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Abre Alas Jazz Band no show “Quem manda é a deusa música”.

Clube do Choro, 20 e 21 de setembro (quinta e sexta).


21:00 horas
Ingressos: R$ 20 (meia) e R$ 40 (inteira)

A Abre Alas Jazz Band é formada exclusivamente por mulheres. O nome é


uma menção e uma homenagem à primeira mulher brasileira, instrumentista,
compositora, arranjadora, revolucionária, empresária e lutadora pelos direitos
autorais, Chiquinha Gonzaga. O grupo arregimentado por iniciativa do pianista
Renato Vasconcellos reúne representantes de diversos segmentos da comunidade
musical brasiliense: Departamento de Música da Unb, Escola de Música de
Brasília, Bandas Militares, circuito de bares e restaurantes, grupos de jazz e rodas
de choro. Algumas integrantes do grupo mantem carreiras solo, com CD’s
gravados e diversas participações em shows e gravações, em Brasília, no Brasil e
no exterior.

São elas: Thanise Silva (flautas), Diana Mota (flautas e sax), Gabriela Tunes
(flauta), Marina Vanéli (saxes alto e barítono), Isadora Pina (saxes alto e tenor),
Raíza Andrade (trompete e flugelhorn), Liliane Santos (trombone), Marlene Souza
Lima (guitarra e violão), Iara Gomes (piano e teclados), Paula Zimbres (baixo
acústico e elétrico) e Tatá Batera (bateria).

Renato Vasconcellos comenta: “Desde que comecei a lecionar no


Departamento de Música da Unb em 2004, observei que a presença feminina era
minoritária nos meus cursos de harmonia e improvisação e nas práticas de
conjunto também ligadas à improvisação. Passei então a incentivar especialmente
as meninas, tentando reverter a dominância masculina nesse setor da
performance artística. O resultado foi a criação em 2009 do grupo “As Walkírias”
formado por oito instrumentistas mulheres, que acabaram transbordando os
limites da Universidade e ingressando no circuito de shows da cidade, com
apresentações no antigo Clube do Choro e no Projeto Cinema Musical que
acontecia na Academia de Tênis, nos fins de tarde de domingo. Infelizmente o
grupo se desfez mas suas integrantes seguiram suas carreiras, destacando-se num
universo dominado pela presença masculina”.

A Abre Alas Jazz Band vem consolidar o espaço das mulheres na cena
musical brasiliense. Vale a pena citar “Gabriela Tunes e o choro da resistência”;
“Diana Mota e as Irmãs Cajazeiras”; “Marlene Lima Quarteto”; “Iara Gomes e Dois
Cantos”; “Paula Zimbres e grupo”; “Isadora, Raíza e Liliane o Trio Curinga”;
“Isadora, Marina e Liliane, o grupo militar”; “Thanise Silva, A bela e os Barbudos”;
“Tatá Batera, base sólida pra Rubão Lima”.

Renato Vasconcellos comenta ainda: “Em 2010, conheci nos EUA a


contrabaixista Stacey Nash que me presenteou com o livro “Stormy Wheater: The
music and lives of a century of jazzwomen” da escritora americana Linda Dahl. O
texto é resultado de uma pesquisa muito bem conduzida que nos mostra as
agruras femininas no mundo da música, a paixão e a coragem de mulheres que
lutaram (e que continuam lutando) para ver seu talento reconhecido e valorizado.
A partir daí, comecei a sonhar com um cenário musical onde mulheres e homens
fossem parceiros e pudessem construir juntos, um mundo complementar como a
própria essência do feminino e do masculino”.

A Abre Alas Jazz Band caminha com suas próprias pernas. Além de
instrumentistas, Diana Mota, Thanise Silva, Iara Gomes, Paula Zimbres e Marlene
Silva são também arranjadoras e compositoras. O repertório que se ouvirá no
show, viaja do frevo ao funk, da bossa ao carimbó, de Tom Jobim a Dori Caymmi,
de Alcione a Caetano, e tem a assinatura dessas mulheres fantásticas, artesãs do
som e da poesia musical.

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