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Harmonia Aplicada

A base para você improvisar, arranjar, compor e


tocar seus próprios acompanhamentos.

Por Iara Gomes


Índice

Quem sou eu

Introdução à harmonia

Aplicando harmonia ao
piano: voicings

Região de acordes

Cifras

Tétrades a duas vozes

Tétrades a três vozes

Tétrades a quatro vozes

Voicings de centro

Anexos

Conclusão
Quem sou eu

Sou a Iara Gomes, pianista, compositora,


arranjadora, educadora, mulher e mãe. Sou conhecida
pelo meu trabalho autoral e pela minha atuação na música
instrumental brasileira e no jazz. Fui vencedora do prêmio
“Melhor Intérprete Instrumental”, no Festival de Música da Rádio
Nacional FM (2021 e 2016) e finalista do Prêmio Profissionais da Música,
na categoria “Arranjadora” (2019). Lancei meu primeiro disco autoral “Dois
Cantos”, em 2018, e o single “Muro Alto”, em 2021. Tenho mestrado em
Música - Jazz Composition & Arrangement e Jazz Piano Performance - pela
University of Louisville (EUA, 2016), onde me graduei com honras. Sou
licenciada em Música pela Universidade de Brasília e sou professora da Escola
de Música de Brasília. Gosto muito de viajar e de levar minha expressão
musical a novos públicos, assim como ministrar workshops e
ampliar minhas conexões com alunos. Alguns lugares em
que apresentei meu trabalho são: Argentina,
EUA, Chile, e no Brasil: Brasília,
Goiânia, Rio de Janeiro e
São Paulo.
Introdução à harmonia
Harmonia é o estudo dos acordes e das relações entre eles. A harmonia é a organização musical
no sentido vertical, enquanto as escalas são organizadas no sentido horizontal. Uma coisa é
parte da outra, dessa forma falar de harmonia pressupõe também falar de escalas e seus modos,
além de seus campos harmônicos. 


Ciclo das 5as


É a ferramenta indispensável para entender o tonalismo e pré-requisito para o estudo
da  harmonia funcional  – que é como  se estuda harmonia na musica popular, por funções,
atribuindo números romanos aos acordes.

Trata-se de um círculo que organiza a disposição das escalas (maiores e menores relativas) em
intervalos de quinta justa. À medida em que se avança para a direita, 1 sustenido é acrescentado
à armadura de clave. Seguindo para a esquerda, 1 bemol é acrescentado à armadura de clave.
Além de resumir o estudo de armaduras e tonalidades, ele é utilizado nos estudo práticos de
escalas, acordes, progressões e transposições.
Introdução à harmonia

Campos harmônicos

Sobre cada nota de uma escala se formam acordes, e a esse conjunto de


acordes é dado o nome de  campo harmônico. O nosso sistema tonal utiliza
basicamente 3 campos harmônicos: Maior (e Menor Primitiva – que é o campo
Maior começado no VI grau), Menor Harmônica e Menor Melódica. 

MAIOR

I7M(9) IIm7(9) IIIm7 IV7M(9) V7(9) VIm7(9) VIIm7(b5)

1.Jônico (escala maior)


2.Dórico
3.Frígio
4.Lídio
5.Mixolídio
6.Eólio (escala menor primitiva)
7.Lócrio
Introdução à harmonia
MENOR PRIMITIVA (Eólio)

Im7(9) IIm7(b5) III7M(9) IVm7(9) Vm7 VI7M(9) VII7(9)

1.Eólio
2.Lócrio
3.Jônio
4.Dórico
5.Frígio
6.Lídio
7.Mixolídio

MENOR HARMÔNICA

Im7M(9) IIm7(b5) III7M(#5) IVm7(9) V7(b9 b13) VI7M(#9) VIIdim(b13)

Os modos da menor harmônica são comumente chamados apenas de “segundo modo da


menor harmônica” e assim por diante, não sendo a eles atribuídos nomes específicos.
Isso ocorre devido ao seu uso ser majoritariamente sobre os acordes II- V-I (utiliza-se os
modos 2, 5 e 1 correspondentes) em uma progressão menor. Não há necessidade de
descontextualizar cada modo para diversas aplicações, como ocorre na menor melódica.
Contudo, além dos modos 2, 5 e 1, podemos usar os outros modos sobre os seguintes
acordes:
3º modo: Xmaj7(#5)
4º modo: Xm7 – implicando uma 4ª aumentada
6º modo: Xmaj7(#9)
7º modo: Xdim – implicando uma 3ª maior, b9 e b13.
Introdução à harmonia

MENOR MELÓDICA

Im7M(6) IIm7* III7M(#5 #11) IV7(#11) V7(9 b13) VIm7(b5 9) VIIm7(b5)**

*ou II7sus(b9 13)


**ou VII7alt
alt = alterações nas 5as e 9as

1. Menor melódica
2. Dórico b2 (incomum)
3. Lídio aumentado
4. Lídio b7
5. Mixolídio b6 (incomum)
6. Lócrio #2
7. Alterada (ou super lócrio; ou diminuta-tons inteiros)
Aplicando harmonia ao
piano: voicings

O que são voicings?

O termo voicing não é sinônimo de acorde, ele vai além e pode ser
definido como: a disposição das vozes (i.e. notas) do acorde. Diz
respeito à qualidade e à quantidade de notas que usamos, bem como
a sua ordem e seu espaçamento – mais aberto, em quartas, etc.   
Os voicings são importantes para que tenhamos uma boa
condução de vozes na passagem de um acorde para outro, um bom
encadeamento, preparando e resolvendo as tensões, e aproveitando
notas em comum. Uma progressão harmônica bem tocada, com bons
voicings, gera ainda um ótimo “efeito colateral” que é a facilidade
técnica determinada pela pouca movimentação das mãos. Ou seja, a
melhor nota estará sempre embaixo do seu dedo, o que não acontece
quando tocamos voicings desorganizados, aleatórios e,
principalmente, descontextualizados.  
Região de acordes
Existe uma região acusticamente perfeita para tocar acordes, para que
nosso ouvido consiga distinguir sua qualidade e função, e isso vale para
qualquer instrumento. Localizar essa região no piano é simples, pois se trata
de um instrumento muito visual. Não é à toa que a maioria das escolas de
jazz tem a disciplina “piano suplementar” em seus currículos, para todos os
músicos. A harmonia fica visível no piano, e podemos dividir o teclado em
três regiões básicas: região de baixos, região de acordes, e região de
melodias.

Na figura abaixo temos a região de acordes, que precisa ser respeitada


principalmente para notas estruturais do acorde (3a e 7a ). Abaixo dela
tocamos os baixos (sem limite grave), e acima dela as melodias (sem limite
agudo). 
Cifras
As cifras podem aparecer de diversas formas e existem as mais
comuns em cada lugar do mundo, por exemplo: no Brasil usamos
muito Xm para acorde menor, enquanto nos EUA se usa mais X- .
De toda forma devemos estar cientes de que existem várias
opções corretas e algumas evitáveis por induzirem ao erro (ex. X7+
- comum em sites de letra e cifra para se referir a acorde maior com
sétima maior, evitamos por considerar o “+” um símbolo
tradicionalmente usado para designar quinta aumentada)

Cifras para tríades: 


Maior: X   
Menor: Xm  ou  X -
Aumentada: X(#5) ou X aug ou X+
Diminuta: X (b5) ou X dim ou X

Cifras para tétrades: 


Maior com sétima maior: X7M ou Xmaj7 ou XMA7 ou X    

Menor com sétima: Xm7 ou X-7 ou XMIN7

Dominante: X 7ou X 7ALT (quando alterado)

Meio Diminuto: Xm7(b5) ou X-7(b5) ou X   

Diminuto: Xº7 ou Xdim7

obs: tensões sempre escritas entre parênteses ao final.


Cifras
Montagem das Tríades:

Tríade Maior: Tríade Menor:


3m 3M
3M > 3m 3m > 3M
> 3M > 3m

Tríade Aumentada:
Tríade Diminuta:
3M
3m
3M > > 3m
> 3m
>
3M
3M
3m

Atalho visual: Obs.: o atalho visual não substitui reconhecer


Para 3M: pular 3 notas a qualidade da tríade pelo som, que é o mais
Para 3m: pular 2 notas importante, afinal é música!

Os voicings para tríades são relativamente


mais simples e se resumem a:

Inversões fechadas
1. • Estado fundamental (F 3ª 5ª)
2. • 1a inversão (3ª 5ª F)
3. • 2a inversão (5ª F 3ª)

Inversões abertas 
1. • F 5ª 3ª 
2. • 3ª F 5ª 
3. • 5ª  3ª F  

Outras possibilidades além dessas passarão do intervalo de um oitava entre alguma das
vozes, o que desestrutura o bloco, fazendo soar como duas instâncias separadas, e,
portanto, não são usadas no sentido de voicing.
Tétrades a duas vozes 
Antes de entrar no passo a passo dos voicings de tétrades, vamos
entender os três formatos mais usados ao tocar piano, e como fica o
papel de cada mão:

1- Formato com baixista 


ME faz voicing, MD faz melodias e improvisos

2- Formato acompanhamento 
ME faz baixos, MD faz voicing

3- Formato piano solo


(com shell voicings, ou voicings divididos) 
ME faz baixo + nota mais grave do voicing, MD
faz o resto do voicing

Nos voicings a duas vozes teremos as principais notas que compõem um acorde, e
que são suficientes para explicitar a harmonia: a 3ª e a 7ª .

Processo mental para montar: 


Passo 1: localizar a fundamental na região de acordes (para referência) 
Passo 2: localizar a 7ª  
7m está 1 tom abaixo da fundamental
7M está 1 semitom abaixo da fundamental 
Passo 3: localizar a 3ª 
3M: pular 3 notas
3m: pular 2 notas
Tétrades a duas vozes 
importante: se você não precisar dos atalhos para localizar a 3ª e 7ª , mesmo
assim evite pensar nos acordes na ordem: F, 3ª, 5ª, 7ª . Isso leva muito tempo e
não ajuda a automatizar o voicing, que é o que faremos em seguida. 

TONS MAIORES (para tons menores usar b3 e b7 – ou 6 ou 7M – no I )

TIPO 1 TIPO 2
IIm7–   V7 –   I7M  IIm7–   V7 –   I7M 
b7           3         7 b3          b7       3
b3          b7        3 b7          3         7

Pronto! Você tem o seu primeiro voicing resolvido: o voicing de 2 vozes (3ª e 7ª). Ele vai ser
sempre o mais importante, a estrutura do seu acorde, não importa quantas vozes
adicionarmos. 
Tétrades a três vozes 
Para os acordes de 3 vozes manteremos a 3ª e a 7ª e acrescentaremos uma nota. Mas qual
nota usar? A que vem logo depois ! Há uma regra geral de espaçamento para este voicing :
Nada entre 3ª e 7ª !
Algumas observações :
13ª  em vez da 5ª no acorde de V grau (dominante) para equilibrar
Atalhos: 9ª  =2ª; 13ª =6ª; 11ª =4ª 

TONS MAIORES:
TIPO 1 TIPO 2
IIm7–   V7 –   I7M  IIm7–   V7 –   I7M 
 9           13        9  5           9         5
b7           3         7 b3          b7       3
b3          b7        3 b7          3         7

TONS MENORES:  Aqui o II é sempre meio diminuto, o V é sempre dominante


com- alteração, o I é menor. 

TIPO 1 TIPO 2
IIm7(b5)–  V7(b9) –  Im6  IIm7(b5)–  V7(b9) –  Im6 
b7            b13              9 b5              9                 5
b5 *           3                6 b3             b7               b3
b3            b7               b3 b7              3                6

*única exceção: no acorde meio diminuto tipo I a 3ª voz fica ENTRE a 3ª e a 7ª


por ser nota característica (b5).
Tétrades a três vozes 
OBS:  Podemos fazer também usando o Im7 em vez do Im6. Quando escolhemos como
primeiro grau o acorde menor com 6ª, significa que estamos inseridos no campo
harmônico da menor melódica, e quando usamos com 7ª m, estamos no campo da menor
primitiva, ou natural. Ou seja, temos escolhas a fazer.

O tom menor gera uma rede complexa, permitindo combinações, principalmente, entre os
campos harmônicos da “menor harmônica”, “menor melódica” e – menos comum- “menor
primitiva ou natural”.

O “feijão com arroz” para tons menores é considerar que o II e o V estão inseridos no
campo da menor harmônica e o I no da menor melódica. Portanto, se tocamos Im6 -
Menor com 6ª Maior–  isso é uma sugestão para que, naquele compasso, utilizemos a
escala menor melódica como para improvisar e montar o voicing do acorde. Ouça as
diferentes cores, sonoridades e caminho das vozes. Qual você gosta mais? (Perceba que
você está começando a ganhar autonomia, a tocar do seu jeito!)

Acorde Alterado 
O V grau de uma progressão menor pode ser considerado como acorde alterado
(X7alt). Isso significa alteração 1st para cima ou para baixo nas 5as e nas 9as. A cifra
nunca é literal, precisamos interpretá-la, portanto sempre que aparecer um acorde
com, pelo menos, UMA das alterações abaixo, podemos trocá-la ou adicionar outras,
desde que sejam uma das seguintes: 

      X7alt = X7(b9, #9, b5, #5) *

*O “#5” muitas vezes é notado como “b13”, continua sendo acorde alterado! 
Enarmonia PODE! 

Mecanização
A mecanização é tão importante quanto a compreensão logica. é uma técnica para
internalizar a partir da estratégia de “onde mexe a mão”. Ou seja, agora que você
compreendeu a formula, utilize os anexos ao final deste livro para executar em todos os
tons. Quando ficar fácil ou muito inconsciente, mude a ordem dos acordes.
Tétrades a quatro vozes
Agora adicionaremos mais uma voz ao nosso voicing anterior, e ela será
basicamente a que está já embaixo do seu dedo, e funciona como um
“cruzamento” para que a nota que não aparecia no voicing de Tipo 1 apareça
no de Tipo 2, e vice-versa.

Dicas importantes:
Pensar PRIMEIRO SEMPRE na 3ª e 7ª, não importa o voicing.
“Voicing não é só nota certa, é bom espaçamento e boa condução de
vozes”.
Mecânica, não pense em tudo, execute: F e 7ª do IIm7(b5) – ABRIR um
semitom para cada lado - chegando no V7(b9 b13).

Tons Maiores
TIPO 1 TIPO 2
IIm7–   V7 –   I7M  IIm7–   V7 –   I7M 
 9           13         9  5           9         5
b7           3          7 b3          b7      3
5              9         5  9           13       9
b3          b7        3 b7          3         7
Tétrades a quatro vozes

Tons Menores
TIPO 1 TIPO 2
IIm7(b5)–  V7(b9) –  Im7 IIm7(b5)–  V7(b9) –  Im6 
F *               b13            9 b5              b9                5
b7                 3               b7   b3             b7               b3
b5               b9                5 F *            b13              9
b3              b7               b3 b7              3                 b7

*única exceção: no acorde meio diminuto a Fundamental (F)


entra no lugar da 9ª .
Voicings de centro
Os chamados “voicings de centro” nos ajudam a evitar repetição oitavada do
mesmo voicing nas duas mãos. São um recurso indispensável para a
recorrente questão “O que faço com a outra mão tocando acordes em um
contexto em que já há baixo e melodia?”*
Veremos duas formas desses voicings: 

1. Drop 2* a partir do tipo I ou tipo II de tétrades a quatro vozes sem baixo,


dividindo duas notas para cada mão:

TIPO 1 TIPO 2
IIm7–   V7 –   I7M  IIm7–   V7 –   I7M 
 9           13         9  5           9           5
5             9          5  9          13          9
b3           b7        3 b7          3           7
b7           3          7 b3          b7         3

*Drop 2 significa que a segunda nota (de cima para baixo) do voicing cai uma
oitava abaixo, resultando em um espaçamento um pouco mais aberto.
Voicings de Centro
2. Tétrades a cinco vozes e tríades de estrutura superior (TES)

ME (mão esquerda): sempre 3 e 7 / 7 e 3 


• Exceção: no meio diminuto usar b5 e F / F e b5
MD (mão direita): 3 notas em espaçamento quartal ( 4as JUSTAS) 
• Exceção: nos dominantes alterados e Lídio b7 usar TES

Notas da ponta (mais aguda) para MD

Xm7 : 11a ou F
Dm7

X7: 5a ou F 
G7

Xmaj7 ou X6: 5a ou F 
Cmaj7 ou C6

Xm7(b5) : 3a ou 7a ( lembrar ME diferente)


Dm7(b5)

TES para X7(#11) : tríade maior sobre a NONA do acorde 


G7(#11)
Voicings de Centro
TES para alterados X7alt / X7(b9) / X7(#9) / X7(b13) / X7(b5) : 

1. Tríades menores sobre as NONAS alteradas ( b9 e #9)

2. Tríades maiores sobre as QUINTAS alteradas (b5 e #5) *b13=#5

TES para alterados híbridos :

1. Tríade maior sobre a NONA aumentada : X7(#9, 5a justa)

2. Tríade maior sobre a SEXTA maior : X7(13, b9)

*Nota: em contextos específicos cabe a repetição do mesmo voicing oitava acima para
reforçar seu efeito (ex. quando se toca montunos, tumbaos ou padrões semelhantes da
musica latina). Vale também usar os vocings básicos apenas na mão esquerda e tocar
“fills” (frases, riffs ou arpejos de preenchimento) nos espaços deixados pela melodia.
Anexos
Anexos
Anexos
Anexos
Anexos
Anexos
Anexos
Anexos
Anexos

MODOS GREGOS

Cada modo tem uma nota característica (ex. o lídio tem a quarta aumentada) e pode
ser comparado com uma escala maior ou menor primitiva, para facilitar sua
montagem.

1.Jônio (a própria escala maior)


2.Dórico – menor com  #6 
3.Frígio – menor com b2 
4.Lídio – maior com #4  
5.Mixolídio – maior com b7
6.Eólio (a própria escala menor primitiva)
7.Lócrio – menor com b2 e b5
Conclusão
No estudo da harmonia, a repetição de conceitos e a execução prática de
exercícios variados são extremamente necessárias para que o
conhecimento seja internalizado. A proposta deste curso é chegar a um
nível de conhecimento avançado, fornecendo ferramentas para o
aprofundamento de cada tópico pela própria aluna, em seu próprio tempo.
As dúvidas surgirão, os termos técnicos serão confusos em algum
momento, mas o que precisamos ter em vista é que sabemos o caminho a
ser trilhado, onde consultar, que exercícios praticar, que foco dar a uma
aula particular, etc. E o mais importante de tudo: somos, sim, capazes de
atuar nas áreas mais avançadas da música com maestria e desenvoltura.

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Este projeto é realizado com recursos do Fundo de Apoio à


Cultura do Distrito Federal.

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