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E ai galeraaaa, aqui é o Douglas Meyrelles e

nesse ebook vamos aprender de forma teórica e


prática os 3 Pilares para Sair da Tônica.
O intuito desse tópico saída da tônica é
conscientizar e mostrar para os baixistas que é
possível sim, fazer diversas coisas no baixo
enquanto esta tocando e não é necessário ficar
fazendo apenas uma nota.
Maioria da galera que toca, trava nessa hora
porque não sabe o que fazer, não tem
conhecimento das ferramentas certas e nem
como aplica-las de forma correta para ter um
resultado mais expressivo no seu instrumento,
mais melódico e mais objetivo.
É muito mais simples do que vocês pode
imaginar, e nesse ebook vamos entender os 3
pilares que são Acordes, Inversão de Acordes e
Ritmica.
Isso mesmo, se você achou que eu iria falar
sobre Modos Gregos, Pentatonica, Menor
Melódica, você esta enganado, assim como 90%
dos
baixistas. A galera quer pular etapa e não
domina nem o básico, e eu posso te afirmar, que
os 3 pilares que você vai aprender e entender
aqui, são as ferramentas que você vai usar a sua
vida toda tocando baixo, o resto é apenas a
cereja do bolo e você mal vai usar.
E vamos entender de uma forma muito clara e
simples como
criar esses caminhos no nosso instrumento para
que facilite a nossa aplicação
na prática.
Uma coisa que eu sempre falo, se a teoria não
estivem em dia
com a prática, vai dificultar mais a sua evolução
e consequentemente a sua
aplicação. Seu cérebro só vai responder a
informações que ele já processou, ou
seja, você precisa dar o comando pra ele do que
ele precisa fazer para que
assim ele possa responder. Então sempre estude
na mente, esse é o principal
estudo e é o que a galera menos faz, porque, as
pessoas querem virar robô
fazendo escalas e mais escalas e não se atentam
nas coisas que realmente fazem
sentido para a evolução dela, sua e minha.

Sem mais delongas, vamos para o primeiro pilar.


1º Pilar - ACORDES:

Os acordes/arpejos eu sempre falo que são


fundamentais para qualquer musico sendo ele
baixista ou não. Cara isso é essencial você saber
se quiser realmente dominar o seu instrumento
e entender de uma vez por todas a como criar
arranjos, criar os seus caminhos melódicos,
grooves e tudo mais, tudo parte dos acordes.
A harmonia esta sempre na musica e quando
você tem o domínio disso, faz uma diferença
absurda na sua forma de tocar.
E porque é tão importante saber os acordes DM?
Cara, como eu disse, a harmonia esta em toda
musica, porém, você deve estar se perguntando
o porque de fazer acordes no baixo né, com
certeza você é aquele baixista que não sabe nada
de harmonia e o importante é saber os shapes
né? Acertei? Kkkkkk.
Fica em paz, a maioria da galera tem essa visão
errada, mas é porque por muito tempo
foi ensinado dessa forma e infelizmente as
pessoas aprenderam assim, mas se
você esta lendo é porque você se identificou com
minha forma de estudar e viu que o que eu
tenho falado faz sentido e por isso você esta
aqui. E pode ter certeza que você saber os
acordes vai te diferenciar da maioria, porque ?
Pensa comigo, quando você vai tocar qualquer
musica, pelo menos deve existir uns 4 ou mais
acordes nessa musica certo?
Pois bem, se você tem um conhecimento de
harmonia, você consegue de uma maneira muito
mais fácil, identificar aonde estão colocadas
todas as notas desses acordes no braço do seu
instrumento, com isso, facilitando a sua
visualização e aplicação.
Vamos dizer que você esteja tocando um G
maior, ai você já tem um conhecimento mais
profundo sobre o assunto, você olha pra esse G e
não enxerga apenas o sol, mas sim tudo o que
esta em volta dele, qual é a terça, qual é a
quinta, quais notas de passagens você pode usar
que vai te fazer chegar no próximo acorde que
você quer ir. E o mais interessante é que você
tem essa visão não apenas das notas próximas
da tônica, mas também das notas mais
distantes gerando sonoridades diferentes e
diversas possibilidades de aplicação, ou seja,
você começa a entender os caminhos que você
pode usar e criar pra facilmente sair da tônica e
começar a ter mais possibilidades sonoras
quando estiver tocando.
Mas se você ainda não sabe nada de acorde, não
se preocupe,
vou te explicar como são formados cada um
deles pra você entender, porque
querendo ou não, é o fundamento que
precisamos saber.

COMO MANTAR OS ACORDES:


Só existem 2 familias de acordes, maiores ou
menores, o que
passar disso é procedência maligna kkkkk, estou
brincando.
Mas só existem 2 famílias de acordes mesmo e
para
identificarmos qual a diferença do maior para o
menor a gente precisa entender
quais são as notas principais desses acordes.
Vamos lá.
Todo acorde é formado por Tônica, Terça maior e
Quinta ou
Tônica, Terça menor e Quinta, então sabendo
disso, já é possível identificar a
diferença entre eles.
E porque tônica, terça e quinta? De onde vem
isso ?
Isso vem da escala maior da tonalidade que você
escolher
para tocar, por exemplo:
Na tonalidade que você conhece bem, dó maior,
se pegarmos a escala desse tom teremos as
seguintes notas: C
D E F
G A B
Feito isso, pegaremos a primeira, terceira e a
quinta nota da escala e formados um acorde, ou
seja C E G = formamos o acorde de Dó
maior.
Se começarmos a partir do Ré, utilizaremos as
seguintes notas: D F A e nesse caso teremos um
acorde de Ré menor.
E nos 2 casos acima citados, formamos um
acorde maior e um acorde menor!
O acorde maior tem a terça maior.
O acorde menor tem a terça menor.
E essa diferença de terça maior é bem simples de
identificar
porque ela deve ser sempre contada em relação
a tônica, ou seja, a nota
fundamental do acorde que você estiver
fazendo, por exemplo:
Dó maior: Tônica é o C e a terça é o E, se formos
analisar a fundo, a distancia do Mi (E) para o Dó
(C) é de 2 tons inteiros, ou seja, do Dó para o Ré
temos 1 tom e do Ré para o Mi mais um tom
totalizando 2 tons inteiros
em relação a tônica Dó.
Ré menor: No acorde menor essa distancia
muda, pois precisamos sempre respeitar as
notas da escala, NUNCA tocando qualquer tipo
de nota que não faça parte da escala.
No acorde de Ré menor temos a tônica D e a
terça F e se fomos analisar aqui a fundo também,
a distancia do Ré (D) para o Mi (E) é de 1 tom
inteiro e a distancia do Mi (E) para o Fá (F) é de
MEIO TOM, isso mesmo um semitom, sendo
assim teremos uma distancia de 1 tom e meio do
Ré para o Fá, gerando assim a terça menor e
consequentemente o acorde de Ré menor (Dm).

Então sempre que tivemos 2 tons


inteiros de distância da terça para a tônica,
teremos o acorde maior.
Sempre que tivermos 1 tom e meio
de distância da terça para a tônica, teremos o
acorde menor.
Na importância das notas que compõe um
acorde, a regrinha é a seguinte.

Funciona nessa ordem:


Terça
Tônica
Quinta

Isso mesmo, nessa regra a tônica não é a nota


mais importante, porque ? Porque não é ela que
determina se o acorde é maior ou menor mas
sim a terça, então é ela quem tem o maior valor
para nós nesse caso.

Exercícios:
Monte os seguintes acordes:

Dó maior:
Ré menor:
Mi menor:
Fá maior:
Sol maior:
Lá menor:
Si menor:
Depois que entendemos como funciona os
acordes, chegou a hora de entendermos a
distribuição deles no braço do nosso
instrumento, que com certeza é algo que vai
explodir sua mente e vai te abrir milhares de
possibilidades quando você estiver tocando.

É algo muito simples que precisamos fazer, uma


vez que sabemos as notas dos acordes, fica
muito mais fácil a visualização dele no braço do
baixo mesmo que não tocamos o acorde em si,
mas tocamos sempre o arpejo desse cara.

Pegando o exemplo de Dó maior e Sol maior.

Vamos pensar aqui em um compasso de 4/4 na


musica, ou seja, temos 4 tempos dentro de 1
compasso, funciona mais ou menos assim: 1 -2 -3
-4, cada batida do metrônomo equivale a 1
semínima, ou seja, 1 nota tocada dentro de cada
tempo, isso mesmo, em cada batida do
metrônomo você vai tocar 1 nota do baixo,
podendo ser a mesma nota ou notas diferentes
(as notas que compõe o acorde).
Depois que entendemos como funciona os
acordes, chegou a hora de entendermos a
distribuição deles no braço do nosso
instrumento, que com certeza é algo que vai
explodir sua mente e vai te abrir milhares de
possibilidades quando você estiver tocando.

É algo muito simples que precisamos fazer, uma


vez que sabemos as notas dos acordes, fica
muito mais fácil a visualização dele no braço do
baixo mesmo que não tocamos o acorde em si,
mas tocamos sempre o arpejo desse cara.

Pegando o exemplo de Dó maior e Sol maior.

Vamos pensar aqui em um compasso de 4/4 na


musica, ou seja, temos 4 tempos dentro de 1
compasso, funciona mais ou menos assim: 1 -2 -3
-4, cada batida do metrônomo equivale a 1
semínima, ou seja, 1 nota tocada dentro de cada
tempo, isso mesmo, em cada batida do
metrônomo você vai tocar 1 nota do baixo,
podendo ser a mesma nota ou notas diferentes
(as notas que compõe o acorde).
Feito isso vamos distribuir essas notas na
mesma região!
Para isso, pega seu baixo ai, bota ele no colo e só
boraaaa!
Na corda Lá, teremos o Dó (central) ali na casa 3,
certo ?
Creio que sim.
Identificou esse dó ai, vamos usar ele como nota
de partida e vamos nos basear por ele.
Agora pra fazermos a distribuição é necessário
você visualizar as notas E e G espalhadas em
torno dessa região.
Por exemplo: Na corda Ré, temos a nota E na
segunda casa e a nota G na quinta casa, dessa
forma já achamos a terça e a quinta do dó,
certo?

Achou ai ?

Não tenha pressa, vá com calma, no seu tempo!

Agora vamos atrás das próximas notas E e G


nessa região.
Seguindo essa linha de raciocínio, na corda E ( a
corda mais grossa do baixo) já temos a terça ai
certo? Siiiim, a nota E é a terça de dó, e na casa 3
da mesma corda E, temos a nota G que é a quinta
de dó.
Então nessa mesma região, já temos um total de
6 notas sendo elas C E G ( acorde ) espalhadas em
cordas e timbres diferentes... Isso é top demais!
O que fizemos aqui ? Fizemos o que a maioria
dos baixistas não fazem, mapeamos todas as
notas que podemos utilizar de apenas um acorde
e espalhadas em uma mesma região, e com isso,
você terá muito mais segurança para tocar
porque você não precisará ficar movimentando
muito a sua mão para ter as
sonoridades eu você deseja.
A galera tem preguiça de fazer isso e é por isso
que quando
chega a esse tempo, ficam travados e sem saber
o que você.
O que estou te passando aqui, são realmente os
caminhos que eu utilizo e como eu penso para
criar as minhas linhas de baixo, grooves,
melodia, composição e tudo mais, tudo parte
desse principio e desse pilar.
Lembra que dividimos o tempo em 4 lá em cima ?
Pois bem, isso não foi atoa porque faz total
sentido para nós utilizarmos dele na hora da
aplicação das notas, porque uma vez mapeadas,
beleza, mas e para aplicar?
Ai é que vem o pulo do gato, quando
entendemos a quantidade
de tempo que tem compasso, nosso caso 4,
entendemos que a cada 4 tempo, terá
uma mudança de ciclo, ou seja, ficará assim:
1 -2 -3 – 4 -1 -2 -3 – 4......
Vamos utilizar essa contagem para encaixar as
notas que fazem parte do acorde e começar a
criar os nossos próprios caminhos.
Vamos la, ta com seu baixo ainda no colo ?

Então faz o seguinte, coloca um metrônomo em


60 bpm ( batidas por minuto ) e na figura de
semínima, que é aquela famosa 1 batida por
tempo representado por essa figura rítmica:

Semínima

Tudo certo ai com o metrônomo já? Só boraaaa.


Agora você vai fazer o seguinte, nas 2 primeiras
batidas do metrônomo você vai tocar a nota Dó (
C ), na terceira batida a nota Mi ( E ) e
na quarta batida a nota Sol ( G ).
Deu certo?
Vá fazendo até conseguir, curta o processo, isso
vai te deixar mais maduro!
O que você acabou de fazer foi, definir em quais
lugares, ou melhor, em quais tempos da musica
você quer encaixar as notas do acorde que você
esta tocando.
Com isso você vai ter a noção exata da onde
estão colocadas as notas e quais
tempos essas notas irão durar até a mudança de
acorde.
Isso é uma das coisas mais essenciais para você
entender, porque saber aonde colocar as notas
vai fazer total diferença no seu som e você vai
ter mais segurança para aplicar e fazer as
mudanças de arranjos que quiser. Não se
assuste, todos os grandes Baixistas sabem disso
e aplicam isso, é por isso que quando você esta
iniciando e vê as pessoas fazendo os arranjos
tudo certinho, é porque eles sabem exatamente
aonde colocar essas notas e quais as durações
dela também.
Mas não para por aqui, agora você vai fazer o
seguinte, você definiu aonde estão essas notas
do acorde certo ? Mas tenho quase certeza que
você fez da maneira mais simples possível, é
normal, mas não tem problemas, o que você
precisa fazer agora é, abusar da distribuição e
diversificação dessas notas.
Por exemplo: Utilizando a mesma ideia de
divisão de notas e tempos que aplicamos acima,
mantendo o Dó na corda Lá na terceira casa ( dó
central ), vamos deixar o tempo 1 e 2 para o dó e
o 3 e 4 para as notas E e G porém, você vai
utilizar a notas mais graves, ou seja, o Mi corda
solta e o G na terceira casa na corda Mi também.
Assim você já terá 2 possibilidades diferentes e
com sonoridades diferentes também.
E não para por ai, use a sua criatividade...

Vamos pegar agora o dó central, só que dessa vez


vamos deixar apenas 1 tempo do metrônomo pra
ele, ou seja, somente o tempo 1.
O tempo 2 vamos tocar o G grave na corda Mi na
terceira casa, o tempo 3 vamos tocar a nota E na
corda solta grave e o tempo 4 vamos tocar a
mesma nota E porém na corda Ré na casa 2.
Faz esse teste ai....
Fez, deu certo? O que você notou ?
Você viu que somente aplicando a mesma nota E
tanto grave como aguda, o groove começa a ficar
mais interessante, mais dinâmico e com uma
dinâmica mais interessante. É esse o principio da
criação de arranjos, grooves e tudo mais,
dominar essa distribuição vai facilitar por
demais a sua criação no baixo.
E mais uma observação, não sei se você notou,
eu mudei as ordem das notas, isso mesmo, de
vez fazer Dó, Mi e Sol, a gente fez Dó Sol Mi e
Mi, ou seja pessoal, NÂO TEM REGRA, fazendo
dessa maneira que estou explicando para você,
não tem desafinação e não tem regra para
aplicar. Se você seguir essa ideia você vai ver que
não irá nunca desafinar porque você sempre
estará tocando as notas que compõe o acorde,
tudo estará dentro da harmonia e casará muito
bem com os outros instrumentos. E também
fazendo essa troca de sequencia de nota entre
terça e quinta, isso vai te dar infinitas
possibilidades. Falando nisso, agora chegou a sua
hora de você colocar a mão na massa mais ainda,
quero que você escreva ai em um papel todas as
possibilidades que você conseguiu criar e tocar
somente do acorde de Dó maior para seguirmos
para o próximo passo.
Exercícios:
Descreva toda as possibilidades de sequencias de
notas que você encontrou do acorde de Dó
maior.

Distribuição com 2 ou mais acordes

E ai, foi tranquilo fazer os exercícios? Deu certo?


Se quiser, grava um vídeo e manda nesse e-mail:
dowjbass@gmail.com Vai ser um prazer corrigir o
exercícios e te dar o feedback.

Nessa parte iremos entender como distribuir


essas notas utilizando mais de 1 acorde, vamos
pegar por exemplo os acordes de C maior e G
maior.
Vamos distribuir as notas de ambos acordes,
porém, de uma maneira mais consciente e que
soe muito mais melódico do que ficar usando
sempre as mesmas notas .
Seguindo a mesma ideia de dó, sabemos que o
Sol é a quinta de dó certo ? Perfeito, só que de
vez pensarmos na nota de Sol, vamos
transformar ele em um acorde de Sol maior.
O acorde de Sol maior também é formado por
Tônica, Terça maior e Quinta e vamos fazer com
ele a mesma ideia que fizemos com o acorde de
Dó, DESTRINCHAR esse cara.

Vamos lá

Acorde de Sol tem as notas G B D = Sol Si Ré,


sabendo disso iremos notas que temos o Sol na
corda Mi na terceira casa, o Sí na corda A na
segunda casa e o Ré na corda A na quinta casa.
Olha como isso é visual galera, o acorde de Sol
esta por cima do acorde de Dó, tem até um nome
pra isso que a gente chama de Blocos de
Acordes, você conseguiu identificar isso ?
Cara se você conseguiu, parabéns, isso já um
avanço grande, porque essa visualização é
ESSENCIAL para você destravar geral no baixo.
Mas seguindo fazendo a distribuição das notas
de Sol maior, temos o D também na corda solta,
a corda Ré solta mesmo e já é mais uma opção
para usarmos, temos o Sol na corda Ré também
na casa 5 e também temos o Sol na
corda Sol solta e por fim temos o Si na corda Sol
na casa 4 e o Ré na corda Sol na casa 7.
Percebe o tanto de possibilidades que temos e
quantas notas estão espalhadas e por muitas
das vezes embaixo dos nossos dedos e a gente
não presta atenção para tocar e muito menos
que isso, ficamos preso fazendo sempre
tônica e oitava e não sai disso!
Mas agora você já vai ter o domínio total disso e
pode ter certeza que vai conseguir fazer tudo o
que você quiser, é só aplicar e fazer as tarefas
que estou passando aqui junto com o seu bass.
Agora que você já sabe aonde estão todas as
notas de Sol e
toda as notas de Dó no braço do baixo, chegou a
hora da diversão, que é aonde você vai usar a
sua criatividade para criar o seu arranjo, mas
espera, eu vou te passar os caminhos que soam
bem e que você já pode usar mas também quero
que você crie diversos caminhos, porque a
musica é sempre de dentro pra fora e cada
pessoa sente a musica de forma diferente e
expressa isso de forma diferente.
. Por isso é muito importante você usar a sua
criatividade para destravar ainda mais.
Vamos para a criação usando Dó maior e Sol
maior.
Vamos entender algumas coisas que eu chamo
de caminhos para que você tenha um ponto de
partida no seu processo de criação e possa se
basear por esses caminhos que eu já criei e já
testei e que deram muito certo pra mim.
O primeiro caminho é a gente utilizar as terças
dos acordes no tempo 4 ( seguindo aquela ideia
do metrônomo e da semínima, nunca esqueça
isso porque sempre fará parte da musica quando
você estiver tocando), e porque utilizar a terça
no tempo 4, pelo fato de ela dar a sensação de
resolução do acorde, ela é uma nota que encaixa
muito bem nesse tempo e ela proporciona uma
sensação de que você “resolveu a harmonia”.
Então vamos montar uma linha aqui de Bass com
algumas sequencias de notas colocando a terça
de Dó e de Sol no tempo 4.

Tempo: 1 – 2 – 3 – 4 –
Figura Rítmica: Semínima.
Acordes: C maior e G maior
OBS: Iremos sempre passar de
um acorde para o outro, então no tempo 4
quando estivermos em Dó, iremos
colocar a terça do Sol que no caso é a nota B ( Si )
e quando estivermos em
Sol, iremos colocar a terça do Dó que é a nota E (
Mi ).

Primeira ideia:
C C E B
G G C E
Nessa ideia acima estamos deixando sempre o
tempo 1 e 2 do metrônomo para a tônica e
utilizando apenas o tempo 3 e 4 para usar as
notas dos acordes para criarmos os arranjos.
Segunda ideia:
C E G B
G B G E
Nesse segundo exemplo, utilizamos apenas o
tempo 1 para a
tônica, aqui é preciso pensar um pouquinho mais
rápido para fazer a aplicação.
Terceira ideia:
C G D B
G D B E
OBS: lembrando que temos as notas graves e
agudas desses acordes, então para cada ideia é
de suma importância que você utilize variações
entre as regiões graves e agudas porque essa
ideia que passei acima são alguns caminhos,
porém, variando entre as regiões das notas você
vai notar que isso vai se multiplicar em 12, 24, 36
possibilidades de caminhos.
É por isso que quando você ouve um baixista que
tem conhecimento sobre isso, ele nunca toca a
mesma coisa, ele está sempre fazendo coisas
novas, porque ele esta sempre fazendo variações
entre essas notas.

Galera, isso é uma coisa muito simples, porém


como eu já disse, a maior dos baixistas não
sabem fazer isso, por isso que eu creio que se
vocês aplicarem essas ideias conscientes do que
estão fazendo, isso vai dar um BOOM no seu
desenvolvimento e no seu crescimento musical.
Isso é o que eu mais desejo com esse ebook, é
poder mostrar pra você que é muito mais fácil do
que parece, o que precisa é disciplina, estudo e
dedicação que com as ferramentas certas, você
vai chegar nos resultados que sempre quis.
Depois que entendemos a importância e como
distribuir essas notas no braço do baixo e a como
fazer a passagens de acordes, você vai precisar
fazer mais uma tarefa, só que dessa vez eu vou
pegar mais pesado.
Você vai montar os caminhos que você mesmo
quiser, você vai usar a sua criatividade que eu
tenho certeza que é grande e vai criar
diversos caminhos porém não só com 2 acordes,
mas agora o negocio ficou sério, vamos utilizar 4
acordes.
Então vou passar a harmonia aqui embaixo pra
vocês e quero que coloquem a mão na massa.
Lembrando que se quiserem que eu corrija os
exercícios, me encaminhem por e-mail:
dowjbass@gmail.com , vai ser um prazer ajudar
vocês nisso também.

Então vamos lá.


Exercício de criação de caminhos no baixo na
harmonia
abaixo:
C G Am F
OBS: Fazer pelo menos 5 variações para cada
acorde. ( Só ai você terá feito 20 caminhos
diferentes, olha só o nível que você vai chegar).
Vamos para o Segundo pilar...

2º Pilar – Rítmica

Esse é um dos pilares que a galera mais


negligência, não sei exatamente o porque mas
suspeito que seja porque não conhecem sobre o
assunto e também por infelizmente não
ensinarem de uma forma clara e direta
para que as pessoas possam entender e já
colocar em prática.
Mas ele é fundamental para qualquer musica e
principalmente para nós Baixistas.
O domínio da rítmica vai te dar total controle
sobre o tempo da musica, pois em todo tempo o
ritmo esta presente.
Nós Baixistas, utilizamos muito dessa
ferramenta principalmente porque por
diversas vezes temos que tocar coladinha com o
baterista né, e pra quem não sabe, o baixo é um
instrumento MUITO rítmico e por esse fato que
ele anda junto com a batera.
Aqui na minha igreja e nas bandas que eu toquei,
eu nunca fui aquele baixista que seguia a banda,
pelo contrário, eu era o baixista que puxava a
banda, eu quem dava a pulsação e a firmeza que
a banda precisava pra tocar mais solta. Isso é
muito simples de fazer, basta ter um domínio
bem legal sobre o Time ( Tempo, andamento,
beat ).
Ai você deve estar me perguntando, mas não é o
baterista que leva a banda, sim se na sua banda
o baixista for frouxo no tempo, senão, posso te
afirmar que o baixo liderando, tudo vai
funcionar muito melhor.
A bateria é apenas rítmica, e uma das coisas que
NUNCA pode acontecer é, se o baterista se
perder, a banda toda se perde, e isso tem que ser
evitado.
Como eu sempre falo, todos da banda inclusive o
cantor, precisa ter um domínio muito bem do
tempo senão a banda vai começar a ter
oscilações durante a musica, creio que você já
percebeu isso.
É quando a musica começa mais rápido, no meio
fica mais lenta e no fim termina mais lento do
que começou, ou seja, não tem 1 constância,
em cada momento estão tocando em uma
velocidade.
Porque isso ? Porque nenhum desses músicos
tem esse controle de tempo que estou
explicando pra você!
E olha como uma coisa faz tanta diferença e por
muita da vezes a galera nem estuda! É bizarro.
Mas pra gente ter um domínio e entender isso
mais a fundo é necessário ter uma disciplina de
estudos com metrônomo, isso mesmo, não seja
inimigo do metrônomo, ele veio para te ajudar a
dominar o tempo.
Inclusive não sei se você conhece o grande
baixista Abraham Laboriel, no instituto de
musica dele, em um entrevista que ele deu, se
não me engano tem até no youtube, ele fala que
o que ele ensina na escola de musica
dele é: “ Ensino os músicos a tocarem no tempo,
pra frente do tempo e pra trás do tempo” . Isso é
uma frase dele, e você pode notar a importância
desse assunto. Ter esse domínio de adiantar o
tempo ou atrasar consciente, é MUITO difícil e
requer muito estudo, maaaaas, como tudo na
vida, não é impossível, basta estudar.
E é por isso que decidi passar isso pra você aqui
porque tenho certeza que assim como eu estudei
e estudo muito isso, vai ser de grande valia pra
você também.
Estudando com Metronomo:

Vamos entender como podemos estudar com o


metrônomo de uma forma mais eficaz e que te
proporcione mais resultados rapidamente.
O que o pessoal faz e que é um erro é ligar o
metrônomo em 120bpm e ficar igual um doido
tocando escala pra cima e pra baixo o tempo
todo e isso é um erro fatal.
Você esta viciando seu cérebro em algo que não
irá usar estará bloqueando ele de evoluir.
O que você precisa fazer é: Começar dividindo os
estudos por dias e exercícios diferentes.
Por exemplo:

Vamos utilizar as figuras rítmicas Semínima,


Colcheia, Tercina e Semicolcheia, você as
conhece?

Semínima 1 nota por


tempo
Essas são as figuras rítmicas que iremos utilizar
para estudar com o metrônomo e como você
pode notar, elas são divididas por 1 nota
por tempo, 2 notas por tempo, 3 notas por
tempo ou 4 notas por tempo, certo?
Então para você ter um estudo prático e eficaz
da rítmica, vamos fazer da seguinte forma.
Você vai colocar o seu metrônomo em 60 bpm (
batidas por minuto ), vai pegar qualquer
exercício que você quiser, pode ser escala maior,
pode ser os arpejos, ou até mesmo pode ser
apenas 1 nota e você vai fazer da
seguinte forma:

Você vai tocar 3 minutos desse exercício que


você
escolheu utilizando as 4 figuras rítmicas acima,
vai ficar assim:
3 minutos tocando Seminima
3 minutos tocando Colcheia
3 minutos tocando Tercina
3 minutos tocando Semicolcheia

Depois você vai aumentar o metrônomo em 10


bpms, ou seja, 70 bpm e repete tudo de novo, o
mesmo processo.
O ideal é que você chegue até pelo menos
120bpms tocando a Semicolcheia.

Mas não tenha pressa, vai no seu tempo.

Depois de um dia de estudo com o metrônomo


dessa forma,
no próximo dia que você for estudar, você não
vai começar pelos 60bpms, pelo contrário, você
vai pegar a ultima velocidades que você parou
no dia anterior, por exemplo 90bpm, só que de
vez começar por 90bpm você vai aumentar mais
20 bpm, então irá para 110bpm e você vai
começar por 110 bpm e vai descer o bpm
até os 60 bpms iniciais, entendeu ?
Porque isso? Nosso cérebro aprende muito
rápido as informações que damos pra ele e se
você toda vez que for estudar não destravar
ele indo além dos limites, ele vai se limitar
aquilo.
Por exemplo, você chegou nos 90 bpms, se toda
vez que você for estudar você iniciar pelos 90
bpms, ele vai ficar preso nisso e quando
você chegar em 120 bpms, pro seu cérebro vai
ser algo fora do normal e ele vai demorar muito
para assimilar essa informação.
Se você fizer como eu disse, começar de cima
porém ainda maior a velocidade do que você
parou, vai ser um estimulo novo para o seu
cérebro e ele rapidamente vai processar essa
informação e uma coisa muito comum de
acontecer quando você fizer isso é notar que os
90 bpms que para você estava rápido, ficou
lento. Porque seu cérebro processou os 110 bpms
e tudo que vier abaixo disso ficará cada vez mais
lento.
Isso é uma sacada que eu tive estudando e
entendendo como funciona nosso cérebro,
utilizei muito e tive grandes resultados comigo e
com meus alunos, então pode ficar tranquilo que
vai funcionar com você!
Faça esse tipo de estudo pelo menos de 3 a 5
vezes por semana e por um período de uns 30
minutos, você vai ver que em menos de 1 mês
você será um baixista muito mais seguro para
tocar e também muito mais chato, kkkkkkkk. Se
você toca em igreja ou banda que ninguém
domina o tempo, você vai perceber a todo
momento quando a banda atrasar ou correr, e
isso não é ruim, você vai poder chamar a
responsabilidade e trazer a pulsação ideal para a
banda tocar de forma consistente.
Como usar a Rítmica na Musica

Depois de praticar os exercícios, chegou a hora


de entendermos como aplicar a rítmica na
musica que estamos tocando ou que iremos
tocar. Essa é a parte principal.
Já entendemos sobre a divisão das figuras
rítmicas e como elas funcionam certo?
Só para recapitular, a divisão do tempo é medida
por semínima que é uma batida por tempo, ou
seja, dentro de um compasso de 4
tempos, o famoso 1 -2 -3 – 4, temos 4 batidas do
metrônomo, 1 para cada tempo.
Sendo assim, quando utilizamos a colcheia,
pegamos a semínima e dividimos ela em 2, ai
nessa caso teremos 2 batidas por tempo e um
total de 8 notas.
Na tercina a gente pega a semínima e divide ela
em 3, gerando assim 12 notas por tempo e por
fim pegamos a semínima e dividimos em
semicolcheia, gerando assim 16 notas por tempo.
Tudo isso dentro de 1 compasso de 4 tempos!

Agora vamos para a aplicação.


Agora vamos para a aplicação.
Aqui separamos os adultos das crianças.
Para que tenhamos clareza na hora de utilizar o
as figuras rítmicas dentro da musica é
importante acharmos o andamento da musica (
beat ) e saber se ela esta em 4 por 4 mesmo (
formula de compasso).
Feito isso vamos começar a aplicar as notas na
harmonia que iremos tocar, por exemplo, vamos
pegar um acorde se Sol maior ( G )

Sabemos que um acorde é formado por tônica,


terça e quinta, e essas notas do acorde de Sol
são: G B D – Sol Si Ré.
Vamos aplicar as figuras rítmicas dentro dessas
notas:

Semínima:

A aplicação da semínima é a mais simples pois


basta tocarmos 1 tempo em cada nota do acorde
que estaremos aplicando a essa figura
rítmica, por exemplo:
1 2 3 4
G BD G
Ou seja, para cada tempo do metrônomo ou do
compasso da musica, temos 1 nota do acorde
tocada.

Colcheia:
Daqui pra frente começa a ficar mais sério a
coisa, porque na colcheia nós iremos ter a
possibilidade de tocar 8 notas ao invés de 4
dentro de um compasso, porque iremos dividir a
semínima ao meio.
Então nesse caso ficará assim:
1 1 22 3 3 4 4
GG BB D DG G

De uma forma bem simples para você entender,


a gente dobrou a quantidade de nota, porém,
aqui esta o grande segredo pois não é preciso
preencher todos os tempos com notas tocadas,
porque o intuito é internalizar a rítmica dentro
de você.

Tercina:
A tercina, como o próprio nome já lembra, são
tocadas 3 notas dentro de cada tempo, e na
mesma divisão do acorde de Sol, ficará assim:
111 222 333444
GGG BBB DDD GGG
Uma observação válida é que, toda vez que
dividimos a semínima, ela tem sua duração
reduzida e consequentemente as notas tocadas
serão mais rápidas, porque para tocar 3 notas
dentro de 1 tempo precisa ser tocada em uma
velocidade maior para que caiba dentro do
mesmo.

Semicolcheia:
Essa figura é a mais rápida, quando estudada de
forma correta e aplicada de forma correta
também, é possível fazer infinitas combinações
pois ela te da espaço para encaixar 4 notas por
tempo, ou seja, dentro de 1 compasso de 4 por 4
é possível tocar 16 notas. Claro que é algo que
quase não se usa, mas caso queira usar, é
possível.

Ela funciona assim:


1111 2222 3333 4444
GGGG BBBB DDDD GGGG

Dentro de cada tempo são tocadas 4 notas.


Entendido isso e tendo ficado mais claro, vamos
colocar em prática a aplicação disso dentro de
um groove para entendermos as possibilidades e
chegarmos ao ápice da aplicação que é quando
misturamos as 4 figuras rítmicas.
Para isso é preciso apenas entender que tipo de
groove vamos querer fazer e uma coisa muito
importante é, nunca deixarmos de marcar o
tempo 1 da musica com o restante da banda.
O tempo 1 é o tempo forte, então ele precisa ser
acentuado junto com todos os outros
instrumentos, já os demais, podem ser
variados utilizando essa ideia de aplicação.

Vamos lá...
Para esse exemplo vamos pegar 2 acordes para
termos uma ideia de como será o caminho que
iremos fazer de um acorde até o outro acorde,
de uma maneira bem simples e prática ok.
Harmonia: G | C ou seja Sol maior e Dó maior –
lembrando que para cada 1 delas teremos 4
tempos ( semínima ).

Vamos começar a dividir o tempo entre as notas


que compõe o acorde, começando do Sol, eu
Douglas vou fazer um exemplo aqui para ficar
claro para vocês e o ideal é vocês irem gerando
diversos caminhos como explicado acima.
No tempo 1 vou manter a tônica G Seminima
( 1 nota )
No tempo 2 vou aplicar uma colcheia em B B
( 2 notas )
No tempo 3 vou aplicar uma semínima em D
( 1 nota )
No tempo 4 vou aplicar 1 tercina em D D B
( 3 notas )

Então podemos ver que em 1 tempo de 4 por 4,


dividindo as notas com as figuras rítmicas,
aplicamos 7 notas de forma pensada e porque
voltei para o B na ultima nota, porque o B é a 7M
( sétima maior ) de Dó ( C )
que é o próximo acorde que iremos e utilizando
essa sétima maior, geramos uma sonoridade de
preparação para o próximo acorde.
Adendo: A sétima maior é uma nota sensível e
ela sempre pedirá uma resolução, faça uma coisa
ai com seu baixo, toque a escala de Dó
maior e pare no B ( Sí ) e veja se a sonoridade não
vai te pedir que você termine a escala para que
seu ouvido relaxe, é exatamente isso!
Top né!
Então vamos para o C:
Em C maior vamos utilizar coisas diferentes para
sempre estarmos diversificando o groove, então
será um pouquinho mais difícil.

No tempo 1 vou manter a tônica C com colcheia


( 2 notas )
No tempo 2 vou aplicar uma semicolcheia em C E
G G ( 4 notas )
No tempo 3 vou aplicar uma semínima em C
( 1 nota )
No tempo 4 vou aplicar uma colcheia em E D
( 2 notas )

Finalizando o ciclo, voltamos para o G. E assim


seguimos criando diversas possibilidades.
Vocês notaram uma coisa no tempo 4 ? Eu
coloquei um D (Ré ) e o porque desse D?

Esse D (Ré) faz parte do acorde de Sol ( 5ª ) e foi


utilizado de propósito para que a passagem
entre C e G fosse de uma forma mais branda,
sem muito choque porém com uma preparação
porque o 5º grau também é um acorde de
preparação ( mas ele não é sensível, pelo
contrario, utilizando um D7, causaríamos uma
tensão e tanto na musica mas isso fica pra outra
hora).
Então vocês notaram que tudo o que a gente
aplica na musica tem um porque, nada é por
acaso, na cagada, intuição e tudo mais. É tudo
muito pensado e praticado até que se torne
natural.
Todos os grandes baixistas tem isso muito claro
em sua mente e de tanto praticar já foi
desenvolvido diversos caminhos de melodias e
aplicações que quando estamos tocando soa
natural, mas isso é devido a horas e mais horas
de treino e dedicação.
Essa formula que passei acima pra você é um
norte, se guie por esse caminho e faça a lição de
casa que eu vou deixar para você logo abaixo.
É nessa hora de praticar que 90% das pessoas
desistem de fazer e não tem resultados, e lá na
frente vão se cobrar por não terem feito o
que era necessário para evoluírem.
Então deixa de preguiça e bora praticar.

Exercício:
Crie diversos caminhos dentro das seguintes
harmonias utilizando 4 tempos para cada
acorde:

G|C
G | D | Em | C
Em | C | G | D
Não tenha pressa e não se preocupe em fazer
coisas semelhantes, lembre-se sempre de utilizar
sua criatividade e testar.

Só tem resultado quem faz!

Qualquer duvida, mais uma vez, me chamem que


eu irei
ajudar vocês e me mandem vídeos com os
exercícios para que eu possa corrigir.
E-mail: dowjbass@gmail.com

E vamos para o nosso terceiro pilar.

3º Pilar – Inversão de Acordes

Inversão de acorde para muitas pessoas é um


bicho de sete cabeças mas na verdade é só a
forma de você entender e visualizar isso no
braço do seu instrumento e claro, entender a
teoria por trás né.
Como eu sempre falo para o pessoal, não tem
atalhos, milagres, nada disso, o que tem é
conhecimento e aplicação de cada conceito e
cada ferramenta para você obter o domínio das
mesmas e ter a cada dia mais segurança e
confiança na hora de tocar.
A frase que eu gosto muito de usar é : Quem
aprende, não depende.
Ou seja, prefira aprender sempre para que você
a cada dia necessite de outras pessoas para te
ajudarem.
Então sem mais delongas vamos lá.
Se sabemos que um acorde é formado por
Tônica, Terça e Quinta, a inversão de acorde
nada mais é do que invertermos esses acordes.

Por exemplo:

Você já viu um acorde assim: E/G# ?

Ao bater o olho nisso da até um susto né, e por


incrível que pareça, muitos baixistas nessa hora
não sabem o que tocar.
Mas fica tranquilo, se você não sabia, agora você
vai dominar esse trem!

Esse acorde de E/G# ( chamamos ele assim: Mi


com baixo em
Sol Sustenido ) é uma inversão de um acorde de
Mi maior, olha só:
Acorde de Mi maior é formado por: E G# B
Para obtermos essa inversão e montarmos o
acorde de E/G#, basta pegarmos a sequencia de
notas que formam o acorde de E e começarmos
pelo G#, o acorde ficará dessa forma em sua
formação: G# E B G# ou seja, colocamos o G#
mais grave no acorde, e quando temos uma nota
mais grave, é essa nota que nós baixistas
devemos tocar.
E chamamos esse tipo de inversão de: 1ª Inversão
Porque também podemos fazer isso
transformando o acorde de E em E/B, nesse caso
teremos um Mi maior com baixo em B, a nota
mais grave desse acorde será a nota B.

E dessa forma é gerada a 2ª inversão.

Existem vários tipos de inversões mas essas são


as mais padrões e mais usuais também, na
verdade a 1ª inversão você conhece porque na
maioria das musicas ela esta presente e você
deve tocar sem saber.
Porque as vezes você esta tocando na sua igreja
ou na banda que você toca e o tecladista fala pra
você... “ O baixista, toca o G# (
Sol Sustenido ) ai você na inocência vai la e toca,
sendo que a harmonia que o tecladista esta
fazendo é um E/G#.
Toda as vezes que você tiver tocando e esse tipo
de acorde composto, isso mesmo Acorde
Composto é o nome que damos para esses
acordes que tem inversão em sua formação (
E/G#), toda vez que você ver esse tipo de acorde,
lembre-se de uma coisa, o baixo sempre terá que
tocar a nota da direta depois da barra ( / ), ou
seja, se
aparecer esses seguintes acordes:
C/E
D/F#
E/G#
F/A
G/B
A/C#
Entre outros, o baixista vai sempre tocar a nota
da direita que fica depois da barra.

Com isso você irá gerar a sonoridade que a


musica pede para aquela situação, é uma
sonoridade de suspensa/tensão, algo que fica
muito legal e várias musicas tem esse tipo de
acorde, por exemplo:

Eu me Rendo – Renascer Praise


Oh Quão Lindo esse nome é – Kemuel
Nunca foi sobre nós – Ministério Zoe
Tem milhões de musicas com esse acorde
composto em sua progressão harmônica.
E é muito comum desses acordes aparecem
quando a harmonia
roda em torno dos seguintes graus do Campo
Harmonico:

I V VIm IV
1º 5º 6º 4º

Nesse caso é muito comum a inversão acontecer


no 5º grau, no caso de uma
harmonia em D maior, os acordes serão.
D A Bm G
Quando colocamos a inversão de acorde,
transformamos a harmonia na seguinte
progressão:

D A/C# Bm G

Se você notar, toda vez que fazemos esse tipo de


inversão, é porque buscamos uma sonoridade no
baixo específica, é como se o baixista estivesse
caminhando na escala descendente da musica,
pode notar, as notas somente do baixo nessa
progressão está assim:

D C# B G
Três notas na sequencia de caída da escala e isso
é muito comum e muito usual de acontecer e por
isso que eu falo que esse é o terceiro pilar,
porque você entendendo isso, mesmo que na
musica que você tocar com a sua banda ninguém
fizer esse tipo de acorde, você vai ser o cara que
vai incrementar isso com a galera pra deixar
ainda mais interessante a harmonia e abrir
novas possibilidades de sonoridade, criação e
tudo mais.
Então não se limite a apenas esses exemplos, vá
atrás de centenas de musicas que tem esse tipo
de inverso que você vai ver o quão comum é.
Eu sempre bato nessa tecla, você precisa ter o
conhecimento de tudo o que você esta tocando,
tira essa ideia da cabeça porque fulano falou isso
ou falou aquilo, você precisa sim conhecer as
ferramentas e conceitos para ser um musico
completo.

A galera tem preguiça de aprender da forma


certa, mas chega uma hora que você vai ficar
travado, é tanta informação sem sentido que
você não sabe mais para onde ir.
Esses 3 pilares que eu passe aqui para você, são
coisas que ao longo dos anos eu fui aplicando,
aperfeiçoando e entendendo que fazia todo
sentido ter um domínio disso para que todas as
outras coisas que vem após disso ficasse mais
fácil. A base precisa ser muito bem preparada e
precisa estar muito bem clara.
Eu tenho certeza que após você ler esse eBook e
aplica-lo junto ao Método DM – Saia da Tônica,
você vai ver que você estará juntando a Teoria
com a Prática e isso vai ficar enraizado em você,
nunca mais você vai esquecer as informações
que aprendeu e na hora de aplicar você vai
enxergar de outra maneira o seu baixo e vai ter o
domínio de tudo o que você for aplicar.

Mas não fique só na teoria, a prática é de suma


importância também e precisa estar em dia com
exercícios, técnicas e tudo mais.
Como eu já mencionei acima, uma coisa precisa
da outra, 50% de cada para que você evolua e
esteja sempre crescendo no seu instrumento.
Achou que ia ficar sem lição de casa né?
Jamais...

Exercício:

Analisar 10 musicas que tenham a seguinte


progressão I V VI IV ( 1 5 6 4 ) e testar a inversão
de acordes no 5º grau dessas musicas.

E mais uma vez, me mandem os vídeos para eu


saber se
estão fazendo certinho e também para que eu
possa ajudar vocês corrigindo
beleza.

Espero que você aproveite esse material, foi


escrito com muita dedicação, explicando a fundo
como funciona todas as coisas, o passo a
passo de tudo para que você realmente tenha
uma evolução top no seu instrumento.
Quero muito que você evolua e que além disso,
que você ajude no seu ministério, na sua banda,
ajude outras pessoas que também tem o
sonho de ser musico ou musicista.
Nunca pense em desistir, por muitos anos da
minha vida eu deixei de fazer diversas coisas que
faziam sentido para mim e hoje só não me
arrependo porque sei que o fim é melhor do que
o começo e tudo é aprendizado,
mas prefira sempre aprender com os erros dos
outros, dói menos e sai mais barato.
Então continua, você vai chegar aonde você
quer, na verdade você vai passar porque sei que
você realmente gosta de musica e é
apaixonado pelo Baixo assim como eu, então se
eu puder te incentivar, é isso que quero,
continue e tenha sempre um proposito em tudo
o que for fazer.
Você é capaz, você tem o dom, você não tem o
dom, você pode , você consegue, você é a
imagem e semelhança do criador e Ele te fez pra
governar sobre todas as coisas nessa terra então
nada do que falarem ao seu respeito é verdade
se não for direto da boca daquele que fez todas
as coisas, então fique tranquilo e faça a sua
parte que é estudar e se dedicar e todo o resto
com o tempo vai vir.

Fico feliz demais de poder fazer parte da sua


caminhada na musica e conte comigo sempre
que precisar.
Tamo junto e Só boraaaa!

Douglas Meyrelles – Método DM – Saia da Tônica

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