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ABLETON LIVE
MÓDULO 3 | AS BASES DE TEORIA MUSICAL E SÍNTESE SONORA
SUMÁRIO
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SUMÁRIO
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TEORIA MUSICAL BÁSICA
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TEORIA MUSICAL BÁSICA
Por que ora são 7 notas e logo se tem uma oitava acima ou abaixo, e ora o
total de notas são na verdade 12? Isso surgiu no século 17/18 quando se criou a
música temperada. Música temperada foi quando criaram as divisões de notas,
diferentemente do que acontece com o violino, violoncelo e viola que não tem
divisões e são apenas os dedos e mãos passando pela corda e tocando, apenas
levando em consideração a forma de “ouvir", a música temperada foi quando
descobriram as divisões de notas, algo que ganhou o nome de semitons, isso fez
com que o ouvido percebesse que quando algo toca minimamente fora da nota
exata, o que é considerado desafinação, fosse percebido. Após a descoberta das
divisões que haviam na música temperada, perceberam também que conforme se
tocava as notas em sequência, percebia-se uma repetição sonora só que de
forma mais aguda, e esse foi o momento em que surgiu as oitavas, pois viram que
ao tocar as 12 notas em sequência a partir da 13º o som começava a se repetir,
mas de forma mais aguda, não necessitando contar mais notas.
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TEORIA MUSICAL BÁSICA
Para exemplificar a escala maior e a escala menor (que será na próxima aula),
será utilizado como exemplo o "Gran Piano" um instrumento e som nativo do
Ableton Live que pode ser baixado dentro de Packs.
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TEORIA MUSICAL BÁSICA
Como dito na aula anterior, uma escala musical é composta por 7 notas, o que
sempre acabará sobrando 5 notas que somadas são 12, as doze notas formam
uma escala chamada Escala Cromática, mas os ouvidos das pessoas do ocidente
não escutam todas essas notas de forma harmônica, algumas soam um pouco
estranha em conjunto uma com a outra, e existe um costume antigo que fez com
que todos ficassem acostumados apenas com as 7 notas de uma escala que
soam de forma harmônica.
Para formar uma escala maior de alguma nota, você pode iniciar pela mais
simples que é a escala maior de Dó, que basicamente são todas as teclas
brancas a partir de Dó, ou seja, Do, Ré, Mi, Fá, Sol, La e Si, todas essas notas
formam a Escala de Dó Maior.
Se você tocar e cantarolar utilizando o Gran Piano, irá perceber que o que faz
a escala maior ser o que ela é, são os espaços ou intervalos que existem entre
uma nota e outra, e esses intervalos entre uma nota e outra podem ser medidos
ou contados por um nome que se dá a menor distância entre uma nota e outra,
que é o semitom, ou seja, de Dó para Dó# há uma distância e essa distância é de
1 semitom. Agora entre Dó e Ré a distância é de 2 semitons, ou também é
possível dizer que é 1 tom de distância, pois a cada 2 semitons tem como
resultado 1 tom.
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TEORIA MUSICAL BÁSICA
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TEORIA MUSICAL BÁSICA
Para exemplificar, se você deseja saber a escala maior de Ré, você deve partir
de Ré e não mais de Dó e seguir/aplicar a fórmula, Tom, Tom, Semitom, Tom,
Tom, Tom, Semitom, tendo portanto as seguintes notas da escala maior de Ré:
Ré, Mi, Fá#, Sol, Lá, Si, Dó#. Neste caso da escala maior de Ré a fórmula “caiu”
em algumas notas pretas, que são os acidentes, então o Fá e o Dó ao invés de
serem o que se chama de Fá natural e Dó natural, passam a ser Fá Sustenido
(Fa#) e Dó Sustenido (Do#). Independente de onda cair a fórmula da escala
maior, sempre existirá as 7 notas do seu teclado, independente de onde começar,
ou seja, as vezes pode só mudar a ordem, mas sempre terá as mesmas 7 notas
principais em uma escala musical, seja de Dó a Si, ou de Ré a Dó# ou que seja
de Si a Lá, a única diferença é que algumas das notas de uma escala podem
conter acidentes ou não, seja ele sustenido (#) ou bemol (b). Se você esquecer a
fórmula da escala maior, basta partir da nota Dó que são todas as teclas brancas
e sem acidentes, contar e depois aplicar em outra nota que deseja ter a escala
maior, assim como no exemplo da escala de Ré acima.
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Suponha que você queira criar uma música na escala Maior de Sol, basta
desenhar todas as notas brancas a partir de Dó como foi feito acima, selecionar
todas elas e arrastar todas para iniciarem a partir de Sol e pronto, terá a escala
maior de Sol. Mas caso você queira conferir se a escala está correta, basta seguir
a contagem do intervalo de notas que terá como resultado a fórmula da escala
maior “T T S T T T S”, não esqueça que independente de onde se começa a
escala sempre deverá ter as 7 notas principai, sejam elas acidentes ou não. A
partir de Sol a escala será Sol, Lá, Si, Dó, Ré, Mi, Fá e Sol, porém é necessário
analisar a contagem exata para ver se nenhuma dessas notas caem no acidente
se tornando uma nota que será Sustenida ou Bemol.
Dentro do Ableton após acertar as notas que fazem parte da escala maior que
deseja, você pode apertar o “Fold” no Piano Roll que irá deixar em destaque
apenas as notas pintadas que fazem parte da escala.
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Agora falando da fórmula da escala menor natural, ela não tem a mesma regra
da escala maior, ela é diferente, é “Tom Semiton Tom Tom Semiton Tom Tom”.
Então a partir de Dó você pode fazer a contagem “T S T T S T T” que terá como
resultado as seguintes notas com seus devidos acidentes: Dó, Ré, Mib, Fá, Sol,
Láb, Sib, Dó 1 oitava acima.
Abaixo é possível perceber que os bemóis, que são as notas corretas,
aparecem no sustenido da nota anterior, ou seja, o que é para ser Bb (Sib bemol)
ficará em A# (Lá# Sustenido), assim como o Eb (Mib bemol) ficará no D# (Ré#
Sustenido) e o Ab (Lá bemol) ficará em G# (Sol# Sustenido), mas você deve
sempre se lembrar que a escala correta é, Do, Ré, Mib, Fá, Sol, Laá, Sib, Dó, ou
seja, o Ableton deveria/poderia mostrar C, D, Eb, F, G, Ab, Bb, C, mas você terá
que se acostumar com a forma dita anteriormente, pois todos os softwares
trabalham desta forma, por isso é bom saber a fórmula e sempre contar as notas
da forma correta para saber quais são as notas que fazem parte de determinada
escala, seja ela maior ou menor natural.
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Da mesma forma que foi feito na escala maior, você pode selecionar todas as
notas e ir passando para as outras notas e obtendo novas escalas menores
naturais que ao chegar em Lá você irá perceber que também faz uso de todas as
notas brancas, mesmo sendo a escala menor natural, e isso acontece porque a
escala menor natural de Lá, também é chamada de Escala Relativa, e isso quer
dizer que, toda escala seja maior ou menor tem a sua relativa. Em outras
palavras, toda escala menor tem sua relativa maior que compartilha das mesmas
notas e vice-versa. Neste caso você irá descobrir que a escala menor natural de
Lá compartilha das mesmas notas da escala maior de Dó, ou vice versa. Então,
se você pintar todas as notas brancas, perceberá que as mesmas notas que são
usadas na escala maior de Dó, também podem ser usadas na escala menor de
Lá, e o que vai determinar se você está usando uma escala menor ou maior, são
os intervalos que existem de uma nota para outra, principalmente na hora de
formar os acordes, algo que será explicado em breve, mas nesse momento é
importante entender que em qualquer escala partindo de qualquer nota, ela
sempre terá a sua relativa menor ou maior.
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Mesmo se tratando da Escala Maior de Dó isso não quer dizer que só terá
acordes maiores, são coisas diferentes, saber as notas de uma escala de
determinado tom apenas indica que tocar todas essas notas irão “combinar” entre
si, mas na hora de formar os acordes, cada grau da escala representa um acorde
e esses acordes são maiores, menores ou diminutos, independente da escala.
A formação de acordes e a decisão se ele será maior, menor ou diminuto, vai
depender da distância entre as notas, ou seja, vai depender do intervalo, mas por
enquanto saiba o seguinte: a nota que corresponde ao 1º grau de uma escala
maior, sempre terá um acorde maior, o 2º grau da escala maior sempre terá um
acorde menor, 3º grau um acorde menor, 4º grau um acorde maior, 5º grau um
acorde maior, 6º grau um acorde menor e o 7º grau será um acorde diminuto.
Deixando claro mais uma vez que, tanto na escala maior quanto na escala menor
natural, sempre haverá acordes maiores, menores e diminutos. Utilizar a escala
maior ou menor natural não quer dizer que tudo será menor ou tudo será maior,
quando se trata de acordes sempre haverá diferentes classificações dentro da
mesma escala como no exemplo acima.
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Os acordes mais básicos são formados por Tríades, e tríades nada mais é do
que 3 notas sendo tocadas simultaneamente, e o que faz um acorde ser maior ou
menor é a nota do meio, ou seja, a segunda nota do acorde terá a função de
decidir que tipo de acorde você está fazendo. A “fórmula” para fazer um acorde
em cada grau é partir do grau desejado. Como por exemplo o 1º grau que é Dó,
juntar a terceira nota e a quinta nota a partir de Dó que seja da escala, ou seja,
para formar um acorde do 1º grau que é Dó, você terá que tocar simultaneamente
Dó, Mi (terceira nota a partir de Dó que faz parte da escala) e Sol (quinta nota
partir de Dó que faz parte da escala), isso tem como resultado um acorde de Dó,
e para saber se esse acorde é maior ou menor, você pode decorar a fórmula de
acordes da escala maior ou entender que sempre que a distância da primeira nota
para terceira for de 4 semitons e da terceira para quinta for 3 semitons, você terá
um acorde maior, e sempre que a distância da primeira nota para terceira for de 3
semitons e da terceira nota para quinta for 4 semitons, você terá um acorde
menor. Outro detalhe, se o 1º acorde for maior, ou seja, o acorde do 1º grau da
escala, isso indica que você está em uma escala maior, agora se o acorde for
menor, isso indica que você está fazendo em uma escala menor. Essa informação
é para deixar claro que o fato de as escalas terem suas relativas, o que faz ela ser
maior ou menor mesmo usando as mesmas notas, são os intervalos e acordes.
Que que fique claro que os acordes de cada grau só podem ser formados com
as notas da escala independente de precisar de notas da oitava acima ou abaixo.
Veja abaixo 1 exemplo do acorde de Dó Maior que é 1º Grau da escala maior
de Dó e veja também o acorde de Ré Menor que é o 2º Grau da escala maior de
Dó.
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Agora suponha que você queira fazer e descobrir os acordes da escala maior
de Si, você deve aplicar a sacada que aprendeu em aulas anteriores pintando
todas as notas brancas a partir de Dó e depois arrastar todas elas para iniciarem
a partir de Si para ter uma escala maior de Si. Para formar os acordes você partirá
da mesma ideia que foi dita anteriormente só que agora você terá 7 graus
iniciando em Si, e para formar os acordes inicie a partir de Si, conte até a terceira
nota a partir de Si que seja da escala e depois até a quinta nota seguindo a
mesma ideia, assim você terá um acorde. Para saber se ele é maior, menor ou
diminuto, você deve contar os semitons entre uma nota e outra, iniciando pela
primeira nota Si até a terceira nota que é Ré# e depois contar de Ré# até Fá#.
Então você terá de Si a Ré# 4 semitons e de Ré# a Fá# 3 semitons, essa é
“configuração" que compõe um acorde de Si Maior do 1º grau. Você também pode
contar da seguinte forma para ter um acorde Maior, de Si a Ré# você tem 4
semitons e de Si a Fá# você tem 7 semitons, isso também compõe um acorde
maior depende de que forma será mais fácil de lembrar e aprender. Se fosse
acorde menor a regra seria 3 semitons da primeira nota para terceira, e 4
semitons da terceira para quarta, ou 3 semitons da primeira para terceira e 7
semitons da primeira para quinta. Agora para ter um acorde diminuto é 3 semitons
da primeira para terceira e 3 semitons da terceira para quinta, ou 3 semitons da
primeira para terceira e 6 semitons da primeira para quinta, geralmente contar da
primeira nota para quinta só haverá mudança de posição quando houver acordes
diminutos, já a segunda sempre se movimentará ditando se são 3 semitons de
distância ou 4 semitons, por isso a segunda é quem dita se o acorde será maior
ou menor, e também se a escala é maior ou menor, ficando apenas o diminuto
sendo decidido pela terceira e quinta nota juntos.
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Anteriormente foi dito que a escala maior tem a tendência de talvez tornar a
música um pouco mais feliz, e a escala menor tem a tendência de tornar a música
mais melancólica, porém o que realmente fará a música soar mais feliz ou mais
tristonha será como você fará o que se chama de progressão de acordes, é a
progressão de acordes que ditará o sentimento da sua música. Utilizar acordes
menores em sequência, maiores ou misturar maiores e menores é o que ditará o
sentimento que a música terá. Para fazer uma progressão de acordes, basta
escolher quais graus de acordes você quer usar de determinada escala e
sequenciar de uma forma que fique interessante, como por exemplo tocar em
sequência o acorde do 1º grau da escala maior de dó, depois o 4º grau da escala
maior de dó e por fim tocar 5º grau da escala maior de dó, ou seja, você estará
usando 3 graus diferentes e os 3 contém acordes maiores que por sinal é muito
utilizado na música pop, 1,4,5,1 e depois repete. O interessante é misturar
acordes menores e maiores para ter algo mais interessante, você pode testar por
exemplo 1, 4, 6, 2, tudo depende de teste.
Existem aplicativos para formar acordes como o “Auto Chords” para
smartphone, existem também sites que você pode configurar uma progressão de
acordes de acordo com tema para gerar ideias. Existe também um plugin
chamado "Captain Chords” que é possível instalar no computador e também
auxilia na criação da progressão de acordes tendo a possibilidade de fazer algo
elaborado.
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Aqui você vai aprender um truque para fazer música em qualquer escala de
forma prática e simples, de um modo que você apenas irá se preocupar em
trabalhar apenas com as notas brancas, seja na Escala Menor Natural de Lá ou
Escala Maior de Dó.
Para exemplificar, foi criado um Bassline Eletric Piano, Gran Piano e um Pad
na Escala Menor Natural de Lá, ou seja, utilizando apenas notas brancas, sendo
que o bassline foi criado dando maior ênfase as notas do acorde do 1º grau da
escala Lá, Dó e Mi.
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No Gran Piano foi feito uma progressão de acordes mais simples, onde a ideia
foi focar a criação desses acordes na segunda oitava e na terceira oitava fazendo
uso do acorde menor do 1º grau e hora fazendo uso do acorde maior do 3º grau, e
também fazendo uso do acorde diminuto 2º grau, mesmo ele soando um pouco
estranho deixando mais interessante o som.
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Por fim foi feito um pad onde ele toca o acorde menor do 1º grau de forma
constante fazendo uma espécie de cama para dar sustentação a música toda,
também colocando 1 nota Lá a mais, porém 1 oitava abaixo para reforçar o
acorde do timbre focando sua criação então na segunda oitava, terceira oitava e
quarta oitava.
Agora para mudar a tonalidade da música sem ter que ficar selecionando as
notas de cada canal e arrastando para outra nota inicial, você pode usar um
recurso do Ableton Live que é um MIDI Effect chamado Pitch, com ele você pode
simplesmente descer ou subir semitons para então chegar em uma nova
tonalidade que desejar em seu som. Então, ao invés de mudar as notas dentro do
piano roll, você pode manter o trabalho focado em criar apenas nas notas brancas
da escala menor natural de Lá, e mudar os semitons dentro desse Pitch. Que
fique claro que você deve colocar 1 Pitch em cada canal e subir ou descer a
quantidade desejada de semitons para chegar no Tom que deseja, por exemplo,
como a música está sendo criada em Lá menor natural, para testar ela em Mi
menor natural, será necessário descer 5 semitons de cada canal para testar como
soará nesta tonalidade.
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Agora se você utilizar samples e loops que precisaram receber esse tipo de
processo, você deverá fazer o transpose direto na janela de clip do áudio na
opção “Transpose", ou seja, se o seu loop está em Fá e quer deixá-lo em Sol,
deverá subir 2 semitons. Não esqueça que o warp também deve ser configurado
de acordo com a necessidade do loop para que não fique algo estranho.
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SÍNTESE SONORA BÁSICA
Aqui você aprenderá coisas básicas que todo produtor iniciante deve saber
referente a síntese sonora, conhecerá os parâmetros que existem em todo
sintetizador, saberá por onde sai o som, o que faz o som se mover “sozinho”,
onde aumenta ou abaixa o som e outros detalhes básicos de um sintetizador
(synth).
O que não será falado neste capítulo é sobre os diversos tipos de síntese
sonora que existem dentro do mundo da síntese, o que seria um assunto mais
avançado, então será abordado a síntese mais simples que é a subtrativa para
facilitar o entendimento e aplicação, inclusive é a mais usada no mundo desde os
primórdios.
Os parâmetros de um sintetizador, filtros, amplificador, LFO, envelopes, são
parâmetros que é possível fazer uso em todo tipo de síntese sonora, tanto na
subtrativa quanto na síntese aditiva granular, FM e Wavetable. A ideia até o fim
deste capítulo é estar entendendo como o sintetizador está funcionando ao fazer
uso de 1 preset, pois assim caso você queira ajustá-lo saberá onde mexer e o que
mexer para chegar no som desejado.
A síntese sonora existe para tentar emular os sons que existem pelo mundo e
que você pode encontrar no seu dia a dia, então existem sínteses que tentam
emular um Piano, outras que tentam emular som de cordas, outras que tentam
emular som de metais, mas a síntese sonora também traz sons da própria síntese
sonora que é algo mais eletrônico.
Aula 2 - OSCILADORES
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Moog é uma marca que foi criada por um cara que já faleceu, Robert Moog, e
na década de 50 e 60 ele foi um dos responsáveis por criar os primeiros
sintetizadores que ficaram famosos, naquela época eram synths modulares que
ocupavam praticamente o espaço de uma parede bem grande e era muito caro, e
um dos synths modulares foi o System 55 que tinha um som muito interessante
mas era pouco acessível por conta de seu preço e tamanho, mas mesmo assim
teve uma devida demanda que levou o Robert Moog a criar o Mini Moog, esse
que atualmente tem diversas emulações virtuais como o Mini V da Arturia, Monark
da Native Instruments, Mini Monsta da GForce dentre outros. Como dito acima, o
sintetizador analógico era instável, instável porque ele recebia oscilação de
energia por ser analógico, quanto mais quente ele ficava, mais podia gerar uma
certa desafinação no som. Então por tudo isso que acontecia nos synths da
década de 60, 70, o Analog do Ableton tenta emular exatamente esses detalhes
que não são defeitos, mas enriquecem o som.
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Olhando o Analog, ele tem algumas seções que todo sintetizador vai ter, ele
contém 2 osciladores e 1 gerador de ruído (noise) localizado na parte esquerda do
plugin, contém também 2 filtros pois é o filtro que faz com que um sintetizador
trabalhe com síntese subtrativa, sendo o responsável por subtrair informação de
áudio durante o processo de filtragem. Tem também 2 amplificadores ou amps
que é responsável por controlar o volume do som, tem também 2 LFO que é a
seção de modulação do sintetizador, e por fim em sua última seção tem uma parte
de controles globais, onde você pode controlar o Vibrato (Vib), Uni (Unison), Gli
(Glide) e o volume de saída geral do sintetizador.
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Continuando a falar sobre o oscilador, quando você toca uma nota será gerado
um som de acordo com a onda sonora escolhida, e dependendo do tipo de onda
sonora que este oscilador estiver configurado para gerar ela poderá conter
harmônicos ou não. Então se você quiser uma onda sonora sem harmônicos, que
também é chamada de onda pura, você deve trocar o “Shape” do oscilador para a
primeira onda sonora que se chama “Sine".
Agora se você tocar a nota Dó da 3º oitava por exemplo, irá visualizar no
Spectrum outro tipo de onda sonora e automaticamente outro tipo de som
comparado a onda sonora da foto anterior, veja a seguir e compare. Um detalhe:
por ser um sintetizador que emula os synths analógicos, ele não gera apenas uma
única onda sonora com o som puro, por conta de sua emulação ele gerou
harmônicos a partir da primeira onda sonora e é possível notar isso visualizando
no Spectrum, inclusive são esses harmônicos que fizeram os sintetizadores
ficarem famosos, isso traz a riqueza no som.
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Como você pôde ver acima, a onda Sine quando não gerada por um
sintetizador que emula sintetizadores analógicos, é uma onda pura, não contém
harmônicos.
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Existem 4 tipos de onda sonora básica em todo sintetizador, “Sine" que é uma
onda mais pura e sem harmônicos, “Triangle" que é uma onda bem parecida com
a sine, mas essa já contém mais harmônicos, mas ainda assim se comparar uma
com a outra perceberá o som fundamental bem parecido das duas. Há também a
“Sawtoofth" que é uma onda sonora muito rica em harmônicos e contendo os
harmônicos pares, agora por fim a "Square" que também é uma onda sonora bem
rica em harmônicos que são harmônicos ímpares.
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Aula 3 - FILTROS
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Outro tipo de filtro é o Band Pass, ele é uma mistura do Low Pass com o High
Pass, ele faz um corte tanto do agudo quanto do grave e mantém a informação
apenas do que está entre essas duas regiões, podendo ser regulado seu tamanho
pelo knob de frequências do Analog, sendo que essa regulagem vai determinar
qual o ponto de partida para filtrar uma parte do agudo e uma parte do grave.
Fazendo esse teste será possível perceber que o volume ficará um pouco mais
baixo, e caso você deseje acentuar a frequência que escolheu, você pode usar o
Knob “Reso" que significa “Ressonance" ou “Ressonância" para aumentar essa
frequência, dando um maior destaque para ela.
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O filtro é basicamente isso, você tem os tipos de filtro para ajustar seu som
conforme desejar, tem o ajuste de frequências que em alguns sintetizadores
aparece com o nome de Cutoff e tem a ressonância, que faz destacar a
frequência ou cutoff que escolheu fazer o corte. O Filtro também é a peça chave
para fazer um sintetizador se tornar bom, pois o Mini Moog se tornou famoso
também por conta do seu filtro que gerava um som ardido bom, assim como os
“Sequencial” do “Dave Smith” da década passada que também tinha um filtro
muito bom e característico daquele sintetizador.
Um último detalhe, o que faz o som ser diferente de um sintetizador para outro
é o filtro de cada sintetizador, é ele quem gera bons harmônicos quando
combinado com a ressonância, isso faz um sintetizador ser bom ou “ruim” e
diferente.
Aula 4 - AMP
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SÍNTESE SONORA BÁSICA
Durante o processo de síntese sonora, o som passa por alguns momentos que
inclusive são rápidos ou lentos de acordo com a configuração, e esses momentos
são: 1º Attack, é o momento exato do começo da nota, ou do momento exato em
que você toca alguma nota em seu teclado, depois que você solta a tecla vem o
2º: Release, esse é basicamente o final da nota e esse final pode ser súbito ou
existir uma prolongação mesmo após já ter soltado a tecla.3º: Sustain, é o
tamanho de cada nota, inclusive é o único parâmetro do ADSR que não é medido
em segundos ou milissegundos, ele determina a sustentação da nota ou do timbre
que você está tocando. 4º: Decay, é o momento em que a nota terá o decaimento
para o momento de sustain, acontece logo depois de atingir o ponto máximo de
attack.
Para melhor entendimento, deixe o Level do Amp do Analog em -6dB. A
configuração de tempo do Attack vai dizer: quanto tempo em segundos ou
milissegundos o som vai demorar para atingir o volume máximo que é -6dB, ou
seja, se você deixar em 5ms, o som praticamente começará em seu volume
máximo logo no momento em que a nota tocar, se você colocar por exemplo
560ms, o som começará a tocar no momento em que a nota tocar, mas ela irá
demorar 560ms para chegar ao volume máximo que é -6dB.
Agora quando a nota termina, ela passa pelo processo de Release, e release
quer dizer o quão brusco a nota irá terminar ou se ela ainda terá uma duração
após ser tocada por inteiro, essa é a configuração feita pelo Release, ou seja,
release com milissegundo baixo a nota apenas tocará seu tamanho e terminará
de forma quase que brusca, se você colocar valores maiores de milissegundos ou
até segundos, mesmo tendo acabado o tamanho da nota que desenhou, ela ainda
terá uma “calda” que vai terminando de acordo com esse tempo que foi
configurado no release, agora o Sustain que é o único parâmetro que não é
medido em tempo, mas é medido por um tamanho relativo, relativo ao que o
envelope está controlando o que neste caso é o Amp, logo você tem uma medida
relativa de sustain para o volume que configurou, que neste caso é -6dB, sendo
assim o sustain em 0 quer dizer que não terá volume algum no som, mesmo
deixando o level em -6dB e ter a nota desenhada em um determinado tamanho,
mas se o sustain estiver em 1 você terá o volume completo do Amp que é os
-6dB. Para chegar nesse parâmetro de sustain e ficar estabelecido neste volume
depende do parâmetro Decay, e o decay determina o tempo que o som que está
no “topo” do attack demorará para chegar no momento de sustentação: sustain.
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Basicamente o attack vai determinar quanto tempo irá demorar para atingir o
volume máximo do Amp, o Decay irá determinar quanto tempo irá demorar para
sair do volume máximo que o attack atingiu e cair no Sustain que pode manter o
mesmo volume ou não, dependendo de sua configuração. Ao soltar a tecla que
tocou ou terminar a nota que foi desenhada, o release irá ditar quanto tempo irá
demorar para terminar de fato aquele som tocado que pode ser brusco, no
momento que soltar a tecla ou acaba a nota desenhada no piano roll, ou pode ser
prolongada, mesmo tendo soltado a nota e terminado a nota no piano roll. Esse é
o processo de ADSR, Atack, Decay, Sustain e Release.
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SÍNTESE SONORA BÁSICA
Você também pode ajustar o attack, decay, sustain e release pelo desenho de
Slope do ADSR que pode ser LIN (linear) ou EXP (exponencial), a diferença de
um para o outro é que suaviza o efeito de ADSR, inclusive seu desenho muda.
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SÍNTESE SONORA BÁSICA
Depois de configurado o tipo de LFO que deseja fazer, você precisará associá-
lo a um parâmetro, como por exemplo o Level do Amp. No exemplo a seguir foi
enviado 1.00, que basicamente é 100% de efeito do LFO, se por exemplo você
não quiser que ele vá tanto para os extremos de LFO, você pode configurar para
ser 0.50 que é 50% do efeito do LFO ao parâmetro escolhido. Se você colocar
esse parâmetro de LFO no Pan, haverá uma variação para um lado e para o outro
de acordo com a velocidade de Rate que você configurar no LFO, e ela acontece
de acordo também com a onda de oscilação do LFO que foi escolhida.
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Quando escolher fazer a modulação com a onda retangular, você pode fazer
uma variação no tamanho da onda com o parâmetro Width, isso fará com que ora
o LFO fique mais variado e ora fique menos variado e os tempos serão diferentes
quando isso acontecer.
Esse mesmo efeito de LFO pode ser aplicado no filtro, que inclusive é assim
que fazem o famoso "Wooble Bass" que é muito utilizado em Dubstep e Drum and
Bass. Basta associar o LFO ao cutoff/frequência do seu filtro e também à
ressonância se desejar e ver o efeito acontecer ao tocar determinada nota.
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O Uni (Unison) faz uma grande diferença no som, quando ligado ele gera uma
dobra do som inicial e você pode aplicar uma quantidade de “detune” que irá
desafinar essa dobra e gerar um timbre mais interessante do que o inicial. Outra
coisa que deixa o Unison interessante, é aumentar sua quantidade de vozes, isso
fará ele gerar mais dobras do som original e deixar o timbre mais rico.
Em um sintetizador ter mais vozes indicará quantas notas você pode tocar ao
mesmo tempo, algo que na década de 70 não existia, pois todos os sintetizadores
feitos naquela época só tinham uma única voz, ou seja, você só podia tocar uma
nota por vez e não dava para fazer acordes por exemplo. Essa configuração de
sintetizador ganhou o nome de monofônico. Os synths chamados de polifônico
surgiram no final dos anos 70 graças ao Dave Smith que criou o “Prophet Five”
que tinha 5 vozes, ou seja, era possível tocar 5 notas ao mesmo tempo e foi a
partir desse momento que tornou-se possível tocar acordes em sintetizadores.
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SÍNTESE SONORA BÁSICA
O Uni (Unison) faz uma grande diferença no som, quando ligado ele gera uma
dobra do som inicial e você pode aplicar uma quantidade de “detune” que irá
desafinar essa dobra e gerar um timbre mais interessante do que o inicial. Outra
coisa que deixa o Unison interessante, é aumentar sua quantidade de vozes, isso
fará ele gerar mais dobras do som original e deixar o timbre mais rico.
Em um sintetizador ter mais vozes indicará quantas notas você pode tocar ao
mesmo tempo, algo que na década de 70 não existia, pois todos os sintetizadores
feitos naquela época só tinham uma única voz, ou seja, você só podia tocar uma
nota por vez e não dava para fazer acordes por exemplo. Essa configuração de
sintetizador ganhou o nome de monofônico. Os synths chamados de polifônico
surgiram no final dos anos 70 graças ao Dave Smith que criou o “Prophet Five”
que tinha 5 vozes, ou seja, era possível tocar 5 notas ao mesmo tempo e foi a
partir desse momento que se tornou possível tocar acordes em sintetizadores.
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SÍNTESE SONORA BÁSICA
Quando você for fazer bassline ou até mesmo qualquer outro tipo de timbre,
você pode usar uma outra função chamada Gli (Glide) que em alguns
sintetizadores aparece como Port (Portamento). Com ele você pode criar um certo
“caminho” de uma nota até a outra, evitando que mude de uma para outra de
forma brusca, é como se percorresse algumas micro notas até chegar na nota que
será tocada, e você pode configurar isso em %, quanto mais % mais haverá esse
efeito de sair de uma nota e ter um “caminho” a percorrer até a outra. Se você
desenhar por exemplo uma sequência no grid, verá essa função acontecer na
prática, ao começar a nova nota ela irá partir de uma parte da nota anterior para
depois gerar o seu próprio som, efeito que talvez você não queira. Então para
utilizar o glide sem esse efeito de iniciar a partir de um “pedaço” da nota anterior,
você terá que ligar o “Legato", isso fará as notas tocarem de forma ligada uma na
outra sempre respeitando seu som original quando tocada, sem pegar uma parte
do som da nota anterior, e caso você deseje sobrepor uma nota sobre a outra,
você terá dois efeitos acontecendo, algumas fazendo o glide e outras fazendo o
Legato.
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SÍNTESE SONORA BÁSICA
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SÍNTESE SONORA BÁSICA
Imagine que você esteja fazendo acordes em seu grid, você pode mudar o
velocity clicando na nota que deseja e ajustar o velocity segurando COMAND no
macOS ou CTRL no Windows e arrastar para baixo ou para cima para mexer no
velocity da nota específica, já que quando se tem 1 acorde criado os velocitys
ficam “bagunçados” aparecendo todos no mesmo campo.
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SÍNTESE SONORA BÁSICA
O importante de tudo que foi falado acima é que você pode utilizar essas
informações midi na síntese sonora, por exemplo, caso você queira associar o
velocity ao Amp, basta clicar no Amp dentro do Analog que é a sessão que
controla o seu volume, e com isso você pode modular seu volume do Amp pelo
velocity, ou seja, a cada variação de velocity você terá um volume diferente, mas
para isso você deve associar o velocity ao amp no visor preto do Analog, onde
quando em 0 o velocity não tem interferência no Level do Amp, e valores acima
de 0 você estará associando o velocity ao Level do Amp.
72
SÍNTESE SONORA BÁSICA
Essa mesma associação de velocity também pode ser feita para o filtro, para
isso você deve colocar algum valor de “Freq.Mod" no “envelope", para depois
associar também o velocity ao envelope e ao filtro. Isso fará com que nos
velocitys mais fortes o filtro abra mais e se for de forma menos intensa ele abrirá
menos. Se programar a associação de envelope em valores negativos, o velocity
mais intenso ao invés de abrir o filtro de forma mais agressiva, ele irá fechar o
filtro.
Outra associação que você pode fazer é associar o Key para modular a
frequência ou a ressonância. Basicamente o Key com valores positivos irá fazer o
filtro abrir conforme você toca notas mais agudas, e ele em valores negativos
começará tocando as notas mais graves com filtro aberto, e vai fechando
conforme vão ficando mais agudas.
73
SÍNTESE SONORA BÁSICA
74
CRIANDO SEU PRÓPRIO BASSLINE
Neste capítulo você irá aprender a criar um timbre do zero, de forma mais
específica um bass, mas tão importante ou até mais do que criar um bassline, é
saber manipular os parâmetros do sintetizador para chegar na sonoridade
desejada, isso porque você pode partir de um preset para chegar no som que se
deseja, e não saber manipular ou não entender para que serve cada parâmetro do
seu sintetizador, te impossibilita chegar na sonoridade desejada.
Para iniciar a criação de seu bassline, é importante já ter sua bateria criada
para facilitar as ideias de ritmo fluírem e assim criar um bass interessante e que
faça sentido com o tipo de som que você queira fazer. Depois disso você pode
iniciar criando um canal MIDI e arrastar o sintetizador/instrumento Analog para
dentro deste MIDI. A primeira coisa que você deve fazer dentro do Analog é
configurar a rota de seus parâmetros, recomendamos que utilize 2 osciladores
para gerar som e passe ambos apenas por 1 filtro e 1 amp, utilizar 2 oscilares vai
possibilitar construir um timbre rico e “gordo”, veja abaixo qual opção deve
escolher.
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CRIANDO SEU PRÓPRIO BASSLINE
Depois de configurar a rota você poderá notar que os dois osciladores estão
indo para o filtro 1 (F1). Para iniciar a criação do seu bass, parta de Shapes mais
ricos em harmônicos como a Sawtooth ou a Square, isso fará você obter um
timbre mais rico, inclusive caso queira ouvir para decidir qual tipo de onda irá
escolher, você pode desenhar notas mais graves como da 1º oitava em seu piano
roll, ou tocar por seu teclado midi, ou até mesmo pelo teclado de seu computador.
Você pode partir de Lá por exemplo e ir tocando ou desenhando algum ritmo para
depois mexer nos osciladores e escolher um Shape que te agrade mais. Além da
escolha de Shapes, dentro do oscilador você pode manipular as oitavas, ajustar o
semitom, ou até mesmo mexer em seu Detune que é uma desafinação da nota
que se está tocando para criar alguma variação no timbre, só não esqueça que o
timbre de bass sempre é monofônico, não toca mais de 1 nota por vez, ou seja,
não existe bass tocando no formato de acordes, que são 3 notas diferentes
tocando ao mesmo tempo. Ainda dentro da sessão de oscilador, no visor preto,
você tem a opção de aplicar Envelope de Pitch e regular o Time , isso permite
tocar o Shape iniciando do agudo ou do grave, independente de qual nota você
esteja tocando, até que ela chegue na nota que realmente está sendo tocada,
algo que é bem legal para alguns estilos de música.
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CRIANDO SEU PRÓPRIO BASSLINE
Para incrementar ainda mais o seu timbre, no oscilador 2 você pode selecionar
algum Shape que ache interessante e fazer uma camada de sub no seu bass,
algo que dará uma grande encorpada e peso. Inclusive esse é o momento de
trabalhar as oitavas do oscilador, você pode deixar o oscilador 2 uma oitava
abaixo em relação ao oscilador 1, lembrando que você está testando o bassline
em Lá da 1º oitava, ou seja, se estiver muito grave você pode testar usar o Lá da
2º oitava, mas mantendo a mesma configuração dos osciladores conforme a foto
a seguir. Outro modo de fazer o bassline ter peso é utilizar o Sub/Sync, esse
Mode fica no visor preto quando clicado no oscilador, essa função adiciona uma
camada sub como se fosse um oscilador extra de frequências sub, alguns
sintetizadores tem essa função que potencializa o Shape que já está sendo
utilizado no oscilador, a diferença é que você não terá muito controle desse Mode
Sub/Sync, algo que ao fazer usando um oscilador, permite ter muito mais controle
e fazer outros tipos de mudanças se desejar.
Caso você tenha feito tudo acima e ainda não percebe um som de bass, é
porque o filtro do seu sintetizador está totalmente aberto. Para chegar no som
desejado você terá que filtrar o Shape e adicionar um pouco de ressonância,
inclusive fazer ajuste de envelope deixando o sustain bem baixo e o decay bem
curto, o que fará o bass ficar mais pluck, curtinho e definido. Nesse momento você
irá perceber um som de bass o que facilitará ainda mais na escolha do Shape,
tanto do primeiro oscilador quanto do segundo que estará fazendo uma camada
sub.
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CRIANDO SEU PRÓPRIO BASSLINE
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CRIANDO SEU PRÓPRIO BASSLINE
Para facilitar a criação das notas do Bass, tenha em mente em qual escala e
nota fundamental sua música será criada, por exemplo escala de Lá menor
natural que utiliza todas as teclas brancas a partir de Lá, depois desenhe no piano
roll o acorde do 1º grau da escala, ou seja, o acorde de Lá inclui as notas Lá, Do,
Mi, desenhe essas notas na 1º oitava e na 2º oitava dentro do clip do canal do
bassline. Após fazer isso aperte no Fold para visualizar apenas as notas que
desenhou e depois selecione e arraste elas para antes do loop para que não
toquem. Lembre-se, um bassline toca apenas 1 nota por vez, fazer isso é apenas
uma técnica para facilitar a criação do bassline, desenhar notas de determinado
instrumento que fica em torno apenas das notas do acorde da nota fundamental,
ou seja, acorde de Lá 1º grau, tem a tendência de sempre soar encaixado com
toda música.
79
CRIANDO SEU PRÓPRIO BASSLINE
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CRIANDO SEU PRÓPRIO BASSLINE
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CRIANDO SEU PRÓPRIO BASSLINE
Para dar uma característica mais interessante para seu som, fazer uso de
efeitos midi e efeitos de áudio será necessário para enriquecê-lo. Uma coisa que
você pode utilizar é o efeito de audio Amp, ele simula um amplificador de baixo
real. Abaixo você vê o que há dentro do Amp e os tipos de amplificador que ele
emula:
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CRIANDO SEU PRÓPRIO BASSLINE
Outro efeito de áudio que você pode utilizar é um saturador, no Ableton você
encontrará o Saturator, um saturador nativo do Live, ele enriquece o som com
harmônicos fazendo ficar “quente”, inclusive contém alguns modos que emulam
saturadores analógicos, digitais e outros modos que é válido testar durante o uso
para ver o resultado. Aplique o efeito com todos os elementos tocando juntos, isso
ajudará a definir se a aplicação do efeito está ficando bom ou ruim quando tocado
com todos os elementos da música. As vezes o timbre fica legal sozinho, mas em
conjunto com o resto dos elementos não fica tão bom.
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CRIANDO SEU PRÓPRIO BASSLINE
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CRIANDO SEU PRÓPRIO BASSLINE
Aplicar esse tipo de efeito as vezes adiciona sub no som, o que te levará a ter
que utilizar um equalizador para cortar as regiões sub excessivas que muitas
vezes, ao invés de completar o som pode acabar sujando e atrapalhando a
definição do bassline e principalmente embolar com a região sub do kick. Lembre-
se, uma vez que se está fazendo música eletrônica de pista é importante que a
região de sub grave seja mais dominada pelo kick do que do bass, logo é
importante abrir um pouco de espaço nessa região super subgrave para que o
kick possa bater forte e com definição, mas isso não quer dizer que você deve
cortar todo sub do bassline, apenas dose de maneira leve para não embolar um
com o outro.
Mais uma aplicação que é referente a mix de seu bassline: faça um sidechain
em seu bassline, esse efeito consiste em abaixar o volume de um canal enquanto
o outro toca, ou seja, a ideia é fazer o bassline perder força quando o kick toca e
quando o kick não tocar o bassline volta a ter força. Escrito dessa forma parece
algo bem demorado de se acontecer, mas é algo que acontece em segundos ou
milissegundos. Para fazer sidechain você deve utilizar o audio effect do Live, o
Compressor, abra suas configurações adicionais clicando na seta, essa seta
dentro do Ableton sempre exibi algo a mais do plugin.
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CRIANDO SEU PRÓPRIO BASSLINE
Ligue o sidechain e configure o Audio From para ser o seu Kick, isso fará com
que o kick faça seu bassline abaixar quando ele tocar, e tudo isso acontece de
acordo com a configuração feita dentro do compressor, basta você abaixar o
Thresh e ir ouvindo o efeito do sidechain acontecer até encontrar um ponto que
fique interessante a relação kick e bass. Se por a caso ficar estalando, as vezes é
interessante mudar o modo do compressor para RMS.
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CRIANDO SEU SYNTH LEAD
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CRIANDO SEU SYNTH LEAD
Aqui você aprenderá a criar um Pluck cuja ideia é torná-lo o Lead da música, e
para isso você pode utilizar o Analog e logo de inicio já clicar na sessão global
para deixá-lo em Mono (monofônico), e mudar a rota do Analog para usar 2
osciladores passando por apenas 1 filtro e 1 amp, assim como foi feito para criar o
bassline. Já que a ideia é criar um Pluck, zere o sustain do Amp e ajuste o decay
e o release conforme toca para não ficar tão seco e nem muito longo.
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CRIANDO SEU SYNTH LEAD
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CRIANDO SEU SYNTH LEAD
Após configurado inicialmente, agora você pode escolher o tipo de Shape que
mais lhe agrada em um oscilador e no outro oscilador, ao invés de fazer como foi
feito no bassline no capítulo anterior, você pode subir 7 semitons para enriquecer
o seu timbre. Lembra que quando se fala em acordes a distância da primeira nota
para terceira sempre é 7 semitons? Pois então, desta forma é possível fazer o
segundo oscilador tocar o 5º grau da escala, assim quando você tocar a sua nota
fundamental, na verdade estará tocando a nota do 1º grau e a nota do 5º grau,
gerando um timbre mais rico via Analog.
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CRIANDO SEU SYNTH LEAD
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CRIANDO SEU SYNTH LEAD
Depois de encontrar um Shape que ache bom e ter um som bem enriquecido,
esse é o momento de ajustar o filtro de modo que fique interessante para seu
timbre, lembre-se que a síntese é um processo em que se ajusta uma vez e
depois se precisar ser reajustado mais algumas vezes até chegar em um
resultado interessante, inclusive você pode ligar as modulações e testar utilizando
o Vibrato, o Unison, e ver que tipo de efeito e resultado sonoro se está chegando,
tudo depende também de teste e principalmente ter consciência do que esta
sendo ligado e que efeito está causando no som.
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CRIANDO SEU SYNTH LEAD
Depois de chegar o mais próximo possível do resultado que deseja, você pode
gravar algo utilizando seu teclado midi, caso tenha, criando um ritmo que faça
sentido com o restante dos elementos já existentes em sua música.
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CRIANDO SEU SYNTH LEAD
Se por a caso seu timbre de Lead estiver soando “fraco” / “magro”, você pode
partir para o mesmo processo que foi feito no bassline para enriquecê-lo, não
precisa ser exatamente igual, mas você pode usar um Saturator logo de início
para esquentar o som e ter uma timbre mais encorpado o que pode fazer com que
ele ganhe mais volume também, mas sempre vá ajustando para manter tudo
coerente.
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CRIANDO SEU SYNTH LEAD
Se por a caso seu timbre de Lead estiver soando “fraco” / “magro”, você pode
partir para o mesmo processo que foi feito no bassline para enriquecê-lo, não
precisa ser exatamente igual, mas você pode usar um Saturator logo de início
para esquentar o som e ter uma timbre mais encorpado o que pode fazer com que
ele ganhe mais volume também, mas sempre vá ajustando para manter tudo
coerente.
Caso queira dar movimento para seu timbre, você pode espalhá-lo no stereo
utilizando um efeito de áudio chamado Echo, nativo do Ableton Live. Inclusive
para senti-lo no stereo você pode ligar o modo Ping Pong, ajustar o Time de
acordo com o gosto e o que deseja, você pode também utilizar o Reverb do
próprio Echo pois ele contém as opções de ajuste caso você ache que esteja
longo ou curto, basta mexer no decay além de dosar o Dry/Wet para deixar mais
Dry do que Wet. Por se tratar de um Lead da música, é ideal que ele não tenha
muito efeito para não tirar sua definição evitando perder seu papel de ser o Lead,
além disso, caso queira, você pode aplicar o efeito de Ducking do Echo que fica
dentro de Character. O Ducking causa um efeito semelhante ao sidechain,
quando toca o som original o efeito não funciona e quando não está tocando o
som original o efeito aparece. Caso tenha intenção você ainda pode adicionar um
pouco de noise na “calda” do timbre que estará junto com o efeito além de
adicionar também o Wooble que vai gerar um efeito de desafinação.
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CRIANDO SEU SYNTH LEAD
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CRIANDO SEU SYNTH LEAD
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CRIANDO SEU SYNTH LEAD
Caso tenha interesse, você pode também aplicar o mesmo envelope que
utilizou no bass para que o timbre se inicie do agudo ou do grave até chegar na
nota fundamental, basta fazer aplicação de Pitch, inclusive utilizar a mesma
numeração em ambos osciladores.
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CRIANDO SEU SYNTH LEAD
Ligar o Uni (Unison) também irá ajudar o timbre a ficar grandioso e rico, você
pode combinar isso com o Glide e o Legato para dar um efeito mais interessante
ao tocar as notas, inclusive pode também utilizar o vibrato para criar sensação de
movimento ao timbre.
Atente-se sempre aos filtros para ajustá-lo e deixar o timbre da melhor forma
possível, inclusive para que você possa mexer no envelope ADSR e lapidá-lo
ainda mais.
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CRIANDO SEU SYNTH LEAD
Depois de sentir que o seu timbre está pronto, você pode gravar algum ritmo
de acordo com o restante dos elementos de sua música para não ficar algo fora
do contexto, esse pode ser um momento até para criar uma nova “Scene” para
testar a sua frase musical (8 compassos) como se estivesse voltando de algum
break e sacar se seu Stab está interessante ou não. Se atente as oitavas em que
está criando os timbres, pois é importante separar pelas oitavas para não causar
um efeito de “embalamento” sonoro.
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CRIANDO SEU SYNTH LEAD
Para economizar espaço do Track View, você pode dar um duplo clique nos
nomes dos plugins para eles ficarem “minimizados”, e para enriquecer ainda mais
seu timbre, você pode colocar o “Saturator” e aumentar ainda mais sua
grandiosidade.
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CRIANDO SEU SYNTH LEAD
Crie um novo canal midi e coloque o Analog dentro deste novo canal para
iniciar a síntese do seu Key do zero, só que para este caso configure a rota do
oscilador de forma “meio a meio” onde ambos se encontram em seu circuitos.
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CRIANDO SEU SYNTH LEAD
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CRIANDO SEU SYNTH LEAD
Para configurar o Shape utilize a Sawtooth pois ela é menos “ardida" do que a
Square e deixe 1 filtro Low Pass e o outro High Pass, sendo que no filtro 2 utilize
a opção Follow, que basicamente indica que o corte de frequência do filtro 2 irá
seguir os cortes do filtro 1 porém com sua devida configuração (High Pass), com
isso você irá se preocupar com apenas um único filtro.
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CRIANDO SEU SYNTH LEAD
Você pode fazer também o mesmo processo que foi feito no Stab, adicionar
um pouco de Detune nos dois osciladores para criar um efeito diferente para o
Key, adicionar 2 vozes de Unison para enriquecer o timbre tendo mais dobras do
timbre original.
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CRIANDO SEU SYNTH LEAD
Caso não queira desenhar as notas no clip como foi feito anteriormente, você
pode utilizar um efeito midi do Ableton chamado Chord para programar o acorde
de Lá menor, você só precisa lembrar qual é a distância que deve existir entre a
primeira nota e a terceira e quinta para configurar o chord da maneira correta,
lembrando que o acorde é de Lá menor, ou seja, de Lá para Dá existem 3
semitons e de Lá para Mi terá mais 7 semitons. Depois de digitar os valores no
efeito midi você terá o acorde de Lá menor sem precisar desenhar no piano roll as
3 notas, basta apenas desenhar a nota fundamental que é Lá. Você pode também
digitar no chord 24 semitons que será o Lá 2 oitavas acima, o que também pode
enriquecer ainda mais o timbre.
105
CRIANDO SEU SYNTH LEAD
Para dar ainda mais movimento ao Key, você pode adicionar também um
Delay com o filtro um pouco mais fechado nas regiões médias com o modo
Repitch e Ping Pong ligado, depois basta ajustar o tempo de sync e feeddback e
pronto.
Mais um tipo de Synth Lead que pode existir na sua música são os
“Arpeggiator”, ou os arpejos, que consiste em tocar uma sequência de notas de
forma repetida.
Dentro do software você pode fazer isso utilizando um efeito midi chamado
Arpeggiator. Ele recebe um sinal midi que pode ser um acorde por exemplo e de
acordo com as configurações que estiverem ajustadas o Arpeggiator fará um tipo
de arpejo em determinada velocidade.
Para este caso você pode partir de um preset, basta procurar dentro de
Sounds no browser do Ableton para ver se acha algo interessante e que faça
sentido com o tipo de música que você está fazendo, depois de encontrar um som
desejado crie um clip em algum canal midi vazio e desenhe um acorde de forma
que preencha o piano roll do começo até o final do loop.
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CRIANDO SEU SYNTH LEAD
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CRIANDO SEU SYNTH LEAD
107
CRIANDO SEU SYNTH LEAD
Caso seja necessário, você pode colocar um “Auto Filter” que é um efeito de
áudio do Live para filtrar um pouco dos agudos e ir abrindo no decorrer da música,
inclusive pode até utilizar uma emulação de filtro do próprio auto filter que emula o
filtro do Moog.
E por fim, você também pode aplicar o Groove Pool se achar interessante um
Swing 16.
108
CRIANDO SEU SYNTH LEAD
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PADS, STRINGS E OUTROS TIMBRES BASE
Crie um canal midi e jogue o Analog para dentro deste canal para iniciar o
processo de síntese de seu Pad, configure a rota do sintetizador para que os 2
osciladores vão para o mesmo filtro e mesmo amp.
O Pad costuma ter uma variação de Vibrato e também é feito muitas vezes em
acordes, notas longas e contínuas, semelhante ao Arpejo.
110
PADS, STRINGS E OUTROS TIMBRES BASE
O principal segredo para fazer um Pad é saber programar o ADSR. Todo pad
tem como característica um attack mais longo e também o release longo, algo em
torno de 3 segundos de release. Nos osciladores você pode aplicar a técnica do
Detune deixando positivo para um dos osciladores e negativo para o outro, além
de acertar o Shape que muitas das vezes não será a Square por ela ter um só
muito metálico e parecer digital demais. Quanto ao filtro os pads tem uma
característica de fechar rapidamente. Logo em seu começo e na seção do Amp
ele tem um attack mais longo e o release mais longo conforme dito anteriormente.
111
PADS, STRINGS E OUTROS TIMBRES BASE
Para dar mais movimento ao Pad você pode associar o LFO 1 a frequência do
filtro, programando uma modulação bem lenta e longa de forma bem sutil, o que
deixará o pad ainda mais interessante.
112
PADS, STRINGS E OUTROS TIMBRES BASE
Para abrir o stereo do pad você pode adicionar um efeito de áudio chamado
Phaser e criar um stereo e mais uma movimentação para timbre, pois o phaser
tem essa função de também dar movimento ao som semelhante ao flanger.
Por fim, coloque um reverb para tentar deixar esse timbre mais atrás em sua
música, a ideia é ele fazer uma cama, uma base para seu som como um todo,
inclusive em volume mais baixo.
Como dito no começo desse capítulo, para fazer Strings é comum trabalhar
com packs prontos e o Ableton contém pack prontos de orquestra para baixar e
instalar, o que te dará um som bem fiel de Strings. Fica dentro da pasta de Packs
e se chama “Orchestral Strings, você pode abrir o Strings Ensemble e copiar o clip
com o acorde do Pad e jogar para dentro do canal do String.
113
PADS, STRINGS E OUTROS TIMBRES BASE
A ideia é fazer com que os strings complementem o pad, ficando ambos bem
no fundo da música fazendo uma cama. É válido mexer nos knobs Motion, Color e
Motion Speed para notar os efeitos que acontecem nos Strings, sendo que o
Articulation é o modo de strings que você pode utilizar dentro do “Strings
Ensemble”, é como se fosse 4 em 1.
114
PLUGINS EXTERNOS
PADS, STRINGS E OUTROS TIMBRES BASE
O plugin externo pode ser um instrumento ou algum efeito de áudio que uma
empresa criou, e nesse caso não será a Ableton. Existem empresas que criam
plugins externos e elas vivem exclusivamente disso, criam efeitos, instrumentos,
plugins que podem ser utilizados em qualquer DAW, uma vez sendo externo e
não nativo de cada software, pode ser instalado no computador e usado em
qualquer software de produção. Muitas empresas focam em criar plugins para Mix
e Master, outras empresas focam em criar plugins de instrumentos musicais. Um
exemplo, a empresa Arturia tem a emulações de todos os sintetizadores clássicos
das décadas de 70, 80 e 90, inclusive contém um som bem fiel ao sintetizadores
originais, esse é um caso de uma empresa totalmente dedicada a criar esse tipo
de plugin.
Quando você trabalha com plugin externo, você acaba trabalhando com uma
espécie de protocolo, como se fosse um tradutor para existir uma comunicação
entre o software que você usa e o plugin que irá utilizar, e esse protocolo tem o
nome de VST, protocolo criado pela empresa Steinberg que é a empresa que
criou o Cubase e vários outros softwares. Criado para existir a comunicação entre
plugin e daw, o VST é um protocolo utilizado em computadores Windows e
também é bem utilizado em computadores macOS.
Cada DAW tem seu protocolo específico de comunicação com os plugins, por
exemplo o Cubase que é da Steinberg, ele só irá trabalhar com protocolo VST.
Um protocolo que existe para quem usa macOS é o AU, ou Audio Units, é um
protocolo exclusivo para usuários de Logic no macOS criado pela Apple. Então é
errado dizer “carrega tal VST no Logic”, pois o Logic não trabalha com VST. Se
por exemplo formos trabalhar com Pro Tools, esse software tem um protocolo
AAX, antigamente era RTS, mas atualmente é o AAX. A Native Instruments que é
uma excelente empresa de plugins de efeito de áudio e também de instrumentos,
criou um protocolo chamado NKS que ainda não é muito usado, mas para quem
usa a Maschine que é um equipamento criado pela Native Instruments, ela já tem
um software próprio e você pode criar música apenas utilizando o protocolo NKS.
115
PLUGINS EXTERNOS
PADS, STRINGS E OUTROS TIMBRES BASE
Já no caso do Ableton Live, ele não tem protocolo próprio, então ele acaba
fazendo uso de outros protocolos. No Windows ele acaba usando o VST 2 e o
VST 3 que é uma evolução do 2, e no mac ele usa VST também e AU. Em casos
de fazer uma colaboração (collab) com um amigo e ele tem Windows e você
utiliza Mac, para que as informações sejam cruzadas ao querer abrir o projeto
feito pelo macOS, é importante que as informações sejam as mesmas, pois na
hora de abrir o projeto no Ableton do windows, se os plugins abertos foram
utilizando protocolo AU, provavelmente esses plugins não irão carregar no
windows, funcionando apenas no Ableton do mac. Então é importante sempre ter
em mente a instalação de seus plugins, uma vez que essas informações de
protocolo é algo invisível, não é possível ver, mas na hora de instalar alguns
instaladores dão a opção de qual protocolo desejar instalar em seu computador.
116
PLUGINS EXTERNOS
PADS, STRINGS E OUTROS TIMBRES BASE
117
PLUGINS EXTERNOS
PADS, STRINGS E OUTROS TIMBRES BASE
118
PLUGINS EXTERNOS
PADS, STRINGS E OUTROS TIMBRES BASE
119
PLUGINS EXTERNOS
PADS, STRINGS E OUTROS TIMBRES BASE
Agora para fazer uso desses plugins, é igual você fez até agora em todo o
curso, quando se tratar de plugin externo você precisará criar um canal midi e
jogar o instrumento para dentro desse canal, quando for efeito de áudio você pode
jogar para dentro de qualquer canal que já esteja criado e aplicar o efeito de áudio
que está querendo utilizar. Na foto a seguir você vê o SERUM, um sintetizador da
empresa Xfer Records um dos mais utilizados pela nova geração
120
PLUGINS EXTERNOS
PADS, STRINGS E OUTROS TIMBRES BASE
121
PLUGINS EXTERNOS
PADS, STRINGS E OUTROS TIMBRES BASE
122
PLUGINS EXTERNOS
PADS, STRINGS E OUTROS TIMBRES BASE
Mais uma observação, instalar diversos plugins piratas não te fará expert em
todos eles e principalmente não te fará encontrá-los de forma fácil em sua DAW, o
que fará tudo ficar “jogado" e com menos valor. Não encontrará o preset desejado
por viver de preset, ficará em um ciclo que não tem fim e nunca conseguirá
terminar uma música, o que acabará te desanimando e te incentivando a desistir
de tudo. Por isso a dica de ouro aqui é, se for comprar um plugin, que compre
apenas 1 sintetizador e domine cada knob do sintetizador, disseca o sintetizador e
tire todos os possíveis timbres que possam ser feitos dentro dele. A propósito,
com qualquer sintetizador é possível tirar um bom som, não ficará igual um Moog
ou coisa do tipo, mas saber usar um sintetizador de forma expert com certeza vai
fazer muita diferença na hora de se comparar com aquele amigo que tem 500
plugins e não sabe usar 1 de forma completa. Neste mundo da produção menos é
mais, e se não tiver condições financeiras para comprar plugins, utilize os nativos
de forma intensa, explore ao máximo pois mesmo com os nativos é possível tirar
um bom som e criar algo interessante.
Agora referente a deixar diversos plugins de instrumento aberto no software,
por padrão Ableton vem habilitado para exibir apenas 1 por vez, para mudar isso
você terá que entrar nas preferências e desativar essa opção, assim você
conseguirá abrir diversos sintetizadores na tela do Ableton.
123
PLUGINS EXTERNOS
PADS, STRINGS E OUTROS TIMBRES BASE
Toda vez que você jogar um plugin no canal ele já abre de forma automática,
existem alguns plugins que são gigantesco e ocupam toda tela atrapalhando as
vezes o seu trabalho do momento. Para cancelar esse tipo de ação você deve
desabilitar a terceira opção como na foto a seguir, assim todo plugin que jogar no
canal só abrirá se for no menu em que há no ícone do instrumento dentro do
canal em que ele foi inserido.
124