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PROGRAMA DE PÓS - GRADUAÇÃO

EM MÚSICA DA UFRJ

Disciplina: Tópicos Especiais - aspectos formadores da


sonoridade coral e suas aplicações em diversos tipos de repertório.

Profa: . Dra. Maria José Chevitarese


Profa. Dra. Juliana Melleiro
Sonoridade em Coros
Amadores

Discentes: Anderson Pereira


Feliciano Castro
Micheli Viégas
Introdução
▪ Grove,1994 – Que existe indícios de canto coletivo da pré-história até
século I com os primeiros cristãos em Roma. (p.291)

▪ ARRUIA,1980 – Mostra de 90% de coros no mundo se intitulam como


amadores não por causa de qualidade sonora, mas por não usar essa prática
como profissão.

▪ A atividade coral é historicamente amadora, não no sentido da qualidade de


performance[..]. Raros são os grupos corais cujos membros são cantores
profissionais ou com esta formação (Sobreira, 2013, p.62).
ESCOLAS
REGULARES

GRUPOS
INDEPENDENTES IGREJAS
COROS
AMADORES

UNIVERSIDADES ASSOCIAÇÕES
Sonoridade Coral
“ homogeneidade das diferentes vozes”
▪ SWAN (1988) – postula que seria difícil imaginar um belo grupo vocal sem
homogeneidade, possivelmente, ela seria a técnica coral mais necessária e
importante. (p.69-111)
▪ FIGUEIREDO (2010) – pontua que o objetivo de um coro não precisa ser
necessariamente a homogeneidade, até mesmo porque seria difícil pressupor qual
seria o princípio desta, se estaria baseada no bel-canto ou ainda se poderíamos negar
as manifestações de sonoridade que vão contra a “boa maneira de cantar”. (p.11-15)
▪ SMITTH (2000) - o canto coral é caracterizado pela harmonização de vozes e a sua
sonoridade depende do estilo musical, assim como do repertório pretendidos.. (p.03-
08)
Posibilidades para uma construção da
sonoridade de um grupo coral
Diversidade Vocal

Variedade de Repertório

Condução do Regente

Técnica Vocal
MAJESCORAL
(Maputo Jazz and Spiritual Choir) - 1994

Escolha de repertório

1. Clássico erudito
2. Jazz
3. Gospel
4. Tradicional moçambicano
Técnica vocal – objetivos e etapas
para desenvolver uma voz impostada.

1. Respiração e relaxamento
2. Mecanismo de impostação (bocejo)
3. Colocação do som na mascara de resonância e control de afinação
4. Ampliação do registo e da potência vocal
5. Agilidade (coloratura)
Vocalizações prévias a cada ensaio

1. Exercícios de relaxamento (rotação da cabeça, ombros, braços, tronco, etc)


2. Exercícios de respiração (1-2-3-4-5)
3. Exercícios que facilitam a impostação expontânea (semanas, meses, nrs. com
impostação)
4. Vocalizações de baixa exigência (tessituras cómodas e desenhos melódicos simples)

5. Vocalizações de média exigência (para conseguir tessituras completas e treinar desenhos


melódicos complexos)
6. Exercícios para levar o som à mascara de ressonância
7. Vocalizações de alta exigência (para conseguir agilidade, staccato e ampliar a tessitura vocal)
Vocalizações de baixa exigência
“u-o-a-e-i”
1. Lu1 – Lu2 –Lu3 – Lu2 – Lu1 (ataques diretos com maxilar muito flexível)
2. Mmmmo1 – o2 – o3 – o2 – o1. Enfatizar a pronúncia de “m” serve para sentir de forma
mais elementar, o som na mascara (filado e crescendo)
3. “Moooooo”, com o desenho melódico 1-2-3-4-5-4-3-2-1 (filado e crescendo)
4. Com ar e som: “uuuu” [1-2-3-4-5… (filado e crescendo)]
5. Le1 – Le3 – Le5 – Le8 – Le5 – Le3 – Le1 (ataques diretos)
6. “miiiii”, com o desenho melódico 1-2-3-4-5-4-3-2-1 (filado e crescendo)
7. “ioooooo, com o desenho melódico 1-3-4-5-6-5-6-5-3-1 (filado e crescendo)
8. Com ar e som: portamento de 5ta. (filado e crescendo)
9. Com som puro, cantar sobre as sílabas “ia”, “io”, “iu” (uma por vez) o desenho
melódico: 1-2-3-4-5-4-3-2-1 (filado e crescendo, cuidando de baixar bem o maxilar)
https://youtu.be/fnN5cOj-wGQ
CONSTRUÇÃO DA SONORIDADE

1. DESCOBRIR A “VOZ DE CABEÇA”;


2. HOMOGENEIDADE VOCAL – VOGAIS;
3. ADAPTAÇÕES DENTRO DO REPERTÓRIO ESCOLHIDO PARA
CADA GRUPO;
4. INFLUÊNCIA DO GESTUAL DO REGENTE NO SOM VOCAL
EMITIDO PELO GRUPO;
5. QUESTÕES EXTRAMUSICAIS:
a) CONSCIENTIZAÇÃO DAS CRIANÇAS DO MOTIVO PELO QUAL
ESTÃO CANTANDO
b) UMA BOA CONVERSA
c) EDUCAÇÃO
d) CHAMAMENTO À RESPONSABILIDADE.
CONSTRUÇÃO DA SONORIDADE

1. DESCOBRIR A “VOZ DE CABEÇA”;


CONSTRUÇÃO DA SONORIDADE

2. HOMOGENEIDADE

VOGAIS - U, I, Ê, Ô e A
CONSTRUÇÃO DA SONORIDADE

3. ADAPTAÇÕES ESPECÍFICAS DENTRO DO

REPERTÓRIO ESCOLHIDO PARA CADA GRUPO;


CONSTRUÇÃO DA
SONORIDADE

4. INFLUÊNCIA DO GESTUAL

DO REGENTE

NO SOM VOCAL EMITIDO

PELO GRUPO;
CONSTRUÇÃO DA SONORIDADE

5. QUESTÕES EXTRAMUSICAIS:

a) CONSCIENTIZAÇÃO DAS CRIANÇAS DO MOTIVO DA


PERFORMANCE;

b) CHAMAMENTO À RESPONSABILIDADE

c) UMA “BOA CONVERSA” / PROCESSO EDUCATIVO;

d) INTELIGÊNCIA EMOCIONAL MOMENTOS ANTES DA


PERFORMANCE – Capacidade de gerenciar as emoções (individuais / dos
outros)
Referência bibliográfica
• Silva, A. P G. Construção da sonoridade do coro amador: estratégias utilizadas por regentes.
2018. 57 f. Dissertação (Mestrado em Fonoaudiologia) – Programa de Estudos Pós-Graduados
em Fonoaudiologia, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2018.
Bibliografias consultadas
• Arruia O. Informativo da Associação Coral Julia Pardini. 1980;10(126):06.
• Figueiredo CA. Reflexões sobre aspectos da prática coral. Lakschevitz E, organizador. Ensaios: olhares
sobre a música coral brasileira. Rio de Janeiro: Centro de Estudos de Música Coral; 2010. p. 11-15.
• Smith B, Sataloff RT. Amateur and professional choral singers. Smith B, Sataloff RT. Choral pedagogy.
San Diego: Singular; 2013. p. 03-08.
• Sobreira S. Desafinando a Escola. Brasília: Musimed, 2013. p. 11-65.
• Stanley S. Grove Dicionário de música. Rio de Janeiro: Zahar, 1994. p. 291.
• Swan H. The development of a choral instrument. Decker H, Herford, J. Choral conducting: a
symposium. Englewood Cliffs: Prentice-Hall; 1988. p. 69-111

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