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Reitor
Isabella de Menezes
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Autor
Adriano de Carvalho
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CARVALHO, Adriano de.
1. Título
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Sumário
Apresentação................................................................................................................... 9
Unidade I – Campo Harmônico Maior ............................................................................ 24
Meta ................................................................................................................... 24
Meta ................................................................................................................... 72
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2.2. Análise Melódica dos Graus do Campo Harmônico
Menor ................................................................................................................ 79
Unidade III – Expandindo as Possibilidades Harmônicas na Tonalidade ....................... 101
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Apresentação
O estudo de Harmonia é considerado um dos principais
fundamentos na formação de todo músico, seja ele um
instrumentista, cantor, professor, compositor, pesquisador,
tanto da área da Música Erudita como da Música Popular.
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abrange o início do Barroco até o final do séc. XIX
e início do século XX.
1
Embora os primeiros estudos sobre Harmonia Funcional sejam de responsabilidade do
musicólogo alemão Hugo Riemann (1849-1919), e data de 1887 seu Handbuch
Harmonielehre, onde discorre sobre funções tonais e sobre a dinâmica do funcionamento
do sistema tonal pela ótica da funcionalidade exercida pelos acordes e pelas estruturas
intervalares. Ou seja, mais de vinte anos antes da publicação da primeira edição de
Harmonielehre – considerado o principal estudo sobre Harmonia já escrito, do
compositor austríaco, pai do dodecafonismo, Arnold Schoenberg.
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Além disso, não pretende lançar mão de uma discussão em
torno do que venha a ser Música Popular ou Música Erudita
(ou Clássica). Interessa-nos mais saber o que essa música tem
de Tonal a tentarmos achar razão em conceitua-la como
Popular.
ARRANJO
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Neste curso, o conceito que utilizaremos sobre arranjo é bem
mais amplo ao que se refere exclusivamente à prática da
escrita de uma determinada melodia para diferentes vozes , a 2
2
Aqui o conceito de vozes se refere à linha melódica de qualquer
instrumento e não somente à voz humana.
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No jargão entre músicos populares, uma “gig” significa uma apresentação,
geralmente com um caráter mais informal.
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arranjo elaborado previamente, o arranjador (ou arranjadores)
tem mais tempo de selecionar e avaliar as ideias concebidas
previamente, possibilitando a criação de um trecho musical
com conteúdo artístico valoroso.
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inusitado, interessante. Mas, sem dúvida alguma, é algo quase
inconcebível.
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conhecemos do repertório popular, distanciando-se de seu
caráter “erudito”.
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relação. Interessamo-nos muito pouco o West End Blues como
música ou composição; o que conta, acima de tudo, é a
maneira como Armstrong a interpretou. Além disso, somos
obrigados a especular sobre as centenas de vezes em que ele
a executou, nenhuma das quais, exatamente igual à
precedente, algumas inferiores à gravação, outras talvez mais
inspiradas. A improvisação jazzística constitui “trabalho em
andamento”, e deve levar o historiador de jazz a pensar que
certos artistas jamais fizeram a melhor execução de uma
determinada peça em um estúdio de gravação.” (SCHULLER,
G. 1968, p. 12)
IMPROVISÇÃO
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música, não está escrita na partitura. Ou seja, ele o
faz de forma improvisada. E, muito possivelmente,
a mesma música tocada por outro violonista terá
um acompanhamento diferente. Até mesmo as
aberturas dos acordes, que normalmente são
escritos com cifras, são interpretadas de maneiras
muito diferentes de um músico para outro, além
do fato de ser possível se utilizar mais de uma
abertura para uma mesma cifra.
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No caso de mais de um instrumento tocando em uníssono a melodia, todos devem tocar
da mesma maneira, sem improvisação.
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compara à maneira como a improvisação é tratada no âmbito
da Música Popular. Por mais diferença que exista entre
diferentes interpretações de uma orquestra ou de um grupo de
câmara, a partir da regência de diferentes maestros e com
diferentes músicos, todos tocarão as notas escritas na
partitura. Em nenhum momento, alguém fará uma intervenção,
fazendo uma frase diferente, que não esteja prevista na
composição.
Escrita
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também surgiram desta maneira? Sim! Mas, a importância que
a escrita musical teve para o próprio desenvolvimento da
Música Clássica Ocidental não se compara em relação ao que
aconteceu na Música Popular.
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andamento, que na grande maioria dos casos, não vem escrito
(e, na verdade, acho que não devem ser escritos mesmo!). Um
grupo de “Jazz” que se propõe a tocar estes temas, tal qual
estão escritos no “Realbook”, estará tocando outro estilo
musical, menos Jazz.
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Enfim, em minha opinião, sempre que tratamos de assuntos
relacionados à Prática da Música Popular, devemos fazê-lo à
luz destes três aspectos. Dessa forma, acredito ser possível
atenuar a distância entre o conteúdo teórico exposto e sua
efetiva concretização prática – que pode acontecer de
inúmeras formas.
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começaram a ser exportados para outros lugares,
principalmente por alunos estrangeiros, muitos dos quais
brasileiros, inclusive. Todo esse material começou a sofrer
modificações, a partir de diferentes interpretações, a até
mesmo, traduções não tão precisas do texto. Além disso,
buscou-se adaptar essa metodologia à realidade musical de
cada cultura. Essa situação gerou uma proliferação de
diferentes nomenclaturas, definições, conceitos e teorias sobre
os diversos aspectos da estruturação musical na Música
Popular. E, no que tange à Harmonia, não foi diferente.
Bons estudos!!
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Unidade I – Campo Harmônico Maior
Meta
Popular.
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1. Campo Harmônico Maior
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Maior. Podem ter uma configuração Triádica - quando
formados por Fundamental – Terça – Quinta de cada nota da
escala, ou Tetrádica - quando além da tríade básica, também
se sobrepõe mais um intervalo de terça ao acorde,
introduzindo a sétima a cada um dos graus da escala.
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Maior, a tríade formada sobre a segunda nota da escala, no
caso a nota ré, não será ré – fá# - lá. E sim, ré – fá – lá. Isso
ocorre porque, as notas utilizadas na construção de todas as
tríades de uma escala, obrigatoriamente deverão ser da
própria escala . 5
5
Nesse caso as tríades recebem a denominação de Tríades Diatônicas.
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Analisando cada uma das tríades formadas a partir dos graus
GRAUS TRÍADE
I – IV – V MAIOR
II – III – VI MENOR
VII DIMINUTA
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Como foi dito, essa maneira particular de estruturarmos os
acordes sobre uma determinada escala, já traz alguns
desdobramentos importantes que nos ajudarão a
compreender relações harmônicas um pouco mais complexas.
O fato de enumerarmos cada nota da escala, e
estabelecermos uma unidade harmônica para elas, já cria
certa independência para cada nota. Até então, a relação
melódica tinha como principal referência - a tônica da escala,
no caso do exemplo, a nota dó. Agora, cada uma das notas da
escala pode ser interpretada como a possível tônica de um
acorde específico. É evidente que todos os acordes guardam
uma estreita relação com o tom principal. Porém, não
podemos considerar o Campo Harmônico como um sinônimo
de Tonalidade. Mas é no CH que encontramos o conjunto de
acordes que se relacionam diretamente à tonalidade em
questão.
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tonalidade se define, pois nele encontramos as relações
harmônicas principais da Tonalidade.
Letra Nota
A Lá
B Si
C Dó
D Ré
E Mi
F Fá
G Sol
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Em alguns países germânicos pratica-se uma variação deste sistema onde a letra B
representa a nota Si bemol. Nesses casos, adota-se a letra H para representar a nota Si
natural.
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O uso das cifras na representação de acordes necessita da
utilização de outros termos e símbolos que nos possibilitam
distinguir as diferentes possibilidades de construção de uma
tríade.
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Ex. C
Dó Aumentado Dó Diminuto
C+ C
C aum C dim
C (#5) C (b5)
C aug 7
7
Aug – Abreviação de aumentado em inglês – augmented. Note que no caso da tríade
diminuta a abreviação “dim” serve para ambos os idiomas - diminuto em português e
diminished em inglês.
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1.1.1. Campos Harmônicos Maiores – TRÍADES
I II III IV V VI VII
C Dm Em F G Am Bdim
G Am Bm C D Em F#dim
D Em F#m G A Bm C#dim
F Gm Am Bb C Dm Edim
Bb Cm Dm Eb F Gm Adim
Eb Fm Gm Ab Bb Cm Ddim
Ab Bbm Cm Db Eb Fm Gdim
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1.2. Campo Harmônico sobre a escala de Dó
Maior – Tétrades
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Nesse caso as tétrades recebem a denominação de Tétrades Diatônicas.
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Tétrades Diatônicas sobre a escala de Dó Maior
GRAUS TÉTRADE
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Outras possibilidades de Cifragem:
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1.2.1. Campos Harmônicos Maiores –
TÉTRADES
I II III IV V VI VII
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Em termos práticos, utilizamos os acordes do Campo
Harmônico para criar progressões de acordes que geralmente
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9
Sucessão organizada de acordes que não obedece necessariamente a um mesmo padrão.
(RAMIRES, Marisa – Harmonia: Uma Abordagem Prática. 2ª ed. São Paulo: edição dos
autores, 2010. v.1 p. 161).
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Ver aula sofre Funções Harmônicas.
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Em outros casos, você pode encontrar duas ou três
progressões distintas.
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Exemplos de Progressões Harmônicas:
I–V
I – II
I – IV
IV – V – I
II – V – I
I – IV – V – I
I – IV – II – V
I – VI – II – V
I – VI – IV - V
I – V – VI – IV
I – II – III – II
I – III – IV - V
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A compreensão dos diversos fenômenos musicais,
principalmente no que tange à Música Tonal Ocidental, nos
remete diretamente a princípios físicos da Acústica. Segundo
Almada, o estudo da Harmonia tem uma importância capital
nesse sentido uma vez que, segundo o autor, “... as
consequências do pensamento acústico são da maior
magnitude possível. Ou seria mais apropriado dizer que é a
Harmonia, numa acepção mais ampla, que engloba o conceito
da Tonalidade, justamente a principal consequência e a
aplicação direta da série harmônica”. (Almada, 2009).
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um contexto tonal. Para que isso seja possível, é preciso que,
ao menos, o confrontemos com outro acorde, para que se
estabeleça essa relação. É a partir deste princípio que
emergem as Funções Harmônicas.
11
A partir de 1950, iniciou-se nos Estados Unidos, uma prática composicional cuja
principal característica era justamente a elaboração de harmonias estáticas. Eram
comuns composições com harmonias baseadas em dois ou três acordes. Este tipo de
composição se contrapôs às práticas musicais do período anterior, o Bebop, onde as
harmonias eram complexas e executadas em andamentos muito rápidos. Este novo
conceito musical teve como precursor o trompetista Miles Davis. A criação desta nova
concepção harmônica de nada interfere nos conceitos apresentados sobre a
necessidade de movimento harmônico para a emancipação da tonalidade, uma vez que,
como o próprio nome dado a este período nos mostra – Modal Jazz, as relações
harmônicas possuem um estreito vínculo com características modais de composição,
distanciando-se das apresentadas, inerentes ao Sistema Tonal.
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progressões harmônicas12, ou seja, encadeamentos de
acordes que, de acordo com o próprio termo, progridem ao
longo da peça direcionando os caminhos harmônicos da
composição.
12
Ver “processo cadencial” e “condução de uma sucessão de acordes”. ZAMACOIS, J.
Tratado de Harmonia. op.cit. 1º volume p.128.
13
“A primeira nota de uma escala e que a esta dá o nome, como centro de convergência
de toda a dinâmica da tonalidade”. – BORBA, T. e GRAÇA, F. L. – Dicionário de
Música. Ed. Cosmos 1962.
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sintetiza, resume a tonalidade”. Além disso,
podemos atribuir essa qualidade ao acorde
formado sobre essa nota, como foi visto no
capítulo sobre tríades.
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Ao tocarmos uma escala maior, quando chegamos ao sétimo
grau da escala, sentimos uma forte sensação de instabilidade , 14
14
Nesse caso, chamamos o VII grau da escala de sensível da escala ou da tonalidade.
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Em seu Tratado de Harmonia, Arnold Schoenberg
defende a importância da Função Tônica frente à
função Dominante. Segundo o compositor, a partir
da ideia de que o I grau aparece como
consequência do V, afirma que nada pode ser
causa de um fenômeno e ao mesmo tempo, efeito
desse mesmo fenômeno (Schoenberg, 1999 p.77).
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Outro aspecto importante nessa relação é o fato de que,
embora exerçam papéis que se contrapõem, a instabilidade e
o senso de movimento gerado pela função Dominante só é
“resolvido” sobre a função Tônica. Essa força de atração pode
ser explicada a partir da Acústica e da Série Harmônica. Assim
sendo, poderíamos concluir que, uma sequência Harmônica
que só utiliza acordes destas duas funções não dá a sensação
de que a harmonia realmente está em movimento. Isso
acontece porque a função Dominante nos remete diretamente
à função Tônica, ou seja, saímos de uma acorde e nos
dirigimos a outro que nos remete ao acorde inicial. É evidente
que falta um elemento crucial nessa relação. O aspecto da
“novidade”, o “diferente”, “contrastante”. Chegamos então à
função Subdominante. É ela a responsável por causar o efeito
de contraste e de afastamento da Tônica, possibilitando ao
Sistema Tonal uma incrível riqueza de possibilidades
harmônicas. Dessa forma, temos o ciclo completo, onde
podemos claramente estabelecer uma relação completa de
movimento.
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A partir da relação destas três funções surge uma das
principais cadências harmônicas do Sistema Tonal, também
conhecida como Cadência Completa: Subdominante –
Dominante – Tônica.
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Funções Harmônicas
Graus Graus
Função Características
Principais Secundários
Estabilidade: não
promove
Tônica I III – VI movimento;
relaxamento;
chegada.
Contraste:
afastamento,
diferença,
características de
Subdominante IV II tônica de outra
tonalidade sem
que haja,
necessariamente,
uma modulação.
Preparação:
promove o
Dominante V VII movimento,
tensão,
instabilidade.
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Experimente tocar uma escala de Dó Maior sem
nenhum acompanhamento, somente as notas da
escala. Depois, toque novamente a escala,
harmonizando de acordo com o exemplo abaixo:
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inusitado. Quando chegamos à nota sol, temos novamente a
sensação de instabilidade, com a necessidade de
continuarmos o movimento. A resolução desse movimento é
atrasada ao nos direcionarmos para a nota lá, que nos afasta
mais uma vez da referência da tônica, mas que, ao chegarmos
à nota si, reavemos essa vínculo, mais uma vez por uma
sensação de tensão cuja resolução se estabelece ao tocarmos
a nota dó.
51
harmônico que se estabeleça, a percepção e a compreensão
teórica dessa relação inicial devem ser amplamente
estudadas.
Tonalidades Maiores I IV V
Dó C F G
Sol G C D
Ré D G A
Lá A D E
Mi E A B
Si B E F#
Fá# F# B C#
Dó# C# F# G#
Fá F Bb C
Sib Bb Eb F
Mib Eb Ab Bb
Láb Ab Db Eb
Réb Db Gb Ab
Solb Gb Cb Db
Dób Cb Fb Gb
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A combinação destas três funções, em forma de
encadeamento de acordes, originou a uma das principais
cadências do Sistema Tonal, a cadência Subdominante –
Dominante – Tônica (também conhecida como cadência
Completa). Essa progressão de acordes proporciona um
sentido completo de movimento harmônico. A saída de uma
região afastada do centro tonal para a região da tônica,
reafirmando o centro tonal principal, intermediada pelo acorde
responsável pela aproximação e estabilidade da tonalidade – o
acorde dominante.
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A cadência II – V – I é de grande importância para o estudo da
Harmonia na Música Popular, uma vez que representa um
importante recurso harmônico de preparação.
harmônicas.
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Dessa forma, podemos classificar as funções a
55
Obs. A partir de agora trabalharemos sempre a partir da
construção de acordes de quatro notas – Tétrades. Porém,
todas as características estudadas também podem ser
aplicadas às tríades.
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formação básica do acorde, mas que podem ser utilizadas
como parte da estrutura do grau, e não comprometem sua
característica funcional. E, por fim, temos uma nota que possui
restrições quanto à sua utilização e não deve ser empregada
como parte estrutural deste grau.
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acorde, no encadeamento harmônico, são analisadas a partir
de uma perspectiva melódica e não harmônica.
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I – C; C7M; C7M/9; C7M/6; C6/9; C(add9); C7M/6/9; C6
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assunto costumam identificar os graus por seu correspondente
nos conhecidos “modos gregos” (I – modo jônio; II – modo
dórico; III – modo frígio; IV – modo lídio; V – modo mixolídio; VI –
modo eólio e VII – modo lócrio).
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Assim sendo, um acorde de II grau em Dó Maior, pode ser
cifrado, considerando-se todo o seu potencial harmônico e
respeitada sua classe funcional, das seguintes formas:
61
grau admite, por exemplo, a construção de um acorde do tipo
Em7/b6 . 15
15
Note que, nesse caso, o bemol antes do intervalo 6 indica que o intervalo está meio tom
abaixo de sua forma natural na escala maior – 6ª maior, e não que, necessariamente, a
nota deva ser bemolizada.
16
Do inglês – grupamento, aglomerado. Se refere aos acordes formados por intervalos de
2ª.
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cifra o acorde da seguinte maneira - Em7/#5. Nesse caso, o
acorde seria escrito dessa forma:
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acordes de III grau podem ser substituídos pelo I grau. O
contrário também é possível, com exceção da cadência final.
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As cifragens possíveis que representam esse grau são:
V – G7 – função Dominante
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A exceção acontece quando o acorde se tratar de um Vsus4. O
acorde “sus4” é caracterizado pela ausência da terça em
detrimento à quarta do acorde. Sua origem se remete a um
procedimento cadencial muito utilizado na harmonia
tradicional conhecido como cadência I - V - I. Geralmente é
utilizado na cadência V7sus4 – V7 – I, onde a quarta do primeiro
acorde se resolve na terça do acorde do V grau por movimento
descendente de meio tom – quarta apojatura . Nesse caso, 17
17
A apojatura é uma nota estranha ao acorde cuja tensão é resolvida por
movimento de grau conjunto descendente. No caso da quarta apojatura,
esta nota é resolvida na terça do acorde. Paul Hindemith. Harmonia
Tradicional. São Paulo, Ed. Vitale – São Paulo 1949.
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Sus, essa nota dá lugar à 4ª, assumindo características de um
acorde Subdominante. Uma interpretação mais coerente do
acorde seria o analisarmos na função Subdominante, porém
com o baixo em pedal de Dominante. Essa análise pode ser
facilmente justificada a partir de critérios práticos. Toque uma
sequencia de acordes G7sus4 – C e depois F –C e G – C. Tente
perceber qual cadência se assemelha mais à cadência que
utiliza o acorde Sus.
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Sobre o VI grau do Campo Harmônico a nota restrita será a 6ª
menor do acorde, ou seja, novamente a nota fá, uma vez que
este acorde também pertence à função Tônica.
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A relação que se estabelece entre um acorde Dominante e sua
resolução na Tônica é única. Ou seja, não existem dois
acordes Dominantes para uma mesma Tônica. Isso quer
dizer que, quando dizemos que um acorde possui função
Dominante, é porque ele é o próprio acorde Dominante! Há
outros acordes que podem criar diferentes situações
harmônicas que também remetam à resolução no I grau. Mas
o tipo de preparação criada na cadência de um acorde
Dominante e sua respectiva resolução, não deve ser
confundido nesses diferentes casos. Assim sendo, o acorde do
VII grau do Campo Maior nada mais é do que o próprio acorde
Dominante, no caso o acorde de G7, apresentado na forma de
um acorde meio-diminuto.
69
Em termos práticos, conhecer o potencial melódico-harmônico
de cada grau do Campo Harmônico possibilita diversas
situações relacionadas à prática da Música Popular. Uma vez
que, em cada grau, você tem apenas uma nota que gera
conflitos de função, e, nesse caso, deve estar tratada, um
mesmo acorde possibilita diversas construções possíveis. Tais
recursos podem ser amplamente explorados na prática
composicional, arranjo e improvisação.
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71
Unidade II – Campo Harmônico Menor
Meta
Estudo das principais relações harmônicas no Modo Menor a
partir do estudo do Campo Harmônico e suas implicações em
relação a aspetos de arranjo, improvisação e escrita na Música
Popular.
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2. Campo Harmônico Menor
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ou outra escala é de razões estéticas relacionadas a diferentes
gêneros e períodos musicais. Dessa forma, na construção do
Campo Menor, trabalharemos com todas as possibilidades
concomitantemente.
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Estrutura Formal do Campo Harmônico Menor
VII7
Im7 IIm7(b5) IIImaj7 IVm7 Vm7 VImaj7
#VIIº
Im(maj7) IIm7 IIImaj7(#5) IV7 V7 #VIm7(b5)
#VIIm7(b5) 18
18
O sustenido antes do VI e VII graus simboliza a alteração ascendente sofrida pela
escala menor melódica e menor harmônica respectivamente, e não necessariamente ao
emprego de um acorde com essa alteração.
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A principal observação em relação aos acordes dessa função
está na presença do acorde #VI - F#m7(b5) nessa função. Ou
seja, um acorde meio-diminuto originado da escala menor
melódica. Mais detalhes sobre este acorde serão estudados ao
longo da Unidade.
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Função Dominante: Acordes encontrados sobre os graus V e
VII. Devido às diferentes configurações que este acorde pode
apresentar dentro de um mesmo grau do campo, de acordo
com sua escala de origem (natural, melódica ou harmônica),
são necessárias algumas observações para cada situação. A
primeira delas diz respeito ao acorde encontrado sobre o V
grau da escala menor natural, no exemplo, Em7. Este acorde
fica excluído da função de acorde Dominante por se tratar de
um acorde menor, o qual não supre as necessidades de um
acorde desta função. Além disso, este acorde não contém a
sensível da tonalidade – no caso a nota sol#. Assim, serão
considerados acordes Dominantes, somente os acordes
construídos sobre o V grau das escalas menores - harmônica e
melódica. Novamente originado da escala menor natural, o
acorde construído sobre o VII grau desta escala, embora se
tratando de um acorde maior com sétima menor (G7), também
será excluído da função de acorde dominante no modo menor.
As razões se assemelham às descritas anteriormente uma vez
que este acorde também não possui a sensível da tonalidade
em sua formação. Tomando como exemplo a tonalidade de Lá
menor, o acorde G7 não possui a nota sol#. Outra razão pela
qual desconsideraremos este acorde da função dominante é
que, embora este acorde se apresente como um dominante
em sua estrutura formal – acorde maior com sétima menor, o
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trítono deste acorde direciona sua resolução ao acorde
encontrado sobre o III grau do Campo Menor, equivalente ao I
grau do Campo Harmônico Relativo Maior. Embora este
acorde também faça parte da função tônica no Campo Menor,
ao promovermos o movimento entre o acorde VII7 – III corre-se
o risco de mudar o foco tonal, porque este movimento
potencializa a resolução no acorde do III grau graças ao
acorde dominante que o antecede. Desta forma o movimento
VII7-III pode ser interpretado como uma sequência V7 – I da
tonalidade relativa maior.
78
Função Acordes
79
será feita a partir de cada escala, pois nos interessa o conjunto
de notas disponíveis ao acorde.
80
uma acorde menor, sem que haja restrições funcionais. Isso
propicia a seguinte situação:
81
Popular com muito mais frequência do que acordes do tipo
Im7 ou Im(7M). Além disso, sempre poderemos optar pelo uso
simplesmente da tríade – Im, o que no modo menor funciona
muito bem.
Bm7(b5)
82
Nesse acorde, a nota restrita será o sol#. Por se tratar da
sensível da tonalidade, quando essa nota é utilizada
concomitante à nota fá, cria-se uma tétrade diminuta com as
notas sol# - si – ré – fá, caracterizando um acorde de função
Dominante. Além disso, essas duas notas sol# e fá
apresentam-se como sensíveis da fundamental e da 5ª do
acorde do I grau – sol# resolve em lá e fá se resolve em mi.
Assim sendo, caso essa nota seja empregada sobre este grau,
deverá estar tratada. As demais extensões não criam nenhum
problema funcional.
83
Disponível em:
http://www.youtube.com/watch?v=E9VBwySZmzw
Bm7
84
nota sol natural. Justamente por isso, que, na construção do
Campo Harmônico, essa opção foi descartada nos acordes do
VII grau. Assim sendo, já que estamos utilizando a nota fá# no
acorde, a nota sol natural passa a ser a restrição ao acorde.
Bm7 – E7 – A
Bm7 – E7 – Am
85
Assim sendo, quando queremos deixar claro, desde o início da
cadência, que a preparação está sendo feita para um acorde
menor, a melhor opção é utilizarmos o acorde meio-diminuto,
uma vez que esse tipo de acorde, na posição de II grau, é
originado no Campo Harmônico Menor.
Disponível em:
http://www.youtube.com/watch?v=702S-ogETVE
86
III – C7M / C7M(#5)
87
análise passa a ser feita como I grau da tonalidade relativa
maior e não III grau de Lá menor.
88
IV – Dm7 / D7 – função Subdominante
Dm7
89
A observação aqui é o fato de que, este acorde representa a
função Subdominante no modo menor. Ou seja, trata-se da
Tônica da Subdominante. Por isso, podemos considerar
válidas para este acorde, algumas situações feitas ao acorde
do I grau. Por exemplo, em relação ao uso da 7ª menor no
acorde. Como já foi dito, este intervalo resolver. Nesse caso,
também podemos fazer uso da extensão 6ª maior (extensão
disponível) quando desejarmos incluir uma dissonância ao
acorde, mas evitarmos a sensação de continuidade do
movimento provocado pela 7ª menor.
D7
90
Porém, a principal observação sobre este acorde é o fato de
que, o IV grau do Campo Harmônico Menor, inaugura a
possibilidade de termos um acorde de tipologia – Maior com
Sétima Menor, e não pertencer à função Dominante, e sim, ser
de função Subdominante.
91
escalas utilizadas na improvisação desse estilo, percebe-se
facilmente a recorrência da 4ª aumentada no acorde.
V – E7 – função Dominante
92
Quanto às suas extensões disponíveis, temos a seguinte
situação - o acorde Dominante no Modo Menor introduz os
intervalos de 2ªm e 6ªm no acorde. Isso faz com que, quando
utilizamos um acorde Dominante com alguma dessas
extensões, a resolução natural será em um acorde menor. Isso
acontece porque estas notas foram originadas no modo menor
e são notas naturais desta tonalidade. Em alguns casos, na
cifragem do acorde, a 6ª menor é enarmonizada pela 5ª
aumentada para se evitar a 5ª justa. Além disso, é muito
comum observarmos no repertório, acordes Dominantes com
9ª aumentada resolvendo em acordes menores. Essa relação,
também pode ter uma explicação que tem origem no Campo
Menor. Podemos verificar na escala que representa este
acorde que a nota sol natural faz parte da escala. Como o
acorde já possui o sol#, podemos especular que, se
considerarmos a nota sol uma extensão disponível, ela será
enarmônica de fá dobrado sustenido – 9ª aumentada do
acorde. Ou seja, embora a situação descrita possa ser
entendida como uma mera especulação, o fato é que, essa
sonoridade já se apresenta na escala do acorde e pode
justificar a relação de acordes dominantes com 9ª aumentada
tenderem a resolver em acordes menores.
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mesma ambiguidade com o modo maior observada no II grau.
E7/9 pode preparar o acorde de Am e também de A. Caso o
objetivo seja deixar clara a preparação para um acorde menor,
a 9ª menor ou aumentada se mostram como melhores
opções.
94
Assim sendo, é equivocado dizermos que o acorde de E7(b9)
em Lá menor é um acorde alterado. Já, se este acorde
aparecer na tonalidade de Lá Maior, essa definição ganha
sentido, já que em Lá Maior a nota fá (nona do acorde de E) é
sustenida e não natural.
95
acorde. Por exemplo, uma cadência S – D – T, pode ser
apresentada pelos graus:
II – V – I
IV – V – I
VI – V – I
Nesse caso, como o acorde utiliza a nota fá#, a nota sol natural
não pode ser considerada parte estrutural deste acorde.
96
Até então, o acorde meio-diminuto apareceu em duas
situações distintas – VII grau do modo maior, e nesse caso de
função dominante e II grau do modo menor, de função
Subdominante. A partir de agora, cria-se uma nova
possibilidade de utilização deste acorde onde, ele não terá
como objetivo a preparação de nenhum acorde, nem fará
parte de uma cadência II – V – I no modo menor.
97
função Dominante, na verdade, é porque este acorde é o
próprio Dominante, apresentado com as notas organizadas de
outra maneira.
98
Isso faz com que o acorde seja cíclico, ou seja, a cada três
intervalos de terça menor, retornamos à fundamental do
acorde:
G#º Bº Dº Fº
99
100
Unidade III – Expandindo as Possibilidades
Harmônicas na Tonalidade
Meta
101
3. Dominantes Secundários
19
SCHOENBERG, Arnold. Tratado de Armonía. Real Musical.
102
Dominantes Secundários no Modo Maior
103
original – I grau do Campo. Para que ele assuma a função
dominante, é necessário acrescentar a sétima menor ao
acorde em detrimento da sua sétima maior. Ao promovermos
este movimento melódico (sétima maior – sétima menor),
atribuímos ao acorde características necessárias para que este
assuma o papel de acorde dominante do IV grau.
104
Dominantes Secundários no Modo Menor
Ex. Am
Dominante
Grau do Campo Acorde
Secundário
II Bm7/Bm7(b5) F#7
III C7M/C7M(#5) G7
IV Dm7/D7 A7
V E7 B7
VI F7M C7
105
resolutivo. Dessa forma, podemos por um momento,
estabelecer um parentesco de dominante-tônica entre estes
acordes, bem como nos valer do potencial harmônico destes
graus para, além de modificarmos a cadência original, atribuir
a estes acordes novas configurações harmônicas.
Ex. Dó Maior
106
das notas da escala. No caso do D.S. do IV grau, a alteração é
a sensível modal da escala e sua resolução é descendente.
107
subdominantes que serão representados pelas
108
Ex. Dó Maior
Cadência original:
I Cmaj7 I % I Dm7 II
Dominante Secundário:
I Cmaj7 I A7 I Dm7 II
II - V Secundário:
Dominantes Substitutos
109
meio tom acima do acorde de resolução. Sua estrutura se
configura também em um acorde maior com sétima menor.
110
Falamos anteriormente que, a relação Dominante – Tônica é
única. Assim sendo, quando utilizamos um acorde Dominante
Substituto, não podemos interpretá-lo como um novo acorde
Dominante. Se fosse assim, o acorde de Db7 seria dominante
de Gb7M. Assim sendo, todo acorde Dominante Substituto
nada mais é do que uma extensão do próprio Dominante! Ou
seja, quando ouvimos a preparação SubV7 – I, ouvimos uma
relação Dominante – Tônica com uma linha de baixo
cromática. Nesse caso, o acorde dominante fica configurado
como um acorde com 7ª e 9ª menor – respectivamente a 3ª e
a 5ª do SubV7.
111
Outro aspecto importante em relação a esse acorde dia
respeito à escala originada a partir dele.
112
A argumentação utilizada para se associar esta escala aos
acordes Dominantes é a de que, como o dominante é
responsável por gerar tensão e instabilidade harmônica para a
resolução, ele possibilita a utilização de escalas que
contenham muitas dissonâncias. É o caso da escala alterada.
Porém, a grande maioria dos textos sobre o assunto não indica
qual a relação harmônica que existe ao se trabalhar com a
escala alterada. Além disso, essa metodologia implica no
estudo de uma série de escalas diferentes em todas as
tonalidades, o que, por si só, já seria uma tarefa extremamente
complicada. Justamente por isso, poucos alunos conseguem
chegar na aplicação prática de tais conhecimentos.
113
Além disso, se a relação harmônica é verdadeira, então a
escala alterada nada mais é do que a escala natural do acorde
Db7. Ou seja, para construirmos uma Escala Alterada, basta
montarmos a escala natural do acorde SubV7. Nesse caso, o
próprio acorde já nos dá quatro notas da escala – T – 3M – 5J –
7m. As demais notas sempre serão as mais diatônicas ao
acorde, no caso a 2ª Maior e a 6ª Maior. A exceção acontece
sobre o intervalo de 4ª, que, ao invés de ser de 4ª justa será de
4ª aumentada. Isso acontece, pois, como vimos que o acorde
de Db7 nada mais é do que o próprio acorde de G7, com a voz
do baixo resolvendo cromaticamente, se optássemos pela
4ªJusta, teríamos a nota Solb ou Fá# - 7ª Maior do acorde de G.
Dessa forma, a 4ª Aumentada de Db7 nada mais é do que a
própria fundamental do acorde de G7.
114
Assim como foi visto nos acordes Dominantes Secundários a
importância da cadência II – V – I no processo de preparação e
resolução harmônica, no caso dos acordes Dominantes
Substitutos este recurso também se mostra disponível e
aplicável. Dessa forma, além de precedermos o acorde de
resolução por seu Dominante Substituto, também podemos
acrescentar o seu respectivo II grau cadencial – Abm7 – Db7 –
Cmaj7. Nesse caso, o acorde correspondente ao II cadencial é
simplesmente um desdobramento do próprio SubV7, e só
poderá ser usado no mesmo espaço de tempo que o próprio
SubV7.
Dm7 G7 C7M
Dm7 Db7 C7M
Dm7 Abm7 Db7 C7M
115
E não:
20
Cadência utilizada no final de uma composição em modo menor, cuja resolução
acontece sobre um acorde Maior. Também chamada de “Terça de Picardia”
116
OBS – Veremos que, o conceito introduzido pela
Cadência de Picardia na Música Tonal poderá ser
expandido com as diferentes relações que se
estabelecerão entre os Campos Harmônicos
Homônimos.
117
diferente nota do acorde, aumentaremos significativamente a
potencialidade de preparação deste acorde. Por exemplo, o
acorde G#º. Se considerarmos que a nota sol# é a 3ª do
dominante correspondente, chegaremos no acorde E7. Como
o acorde encontrado sobre o V grau de um Campo Maior tem
a mesma configuração no Campo Menor (E7=V7 de Lá Maior /
E7=V7 de Lá Menor), concluímos que um mesmo acorde
dominante pode se resolver tanto no modo maior como no
modo menor. Desta maneira, o acorde G#º, enquanto
substituto de E7, tem sua resolução tanto em A com em Am.
Todavia, se imaginarmos que o acorde foi formado a partir da
5ª de um dominante, este representará o acorde de C#7, e sua
resolução se dará nos acordes de F# ou F#m. Podemos ainda
interpretar este acorde partindo da 7ª do dominante, no caso o
acorde de Bb7 (a nota sol# foi enarmonizada para láb) e sua
resolução será nos acordes Eb ou Ebm. Finalmente,
posicionando-o sobre a 9ª menor, chegaremos em G7
(enarmonizando sol# para láb) que é o dominante dos acordes
C ou Cm. Em suma, concluímos que um mesmo acorde
diminuto possui oito diferentes possibilidades de resolução, as
quais, como se pode observar, sempre estão meio tom acima
de uma das notas constituintes do acorde. Assim, podemos
considerar que cada nota do acorde diminuto pode ser
118
encarada como sensível do acorde de resolução de um acorde
maior ou menor (sol# - lá, si – dó, ré – mib, fá – solb).
119
Como os acordes são simétricos – G#º = Bº = Dº = Fº, podemos
dizer que, qualquer um destes acordes pode resolver em – A,
Am, F#, F#m, Eb, Ebm, C e Cm – 8 possibilidades!
120
alguns procedimentos que se tornaram “clichês” harmônicos. É
o caso, por exemplo, do chamado – acorde diminuto de
passagem ascendente. Assim como é definido por sua
nomenclatura, trata-se de um acorde diminuto cuja
fundamental faz um movimento cromático ascendente para o
acorde de resolução.
121
3.1. Acorde diminuto na função subdominante
Por exemplo:
Eb como 3ª – Cb7 ou B7
Eb como 7ª – F7
Eb como 9ª menor – D7
122
primeiro momento, analisar o acorde como Dominante
Secundário do V – Dominante da Dominante. Porém, a
principal característica e objetivo de um acorde dominante da
dominante é fortalecer a chegada no V grau. Assim sendo, não
se justifica a utilização deste acorde se o acorde Dominante
não aparecer na cadência após sua respectiva preparação. E é
o que observamos na cadência. O acorde de G7 não é
utilizado.
123
Veja o exemplo da bossa nova Wave do
compositor Tom Jobim:
124
3.2. Acorde diminuto na função Cromática
Ex – Cº - C
Ex. Dm7 I G7 I Cº C II
125
3.3. Escala Diminuta
Ex: Cº
126
Como foi visto anteriormente, o acorde diminuto
por se tratar de um acorde simétrico, possibilita
que cada uma de suas notas seja interpretada
como uma possível fundamental do acorde. E, por
sua vez, toda fundamental possui uma sensível
respectiva. Assim sendo, a escala diminuta nada
mais é do que, o próprio arpejo diminuto com suas
respectivas sensíveis.
127
3.4. Escala Dominante Diminuta (Dom Dim)
Por exemplo: G7
128
Grosso modo, a escala Domdim é mais uma
opção que se dá ao relacionarmos possíveis
escalas para se trabalhar sobre um acorde
Dominante, em situações de arranjo, improvisação
e composição. Porém, ao pensarmos
especificamente na relação da escala com o
acorde, poderíamos nos deparar com a seguinte
situação. Ao compararmos a escala Domdim com
a escala Alterada verificamos que há somente
uma nota diferente nas duas escalas – no caso da
alterada a 6ªm ou 5ªaum e na DomDim a 6ªM.
129
Imagine uma situação em que você tenha que
estudar e memorizar, em todos os tons, as escalas
alteradas e dominantes diminutas, sendo que,
efetivamente, só há uma nota diferente entre elas!
Ou seja, é um caso onde, possivelmente, a teoria
não terá uma efetivação prática do conteúdo.
130
Pois bem, se essa relação á verdadeira, isso quer
dizer que também podemos fazer o raciocínio
inverso. Por exemplo:
G#º - Bº - Dº - Fº
E7
G#º Bº Dº Fº
E7 G Bb Db
131
Da mesma forma que G#º - Bº - Dº - Fº estão para o acorde de
E7, os acorde de G – Bb – Db, também estão. Assim, voltando à
escala alterada, embora foi possível observar que, do ponto de
vista melódico a diferença é de apenas uma nota, do ponto de
vista harmônico, são coisas completamente diferentes.
Dm7 I G7 I C7M
Dm7 I G7 I C7M
Dm7 I G Bb Db E I C7M
132
Por exemplo:
(G) sol – si – ré
(Bb) sib – ré – fá
(E) mi – sol# - si
133
Ouça a composição Just Squeeze Me de Duke
Ellington na versão do guitarrista Barney Kessel, e
veja como o músico faz uso dos acordes maiores
em terças menores.
http://www.youtube.com/watch?v=GlE0VSavoUo
134
possa ser utilizada em acordes maiores com 7ª menor sem
função Dominante.
135
Bibliografia
136
BAKER, David. How to Learn Tunes. New Albany – Aebersold,
1997.
137
HENDERSON, Scott. Jazz Guitar Chord System: The Essential
Guide to Jazz Chord Voicings & Substitutions. Milwaukee, Hal
Leonrad Co., 1998.
138