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HARMONIA
TRADICIONAL
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO - UEMA
NÚCLEO DE TECNOLOGIAS PARA EDUCAÇÃO - UEMAnet
UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL - UAB
CURSO DE LICENCIATURA EM MÚSICA
HARMONIA TRADICIONAL
E
m música, harmonia é o som que resulta quando duas ou mais
notas musicais são tocadas ao mesmo tempo. É o aspecto vertical
da música, produzido pela combinação dos componentes do
aspecto horizontal. A harmonia é um elemento quase sempre presente
na nossa música. Podemos observar isto, por exemplo, através de
um cantor acompanhado de um violão, uma orquestra tocando várias
notas ao mesmo tempo ou um coral com várias vozes combinadas. A
harmonia tradicional, por sua vez, está relacionada a regras específicas
de nomenclatura dos acordes e movimentação das suas notas, cujo
conhecimento é de grande importância caso você almeje escrever
arranjos ou compor para grupos instrumentais tais como corais,
orquestras sinfônicas e de sopro, entre outros.
Nesta disciplina, você irá dispor de dois materiais didáticos, este e-Book e
três videoaulas complementares. Este e-Book não irá esgotar um assunto
que nem mesmo grandes tratados de harmonia com mais de 300 páginas
não conseguiram esgotar. Entretanto, este material fornece ao estudante
o domínio dos conteúdos elementares e fundamentais da disciplina. Desta
forma, espera-se que, após finalizar este material, o aluno seja capaz de
compor e classificar progressões harmônicas mais simples, inclusive com
modulações.
Harmonia Tradicional 4
SUMÁRIO
UNIDADE 1 - PRELIMINARES......................................................... 6
1.1 Intervalo.............................................................................................. 6
1.2 Inversão de intervalos......................................................................... 12
1.3 Acordes............................................................................................... 13
1.4 Acordes invertidos............................................................................... 17
1.5 Baixo cifrado....................................................................................... 18
1.6 Acordes e os graus das escalas......................................................... 21
Referências............................................................................................... 29
Harmonia Tradicional 5
1
UNIDADE
PRELIMINARES
OBJETIVOS
1.1 Intervalo
C
orresponde à distância entre duas notas. Os intervalos são denominados
melódicos quando as notas são sucessivas e harmônicos quando as
notas são simultâneas.
Figura 1 – Intervalos melódico e harmônico
Harmonia Tradicional 6
Figura 2 – Semitons naturais e alterados
Harmonia Tradicional 7
Figura 6 – Intervalo composto
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• Oitava justa - 8ªJ: possui cinco tons e dois semitons.
Figura 10 – 8ªJ
Para os intervalos Maiores usa-se a letra “M” e para os menores “m” após o
número.
Figura 12 – 2ªm
Figura 13 – 3ªM
Harmonia Tradicional 9
• Terça menor - 3ªm: possui um tom e um semitom.
Figura 14 – 3ªm
Figura 15 – 6ªM
Figura 16 – 6ªm
Figura 17 – 7ªM
Harmonia Tradicional 10
• Sétima menor - 7ªm: possui quatro tons e dois semitons.
Figura 18 – 7ªm
Figura 19 – 4ªaum
Figura 20 – 5ªdim
Harmonia Tradicional 11
1.1.5 Classificação dos intervalos compostos
4ªJ + 7 = 11ªJ
Fonte: Elaborada pelo Autor
4ªJ 5ªJ
Fonte: Elaborada pelo Autor
Harmonia Tradicional 12
Atividades
1.3 Acordes
Harmonia Tradicional 13
Estas demais notas do acorde são nomeadas de acordo com o seu intervalo em
relação à fundamental.
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1.3.1 Classificação do acorde quanto ao número de notas
• Acorde no modo Maior - formado por uma terça maior, seguida por uma menor;
3ªm
3ªM
Fá Maior
Fonte: Elaborada pelo Autor
Harmonia Tradicional 15
Acorde menor - formado por uma terça menor seguida de uma maior;
3ªM
3ªm
Ré menor
Fonte: Elaborada pelo Autor
3ªm
3ªm
Dó diminuto
Fonte: Elaborada pelo Autor
3ªM
3ªM
Dó aumentado
Fonte: Elaborada pelo Autor
Harmonia Tradicional 16
1.3.3 Classificação das tétrades quanto aos intervalos
Sol Maior com Sol Maior com Sol menor com Sol diminuto com Sol diminuto
7ª Maior. 7ª menor. 7ª menor. 7ª menor. com 7ª diminuta.
• O acorde está na primeira inversão quando a terça está na posição mais grave;
Harmonia Tradicional 17
• O acorde está na segunda inversão quando a quinta está na posição mais grave;
Harmonia Tradicional 18
Figura 36 – Numeração de baixo cifrado para as inversões dos acordes
Tríade Tríade Tríade Tétrade Tétrade Tétrade Tétrade
Fund. 1ª inv. 2ª inv. Fund. 1ª inv. 2ª inv. 3ª inv.
Numeração
completa:
Numeração
abreviada:
• Somente um acidente indica que a terça sobre o baixo deve ser alterada;
Harmonia Tradicional 19
• Um traço ou um “+” junto com um número significa elevar a nota;
Harmonia Tradicional 20
1.6 Acordes e os graus das escalas
1.6.1 Escalas
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1.6.4 Escala menor
• Menor primitiva
• Menor harmônica
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• Menor melódica
Harmonia Tradicional 23
Figura 48 – Exemplos de armaduras de clave de diferentes escalas
São duas escalas, uma maior e outra menor, que possuem a mesma armadura
de clave. A escala menor está a uma 3ª menor abaixo da relativa maior, em
outras palavras, ela é a escala formada a partir do VI grau da relativa maior.
Observe as figuras abaixo:
Harmonia Tradicional 24
Figura 50 – Algumas escalas maiores e suas relativas menores.
São as tríades formadas sobre os graus da escala. Estas tríades são formadas
apenas por notas da escala. Ao classificarmos as tríades das escalas, podemos
descobrir o tipo de tríade que ocorre em cada grau de cada tipo de escala. A isto
denomina-se campo harmônico. Observe:
• Na escala maior:
Harmonia Tradicional 25
• Na escala menor
Devido às alterações dos graus VI e VII, as notas das tríades das escalas menores
harmônica e melódica tem uma variabilidade muito grande. Segue abaixo as
possíveis disposições de acordes do campo harmônico menor. Observe que as
alterações dos graus VI e VII não aparecem na armadura de clave, mas somente
como acidentes ocorrentes.
Assim como nas tríades, podemos formar tétrades sobre os graus da escala
utilizando apenas as notas da escala. Ao classificarmos as tétrades de cada
grau da escala maior, obtemos o seguinte padrão de acordes:
Harmonia Tradicional 26
Figura 55 – Possíveis tétrades sobre os graus da escala menor
Observe que neste e-Book, a maioria das progressões irão aparecer a 4 vozes
distribuídas nas claves de Sol e Fá como segue abaixo. Neste caso, para facilitar
a classificação, você poderá reduzir os acordes para a mesma oitava, como
consta na figura a seguir:
Harmonia Tradicional 27
Figura 57 – Classificação de uma progressão a 4 vozes
Atividade
Harmonia Tradicional 28
Resumo
Referências
Harmonia Tradicional 29
2
UNIDADE
CONDUÇÃO DE VOZES
OBJETIVOS
A
maneira pela qual as vozes dos acordes estão distribuídas e como
elas se movem com a mudança de acordes, tem um grande impacto
na sonoridade. Desta maneira, existem algumas regras para nos
auxiliar a obter a melhor sonoridade possível.
No estudo da Harmonia Tradicional, é comum utilizarmos a escrita coral a 4
vozes para os acordes. Sendo assim, adotamos a nomenclatura das vozes
utilizadas no canto coral. Soprano, para a voz mais aguda, contralto para a
voz abaixo do soprano, tenor para a voz abaixo do contralto e baixo para a
voz mais grave. Observe as figuras a seguir.
Harmonia Tradicional 30
Figura 59 – Distribuição das vozes na escrita coral a 4 vozes e tessitura de cada voz
soprano contralto
tenor baixo
Harmonia Tradicional 31
Figura 61 – Espaçamentos entre as vozes.
Estas são as regras mais básicas. Adiante vamos estudar outras regras mais
complexas e que merecem especial atenção ao compormos progressões de
acordes. Antes disso, observe que quando a música progride de um acorde para
o outro, existem 4 possíveis relações entre os pares de vozes. Observe:
Estático Oblíquo
Obíquo Contrário Similar Paralelo
(sem movimento) (uma voz se move) (ambas se movem (ambas se (Ambas movem
em direção oposta) movimentam na mesma direção
na mesma e no mesmo intervalo)
direção, porém
em intervalos
diferentes)
Fonte: Elaborada pelo Autor
Harmonia Tradicional 32
2.2 Movimentos paralelos
Harmonia Tradicional 33
Quintas paralelas são aceitáveis somente nos casos em que uma 5ª Justa é
seguida de uma 5ª diminuta. Entretanto, não deve ser usada uma 5ª diminuta
seguida de uma 5ª Justa, como no último compasso da figura abaixo.
Quintas e oitavas ocultas ocorrem quando o par de vozes externas, que não
formam um intervalo de 5ª ou 8ª, se movem na mesma direção com um salto
no soprano, formando um intervalo de 5ª ou 8ª. Isto também deve ser evitado,
pois o resultado sonoro é similar ao de quintas e oitavas paralelas. Observe, na
figura abaixo, uma oitava oculta no primeiro compasso entre baixo e soprano, e
no segundo compasso uma quinta oculta entre baixo e soprano. Entretanto, no
último compasso não há oitava oculta, visto que o soprano se movimenta por
grau conjunto.
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Atividade
É importante ter em mente que numa tríade, as notas mais importantes são
a fundamental e a terça. Já numa tétrade, as notas mais importantes são a
fundamental, a terça e a sétima. Em Ambos os tipos de acordes, a quinta é
a nota menos importante, a qual pode ser omitida em algumas progressões
sem, no entanto, alterar a classificação do acorde. Observe na figura abaixo a
ausência da quinta no último acorde de cada compasso.
6
5
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progressões a 2 e 3 vozes. Observe que, no caso das progressões a 2 vozes,
mais notas deverão ser omitidas, onde muitas vezes teremos apenas a tônica
duplicada. Adiante alguns casos serão demonstrados.
Harmonia Tradicional 36
2.4 Notas estranhas ao acorde
São notas que apesar de escritas nos acordes não pertencem a eles. É importante
saber identificá-las para não se confundir durante a classificação dos acordes.
Este tipo de nota aparece com frequência nas composições, pois dão um efeito
sonoro distinto, acrescentando mais variedade à música. Geralmente as notas
estranhas “resolvem” numa nota vizinha pertencente ao acorde.
A nota de passagem é uma nota estranha utilizada para conectar duas notas
que estão separadas por um intervalo de 3ª maior ou menor, ou, em alguns
casos, por um intervalo de 2ª maior. Também pode ser utilizada mais de uma
nota de passagem para conectar notas que estejam a um intervalo maior que o
de 3ª. Observe que a nota de passagem fica no tempo fraco do acorde a que ela
pertence e resolve por grau conjunto. Observe o exemplo abaixo:
É quando uma nota do acorde se move para uma nota estranha por grau conjunto
e retorna para a mesma nota. Pode ser ascendente, descendente, ou ambas,
por duas notas vizinhas. Observe:
Harmonia Tradicional 37
Figura 72 – Nota vizinha
2.4.3 Suspensão
Figura 73 – Suspensão
Harmonia Tradicional 38
2.4.4 Retardo
Figura 74 – Retardo
2.4.5 Apogiatura
É uma nota estranha que ocorre no tempo forte do acorde, é antecedida por
grau disjunto e resolve em grau conjunto de modo ascendente ou descendente.
Observe.
Figura 75 – Apogiatura
Harmonia Tradicional 39
2.4.6 Escapada
É uma nota estranha ao acorde que ocorre na sua parte fraca, afastando-se da
nota do acorde por grau conjunto e aproximando-se da nota do próximo acorde
na direção oposta e por grau disjunto. É geralmente uma nota curta. Observe.
Figura 76 – Escapada
2.4.7 Antecipação
É uma nota estranha que antecipa a nota do próximo acorde. Ela ocorre na parte
fraca do tempo de um acorde, afastando-se da nota deste por grau conjunto ou
disjunto e mantendo-se como nota do próximo acorde. Observe.
Figura 77 – Antecipação
Harmonia Tradicional 40
2.4.8 Nota pedal
Atividade
Harmonia Tradicional 41
os acordes podem ser tocados tanto em blocos como também de modo arpejado.
Observe os exemplos:
Resumo
Harmonia Tradicional 42
Referências
Harmonia Tradicional 43
3
UNIDADE
PROGRESSÕES
HARMÔNICAS
OBJETIVOS
3.1.1 Os graus I e V
N
o contexto da música tonal, toda música, ou subdivisões de uma música,
visa resolver e finalizar no I grau, ou seja, na tônica. Na grande maioria
dos casos, a tônica é antecedida do grau V ou V7, em outras palavras,
o acorde dominante. Isto porque a resolução de 5ªJ descendente é muito forte,
visto que o V grau exerce este intervalo sobre a tônica e também porque a 3ª
deste grau é a sensível da escala, estando a um semitom da tônica exercendo
sobre ela uma forte relação de resolução.
Figura 83 – Resolução V7 – I
Harmonia Tradicional 44
3.1.2 O grau II
É muito utilizado como antecedente do grau V. O grau II resolve com uma 5ªJ
descendente no grau V.
Figura 82 – Progressão II – V - I
3.1.3 O grau VI
Também é comum ser usado antes do grau II, já que está a uma 5ªJ acima deste.
Figura 83 – Progressão VI – II – V – I
Harmonia Tradicional 45
O III grau também pode ser usado antes do VI, já que está a uma 5ªJ acima
deste.
Apesar do grau VII estar a uma 5ªJ do III, ele atua mais frequentemente como
um substituto do acorde dominante - já que corresponde à 3ª, 5ª e 7ª do V7 -
resolvendo mais frequentemente no I do que no III.
Harmonia Tradicional 46
3.1.5 O IV grau
O IV grau pode ser utilizado no lugar, ou após o grau II, antecedendo a dominante.
Embora não esteja a um intervalo de 5ªJ da dominante como o grau II, como
ele está a um tom abaixo da dominante, exerce a função de sub-dominante que
também tem uma forte relação com a tônica e a dominante.
Harmonia Tradicional 47
O esquema abaixo demonstra as progressões harmônicas mais comuns no
modo maior:
IV VII
III VI II V I
IV VII
III VI II V I
Harmonia Tradicional 48
grau V está a um tom e não um semitom da tônica). Sendo assim, o esquema
para o modo menor é bem parecido com o do maior.
IV VII
VII III VI II V I
Tenha em mente que, numa sequência, alguns acordes podem ser repetidos,
precedidos pela própria inversão, a sequência pode começar e terminar de
qualquer ponto ou até mesmo um acorde preceder outro de modo diferente do
esquema. Tenha também em mente que os acordes do esquema podem estar
invertidos e isto não afeta a sequência.
Harmonia Tradicional 49
3.3 Cadências
A Cadência Autêntica Imperfeita (CAI) ocorre quando temos uma CA que não
é perfeita. Seguem os exemplos com as diversas possibilidades:
Harmonia Tradicional 50
• Ambos os acordes estão na posição fundamental, mas a nota da melodia não
é a tônica;
Figura 93 – CAI no primeiro movimento da Sonata para piano K 333 de W.A. Mozart
Harmonia Tradicional 51
• O grau VII está substituindo o V.
Observe que nem toda resolução V-I é uma cadência autêntica. A cadência ocorre
apenas quando o grau I aparece como objetivo de uma progressão de acordes.
O mesmo pode-se dizer dos demais tipos de cadência adiante. Observe na
figura abaixo que as progressões V – I não são uma cadência, pois o I aparece
como um acorde intermediário na sequência, não como o objetivo.
Harmonia Tradicional 52
A Cadência Deceptiva (CD) ocorre quando o V resolve em outro acorde,
geralmente o VI ao invés do I, como seria esperado.
A Meia Cadência (MC) ocorre quando a cadência encerra no grau V, que pode
ser precedido por qualquer outro acorde. Este tipo de cadência é muito usado
no final de um trecho musical a ser repetido, principalmente quando o início da
música está no grau I onde o V grau antes da repetição cria um link com o início
da música. Observe.
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A Cadência Plagal (CP) ocorre quando o IV resolve no I. Observe o exemplo:
Harmonia Tradicional 54
Observe que não houve uma mudança de tonalidade, visto que ainda escutamos
o acorde de Mi bemol como o V de Lá bemol. Neste caso, aconteceu que o acorde
de Si bemol Maior com sétima tonicalizou o acorde de Mi bemol, atuando apenas
como um Dominante Secundário. Observe, nos exemplos abaixo, que qualquer
grau de uma tonalidade pode ser tonicalizado por um dominante secundário, ou
seja, ser resolvido pelo seu acorde dominante - um acorde maior com 7ª uma
5ª acima - que não pertence à tonalidade principal. A escrita adotada para estes
acordes é V/(grau tonicalizado). Observe isto no exemplo anterior e no próximo.
Harmonia Tradicional 55
Figura 102 – Acordes dominantes secundários dos graus da escala de Sol Maior
Atividade
Harmonia Tradicional 56
3.5 Modulação
Ocorre quando um novo centro tonal entra em cena num trecho musical. Não
é bem clara a diferença entre uma modulação e uma tonicalização, pois os
dois processos são bem semelhantes, entretanto, neste curso vamos considerar
como modulação quando a mudança de tonalidade é mais duradoura, e
tonicalização quando apenas um acorde da tonalidade original é tonicalizado
por seu dominante secundário. Observe os exemplos comparativos:
Harmonia Tradicional 57
entre um trecho musical e compare com as tonicalizações que ocorrem nas
figuras 100 e 101.
Harmonia Tradicional 58
Fonte: Elaborada pelo Autor
Harmonia Tradicional 59
Atividade
Resumo
Nesta Unidade, aprendemos como utilizar os diversos graus do campo harmônico
de acordo com as relações entre os graus, para então criar progressões
harmônicas mais interessantes. Agora podemos identificar acordes com
função secundária, ou seja, pertencentes a campos harmônicos que não são
pertencentes aos da tonalidade original da peça, atuando em tonicalizações
e modulações. A partir daqui é possível criar progressões harmônicas mais
interessantes e também começar a harmonizar melodias, um processo longo
de aprendizado que exige persistência, experimentação e observação de como
outras melodias são harmonizadas. Para quem está iniciando este aprendizado,
recomendamos que sejam observadas as características das notas da melodia
como, por exemplo, a quais graus da escala elas pertencem, especialmente
nos tempos fortes e se elas são arpejos de acordes ou escalas. O início da
sonata de Mozart K 545 na figura 105 é um ótimo exemplo disso. As leituras
das referências bibliográficas serão muito úteis caso o leitor deseje um maior
aprofundamento nestes conteúdos.
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Referências
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