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Esse nível de evolução é o que eu chamo devolução automatizada, pois você acaba entrando
no modo automático de consumir informação, já que encontrar conhecimento nos tempos
atuais não é um problema mais.
Como o modo automático nessa etapa não surte mais efeito nos estudos e os anos
aprendendo de forma bagunçada acabam gerando as temíveis lacunas no aprendizado,
muitos acabam vivendo a vida toda sem passar desse muro por se sentirem perdidos e passam
a vida toda nessa situação.
Baseado nisso que criei o Ciclo da Internalização, já que a internalização é a raiz mais profunda
do conhecimento na música. É somente internalizando um assunto que realmente
conseguimos dominar e fugir do aprendizado superficial que o barulho digital provoca, pois
aprender música dessa forma só faz com que nós “saibamos” ou “conhecemos” um assunto,
mas dominar mesmo, acaba não acontecendo!
Baseado no Ciclo da Internalização, estruturamos todo o conteúdo que consumimos, já que o
estudo agora se passa dentro de um sistema, ou seja, um método!
O que estudar (6 itens principais)
1. Conhecimento do braço do instrumento
Mapeamento e visualização de escalas, arpejos e acordes em todas as qualidades, inversões,
regiões e em todos os 12 tons. Nessa parte buscamos dominar e eliminar as obscuridades no
instrumento – clareza e liberdade ao visualizar.
2. Técnica
Ferramentas de expressão; mecânica; habilidades; tirar som do instrumento.
3. Harmonia/ percepção
Intervalos, Tríades, Tétrades, inversões de acordes, campo harmônico, modos gregos, graus -
relativos, harmonia funcional, rearmonização, progressões, transposição de tons...
Percepção de intervalos melódicos, harmônicos e de acordes; Percepção de progressões
clichês, etc.
4. Repertório
O seu repertório é o seu RESULTADO! É ideal que a prática de repertório seja tirando toda a
harmonia da música; a melodia; os solos (se houver); fazendo arranjos chord melodys; ouvindo
3 ou 4 versões diferentes para “roubar” ideias e adquirir referências; Improvisando sobre as
progressões; transpondo a música para outras tonalidades... Quanto mais completo o estudo,
mais absorção e internalização.
Dica de ouro: Faça todos esses processos e grave um vídeo para a internet depois, mostre para
as pessoas o resultado do seu estudo e note as pequenas evoluções.
5. Leitura
Partituras, Cifas, Tablaturas, Notações musicais no geral.
6. Improvisação
Essa progressão é a da música Nem um Dia (Djavan). A progressão toda está no centro tonal de
Dm. Vejamos os seus respectivos graus perante o Campo Harmônico Menor:
Im Im/VII VI V7(#5)
Dessa forma, podemos aplicar a Penta menor de Dm o tempo todo que estaremos soando
dentro, sem “notas fora”.
Dica extra:
Ao pensar na penta blues de Dm durante toda a progressão, o acorde de maior tensão (de
grau V - A#5) gera uma tensão harmônica. Desse modo, na improvisação facilmente
poderíamos utilizar o arpejo do acorde, mas aí estaríamos pensando em acorde por acorde.
Desse modo, com a penta também é possível causar essa sofisticação melódica, basta guardar
o uso da BLUE NOTE apenas nesse momento especial na música, dessa forma você gera uma
novidade melódica quando surgir essa novidade harmônica, sacou? Funciona bem.
Note que o acorde A5+ não possui uma penta específica. Nesse caso, podemos causar uma
sensação outside na melodia usando o conceito de Sobreposições de Pentatônica.
Já que a tonalidade é Dm, podemos misturar as pentas existentes no campo harmônico de Dm,
são elas:
Dm Penta Blues;
Am Penta Blues;
Gm Penta Blues.
A ideia desta aplicação é SOMENTE por uma questão de dar uma intenção OUTSIDE na
melodia, visto que o adequado nessa situação para tocar dentro, seria o próprio arpejo do
acorde A7(#5) que resolveria a situação.
Misturando essas 2 formas de pensar (Técnico)
Agora que aprendemos didaticamente esses 2 conceitos na improvisação, se conseguirmos
equilibrar as duas formas na hora de tocar, conseguimos explorar diferentes sonoridades,
então experimente e comece praticando!
-Motivos rítmicos
Motivos de 1 compasso;
Motivos de 2 compassos;
Exercícios:
Repita os exercícios vistos na aula (motivos rítmicos e melódicos). Siga o passo a passo a
seguir:
1. Motivos rítmicos: Toque 1 ideia rítmica de 1 compasso e repita por mais 3 compassos
em uma harmonia estática (exemplo: Am estático);
2. Motivos rítmicos: Comece a criar variações de ideias rítmicas e vá renovando as ideias
a cada 4 compassos em que for repetindo as ideias;
3. Motivos rítmicos: Crie ideias de 2 compassos e repita a mesma ideia rítmica durante
os próximos compassos;
4. Motivos rítmicos: Aplique esse raciocínio em progressões com modulações. Exemplo:
Cm % Ebm %
O treino de Motivos é muito importante para desenvolver a sua musicalidade, espero que faça
bom proveito deste conhecimento!
Se esse conteúdo fez sentido para você e quiser estudar com maior
aprofundamento e acompanhamento, eu te convido para entrar na primeira
turma da Internalização Pentatônica. Tamo junto!