º Terça, 6º Sexta e 7º Sétima como
feito no exemplo da imagem anterior e pronto, terá a Escala de Dó Menor Natural.
Para transpor para qualquer outra tonalidade, basta selecionar todas as notas e
arrastar para a tonalidade que desejar, assim como feito na aula anterior, isso te
fará obter a Escala Menor Natural de qualquer outro tom que desejar.
Quando você fizer isso acontecerá um fenômeno interessante. Ao querer a
Escala de Lá Menor Natural por exemplo, você notará que essa é uma escala que
faz uso de todas as notas brancas, ou seja, assim como acontece com a escala
de Dó Maior, porém se você arrastar a fórmula da Escala Menor Natural para Dó,
você verá que na Escala de Dó Menor Natural não são todas as brancas, existirá
acidentes nos intervalos de 3º terça, 6º sexta e 7º sétima, que são justamente os
intervalos que fazem a Escala ser Menor ou Maior. Ou seja, apesar de a Escala
de Dó Maior fazer o mesmo uso das notas da Escala de Lá Menor Natural, o que
fará as escalas serem diferentes são os intervalos de 3º terça, 6º sexta e 7º
sétima. Para ser Escala Maior esses intervalos precisarão ser Maiores, e para ser
Escala Menor Natural esses intervalos precisarão ser menores, mas o que ditará
mais ainda qual escala está sendo utilizada quando se tratar de Dó Maior ou Lá
Menor, será a composição da harmonia e das melodias, dependendo da
sequência existente de intervalos entre as notas tocadas farão toda diferença em
como irá soar e terá total conexão com a escala escolhida.
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Caso você não queira memorizar as fórmulas das escalas e nem precisar
descer 1 semitom da terça, sexta e sétima, você pode pintar todas as brancas a
partir de Dó para obter a escala de Dó Maior, ou pintar todas as brancas a partir
de Lá para obter a escala de Lá menor, depois bastará transpor para qualquer
outra tonalidade que desejar e criar sua música na Escala Maior ou Menor.
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Para facilitar a utilização das notas da escala, você pode novamente realizar a
mesma técnica de arrastar as notas para antes do início do grid, e depois ligar o
“Fold” para ser exibido apenas as notas pintadas, que são apenas da escala de
Sol Menor, exemplo abaixo:
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Caso você decida que queira mudar da Escala de Sol menor para a Escala de
Sol Maior, você só precisará subir 1 semitom da 3º terça, 6º sexta e 7º sétima e
pronto, terá a Escala de Sol Maior.
Você não precisa decorar a fórmula da escala Maior ou Menor, parta de Dó
para obter a Escala Maior pintando todas as notas brancas a partir de Dó, ou
parta de Lá para obter a Escala menor Natural pintando todas as notas brancas a
partir de Lá.
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Se você reparar nos toms do Camelot Wheel verá que toda Escala Maior tem
uma correspondente Menor, da mesma forma que Dó Maior tem sua
correspondente Menor (que é Lá menor), esse tipo de acontecimento tem o nome
de relativa, ou seja, toda Escala Maior tem uma Escala Menor Relativa. Caso
você queira saber qual é Escala Menor Relativa de um tom maior qualquer, você
pode olhar o Camelot Wheel para te guiar nesse processo. A seguir você vê a
seta verde indicando quais são as Escalas Menores Relativas das maiores e suas
respectivas tonalidades.
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Sabendo que toda Escala Maior tem sua Escala Menor Relativa e vice-versa,
se você reparar na roda a seguir verá que essa roda contém 12 posições
diferentes, e “gira” no sentido horário através do Ciclo de Quintas. Ou seja, a cada
intervalo de 5º Quinta você obtém uma nova escala, por isso esse processo se
chama Ciclo de Quintas, independente da escala que estiver, sempre o 5º grau da
escala anterior é a escala seguinte e apenas haverá uma mudança de nota a
cada nova escala através das 5º quintas, ou seja, em Dó Maior você tem todas as
notas brancas, notas naturais, em Sol, você terá apenas uma nota diferente ao
criar a Escala de Sol Maior utilizando a fórmula a partir de Sol, e essa mudança é
no Fá# Sustenido (F#), veja a seguir:
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Sempre que você estiver girando através do Ciclo de Quintas, saiba que em
cada nova escala haverá uma mudança de nota mantendo a mudança da escala
anterior, ou seja, na Escala de Sol Maior o 5º quinto intervalo é a nota Ré (D), se
a partir de Ré você formar uma Escala Maior você verá que continuará existindo o
Fá Sustenido (F#), que existe na Escala de Sol Maior, e passará a existir o Dó
Sustenido (C#).
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Se você continuar girando o Ciclo de Quintas e criar uma Escala Maior a partir
do 5º intervalo da Escala de Ré Maior, ou seja Lá (A), ao formar a escala de Lá
Maior você verá que existirá o acidente de F# que surgiu na Escala de Sol Maior,
existirá o acidente de C# que surgiu na escala de Ré Maior e passará a existir
também o G# que surgirá na Escala de Lá Maior e assim continuará acontecendo
com todas as próximas escalas conforme você gira em torno do ciclo de quintas e
cria diversas Escalas Maiores ou Menores, pois o conceito do ciclo de quintas
vale tanto para Escala Maior quanto para Escala Menor.
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Aula 2 - TRÍADES
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Você viu anteriormente que um acorde é formado por 3 notas sendo tocadas
ao mesmo tempo, porém saiba que não pode ser qualquer nota, para que você
faça da forma correta você precisará se lembrar que a escala possui graus que
vai do 1º até 8º, e que entre esses graus existe os intervalos entre as notas. Após
relembrar desses conceitos saiba que uma Tríade (acorde com 3 notas) sempre é
formado utilizando a 1º (primeira), 3º (terça) e 5 (quinta). Ou seja, usando como
exemplo a Escala de Dó Maior, a partir de Dó, que é a 1º (primeira) dos graus,
você pintará a 3º (terça) e a 5º (quinta) na mesma linha para que as 3 notas
toquem simultaneamente, esse será a formação de um acorde de Dó Maior, logo
você entenderá porque.
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O restante dos acordes dentro de uma escala é formado pelos outros graus, ou
seja, se o 1º grau é Dó, a partir do 2º grau que é Ré, você pinta a 3º (terça) a
partir de Ré e a 5º (quinta) também a partir de Ré, assim você irá obter um acorde
de Ré, que neste caso é um acorde de Ré menor, logo você entenderá o porque
disso também.
Você pode continuar fazendo a aplicação da mesma ideia para todos os outros
graus da Escala de Dó Maior, lembrando que pelo fato do “Fold” estar ligado,
bastará você pular uma nota e preencher a outra de cima e novamente fazer a
mesma coisa que irá obter os acordes corretos. Veja o resto da sequência a
seguir:
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Com o Fold ligado bastará você sempre pular uma nota e pintar a outra
conforme a imagem anterior que você irá obter os acordes de sua escala. Mas
para saber quando o acorde é Maior ou quando ele é Menor, ou ainda quando ele
é Diminuto, você terá que desligar o Fold e perceber a distância existente entre
cada nota do acorde formado, por exemplo: se você reparar nos dois primeiros
acordes, acorde de Dó Maior (C) e acorde de Ré menor (Dm), você verá que o
intervalo existente no Acorde Maior, de Dó para Mi, ou seja, da primeira para terça
é de 2 Toms ou 4 Semitoms. Já a distância de Dó (primeira) para Sol (quinta) é de
3 Toms e 1/2 ou 7 Semitoms, ou se você olhar a distância de Mi para Sol, ou seja,
de terça para quinta é de apenas 1 Tom e 1/2. Já no acorde de Ré menor (Dm)
você irá perceber que a distância da primeira para terça é de 1 Tom e 1/2 ou 3
Semitoms, e a distância da primeira para quinta é de 3 Toms e 1/2, ou seja, igual
ao acorde de Dó Maior mas a distância da terça para quinta é de 2 Toms. Você
lembra que o intervalo entre a primeira e a quinta é chamado de intervalo “Justo",
ou seja, perfeito? Pois então, esse terá uma distância igual para todos os acordes
se você reparar e comparar, mas o que fará o acorde ser Maior ou menor é a
distância da primeira para terça, que quando estiver a 1 Tom e 1/2 de distância
constitui um acorde menor e quando estiver a 2 Toms de distância constitui um
acorde Maior. Abaixo você verá um exemplo de que a única nota que muda
quando os outros acordes estão na mesma posição que o acorde de Dó, é
apenas a nota do meio, ou seja, a terça de cada acorde.
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É importante que você tenha em mente que sempre que a terça estiver a um
intervalo de 2 Toms, constitui em uma Terça Maior, logo o acorde será um Acorde
Maior. Quando a Terça estiver a intervalo de 1 Tom e 1/2 da nota fundamental do
acorde, isso constituirá um Acorde menor. Outro detalhe importante, o conceito de
Terça e Quinta quando se trata de acorde é um pouco diferente quando se fala
em escala, pois a Terça e a Quinta no acorde é a partir da nota fundamental do
acorde, ou seja, em uma Escala de Dó Maior, você terá a Terça e Quinta a partir
de Dó (C), a Terça e Quinta a partir de Ré (D), a Terça e a Quinta a partir de Mi
(E), e assim por diante. É diferente de querer encontrar a Terça ou Quinta da
Escala de Dó Maior ou da Escala de Ré Maior ou de qualquer outra Escala.
Referente ao último acorde da Escala de Dó Maior, Si Diminuto (Bdim), você
irá reparar que a distância da primeira para a Terça é de 1 Tom e 1/2, o que
constitui em uma Terça Menor, porém o intervalo da primeira para Quinta não é
de 3 Tom e 1/2 como nas anteriores, que constituiria um intervalo de Quinta Justa,
ele na verdade somou 3 Toms, que como foi visto no capítulo anterior na aula de
Trítono, quando a primeira está a 3 Toms de distância da Quinta, isso constitui o
intervalo chamado Trítono, que é a Quinta Diminuta. Ou seja, quando seu acorde
tiver um intervalo de um Tom e 1/2 da primeira para Terça e 3 Toms da primeira
para Quinta, isso constitui um Acorde Diminuto, que neste caso é o Si Diminuto
(Bdim ou Bº).
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Sempre que um acorde for Maior, não precisa ir acompanhado da letra “M” na
frente de sua cifra ou nome, mas quando for um acorde menor, você precisará
colocar a letra “m” em forma minúscula.
Os acordes possuem graus, como visto em uma das fotos anteriores, e sempre
são demonstrados em números romanos. Saiba que esses graus são a fórmula
dos acordes em qualquer Escala Maior, ou seja, em toda Escala Maior o campo
harmônico seguirá essa regra de acordes Maiores, Menores e Diminuto. Por
exemplo, se algum dia alguém te pedir para tocar o acorde do 5º Quinto grau da
Escala de Ré Maior, você pensará primeiro quem é a Quinta de Ré, nesse
momento você pode se lembrar do ciclo de quintas para facilitar, depois que
descobrir que é o Lá você irá pensar na Fórmula dos Campos Harmônico da
Escala Maior, ao saber que o acorde do 5º Grau é um acorde Maior, você tocará
um Acorde de Lá Maior para quem te pedir.
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Talvez você queira saber o campo harmônico de alguma Escala Menor, como
por exemplo de Ré. Você precisará primeiro saber quais são as notas da Escala
de Ré menor, ou seja, pinte todas as brancas a partir de Lá, e depois você
transponha essas notas para iniciar a partir de Ré, isso te fará obter a escala de
Ré menor. Para facilitar a criação dos acordes você pode arrastar todas a notas
para antes do inicio do Grid, aperta a função “Fold” do Live para exibir apenas as
notas que fazem parte da escala e bastará você pintar as notas pulando uma e
depois a outra a partir de Ré, assim como feito anteriormente na Escala de Dó
Maior, porém agora será feito na de Ré menor, mas não esqueça que para formar
Tríades é sempre utilizando a Terça e a Quinta a partir de cada grau da escala.
Se ele será Maior ou Menor é outro detalhe que você irá notar depois de desligar
o Fold e contar os Toms e Semitoms, assim você poderá sacar qual é a fórmula
dos acordes e o campo harmônico da Escala menor. Sempre preste atenção na
distância da Primeira para Terça e confira a distância para Quinta. Veja a
sequência de processos a seguir:
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Aula 3 - TÉTRADES
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Antes de formar a Tétrades, primeiro você precisa formar uma Tríade, ou seja,
um acorde com 3 notas. Depois de formar o acorde de 3 notas saiba que a
Tétrade trata de inserir uma 4º quarta nota a esse acorde, e a 4º nota neste caso
será sempre o 7º intervalo, ou seja, na Escala de Dó Maior a 7º é o Si (B).
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Ao fazer isso com todos os acordes, você terá como resultado final o campo
harmônico por completo da Escala de Dó Maior conforme a imagem a seguir:
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O acorde do 5º grau ( V7 ) G7, chama atenção por um ponto, ele é único que
faz um acorde Maior com 7º Sétima menor, e se você analisar a distância da
Terça para Sétima notará que ele forma um intervalo de Trítono, por esse motivo
e mais um outro chamado função harmônica, esse acorde é chamado de
Dominante, pois gera muita tensão.
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Agora que você já sabe qual é fórmula do campo harmônico da Escala Maior,
e principalmente sabe como contar os intervalos para saber quando se tem um
Acorde Maior ou Menor, e até mesmo se a Sétima também é Maior ou Menor,
talvez você queira saber como acontece na Escala Menor. Para isso, primeiro crie
uma Escala Menor Natural, lembrando que se você partir de Lá bastará pintar
todas as notas brancas e irá obter uma Escala de Lá Menor Natural, depois repita
o processo de pintar as mesmas notas da escala em mais oitavas e arraste para
antes do Grid para que todas elas não toquem juntas, e depois ligue o Fold para
formar facilmente o Campo Harmônico da Escala de Lá menor, que
consequentemente será a fórmula do campo harmônico da Escala Menor Natural,
lembrando que com a função de “Fold” ligado você apenas precisará pintar 4
notas pulando um espaço entre elas para formar os acordes de cada grau.
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Ao fazer a conta dos intervalos de todos os acordes, você terá como resultado
final as seguintes nomenclaturas e qualidades de cada grau, dê uma atenção
especial para o 7º grau (VII), pois ele é o acorde Dominante da Escala Menor,
quando a Escala é Maior esse acorde é no 5º grau (V). Porém saiba que nem
sempre é possível utilizar esse acorde do 7º grau na música, pois ele é muito
próximo do acorde que “resolve” sua tensão harmônica. Por esse motivo, foi
criado uma escala chamada Escala menor Harmônica para resolver esse
“problema” de uma outra forma, algo que será visto mais a frente deste curso.
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Você pode inverter mais uma vez, como por exemplo subir o Mi (E) também
uma oitava acima, assim seu acorde iniciará pelo Sol, ficando a sequência: Sol
(G), Do (C), Mi (E), essa é outra possibilidade de inversão, sendo que quando
você modifica a posição do Mi, ou seja, da Terça, você constitui o que se chama
de 1º inversão, quando você modifica a posição de Sol, ou seja, a Quinta, você
constitui o que se chama de 2º inversão, porém você pode ainda ter uma 3º
inversão quando você está fazendo acorde Tétrade, que no caso do 1º grau da
Escala de Dó Maior será a nota Si (B), veja a 2º imagem a seguir.
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Se você tocar essa sequência, verá que a 3º inversão não tem um som muito
agradável aos ouvidos, isso acontece porque ela está a um Semitom ou 1/2 Tom
de distância da Tônica e saiba que não é comum e nem é recomendado utilizar
esse tipo de inversão com essa distância. Por isso é mais recomendado utilizar
inversão de acordes utilizando a Sétima quando ela for uma 7º Sétima menor,
como por exemplo o acorde de Ré menor com 7º menor (Dm7).
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Fazer inversões de acorde é muito útil para quem toca teclado, pois as
inversões farão com que as notas fiquem próximas uma da outra na hora da
execução. É possível visualizar isso inclusive no Piano Roll ao fazer uma
cadência 2, 5, 1. Na imagem a seguir você verá a posição original dos acordes, e
na segunda imagem você verá os mesmo acordes, porém de formas invertidas
para facilitar uma execução no teclado.
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Sempre que houver inversão de acordes, na cifra irá existir uma barra “/“ antes
de dizer qual nota é a inversão. Como por exemplo, na segunda cadência abaixo,
acorde de Sol com Sétima menor (G7). Quando houver uma inversão você verá
uma “/“ e o nome da nota que é a primeira do acorde, ou seja, a mais grave, que
no exemplo abaixo é D (Ré), logo a cifra será G7/D.
Para exemplificar suponha que a última cadência também tenha uma inversão,
você verá a Cifra C7M/E, que significa um acorde de Dó Maior com Sétima Maior
e com inversão do Mi (E), ou seja, 1º inversão.
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Utilizando os mesmo acordes da aula anterior, você pode separar o grave das
outras notas pegando apenas as primeiras notas dos acordes e descendo uma
oitava ou duas dependendo do timbre, isso já fará que com que você tenha um
peso maior em seu som, mesmo se os acordes estiverem invertidos, como na
imagem 1 abaixo. Você também pode manter as inversões de acordes e descer
uma oitava apenas da primeira nota de cada acorde, ou seja, as inversões se
mantêm, porém você dará mais peso na nota principal de cada acorde, como nas
imagens 2 e 3.
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Neste capítulo você irá aprender como deixar seus acordes mais complexos e
mais interessantes, iniciando pela extensão de notas.
Para exemplificar essa aula foi criado uma Escala de Dó Maior e um acorde de
Dó Maior com Sétima Maior (C7M).
As notas de extensão, são as notas que estão dentro da escala, mas que não
estão sendo usadas dentro do acorde mesmo se for com Sétima, ou seja,
seguindo com o exemplo acima, você tem a 2º Maior, a 4º Justa, a 6º Maior e a 8º
Justa que não foram usadas, mas em algumas cifras você pode ver a seguinte
indicação: C7M(9,13), isso quer dizer Dó Maior com Sétima Maior com Nona e
com a Décima Terceira, porém talvez você pense, “mas os intervalos não vão só
de 1º a 8º”? Não! Você pode ir além da oitava na contagem, o que nesse exemplo
a Nona será D (Ré) uma oitava acima e a Décima Terceira será A (Lá) também
uma oitava acima, gerando um acorde muito rico.
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Ou você ainda poderia encontrar C7M(11), porém não é muito comum, pois
não soa tão harmônico mesmo estando dentro da escala.
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Na próxima aula você entenderá melhor porque usar Nona, Décima Terceira,
Décima Primeira e não a Segunda, Quarta ou Sexta que estão mais próximas das
outras notas, mas se você testar e comparar verá que sonoramente não soa
agradável aos ouvidos, por contas das aproximações de intervalos, sendo mais
interessante utilizar uma Nona ao invés de uma Segunda.
Pode acontecer de as vezes o seu acorde ser utilizando uma Sexta, que
aparece na cifra da mesma forma como utilizar a Sétima, porém será o número 6
como diferente, veja o exemplo a seguir:
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O mesmo pode acontecer se você utilizar um acorde que gere tensão, como o
G7, e querer acrescentar uma nota que é utilizada em um acorde que cause
relaxamento ou repouso, isso irá gerar uma certa confusão sonoramente, ficando
algo esquisito.
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Para que você siga uma determinada regra na elaboração de seus acordes e
evite algumas notas, tenha em mente que nunca é bom deixá-las “coladas", ou
seja, com um semitom de distância entre uma e outra. Isso pode ocasionar essa
confusão de sensação do acorde, além disso observe se ao utilizar Nona em seus
acordes você não está criando algum intervalo de Trítono, pois isso também pode
estragar a função harmônica de seu acorde. Como por exemplo no acorde de Dó
Maior com Sétima Maior mais a Nona, neste caso seria bom evitar a Nona, pois
gerará um intervalo de Trítono entre a Sétima e a Nona, o que estragará a função
harmônica principal do acorde.
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Esses acordes suspensos geram tensão, mas não é a mesma tensão gerada
por um acorde Dominante ou Subdominante, ou seja, é ideal para manter uma
mesma “vibe” do acorde e gerar uma certa tensão, sendo que pode ser mais
interessante usar o Sus4 para acordes que forem maiores e o Sus2 para quando
os acordes forem menores.
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A partir do próximo capítulo você verá muitos exemplos práticos além da teoria
já vista até aqui, portanto, se você tiver alguma dúvida, algo que não ficou muito
claro, esse é o momento de rever essas ideias antes de partir para os próximos
capítulos e aulas.
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Cada um dos graus acima realizam uma função harmônica e existem 3 tipos
de função harmônica. Função de “Tônica”, que gera uma sensação de
“estabilidade”, “resolução”, “relaxamento” e “repouso”. Há também a “Dominante”
que desempenha uma sensação contrária da Tônica, ou seja, ela gera “tensão”,
“angústia”, “necessidade de resolver algo”, uma função harmônica que sempre irá
se resolver na Tônica, e por fim, a terceira e última função harmônica, a
“Subdominante” que gera uma sensação entre a de Tônica e Dominante, ou seja,
você pode usar a função de Subdominante para chamar uma Dominante, ou usar
a função de Subdominante para chamar a Tônica. É como se fosse uma função
“coringa” para passar de uma função para a outra.
Pensando nos graus, você tem as seguintes funções harmônicas iniciais:
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Essas funções harmônicas são válidas para qualquer escala que você for
utilizar, inclusive nos modos gregos que você conhecerá mais a frente neste
curso.
Aula 2 - CADÊNCIAS
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Você também pode gerar uma cadência utilizando as funções meio forte de
Tônica e Subdominante de sua escala. No exemplo a seguir foi utilizado os graus
VI, II, V, I para gerar uma sensação semelhante a cadência anterior, porém
utilizando funções harmônicas meio fortes.
As cadências na Escala Maior costumam ser bem clichês por conta de ser
muito utilizada na música pop.
Você também pode criar as mesmas cadências na Escala menor, porém a
sensação será diferente por conta dos acordes, tem uma tendência a soar
melancólico dependendo de sua cadência, principalmente por ter o acorde Tônico
Forte menor. Para formar a Escala menor você terá que pintar todas as notas
brancas a partir de Lá, transpor algumas oitavas para quando ligar o “Fold”
visualizar a Escala de Lá menor em mais de uma oitava, em sequência, você cria
o campo harmônico de Lá menor com Sétima e depois desliga o Fold para
relembrar e nomear os seus graus e acordes, pois é diferente da Escala Maior.
Inclusive, saiba que para ser Tônico Forte ou Subdominante Forte, não tem a
ver com o acorde ser Maior ou Menor, está relacionado com a posição dos
acordes nos graus, apenas a Dominante deve obrigatoriamente ser um Acorde
Maior com Sétima menor em qualquer Escala para desempenhar a função de
Dominante.
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Ou seja, por mais que a Escala de Lá menor use as mesmas notas da Escala
de Dó Maior, as funções harmônicas seguem a mesma ideia de quadro visto na
primeira aula deste capítulo, principalmente no 2º grau da escala de Lá que
também é Diminuto, mas por ser o 2º grau ele é um Subdominante fraco,
enquanto na Escala Maior ele é o 7º grau e é Dominante fraco.
Outro detalhe importante, não esqueça que o que faz o seu acorde ser Maior
ou menor é o intervalo entre a Primeira e a Terça, e o que fará a Sétima ser Maior
ou menor será o intervalo entre a Primeira e Sétima, mas é fácil contar o intervalo
entre a Quinta e a Sétima, que segue a mesma contagem de intervalos de
Primeira para Terça, 2 Toms de distância é uma Terça Maior, 1 Tom e 1/2 de
distância é uma Terça menor.
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Se você optar por utilizar a Terça 1 Semitom acima no 5º grau para ter um
Acorde Maior com Sétima menor, ou seja, se tornando uma Escala de Lá menor
Harmônica, você terá um 5º grau executando a função de Dominante, constituído
principalmente pelo intervalo entre Terça e Sétima que gera um Trítono.
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Para criar uma cadência perfeita em qualquer escala Maior ou Menor, sem
precisar ligar o recurso “Fold”, você precisa ter internalizado a contagem de
intervalos e saber o que significa cada distância, além disso, precisará lembrar da
fórmula da sequência dos graus dos acordes para criar de forma correta e saber
que para formar os acordes as notas não podem se repetir e sempre devem fazer
parte da escala, seja com acidentes ou não, isso fará com que você não tenha
“medo” das notas pretas e forme acordes de qualquer escala e a partir de
qualquer nota, exercite isso.
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Aula 5 - VOICING
Para criar harmônias que não fiquem variando entre, ora estar muito grave ora
muito agudo, você precisa utilizar a técnica de “Voicing" que tem muita ênfase na
inversão de acordes, principalmente se você deseja criar uma música que tenha
uma melodia marcante e mantendo a harmonia apenas para gerar as sensações,
como uma espécie de “cama”.
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Ou seja, você não precisa que a harmonia siga uma “escadinha” de ora estar
grave, subir para o agudo, voltar e etc. A ideia é buscar por algo semelhante a
“linear”, mas que passe a sensação correta. Você conseguirá fazer de uma
melhor forma se você imaginar que está tocando esses acordes em um teclado, a
ideia é que seus dedos não fiquem “pulando” pelo teclado entre graves e agudos
para executar as notas, o ideal é que você faça uso das inversões de acordes.
Utilizando como exemplo a Escala de Dó Maior para facilitar o entendimento,
primeiro foi elaborado uma cadência que soasse interessante, como 2-6-2-5-1
O primeiro conceito de Voicing é pintar uma oitava abaixo das notas tônicas de
cada acorde. Veja o exemplo a seguir:
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Você pode testar trocar algumas notas de oitavas, como por exemplo as notas
mais graves.
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Nos exemplos acima você viu como aplicar a técnica de Voicing para
enriquecer seus acordes e consequentemente seu instrumento, mas saiba que
você não precisa criar isso em apenas um instrumento, você pode aplicar esses
conceitos usando mais instrumentos, essa técnica tem o nome de instrumentação.
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Aula 6 - INSTRUMENTAÇÃO
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Além dos graves que você pode separar de seu pad, você pode duplicar o clip
mais uma vez e colocar mais algum instrumento para ocupar as notas mais
agudas por exemplo, basta fazer o mesmo processo acima. Veja um exemplo
abaixo.
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Neste capítulo você irá aprender e aperfeiçoar sua harmonia, mas antes de
aperfeiçoar sua harmonia existem conceitos que devem ser relembrados e
principalmente ter de forma concisa em sua mente, pois isso facilitará todo
aprendizado que virá a seguir.
Um dos conceitos que você precisa se lembrar, é sobre o campo harmônico de
uma Escala Maior Natural e também de uma Escala menor Natural, ou seja,
ambas são escalas que possuem 7 graus, sendo que na Escala Maior Natural o
1º grau ( I ) gera um acorde Maior, o 2º grau ( II ) gera um acorde menor, o 3º
grau ( III ) gera um acorde menor, o 4º grau ( IV ) gera um acorde Maior, o 5º grau
( V ) gera um acorde Maior, o 6º grau ( VI ) gera um acorde menor e o 7º grau
(VII) gera um acorde Diminuto.
Já na Escala menor Natural, você terá o 1º grau ( I ) gerando um acorde
menor, o 2º grau ( II ) um acorde Diminuto, o 3º grau ( III ) um acorde menor, o 4º
grau ( IV ) um acorde Maior, o 5º grau ( V ) gera um acorde menor, o 6º grau ( VI )
um acorde Maior e o 7º grau ( VII ) um acorde Maior, porém lembre-se que no
campo harmônico da Escala menor Natural não existe acorde Dominante, para
isso, teria que se fazer um ajuste no 5º grau para que ele seja Dominante,
inclusive, saiba que para que o acorde seja Dominante ele precisa passar a
sensação de tensão, angústia, de que algo precisa ser resolvido. Isso acontece
por conta dos Intervalos existentes entre as notas do acorde, e você precisa saber
que o intervalo que gera tensão ao ouvido humano é o Trítono, a distância de 3
Toms entre as notas, ou 6 Semitoms.
Você precisa se lembrar também que os acordes contêm funções harmônicas.
Existe a Dominante que é gerado por conta de intervalos Trítonos, que causa uma
tensão, angústia, sensação de que precisa ser resolvido algo e essa resolução
acontece na outra função harmônica chamada Tônica, função que traz a
sensação de resolução, de tranquilidade, alívio ou ainda estabilidade. Ainda existe
uma terceira função harmônica chamando Subdominante, é possível dizer que ela
é um meio termo entre a Dominante e a Tônica, se tornando muito útil para
quando você não deseja “pular” de uma função harmônica para outra de forma
“brusca".
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Se fosse um acorde de C7M (Dó Maior com Sétima Maior), imaginando que
esse acorde é o Tônico Forte de uma Escala de Dó Maior, você iria obter as
seguintes notas e intervalos:
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Se o exemplo pedisse um acorde C7 (Dó Maior com Sétima menor), você iria
obter um acorde Dominante Forte de alguma Escala (V7), aquele acorde que
causa uma super tensão por conta do intervalo existente entre a Terça e a Sétima
que gera o Trítono, 3 Toms de distância.
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Você ainda pode encontrar mais uma variação na cifra do exemplo acima,
como por exemplo C7M(11) (Dó Maior com Sétima Maior mais a Décima
Primeira), porém neste caso não quer dizer que existe o acréscimo da Nona (9º),
o acréscimo será direto a Décima Primeira, veja o exemplo a seguir:
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Dito tudo isso, suponha que você tem a cifra do acorde Dominante Bb7 (Si
bemol Maior com Sétima menor), lembrando que a Sétima sem o “M” maiúsculo é
uma Sétima menor e a cifra Bb sem o “m” minúsculo é um acorde Maior. Neste
caso Si bemol Maior, considernado o Piano Roll, você pintaria conforme a foto a
seguir, inclusive você verá que terá que pintar o A# (Lá Sustenido) que também é
o Bb (Si bemol). Esse tipo de situação tem o nome de notas Enharmonicas, notas
que tem nomes diferentes, mas tem o mesmo som, e isso acontece na Primeira e
na Sétima. Depois disso, para que você saiba facilmente qual é o Tom de sua
Escala seja ela Maior ou menor, você precisa se lembrar que o acorde Dominante
de uma Escala é sempre o 5º Grau. Logo, se você utilizar o Ciclo de Quintas e
contar 5 graus antes de seu acorde Dominante Bb, você irá obter a sua
Tonalidade, basta olhar o ciclo de quintas para facilitar saber qual é a 5º quinta
nota anterior a Sib (Bb), neste caso será Eb, e poderá ser um acorde Tônico de
Eb7M (Mi bemol Maior com Sétima Maior) se a Escala for Maior Natural ou Ebm7
(Mi bemol menor com Sétima menor) se a escala for menor Natural.
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Caso você ainda tenha dificuldade em aplicar esses conceitos sem utilizar a
técnica de utilizar o “Fold”, ou pintar todas as brancas a partir de Dó para obter a
Escala de Dó Maior, ou pintar a partir de Lá para obter a Escala menor, e ainda
pintar as notas sempre pulando uma com o Fold ligado para construir o campo
harmônico de qualquer escala, recomendamos que você exercite mais para que
tenha esses conceitos fixos em sua mente, evitando a tentação de utilizar essas
técnicas fáceis, pois nem todos os softwares contém o recurso Fold e você terá
que saber a qualidade dos intervalos, as funções harmônicas de cada acorde, a
qualidade dos 7 graus de acordes e todos os outros conceitos para utilizar em
outra DAW, ou ainda fazer Collab com algum amigo.
Nesta aula será exemplificado como criar uma harmonia de forma prática, e ao
decorrer deste capítulo você verá como incrementar esses acordes.
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A primeira coisa que você pode fazer é anotar em qual tonalidade você deseja
criar sua música, como por exemplo Escala de Sol menor, depois você pode
aplicar a fórmula da Escala menor: T, S, T, T, S, T, T para obter as 7 notas da
Escala de Sol menor, e você também pode anotar qual é o Campo Harmônico
Menor, lembrando que na Escala Menor o 1º grau é Menor com Sétima Menor ( I7
), o 2º grau é Diminuto com Sétima Menor ( IIm7(b5), o 3º grau é Maior com
Sétima Maior ( III7M ), o 4º grau é Maior com Sétima Menor (IV7 ), o 5º grau é
Menor com Sétima Menor ( Vm7 ), o 6º grau é Maior com Sétima Maior ( VI7M ) e
o 7º grau é Maior com Sétima Maior ( VII7M ), ou seja, você terá as 7 notas
fundamentais Sol (G), Lá (A), Sib (Bb), Dó (C), Ré (D), Mib (Eb), Fá (F). Se atente
aos acidentes que sua escala poderá conter, e a seguir você verá qual cadência
utilizar de seus acordes.
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Para iniciar a criação dos acordes você pode partir por algo mais simples,
como criar apenas as Tríades. Em uma Escala de Sol menor o acorde do 1º grau
será Sol menor (Tônica Forte), ou seja, a distância de Sol (Primeira) para Si
(Terça) terá que ser de 1 Tom e 1/2, e de Si (Terça) para Ré (Quinta) 2 Toms, ou
de Sol (Primeira) para Ré (Quinta) 3 Toms e 1/2, ou seja, de Sol (G) para Si (B) 1
Tom e 1/2 e de Si (B) para Ré (D) 2 Toms.
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Mais uma vez é possível visualizar que as notas do último acorde da cadência
se encontram muito mais altas do que o restante, o que pode te levar a fazer
inversões para que fiquem interessante.
Depois de definida sua cadência com Tríades, você pode adicionar a Sétima
de cada acorde e decidir se vai ficar interessante para o que você quer fazer ou
não, inclusive aplicar as inversões que achar necessárias. Veja o exemplo a
seguir:
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Mais uma vez é possível visualizar que as notas do último acorde da cadência
se encontram muito mais altas do que o restante, o que pode te levar a fazer
inversões para que fiquem interessante.
Caso ache que o final esteja gerando muita tensão, você pode diminuí-lo e
repetir o acorde de 6º grau (VI). Entenda vendo o exemplo a seguir, próximo ao
final dos 16 compassos.
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Para fazer a região grave de seu som você pode desenhar no mesmo tamanho
de notas, porem pegando as notas fundamentais de cada acorde, técnica de
Voicing, algo que já foi feito iniciado através das inversões de acordes.
Você lembra que na aula de Voicing foi dito que o ouvido humano percebe de
forma mais significativa o que está no agudo e o que está no grave? Pois então,
além de graves, você também pode fazer a técnica de Voicing colocando notas
mais agudas do que as graves, com notas fundamentais de cada acorde, ou
também pode ser utilizando a Terça ou a Quinta. Veja o exemplo a seguir o qual
foi pintado a Terça de cada acorde uma oitava acima dos acordes. Inclusive, é
importante seguir o sobe e desce de graves e agudos para manter a sensação da
cadência.
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Continuando com a aplicação dos acordes da aula anterior, suponha que você
queira fazer substituição do acorde do compasso 13, que é o grau VI do campo
harmônico da Escala de Sol menor, ou seja, Eb (Mi bemol Maior). Para substituí-
lo basta você abrir o Camelot Wheel, identificar a tonalidade que corresponde ao
acorde que você quer mudar, que neste caso é o Eb (Mi bemol Maior), no
Camelot aparece como E-Flat Major, e ver qual é sua Relativa menor e o Quinto
Grau sentido horário da Relativa Menor, ou seja, o acorde de substituição pode
ser de Cm (Dó menor) ou Gm (Sol menor). No Live você pode duplicar seu clip e
testar qual das opções fica mais interessante em sua substituição, não esqueça
da Sétima, pois os acordes da aula anterior estavam com Sétima, e os graus de
substituição são I ou IV do Campo Harmônico da Escala de Sol Menor.
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Aula 6 - MODULAÇÃO
Modulação é o nome dado para quando você cria sua música em uma
determinada escala e em determinado momento você muda para outra escala no
meio da música, algo que não é comum na música eletrônica, mas em alguns
caso você pode encontrar esse tipo de ação em breaks, a música muda para
outra escala e volta para escala inicial, a qual ela foi feita. É muito comum de
acontecer em músicas de igrejas protestantes, e também aconteceu na música da
Celine Dion – “My Heart Will Go On”, a música do filme Titanic.
Utilizando como exemplo a harmonia que foi criada e continua sendo
melhorada neste capítulo do curso, Gm (Sol menor), imagine que você queira
subir um Tom dela. Para não fazer de um jeito brusco a subida de 1 Tom de toda
harmonia e dar play em um clip em sequência do outro, o jeito correto de fazer
essa modulação é criar um acorde Dominante Secundário antes de começar a
nova frase musical um Tom acima.
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Acorde de Empréstimo Modal é um acorde que você utiliza em sua música que
não faz parte do campo harmônico da escala que você está utilizando, ou seja,
você utiliza um acorde de outro campo harmônico e de outra escala, mas que soa
harmônico. Tem o nome de Modal porque você irá “pegá-lo" de outro Modo, outra
escala para fazer uso.
O jeito mais comum de fazer empréstimo modal é utilizar a Escala “Homônima"
da escala que você está utilizando, ou seja, no exemplo deste capítulo a harmonia
foi criada em Sol menor (Gm), o empréstimo Homônimo é pegar acordes
emprestado da Escala de Sol Maior (G), logo você precisará criar o campo
harmônico de G Maior ou saber o campo harmônico para pegar acordes
emprestados, porém, saiba que você não deve utilizar esses acordes
emprestados de forma muito prolongada, pois poderá dar a sensação de
modulação e esse geralmente não é o intuito deste tipo de ação, a ideia é trazer
um “tempero” extra para sua harmonia.
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No canal “Sem V2” você verá o desenho do bass que surgiu através da
instrumentação da harmonia. No canal “Pigments” você verá um Pluck utilizando a
nota fundamental e a quinta de cada acorde também seguindo a cadência de
harmonia, e no canal “DX 7 V” contém um timbre de Piano Elétrico para trazer
todo peso e a sensação da harmonia.
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Dessa forma a harmonia pode se tornar algo repetitivo, mas a melodia é o que
trará a variação que a harmonia precisa para se tornar interessante.
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Quando você não tem ideia de que tipo de melodia deseja criar, e já tem criado
sua harmonia passando as sensações e uma bateria ditando o ritmo, você pode
desenhar um compasso de melodia tocando apenas a fundamental e pensar em
um motivo para que mesmo estando na fundamental se torne algo interessante.
Vai parecer chato por ser a mesma nota sempre, mas você pode pensar em
alongar uma nota, tirar outra, etc. Veja um exemplo a seguir de 4 compassos com
um motivo bem semelhante, sendo que no primeiro compasso você tem uma
parte A, no segundo uma parte B, no terceiro uma parte C e depois finaliza
repetindo o B.
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Dessa forma você já terá um Motivo criado de forma monótona por estar
utilizando apenas a nota fundamental da escala, mas a partir disso você poderá
pensar em distribuir essas notas em outras notas da escala para começar a criar
algo interessante, tema das próximas aulas, mas saiba que uma boa melodia
começa com um bom motivo, repetitivo e interessante ao mesmo tempo.
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Apenas em fazer esses ajustes de centro tonal sua melodia poderá soar boa,
mas saiba que existem métricas que podem fazer sua melodia ficar melhor ainda,
métricas que irão ditar quando é interessante ir para o agudo e quando não, por
exemplo.
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Sempre que você realizar Saltos é importante que, ao voltar, volte para as
notas do centro tonal, pois isso soará mais interessante para o ouvido. Ou você
pode ficar na altura do Salto, porém é importante utilizar as notas do centro tonal
de sua escala. No exemplo desse capítulo é o Am (Lá menor), Lá (A), Dó (C), Mi
(E), isso manterá a coerência de sua melodia. Veja a Melodia a seguir ajustada,
levando em consideração esse detalhe de Pulo, Degraus, Saltos e principalmente
o Centro Tonal que é o Mi (E).
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Se você imaginar uma pessoa cantando, existem momentos em que ela faz
pausas para respirar e continuar cantando, logo, você também pode trazer esse
conceito para sua melodia e fazê-la “respirar”. Essas pausas a tornará mais rica,
“natural” e até mesmo mais memorável.
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Tenha em mente que sempre que você for criar sua melodia, antes de
realmente criá-la você precisa pensar em um Motivo, depois pensar em um
Centro Tonal, o qual ela sempre irá voltar após sua criação, esse centro tonal
pode ser alguma nota que sempre é utilizada em sua harmonia, mas geralmente é
a Primeira, Terça ou Quinta de seu Acorde Tônico. Além disso, você precisa criar
uma métrica que faça sentido para seu público, você pode colocar como “regra”
variar até a Quinta de uma oitava acima, porém, não deixe de utilizar o conceito
de Pulo, Degrau e Saltos de forma correta, além das notas e intervalos que te
ajudarão a criar uma pergunta e resposta para sua melodia, podendo até gerar
um clímax em sua resposta final.
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Neste capítulo você conhecerá algumas estratégias para criar sua melodia de
uma forma fácil, utilizando as técnicas dos fundamentos da melodia apresentadas
no capítulo anterior e as que virão a seguir.
Iniciando pela Escala Pentatônica Maior, essa é uma escala que faz uso de
apenas 5 notas e não 7 como de costume, porém somente a Melodia fará uso da
Escala Pentatônica, pois a sua harmonia pode fazer uso de um dos 7 graus da
Escala, enquanto a melodia ficará focada apenas em utilizar 5 notas que formam
uma Escala Pentatônica.
Para descobrir quais são as 5 notas da Pentatônica Maior é simples, basta
criar uma Escala Maior Natural que você já conhece e ao criar a Melodia não
utilizar a 4º Quarta e nem a 7º Sétima em sua criação, isso já constituirá a Escala
Pentatônica Maior. No exemplo a seguir você verá a Escala de Dó Maior e a
Escala Pentatônica de Dó Maior até a 5º Quinta de uma oitava acima, que é o
range que geralmente as pessoas no geral costumam cantarolar melodias.
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A partir desse ponto a métrica será elaborada de acordo com sua ideia e
levando em consideração os conceitos de manter um Centro Tonal, Degrau, Pulo
e Salto, além de pensar em Pergunta e Resposta utilizando as notas que
correspondem aos intervalos Dissonantes, 2º Segunda, e Consonantes
Imperfeitas, 3º Terça e 6º Sexta. O centro tonal neste caso será a 1º Primeira: Dó.
Veja como ficou a Melodia na imagem a seguir:
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Utilizar a Escala Pentatônica para criar melodia poderá soar clichê, mas é algo
muito funcional para criação de Melodia, tem muita eficácia.
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Para criar Melodia siga o mesmo passo a passo visto no capítulo anterior e na
aula anterior, comece com um Motivo que você ache interessante, depois pense
em como variar entre as notas da Pentatônica, levando em consideração os
conceitos de Degrau, Pulo, Salto e também de Pergunta e Reposta e utilizando as
notas que contém as funções corretas para conseguir chegar no objetivo, não
esquecendo de manter a Melodia estável, girando em torno do centro tonal a cada
compasso, por exemplo.
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Aula 4 - ARPEJOS
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Caso você não queira utilizar o plugin e queira criar o Arpejo de forma manual,
você pode criar um novo clip, segurar com a tecla shift o novo clip e a harmonia
juntos, para visualizar a harmonia e o clip vazio no mesmo clip, e desenhar o
Arpejo seguindo as notas da harmonia da forma que desejar.
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Existe uma terceira forma de fazer Arpejo, você cria um canal MIDI vazio e
grava o MIDI do Arpejo neste canal, ou seja, você direciona o sinal do canal da
Melodia com Arpejo para esse canal MIDI vazio, dessa forma você terá as notas
que o Arpejo executou em um novo clip MIDI e poderá fazer as modificações que
desejar.
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Veja abaixo que depois de gravado você pode mutar algumas notas para fazer
algo diferente, facilita que você edite as notas e deixa de uma forma diferente,
apenas utilizou o Arpeggiator para criar um guia de Arpejos.
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Toda boa melodia tem um pouco de Swing e Groove, se você imaginar uma
pessoa tocando em um teclado ou piano dificilmente ela irá tocar tudo exatamente
dentro do Grid, algumas notas serão adiantadas, outras atrasadas, outras dentro
no grid, e etc.
Quando você está criando a melodia utilizando o grid, a tendência é que você
deixe tudo dentro do grid, porém você pode fazer com que algumas notas comece
levemente antes do grid exato, ou até mesmo de forma atrasada para criar esse
groove e esse swing, principalmente com as notas que não fazem parte do tempo
forte do compasso.
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Caso você não queira fazer de forma manual, você pode utilizar um recurso do
Live chamado Groove Pool, nele existe uma vasta biblioteca de Groove que você
pode aplicar em sua Melodia por completa, inclusive regular o Amount, que é o
quanto de Groove você realmente quer que sua melodia tenha, pois pode ser que
você não queira 100% de Amount. Para abrir as opções de Groove Pool, basta
clicar no botão de Groove Pool, clicar com o botão direito no espaço vazio para
abrir a biblioteca de Groove e escolher o tipo de Groove que você deseja no
Browser e arrastar para janela de Groove Pool. Depois, para aplicar em sua
Melodia, basta ir na janela do Clip e ir na opção de “Groove”, escolher o Groove
que você arrastou para seu Groove Pool. Veja o passo a passo a seguir:
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Para ver as mudanças pela qual as notas passaram, você precisa clicar na
opção “Commit” na janela do clip, você provavelmente notará que algumas notas
aumentaram seu tamanho, outras foram levemente atrasadas do Grid exato, etc.
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Esse mesmo Groove você pode aplicar a outros elementos de sua música e
fazê-la ficar dançante como um todo, até porque, se tudo que você fez foi
utilizando o grid, provavelmente sua música se encontrará “quadrada”, aplicar
groove e swing fará com que exista atrasos e adiantamentos das notas em
relação ao grid exato, além de mudanças de velocitys e tamanhos de notas, o que
deixará sua música bem interessante.
Para montar a harmonia a partir de uma melodia que você tenha criado, uma
técnica que costuma dar certo na maioria da vezes, é transpor as notas da
melodia até que elas fiquem utilizando apenas as notas brancas, assim você
saberá que escala a melodia está se baseando, Menor ou Maior. No exemplo a
seguir, ao ir transpondo a melodia que iniciava na nota em G (Sol), foi possível
descobrir que quando ela inicia a partir de A (Lá), é utilizada todas as notas
brancas, logo, é possível concluir que a escala a qual essa melodia pertence é de
Gm (Sol menor).
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Sabendo que a Melodia faz parte de determinada escala, neste caso da Escala
Menor, você sabe como aplicar a fórmula do campo harmônico, ou seja, Im, IIdim,
III, IVm, Vm, VI, VII, mas antes de criar o campo harmônico, para saber quais
acordes utilizar, é interessante primeiro criar o bassline. Você pode usar o método
de selecionar o clip da melodia e do bass, que está vazio, e desenhar o bass
usando a melodia como guia, veja o exemplo a seguir:
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No último acorde é possível reparar que ele subiu muito para o agudo, neste
caso é importante fazer as inversões de acorde para que fique uma harmonia
interessante e menos saltitante.
Depois de feito esse ajuste, você pode pensar em enriquecer seus acordes
acrescentando a 7º Sétima e entendendo qual será o sentimento de sua
harmonia.
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Caso você sinta que o 5º grau não esteja gerando a tensão que realmente
precisa, lembre-se que, para que o 5º grau seja uma Dominante, o acorde precisa
ser Maior com Sétima Menor, ou seja, será necessário subir 1 semitom da Terça
do acorde Em7 para se tornar um acorde E7, logo, sua escala se tornará uma
Escala Menor Harmônica.
Para que você tenha uma harmonia estável, reveja as inversões para que você
tenha uma harmonia menos saltitante, algo que fique parecendo um “tapete”, ou
uma “cama” em termos de sonoridade.
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Caso você queira, você pode trocar o timbre e pensar essa harmonia de forma
ritmada, veja um exemplo abaixo:
Se você desejar voltar para sua tonalidade inicial, você também poderia
selecionar todas as notas e arrastar a partir de G (Sol) por exemplo, assim você
teria uma harmonia do campo harmônico da Escala de Gm (Sol menor), só não
deixe de fazer isso com todos os elementos.
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Modos Gregos são outras Escalas que também fazem uso de 7 notas
preferidas de acordo com sua fórmula, porém geram sensações diferentes do
campo harmônico Maior Natural e do Menor Natural, e caso você se pergunte de
onde veio, saiba que os Modos Gregos vieram da Grécia e constituem 7 tipos de
Escalas ou Modos, que são chamados de, Jônio, Frígio, Eólio, Lídio, Mixolídio,
Dórico e Lócrio, sendo que cada um desses Modos e Escalas eram utilizados nos
cânticos antigos da Grécia, e cada região tinha o seu Modo.
Para descobrir as 7 notas que formam um Modo Grego, você pode partir da
Escala de Dó Maior pintando todas as notas brancas de Dó a Si, e saiba que
Escala de Dó Maior já é um Modo Grego, esse Modo se chama Jônio.
Para descobrir os outros Modos, mas um de cada vez que também fazem uso
de 7 notas sem se repetir, basta pintar todas as notas brancas de Ré a Ré, ou
seja, a partir de Ré até Ré uma oitava acima, assim você constituirá o Modo
Dórico, e o que faz o Modo receber esse nome é o mesmo motivo pelo qual existe
a Escala Maior, que também pode ser chamada Jônio. A distância de Toms e
Semitoms entre as notas formam o Modo, pois a distância se apresenta de forma
diferente, logo você terá a fórmula de cada um dos Modos.
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Se você partir de Mi e pintar todas as notas brancas terá mais um Modo, esse
chamado de Frígio.
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O 4º Modo são todas as notas brancas a partir de Fá, assim você constituirá o
Modo Lídio, que é bastante utilizado na música eletrônica.
Você pintando todas as notas brancas a partir de Sol, irá obter o Modo
Mixolídio.
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Se você pintar todas as notas brancas a partir de Lá, você irá lembrar que
constitui a fórmula da Escala Menor Natural, essa Escala Menor Natural também
é um Modo, esse Modo se chama Eólio.
O último Modo, você irá constituí-lo pintando todas as nota brancas a partir de
Si, esse Modo tem o nome de Lócrio.
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Para você perceber a diferença entre eles, faça com que todos se iniciem a
partir da mesma nota, assim você irá conseguir reparar a diferença entre cada
modo, principalmente de intervalos existentes em cada modo e suas sensações.
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Como dito na aula anterior, os Modos Gregos são variações da Escala Maior e
Menor, logo, eles também podem ser Maiores ou Menores, e o que vai determinar
se um Modo é Maior ou Menor é o intervalo de Terça, ou seja, a distância da
Primeira Nota para a Terceira Nota (1º a 3º). Sempre que a distância for de 2
Toms constitui uma Terça Maior, e sempre que for de 1 Tom e 1/2, constitui uma
Terça Menor, em outras palavras, sempre que a Terça for Maior o Modo será
Maior, e sempre que a Terça for Menor, o Modo será Menor. Na imagem a seguir
você vê quais Modos são Maiores e quais são Menores.
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Focando neste momento apenas nos maiores, você consegue ver a diferença
existente entre eles quando desenhar todas as notas brancas a partir de Dó
Maior, ou seja, Modo Jônio, e comparar entre elas o que difere um Modo Maior do
outro. Na imagem a seguir você irá perceber que, entre os Modos que são
Maiores, o que difere o Lídio do Jônio (Escala Maior Natural) é o 4º intervalo, no
Lídio é Aumentado, ou seja, o que caracteriza o modo Lídio é a 4º Aumentada,
enquanto no Modo Mixolídio, o que caracteriza seu Modo é a 7º menor, são essas
notas que diferem da Escala Maior Natural, que é o Modo Jônio.
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Depois de saber quais são os menores por conta da Terça menor, é importante
que você compare os Modos menores entre si, tendo como principal o menor
Natural, que é o Modo Eólio, para facilitar o entendimento. Você notará que o que
difere o modo Dórico que é Menor em relaçãoao Menor Natural Eólio é o 6º
intervalo ser sustenido, ou seja, o que caracteriza o modo Dórico é a 6º Maior. Já
comparando com o Modo Frígio, o que difere da menor Natural é o 2º intervalo,
que neste caso é um intervalo menor, ou seja, 2º menor. Porém, ao comparar
com o modo Lócrio você notará que além da 2º menor que também existe no
Frígio, a principal diferença será o 5º intervalo, que neste caso é Diminuta, ou
seja, o que caracteriza o Lócrio é a 5º Diminuta, apesar de ter a 2º Segunda
diferente da menor Natural, porém é igual ao modo Frígio.
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Eólio é um dos modos mais tristes e melancólicos para se fazer uso e é uma
Escala menor Natural, enquanto o modo Dórico acaba sendo melancólico
também, porém de forma mais suave, é um “triste” menos depressivo em termos
de sensações, sendo possível ainda utilizar o modo Frígio que remete também a
algo mais tristonho, mas também lembrará a algo cigano, oriente médio, enquanto
o Lócrio sendo algo mais obscuro, dark, com muita tensão, principalmente por ter
o 5º intervalo Diminuto.
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Da mesma forma que existe menor e Maior relativa na Escala Maior Natural e
Escala menor Natural, que agora você já deve saber que Jônio (Escala Maior
Natural) é relativo de Eólio (Escala menor Natural), os outros Modos, exceto o
Lócrio, também contém suas relativas Maiores e Menores, lembrando que
Escalas Relativas são escalas que fazem uso das mesmas notas, porém
começam a partir de outra nota, como por exemplo Dó Maior (Modo Jônio) e Lá
Menor (Modo Eólio).
Se você comparar os outros Modos, Lídio Maior, Mixolídio Maior, Frígio menor,
e Dórico menor, verá que quando cada um deles começam em suas respectivas
notas iniciais para que o Modo faça uso de todas as notas brancas, notará que
entre eles existem Relativas. No exemplo a seguir você vê que o Modo Lídio
Maior tem como Relativo Menor o Modo Dórico, logo o Modo Mixolídio Maior tem
seu Relativo Menor Frígio.
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Utilizando como exemplo a música que foi criada no capítulo anterior, a qual foi
realizado a melodia em Am (Lá menor Natural ou Modo Eólio), você poderia fazê-
la se tornar outro modo, como Frígio por exemplo, mudando apenas a nota que
caracteriza o modo Frígio, que é a 2º menor, ou seja, descer 1 semitom da 2º que
neste caso é Si (B), passará a ser Bb (Si bemol), no Live aparecerá como A#.
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Você precisará fazer isso em todos os Si que estiver tocando em sua música,
principalmente no Bass e na Harmonia.
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A mesma ideia poderia ser aplicada se a Escala fosse Maior Natural, que é o
Modo Jônio, bastaria mudar as notas que caracterizam os respectivos Modos e
você passaria a ter a Escala em outro Modo.
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Assim como quando se utiliza Modos Gregos, é importante que quando você
fizer uso de Modos Gregos ou Escala menor Harmônica ou Escala menor
Melódica, você valorize as notas que são diferentes, ou seja, valorize as notas
que fazem a escala ser o que ela é, principalmente quando desenvolver a
melodia, pois não fazer isso pode acabar soando como notas erradas em sua
música e você não gostará que isso aconteça, ou pior, ao invés de parecer Escala
menor Melódica, ou Escala menor Harmônica, ou algum Modo Grego Menor, você
na verdade estará fazendo a música na Escala Menor Natural achando que está
utilizando alguma Escala diferente.
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Da mesma forma que nos Modos Gregos, Escala menor Harmônica e Escala
menor Melódica contém notas específicas que caracterizam seu estilo, para se ter
uma Escala de Blues, também é necessário dar destaque para a “Blue Note”, ela
que trará toda característica blues para seu som.
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O vocal do projeto foi baixado via Splice e está em Am (Lá menor), o que
acaba sendo fácil para pensar em harmonia e melodia. Iniciando pela melodia,
uma forma para descobrir a melodia do vocal é utilizando apenas o “ouvido”, ou
seja, tenta sacar qual é oitava que está sendo cantada e as
possíveis notas que correspondem a cada sílaba ou palavra para pintar no Piano
Roll.
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Uma forma mais fácil de saber as notas e a melodia que o vocal está
executando, é você clicando com o botão direito do mouse em cima do clip do
Vocal e depois clicar na opção “Convert Melody to New MIDI Track”, isso fará criar
um novo canal midi com os midis referente a melodia que o vocal está cantando,
nem sempre é perfeito, mas já facilitará e muito sua vida.
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Caso você não consiga descobrir a Melodia do Vocal apenas de “ouvido”, não
use o Live para usar a função “Convert Melody to New MIDI Track”, você pode
usar algum plugin que afina voz, como “Melodyne”, “Autotune” ou “Wavestune”
que também possibilitam extrair a Melodia. Você coloca o plugin no canal, dá play
e vê o escaneamento do Vocal acontecendo e as notas da Melodia, caso você
queira, você pode exportar o MIDI e utilizar em algum canal de seu projeto, os
plugins de afinação de voz geralmente dão essa opção.
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A recomendação é que você tente tirar a Melodia de ouvido, isso fará com que
seu ouvido fique mais sensível e treinado para resolver esse tipo de situação, e
caso você queira que a Melodia tenha Groove para ficar semelhante ao Vocal,
você pode adicionar algum Groove do Groove Pool, o que deixará sua Melodia
ainda mais interessante, algo que pode ser aplicado aos outros elementos
também.
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Depois de extrair a Melodia do Vocal, você pode criar um canal de piano para
elaborar a harmonia em torno do Vocal e da Melodia, lembrando que a Harmonia
não precisa seguir a melodia, e principalmente não precisa ser exagerado de
acordes. Uma Tríade simples usando os acordes do campo harmônico já é
suficiente, a função dos acordes é passar o sentimento e a sensação correta para
fortalecer a letra do Vocal, passar a mensagem correta.
Como o Piano é apenas um guia para criar Harmonia, a partir dele você pode
criar outro elemento para conduzir a harmonia, como um acorde ritmado, assim
você pode pensar em um Voicing colocando as fundamentais de cada acorde
uma oitava acima, pensar em substituição de acordes para que as passagens
fiquem mais interessante. Veja o exemplo a seguir:
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Para elaborar o Bassline, você pode partir das notas fundamentais de cada
acorde, ou usar a nota mais baixa da inversão. No exemplo abaixo foi utilizado as
notas mais baixas do acorde considerando as inversões.
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A base inicial da música Pop já está criada, mas é de costume existir uma
outra Harmonia para o refrão, logo, novamente você pode abrir um Piano para
elaborar a Harmonia do refrão ouvindo o Vocal, depois você pensa em como
distribuir novamente nos outros elementos. Para este caso você pode pensar algo
em torno de 8 compassos, já que geralmente o vocal varia entre verso e refrão a
cada 8 compassos, assim você pode fazer um empréstimo de acorde da Escala
Homônima no final de 8 compassos para dar um diferencial em sua harmonia e
gerar tensão para voltar para a harmonia um.
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Na criação do Pad foi utilizado a 7º Sétima, nos acordes que ainda não tinham
sido utilizadas, com o Acorde de Passagem Cromático e Empréstimo de Acorde
Modal, neste caso da Escala Homônima.
Dessa forma, com duas harmonias, você pode pensar em como distribuir no
arranjo entre verso e refrão para criar momentos clímax e de relaxamento na sua
música Pop.
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Uma forma de formar o Modo Frígio, é você lembrar que ao formar a Escala
Menor Natural que é o Modo Eólio, bastará você descer um semitom da 2º
Segunda Maior que passará a ser 2º Segunda menor e você terá a fórmula do
Modo Frígio. Ou você pode também decorar a ordem dos Modos, assim você
pode pintar todas as notas brancas a partir de determinada nota que terá a
fórmula do Modo correspondente, no caso de Frígio, se você pintar todas as
brancas de Mi a Mi uma oitava acima, terá a fórmula do Modo Frígio, pois a
sequência a partir de Dó é Jônio, a partir de Ré é Dórico, a partir de Mi é Frígio, a
partir de Fá é Lídio, a partir de Sol é Mixolídio, a partir de Lá é Eólio e a partir de
Si é Lócrio, mas você não pode esquecer de destacar a nota que corresponde a
cada Modo, pois é isso que dará a característica dele. No caso do Modo Frígio é a
2º Segunda menor que o caracteriza, logo você pode focar em utilizar muito mais
essa nota do que as outras, inclusive na criação da harmonia com acordes que
tem a 2º Segunda menor. Veja o exemplo a seguir de alguns acordes com sétima,
porém com as inversões aplicadas para que a harmonia fique “uniforme”.
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As notas mais graves acrescentadas no Arpeggio podem servir como guia para
criar o Bass, que pode ser ritmado ou de uma forma mais “reta”, no caso abaixo
foi utilizado de forma mais reta.
Caso você queira criar a música no Modo Grego Maior, lembre-se que existe o
Modo Relativo da Maior, no caso do Frígio o Modo Grego Relativo Maior é o
Mixolídio, basta você descer 3 Semitoms do Modo Menor para encontrar a
Relativa Maior, ou subir 3 Semitoms da Maior para encontrar a Relativa Menor.
Neste caso de Frígio, basta subir 3 Semitoms que dará o Modo Mixolídio. O fato
de iniciar a partir de outra nota, fará com que todo contexto mude, pois os
intervalos soarão de forma diferente, por isso constitui um Modo Mixolídio Maior.
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Por fim você pode criar uma Melodia também seguindo a harmonia, se desejar
realizando Pergunta e Reposta para se ter uma Melodia interessante e que
prenda, seguindo os conceitos de Degraus, Pulos e Saltos, usando as notas
Consonantes Imperfeitas (3º e 6º) e Dissonantes (2º e 7º) para criar os momentos
de tensão, e assim criar a pergunta e responder utilizando as Consonantes
Perfeitas que geralmente são os graus Justos, 1º, 4º, 5º e 8º e claro, as notas
referente ao acorde Tônico.
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Partindo de uma bateria pronta, você pode pensar a escala de sua música de
acordo com o tom do kick, ou seja, no próximo exemplo o kick se apresentou em
Mi, logo foi convincente criar a harmonia e a melodia que é um Arpejo em Mi
menor Natural (Em).
Neste caso, o primeiro elemento criado foi o Bassline, porém desde sua
concepção a ideia era fazê-lo realizar uma determinada cadência para depois
criar a harmonia a partir dele.
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Depois de determinado a Harmonia, ela pode ser transposta para outro timbre
que desejar, além de passar por incrementação de notas, como utilizar a Sétima,
ou ainda trocar algum acorde no final do compasso.
Essa mesma harmonia pode ser duplicada para criar um Arpejo final e
enriquecer a harmonia.
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Para este último exemplo de aplicação da Teoria Musical, foi criado uma ideia
musical no Modo Lócrio, cuja finalidade é criar algo “esquisito”, mas que ainda
assim esteja dentro de uma Escala e do Campo Harmônico. Caso você não se
lembre, o Modo Lócrio é a Escala menor Natural com mudanças no 2º Segundo e
no 5º Quinto grau, ou seja, sua principal característica é a 5º Diminuta. O exemplo
a seguir apresenta Sol Lócrio (G Lócrio).
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Para este último exemplo de aplicação da Teoria Musical, foi criado uma ideia
musical no Modo Lócrio, cuja finalidade é criar algo “esquisito”, mas que ainda
assim esteja dentro de uma Escala e do Campo Harmônico. Caso você não se
lembre, o Modo Lócrio é a Escala menor Natural com mudanças no 2º Segundo e
no 5º Quinto grau, ou seja, sua principal característica é a 5º Diminuta. O exemplo
a seguir apresenta Sol Lócrio (G Lócrio).
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O primeiro elemento criado foi um pluck, cuja ideia é tocar apenas o acorde
Tônico de Sol Lócrio fazendo Arpejo.
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Depois, para evidenciar o Modo Lócrio, o Pad criado tocou apenas as notas
que correspondem a característica do Modo, o que gera uma grande tensão e
uma harmonia mais dark.
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Aula 1 - TONYGYM
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Aula 2 - CONCLUSÃO
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