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Carlos Henrique Dos Santis

karliiinhos.henrique@gmail.com
06699423673
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Olá!
Seja muito bem-vindo ao curso de harmonia aplicada ao
cavaquinho!
Apesar de breve, este e-book contém muitas informações. Por isso,
é necessário colocar em prática cada conceito apresentado, como
as noções de intervalos, escalas, tonalidades e, finalmente,
formação de acordes e exemplos de músicas. Estude cada ponto
na ordem estipulada, sem pressa para passar ao próximo e realize
os exercícios de fixação.
Com tudo isso, tenho certeza de que você vai conseguir evoluir
exponencialmente nesse instrumento que é a cara do Brasil e tem
conquistado chorões, sambistas, pagodeiros e enfim, muitas
gerações da música brasileira!
Abraços e bons estudos!
Carlos Henrique Dos Santis
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Sumário

PARTE I INTERVALOS E ESCALAS ................................................................. 4


1. Melodia, harmonia e ritmo ........................................................................ 4
2. O princípio de tudo: teoria dos intervalos..................................................... 4
3. A importância da escala ........................................................................... 4
4. Escalas, graus e intervalos .......................................................................... 5
5. Classificando os intervalos ....................................................................... 6
6. Intervalos justos ........................................................................................... 8
EXERCÍCIOS: ................................................................................................. 8
PARTE II: ESCALAS MAIORES E O CICLO DAS QUINTAS ............................ 9
7. Destrinchando a escala ............................................................................... 9
8. Escalas em outros tons e o ciclo das quintas .............................................. 9
Carlos Henrique Dos Santis
9. Bemóis e o ciclo das quartas ..................................................................... 12
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EXERCÍCIOS: ............................................................................................... 15
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PARTE III: ESCALAS E O BRAÇO DO CAVAQUINHO ................................... 16
10.Conhecendo o braço do instrumento ........................................................ 16
11.Escalas no braço do cavaquinho! .............................................................. 17
Exercícios ..................................................................................................... 18
Parte IV ............................................................................................................ 19
ESCALAS, ACORDES E CAMPO HARMÔNICO ............................................ 19
12.Escalas e formação dos acordes .............................................................. 19
13.Tríade e tétrade ......................................................................................... 20
14.Entendendo os nomes dos acordes .......................................................... 21
15.Campo Harmônico no braço do instrumento ............................................. 22
16.Não dependa mais de cifras! Funções dos acordes .................................. 25
Exemplo de música .......................................................................................... 26
4

PARTE I INTERVALOS E ESCALAS

1. Melodia, harmonia e ritmo

A música é dividida em três elementos básicos:


Melodia é uma sequência de notas que se organizam para formar
um sentido. É aquele som que você assobia quando lembra de uma
canção.
Harmonia é um conjunto de acordes no qual transcorre a melodia
Ritmo é a organização do som determinando a sucessão de tempos
dentro de uma música. O ritmo nos diz qual a ordem e em quais
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momentos cada som deve ser tocado.
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2. O princípio de tudo: teoria dos intervalos

Para aprendermos a organizar os sons em melodia,


harmonia e ritmo, bem como tocar a música que pretendemos, é
preciso compreender a teoria dos intervalos. Os intervalos nos
auxiliarão com o estudo da melodia a partir das escalas e as escalas,
por sua vez, nos auxiliarão com o estudo os acordes e, com o
conjunto de acordes, podemos harmonizar uma música.

3. A importância da escala

A escala é um padrão de intervalos. Por isso, ela será


um guia para conhecer o braço do instrumento, para formar acordes
em diferentes posições, para fazer solos no tom correto e para
improvisar em chorinho.
Nesse sentido, é primordial aprendermos a importância e
a montagem de escalas, o que exige o conhecimento de intervalos.
5

Vamos começar com a escala maior. Em nossos outros cursos,


também falaremos de escala menor, escala diminuta, dentre outras.

4. Escalas, graus e intervalos

Intervalo é a distância entre duas notas musicais. É muito


fácil encontrá-lo, pois o intervalo de uma nota se dá a partir de outra.
Para entendermos essa distância, vamos olhar para a escala de dó
maior. Ela é a escala “mãe de todas” porque é formada por aquela
sequência natural de notas:

DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI

Para melhor visualização dos intervalos de cada nota,


vamos colocar a escala de dó maior na partitura, sistema do qual a
clave de sol dá nome à nota da mesma linha, sol, e as demais notas
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são dispostas em linhas e espaços do pentagrama em relação a ela.
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E também vamos numerar cada nota. Essa numeração é chamada
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de grau. HP19516601748545

GRAUS
I II III IV V VI VII

DÓ RÉ MI FÁ SOL LÁ SI

Portanto, na escala de dó maior, a nota dó pertence ao


grau I. Se dó é a nota I, o ré é a nota II. A partir dos graus, temos
um intervalo de segunda:

intervalo de 2ª
6

Obs: O primeiro grau é também chamado de “tônica”.

De acordo com os graus, encontramos os conhecidos


intervalos de terça, quarta, quinta, etc. Então, se o dó é a nota I, sol
é a nota V. Portanto, sol será a quinta de dó.

DÓ RÉ MI FÁ SOL
intervalo de 5ª

5. Classificando os intervalos
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Além dessa relação numérica, os intervalos também
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obedecem a uma classificação qualitativa, pois os intervalos de
segunda, terça, quinta e etc. não são iguais. Vamos observar a
escala novamente:

GRAUS
I II III IV V VI VII

DÓ RÉ MI FÁ SOL LÁ SI

Tomando a escala e os intervalos, notamos que, de dó


para ré, temos um intervalo de segunda. De ré para mi, um outro
intervalo de segunda.
7

Mas esses dois intervalos de segunda são diferentes: a distância de


dó para ré passa por um dó sustenido. Então, temos um tom inteiro
e uma segunda maior.

intervalo de um tom inteiro (1T)

Portanto, segunda maior (2M)

Já o intervalo de mi para fá, por exemplo, assim como de si para dó,


tem outra qualificação, pois as notas Mi e Si não possuem sustenidos
nem bemóis. Por isso, são formadas por meio tons (ou semitons), o
que resulta em um intervalo de segunda menor:
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GRAUS
I II III
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IV V VI VII
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DÓ RÉ MI FÁ SOL LÁ SI

Intervalo de meio tom ou semitom (½T)


Portanto, segunda menor (2m)

A segunda menor em relação ao dó também pode ser obtida com


bemóis e sustenidos. Assim, réb – segunda menor (2m ou 2b) e re#
– segunda aumentada (2aum ou 2#):

intervalo de meio tom (½tom)

Portanto, segunda menor (2m)


8

intervalo de um tom e meio (1T + ½tom)

Portanto, segunda aumentada (2aum ou 2+)

Obs: Essa diferença qualitativa ocorre em todos os


intervalos, como os de terça, quintas, sétimas, etc.
Compreender esse conceito é fundamental para formar acordes,
inclusive os dissonantes.

6. Intervalos justos
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A 4ª, a 5ª e a 8ª não são classificados como maior ou
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menor. Por isso, são chamadas de justas. Ou seja: tem uma
distância exata que correspondem ao intervalo padrão, sem nos
preocuparmos com tons e semitons. O interessante do intervalo justo
é que as notas quase se fundem, parecendo uma nota só.

EXERCÍCIOS:

1. Qual a importância de estudar intervalos?


2. Qual a relação entre intervalos e escalas?
3. Mi é qual intervalo em relação a dó?
4. Lá é qual intervalo em relação a dó?
5. O que são notas justas?
6. Por que os intervalos de segundas (assim como terças,
quintas, etc.) não são iguais?
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PARTE II: ESCALAS MAIORES E O CICLO DAS QUINTAS

7. Destrinchando a escala

Com tudo isso, podemos dispor da estrutura completa da


escala maior:

I II III IV V VI VII

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DÓ karliiinhos.henrique@gmail.com
RÉ MI FÁ SOL LÁ SI
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TOM TOM HP19516601748545
SEMITOM TOM TOM TOM SEMITOM

Essa é a escala de dó maior. Como já dito, ela é a escala “mãe de


todas”, porque não possui sustenidos ou bemóis e, por isso, é com
ela que fica mais fácil visualizar as notas, os graus e a quantidade de
tons e semitons. Todas as escalas maiores terão essa estrutura
padrão: tom, tom, semitom, tom, tom, tom semitom.

8. Escalas em outros tons e o ciclo das quintas

Para construir a escala em outros tons, será necessário


dispor de bemóis e sustenidos, sempre obedecendo à estrutura
padrão de tons e semitons. Mas quantos bemóis e sustenidos terão
em cada escala? Haverá um jeito mais fácil de descobrir? A resposta
é sim!
Para isso, utilizamos o ciclo das quintas, que é uma sequência de
notas distanciadas por intervalos de quintas justas. Observe:
10

Dó – Sol – Ré – Lá – Mi – Si

Nela, sol é a quinta justa de dó, ré é a quinta justa de sol e assim por
diante. Se chama ciclo porque iniciamos com a nota dó, depois nota
sol, nota ré até chegar ao Dó novamente, onde o ciclo se reinicia:

Dó – Sol – Ré – Lá – Mi – Si – Fá# – Dó# – Sol# – Ré# – Lá# – Fá – Dó

Nesse sentido, dispomos essas quintas em um diagrama


circular:

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Se pensarmos em cada nota como início de escalas, fica
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muito fácil encontrar a quantidade de sustenidos e bemóis
correspondentes a cada uma, bastando andar em sentido horário.

Vamos encontrar, primeiramente, a quantidade de


sustenidos de cada uma. Como já sabemos, a escala de dó não tem
sustenido. Já a escala de sol terá um sustenido, a escala de ré, dois
sustenidos, a escala de lá, três sustenidos...Até chegar ao dó#, que
contém toda a quantidade de sustenidos possíveis.
11

Agora, é preciso saber quais sustenidos são esses. De


acordo com a estrutura-padrão da escala maior, tom, tom, semitom,
tom, tom, tom, semitom, a escala de sol ficará:
Sol – Lá – Si – Dó – Ré – Mi – Fá#

Assim, fica fácil montarmos as escalas. Por exemplo, escala de sol


maior, que é o quinto grau da escala de dó maior:

I II III IV V VI VII

SOL LÁ SI DÓ RÉ MI FÁ
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TOM karliiinhos.henrique@gmail.com
TOM SEMITOM TOM TOM TOM SEMITOM
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Assim, ao invés de calcular todos os tons e semitons para todas as


escalas maiores, utilizamos o ciclo das quintas: a escala de ré contém
dois sustenidos. Para encontrar quais são, basta copiar o sustenido
que já existe na quinta anterior, no caso o fá# e conto mais uma
quinta a partir de fá#, o que resulta no dó#. Na tonalidade de lá, copio
os dois sustenidos da quinta anterior e conto a partir do dó#. Temos
então, sol#.
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9. Bemóis e o ciclo das quartas


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Agora, é preciso encontrar quantos bemóis temos em cada escala.
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Depois do fá# e do dó#, que 06699423673
completa todos os sustenidos possíveis,
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volto ao dó natural e começamos a contar no sentido anti-horário, em
intervalo de quartas.
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Na estrutura tom, tom, semitom, tom, tom, tom,


semitom, a escala de fá maior ficará:

Fá – Sol – Lá – Sib – Dó – Ré – Mi

Distribuindo-a na partitura e marcando os graus:


I II III IV V VI VII

FÁ SOL LÁ SIb DÓ RÉ MI

TOM TOM SEMITOM TOM TOM TOM SEMITOM

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Para identificarmos quais os 06699423673
demais bemóis das outras escalas,
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basta andarmos no sentido anti-horário e contando em intervalos de
quartas. Então, na escala de A#, copiaremos o sib e acrescentamos
o mib.
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As escalas, assim, como o ciclo das quintas, são muito


úteis para identificarmos a tonalidade de uma música, pois basta
olhar o número de acidentes em uma partitura, por exemplo. Se não
houver bemol e sustenido na frente da clave, a música está em dó
maior. Se houver dois sustenidos na frente, a música está em ré
maior.
Para melhor visualização das escalas e acidentes, é
possível dispô-las em uma tabela, utilizando a escala-padrão na
horizontal e o ciclo das quintas na vertical. Assim, temos todas as
escalas esticadas na horizontal e suas quintas na vertical:

Escalas Maiores

C D E F G A B
G A B C D E F#
Ciclo das quintas

D E F# G A B C#
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A B karliiinhos.henrique@gmail.com
C# D E F# G#
E F# G# 06699423673
A B C# D#
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B C# D# E F# G# A#
F# G# A# B C# D# E

Da mesma forma, podemos dispor o ciclo das quartas:


Escalas Maiores

C D E F G A B
F G A Bb C D E
Bb C D Eb F G A
Ciclo das quartas

Eb F G Ab Bb C D
Ab Bb C Db Eb F G
Db Eb F Gb Ab Bb C
Gb Ab Bb Cb Db Eb F
Cb Db Eb Fb Gb Ab Bb
15

É preciso lembrar, que na prática, usamos o menor


número de acidentes possíveis. Não existem tantas músicas na
tonalidade de Gb e com tantos acidentes que esse tom possui, por
exemplo. É possível, por exemplo, substituir essa tonalidade por sua
correspondente, que é o F#. E tonalidades como C# não são muito
utilizadas, por conter acidentes demais. Por isso, substituímos por
Db, que é sua correspondente.
Ainda assim, é muito importante saber formar as escalas
e compreender sobre quantos e quais acidentes ela possui para
então entender melhor um solo e uma harmonia. Por tudo isso, esse
estudo dos ciclos das quintas e quartas nos permite maior autonomia
pois, com ele, identificamos uma tonalidade, formamos acordes, não
dependemos de cifras e tiramos músicas de ouvido.

EXERCÍCIOS:

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1. Qual a relação entre escalas e intervalos?
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2. Resuma, com suas palavras, sobre qual a importância de se
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estudar o ciclo das quintas e das quartas.
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3. Refaça o ciclo as quintas e encontre cada acidente
correspondente às tonalidades.
4. Quantos acidentes há na escala de Mi maior? Por que isso
acontece?
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PARTE III: ESCALAS E O BRAÇO DO CAVAQUINHO

10. Conhecendo o braço do instrumento

Nas duas partes anteriores, vimos que a escala tem tudo


a ver com os intervalos, pois intervalos são a distância entre uma
nota e outra. No cavaquinho e no violão, por exemplo, cada casa
equivale a meio tom. De dó para dó#, percorri meio tom. De dó para
ré, percorri um tom inteiro. De ré para mi, um tom, mas de mi para fá,
meio tom. Mi e si não tem sustenido. Lembrando que um intervalo de
meio tom é chamado de semitom.
Mas como identificar corretamente essas distâncias no braço do
instrumento?
Carlos Henrique Dos Santis
Primeiramente, é preciso saber a tonalidade e o nome das cordas.
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Assim, 1º corda – ré, 2º corda – si, 3º corda – sol, 4º corda – ré. Se
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eu percorrer meio tom na primeira corda, que é ré, vou tocar um ré#.
Se eu percorrer um tom inteiro na corda ré, vou tocar um mi. Para
facilitar ainda mais, preparamos um mapa com os tons e semitons no
cavaquinho:

A A# B C C# D D#
D E F F# G G#
D#
C# D D# E F F# G G# A A# B C
B C
G# A A# B C C# D D# E F F# G G#
G
D# E F F# G G# A A# B C D# D D#
D

D
17

11. Escalas no braço do cavaquinho!

Com base nisso, é possível encontrar todas as escalas no braço do


instrumento. Ou seja, onde começa a escala de dó maior? Na quinta
casa e na corda de sol, porque então encontramos a nota dó no
instrumento. Com isso, basta percorrer a sequência:
ESCALA DE DÓ MAIOR


DD
GG
BB
dd

Lembrando que o círculo claro corresponde à tônica, ou seja, a nota


de primeiro grau da escala,
Carlos que também
Henrique Dos dá nome a ela.
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Vamos dar sequência a outras escalas na ordem do ciclo das quintas
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pois assim vamos acrescentando a quantidade de sustenidos
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correspondentes a elas, sendo que o FÁ é a quarta de dó e, portanto,
terá um bemol:

ESCALA DE SOL MAIOR ESCALA DE RÉ MAIOR

D D
G G
B B
d d

ESCALA DE LÁ MAIOR ESCALA DE MI MAIOR

D D
G G
B B
d d
18

ESCALA DE SI MAIOR ESCALA DE FÁ MAIOR


D D
G G
B B
d d

No braço do cavaquinho, as escalas nos permitem


encontrar tonalidades, tirar músicas e também são elas que permitem
improvisar e criar introduções para músicas ou solos durante refrões,
despertando a nossa criatividade.

Exercícios
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O exercício, dessa vez, será06699423673
de improvisação: Escolha uma música
e tente improvisar pequenas frases e introduções com a escala
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correspondente à sua tonalidade.
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Parte IV
ESCALAS, ACORDES E CAMPO HARMÔNICO

12. Escalas e formação dos acordes

O campo harmônico é o conjunto de acordes que vieram


a partir de uma escala. Por isso, campo harmônico é um todo que
englobará graus, intervalos, escalas e acordes. Além das noções de
tonalidade que, como já vimos, é identificada pelo número de
acidentes na escala. Assim, somente podemos montar acordes com
base nesses conceitos.
Vejamos, novamente, nossa escala-mãe:

I II III IV V VI VII
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TOM TOM SEMITOM TOM TOM TOM SEMITOM

Então, como formar o acorde de dó maior a partir da


primeira nota de dó na escala?
Os acordes são formados por:
Graus: I, III, V
Notas: C, E, G,
INTERVALOS: meio tom, um tom, dois tons, etc.

Podemos dizer, então, que o acorde é o empilhamento


dos graus I, III, V. ou I, III, V e VII e de seus intervalos
20

correspondentes. Ou, como também é dito, empilhamento da


primeira, da terça, da quinta justa e/ou da sétima.

13. Tríade e tétrade

Acordes com três e acordes com quatro notas têm


nomenclaturas e qualidades diferentes. Assim sendo, o acorde com
três notas (I, III, V, por exemplo) é chamado de tríade.
Para formar as harmonias, vamos empilhar, em cada nota inicial, os
intervalos de terças e quintas. Assim, a terça de do é mi, a terça de
mi é sol e a terça de sol é si:

I II III IV V VI VII

MI RÉ
RÉ DÓ SI

SI SI LÁ

SOL LÁ SOL SOL

MI FÁ Carlos Henrique Dos Santis
MI
DO RÉ
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TOM TOM HP19516601748545
SEMITOM TOM TOM TOM SEMITOM

Do mesmo modo, vamos empilhar os acordes de quatro notas (I, III,


V e VII, chamados de tétrades:

I II III IV V VI VII

SI
SOL
MI
DO

TOM TOM SEMITOM TOM TOM TOM SEMITOM


21

14. Entendendo os nomes dos acordes

Como já dito, existem características de cada acorde. Os


acordes naturais podem ser maiores, menores ou diminutos.
Também existem os acordes dissonantes, que vamos estudar em
outro momento.

Então, como saber a características dos acordes naturais da


escala maior?

Muito simples: pelos intervalos! Assim, Intervalo de dois tons =


terça maior; Intervalo de 1 tom e meio = terça menor; Intervalo de 3
tons e meio = quinta justa ;5 tons = sétima menor; 5 tons e meio =
sétima maior.

Em outras palavras: a primeira nota (tônica), que está


em preto, vai dar o nome para o acorde. Temos, por exemplo, o
acorde de dó, formado pela primeira, terça e quinta, que será dó, mi
e sol.
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Esse acorde será de dó maior ou do menor? A distância de um mi
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para o dó é um tom e a doHP19516601748545
sol também. Portanto, acode de Dó maior.
Já o acorde de Ré é formado pelas notas ré, fá e lá. A terça tem uma
distância de um tom e meio, formando uma terça menor. Assim, o
acorde será Dm. A quinta está numa distância de três tons e meio.

Quanto ao acorde Mi, o sol está numa distância de um tom e meio,


então vai ser menor, ficando Em.

O último acorde é um pouco diferente, mas também é fácil. O SI tem


o Ré, que é uma distância de um tom e meio, então acorde de tom
menor. Mas a quinta não é uma quinta justa, mas é quinta diminuta,
porque tem um semitom abaixo. Então, Fica Bm(b5). Ou B°.

Logo
I II III IV V VI VII

SI
SOL
MI
DO

C Dm Em F G Am B°
22

Também é possível dispor de uma tabela para


encontrarmos os acordes correspondentes de cada tonalidade.
Assim, na horizontal colocamos o campo harmônico de Dó maior e,
na vertical, nossa escala, também de dó:

Campo harmônico maior

C Dm Em F G Am B°
Escala maior e menor

D Em F#m G A Bm C#°
F Gm Am Bb C Dm E°
G Am Bm C D Em F#°
A Bm C#m D E F#m G#°
B C#m D#m E F# G#m A#°

15. Campo Harmônico no braço do instrumento


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Agora que sabemos quais acordes de dó formados a partir de
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sua HP19516601748545
escala e entendemos seus nomes a partir de suas
características, vamos entender como fica cada acorde no braço do
instrumento? Novamente, pela ordem do ciclo das quintas:

CAMPO HARMÔNICO DE DÓ MAIOR


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CAMPO HARMÔNICO DE SOL MAIOR

CAMPOHARMÔNICO
CAMPO HARMÔNICODE
DERÉ
RÉMAIOR
MAIOR

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CAMPO HARMÔNICO DE LÁ MAIOR


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CAMPO HARMÔNICO DE MI MAIOR

CAMPO HARMÔNICO DE FÁ MAIOR

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ATENÇÃO: acorde não tem um shape fixo, pois,


sabendo as notas que o compõe, bem como os intervalos entre cada
nota, podemos formá-lo em diferentes posições no instrumento.
Por isso, é muito importante saber como se forma um acorde e as
notas que o compõe, pois posso formá-lo em todo o braço do
instrumento. Isso facilita na hora de trocar os acordes.
25

16. Não dependa mais de cifras! Funções dos acordes

Com a escala e seus respectivos graus e intervalos, consigo


formar os acordes de todas as tonalidades, formando uma sequência
lógica. Se uma música estiver em Dó, podemos usar, basicamente,
os acordes do campo harmônico.
Mas também acontece de nem todos os acordes da música estarem
no campo harmônico correspondente à tonalidade. Isso porque
existem diferentes funções de cada acorde: tônica, dominante e
subdominante.

Tônica: transmite uma ideia de repouso, algo estável ou resolvido


Dominante: transmite uma sensação de preparação ou de tensão
Subdominante: meio termo entre as duas. Pode se tornar
preparação ou resolução.
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Alguns graus podem corresponder a essas funções:
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Funções Graus
harmônicas
Tônica I, III, VI
Dominante V, VII
Subdominante IV, II

Sendo que, em uma música tonal, os acordes orbitarão a


tônica, ora se afastando ora voltando nele. Na tonalidade de C, o III
e o VI também têm uma ideia de repouso, mas mais fracas que o
primeiro.

Da mesma forma, é possível que um acorde seja um dominante


mesmo que faça parte de outro capo harmônico. Nesse sentido, uma
música na tonalidade de C maior pode ter um acorde de Fm que sirva
de preparação antes da conclusão.
26

Exemplo de música:

Jogo de Sedução

Exaltasamba

Tom: C

[Intro] C C7 F Fm

C C7 F Fm
Leeeee... le le le le le le le le le le le
C C7 F Fm C
Leeeee... le le le le le le le le le le
C7 F Fm C
Só você tem o meu amor,não tem por que motivo agir assim
C7 F Fm C
Só você sabe o meu,sabe meu sabor (sabe) não tem por que desconfiar de mim
C7 F
Tá pegando a rota do fim, a contramão do amor
Fm C
Desconfiança é tão ruim foi assim que tanto sonho se acabou
C7 F Henrique Dos Santis
Carlos
Tá pegando a rota do fim, a contramão do amor
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Fm C
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Desconfiança é tão ruim foi assim que tanto sonho se acabou
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C7 F Fm
Leeeee... le le le le le le le le le le le
C C7 F Fm C
Leeeee... le le le le le le le le le le

C7 F Fm C
Eu não vou me deixar levar por esse jogo seu de sedução
C7 F Fm C
Vou fazer tudo pra salvar confesso que te amo de paixão
C7 F
É melhor você parar, eu quero ser feliz
Fm C
É você o meu lugar, não tenho outra diretriz
C7 F
É melhor você parar, eu quero ser feliz
Fm C
É você o meu lugar, não tenho outra diretriz

C7 F Fm
Leeeee... le le le le le le le le le le le
C C7 F Fm
Leeeee... le le le le le le le le le le

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