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Índice
1. Introdução do Manual;
3. Escalas;
4. Acordes;
INTRODUÇÃO DO MANUAL
Seguindo essa ordem, o meu nome é João Caleira, e toco piano há mais de 10
anos. Comecei a aprender o instrumento aos 14 anos no Conservatório Regional de
Setúbal, com instrução clássica. Foi uma ótima forma de aprender teoria musical,
ganhar a técnica correta de como tocar piano e ser instruído na leitura de pautas dos
mais diferentes períodos musicais.
Aos 20 anos fui para Inglaterra onde estive 2 anos num serviço voluntário pela
Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Nestes tempos desenvolvi técnica
em tocar estilos de gospel e new-age. Desde então tenho permanecido como pianista
para a igreja em mais diversas circunstâncias. Quando voltei de Inglaterra comecei a
usar todo o conhecimento musical adquirido ao longo dos anos para tocar casamentos,
batizados e outras cerimónias.
Penso que esta pequena introdução sobre o meu background musical pode
revelar os meus conhecimentos tanto em teoria como na prática musical e um à-vontade
Acontece que fui abordado, ao longo dos anos, por muitas pessoas a
requisitarem-me para dar aulas de piano. Ainda que tenha aceitado para algumas
pessoas, na maior parte dos casos, por falta de tempo, vi-me forçado a recusar os
pedidos. Toda a vez que tive de dizer “não” sentia um amargo na boca pois tenho noção
que é alguém que eu deixei de ajudar a perseguir uma paixão por um instrumento que eu
tenho tanto carinho. Foi então que surgiu-me a ideia de partilhar o meu conhecimento
através deste livro e do formato de lições digitais. Portanto, para quem se dirige? Para
TODOS!
Quer sejam iniciados que não percebem nada de música nem sabem ler pautas,
quer para quem tenha já alguns conhecimentos de música clássica mas que não sabem
improvisar ou tocar só por acordes, todos podem sair beneficiados destas aulas pois
ensinam de forma clara e bastante simples a tocar de uma forma muito simples e eficaz!
Vão reparar que, uma vez que dominem estes conselhos e instruções, vão ter a
capacidade de tocar QUALQUER música com a maior das facilidades. Sim, é possível!
E esse é mesmo o resultado!
Em apenas pouca semanas vão se sentir confortáveis com acordes, com a teoria
musical por trás dos vossos êxitos favoritos e toda a gente vai achar que tocam piano
aos anos. Vão conseguir tocar e gravar as músicas e colocá-las no youtube para deixar
todos de boca aberta! Experimentem e vejam por vocês mesmo se não é esse o
resultado!
Para ajudar neste processo, para além do que deixo escrito no livro, também
tenho vídeos publicados sobre cada um destes tópicos aqui desenvolvidos e outras dicas
uteis para aprenderem. Poderão encontrá-los na última página deste manual.
O primeiro passo para aprendermos a tocar qualquer instrumento, seja ele qual
for, é compreender que a música é uma ciência semelhante à matemática. Compreender
como funciona melodia e harmonia permite então criar sons que depois tocam o coração
e criam os sentimentos que tanto nos maravilham. Assim sendo vamos aprender as
notas musicais e onde elas se enquadram no piano.
Dó central
Algo que é importante compreender é que de uma tecla para outra há uma
diferença de meio tom. Se é meio tom acima então usamos o # (sustenido) enquanto se
for meio tom abaixo usamos o b (bemol). É aí que entram as teclas pretas:
Como podem ver, a mesma tecla pode ter dois nomes. Um dó com meio tom
acima é um Dó#, mas se for um ré bemol, meio tom abaixo, é exatamente a mesma
nota. Numa clave irão aparecer assim:
Bemol: Sustenido:
Acontece que no piano utilizamos, não só a clave de sol como também a clave
de fá. No piano temos o dó central que é a nota igual em ambas as claves. Eis as notas
nesta clave:
Dó central
Com isto termino este primeiro tópico introdutório e estão prontos para aprender
as escalas, fundamental para tocar qualquer instrumental.
ESCALAS E TONALIDADES
Dó maior
1/2 1/2
2 2
Uma escala maior tem intervalo de um tom entra todas as notas com a exceção
da 3º (mi) para a 4º (fá) e da 7º (si) para a 8º (dó).
Dó menor
Aqui a o meio tom está entre a 2º (ré) e a 3º (Mib), e a 5º (sol) para a 6º (láb).
Todavia as tonalidades, como disse, são sempre maiores e são através do circulo
de quintas com os sustenidos, enquanto os bemóis são feitos com o círculo de quartas.
Sem entrar em explicações profundas sobre o tópico, precisamos é de conhecer as
tonalidades:
TONALIDADES
Dó#/Réb maior
Ré maior
Mib maior
Mi maior
Fá maior
Fá#/Solb maior
Sol maior
Láb maior
Lá maior
Sib maior
Dób maior
Dó menor
Dó#/Réb menor
Ré menor
Ré#/Mib menor
Mi menor
Fá menor
Fá#/Solb menor
Sol menor
Sol#/Láb menor
Lá menor
Lá#/Sib menor
Si menor
Concluo só com a nota do porquê das tonalidades serem todas em tons maiores.
A resposta é que, se compararem as escalas, irão sempre encontrar 2 iguais. Por
exemplo, lá menor é constituída por exatamente as mesmas notas que dó maior. Isto é
assim porque estamos perante escalas relativas.
ACORDES
Eu irei apelidar os acordes pelos seus nomes em inglês, pois é assim que
geralmente são mencionados a lermos pautas/letras. Então um Dó será um C. Se não
tiver nada à frente quer dizer que é um acorde maior. Se tiver um “m” à frente da letra
(Cm) significa que é um acorde menor.
Feita esta pequena introdução cabe-nos agora olharmos para como um acorde
simples é constituído.
2T 1,5T
Vemos que um acorde maior é constituído pela 1º nota da escala (dó), pela 3º
(mi) e pela 5º (sol). Um acorde menor é constituído exatamente pelas mesmas notas,
mas com os intervalos de tons da escala menor
Podem ver que a diferença é que temos um mi bemol, pois na escala menor da 1º
nota para a 3º vai somente tom e meio, enquanto que na maior vão 2 tons completos.
Agora que compreendem como são formados os acordes vou ilustrar-vos todos
os acordes maiores e menores básicos para o piano.
Acordes maiores
Acorde C
Acorde C# (Db)
Acorde D
Acorde Eb (D#)
Acorde E
Acorde F
Acorde F# (Gb)
Acorde G
Acorde Ab (G#)
Acorde A
Acorde Bb (A#)
Acorde B
Acordes menores
Acorde Cm
Acorde Dm
Acorde Em
Acorde Fm
Acorde Gm
Acorde Am
Acorde Bm
Acorde C (normal)
1
Os graus das notas, dando o exemplo em dó, chamam-se assim:
I Tônica (Dó)
II Supertônica (Ré)
III Mediante (Mi)
IV Subdominante (Fá)
V Dominante (Sol)
VI Sobredominante (Lá)
VII Sensível (Si)
Progressão de acordes
À medida que forem tocando as músicas da atualidade vão repara que a maior
parte delas são constituídas sempre pelos mesmos acordes – 1º, 4º, 5º e 6º acordes do
tom da música. Ou seja, se tivermos na escala de Dó maior os acordes vão ser o C (dó
1º grau), o F (fá, 4º grau), o G (5º grau) e o Am (6º grau). Reparem:
Acorde C (1º)
Acorde F (4º)
Acorde G (5º)
Acorde Am (6º)
Dó: C – F – G – Am
Ré – D – G – A – B /
Ré# / Mib - D# - G# - A# - C / Eb – Ab – Bb - C
Mi – E – A – B – C#
Fá - F - A# - C - D
Fá# / Solb – F# - B – C# – D# / Gb – B – Db - Eb
Sol – G – C – D - E
Sol# / Láb - G# - C# – D# – F / Ab – Db – Eb - F
Lá – A – D - E - F#
Lá# / Sib - A# - D# – F – G / Bb – Eb – F - G
Si – B – E – F# – G#
Conclusão
Meus amigos pianistas, assim chegamos ao fim deste Manual. Uma vez que está
acessível a toda a gente de forma quase gratuita, o meu objetivo é mesmo que possamos
todos aprender este belo instrumento e que encontrem satisfação em tocar bonita
música, elevando todos que estejam à vossa volta.
Deixo-vos, tal como prometido, os links dos meus vídeos a explicar estes
conceitos e outras mais dicas importantes.
Escalas e Tonalidades:
https://www.youtube.com/watch?v=zNZiFdWgOdg&list=PLSIj6psXvqrtvsC1vSoIOxP
TqC28CvJGP&index=3
Acordes:
https://www.youtube.com/watch?v=zdp-
dqlZ9eI&index=4&list=PLSIj6psXvqrtvsC1vSoIOxPTqC28CvJGP