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CAMPO HARMÔNICO

ESCALAS E TRÍADES E
TÉTRADES NO
TECLADO

Por Natanael
Campo harmônico é um conjunto de acordes formados a partir de uma
determinada escala. Tome como exemplo a escala de dó maior: C, D, E, F, G, A,
B.

Escalas Musicais
Para se desenvolver a percepção de acordes, é necessário inicialmente entender
que, na música tonal, toda melodia e harmonia partem de uma seleção de notas
preestabelecidas que fazem parte de estruturas que chamamos de escalas.
As escalas, grosso modo, são sequências de notas ordenadas a partir de uma
série de intervalos com periodicidade previsível. O maior exemplo que podemos
dar, é a escala de Dó maior, formada pelas notas:

Essa escala se repete ao longo de toda extensão do instrumento, sendo que, na


medida em que se avança essa escala ascendentemente, as notas vão ficando
cada vez mais agudas .
Agora, analisando a escala de Dó do ponto de vista dos intervalos formados entre
as notas, teremos:

O mesmo estará abaixo em formato de tabela com suas respectivas explicações


O modelo intervalar acima, representa a escala maior natural. Cada escala,
porém, possui padrões de intervalos próprios. Conhecer os intervalos formados
entre as notas é fundamental para se construir qualquer escala a partir de qualquer
nota. A escala adotada em um arranjo definirá a tonalidade da música.

Sabendo disso, é importante destacar que as notas da escala são a base para a
construção de melodias em um arranjo musical. Em uma música Em C, portanto, o
arranjo melódico tenderá a usar exclusivamente as notas da escala de Dó.

A verdade é que os processos que envolvem a percepção harmônica de uma


música tonal, partem do reconhecimento dos acordes dentro de um contexto
harmônico que dê significado à sonoridade de cada acorde em relação à
tonalidade da música. Campo harmônico é, portanto, essa estrutura que liga
acordes à uma ideia geral de tonalidade.

Como formar um campo


harmônico

Para cada nota dessa escala, iremos montar um acorde. Vamos ter, portanto,
sete acordes, que serão os acordes do campo harmônico de dó maior.

Como faremos isso?

Para cada nota da escala, o acorde respectivo será formado utilizando o


primeiro, o terceiro e o quinto graus (contados a partir dessa nota, em cima
dessa mesma escala). Vamos começar com a nota C. O primeiro grau é o
próprio C. O terceiro grau, contando a partir de C, é E. O quinto grau, contando
a partir de C, é G.

Resumindo melhor para entendimento sobre o campo harmônico.


O campo harmônico maior é o mais utilizado nas musicas em todo o mundo e
para aprender a formar qualquer campo harmônico precisamos conhecer Intervalos
Musicais.

Os intervalos para a construção das notas que da origem a escala de um campo


harmônico maior são: Primeira Justa, segunda maior, terça maior, quarta justa,
quinta justa, sexta maior, sétima maior. Muita gente segue um método mais fácil
pulando de Tom (T) e semitom (S), onde a formula é T, T, S, T, T, T, S. Veja na
imagem um exemplo para formar as notas (graus) da escala de dó maior.

Perceba que, apenas pulamos em semitom do 3° grau para o 4° e do 7° para voltar


a Tônica (8°), agora com essa regra tente criar as escalas das demais tonalidades
como um exercício para memorizar essa formula de T, T, S, T, T, T, S.
Acordes do campo
harmônico de dó maior
O primeiro acorde do campo harmônico de dó maior é formado então pelas notas
C, E, G (repare que esse é o acorde de dó maior, pois E é a terça maior de Dó).
Agora vamos montar o acorde da próxima nota da escala, que é D. O primeiro grau
é o próprio D. O terceiro grau, contando a partir de D, nessa escala, é F. O quinto
grau, contando a partir de D, é A. Portanto, o segundo acorde do nosso campo
harmônico é formado pelas notas D, F e A (repare que esse é o acorde de Ré
menor, pois a nota F é a terça menor de D).

Você deve estar percebendo até aqui que estamos montando os acordes do
campo harmônico pensando nas tríades e utilizando somente as notas que
aparecem na escala em questão (escala de dó maior).
Depois de montar a tríade, observamos se a terça de cada acorde ficou maior ou
menor. Você pode também conferir a quinta de cada acorde, mas vai notar que ela
sempre vai acabar sendo a quinta justa, exceto no último acorde, que vai ter a
quinta bemol. É um bom exercício você tentar montar os acordes restantes desse
campo harmônico. Confira a tabela abaixo:
Definição de Tríade
O nome especifico “tríade” foi criado para dar nome ao acorde básico formado por
três notas e para criar cada tríade geralmente temos como base a utilização do
primeiro, o terceiro e o quinto graus de suas respectivas escalas, ou seja,
respeitando o campo harmônico que você esteja utilizando, mas eu costumo
utilizar intervalos musicais para explicar a sua formação mais detalhadamente.

Formando Tríades no Teclado

Tríade maior

Formada pela primeira justa + terça maior + quinta Justa,


oque vai caracterizar um acorde maior é seu terceiro grau,
formado por uma terça maior.
Tríade menor

Formada pela primeira justa + terça menor + quinta Justa, perceba que apenas
descemos meio tom no terceiro grau usando intervalo de terça menor para criar um
acorde menor.

Tríade diminuta

Formada pela primeira justa + terça menor + quinta diminuta, pegando um acorde
menor, agora so precisamos descer meio tom no quinto grau, assim criando um
acorde diminuto.
Tríade aumentada

Formada pela primeira justa + terça maior + quinta aumentada, pegando como
referencia o acorde maior aumente meio tom no seu quinto grau, assim criamos
sua quinta aumentada.

Tríade sus4

Formada pela primeira justa + 4° grau (da escala usada) + quinta justa, essa é uma
tríade neutra, que não é nem maior, nem menor, devido à inibição de seu terceiro
grau. Então chamamos de acorde suspenso, devido seu quarto grau ser uma
quarta justa.
TÉTRADES

O QUE É UMA TÉTRADE?

Anteriormente nós vimos o conceito de tríades, que basicamente é o conjunto


de 3 notas, formando um acorde. De uma certa forma, as tríades formam os
acordes mais básicos, que os músicos aprendem primeiro. Os acordes maiores,
menores, diminutas e assim por diante. E depois que aprendemos as tríades é
comum começar a encontrar acordes com mais uma nota adicionada ao acorde,
normalmente as sétimas, formando assim uma tétrade.

Ou seja, a tríade mais uma nota resulta em uma tétrade. Então, uma forma
bem simples de definir tétrade é: tétrade é o conjunto de 4 notas. Em alguns
estilos musicais como o Jazz é tão comum enxergar um acorde já com a sétima
embutida, a tétrade acabou se tornando o acorde mais básico.
Por isso, dificilmente você verá a execução de uma tríade pura no jazz, pois um
estilo tão rebuscado demanda harmonias baseadas em tétrades (no mínimo).

REGRAS PARA SE MONTAR AS TÉTRADES BÁSICAS

Poderia, tranquilamente, chamar essas regras de macetes porque elas vão te


ajudar e muito na hora de montar uma tétrade.
Vou te mostrar três regrinhas básicas para se montar uma tétrade simples, vamos
ver?!
#1 – ACORDES MAIORES

Começando com os famosos acordes maiores!


Quando o acorde for maior, acrescentar a sétima maior.
Por exemplo no acorde de dó maior temos as notas dó, mi e sol. Ao acrescentar a
sétima maior (nota si) teremos um acorde com 4 sons, ou uma tétrade.
Ao acrescentar a sétima maior na cifra acrescentamos também o 7M.
Então a cifra do acorde acima fica: C7M (dó com sétima maior).
Veja no teclado:

Confira outro exemplo mas no acorde de sol.


Acorde de sol maior:
sol
si

Acrescentando a sétima maior de sol:
fá#
No teclado:
#2 – ACORDE MENOR

Seguindo a ordem, agora temos os acordes menores!


Quando o acorde for menor, acrescentar a sétima menor.
A sétima menor fica um tom abaixo da tônica do acorde.
Por exemplo se o acorde é o lá menor, um tom abaixo de lá temos a nota sol. O sol
é a sétima menor de lá menor.
Fique calmo que iremos devagar!
Primeiro vamos a formação do acorde menor: 1 b3 5
Aplicando no dó teremos as seguintes notas: dó mib sol.
Para encontrar a sétima menor iremos diminuir um tom da nota dó, que resulta na
nota sib. É o sib que iremos acrescentar ao acorde e formar a tétrade.
Quando acrescentamos a sétima menor na cifra acrescentamos também o 7 (sete),
apenas ele já representa que a sétima é menor.
Então a cifra do acorde acima fica: Cm7 (dó menor com sétima).
As notas da tétrade Cm7 são: dó mib sol sib
No teclado:
Texto do seu parágrafo#3 – ACORDES DOMINANTES

O último grupo de acorde que vamos falar hoje são os acordes dominantes.
Quando o acorde for dominante, acrescentamos a sétima menor.
Os acorde dominantes são o quinto acorde de um campo harmônico, por exemplo, no
campo harmônico maior de dó o acorde dominante é o acorde de sol maior.
Então é neste acorde que iremos acrescentar a sétima menor para que forme uma
tétrade.
Lembrando que para encontrar a sétima menor é só diminuir um tom da tônica do
acorde.
Sol (tônica do acorde) menos um tom chegamos no fá (sétima menor do acorde).
O acorde de sol maior:
sol
si

Acrescentando a sétima menor:

Juntando todas as notas da tétrade:
sol – si – ré – fá
Aqui acontece a mesma coisa, quando acrescentamos a sétima menor na cifra
acrescentamos também o 7. Então a cifra do acorde acima fica: G7 (sol com sétima).
Veja no teclado:
FINALIZANDO

É isso aí, agora é praticar estes acordes e tentar formar mais


tétrades em outros tons!
Quando mais você dedicar tempo e forças mais fácil será para
tocar uma tétrade ao ver ela em uma cifra, ou quando quiser
inserir a tétrade em um dos seus improvisos.
Se ficou com alguma dúvida, deixe um comentário! 😉

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